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CELSO CUNHA A gramática de Celso Cunha dá início ao tema Conjunções com o subtítulo Conjunção Coordenativa e Subordinativa, em primeiro lugar traz o conceito de conjunção, dizendo que “são os vocábulos gramaticais que servem para relacionar duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração”, em seguida ele se refere as conjunções coordenativas, conceituando como “as conjunções que relacionam termos ou orações de identica função gramatical” e exemplificando. Posteriormente, Cunha coneceitua as subordinativas, como “conjunções que ligam duas orações, uma das quais determina ou completa o sentido da outra” também trazendo exemplos para melhor explicar. Em segundo lugar, Celso Cunha traz a diferença entre as conjunções coordenativas e subordinitivas quando se comparam construções de orações a construção de nomes, exemplifica com as frases “Estudar e trabalhar” e “Estudar ou trabalhar”, explicando em seguida que “a coordenativa não se altera com a mudança de construção, pois liga elementos independentes , estabelecendo relação de adição (e) e igualdade ou alternância (ou)”. Já no segundo exemplo “Depois que tiveres estudado, podes trabalhar” e “Após o estudo, o trabalho”, pode percebe-se a dependência entre os elementos. Ao entrar no tópico das conjunções coordenativas, Celso cunha não as conceitua novamente, apenas as enumera e divide-as em: 1. Aditivas: servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função. São as conjunções e, nem [=e não]:” O autor dá dois exemplos, dentre eles: “Leonor voltou- se e desfaleceu”. 2. Adversativas: ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.

Gramática - Samira - Cunha

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CELSO CUNHA

A gramática de Celso Cunha dá início ao tema Conjunções com o subtítulo Conjunção Coordenativa e Subordinativa, em primeiro lugar traz o conceito de conjunção, dizendo que “são os vocábulos gramaticais que servem para relacionar duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração”, em seguida ele se refere as conjunções coordenativas, conceituando como “as conjunções que relacionam termos ou orações de identica função gramatical” e exemplificando. Posteriormente, Cunha coneceitua as subordinativas, como “conjunções que ligam duas orações, uma das quais determina ou completa o sentido da outra” também trazendo exemplos para melhor explicar.

Em segundo lugar, Celso Cunha traz a diferença entre as conjunções coordenativas e subordinitivas quando se comparam construções de orações a construção de nomes, exemplifica com as frases “Estudar e trabalhar” e “Estudar ou trabalhar”, explicando em seguida que “a coordenativa não se altera com a mudança de construção, pois liga elementos independentes , estabelecendo relação de adição (e) e igualdade ou alternância (ou)”. Já no segundo exemplo “Depois que tiveres estudado, podes trabalhar” e “Após o estudo, o trabalho”, pode percebe-se a dependência entre os elementos.

Ao entrar no tópico das conjunções coordenativas, Celso cunha não as conceitua novamente, apenas as enumera e divide-as em:

1. Aditivas: servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função. São as conjunções e, nem [=e não]:”O autor dá dois exemplos, dentre eles: “Leonor voltou-se e desfaleceu”.

2. Adversativas: ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.Exemplifica com duas frases, sendo uma delas: “Apetece cantar, mas ninguém canta”.

3. Alternativas: ligam dois textos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre. São as conjunções ou (repetida ou não) e, quando repetidas, ora, quer, seja, nem, etc.Têm-se dois exemplos, sendo um deles a frase: “Ora lia, ora fingia ler para impressionar os demais passageiros”.

4. Conclusivas: servem para ligar à anterior a uma oração que exprime conclusão, consequência, São: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, etc.”O autor traz dois exemplos, sendo um deles a frase: “Nas duas frases a experiência é a mesma. Na primeira não instrui, logo prejudica.

5. Explicativas: ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira. São as conjunções que, porque, pois, porquanto.”Exemplifica com duas frases, dentre elas: “Dorme cá, pois quero lhe mostrar as minhas fazendas”.

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Ainda no tópico das conjunções coordenativas, Celso Cunha traz um subtítulo chamado “Posição das conjunções coordenativas”, enumera as informações, sendo:

1. O autor informa o local onde as conjunções aparacem na oração, sendo que “apenas mas aparece obrigatoriamente no começo da oração; porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto podem vir no inicio da oração ou após um dos seus termos”. Em seguida o autor traz enunciados para exemplificar e explicar que porém poderia estar depois de tinha como também no final da frase. Seguem os exemplos:

“É noite, mas toda a noite se pesca”

“A igreja também era velha, porém não tinha o mesmo prestígio”

2. Cunha entra em detalhe sobre a oração pois, quando conjunção conclusiva, afrimando que ela vem sempre proposta a um termo da oração que a pertence, dá exemplos, sendo um deles a frase: “Era, pois, um homem de grande caráter e foi, pois, também um grande estilista”

3. E aqui o autor fala sobre as conjunções conclusivas logo, portanto e, por conseguinte que podem variar de posição, conforme o ritmo, a entonação, a harmonia da frase. Não exemplifica.

