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Educação sobre exposição solar na infância: Conscientizando hoje para um futuro melhor

Guia de Curso

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Educação sobre exposição solar na infância:Conscientizando hoje para um futuro melhor

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Índice

CAMPANHA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “SOL, AMIGO DA INFÂNCIA”

Fundamentos sobre câncer da pele e prevenção .......................4

O Cancer da Pele: um problema real e galopante ......................4

O ensino de boas praticas ou habitos saudaveis de exposição solar na infancia nas escolas ........................................5

2 Fundamentos aos Professores ....................................................7

2.1. Radiação Solar e Ultravioleta ..................................................8

2.2. Educação para modificar os aspectos comportamentais ............................................................................10

Aspectos relacionados à cor da pele ............................................11

A presença de nevos melanocíticos comuns e nevos atípicos constituem um marcador do risco de melanoma. .......................12

2.3. Prevenção dos danos causados pela exposição à UVR .......14

3 MATERIAL PARA OS EDUCADORES .........................................18

Material em Power Point ................................................................19

Questionários a serem aplicados ..................................................45

Questionário A ................................................................................46

Questionário B ................................................................................47

Questionário C ................................................................................48

Questionário D ...............................................................................50

Referências ......................................................................................51

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SBD-Resp – CAMPANHA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “SOL, AMIGO DA INFANCIA”

Demonstrou-se inequivocamente que a exposi-ção excessiva ao sol aumenta o risco de câncer da pele, catarata, degeneração macular da retina relacionada a idade, particularmente quando esta exposição solar excessiva ocorre na infância1,2. A frequência dos cânceres da pele tem aumentado muito globalmente nos últimos 30 anos, e sua pre-venção tornou-se uma prioridade em saúde públi-ca em vários países, especialmente naqueles com população de etnia branca2.

A exposição solar deveria ser modificada por meio de intervenções comportamentais tais como: evi-tar-se a exposição ao sol do meio do dia, uso de filtros solares tópicos, roupas adequadas à pro-teção contra os raios ultravioletas, chapéus com abas largas, óculos escuros, etc3. Tal comporta-mento saudável deveria ser adotado por toda a população, particularmente pelas crianças3. Ape-sar de este comportamento saudável ser ampla-mente divulgado há evidências contraditórias de que o aconselhamento das crianças pelos pais e médicos seja de fato eficiente3.

O CÂNCER DA PELE: UM PROBLEMA REAL E GALOPANTE

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil e o Institu-to Nacional do Câncer (INCA) as estimativas para o ano de 2012 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes de casos novos de câncer da pele do tipo não melanoma, ou seja, os denominados carcinomas basocelulares (CBC) e espinocelulares (CEC), segundo sexo nos diversos estados da fede-ração foram: entre os homens de 65,17 casos por 100 mil habitantes (total de 62.800 casos estimados) e para as mulheres de 71,30 casos por 100 mil habi-tantes (total de 71.490 casos estimados)4. Portanto em 2012, estimou-se ocorrer no Brasil a um risco de 65 casos novos a cada 100 mil homens e 71 para cada 100 mil mulheres de cânceres da pele do tipo não melanoma 4.

CAMPANHA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “SOL, AMIGO DA INFÂNCIA”fundamentos sobre câncer da pele e prevenção

O câncer da pele não melanoma é o mais inciden-te em homens nas regiões Centro-Oeste (124/100 mil), Sul (80/100 mil) e Norte (38/100 mil), enquanto, nas regiões Sudeste (73/100 mil) e Nordeste (39/100 mil) é o segundo mais frequente 4. Nas mulheres é o mais frequente em todas as regiões, com um risco estimado de 109/100 mil na região Centro--Oeste, 91/100 mil na região Sudeste, 68/100 mil na região Sul, 43/100 mil na região Norte e 42/100 mil na região Nordeste 4.

Em relação ao melanoma maligno a estimativa de incidência no ano de 2012 no Brasil foi de: entre os homens de 3,29 casos por 100 mil habitantes (total de 3.170 casos estimados) e para as mulheres de 3,09 casos por 100 mil habitantes (total de 3.060 ca-sos estimados)4.

Melanoma maligno in situ (não invasivo ainda)

Quanto ao melanoma da pele, sua letalidade é ele-vada, porém sua incidência é baixa (3.170 casos no-vos em homens e 3.060 casos novos em mulheres)4. As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na região Sul4.

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

O câncer da pele do tipo não melanoma constitui a neoplasia maligna mais frequente no nosso país, seguido respectivamente pelo de mama e de próstata.

O ENSINO DE BOAS PRÁTICAS OU HÁBITOS SAUDÁVEIS DE EXPOSIÇÃO SOLAR NA INFÂNCIA NAS ESCOLAS

Vários estudos têm recomendado que os educado-res escolares sejam multiplicadores de informações complementares as crianças ou atuem de forma mais eficiente como transmissores de mudanças nos hábitos de exposição solar, contribuindo assim na prevenção e educação efetivas5.

Os professores convivem um grande tempo com as crianças e sabem melhor como aumentar seu aprendizado e mudar seu comportamento através de modelos pedagógicos2. Além disso, nas esco-las existe um currículo em ciências, matemática, geometria e línguas que podem veicular os ele-mentos essenciais à prevenção à exposição solar excessiva2.

Carcinoma Espinocelular

Carcinoma basocelular

Existem em muitas escolas programas de promo-ção de saúde incorporados à grade curricular2. Apesar da importância desta atuação dos educa-dores na prevenção à exposição solar excessiva há poucas publicações internacionais baseadas em estudos de intervenção randomizados base-ados na promoção de modificações comporta-mentais protetoras em exposição solar excessiva que focados nas escolas6-18.

As crianças passam várias horas na escola duran-te a semana, sendo algumas delas em ambientes abertos e expostos ao sol19. Além disso, as escolas estão em posição de poder educar e alterar o com-portamento em relação à saúde, com possibilidade de usar atividades educacionais em saúde para en-volver as famílias das crianças a fim de encorajar um comportamento seguro em relação ao sol em casa19. Dessa forma, as escolas podem exercer um papel fundamental na prevenção do câncer da pele19.

Assim, a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional do Estado de São Paulo (SBD-RESP) e seu Fundo de Apoio ao Dermatologista do Estado de São Paulo – Sebastiao Sebastião Sampaio (FUNA-DERSP) propuseram a Campanha “Sol, Amigo da In-fância”, que através do Programa “Educação sobre Exposição Solar na Infância: educando hoje para um futuro melhor” sugere entre várias ações educacio-nais e fornece um “Guia de Educação em Exposição Solar Segura na Infância”, de caráter multidisciplinar e transversal para professores do ensino fundamen-tal I e II, especialmente do quinto 5º ao oitavo 8º ano do ensino (crianças entre 9 e 14 anos de idade). Este guia de ensino contem contém atividades práticas e divertidas concebidas para aumentar o conhecimen-to científico das crianças e modificar positivamente as suas atitudes de segurança e comportamento em relação à exposição ao sol.

Guia de Educação em Exposição Solar Segura na Infância

I. Objetivos• Promover educação em saúde, a fim de ensinar

aos estudantes conhecimentos, atitudes e habi-lidades para que as crianças possam se prevenir o do câncer da pele19.

• Desenvolver um projeto de prevenção primária com informações compartilhadas com os pais e professores sobre a exposição solar segura das crianças.

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• Formar professores e estabelecer estratégias de como ensinar os pais e as crianças sobre a ex-posição segura ao sol, através de determinadas medidas educativas e informativas. - Parte supe-rior do formulário

II. Adequação do método — a educação deve ser adequada a idade das crianças e relacionada a oportunidades para praticarem este comporta-mento seguro em relação a exposição solar19.

