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Guia de Minerais de Minério Sumário de acesso rápido Característica do Mineral TABELA Página Se o mineral apresenta reflexões internas generalizadas a Nicóis Cruzados, siga por aqui. As reflexões são... Incolores e/ou brancas e/ou multicoloridas 1 9 Vermelhas, alaranjadas até amarelas 2 10 Verdes, podem ser azuladas 3 13 Amarelas, podem ser alaranjadas. 4 16 Azuis, podem ser esverdeadas 5 18 Muito escuras, quase pretas 6 20 Se o mineral não apresentar reflexões internas generalizadas a Nicóis Cruzados, siga por aqui: Nicóis Descruzados Nicóis Cruzados Cinza ganga Sem reflexões ou reflexões esparsas 7 22 Cinza mais claro que a ganga Isótropo 8 23 Cinza mais claro que a ganga Anisótropo em graus variáveis 9 25 Branco sem pleocroísmo nem birreflectância Isótropo 10 28 Branco com pleocroísmo e/ou birreflectância fracas Anisótropo 11 29 Branco com pleocroísmo e/ou birreflectância fortes Anisótropo 12 32 Amarelo ou cores creme Isótropo ou anisótropo 13 33 Avermelhado, amarronzado, rosado ou alaranjado, com pleocroísmo e/ou birreflectância forte Anisotropia forte 14 35 Avermelhado, amarronzado, rosado ou alaranjado, com pleocroísmo ou birreflectância fraca a ausente Isótropo e sem reflexões internas 15 36 Avermelhado, amarronzado, rosado ou alaranjado, com pleocroísmo ou birreflectância fraco a ausente Anisotropia fraca 16 37 Avermelhado, amarronzado, rosado ou alaranjado, com pleocroísmo ou birreflectância fraca a ausente Anisotropia forte 17 38 Azul, azulado, cinza-azul ou branco-azul Isótropo ou anisótropo 18 39 Fluorescência em minerais de minério 19 41

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Guia de Minerais de Minério

Sumário de acesso rápido

Característica do Mineral TABELA Página

Se o mineral apresenta reflexões internas generalizadas a Nicóis Cruzados, siga por aqui. As reflexões são...

Incolores e/ou brancas e/ou multicoloridas 1 9

Vermelhas, alaranjadas até amarelas 2 10

Verdes, podem ser azuladas 3 13

Amarelas, podem ser alaranjadas. 4 16

Azuis, podem ser esverdeadas 5 18

Muito escuras, quase pretas 6 20

Se o mineral não apresentar reflexões internas generalizadas a Nicóis Cruzados, siga por aqui:

Nicóis Descruzados Nicóis Cruzados

Cinza ganga Sem reflexões ou reflexões esparsas

7 22

Cinza mais claro que a ganga Isótropo 8 23

Cinza mais claro que a ganga Anisótropo em graus variáveis

9 25

Branco sem pleocroísmo nem birreflectância Isótropo 10 28

Branco com pleocroísmo e/ou birreflectância fracas Anisótropo 11 29

Branco com pleocroísmo e/ou birreflectância fortes Anisótropo 12 32

Amarelo ou cores creme Isótropo ou anisótropo 13 33

Avermelhado, amarronzado, rosado ou alaranjado, com pleocroísmo e/ou birreflectância forte

Anisotropia forte 14 35

Avermelhado, amarronzado, rosado ou alaranjado, com pleocroísmo ou birreflectância fraca a ausente

Isótropo e sem reflexões internas

15 36

Avermelhado, amarronzado, rosado ou alaranjado, com pleocroísmo ou birreflectância fraco a ausente

Anisotropia fraca 16 37

Avermelhado, amarronzado, rosado ou alaranjado, com pleocroísmo ou birreflectância fraca a ausente

Anisotropia forte 17 38

Azul, azulado, cinza-azul ou branco-azul Isótropo ou anisótropo 18 39

Fluorescência em minerais de minério 19 41

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Guia de Minerais de Minério Identificação dos principais Minerais de Minério

ao Microscópio de Luz Refletida pelo método passo-a-passo.

O presente Guia, do tipo passo-a-passo, propõe-se a auxiliar na identificação de minerais

ao Microscópio de Luz Refletida e dirige-se a um público iniciante, que não possui experiência no

assunto. O Guia abrange mais de uma centena de minerais formadores de rocha e de minério mais

importantes e frequentes. Nesses minerais estão incluídos minerais opacos, minerais translúcidos

e minerais transparentes. Como as informações a respeito dos minerais estão muito sintéticas

nesse Guia, sugere-se usar sempre os Guias disponíveis no link do canal “Heinrich Frank” no

YouTube para trabalhar com um conjunto representativo de informações a respeito das

características dos minerais ao microscópio.

A identificação de minerais de minério sob Luz Refletida nunca foi uma tarefa fácil,

oferecendo muitas armadilhas mesmo para pessoas com mais experiência. Em função disso, o Guia

se atém apenas às propriedades de mais fácil identificação. Não usa, por exemplo, sutis diferenças

de birreflectância como critério de identificação. O Guia se aplica a observações ao ar, não serão

usados critérios a partir de observações com imersão em óleo. Todas as observações foram

realizadas com blocos polidos.

Para vários minerais não há referências na literatura especializada. Nestes casos, obteve-

se suas características sob Luz Refletida com amostras próprias, que naturalmente são em pequeno

número e podem não ser representativas de todas as variações de propriedades do mineral.

Erros e enganos constatados, bem como indicação de outros minerais de minério cuja

inclusão no presente guia seriam de interesse podem ser encaminhados ao autor.

Versão de junho de 2019.

Porque trabalhar com seções polidas? ........................................pg. 42

Observações ao Microscópio de Luz Refletida.............................pg. 43

Minerais abrangidos pelo Guia......................................................pg. 45

Sobre o autor: Heinrich Theodor Frank é geólogo, professor de Mineralogia no Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mantêm um canal no YouTube sobre as características dos minerais ao Microscópio de Luz Transmitida e ao Microscópio de Luz Refletida. Facebook: Heinrich Theodor Frank.

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Passo Passo seguinte

1 a A seção foi polida (ou repolida) há pouco tempo atrás, não apresenta embaçamento nem marcas de dedo nem poeira nem eflorescências minerais.

Sim: Passo 1b Não: Passo 7

b A seção foi observada detalhadamente ao estereomicroscópio para obter uma ideia inicial dos minerais e das texturas presentes.

Sim: 1c Não: 8

c A seção foi submetida a um Teste de Magnetismo para detectar a presença de magnetita e pirrotita.

Sim: 1d Não: 9

d A seção ou amostra foi submetida a um Teste com Luz Ultravioleta para detectar a presença de minerais fluorescentes.

Sim: 1e Não: 10

e A seção ou amostra foi submetida a um Teste com Água Oxigenada para detectar a presença de minerais de manganês.

Sim: 1f Não: 11

f A seção ou amostra foi submetida a um Teste de Radioatividade para detectar a presença de minerais radioativos.

Sim: 1g Não: 12

g A seção ou amostra foi submetida a um Teste com Ácido Clorídrico diluído a frio para detectar a presença de calcita.

Sim: 2 Não: 13

2 Alguns minerais apresentam, a Nicóis Cruzados, reflexões internas generalizadas e intensas que cobrem toda a superfície do grão e que são extremamente diagnósticas. Geralmente são minerais transparentes que a Nicóis Descruzados apresentam uma cor que denominamos de “cinza-ganga”. É uma cor entre o cinza e o marrom claro, com tonalidades variadas, mas sem outras cores associadas. É a cor de quartzo, feldspatos, micas, anfibólios e piroxênios. São minerais de baixa refletividade (parecem bem escuros), o que se repete com os minerais de minério de cor cinza-ganga, cujas refletividades se situam entre 4 e 17%, geralmente abaixo de 10%. A ND, ao giro da platina, podem ou não apresentar pleocroísmo e/ou birreflectância. “Ganga” vem do alemão “Gangarten”: minerais que não são minérios e que acompanham os minerais de minério nos veios hidrotermais (veio = “Gang”; tipos = “arten”). Por isso é importante observar o mineral de interesse, antes de mais nada, a Nicóis Cruzados. Não confundir reflexões internas com anisotropia! Se o mineral não apresenta reflexões internas generalizadas, vá direto ao Passo 3. A Nicóis Cruzados o mineral apresenta reflexões internas generalizadas fortes em cores:

a Incolores, brancas a leitosas, multicoloridas Tabela 1 (p. 9)

b Vermelhas, com ou sem tonalidades de laranja ou marrom Tabela 2 (p. 10)

c Verdes a verde-azuladas Tabela 3 (p. 13)

d Amarelas a laranjas, predominando o amarelo Tabela 4 (p. 16)

e Azuis a azul-esverdeadas Tabela 5 (p. 18)

f Pretas com ou sem uma tonalidade esverdeada ou amarronzada Tabela 6 (p. 20)

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Passo Característica do Mineral Continuação

3 Avalie a cor que o mineral apresenta a Nicóis Descruzados. Para uma correta definição dessa cor, é altamente aconselhável iniciar os trabalhos observando a ND os seguintes minerais em seções recentemente repolidas: quartzo (cor cinza-ganga), pirita (cor amarelo-latão) e galena (cor branca). Essa ação denomina-se “calibragem do olho”. Após “calibrar” seu olho, observe cuidadosamente o mineral em questão a ND. Gire a platina e veja qual a cor que apresenta, se apresenta pleocroísmo (mudança de cor) e/ou birreflectância (variação da refletividade). Essas propriedades podem se tornar visíveis apenas em maclas ou nos limites intergranulares, especialmente nas junções tríplices. Frequentemente é impossível saber se a mudança na aparência é devido ao pleocroísmo ou à birreflectância. A Nicóis Descruzados, com a luz na intensidade máxima, o mineral apresenta cor:

a cinza-ganga com baixa refletividade (<10-15%), com ou sem birreflectância e/ou pleocroísmo NC: reflexões internas generalizadas

Passo 2

b cinza-ganga com baixa refletividade (<10-15%), com ou sem birreflectância e/ou pleocroísmo NC: sem reflexões internas ou com reflexões esparsas anisotropia forte em cores cinza a cinza-branco

Tabela 7 (p. 22)

b cinza de claro a escuro, com refletividade mais alta (>15%) com ou sem birreflectância/pleocroísmo com ou sem alguma tonalidade associada (rosado, amarronzado, esverdeado, azulado, etc.)

