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Grafo percetivos Olhar, ver, ouvir e anotar
Sumário
Importância das funções instrumentais
Principais elementos psíquicos a ter em conta
Provas: Figura Complexa de Rey, Benton e Bender
A pertinência metodológica da escolha das provas
Novas abordagens (FCR)
Dossier ilustrativo
Grafo percetivos Olhar, ver, ouvir e anotar
Nas funções instrumentais e importante:
Observar dos comportamentos e reações durante a entrevista
Compreende de que modo é que se articulam os vários elementos que são apresentados pelo sujeito de uma forma mais ou menos livre
Na expressão oral, estar atento a perturbações da articulação da linguagem, quer no plano das qualidades e dos limites do vocabulário, da sintaxe…
Grafo percetivos Olhar, ver, ouvir e anotar
TESTES INSTRUMENTAIS (in L’Examen psychologique de l’enfant. Les test d’ intelligence, d’aptitude, de raisonnement de Sanglade-
Andronikof, A.; Verdier-Gibello, M.-L., Encycl. Med. Chir., 1983.)
TIPO PROVA IDADE
Prova da lateralidade usual 5 – 11 anos
Lateralidade Teste da Lateralidade de Harris A partir dos 6 anos
Bateria de Piaget-Head 6 - 14 anos
Perceptivo-Motor
Figura Complexa de Rey a partir dos 4 anos
Retenção Visual de Benton a partir dos 8 anos
Bender a partir dos 6 anos
Três Provas de Ritmo - Stambak
Psico-Motor
Pontilhagem – Stamback 6 – 12 anos
Barragem de 2 sinais - Zazzo 6 – 12 anos
Grafo percetivos Olhar, ver, ouvir e anotar
São provas de passagem rápida que incidem sobre funções psicomotoras de base que constituem o suporte para a aprendizagem:
Estruturação espaço-temporal,
Lateralidade,
Coordenação visuo-motora,
Domínio gráfico,
Linguagem.
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ELEMENTOS A CONSIDERAR NAS PROVAS GRAFO PERCETIVAS
Permanência do objeto
Função simbólica
Assimilação/Acomodação
Capacidade de abstração
Identificação projetiva
Grafo percetivos Olhar, ver, ouvir e anotar
Trata-se de uma prova gráfica de organização percetiva que foi concebida por André Rey em 1942.
“Destinava-se a estabelecer o diagnóstico diferencial entre a deficiência mental constitucional e a deficiência adquirida no seguimento de um traumatismo craniano” (Robert, 1996).
FIGURA COMPLEXA DE REY
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Paul Osterrieth (1944) reformulou e aferiu o teste: dimensão estatística
perspetiva geneticista
Hoje é muito utilizada numa perspetiva clínica
Reúne o consenso de um grande número de clínicos, mesmo de correntes teóricas distintas.
Sensível aos problemas neurológicos, às dificuldades de estruturação espacial, do esquema corporal bem como a distorções da realidade induzidas por mecanismos de defesa psíquica e por invasão fantasmática.
FIGURA COMPLEXA DE REY
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FCR – Interpretação de Resultados
Nível Quantitativo:
Tipo de Reprodução
Exatidão da Reprodução
Tempo de Execução
Nível Qualitativo:
Particularidades das reproduções
Comparação dos tipos de execução na cópia e na memória
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FCR – Outras Abordagens Qualitativas
Bourgés, S. (1980) introduz uma dimensão projetiva à prova perguntando à criança: “O que lhe faz pensar?”
Gibello, V. & Andronikof, S. (1983) centram-se na abordagem qualitativa de todos os elementos que constituem a prova.
Gibello, G (1998) desenvolveu um trabalho muito ligado à representação da imagem corporal.
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TESTE DE RETENÇÃO VISUAL DE BENTON
É um instrumento simples e rápido de utilizar que permite
detetar problemas ao nível da memória, da orientação
espacial e do comportamento motor.
Avalia: a perceção visual, a memória visual e as capacidades visuo-motoras (habilidade grafo-percetiva e visuo-espacial).
É usado por excelência na patologia cerebral, em quadros paranoides, depressivos graves, e/ou quando existem preocupações autistas, uma vez que permite descriminar entre lesão cerebral e uma perturbação funcional.
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TESTE DE RETENÇÃO VISUAL DE BENTON
É atribuída pontuação para os acertos e os erros, com normas específicas conforme a idade e a estimativa do Q.I. pré-mórbido.
Tipos de Erros: omissões, distorções, perseverações, rotações, má colocação e erros de tamanho.
Os erros dão-nos conta de:
Aviso de D.M. – 3 pontos acima do esperado
Sugere D.M. – 4 pontos acima do esperado
Clara indicação de D.M. – > 5 pontos acima do esperado
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TESTE GESTÁLTICO VISUO-MOTOR DE BENDER
Pode ser utilizado a partir dos 6 anos, embora a sua autora (1938) considere que o teste tenha validade entre os 4 e os 11 anos de idade;
O objetivo é obter, através do uso de padrões com diferentes graus de complexidade e princípios de organização um índice de maturação preceptivo-motora, desenvolvimento mental e afetivo;
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TESTE GESTÁLTICO VISUO-MOTOR DE BENDER
A partir do estudo da própria autora (Bender, 1955), é possível identificar que todas as figuras do instrumento são regidas por três princípios básicos da Gestalt: Princípio do Fechamento
Princípio da Proximidade
Princípio da Continuidade
Sendo assim:
5 figuras do teste são formadas por linhas retas ou contínuas (figuras A, 4, 6, 7 e 8)
4 figuras, por pontos ou círculos (figuras 1, 2, 3 e 5).
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TESTE GESTÁLTICO VISUO-MOTOR DE BENDER
A função gestalt visuo-motora é para Bender “uma função fundamental
associada à aptidão de linguagem e estreitamente associada às diversas funções intelectuais, tais como a perceção visual, habilidade motora manual, conceitos temporo-espaciais e organização da representação”
O instrumento parte da premissa de que a perceção e reprodução das figuras são determinadas por princípios biológicos e de ação sensoriomotora, que variam em função do padrão desenvolvimental e nível maturacional do indivíduo, bem como de seu estado patológico funcional (Bender, 1938; Bartholomeu, Rueda & Sisto, 2006).
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Pertinência metodológica
Organização grafo percetiva em função estádio desenvolvimento
Avalia as funções psicomotoras essenciais para a aprendizagem
Estruturação espacial e do esquema corporal
Elementos convergentes
Distorção percetiva
Elementos divergentes
FCR > distorção
Bender < média → não é neurológico é mais relacional
Factos psíquicos relevantes
Relação parental pouco contentora
Falta de investimento simbólico
Excesso de proteção → Dificuldade em lidar com a realidade
Dossier: Grafo percetivos Olhar, ver, ouvir e anotar
Referências
Debray, R. (1998/2003). A inteligência de uma criança. Métodos e técnicas de avaliação. Lisboa: Climepsi.
Gibello , B. (1984/1998). A criança com perturbações da inteligência. Lisboa: Climepsi.
Jumel, B. (2014). Guide Clinique des tests chez l’enfant. Paris: Dunod.
Wallon, P. & Mesmin, C. (1999). La Figure de Rey. Une aproche de la complexité. Paris: PUF.
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