A prevenção do câncer da pele é mais efetiva quando é ensinada como parte de um currículo de educação em saúde focado na compreensão entre as relações do comportamento individual e a saúde das pessoas, e que propicie aos es-tudantes conhecimentos e habilidades para pre-venção das doenças propostas pelo Ministério da Saúde19,20. O programa de educação em boas práticas de exposição solar na infância pode ser adequado a estação do ano e relacionado a oportunidades de exposição e proteção solar19. A prevenção do câncer da pele pode ser incluído como parte de um currículo abrangente de edu-cação em saúde em decorrência das seguintes características:

• Comportamentos que levam à exposição à ra-diação ultravioleta (UVR) podem estar relaciona-dos a outros fatores de risco de saúde;

• programas de prevenção do câncer da pele podem abrir oportunidades para educação sobre outras áreas relacionadas à saúde (por exemplo, o aumento do valor atribuído à saú-de, permite que as pessoas assumam a res-ponsabilidade por sua saúde, e aumentam a confiança das pessoas na própria capacidade em promover alterações saudáveis comporta-mentais) e,

• os esforços na prevenção do câncer da pele podem incorporar vários meios de aprendi-zagem e técnicas de mudança de comporta-mento social utilizados em outros domínios da educação.

Além disso, a prevenção do câncer da pele pode ser incorporada a várias disciplinas, por exemplo, na matemática, em que os alunos podem ser ensi-nados e estimulados a calcular a duração do efeito de proteção solar quando um determinado filtro solar tópico com um certo fator de proteção solar

(FPS) é usado. Esse tipo de abordagem integrada requer planejamento colaborativo e o desenvolvi-mento de um currículo entre os professores para aperfeiçoar a educação em prevenção do câncer da pele e reforçar a consistência das mensagens e práticas propostas19.

III Sequência do Programa — A educação em saúde é mais eficaz na promoção de mudanças comportamentais positivas quando se repete ao longo do tempo e de maneira reforçada19. Es-forços de curta duração ou apresentações úni-cas podem aumentar o conhecimento dos alu-nos sobre exposição segura ao sol e, em alguns casos, melhorar atitudes e comportamentos de proteção solar imediatamente após o programa ser realizado na escola19. No entanto, essas mu-danças tendem a ser de curta duração e não se pode esperar que sejam capazes de sustentar comportamentos positivos para a saúde19. Apre-sentações ao longo de vários ciclos do ensino têm sido mais eficazes na obtenção de acrés-cimos de conhecimento e aquisição de com-petências19. A educação escolar para promover a prevenção do câncer da pele é mais eficaz quando é fornecida de forma consistente e se-quencial e incluída periodicamente em todas as fases do processo educativo, a partir da educa-ção infantil até o último ano do ensino funda-mental19. A instrução sequencial pode construir informações e reforçar habilidades aprendidas anteriormente.

IV Formas de aprendizagem ativa e mudança comportamental — Na década anterior, espe-cialmente no hemisfério norte, os programas educacionais para incentivar as crianças a adotar hábitos de segurança em relação à exposição so-lar foram implementados e avaliados19. Entre os estudos baseados em intervenções nas escolas, incluíram-se diversos formatos: os didáticos de forma continuada e eventos especiais21, 22,23, inte-grados ao currículo de sala de aula ao longo do tempo24, 25,26, e os programas de educação de pa-res27,28. A maioria desses estudos tem demonstra-do que essas intervenções aumentaram o conhe-cimento e atitudes preventivas comportamentais favoráveis. Além disso, alguns dos programas que tem múltiplas atividades e que se desenvol-veram ao longo de um período mais longo (por exemplo, um ano) produziram melhorias na pro-teção solar e no comportamento das crianças em relação a exposição solar segura29.

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Envolver ativamente as crianças e adolescentes no processo de aprendizagem aumenta a proba-bilidade de um efeito positivo19. Os jovens são mais propensos a considerar e adotar compor-tamentos novos ou melhores quando aprendem sobre eles por meio de diversão, atividades parti-cipativas, em vez de puras palestras19. Por exem-plo, um estudo recente demonstrou melhora no conhecimento sobre os da radiação UV por parte dos os alunos do ensino fundamental que usa-ram um recurso educacional baseado em pro-grama de computador interativo, em relação aos alunos que receberam a mesma informação em um formato didático apresentado por um profes-sor30. Os alunos que concluíram o programa de CD-ROM interativo também apresentaram mu-danças positivas nas atitudes e uma tendência para melhorias no comportamento de exposição segura ao sol30. Nos Estados Unidos a Agência de Proteção Ambiental oferece um sítio na Internet de aprendizagem, onde os alunos podem consul-tar as médias diárias de radiação UV, relacionar as informações do índice UV para sua própria co-munidade, e se corresponder com outras escolas participantes31,32.

As atividades de educação em saúde devem ser adaptadas ao nível cognitivo e comportamental dos alunos29. Por exemplo, os alunos da educa-ção infantil ao terceiro ano do ensino fundamen-tal poderiam aprender efetivamente através de rimas repetidas e conhecendo o ABC da preven-ção do câncer da pele19. Jogos, quebra-cabeças, e concursos tornam a aprendizagem mais di-vertida para os alunos da maioria das idades19. Atividades intelectualmente mais desafiadoras podem ser dirigidas aos estudantes do ensino médio, desde a compreensão da base científica da radiação solar, clima e diferenças globais, pro-duzindo seu próprio vídeo com mensagens de proteção solar e por meio dele se comunicar com os colegas e suas comunidades19. Os adolescen-tes podem aprender sobre a literatura de dife-rentes culturas através da análise de imagens de modelos em revistas populares e discutir o que a exposição ao sol representa para diferentes cul-turas e etnias no mundo19.

V. Programas escolares em um contexto mais am-plo — O mais importante objetivo em longo prazo da educação e prevenção do câncer da pele nas escolas é a adoção e manutenção de práticas de proteção ao sol19. Portanto, a transmissão de in-

formações detalhadas para os alunos é a base das boas práticas de segurança em exposição solar19. Além disso, programas educacionais e currículos orientados a esse tipo de educação nas escolas formam uma ampla combinação de esforços na prevenção do câncer da pele19. Intervenções de prevenção do câncer de da pele em situações recreativas, esportes e ambientes comunitários podem complementar e reforçar os esforços nas escolas33-38. Políticas de apoio, ambientes adequa-dos,, professores engajados e famílias motivadas são coadjuvantes essenciais à educação de saúde e à prevenção do câncer da pele19.

2 FUNDAMENTOS AOS PROFESSORES

A pele é o órgão humano mais acessível à luz solar, sofrendo diretamente os efeitos indesejáveis da ra-diação ultravioleta (UVR)33. A UVR solar é a principal causa da maioria dos cânceres da pele nas pessoas de etnia branca33. A pele humana é exposta diariamente à UVR em doses abaixo daquelas que provocam vermelhidão na pele (doses suberitematosas), especialmen-te em áreas do corpo, como a face e o dorso das mãos39. As consequências dessa exposição após vários anos são o câncer da pele e o envelhecimen-to precoce dela (fotoenvelhecimento)39.Diferenças clínicas entre o envelhecimento intrínse-co (provocado pela idade) e o extrínseco (provo-cado pelo sol) na pele podem ser observadas no quadro “Envelhecimento cutâneo”, a seguir.

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Além dos seus efeitos deletérios na pele, a UV tem efeitos benéficos, como a formação da vitamina D3, importante para os ossos e seu crescimento, e tam-bém o seu uso de forma controlada pelos médicos no tratamento de várias doenças da pele, exemplo da psoríase, do vitiligo, entre outras40.

2.1. Radiação Solar e Ultravioleta

A Terra é constantemente irradiada por fótons (par-tículas de energia) de luz vinda do sol; 56% são fó-tons de luz infravermelha (comprimento de onda de 780-5000 nanômetros, nm), 39% de luz visível (400-780nm), e 5% de UVR (200-400nm)41 (figura 1).

Assim a UVR é parte de um espectro de radiação eletromagnética emitido pelo Sol. A UVR é arbitraria-mente dividida em três faixas de diferentes compri-mentos de onda, embora os comprimentos de onda exatos nos quais se dividem estas faixas podem dife-rir de acordo com algumas áreas do conhecimento científico. A classificação proposta pelo segundo con-gresso Internacional de Luz em 1932 estabeleceu os seguintes comprimentos de onda: UVA (400-320nm), UVB (320-290 nm) e UVC (290-200nm).

A porção mais danosa e citotóxica da luz solar (100-295nm) é absorvida pela camada de ozônio na es-tratosfera, distante cerca de 40 km da superfície da Terra (figura 2) 40,41.