Passo 4

d branca, com refletividade relativamente alta (>25%) Passo 5

e amarelo de fraco a forte, pode ser creme. Tabela 13 (p. 33)

f avermelhada, amarronzada, rosada ou alaranjada pode ser castanho, amarelado, etc. Passo 6

g azul ou cinza-azul em qualquer tonalidade. Tabela 18 (p. 39)

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Passo Característica do Mineral Continuação

4 Se o mineral possui uma cor cinza com refletividade mais alta que a ganga, avalie seu comportamento a Nicóis Cruzados:

a O mineral é isótropo Para confirmar isotropia, descruze os nicóis em 2º e gire a platina: a cor escura do mineral não pode mudar. Cuidado com minerais com buracos e/ou sulcos de polimento e/ou figuras de arranque, pois estas feições geram efeitos ópticos que simulam anisotropia.

Tabela 8 (p. 23)

b O mineral é anisótropo É possível observar melhor a anisotropia descruzando os nicóis em 2º e retirando o filtro azul para obter mais luminosidade.

Tabela 9 (p. 25)

5 Os minerais neste grupo apresentam cores brancas, com ou sem suaves tonalidades cremes,

cinzentas, azuladas ou amareladas. Suas refletividades são elevadas e se situam entre 30 e 82% (brilham bastante). A Nicóis Descruzados, quase todos não apresentam pleocroísmo e/ou birreflectância ou os tem apenas distintos, que pode ser difícil de perceber. Avalie o mineral em questão e escolha a opção que parece mais apropriada:

a A ND o mineral não apresenta nem pleocroísmo nem birreflectância. A NC o mineral é isótropo. (Cuidado com os minerais macios ou mal polidos, pois apresentam muitos sulcos de polimento e/ou buracos que podem simular anisotropia)

Tabela 10

(p. 27)

b A ND o mineral apresenta pleocroísmo e/ou birreflectância muito fracas a distintas. A NC o mineral apresenta anisotropia de nítida a muito forte (Ao giro da platina alternam-se duas cores bem diferentes)

Tabela 11

(p. 29)

c A ND o mineral apresenta pleocroísmo e/ou birreflectância fortes. A NC o mineral apresenta anisotropia de nítida a muito forte em cinza/branco

Tabela 12 (p. 32)

6 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amarronzadas, rosadas ou alaranjadas. A NC

geralmente não tem reflexões internas ou as tem muito raras. Avalie o mineral em questão:

a a ND o mineral apresenta pleocroísmo e/ou birreflectância notável a forte

a NC, apresenta anisotropia forte

Tabela 14 (p. 35)

b a ND o mineral não tem pleocroísmo nem birreflectância

a NC, é isótropo e não possui reflexões internas.

Tabela 15 (p. 36)

c a ND o mineral não tem pleocroísmo nem birreflectância

a NC, possui anisotropia fraca a ausente

Tabela 16 (p. 37)

d a ND o mineral não apresenta pleocroísmo nem birreflectância

a NC, possui anisotropia forte

Tabela 17 (p. 38)

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Passo Característica do Mineral Continuação

7 a o mineral apresenta eflorescências minerais - pequenos tufos coloridos que se sobressaem na superfície da seção polida, gerados pela lenta interação dos minerais da seção (provavelmente sulfetos) com a umidade do ar.

CUIDADO! Provavelmente as eflorescências contêm elementos tóxicos como As, Hg, Cd, Pb, elementos radioativos e outros. Faça o repolimento da seção usando luvas(!)

b O mineral pode estar embaçado. Embaçamento pode ser útil, pois não deixa de ser uma espécie de ataque químico. Pode fornecer uma primeira ideia a respeito do mineral (elementos nativos ou sulfetos embaçam mais rapidamente) e pode revelar características como zonação e maclas que desaparecem com o repolimento. Antes de prosseguir, veja se não há essas feições. Imagem: calcopirita muito embaçada.

c Faça o repolimento da seção. Lembre-se que alguns minerais (sulfetos, minerais com prata) embaçam em menos de 30 minutos e que um mineral embaçado não mostra mais as características corretas (oficiais) ao microscópio. Geralmente um repolimento caprichado de apenas 30 segundos (pode ser a mão mesmo) remove o embaçamento dos minerais. Não esqueça de secar bem a seção polida depois.

d Depois, volte ao Passo 1b Passo 1b

8 a Observe a seção polida com um estereomicroscópio (lupa). Essa observação permitirá: avaliar quantas espécies minerais estão presentes, aproximadamente; diferenciar os minerais opacos (muito brilhantes) dos minerais de ganga; avaliar preliminarmente tamanhos, texturas e distribuição; reconhecer os minerais mais duros (que apresentarão relevo real alto); reconhecer os minerais mais moles (que terão muitos sulcos de polimento; reconhecer defeitos na seção polida, como buracos e rachaduras.

b Depois, volte ao Passo 1c Passo 1c

9 a Submeta a seção polida a um Teste de Magnetismo. Pode ser: (1) com um imã, (2) aproximando uma bússola da seção (pelos lados, por cima e por baixo), (3) usando um bastão com um imã de neodímio na ponta ou (4) com um smartphone que tenha sensor magnético (aplicativo: “Metal Detector”). Não encoste a ferramenta na superfície polida para não arranhá-la. Cubra a seção com um papel macio ao fazer esse teste.

b Se houver magnetismo, deve haver magnetita, talvez pirrotita.

c Depois, volte ao Passo 1d Passo 1d

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Passo Característica do Mineral Continuação

10 a Submeta a seção polida a um Teste com Luz Ultravioleta, tanto sob ondas longas como sob ondas curtas. Alguns minerais de minério importantes e com fluorescência se parecem tanto com silicatos comuns que passam despercebidos com muita facilidade.

b Se não houver minerais fluorescentes, vá ao Passo 1e Passo 1e

c Se houver minerais fluorescentes, consulte a Tabela 19 Tabela 19 (p. 41)

11 a O mineral de interesse é escuro (preto a cinza) macroscopicamente e existe alguma possibilidade de tratar-se de um mineral de manganês? Submeta o mineral a um Teste de Água Oxigenada: muitos minerais de Mn apresentam efervescência com H2O2. Coloque um pingo de água oxigenada no mineral e observe-o com o auxílio da lupa. Alguns minerais de Mn apresentam efervescência (bolhas) imediata e intensa e outros apresentam efervescência lenta apenas após vários minutos. Aguarde um tempo antes de concluir sobre o teste.

b Depois, volte ao Passo 1f Passo 1f

12 a Submeta o minério ou o mineral a um Teste de Radioatividade, usando um Cintilômetro, um Contador Geiger-Müller, uma Câmara de Ionização ou um acessório no smartphone com um aplicativo de detecção de radioatividade. O minério ou mineral apresenta uma atividade radioativa:

b inferior a 20 contagens por minuto não se preocupe com ele. c entre 20 e 120 contagens por minuto a radioatividade não oferece risco desde que o

mineral não seja grande e manuseado com frequência e por longos períodos.

d mais de 120 contagens por minuto guarde o minério ou mineral em local isolado, lave as mãos cuidadosamente e chame uma equipe especializada para analisar o caso.