Ainda dentro do tópico sobre as conjunções coordenativas, um segundo subtítulo chamado Valores particulares, esses valores se referem as conjunções e e mas, sendo que essas são exemplificadas com frases a cada valor que elas possuem, sendo esses :

a) Adversativo b) Indicar conclusão ou causac) Expressar finalidaded) Ter valor consecutivoe) Introduzir uma explicação enfáticaf) Aproximar-se do valor da interjeiçãog) Facilitar a passagem de uma ideia a outra, mesmo que não relacionadas

Para a conjunção e. E:

a) Restriçãob) Retificaçãoc) Atenuação ou compensaçãod) Adição

Para a conjunção, mas, sendo que essa também pode ser utilizada para mudar a sequência de um assunto, assim como, porém.

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Finalmente o autor entra no tópico das conjunções subordinativas, não a conceitua novamente, por já tê-lo feito, apenas as classificam em: em causais, concessivas, condicionais, finais, proporcionais, temporais, comparativas, consecutivas, e integrantes. Entra em questões como o fato das das causais, concessivas, condicionais, finais, proporcionais, temporais, comparativas e consecutivas iniciarem orações adverbiais. E as integrantes introduzirem orações substantivas. O autor segue a explicação sem deixar de explicitar que a Nomenclatura Gramatical Brasileira inclui as conjunções conformativas e proporcionais, que a Nomenclatura Gramatical Portuguesa não distingue das comparativas.

Antes de entrar nas subdivisão, enumerando, classificando, citando e exemplificando cada classe das conjunções subordinativas, o autor traz uma observação que diz que as comparativas introduzem orações subordinativas adverbiais, mas vêm geralmente correlacionadas com um termo de outra oração. Segue então com a classificação:

1. Causais: são as queiniciam uma oração subordinada denotadora de causa: porque, pois, porquanto, como, [=porque] pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.Dá trêz exemplos, sendo um deles:“Como as pernas trôpegas, exigiam repouso, descia raro à cidade”.

2. Concessivas: são, para o autor, as que inciam uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação principal, mas capaz de impedi-la: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, por mais que, por menos que, nem que, que, etc.Traz três frases para exemplifcar, entre elas: “Nem que a matasse, confessava”.

3. Condicionais: são as conjunções que iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal: se, caso, contanto que, salvo se, sem que [=se não], dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.Dá dois exemplos , sendo um deles: “Se aquele entrasse, também os outros poderiam tentar...”

4. Finais: são as conjunções que iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal: para que, a fim de que, porque [=para que].Traz dois exemplos, sendo um deles:“Não bastava a sua boa vontade para que tudo se arranjasse”.

5. Temporais: conjunções que iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [=desde que], etc.O autor traz quatro frases para melhor exemplificar, sendo uma delas:“Tio Cosme vivia com minha mãe, desde que ela enviuvou”.

6. Consecutivas: iniciam uma oração na qual se indica a consequência do que foi declarado na anterior: que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou

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tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que, etc:”Traz quatro exemplos, sendo que um deles é:“Foi tão ágil e rápida a saída que Jandira achou graça”.

7. Comparativas: são as conjunções que iniciam uma oração que encerra o segundo membro de uma comparação, de um confronto: que, do que(depois de mais, menos, maior, menos, melhor e pior), qual (depois de tal), quanto (depois de tanto), como, assim como, bem como, como se, que nem:Sendo um dos quatro exemplos:“Mais do que as palavras, falavam os fatos.”

8. Integrantes: conjunções que servem para introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de uma outra oração. São as conjunções: que e se.O autor dá um exemplo do uso dessas conjunções e depois explica que se usa a conjunção que quando o verbe exprime certeza (dá três exemplos) e que se usa a conjunção se quando há dúvida ou interrogação indirata.

Em seguida, Celso Cunha divide, em um subtítulo, as conjunções conformativas e proporcionais, ou seja, as separa das demais classes, pois como já foi dito anteriormente a N.G.B. distingue ainda as conjunções conformativas e proporcionais entre as conjunções subordinativas. Para ele, as conformativas serevem para iniciar uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da sua oração principal. São as conjunções: conforme, como [=conforme], segundo, consoante, etc. O autor traz três frases para exemplificar, sendo uma delas: “Como ia dizendo, o seu raciocínio não está certo”. Tem-se ainda as proporcionais que servem para iniciar uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal. São muitas as conjunções: à medida que, ao passo que, a proporção que, enquanto, quanto mais... mais, quanto mais... tanto mais, etc. O autor segue exemplifcando com três frases, sendo uma delas: “Quanto mais se distingue, mais se funde”.

Seguindo a gramática de Celso cunha, encontra-se um subtítulo dentro da classificação das subordinativas é o chamado Polissemia conjuncional, onde o autor nos mostra que alumas conjunções subordinativas podem pertencer a mais de uma classe, como por exemplo que, como, porque, se, etc. Afirmando que seu valor dependerá do contexto, levando em consideração ainda a questão das possiveis ambiguidades.

Há ainda um último subtítulo, chamado Locução conjuntiva, onde o autor Celso Cunha explica que as conjunções formadas de partícula que antecedida de advérbios, de preposição e de partícipios são cahamadas de locuções conjuntivas, como desde que, antes que, já que, até que, etc.

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