Figura 1. Espectro da radiação de fótons de luz vindos do Sol.

Assim, os 5% da energia irradiada do Sol emitida na faixa da UVR chega à Terra. A UVC é quase com-pletamente absorvida pelo ozônio da estratosfera; 90% da UVB são absorvidos pelo ozônio da estra-tosfera, e a UVA passa à atmosfera sem quase ser absorvida. Ao atingir a superfície terrestre1, a UVA é ainda subdivida em UVA1 (340-400nm) e UVA2 (315-340nm)40 (figura 2).

Figura 2. Alcance na Terra dos diversos comprimentos de onda da radiação ultravioleta.

Por um efeito evolucionário afortunado, o oxigênio produzido pelo processo de fotossíntese forma um filtro nas camadas mais externas da nossa atmos-fera que absorve a UVC. Nesse processo, as molé-culas de oxigênio se dissociam e recombinam na forma de ozônio (figura 3).

Figura 3. Efeitos da camada de ozônio na radiação ultravioleta.

Esquema exemplificando como a camada de ozônio (O3) é formada na estratosfera e absorve a radiação UVB, além de como os compostos clorofluorcarbonos (CFC) degrada a camada de ozônio e aumentam seus efeitos biológicos deletérios. O oxigênio molecular (O2) e os compostos CFCs difundem-se até a estratosfera, onde são decompostos pela radiação UVC e . Os átomos de oxigênio (O) se recombinam ou com o cloro (Cl) , ou então com o oxigênio molecular (O2), formando o ozônio (O3) . O ozônio absorve a

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

radiação UVB e não permitem a passagem de grandes quantidades de UVB, bloqueando a possível reação fotoquímica com moléculas na superfície da Terra, entre elas as da pele humana. O cloro reativo (Cl) liberado a partir do CFC catalisa a quebra do ozônio , formando oxigênio molecular (O2) , o qual não absorve os fótons da UVB. Assim mais radiação UVB passa à estratosfera, estimulando reações fotoquímicas com moléculas orgânicas e aumentando seus efeitos biológicos correspondentes. Adaptado de: Gruijl FR, van der Leun JC. CMAJ 2000;163(7):851-855.

A quantidade de raios ultravioleta que alcança o solo e a relação UVA/UVB depende de vários fa-tores, como latitude, estação do ano, presença de nuvens e horário do dia40.

Entretanto, o Sol é uma fonte primária de UVA, com um conteúdo de UVB de cerca de apenas 5% que alcança a superfície terrestre40. A UVA atraves-sa a camada de ozônio e virtualmente todo seu conteúdo, alcançando a superfície da Terra41. A depleção da camada de ozônio por substâncias como os clorofluorcarbonetos (CFC) têm levado a um substancial aumento da transmissão de UV à superfície da Terra41.

Para cada 300m de elevação de altitude em relação ao nível do mar há uma aumento de 3% da UVR que alcança a superfície42.

Para grau de latitude menor há um acréscimo de 3% na quantidade de UVB que atinge a superfície da Terra41 (figura 4).

Fatores climáticos adicionais como nevoeiro e nu-vens, e mesmo a poluição, podem reduzir a trans-missão de UVR de 10% a 90% 43.

Água, neve, areia e concreto podem refletir cerca de 90% da UVR para a pele 41,43. Por fim, a sombra reduz a UVR solar em cerca de 50% a 90%, sendo que a folhagem densa propicia redução à UVR su-perior a um guarda-sol de praia 41,43. No entanto, a quantidade de radiação que alcança a superfí-cie terrestre se modifica de acordo com vários fatores44-46:

I. Horário do dia (a maior quantidade alcança a Terra entre 11h e 16h). Cerca de 50% da dose diária de UVB chega à superfície terrestre entre 11h e 15h.

II. Estação do ano (o verão apresenta maior inten-sidade).

III. Latitude geográfica (a radiação é maior quanto mais próximo ao Equador). A cada grau de la-titude em direção ao Equador, acrescentam-se mais 3% de incidência da UVR.

IV. Altitude: a cada 300 m acima do nível do mar, somam-se mais 4% de incidência da UVR.

V. Condições atmosféricas, como nuvens e polui-ção, diminuem a chegada da radiação, porém não a impedem. Dependendo da espessura da roupa, apenas 10% a 20% da UVR é bloqueada. A sombra reduz a UVR entre 50% e 95%.

VI. A camada de ozônio (maior radiação em áreas com redução do ozônio, como os polos, em de-terminadas épocas).

VII. Água: a 1 m de profundidade, cerca de 50% da UVB ainda está presente e 75% da UVA também. A água do mar reflete cerca de 15% da UVR.

O solo reflete pouca UVR, ao passo que a neve reflete 90% e a areia 25% da radiação que rece-bem44. A composição da luz solar que chega à su-perfície terrestre em dias ensolarados é de cerca de 90% de UVA e entre 5% e 10% de UVB44. A UVA representa 5% da emissão solar que atinge a su-perfície terrestre e a UVB 0,5%44. Assim, como a UVA não é bloqueada pela camada de ozônio na estratosfera, a sua intensidade sofre menos varia-ção em relação à UVB, em termos de horário do dia, altitude e latitude46.

Figura 4. Efeito da latitude da Terra e intensidade da UVB.

Durante os picos de horas (próximo às 12h00min horas) e no verão também há aumento da incidên-cia da UVR. Quando o Sol está localizado no zênite, a quantidade de UVR absorvida pala camada de ozônio é menor41.

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2.2. EDUCAÇÃO PARA MODIFICAR OS ASPECTOS COMPORTAMENTAIS

A pedra angular do conceito que indica a fotopro-teção na infância é o conhecimento de que a expo-sição solar excessiva, nessa faixa etária, é um fator particularmente significativo no risco futuro de de-senvolvimento do câncer da pele47.

Há dois fatores básicos que determinam um nível elevado de exposição solar na infância e sua relação com o câncer da pele 47:

(l) ao contrário da maioria dos adultos em am-biente urbano, as crianças passam grande parte do seu tempo diário em ambientes externos e assim, invariavelmente, encontram-se expostas ao sol;

(ll) sabe-se que as queimaduras solares na infân-cia constituem um fator fundamental na patogê-nese do melanoma maligno.

to de melanoma maligno (MM), como demonstra-do na figura 547,50.

Entre as várias medidas de proteção à radiação so-lar, a utilização de filtros solares de uso tópico tem demonstrado prevenir o surgimento do CCNM47. Stern et al.51, ainda na década de 1980, demonstra-ram que a incidência do CCNM ao longo da vida poderia ser reduzida em 78% com o uso de filtros solares com fator de proteção solar (FPS) 15 ou maior durante os primeiros 18 anos de vida.

Outro fator que influencia no comportamento de uma proteção solar efetiva é a idade da criança52. Isso implica sua capacidade de efetuar essa foto-proteção de forma independente dos adultos52. Por outro lado, especialmente importante é o quanto elas estão dispostas a realizar de maneira consis-tente a proteção solar, por si próprias52.

Nas crianças pré-escolares e em idade de escola-ridade básica, a fotoproteção, em geral, depende do grau de conscientização dos pais, enquanto que nos adolescentes o envolvimento pessoal é determinante para o hábito da fotoproteção, e que essa atitude não seja classificada como indesejável (“uncool”) pelo seu grupo de convívio52. Assim, são importantes as campanhas de proteção solar, ade-quadas a cada faixa etária52.

Queimadura solar em criança com formação de bolhas. Grande risco de melanoma na vida adulta.

Na América do Norte, as crianças pequenas perma-necem diariamente em ambiente externo, em torno de 2,5 a 3 horas47,48. Dessa forma, essas crianças re-cebem cerca de três vezes a exposição solar anu-al que um adulto está sujeito em suas tarefas diá-rias44,45. Alguns autores estimam que 25% a 50% da exposição solar que uma pessoa recebe durante a vida é obtida antes dos 18-21 anos de idade47,49.