Minerais radioativos, por definição, devem ser manuseados com cuidado e não devem estar em coleções didáticas. Podem ser disponibilizadas por laboratórios devidamente equipados, sob a supervisão de técnicos especializados e com todos os equipamentos de segurança necessários.

e Depois, volte ao Passo 1g Passo 1g

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Passo Característica do Mineral Continuação

13 a Submeta o minério ou o mineral ao Teste do Ácido: colocando algumas poucas gotas de ácido clorídrico diluído (5-10%) na amostra, podemos detectar a presença de carbonatos, pois ocorre reação de efervescência, como na calcita:

CaCO3 + 2HCl = CO2 + H2O +Ca++ + 2Cl- Às vezes a efervescência é imediata e muito intensa, às vezes um pouco lenta, mas mesmo quantidades mínimas de carbonato são reveladas pelo teste. É muito útil produzir um pouco de pó do mineral, riscando-o com um prego e colocar o ácido sobre o pó. Observando a amostra com o ácido no estereomicroscópio (lupa) é possível visualizar as reações mais lentas ou de intensidade bem baixa.

b Carbonatos com reação ao Teste do Ácido Clorídrico diluído, apresentando efervescência, a frio e a quente:

Mineral Composição Reação a frio Reação a quente

Aragonita CaCO3 forte forte

Azurita Cu3(CO3)2(OH)2 forte forte

Calcita CaCO3 muito forte muito forte

Dolomita CaMg(CO3)2 muito fraco sim

Magnesita MgCO3 muito fraco fraco

Malaquita Cu2CO3(OH)2 forte forte

Rhodocrosita MnCO3 fraca sim

Siderita FeCO3 muito fraca fraca

Smithsonita ZnCO3 fraca sim

Strontianita SrCO3 sim sim

Witherita BaCO3 fraca fraca

c Depois, volte ao Passo 2 Passo 2

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Tabela 1

Minerais com generalizadas reflexões internas incolores ou leitosas ou brancas ou multicoloridas.

Muitos minerais apresentam reflexões internas incolores, leitosas a brancas, às vezes com alguns pontos com reflexões multicoloridas. Alguns podem apresentar, ocasionalmeente, reflexões internas em outras cores. Trata-se de minerais transparentes incolores a brancos, geralmente com brilho vítreo. Muitos são macroscopicamente idênticos: maciços, transparentes, cores esbranquiçadas, clivagens mais ou menos definidas e densidades semelhantes. É necessário muito cuidado para não confundir espodumênio com microclínio, por exemplo. Ou chamar uma pollucita de quartzo leitoso. A ND apresentam uma cor cinza escura e baixa refletividade: “cinza ganga”. Ganga é um termo que designa genericamente minerais transparentes de baixo valor que acompanham os minerais opacos que contêm metais. O nome provém do alemão “Gangarten” (= minerais que ocorrem em veios).

Abaixo estão listados os principais minerais com reflexões internas incolores, brancas a leitosas, mas é

necessário refinar a busca. Isso pode ser realizado:

- conferindo as características mineral a mineral, usando o Guia apropriado;

- conferir as características apenas dos minerais prováveis pela paragênese do minério;

- usar outras técnicas analíticas além da microscopia de Luz Refletida, o que muito provavelmente será o caso. Há muitas situações nas quais a microscopia de Luz Transmitida também não resolve a questão.

Ambligonita, Anglesita, Anidrita, Ankerita, Apatita, Barita, Carbonatos (calcita, dolomita, magnesita, siderita,

etc.), Celestina, Cerussita, Espodumênio, Feldspatos alcalinos (ortoclásio, microclínio, etc), Feldspatos

calco-sódicos (plagioclásios), Fluorita, Gipso, Granada, Hemimorfita, Montebrasita, Muscovita, Petalita,

Pollucita, Powellita, Quartzo, Scheelita, Serpentina, Smithsonita, Whiterita, Wollastonita e Zircão.

Carbonatos (calcita, dolomita, magnesita, siderita, etc.) exibem a ND um forte pleocroísmo em tons de cinza. Se houver muitas maclas, é provável que se trata de calcita. O pleocroísmo permite ver as maclas. A NC há uma anisotropia muito forte, fácil de ver, e reflexões brancas generalizadas. Imagem: a ND, calcita em grandes cristais mostrando forte pleocroísmo e, com isso, evidenciando as muitas maclas.

Quartzo em seção longitudinal (esquerda) e seção basal (hexágono à direita) com reflexões internas brancas a NC.

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Tabela 2

Minerais com generalizadas reflexões internas vermelhas a alaranjadas, podem ser amarelas. Em vários destes a cor vermelha pode ser observada na seção polida a olho nu.

CINÁBRIO – HgS (cor vermelha visível na seção polida a olho nu) Tóxico! Cuidado! ND: cor branca a branca azulada, com pleocroísmo distinto a fraco. Refletividade de 27%, com birreflectância visível em limites intergrãos. NC: anisotropia muito forte em cores cinza-esverdeadas, às vezes bem nítida, mas geralmente mascarada pelas reflexões vermelhas vivas. Imagem: a NC, cinábrio com anisotropia e reflexões vermelhas.

CUPRITA – Cu2O (associa-se a cobre nativo e outros minerais secundários de cobre) ND: cor cinza azulada, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade 25%. Não tem birreflectância. NC: anisotropia anômala em cores verdes, azuis e violetas (observar com NC+2º), misturadas a abundantes reflexões vermelho-sangue. Imagem: a NC+2º, cuprita com cores e reflexões típicas.

ERYTHRITA – Co3(AsO4)2.8H2O (associa-se a minerais de cobalto como cobaltita e eskutterudita!) ND: cor cinza escuro, sem pleocroísmo. Refletividade de 5%, sem birreflectância. NC: sem anisotropia, apenas reflexões internas entre vermelho vivo e rosa-vinho, predominando tons rosa. Imagem: a NC, erythrita (rosa), cobaltita (escura) e ganga (amarelado).

PIRARGIRITA – Ag3SbS3 e PROUSTITA – Ag3AsS3

(os dois minerais são praticamente indistinguíveis) ND: cor azul claro a branco cinza, com pleocroísmo forte. O tom azul é bem nítido. Refletividade de 28%, com birreflectância forte. NC: anisotropia forte entre cinza-azul claro a escuro, mascarada pelas reflexões em vermelho-carmim. Maclas são possíveis. Imagem: a NC, pirargirita (maclas e reflexões vermelhas), ganga.

REALGAR – As4S4

(cor vermelha visível na seção polida a olho nu) Tóxico! Cuidado! ND: cor cinza-branco a cinza marrom com um tom de violeta, sem pleocroísmo. Refletividade de 19%, sem birreflectância. NC: anisotropia forte, mascarada pelas reflexões em amarelo-vermelho a laranja-vermelho. As cores amarelas são bem destacadas. Imagem: a NC, realgar com reflexões vermelho-alaranjadas).

ZINCITA – ZnO ND: cor cinza médio com um tom de rosa. Pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 11%, sem birreflectância. NC: anisotropia muito fraca, mascarada pelas reflexões cuja cor depende da espessura do mineral: baixa = amarelas, média = laranjas, elevada = vermelhas. Mineral muito raro. Imagem: a NC, zincita (vermelha) e franklinita (isótropa = preta).

Continua...

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Tabela 2 (continuação)

Minerais com generalizadas reflexões internas vermelhas a alaranjadas, podem ser amarelas. Em vários destes a cor vermelha pode ser observada na seção polida a olho nu.

RUTILO – TiO2

ND: cor cinza médio com um tom azul, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de ~20%, sem birreflectância. NC: anisotropia nítida entre cinzento e escuro, com reflexões generalizadas, às vezes esparsas, de incolores, amarelas, vermelhas a vermelho-marrom. Na mesma seção podem ocorrer cores amarelas e vermelhas. As cores vermelhas podem ser esparsas apenas. Imagem: a NC, agulhas de rutilo (vermelho) em quartzo (leitoso).

ORTOCLÁSIO - K(AlSi3O8) ND: cor de reflexão cinza escura, sem pleocroísmo. Refletividade baixa, de aproximadamente 4%. Clivagem pode ser visível, maclas Carlsbad também, pertitas não. NC: sem anisotropia. Reflexões generalizadas em vários tons de rosa alaranjado pálido, podem ser amareladas, brancas ou incolores. Imagem: a NC, ortoclásio (amarelado, pode ser rosa), biotita (preto).

RHODOCROSITA – MnCO3

ND: cor cinza escura, sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa (~7%), sem birreflectância. Clivagem romboédrica de carbonato é possível, bandamento em níveis pode ocorrer. NC: sem anisotropia. Reflexões internas entre incolor, rosa médio e multicoloridas. A cor é um rosa definido, não é tão vermelha. Imagem: a NC, rhodocrosita com reflexões em vários tons de rosa.

RHODONITA - Mn2+SiO3

Mineral associado a outros minerais de manganês e a pirita. ND: cor cinza escura, sem pleocroísmo. Refletividade de 5%, sem birreflectância. Mineral raro, associado a minérios de manganês. NC: sem anisotropia. Reflexões internas generalizadas em rosa a vermelho em vários tons com matizes de laranja. Imagem: a NC, rhodonita (rosa), pirita (grão idiomórfico isótropo).

TITANITA - CaTi(SiO4)O ND: cor cinza médio, sem pleocroísmo. Refletividade de 11%, muito acima dos silicatos comuns. Sem birreflectância. NC: anisotropia muito forte, algo menor nas seções basais (rômbicas). Reflexões internas generalizadas em vermelho-marrom, podem ser amarelas ou verdes. Lembram muito as reflexões da esfalerita. Imagem: a NC, seção basal de titanita (laranja), quartzo (branco).

GOETHITA – FeO(OH) ND: cor cinza com um tom azul e refletividade de 12%. Pleocroísmo fraco, não possui birreflectância. NC: anisotropia forte a fraca e reflexões entre amarelo, laranja até vermelho-marrom, predominando laranja. Forma agregados fibrosos radiados ou em bandas, lembrando calcedônia. Imagem: agregado radial de fibras de goethita (anisotropia+laranja).

Continua...

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Tabela 2 (continuação) Minerais com generalizadas reflexões internas vermelhas a alaranjadas, podem ser amarelas.

Em vários destes a cor vermelha pode ser observada na seção polida a olho nu. ESFALERITA – ZnS ND: cinza médio claro com um leve tom de azul, sem pleocroísmo. Refletividade baixa (16%), sem birreflectância. NC: isótropo. Reflexões internas generalizadas, que variam com o teor de ferro: incolores (sem ferro), amarelo vivo, laranja, caramelo, vermelho, marrom até preto (muito ferro). Imagem: a NC, esfalerita (caramelo), quartzo (branco).

WOLFRAMITA – Série Hübnerita (MnWO4) a Ferberita (FeWO4). Literatura informa a possibilidade de reflexões internas vermelho marrom esparsas, mas que geralmente não são visíveis.

HEMATITA – Fe2O3

Podem ocorrer reflexões internas muito luminosas, pequenas e de cor vermelho sangue, mas que geralmente são muito raras a ausentes. Quanto melhor o polimento, menos reflexões internas vermelhas haverá. Se houver, sempre são muito pequenas e esparsas. Entretanto, se a hematita estiver finamente dispersa na ganga, pode haver muitas reflexões internas vermelhas. Imagem: a NC, reflexões vermelhas em hematita.

OLIVINA - Fe22+SiO4 a Mg2SiO4

ND: cor cinza escura, um pouco mais clara que feldspatos. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa (4%?), sem birreflectância. Forma tipicamente arredondada, geralmente muitas fraturas, sempre com relevo alto em relação a outros silicatos formadores de rocha. NC: anisotropia forte em cinza com reflexões internas generalizadas em amarelo a laranja, podem variar para cores avermelhadas. Imagem: a NC, olivina (avermelhada), plagioclásio (escuro).

GRANADA - Fe2+3Al2(SiO4)3 (almandina) ND: cor cinza escura, um pouco mais clara que quartzo e feldspatos. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa (4%?), sem birreflectância. Forma arredondada típica, relevo alto possível. ND: isótropa, difícil de observar em função das reflexões internas generalizadas, que são escuras, mas mais luminosas que outros minerais. As reflexões, se o grão é grande, tendem a avermelhadas. Imagem: a NC, granada (arredondada) em xisto.

CROMITA – FeCr2O4

Se com Mg e Al, pode mostrar reflexões internas esparsas em vermelho-marrom.

Não foi possível identificar o mineral Passo 3

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Tabela 3 Minerais com generalizadas reflexões internas verdes, podem ser azuladas.

Geralmente a cor verde do mineral pode ser observada a olho nu na seção polida. MALAQUITA - Cu2(CO3)(OH)2

ND: cor cinza-escura, sem pleocroísmo. Refletividade de 6-8%, com birreflectância distinta. Forma agregados bandados como calcedônia ou agregados radiais de cristais prismáticos longos. Mostra efervescência forte com ácido clorídrico diluído a frio. NC: Anisotropia muito forte em cinza, difícil de observar quando em cristais pequenos. Intensas reflexões internas em vários tons de verde. Imagem: a NC, reflexões verdes em malaquita bandada.

PSEUDOMALAQUITA - Cu5(PO4)2(OH)4

ND: cor cinza branca, muito mais clara que a ganga e mais clara que outros minerais secundários de Cu. Refletividade mais elevada (8%?). O diminuto tamanho dos cristais torna difícil observar pleocroísmo e birreflectância. Hábito típico como crostas de cristais subparalelos. NC: intensas reflexões em verde, mas é possível observar uma anisotropia distinta. Hábito lembra a calcedônia. Imagem: a NC, crosta de pseudomalaquita com reflexões verdes.

DIOPTÁSIO - CuSiO3·H2O ND: cor cinza claro com um tom creme, bem mais clara que ganga. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa, sem birreflectância. NC: anisotropia forte para um tom marrom, melhor vista com NC+2º. Ao giro da platina, alternam-se 2 posições de reflexões verdes intensas com duas posições onde domina a cor marrom. Hábito granular. Imagem: a NC+2º, cristais de dioptásio com comportamento típico.

ANTLERITA – Cu3(SO4)(OH)4 ND: cor cinza-branco, bem mais clara que a ganga, sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa, sem birreflectância. Algumas reflexões verdes presentes a ND. Sulcos de polimento são persistentes. NC: anisotropia fortíssima entre marrom claro e marrom escuro, com reflexões verdes luminosas nos contatos e nas imperfeições. Quanto pior o polimento, mais reflexões verdes e menos visível a anisotropia. Imagem: a NC+2º, antlerita (tons de marrom com reflexões verdes).

ATACAMITA – Cu2Cl(OH)3

ND: cinza branco sem pleocroísmo. Refletividade de 10%, acima dos minerais da ganga. Sem birreflectância. Hábito tabular a granular. NC: anisotropia fraca, dificilmente visível em função das reflexões verdes generalizadas luminosas que cobrem todo o agregado. Imagem: a NC, atacamita (verde) e mineral ignorado (amarelo).

PARATACAMITA - Cu3(Cu,Zn)(OH)6Cl2

ND: cor cinza branco, muito mais clara que ganga. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa (4-6%?), sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento, pois é o menos duro (D=3) dos minerais secundários de Cu. NC: anisotropia distinta em marrom e verde, mais fraca que antlerita e dioptásio. Reflexões verdes generalizadas, tendem a pretas. Imagem: a NC+2º, pseudomalaquita (grãos verdes a marrom).

Continua...

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Tabela 3 (continuação) Minerais com generalizadas reflexões internas verdes, podem ser azuladas.

Geralmente a cor verde do mineral pode ser observada a olho nu na seção polida. LIBETHENITA - Cu2(PO4)(OH) ND: cor cinza branco, muito mais clara que ganga. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa (4-6%?), sem birreflectância. Hábitos variados, pode formar agregados de cristais aciculares a fibrosos. NC: anisotropia bem visível em cinza claro, mas as reflexões internas em verde são generalizadas. Cristais pequenos dificultam a análise. Imagem: a NC, libethenita (verde), quartzo (branco).

CALCANTITA - CuSO4 · 5H2O ND: cor cinza escuro, tão escuro quanto a ganga. Sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa, sem birreflectância. Uma discreta tonalidade da mesma cor das reflexões internas a NC é visível. NC: sem anisotropia. Intensas reflexões internas generalizadas em verde claro ou verde azulado ou azul claro ou azul escuro. Imagem: a NC, calcantita (verde claro), ganga (reflexões escuras).

BROCHANTITA – Cu4(SO4)(OH)6 ND: cor cinza escura, tão escura quanto ganga. Sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa (<10%), com birreflectância leve. Associa-se a outros minerais de cobre. Hábito acicular é muito típico NC: anisotropia fraca. Reflexões internas em verde médio. Imagem: a NC, brochantita (verde, banda de cristais aciculares, camada de cima), outro mineral de cobre (verde claro), rocha (escura).

CRISOCOLA – Cu + SiO2

ND: cor cinza muito escuro e refletividade extremamente baixa. Sem pleocroísmo e sem birreflectância. Nunca forma cristais visíveis ao microscópio, mas sempre massas com estruturas complexas. NC: reflexões internas verdes ou azuis ou escuras. Muito comum um azul celeste intenso, mas não alcança o azul escuro da azurita. Imagem: a NC, crisocola (azulado), outro mineral (verde claro).

PIROMORFITA – Pb5(PO4)3Cl ND: cor cinza esverdeado escuro, sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa (4%), sem birreflectância. NC: sem anisotropia. Reflexões internas generalizadas são possíveis em vários tonas de verde, bem como incolores e em outras cores. Imagem: a NC, piromorfita (verde), ganga (amarelada)

EPIDOTO (Grupo do Epidoto) ND: cor cinza escura, sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa, sem birreflectância. Hábito prismático bem desenvolvido pode ocorrer. NC: anisotropia pode ocorrer, mas é difícil de ver. Reflexões internas generalizadas em verde acinzentado pálido, podem ser multicoloridas. Imagem: a NC, epidoto (verde), ortoclásio (rosado), quartzo (branco).

Continua...

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Tabela 3 (continuação) Minerais com generalizadas reflexões internas verdes, podem ser azuladas.

Geralmente a cor verde do mineral pode ser observada a olho nu na seção polida. DIOPSÍDIO – Ca(Mg,Fe)(SiO3)2

ND: cor de reflexão cinza escuro, um pouco mais claro que ortoclásio. Não possui pleocroísmo. Refletividade baixa, sem birreflectância. NC: reflexões internas generalizadas em vários tons de verde, bem luminosas, mesmo assim é possível perceber uma anisotropia distinta. Imagem: a NC, diopsídio (verde) e ortoclásio (creme).