Existe uma clara relação entre a exposição solar ao longo dos anos (acumulativa) e o desenvolvi-mento de carcinomas cutâneos (carcinoma espi-nocelular e carcinoma basocelular; denominados em conjunto como câncer cutâneo não melanoma – CCNM), e ainda uma acentuada relação entre a queimadura solar intermitente e o desenvolvimen-

Figura 5. Diferentes formas de exposição solar ao longo do tempo e intensidade determinam a predisposição desde a infância a diferentes cânceres cutâneos

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Aspectos relacionados à cor da pele

A cor da pele tem grande influência na capacida-de de ocorrer eritema (vermelhidão) induzido pela UVR. Na dermatologia, a melhor classificação em relação à capacidade de responder com eritema e bronzeamento é aquela proposta por Fitzpatrick, que classifica os indivíduos de acordo com seu fo-totipo53 (quadro 1).

A questão das manchas ou sinais na pele chamados “Nevos Melanocíticos” – sua ocorrência na infância e relação com a exposição solar

Popularmente, nevo (plural nevos), do latim nævus (plural nevi), é o termo médico que des-creve uma lesão na pele conhecida como man-cha, pinta ou sinal. O termo “nevo melanocí-tico”, mais conhecido como “pinta”, significa “hiperplasia benigna circunscrita de melanócitos (células produtoras do pigmento natural chama-do melanina) na pele”56. Os nevos comuns estão presentes em todas as pessoas e seu surgimento na pele é rápido e contínuo na infância, entre os 3 e15 anos, atingindo na idade adulta uma média de 20 a 30 nevos melanocíticos em toda a pele56. Meninos e meninas têm o mesmo número de ne-vos, porém a sua distribuição varia: os meninos apresentam mais nevos no tronco, enquanto as meninas mais nos membros56.

O nevo melanocítico atípico ou displásico (displási-co, nevo de Clark) aparece na puberdade e sua pre-valência é de 5% a 10% na população em geral56. Ele é definido clinicamente pela presença de pelo menos três critérios: contorno irregular, assimetria, pigmentação heterogênea e coloração rosada na periferia, com diâmetro maior que 5 mm56.

Segundo alguns autores, o exame anatomopatoló-gico (biópsia) é necessário para firmar esse diag-nóstico56.

Quadro 1. Classificação dos tipos de pele e sua sensibilidade ao sol (Classificação de Fitzpatrick).

A incidência mais baixa de câncer cutâneo entre pessoas negras é fundamentalmente resultante da fotoproteção propiciada pela abundante melanina epidérmica, um pigmento natural que absorve a ra-diação ultravioleta, não permitindo seu aprofunda-mento na pele humana, e propicia um FPS natural em torno de 13,4 nos indivíduos negros54,55.

A melanina da pele de pessoas negras filtra duas vezes mais a UVR em relação à melanina de in-divíduos da etnia caucasoide, de forma que a epiderme dos negros transmite 7,4% da UVB inci-dente e 17,5% da UVA, enquanto nos indivíduos de etnia branca é de 24% e 55%, respectivamen-te55. Esse comportamento ocorre em decorrência da existência de melanossomos (estruturas que contem melanina) maiores e mais melanizados na epiderme dos negros, em comparação aos me-lanossomos menores e menos melanizados dos brancos55.

Essa característica inata da pele negra permite que sejam necessárias doses 6 a 33 vezes maiores de UVR para causar eritema (vermelhidão) na pele negra em relação a indivíduos brancos55.

Nevo melanocítico atípico (notar a assimetria da lesão, cor heterogênea e irregularidade das bordas).

A exposição solar aguda está implicada no de-senvolvimento de nevos melanocíticos nas crian-ças56. O número de nevos aumenta com a idade, ocorrendo particularmente em maior quantidade nas áreas expostas da pele, e esses nevos têm seu

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número aumentado com a dose cumulativa de sol que ocorreu durante a infância e a adolescência56. Crianças com pele clara, que tende a queimar mais do que bronzear, têm mais nevos em todas as idades, e crianças que sofreram queimaduras solares mais graves também apresentam mais ne-vos melanocíticos56.

A presença de nevos melanocíticos comuns e nevos atípicos constituem um marcador do risco de melanoma

Dessa forma, está bem estabelecida a relação entre número e tipo de nevos e o desenvolvimento de melanoma56.

Além disso, 90% delas tinham sofrido uma quei-madura solar57. Camiseta havia sido utilizada por 50% das crianças na praia e 25% das crianças na piscina57.

Estratégias para prevenção do câncer da pele de-vem começar com a fotoproteção das crianças23. Reduzindo a exposição solar das crianças, pode-mos reduzir o risco de desenvolvimento do câncer de pele nos adultos57.

O risco de desenvolver melanoma maligno na vida adulta é sete vezes maior em uma pessoa que pos-sui uma centena de nevos melanocíticos comuns, em comparação com aquelas que apresentam cer-ca de apenas 15 nevos56. O risco relativo (RR) de melanoma é superior a 10 em pessoas que pos-suem 5 nevos atípicos em relação a pessoas com nenhum nevo atípico56.

Fator de proteção solar (FPS)

O FPS é um sistema de graduação desenvolvido para quantificar o grau de proteção conferido por um filtro solar tópico ao surgimento da vermelhi-dão na pele (eritema cutâneo)53. Quanto maior o FPS, maior proteção ao eritema53. Por exemplo, um indivíduo que apresenta vermelhidão na pele (eritema) após 10 minutos de exposição solar, quando utiliza um filtro solar com FPS 15, desen-volverá o eritema só após 150 minutos de exposi-ção solar (10 min x 15)53.

O FPS é determinado segundo com um protoco-lo padrão, que utiliza luz artificial aplicada na pele com o uso de uma quantidade definida de filtro so-lar tópico (2mg/cm2), e mensura em quanto tempo o filtro solar prolonga o período de aparecimento do eritema (vermelhidão) na pele, calculado a par-tir da dose eritematosa mínima (DEM), ou seja, a mínima quantidade de radiação ultravioleta capaz de provocar vermelhidão na pele, própria de um indivíduo, sem o uso do filtro solar53. Assim, o valor do fator de proteção solar de um dado produto é calculado deste modo:

“FPS = DEM com filtro solar / DEM sem filtro solar”

Um filtro solar com FPS 2 aplicado nessa quantida-de (2mg/cm2) bloqueia cerca de 50% da UVB irra-diada, um FPS 10 bloqueia 90%, um FPS 15 cerca de 94%, e um FPS 30 quase 97%.

Figura 6. Risco relativo de melanoma na vida adulta e relação com número de nevos melanocíticos comuns e atípicos.

Adaptado de: Mahé E, de Maleyssie MF, Fay-Chatelard F, Beauchet A. [Childhood melanocytic nevus: a marker of sun exposure and measuring tool of sun prevention campaigns]. Arch Pediatr. 17(6): 912-3.2010; French.

A presença de nevo melanocítico congênito (NMC) (malformação de células pigmentadas formadas durante a gestação e visível no nascimento ou logo após) aumenta o risco de melanoma56. No entanto, esse risco depende diretamente do tamanho do NMC e é maior para os nevos ditos gigantes (defi-nidos como nevos situados no tronco, com mais de 40 cm no maior diâmetro ou que se espera alcançar esse diâmetro na vida adulta)56. A média de idade à época do diagnóstico do melanoma é em torno dos 15,5 anos de vida56.

No sul da França, uma pesquisa demonstrou que 50% das crianças entre 3 e 12 anos passam mais de 6 horas do dia em ambiente exposto à luz57.

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Entretanto, em termos práticos, o FPS de um filtro solar, quando utilizado por um indivíduo na pele, geralmente representa uma proteção menor do que a esperada, uma vez que se aplica menos do que a metade da quantidade recomendada, que é de 2mg/cm2 de pele53. Estima-se que a verdadeira quantidade de aplicação efetuada pelas pessoas na prática pode estar entre 0,5 e 1mg/cm2, bem aquém do necessário57.

Para aplicar adequadamente o filtro solar em toda a pele de um adulto de tamanho médio, seria ne-cessário um volume de 30 ml de filtro solar. Desse modo, como podemos observar no quadro 2, con-forme a quantidade de filtro solar que não é apli-cada adequadamente, o FPS do mesmo diminui consideravelmente.

Quadro 2. Eficácia do fator de proteção solar (FPS) em relação à quantidade de filtro solar aplicada na pele em área de superfície

FPS (FDA)

2mg/ cm2

1,5 mg/cm2

1 mg/ cm2

0,5mg/cm2

2 2 1,7 1,4 1,2

4 4 2,8 2 1,4

8 8 4,8 2,8 1,7

15 15 7,6 3,9 2

30 30 12,8 5,5 2,3

50 50 18,8 7,1 2,7

Adaptado de: Wulf H-C, Stender I-M, Lock-Andersen J. Sunscreens used at the beach do not protect against erythema: a new definition of SPF is proposed. Photodermatol Photoimmunol Photomed 1997;13(4):129-32. – FPS = DEM com filtro solar / DEM sem filtro solar

Dessa forma, torna-se evidente que o FPS é um ín-dice de medida de proteção contra a UVB (a qual produz eritema ou vermelhidão na pele), enquanto a medida de proteção contra a UVA é expressa por outros meios58.

A UVA2 é a principal determinante da pigmentação cutânea persistente58. Sob as normativas do FDA (Federal DrugAdministration), os filtros solares de-vem demonstrar a proteção UVA que oferecem ba-seados em um sistema de classificação de quatro estrelas, o que é determinado por testes in vitro e in vivo53. O teste in vivo determina o fator de prote-ção à UVA (UVA-PF), que mede a capacidade do fil-tro solar tópico de evitar o bronzeamento, definido como o produto da divisão entre a dose pigmen-tante mínima (minimal pigmenting dose, MPD) da pele com o filtro solar em relação à pele sem o filtro solar 53. De forma análoga à DEM, a MPD é a quan-

tidade de UVA necessária para produzir a primeira pigmentação cutânea após exposição à UVR53.

O teste in vitro calcula a taxa UVA1/UV, o que mais se aproxima da proteção contra a UVA1 (320nm a 340nm) sugerida pelo fabricante do filtro solar53. Essa taxa é calculada pela quantidade de UVA1 que penetra em uma placa áspera de quartzo de grau óptico antes e após a aplicação do filtro solar53. De acordo com esses testes in vivo e in vitro, os filtros solares são estratificados em proteção baixa, mé-dia, alta e muito alta, o que determina sua gradua-ção final (quadro 3)53.

Quadro 3. Classificação dos filtros UVA no sistema de quatro estrelas do FDA

Graduação Categoria UVA-FPSem proteção à UVA Nenhuma <2

Baixa 2 a 4

Média 4 a 8

Alta 8 a 12

Muito alta ≥12

Adaptado de: Sambandan DR, Ratner D. Sunscreens: an overview and update. J Am Acad Dermatol 2011;64:748-58.

Filtros solares de uso tópico

Os fotoprotetores tópicos ou filtros solares de uso tópico são substân-cias que absorvem e filtram a UVR (o que evita a sua transmissão atra-vés da epiderme e da derme), dis-persam e refletem as radiações44. Na atualidade, existem também substâncias que atuam prevenindo os danos induzidos pela ra-diação solar44. Demonstrou-se que os filtros solares tópicos têm efeitos positivos em diminuir os sinais do fotoenvelhecimento e a incidência do câncer da pele44. Eles também diminuem o número de nevos melanocíticos (pintas), um fator já discutido como risco de desenvolvimento do melanoma maligno44.

A maioria dos filtros solares aprovada pela Anvisa e pelo FDA americano é agente químico orgâni-co, que absorve vários comprimentos de onda da UVR, primariamente no espectro da UVB, e outros são efetivos na faixa da UVA53.

Combinações de agentes químicos são então necessárias para propiciar um amplo espectro de proteção e aumentar a fotoestabilidade53. Os fotoprotetores químicos (orgânicos) absorvem a

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SBD-Resp – CAMPANHA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “SOL, AMIGO DA INFANCIA”

energia transportada pelos fótons das radiações UV, de forma que podem ser considerados cromó-foros exógenos53. São muito variados, tem meca-nismos de ação distintos e transformam a energia lumínica em energia térmica. De forma geral, es-ses filtros orgânicos são incolores e cosmetica-mente bem aceitos, apesar de poder ocasionar maior número de dermatites de contato, quando comparados aos filtros inorgânicos53.

A Anvisa e o FDA aprovaram dois filtros solares físicos inorgânicos para uso nos fotoprotetores: o dióxido de titânio e o óxido de zinco53. Esses dois agentes previnem a penetração na pele da UVB, UVA1 e UVA2, além da luz visível e do infraverme-lho53. Esses filtros não são irritantes nem fotossen-sibilizantes, uma vez que são pós-inertes, que não penetram além da camada córnea da pele, não tendo absorção sistêmica, devendo ser utilizados por pessoas com histórico de alergia a fotopro-tetores tópicos53. Os filtros físicos inorgânicos são particularmente úteis a pessoas com doenças de fotossensibilidade e outras condições que reque-rem proteção com amplo espectro da UVR18.

Os filtros químicos absorvem a energia da UVR e dissipam calor; os filtros físicos refletem a UVR (figura 6).

Figura 6. Ação dos filtros físicos e químicos em relação à UVR

solar53. Crianças e adolescentes continuam a ter queimaduras solares 53. Em 2002, Geller e colabo-radores59, em estudo nos Estados Unidos com mais de 10 mil adolescentes brancos entre 12 e 18 anos de idade, observaram que 83% deles relataram ter tido queimadura solar pelo menos uma vez, e 36% das crianças descreveram três ou mais queimadu-ras solares durante o verão. Apenas 1/3 dos entre-vistados havia usado filtros solares tópicos no verão anterior59.

Estimou-se que a proteção à exposição solar po-deria reduzir o número de casos de câncer cutâneo não melanoma ao longo da vida em quase 80%53.

As principais medidas de comportamento seguro em relação ao sol recomendadas por várias orga-nizações líderes em estudo do câncer cutâneo in-cluem53:

I. Não se queimar; evitar o brozeamento e os sa-lões de bronzeamento.

II. Usar roupas protetoras e chapéu.

III. Procurar a sombra. Ter cuidado extra próximo à água, neve e areia.

IV. Utilizar óculos de sol com proteção contra a UVR.

V. Aplicar filtros solares tópicos.

Roupas e chapéus

A fotoproteção com roupas pode ser excelente barreira contra a UVR, uma vez que é uma medida simples e prática de proteção solar, porém mais aplicável em climas frios53. Um estudo americano demons-trou que roupas adequadas conseguem diminuir o desenvolvimento de nevos melanocíticos (pin-tas)58. Lã e materiais sintéticos (como o poliéster) são mais protetores do que o algodão, linho, acetato e raion53. Qualquer roupa com uma UPF (unidade de proteção solar) menor que 15 não deve ser considerada protetora solar ou prote-tora de UVR53. No verão, camisetas de algodão padrão conferem uma UPF entre 5 e 9 apenas53.

Dependendo do tamanho, material e tecido, os chapéus propiciam uma proteção solar variável para a cabeça e o pescoço53. Um chapéu com

Adaptado da imagem obtida em: http://www.cosmosmagazine.com/news/1021/new-species-bacteria-found-human-skin. Acesso em: 29 dez. 2011.

2.3. Prevenção dos danos causados pela exposição à UVR

A incidência do câncer cutâneo continua a crescer, apesar dos esforços da saúde pública em aumentar a adoção das medidas de segurança na exposição

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

abas largas (9cm) oferece um FPS de 7 para o nariz, 3 para as boche-chas, 5 para o pescoço e 2 para

o queixo53. Já os chapéus de abas médias (entre 3cm e 9cm), fornecem um FPS de 3 para o nariz, 2 para a

bochecha e o pescoço e nenhuma proteção para o queixo. Um chapéu de

abas estreitas propicia um FPS de 1,5 para o nariz, porém pouca ou nenhuma proteção para o queixo e pescoço53.

Sombra

Em grande parte do ano, as crianças passam seus dias nas escolas e estas devem propiciare fomen-tar o uso de áreas com sombras, proporcionando pátios cobertos e realizando aulas de educação física em áreas livres nos períodos do dia com me-nor radiação solar44. Estima-se que 47% da exposi-ção solar diária que as crianças recebem ocorrem em áreas ao ar livre nos repousos das escolas44.