ACTINOLITA - ☐{Ca2}{Mg4.5-2.5Fe0.5-2.5}(Si8O22)(OH)2 ND: cor de reflexão cinza escura, um pouco mais clara que o quartzo. Não tem pleocroísmo. Refletividade baixa (~4%), sem birreflectância. Hábito prismático longo é típico, clivagem característica de anfibólio. NC: sem anisotropia. Reflexões internas verde-claras, luminosas, generalizadas. Podem ser multicoloridas. Seções basais apresentam extinção simétrica em relação à forma losangular e às clivagens. Imagem: a NC, prismas de actinolita com reflexões verdes.

CELADONITA - K(Mg,Fe2+)Fe3+(Si4O10)(OH)2

ND: cor cinza escuro esverdeado, sem pleocroísmo. Refletividade baixa, semelhante à ganga. Sem birreflectância. Aspecto maciço, com muitos sulcos de polimento. Argilomineral comum em rochas vulcânicas, preenchendo vesículas e na matriz. NC: sem anisotropia. Reflexões internas generalizadas em verde claro em várias tonalidades que não mudam de cor ao giro da platina. Imagem: a NC, vesícula em basalto preenchida por celadonita (verde).

Não foi possível identificar o mineral Passo 3

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Tabela 4 Minerais com generalizadas reflexões internas amarelas, podem ser alaranjadas.

RUTILO – TiO2

ND: cor cinza médio com um tom azul, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de ~20%, sem birreflectância. NC: anisotropia nítida entre cinzento e escuro, com reflexões generalizadas, às vezes esparsas, de incolores, amarelas, vermelhas a vermelho-marrom. Na mesma seção podem ocorrer cores amarelas, laranjas e vermelhas. Imagem: a NC, agulhas de rutilo (laranja) em quartzo (leitoso).

CASSITERITA – SnO2

ND: cor cinza médio, mais claro que os minerais da ganga, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade baixa (11%) com birreflectância variável, de fraca a forte. NC: anisotropia forte, visível mesmo com as reflexões internas fortes incolores, amarelas e amarelo-marrons. Imagem: a NC, reflexões bem claras em cassiterita.

GOETHITA – FeO(OH) ND: cor cinza com um tom azul e refletividade de 12%. Pleocroísmo fraco, não possui birreflectância. NC: anisotropia forte a fraca e reflexões entre amarelo, laranja até vermelho-marrom, predominando laranja. Forma agregados fibrosos radiados ou em bandas, lembrando calcedônia. Imagem: a NC, goethita com anisotropia e reflexões típicas.

ENXOFRE NATIVO – S ND: cor cinza branco escuro, com pleocroísmo nítido. Refletividade baixa (12%), sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento devido à baixa dureza (1,5 - 2,5). ND: anisotropia nítida a NC+2º. Reflexões internas amarelas generalizadas. Imagem: a NC, reflexões amarelas em enxofre nativo.

ESFALERITA – ZnS ND: cinza médio claro com um leve tom de azul, sem pleocroísmo. Refletividade baixa (16%), sem birreflectância. NC: isótropo. Reflexões internas generalizadas incolores a vários tons de amarelo, laranja, caramelo, vermelho e marrom. Imagem: a NC, esfalerita (caramelo) e quartzo (branco).

IODARGYRITA – AgI ND: cor cinza médio, refletividade de 15%. Sem pleocroísmo e sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento (Mohs: 1,5 - 2) NC: sem anisotropia. Reflexões em amarelo intenso. Mineral muito raro. Peças para coleção caras. Não ocorre no Brasil.

Sem imagem disponível.

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Tabela 4 (continuação) Minerais com generalizadas reflexões internas amarelas, podem ser alaranjadas.

WULFENITA – PbMoO4

ND: cor cinza médio, sem pleocroísmo. Refletividade de 15%, sem birreflectância. NC: sem anisotropia. Muitas reflexões internas entre amarelo claro e laranja. Imagem: a NC, reflexões amarelas e laranja em wulfenita.

OUROPIGMENTO – As2S3

ND: cor branco-cinza com pleocroísmo muito forte entre branco, cinza fraco e branco acinzentado. Refletividade de 19 a 26%, sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento (Mohs = 1,5-2). Tóxico! NC: intensas reflexões internas claras, brancas, amarelo limão e laranja. Além disso, anisotropia forte em cores cinzas. Quase sempre associado com realgar (As4S4), com reflexões internas vermelhas. Imagem: a NC, ouropigmento com reflexões internas amarelas.

CHLORARGYRITA – AgCl ND: cinza médio, com um tom de marrom, sem pleocroísmo. Refletividade baixa (~20%), sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento (Mohs= 1,5-2,5). Iodargyrita pode ser semelhante! NC: isótropo, mas com reflexões internas generalizadas em amarelo esverdeado. Ocorre em minérios oxidados de prata. Imagem: a NC, chlorargyrita (amarela) com outros minerais.

SIDERITA – FeCO3

ND: cor cinza escura, sem pleocroísmo. Refletividade < 10%, com birreflectância distinta. Clivagem romboédrica pode ser visível, figuras de arranque são possíveis. NC: anisotropia muito forte, típica de carbonato. Reflexões internas em caramelo, com tons de vermelho a marrom, são possíveis. Imagem: a NC, reflexões castanhas ao longo de clivagem de siderita.

OLIVINA - Fe22+SiO4 a Mg2SiO4

ND: cor cinza escura, um pouco mais clara que feldspatos. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa (4%?), sem birreflectância. Forma tipicamente arredondada, geralmente muitas fraturas, sempre com relevo alto em relação a outros silicatos formadores de rocha. NC: anisotropia forte em cinza com reflexões internas generalizadas em amarelo a laranja, podem variar para cores avermelhadas. Imagem: a NC, olivina (amarelo-laranja), plagioclásio (escuro).

Não foi possível identificar o mineral Passo 3

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Tabela 5 Minerais com generalizadas reflexões internas azuis, podem ser esverdeadas.

AZURITA – Cu3(CO3)2(OH)2

(cor azul visível na seção polida a olho nu) ND: cor cinza escura e pleocroísmo tênue. Refletividade de 8% com birreflectância muito fraca. Forte efervescência com HCl diluído a frio. NC: anisotropia forte, frequentemente mascarada pelas reflexões internas em azul profundo. Cristais apresentam extinção oblíqua. Imagem: a NC, azurita com reflexões azuis e anisotropia muito forte.

LINARITA - PbCu(SO4)(OH)2

(cor azul visível na seção polida a olho nu) ND: cor cinza escura, sem pleocroísmo. Refletividade baixa (5%?) com birreflectância distinta. ND: anistropia distinta entre vários tons de azul. Reflexões internas generalizadas em tons de azul intermediários entre azurita e crisocola. Imagem: a NC, linarita (reflexões azuis), ganga (leitoso).

CRISOCOLA – Cu + SiO2

ND: cor cinza muito escuro e refletividade extremamente baixa. Sem pleocroísmo e sem birreflectância. Associa-se a outros minerais de Cu. Não apresenta efervescência com HCl diluído. NC: reflexões internas verdes, azuis ou escuras, mas não alcança o azul escuro da azurita. Nunca forma cristais visíveis ao microscópio. Imagem: a NC, crisocola (azul), malaquita (verde), ganga (escura).

FLUORITA – CaF2

ND: cor cinza escuro e refletividade muito baixa (4%), sem pleocroísmo nem birreflectância. É o mineral mais escuro das seções de minério. NC: isótropo, com abundantes reflexões internas. Várias cores são possíveis. Violeta em vários tons, até quase preto, é comum, zonação é muito comum, formas arredondadas ou quadradas também. Imagem: a NC, cristais cúbicos de fluorita com zonação em violeta.

CALCANTITA - CuSO4 · 5H2O ND: cor cinza escuro, tão escuro quanto a ganga. Sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa, sem birreflectância. Uma discreta tonalidade da mesma cor das reflexões internas a NC é visível. NC: sem anisotropia. Intensas reflexões internas em verde claro ou verde azulado ou azul claro (como crisocola) ou azul escuro. Imagem: a NC, calcantita (verde claro), ganga (reflexões escuras).

RIEBECKITA - ◻[Na2][Fe2+3Fe3+2]Si8O22(OH)2

ND: cor cinza escura e baixa refletividade, sem pleocroísmo nem birreflectância. Hábito prismático longo de anfibólio pode estar bem desenvolvido. Pode formar a ganga em minérios metálicos. NC: sem anisotropia, pode mostrar algumas reflexões internas, em alguns cristais, bem luminosas em azul intenso. Imagem: a NC, riebeckita com reflexões azuis bem desenvolvidas.

Continua...

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Tabela 5 (continuação) Minerais com generalizadas reflexões internas azuis, podem ser esverdeadas.

PLANCHEITA – Cu8(Si8O22)(OH)4·H2O (cor azul visível na seção polida a olho nu) ND: cor cinza muito escuro, sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa, sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento são típicos. NC: reflexões internas intensas em azul celeste em várias tonalidades. Sem anisotropia. Hábito em agregados esféricos com estrutura radial de cristais capilares. Muito semelhante à shattuckita! Imagem: a NC, plancheita em agregados esféricos com reflexões azuis.