Uma regra que pode auxiliar a identificar quando mais se deve evitar o sol é a “regra da sombra”. O sol é mais danoso quanto menor é a sombra da criança em relação à sua altura, o que indica que o zênite solar é menor que 45o de incidência, de for-ma que o risco é menor quanto maior o tamanho da sombra44, como exemplificado na figura 7.

Óculos de sol

As principais organizações de saúde visual nos Es-tados Unidos recomendam que os óculos de sol absorvam entre 97% e 100% do espectro completo da UVR (ou seja, até 400nm)53. Uns óculos caros não necessariamente oferecem melhor proteção con-tra a UVR53. Recomenda-se que as pessoas utilizem óculos de sol quando estão em ambientes exter-nos, dirigindo, trabalhando ou praticando espor-tes53. Encontram-se disponíveis óculos de sol para crianças e adolescentes53.

Aplicar filtros solares tópicos

No quadro 4, podemos observar as principais recomendações quanto ao uso de filtros solares tópicos.

Quadro 4. Recomendações relativas ao uso de filtros solares tópicos

Recomendações de fotoproteção com filtros solares tópicos

• Aplicar o filtro solar diariamente nas áreas não cobertas pela roupa.

• Aplicar na pele seca entre 15 e 30 minutos de ir à ambientes externos.

• Considerar uma segunda reaplicação após a primeira.

• Usar o filtro solar mesmo em dias nublados.• Reaplicar o filtro solar a cada duas horas ou após

sudorese ou entrada na água.• Utilizar o filtro solar em quantidade suficiente (30ml

para adulto de tamanho médio).• Usar um filtro solar resistente à água com FPS≥30,

com amplo espectro de cobertura tanto à • UVA como à UVB.

Adaptado de: Stechschulte SA, Kisner RS, Federman DG. Sunscreens for non-dermatologists: what you should know when counseling patients. PostgradMed 2011;123(4):160-7.

Além disso, o Morbidity and Mortality Weekly Re-port (MMWR) preparado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) produziu em 2002 um guia de prevenção do câncer da pele para escolas, no qual sugere reforçar certos aspectos do uso dos filtros solares, como a seguir relacionados19.

Quando aplicar protetor solar?

• Aplicar protetor solar cerca de 30 minutos antes de se expor ao sol (para melhores resultados) de modo que ele possa ser mais bem absorvi-do pela pele e menos propenso a ser retirado quando você transpirar.

Figura 7. “Regra da sombra”: bom horário de exposição a ambiente aberto, observado pela boa sombra das crianças em relação à sua altura

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• Lembre-se de reaplicar o protetor solar após na-dar ou fazer exercício físico extenuante.

• Aplicar protetor solar, várias vezes ao longo do dia, se você trabalhar ao ar livre, pelo menos a cada 2 horas, usar chapéu e sempre roupas de proteção.

Como aplicar protetor solar?

• Agite bem antes de usar, para misturar as par-tículas que podem ficar aderidas ao recipiente. Considere o uso do em spray ou vários tipos de protetor solar.

• Certifique-se de aplicar protetor solar suficiente-mente. Como regra geral, usar um punhado de cerca de 30ml para cobrir todo o corpo.

• Use em todas as partes da pele expostas ao sol, incluindo as orelhas, costas, ombros, atrás dos joelhos e nas pernas.

• Aplicar em boa quantidade e completamente cobrindo a pele.

• Tenha cuidado ao aplicar protetor solar ao redor dos olhos.

O que a verificar quando for comprar o protetor solar?

• Escolha um filtro solar de amplo espectro, que proteja contra os raios UVA e raios UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) de pelo menos 30.

• Leia os rótulos dos produtos. Procure uma mar-ca à prova d’água, se você for suar ou nadar.

• Compre uma marca que não contenha ácido para-aminobenzoico (PABA), se você é sensível a essa substância.

• Tente um filtro solar com substâncias químicas diferentes se a sua pele reage mal ao que você está usando. Nem todos os filtros solares têm os mesmos componentes.

• Use um protetor solar à base de água, se você tem pele oleosa ou é propenso a acne (cravos e espinhas).

• Esteja ciente de que mais caro não significa me-lhor. Embora uma marca cara pode fornecer um cheiro melhor, não é necessariamente mais efi-caz do que um produto mais barato.

• Fique atento à data de validade, pois alguns protetor solar componentes pode degradar ao longo do tempo.

Em relação aos protetores solares (filtros sola-res) e os cânceres da pele o que você deve saber de relevante60,61:

Melanoma maligno

• Estudos na Austrália relataram que os usos regulares de protetores solares aparentemente reduziram a incidência de novos melanomas e também protegeram da ocorrência de melanoma invasivo.

• O uso de filtros solares também postergou o aparecimento de nevos (pintas) nas crianças com pele clara (lembrar que o número de pintas é um marcador para ocorrência do melanoma).

• No entanto, ainda pode ser neces-sário décadas de acompanhamento para se atribuir ao uso de filtros solares uma ação protetora ao me-lanoma.

• Os filtros solares não devem ser os únicos ou os agentes de primeira escolha usados na prevenção do câncer da pele, mas deveriam ser utilizados juntamente com outras medidas, como roupas adequadas para prevenir a exposição excessiva ao sol.

Carcinoma espinocelular e queratoses actínicas (lesões precursoras do câncer da pele do tipo não melanoma)

• O uso dos protetores solares é ca-paz de prevenir o aparecimento das queratoses actínicas e do carcinoma espinocelular.

Carcinoma basocelular

• Não há dados ainda que permitam afirmar que os filtros solares evitam este tipo de tumor.

Índice ultravioleta (UV index)

Toda a discussão relacionada aos níveis de UVR solar é focada na intensidade desta, que hoje é mensura-da em termos do índice de UV, promovido pela Or-ganização Mundial da Saúde (OMS) em um esforço para padronizar a divulgação dos níveis da UVR pelo mundo60. Em diversos países, os boletins metereo-lógicos costumam disponibilizar o UV index diário60, que é obtido pela multiplicação do valor da UVReff (irradiação biologicamente efetiva em W/m2) que chega do Sol na superfície terrestre em um dado ponto geográfico multiplicado pelo número cons-

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

tante 4060. Assim, para uma UVReff de 0,28 W/m2, o UV index é de 11,2 (0,28 x 40)14. O UV index varia de 0 a 12 ou mais em áreas de altitude média60.

A variabilidade ao redor do globo terrestre no UV index é muito ampla60. No verão europeu, os valores alcançam de 5, em elevadas altitudes (Escandiná-via), até 7 nas regiões centrais do Reino Unido, da França ou da Europa Central60. Já no sul da Europa, o UV index chega a 960. Em Bogotá, na Colômbia, que está a cerca de 2.500 m acima do nível do mar, registra-se um UV index de 16, e no vulcão Mauna Loa, no Havaí, com altitude de cerca de 3.400 m aci-ma do mar, o UV index é de aproximadamente 1760. A OMS proporciona as orientações que devem ser adotadas em relação à fotoproteção de acordo com o UV index obtido naquele local em determinada data (http://www.who.int/uv/intersunprogramme/activities/uv_index/en/index1.html), as quais podem ser visualizadas na figura 4. Vale ressaltar que a OMS recomenda medidas de proteção solar quando o UV index é ≥ a 3 62.

Assim, a exposição à UVR pode resultar em eritema e queimadura solar, bronzeamento, envelhecimento cutâneo, fotossensibilidade e carcinogênese53.

Figura 8. Recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao UV index aferido

mento do câncer da pele. Os pediatras e dermatolo-gistas devotados às doenças tegumentares da infân-cia podem exercer um papel relevante, fornecendo educação sobre o câncer cutâneo e sua prevenção aos pacientes e seus pais ou cuidadores58.

É especialmente importante abordar esse assunto no âmbito de crianças com alto risco de desenvol-ver câncer da pele, ou seja, em crianças com pele clara, aquelas com nevos melanocíticos (pintas) e/ou efélides (sardas) e as com histórico familiar de melanoma53. O melanoma é raro em crianças, mas os nevos melanocíticos, não58. Deve ser abordada a questão dos nevos (pintas) e a necessidade de se estar atento às alterações relacionadas à sua cor, forma ou tamanho, que eles possam sofrer53. Para tanto, faz-se adequado o conhecimento da “regra do ABCD”, que pode auxiliar a reconhecer nevos (pintas) que possam estar se transformando em melanoma maligno, ou novos sinais surgidos em pele anteriormente sadia cujas características indi-cam que possa ser um melanoma (quadro 5).