Não foi possível identificar o mineral Passo 3

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Tabela 6 Minerais com generalizadas reflexões internas muito escuras, quase pretas,

com ou sem tonalidades esverdeadas ou amarronzadas AUGITA - (CaxMgyFez)(Mgy1Fez1)Si2O6

ND: cor cinza escura, mas mais clara que quartzo e feldspatos. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa (6%?), com birreflectância nítida observável entre grãos adjacentes e em grãos maclados. Clivagens não são visíveis nem há figuras de arranque. NC: anisotropia forte com reflexões escuras em caramelo, alternando uma posição bem escura com uma posição em cinza escuro. Imagem: a NC, augita maclada em gabro.

BIOTITA - K(Fe2+/Mg)2(Al/Fe3+/Mg)([Si/Al]Si2O10)(OH/F)2

ND: cor cinza escura, bem mais escura que quartzo e feldspatos, com um discreto tom de verde. Sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa (~4%), sem birreflectância. Clivagem geralmente distinta. NC: reflexões internas preto-esverdeadas cuja tonalidade depende da espessura do grão. Quanto mais fino, mais claras e mais amareladas. Anisotropia distinta cuja intensidade aumenta com a diminuição da espessura do grão; lembra muito o pleocroísmo em Luz Transmitida. Imagem: a NC, biotita (escura), ortoclásio (creme), quartzo (branco).

HORNBLENDA VERDE - (Na,K)0-1Ca2(Mg,Fe,Al)5(Si,Al)8O22(OH)2

ND: cor cinza escura, um pouco mais clara que a cor de quartzo e feldspatos. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa (~4-5%), sem birreflectância. Clivagem geralmente visível. Figuras de arranque frequentes. Adquire bom polimento, não mostra sulcos. NC: reflexões internas escuras, quase pretas, com um tom definido para verde. Reflexões claras nas clivagens. Anisotropia distinta. Imagem: a NC, hornblenda verde (escura), quartzo, etc. (branco).

HORNBLENDA MARROM (kaersutita, katophorita, etc) ND: cor de reflexão cinza escura, mas bem mais clara que quartzo e feldspatos. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa, mas um pouco mais alta que quartzo, sem birreflectância. Clivagem pode ser visível. NC: reflexões internas generalizadas em marrom bem escuro, quase preto. Sem anisotropia. Ocasionalmente surgem reflexões coloridas. Imagem: a NC, hornblenda marrom (escura) e feldspatos (claros).

GRANADA - Fe2+3Al2(SiO4)3 (almandina) ND: cor cinza escura, um pouco mais clara que quartzo e feldspatos. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa (4%?), sem birreflectância. Forma arredondada típica, relevo alto possível. ND: isótropa, difícil de observar em função das reflexões internas generalizadas, que são escuras, mas mais luminosas que outros minerais. As reflexões, se o grão é grande, tendem a avermelhadas. Imagem: a NC, granada (arredondada) em xisto de grão fino.

Continua...

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Tabela 6 (continuação) Minerais com generalizadas reflexões internas muito escuras, quase pretas,

com ou sem tonalidades esverdeadas ou amarronzadas TURMALINA (Grupo da Turmalina) ND: cor cinza escura da mesma tonalidade do quartzo, sem pleocroísmo. Refletividade baixa como quartzo, sem birreflectância. Hábito prismático longo típico, seções basais tendem a triangulares. NC: na variedade mais comum (schorlita = preta), reflexões uniformes, muito escuras, com um nítido tom esverdeado, tanto mais nítido quanto mais fina for a seção. Anisotropia distinta (NC+2º). Imagem: a NC, turmalina (escura) e quartzo (reflexões brancas).

CLORITA (Grupo da Clorita) ND: cor cinza escura, mais escura que quartzo e feldspatos, mas um pouco mais clara que biotita. Sem pleocroísmo. Refletividade baixa, sem birreflectância. Hábito lamelar às vezes identificável. NC: sem anisotropia. Reflexões internas muito escuras, sem a variação de luminosidade da biotita. Clivagem não é visível. Imagem: a NC, clorita (escura), serpentina (branca).

Não foi possível identificar o mineral Passo 3

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Tabela 7 Minerais de cor cinza-ganga, com anisotropia forte em cores cinzas,

sem reflexões internas ou com reflexões apenas esparsas.

MOLIBDENITA - MoS2 ND: cor cinza claro a cinza azulado a creme, com pleocroísmo fortíssimo. Refletividade de 20-44%, com birreflectância alta. Hábito lamelar típico; as lamelas podem estar deformadas. NC: anisotropia extrema entre marrom, azulado e azul-turquesa a NC+2º. Sem reflexões internas. Grafita é semelhante, mas a NC+2º a cor da grafita é amarelo-palha. Sulcos de polimento possíveis. Imagem: a NC, molibdenita (azulado), ganga (leitoso).

GRAFITA – C ND: cor cinza médio a escuro com um tom marrom. Pleocroísmo fortíssimo em cinza. Refletividade variável de 7 a 21%, com birreflectância muito forte. Hábito lamelar típico, como molibdenita. NC: anisotropia extrema entre cinza marrom claro e cinza escuro. Descruzando os nicóis em 2º, uma das cores é amarelo palha. Sem reflexões internas. Molibdenita: anisotropia com um tom azulado. Imagem: a NC+2º, grafita (amarelado), mica (escura), quartzo (claro).

HOLLANDITA – Ba(Mn,Mn)8O16

ND: cor cinza médio. Refletividade de 10 a 31%. Pleocroísmo e birreflectância fracas, difíceis de ver. Cristais aciculares radiados ou em bandas. Identificação difícil. Muito semelhante a outros minerais de manganês. NC: anisotropia forte em cores cinzas com tons marrons. Sem reflexões internas. Em cristais pequenos a anisotropia é pouco visível. Imagem: a NC+2º, hollandita em agregado radiado de cristais finos.

TODOROKITA – (Na,Ca,K)2(Mn,Mn)6O12.3-4.5H2O ND: cor cinza médio a escuro. Reflet. 26-31%. Pleocroísmo e birreflectância nítidas. Cristais fibrosos em agregados porosos. NC: anisotropia forte de cinza-marrom a escuro e para azul. Alteração de minerais primários de Mn. Também em nódulos polimetálicos.

Sem imagem disponível.

LEPIDOCROCITA - FeO(OH) ND: cor cinza médio. Refletividade de 10 a 16%. Pleocroísmo distinto. Birreflectância forte, difícil de ver quando os cristais são finos. NC: anisotropia bem forte em tons cinza azulados. Reflexões internas vermelhas raras esparsas. Típica como alteração de minérios de ferro. Imagem: a NC, lepidocropcita com forte anisotropia em azul e cinza e algumas reflexões internas.

Não foi possível identificar o mineral Passo 4

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Tabela 8

Minerais cinzentos, mais claros que a ganga, a NC isótropos (pretos ao giro de 360º da platina)

MAGNETITA – Fe3O4

ND: cor cinza rosado ou amarronzado, variável. Refletividade de 21%. Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Mineral pouco conspícuo, mas é o opaco mais comum em rochas magmáticas e metamórficas. NC: Isótropa, pode ser levemente anisótropa. Sem reflexões. Idiomorfia (octaedros) possível. Martitização frequente, gerando lamelas paralelas brancas (a ND) de hematita. Desmisturas e substituições complexas são possíveis. Se com Ti, pode se associar a titanita. Imagem: a ND, pirita (amarela), ganga (escura) e magnetita (cinza rosa)

ALABANDITA – MnS ND: cor cinza-branco, às vezes com um tom esverdeado. Refletividade de 22%. Sem pleocroísmo e sem birreflectância. NC: isótropa, completamente escura. Sem reflexões. Maclas finas são comuns. Ocorre em veios sulfetados polimetálicos epitermais.

Sem imagem disponível.

CROMITA – FeCr2O4

ND: cor cinza branco c/ tons marrons. Refletividade baixa, de 12%. Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Dureza alta. Cataclase nas jazidas Tipo Alpino. Idiomorfia nas jazidas Tipo Estratiforme. NC: isótropa. Se com Mg e Al, pode mostrar reflexões internas em vermelho-marrom, o que é raro. Imagem: a ND, cromita (branca-marrom) e ganga (cinza escura).

TENNANTITA – Cu12As4S13 e TETRAEDRITA – Cu12SbS13 Os dois minerais são praticamente indistinguíveis. ND: cor cinza médio com um tom esverdeado a marrom-oliva. Reflet. 31-33%. Sem birreflectância. Sem pleocroísmo. NC: isótropa, completamente escura. Raras reflexões vermelho-marrons em fraturas. Hidrotermal de temperaturas baixas a médias. Imagem: a ND, pirita (amarela), tetraedrita (cinza-oliva), ganga (escura).

COLUMBITA e TANTALITA - (Mg,Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6

Os dois minerais são praticamente indistinguíveis. ND: cor cinza com um tom amarronzado, lembrando magnetita. Pleocroísmo muito fraco. Refletividade 14-17%, sem birreflectância. NC: anisotropia fraca a muito fraca. Frequentes reflexões internas marrom-vermelhas. Extinção reta. Ocorre em pegmatitos graníticos. Imagem: a ND, columbita (cinza clara), ganga (escura).

WOLFRAMITA – (Fe,Mn)WO4 (Hübnerita e Ferberita) ND: cor cinza médio. Refletividade 15-16%. Plecroísmo e birreflectância fracas, quase imperceptíveis. Hábito tabular típico. NC: anisotropia nítida, pode passar despercebida. Reflexões raras, vermelhas a marrons. Extinção oblíqua. Ocorre em pegmatitos e veios de quartzo associados a intrusivas graníticas. Imagem: a ND, wolframita (cinza médio), ganga (cinza escuro).

Continua...

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Tabela 8 (continuação) Minerais cinzentos, mais claros que a ganga, a NC isótropos (pretos ao giro de 360º da platina)

FRANKLINITA – ZnFe2O4

ND: cor cinza clara com tons marrons. Refletividade de 17%. Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Mineral raro de jazidas de ferro e manganês. Extremamente semelhante à magnetita, inclusive com magnetismo de intensidade variável! NC: Isótropa. Raras reflexões em vermelho profundo nos limites intergranulares são possíveis. Idiomorfia (octaedros) possível. Imagem: a ND, franklinita (cinza-marrom) e ganga (cinza escuro).

ESFALERITA – ZnS ND: cinza médio claro com um leve tom de azul, sem pleocroísmo. Refletividade baixa (16%), sem birreflectância. NC: isótropa. Quando sem Fe, possui reflexões internas incolores esparsas e pode ser confundida com um mineral isótropo ou pouco anisótropo. Imagem: a ND, esfalerita (cinza azul), bornita (rosa), calcita (escura).

BADDELEYITA – ZrO2 ND: cor cinza escura, mas bem mais clara que a ganga, sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa (~4%), sem birreflectância. NC: anisotropia muito fraca entre marrom acinzentado escuro e quase preto, parece isótropo. Reflexões internas brancas, amarelas, laranjas, marrons e multicoloridas. Mineral raro, difícil de identificar. Imagem: a NC, baddeleyita com reflexões típicas ao longo das fraturas.

É possível que o mineral tenha anisotropia fraca, difícil de observar.

Tabela 9

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Tabela 9

Minerais cinzentos, a ND mais claros que a ganga, a NC anisótropos em graus variáveis. ACANTHITA – Ag2S ND: cor cinza a cinza-esverdeada, sem pleocroísmo. Refletividade de 30%, sem birrefletância. Muitos sulcos de polimento (Mohs: 2-2,5) NC: anisotropia fraca, difícil de ver. Não mostra reflexões. Corrosão ao ar muito rápida. Maclas comuns. Mirmequitos possíveis. Mineral comum em minérios de prata (veios, zonas de oxidação e cimentação). Imagem: a NC, acanthita com sulcos e maclas.

BRAUNITA – Mn6O8SiO4

ND: cor branco-cinza com um tom marrom, sem pleocroísmo. Refletividade de 19%, com birreflectância suave, difícil de ver. NC: anisotropia muito fraca em tons cinza-azuis. Reflexões raras, em marrom profundo. Grãos com tendência idiomórfica. Ocorre nas mais diversificadas situações geológicas.

Diagnose difícil a impossível por microscopia.

CRIPTOMELANO – K(Mn,Mn)8O16

ND: cor de cinza médio, sem pleocroísmo. Refletividade de 25%, sem birreflectância. Texturas coloformes/maciças comuns. NC: anisotropia em cinza-marrom, claro a escuro. Reflexões marrons só em grãos pequenos. Indistinguível de outros minerais de Mn. Imagem: a NC, criptomelano com estruturas coloformes.

HAUSMANNITA – Mn3O4

ND: cor cinza médio, sem pleocroísmo. Refletividade de 15-20%, com birreflectância fraca. Mineral mais raro. NC: anisotropia nítida a forte em cinza-esverdeado. Reflexões esparsas em vermelho-sangue a marrom avermelhado ou laranja. Maclas lamelares são comuns e diagnósticas, variam de grão para grão. Imagem: a NC, grão de hausmannita com maclas.

ESTANNITA – Cu2(Fe,Zn)SnS4

ND: cor cinza médio com um tom de verde-oliva, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 29%. Sem birreflectância. NC: anisotropia distinta entre verde-ardósia e violeta. Estruturas abundantes e complexas. Desmisturas diversas possíveis. Imagem: a ND, estannita, ganga (escura) e calcopirita (dourada).

GOETHITA – FeO(OH) ND: cor cinza com um tom azul, mas varia muito. Pleocroísmo fraco. Refletividade de 13%, sem birreflectância. Cristais aciculares em bandas paralelas, lembra calcedônia. NC: anisotropia forte, mas ocorre grande quantidade de reflexões amarelo-claras a vermelho-marrons. Imagem: a NC, agregados radiais de goethita (estalagtites).

Continua...

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Tabela 9 (continuação)

Minerais cinzentos, a ND mais claros que a ganga, a NC anisótropos em graus variáveis. ILMENITA – FeTiO3

ND: cor cinza-marrom a cinza-castanha, sem pleocroísmo. Refletividade de 19%, com birreflectância fraca (ver limites e maclas!). É um opaco muito comum em muitas rochas magmáticas e metamórficas, junto com a magnetita. NC: anisotropia forte em tons de cinza, uma das cores tem um tom azulado bem definido (observar com NC+2º). Reflexões muito raras. Imagem: a NC, 3 grãos de ilmenita mostrando sua anisotropia típica.

MANGANITA – MnO(OH) ND: cor cinza médio com um tom marrom, com pleocroísmo distinto de azulado a amarronzado. Refletividade de 16-21%, com birreflectância. distinta. NC: anisotropia distinta entre cinza-azul e cinza-amarelo, nas seções basais em violeta. Reflexões esparsas em vermelho-sangue. Imagem: a NC, manganita (cinza-azul), ganga (branca/laranja).

TITANITA - CaTi(SiO4)O ND: cor cinza médio, sem pleocroísmo. Refletividade de 11%, muito acima dos silicatos comuns. Sem birreflectância. NC: anisotropia muito forte, mais fraca nas seções basais (rômbicas). Reflexões internas generalizadas em vermelho-marrom, podem ser amarelas ou verdes. Lembram muito as reflexões da esfalerita. Imagem: a NC, titanita (seção basal – laranja), quartzo (leitoso).

TAPIOLITA - (Fe,Mn)(Ta,Nb)2O6

ND: cor cinza médio, sem pleocroísmo. Refletividade de 16-17%, com birreflectância fraca, quase imperceptível. Cataclase muito frequente. NC: anisotropia forte entre verde oliva e preto azulado (observar com NC+2º). Há pequenas e dispersas reflexões internas em marrom avermelhado. Maclas lamelares localizadas são comuns. Imagem: a NC, tapiolita (verde oliva + maclas), ganga (escura).

MAUCHERITA – Ni11As8

ND: cor cinza com um tom rosa, sem pleocroísmo. Na presença de niquelina parece branca. Refletividade de 50-52%, com birreflectância fraca. Substitui e é substituída por niquelina. NC: anisotropia fraca em verde oliva escuro, marrom e violeta (observar com NC+2º), sem reflexões internas. Imagem: a ND, maucherita (branca), niquelina (laranja e rosa).

ESFALERITA – ZnS ND: cinza médio claro com um leve tom de azul, sem pleocroísmo. Refletividade baixa (16%), sem birreflectância. NC: isótropo. Quando sem Fe, possui reflexões internas incolores esparsas e pode ser confundida com um mineral isótropo ou pouco anisótropo. Imagem: a ND, esfalerita (cinza azul), bornita (rosa), calcita (escura).

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Tabela 9 (continuação)

Minerais cinzentos, a ND mais claros que a ganga, a NC anisótropos em graus variáveis. BADDELEYITA – ZrO2 ND: cor cinza escura, mas bem mais clara que a ganga, sem pleocroísmo. Refletividade muito baixa (~4%), sem birreflectância. NC: anisotropia muito fraca entre marrom acinzentado escuro e quase preto, parece isótropo. Reflexões internas brancas, amarelas, laranjas, marrons e multicoloridas. Mineral raro, difícil de identificar. Imagem: a NC, baddeleyita com reflexões típicas ao longo das fraturas.

É possível que o mineral seja branco Passo 5

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Tabela 10

Minerais brancos a ND, sem pleocroísmo nem birreflectância, isótropos a NC.

ESKUTTERUDITA – (Co,Ni)As3

ND: cor branca-creme, sem pleocroísmo. Refletividade de 54%, sem birreflectância. Texturas de Fortaleza são comuns (bandas alternadas pretas e brancas com ângulos definidos entre segmentos (zig-zag). NC: isótropa e sem reflexões internas. Pseudo-clivagem muito evidente. Zonação pode ocorrer. Imagem: a ND, eskutterudita (branca) com Textura de Fortaleza.