Quadro 5. Regra do ABCD, que pode auxiliar a reconhecer nevos (pintas) que possam estar se transformando em melanoma maligno.

Pontos relevantes

A UVR é um carcinógeno para a pele humana e oca-sionam diversos outros efeitos danosos53. O câncer cutâneo tem alcançado proporções epidêmicas e pode ocorrer em pessoas jovens, levando por vezes à morte53. A exposição excessiva à UVR na infância ou adolescência confere um maior risco de desenvolvi- Fonte http://www.jornalspasso.com.br/coluna.php?id_coluna=630

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Ao alcançar a puberdade, a questão relativa ao bronzeamento artificial e seus malefícios deve ser levantada53.

Crianças até o sexto mês de vida não devem ser ex-postas à luz solar direta53. O Australasian College of Dermatologists recomenda o uso de filtros solares para crianças pequenas quando a exposição solar não pode ser evitada por outras medidas: “sombra, roupas e chapéu de abas largas são as melhores medidas protetoras para crianças pequenas. Filtros solares devem ser aplicados em áreas da pele não protegidas pela roupa”53. A American Academy of Pediatrics (AAP) também tem recomendado que os filtros solares podem ser utilizados por crianças menores que 6 meses de vida em pequenas áreas da pele, se roupas adequadas e sombra não estão disponíveis53.

Ter em mente que embora haja dados insuficientes para uma precisa aferição, acredita-se que a taxa de mortalidade do melanoma maligno seja em tor-no de 20%, do carcinoma espinocelular menor que 5% e do carcinoma basocelular virtualmente próxi-mo à zero 63.

3 MATERIAL PARA OS EDUCADORES

Sugestão de Plano de Aula:

A. Uso do DVD da Turma da Mônica “A PELE e o SOL” como introdução às atividades

B. Plano Educativo abordado pelo professor64:

I. Noções sobre os danos provocados pela expo-sição excessiva ao sol:

a. Queimaduras solaresb. Câncer da pelec. Envelhecimento precoce da peled. Cataratae. Ensino do reconhecimento de nevos e manchas

suspeitas (Regra do ABCD) Atividade com os alunos: por exemplo, treinar a regra do ABCD

II. Noções sobre a radiação ultravioleta e seus efeitos na pele:

f. Ações benéficasg. Fatores que influenciam os níveis da radiação ul-

travioleta na atmosferah. O que é o índice ultravioleta

i. Depleção da camada de ozônio na atmosfera Atividade com os alunos: por exemplo, trei-nar o risco do índice ultravioleta

III. Proteção da pele contra os raios ultravioleta e prevenção do câncer da pele e catarata:

j. Fatores de risco de câncer da pele relacionados aos tipos de pele (Fitzpatrick) e número de ne-vos (pintas)

k. O que é queimadura solar l. Passos e ações para prevenção de queimaduras

solaresm. Evitar o sol no meio do dian. Procurar ficar em locais de sombrao. Sempre usar filtros solares (protetores solares)

de forma adequadap. Usar roupas protetorasq. Usar chapéus com abas largasr. Usar óculos escuross. Evitar o bronzeamento artificial. Atividade com

os alunos: por exemplo, associar o índice ultravioleta com as medidas protetoras ne-cessárias

Material em Power Point

Material didático desenvolvido com base no pro-grama SunWise do órgão federal americano EPA (US Environmental Protection Agency) sítio eletrô-nico http://www.epa.gov/sunwise/

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Sou um animal que vive nos mares e sofro com os raios de sol

Quem sou eu?

1

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Proc Biol Sci. 2011 May 22; 278(1711): 1581–1586. 2

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Sou um animal que me protejo do sol jogando areia nas minhas costas.

Quem sou eu?

3

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4

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

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O que você sabe sobre o sol?

6

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

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O sol tem seu lado bom e também o lado ruim

• BOM Aquece o planeta

Ajuda as plantas a crescer

Nos ajuda a produzir a Vitamina D para os ossos

• RUIM

Causa queimaduras na pele

Envelhece a pele mais cedo

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

• Produz a Radiação Ultravioleta: • Ela não pode ser vista e nem

sentida, mas ela esta lá com certeza!

• E um tipo de radiação que não fornece luz (brilho) e nem aquece, porém pode causar vários problemas na pele e na saúde das pessoas.

9

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A radiação ultravioleta nem sempre é a mesma, ela varia de acordo com:

• O horário do dia • A altura em relação ao mar

(altitude) • A época do ano • A localização da pessoa • O clima • A reflexão no solo • A camada de ozônio

10

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

O que mede a radiação ultravioleta?

• É o índice ultravioleta • Uma escala que vai de 1 a 11+ • E que deve se ter cuidado quando

maior que 5-6 ou mais • Pode ser consultado na internet

por exemplo nos sites de clima, além de outros

• Varia com a região que a pessoa esta, cidade, estado e país

11

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Como posso me proteger do sol?

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Evitar o sol no meio do dia: não se expor ao sol entre as 10:00 horas e 16:00 horas

Fique e procure sempre a somba

Use roupas protetoras

Use chapéu adequado

Use óculos de sol

Use protetor solar

Evite queimaduras e bronzeamento

Consulte o índice ultravioleta 13

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Questionários a serem aplicados

Os questionários foram elaborados para serem aplicados com questões de múltipla es-colha, em três níveis da cadeia de ensino:

I. Para avaliar as condições de segurança relacio-nadas à exposição solar no ambiente escolar a partir da percepção dos professores das condi-ções do estabelecimento de ensino (questioná-rio A). Adaptado da referencia65

II. Para avaliar os fatores relacionados à sensibili-dade ao sol nas crianças e seus hábitos de pro-teção, o qual será encaminhado pela escola e respondido pelos pais das crianças (questioná-rio B). Adaptado da referencia66

III. Para avaliar o conhecimento dos professores sobre aspectos relativos à radiação ultravioleta, câncer da pele e medidas de boas práticas em exposição solar na infância, aplicado antes e de-pois do treinamento oferecido pela SBD-RESP (questionário C)

IV. Para avaliar o grau de conhecimento obtido pe-las crianças e a mudança de habito em relação à exposição ao sol, aplicado antes das atividades escolares e três meses após as mesmas (questio-nário D). Adaptado da referencia67

A adesão ao preenchimento dos questionários será voluntária tanto em relação aos professores, pais e alunos e terá como objetivos:

I. Avaliar de maneira menos subjetiva possível o ganho de conhecimento obtido pelos educado-res com o treinamento oferecido pela SBD-RESP

II. Avaliar o perfil demográfico e os hábitos de ex-posição solar das crianças atendidas pela Cam-panha Sol, Amigo da Infância, a partir de infor-mações obtidas através dos pais

III. Avaliar o conhecimento obtido pelas crianças atendidas pela Campanha, após três meses da aplicação das atividades didáticas

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SBD-Resp – CAMPANHA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “SOL, AMIGO DA INFANCIA”

Questionário A

Avaliação as condições de segurança relacionadas à exposição solar no ambiente escolar a partir da percepção dos professores das condições do estabelecimento de ensino

Nome do estabelecimento: _____________________________________________________

Privado Público: Municipal Estadual Federal

Cidade:_________________________________________ Estado: _____________________

Classes em que leciona: 5o ano 6o ano 7o ano 8o ano 9o ano

Nome (opcional): __________________________Telefone de contato:__________________

Sua escola tem uma área coberta onde as crianças fazem recreação? SIM NÃO

Sua escola controla o período do dia (horário) e a duração de tempo em que as crianças possam brincar em am-

biente aberto (externo) em dias ensolarados? SIM NÃO

Sua escola estimula as crianças a usarem roupas que as protejam do sol e chapéus adequados? SIM NÃO

Sua escola fornece as crianças água em abundância para mantê-las hidratadas? SIM NÃO

Sua escola exibe em destaque algum cartaz ou pôster sobre exposição solar segura? SIM NÃO

Sua escola tem alguma política de exposição solar segura por escrito, a qual inclua a aplicação de protetores sola-

res nas crianças? SIM NÃO

Sua escola adota alguma outra medida de proteção solar nas crianças? SIM NÃO

Por favor explique (utilize o verso da folha se necessário) ___________________________________________________

________________________

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Questionário B

Avaliação dos fatores relacionados à sensibilidade ao sol nas crianças e seu hábitos de proteção1. Qual a idade do seu filho? 8 anos, 9 anos, 10 anos, 11 anos, 12 anos, 13 anos, 14 anos

Qual a cor dos olhos do seu filho? castanhos negros verdes ou azuis

Qual a cor da pele dele? clara morena negra

4. Qual a cor dos cabelos dele? ruivos loiros castanho-claros castanho-escuros ou negros

5. Quantas pintas (nevos) ele tem no braço esquerdo (desde o ombro até a mão)? nenhum 1 a 5 mais que 5

6. Ele tem sardas? SIM NÃO

7. Ele se queima (fica vermelho) facilmente ao se expor ao sol? SIM NÃO

8. Ele se queima (fica vermelho) facilmente ao se expor ao sol? SIM NÃO

9. Ele já teve queimadura solar? SIM NÃO

10. Quando ele fica exposto ao sol por período de tempo longo, surgem pequenas bolhas de água no rosto ou no corpo? SIM NÃO

11. Ele fica bronzeado (moreno) no final de um feriado? SIM NÃO

12. Você tem o costume de vestir seu filho com roupas que o protejam do sol? SIM NÃO

13. Você aplica protetor solar (filtro solar) no rosto e corpo dele antes de se expor ao sol? SIM NÃO

14. Em relação ao protetor solar, qual fator de proteção solar (FPS) tem o produto que você aplica no seu filho? FPS 12 FPS 15 FPS 20 a 30 FPS 30 a 50 FPS maior que 50

15. Em relação ao protetor solar, você sabe se o produto que você aplica no seu filho tem proteção contra os raios ultravioleta A? SIM NÃO

16. Quando seu filho se expõe ao sol você o orienta a usar:a. Camiseta SIM NÃO

b. Chapéu de abas largas SIM NÃO

c. Óculos escuros SIM NÃO

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SBD-Resp – CAMPANHA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “SOL, AMIGO DA INFANCIA”

Questionário C

Avaliação do conhecimento dos professores sobre aspectos relativos à radiação ultravioleta, câncer da pele e medidas de boas práticas em exposição solar na infância, aplicado antes e depois do treinamento oferecido pela SBD-RESP

Nome: _______________________________________Telefone de contato:_____________

Nome do estabelecimento: _____________________________________________________

Privado Público: Municipal Estadual Federal

Cidade:_________________________________________ Estado: _____________________

Classes em que leciona: 5o ano 6o ano 7o ano 8o ano 9o ano

1. Os raios ultravioleta tem sua intensidade independente de fatores como: altitude, estação do ano, hora do dia e latitude? SIM NÃO

2. Os raios ultravioleta são bloqueados pelas nuvens? SIM NÃO

3. Os raios ultravioleta são mais prejudiciais quanto maior a idade do indivíduo? SIM NÃO

4. Os raios ultravioleta tem capacidade de danificar o DNA da pele humana? SIM NÃO

5. Os raios ultravioleta são bloqueados pelos vidros das janelas? SIM NÃO ALGUNS

6. Você sabia que a maior quantidade alcança a Terra entre as 11h e 16h, e que cerca de 50% da dose diária de UVB chega à superfície terrestre entre as 11h e 15h? SIM NÃO

7. O câncer de pele mais comum e também mais grave e que pode matar com maior frequência é o carcinoma basocelular? SIM NÃO

8. O câncer de pele que aparece nos idosos surge provavelmente de danos provocados pela radiação ultravioleta no final da vida adulta? SIM NÃO

9. Você sabia que a maior quantidade alcança a Terra entre as 11h e 16h, e que cerca de 50% da dose diária de UVB chega à superfície terrestre entre as 11h e 15h? SIM NÃO

10. Você sabia que existe uma clara relação entre a exposição solar ao longo dos anos (acumulativa) e o desen-volvimento de carcinomas cutâneos (carcinoma espinocelular e carcinoma basocelular; denominados em conjunto como câncer cutâneo não melanoma – CCNM), e ainda uma acentuada relação entre a queimadura solar intermi-tente e o desenvolvimento de melanoma maligno (MM)? SIM NÃO

11. Você sabia que existe uma clara relação entre a exposição solar ao longo dos anos e a possibilidade da pes-soa desenvolver catarata (opacificação do cristalino, que é uma lente natural dos olhos, necessária para o foco da visão humana)? SIM NÃO

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

Questionário C(continuação)

12. Qual ou quais a(s) principal (ais) medida (s) relacionada (s) a uma proteção solar adequada nas crianças? Roupas protetoras Filtros solares (protetores solares) Óculos de sol Brincar na sombra Chapéus de abas largas Todas as anteriores

13. Em relação ao protetor solar, qual o fator de proteção solar (FPS) mínimo que está mais recomendado para as crianças? FPS 12 FPS 15 FPS 30 FPS maior que 50

14. Você sabia que para se aplicar adequadamente o filtro solar em toda a pele de um adulto de tamanho médio é necessário um volume de: 10 ml de filtro solar 20 ml de filtro solar 30 ml de filtro solar

15. Você sabia que as queimaduras solares na infância constituem um fator fundamental na origem do melanoma maligno? SIM NÃO

16. Você conhece a regra do ABCD para reconhecer manchas, sinais ou pintas suspeitas de serem ou estarem se transformando no melanoma maligno? SIM NÃO

17. Está correta esta afirmação? “Crianças até o sexto mês de vida não devem ser expostas à luz solar direta” SIM NÃO

18. Você sabia que a exposição solar aguda está implicada no desenvolvimento de nevos melanocíticos (pintas ou sinais) nas crianças e o número destes nevos se correlaciona diretamente ao risco de desenvolver melanoma maligno? SIM NÃO

19. Qual intervalo de tempo mais adequado para se reaplicar o protetor solar para que o mesmo não perca sua eficácia? a cada 20 minutos a cada uma hora a cada 2 horas a cada 4 horas

20. O uso de um protetor solar com um fator de proteção solar mais alto permite que a criança fique um maior tempo exposta ao sol? SIM NÃO

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SBD-Resp – CAMPANHA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “SOL, AMIGO DA INFANCIA”

Questionário D

Avaliação do grau de conhecimento obtido pelas crianças e a mudança de habito em relação à exposição ao sol Aplicado: □ antes das atividades de ensino ou □três meses após as atividades de ensino

Nome do aluno: __________________________________ Ano: ______________

1. A luz do sol pode causar doença na pele? SIM NÃO

2. Quando vou tomar sol eu devo:

USAR CAHAPEU DE ABAS LARGAS SIM NÃO USAR OCULOS ESCUROS SIM NÃO

USAR ROUPAS COM MANGAS E PERNAS SIM NÃO

USAR PROTETOR SOLAR SIM NÃO

PROCURAR BRINCAR NA SOMBRA SIM NÃO

EVITAR O SOL DO MEIO DIA SIM NÃO

3. A luz do sol pode causar doença na pele? SIM NÃO

4. Queimaduras na pele pelo sol não causam doença na pele mais tarde? SIM NÃO

5. Protetores solares são necessários nos dias com nuvens (nublados)? SIM NÃO

6. Quanto mais forte o protetor solar (maior Fator de Proteção Solar) mais tempo dura a sua proteção na pele? SIM NÃO

7. Uma criança bronzeada é mais saudável? SIM NÃO

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO TEXTO DESTA APOSTÍLA:

Dr. Paulo Ricardo CriadoDoutor em Dermatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médico dermato-logista do Hospital das Clinicas da FMUSP. Professor do Curso de Pós-graduação senso estrito da Divisão de Der-matologia do HC-FMUSP. Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional do Estado de São Paulo biênio 2013-2014.

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FUNDAMENTOS SOBRE CÂNCER DA PELE E PREVENÇÃO

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SBD-Resp – CAMPANHA DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “SOL, AMIGO DA INFANCIA”

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