GALENA – PbS ND: cor branca, sem pleocroísmo. Refletividade de 42%, sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento (Mohs= 2,5). Relevo baixo. Se em cristais grandes, mostra figuras de arranque triangulares. NC: isótropa e sem reflexões internas. Sulcos de polimento e figuras de arranque podem simular anisotropia. Imagem: a ND, galena com figuras de arranque e sulcos de polimento.

GERSDORFFITA – NiAsS ND: cor branca, algo creme a cinza, sem pleocroísmo. Refletividade de 45%, sem bem birreflectância. Sem sulcos de polimento (Mohs=5,5). NC: isótropa e sem reflexões internas. Clivagem {100} em 3 direções perfeita. Forma cubos, linhas longas e retas e figuras de arranque triangulares. Zonação é comum. Imagem: a ND, gersdorffita (branca) com clivagem, niquelina (amarela).

PLATINA NATIVA – Pt ND: cor branca, às vezes com tons creme ou azulados. Refletividade 65%. Sem pleocroísmo. Sem birreflectância. Extremamente rara. NC: isótropa e sem reflexões internas. Inclusões e zonação muito comuns. Desmisturas de Os e Ir muito comuns. Imagem: a ND, platina (branca) com desmisturas de irídio.

PRATA NATIVA – Ag ND: cor branco-prata, um pouco creme, sem pleocroísmo. Refletividade 82%, sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento. Extremamente luminosa, cega os olhos do observador! NC: Isótropa, sulcos simulam anisotropia. Sem reflexões internas. Maclas comuns. Zonação e associação com acanthita (AgS) comuns. Imagem: a ND, prata (branca) e quartzo (cinza escuro).

CALCOCITA – Cu2S ND: cor cinza-azul ou branca azul, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 30%, sem birreflectância. Muitos sulcos. NC: Muito escura, com anisotropia muito fraca, quase imperceptível. Sem reflexões. Parece um mineral isótropo! Associa-se a outros minerais de Cu, como bornita e minerais secundários (covellita). Imagem: a ND, calcocita (branca), bornita (rosa) e ganga (escura).

Minerais brancos a ND que possuem, a NC, anisotropia de fraca a nítida, mas que podem simular isotropia.

Tabela 11

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Tabela 11

Minerais brancos a ND, com pleocroísmo e/ou birreflectância de fraca a distinta, a NC com anisotropia em graus variáveis.

Listados aproximadamente em anisotropia de intensidade crescente.

CALCOCITA – Cu2S ND: cor cinza-azul ou branca azu, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 30%, sem birreflectância. Muitos sulcos. NC: Muito escura, com anisotropia muito fraca, quase imperceptível. Sem reflexões. Parece um mineral isótropo! Associa-se a outro minerais de Cu, como bornita e minerais secundários (covellita, etc.). Imagem: a ND, calcocita (branca), bornita (rosa) e ganga (escura).

HEMATITA – Fe2O3

ND: cor branco pura, sem pleocroísmo. Refletividade de 29%, com birreflectância distinta (comparar grãos adjacentes ou maclas). NC: anisotropia nítida em tons amarronzados. Reflexões internas raras a ausentes, em vermelho-sangue profundo. Maclas possíveis. Mineral comum. Associação com magnetita muito comum. Imagem: a NC, hematita (cinza claro e escuro). Silicatos (laranja).

BOURNONITA – CuPbSbS3

ND: cor branca, algo cinza a verde, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 35%, sem birreflectância. Associa-se a galena. NC: anisotropia fraca entre azul-esverdeado e violeta (olhar nos limites dos grãos!) Reflexões raras. Maclas diagnósticas! Imagem: a NC, bournonita, galena (preto) e ganga (laranja).

BISMUTO NATIVO – Bi ND: cor branca com uma tonalidade avermelhado-creme, sem pleocroísmo. Refletividade de 66%, sem birreflectância. NC: anisotropia distinta: amarelado e cinza-azul. Sem reflexões internas. Muitos sulcos. Embaça rapidamente para amarelo-rosado. Imagem: a ND, dendrites de bismuto nativo (branco-amarelo).

POLIANITA (PIROLUSITA) – MnO2

ND: cor branca com tons amarelos, sem pleocroísmo. Refletividade de ~50%, lembra a arsenopirita. Birreflectância distinta de amarelo a cinza suave até azul suave. Rachaduras paralelas são típicas. NC: anisotropia muito nítida de branco-rosa a marrom rosa. Sem reflexões internas. Imagem: a NC, cristais de polianita (pirolusita bem cristalizada).

MAUCHERITA – Ni11As8

ND: cor cinza com um tom rosa, sem pleocroísmo. Na presença de niquelina parece branca. Refletividade de 50-52%, com birreflectância fraca. Associa-se, substitui e é substituída por niquelina. NC: anisotropia fraca em verde oliva escuro, marrom e violeta (observar com NC+2º), sem reflexões internas. Imagem: a ND, maucherita (branca), niquelina (laranja e rosa).

Continua...

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Tabela 11 (continuação)

Minerais brancos a ND, com pleocroísmo e/ou birreflectância de fraca a distinta, a NC com anisotropia em graus variáveis.

Listados aproximadamente em anisotropia de intensidade crescente.

JAMESONITA – Pb4FeSb6S14

ND: cor branca a cinza médio, com pleocroísmo distinto entre branco e cinza. Refletividade de 38% com birreflectância mínima. NC: Anisotropia forte em tons cinza-esverdeados. Sem reflexões internas. Maclas comuns. Hábito acicular muito típico, diagnóstico. Imagem: a ND, agulhas de jamesonita (cinza) em ganga (escura).

ENARGITA – Cu3AsS4

ND: cor cinza-rosada a marrom claro rosado, com pleocroísmo fraco violeta a cinza-azulado. Refletividade de 26%, com birreflectância leve. NC: anisotropia forte e colorida, de cinza-verde a laranja-castanho ou azul escuro a marrom. Raras reflexões em cores vermelho-profundas. Imagem: a NC+2º e sem filtro, enargita com anisotropia típica.

ARSENOPIRITA – FeAsS ND: cor branca, um pouco creme, com pleocroísmo fraco de branco azulado a amarelo avermelhado. Refletividade alta, de 51%. Sem birreflectância. Idiomorfia (losangos, formas poligonais etc.) comum! NC: anisotropia forte de azul escuro a marrom. Sem reflexões internas. Maclas comuns. Imagem: a NC, arsenopirita maclada (azul/marrom). Ganga (leitoso).

LOELLINGITA – FeAs2

ND: cor branco-creme a branco-azul com pleocroísmo muito fraco. Refletividade 51-54%, com birreflectância fraca. Maclas comuns. NC: anisotropia muito forte entre azul, marrom e laranja. Sem reflexões internas. Fácil confundir com arsenopirita! Imagem: a NC, loellingita (azul/cinza/marrom) e ganga (leitosa)

MARCASSITA – FeS2

ND: cor branco-azulada e creme. Com pleocroísmo distinto entre branco azulado e creme a marrom-rosa. Refletividade de 54%, com birreflectância distinta. Clivagem pode ser nítida. NC: anisotropia muito forte entre cores marrons, azuis e turquesas. Sem reflexões internas. Imagem: a NC, marcassita (azul - turquesa – marrom).

SAFFLORITA – CoAs2

ND: cor branco-amarelado a branco-azulado, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 52-54%, com birreflectância mínima. Cristais tem forma losangular típica, podem formar maclas em forma de estrela. NC: anisotropia muito forte entre o marrom escuro e o azul. Intensidade da anisotropia pode ser variável. Zonação pode ocorrer. Imagem: a NC, safflorita (azul e marrom), ganga (leitoso).

Continua...

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Tabela 11 (continuação) Minerais brancos a ND, com pleocroísmo e/ou birreflectância de fraca a distinta,

a NC com anisotropia em graus variáveis. Listados aproximadamente em anisotropia de intensidade crescente.

RAMMELSBERGITA – NiAs2

ND: cor branca, com fraco pleocroísmo amarelado ou rosado ou azulado. Refletividade de 55%, sem birreflectância. NC: anisotropia forte em marrom escuro e azul, mais fraca que aquela da safflorita. Maclas comuns e diagnósticas. Imagem: a NC, rammelsbergita (marrom/azul)

ESTIBNITA – Sb2S3

ND: cor branca com pleocroísmo forte de branco (cinza) a cinza-oliva. Refletividade de 30-45%, com birreflectância distinta. NC: anisotropia forte entre cinza, marrom e azul. Sem reflexões internas. Extinção paralela Hábito prismático. Maclas freqüentes. Imagem: a NC, estibnita com cores e maclas típicas.

Não é nenhum desses e a cor a Nicóis Descruzados é cinza claro, muito mais claro que a ganga. Tabela 9

Não é nenhum desses e a cor a Nicóis Descruzados é branco-creme, tende a amarelo. Tabela 13

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Tabela 12 Minerais brancos a ND, com pleocroísmo e/ou birreflectância fortes.

A NC apresentam anisotropia de nítida a muito forte em cinza/branco

ESTIBNITA – Sb2S3

ND: cor branca com pleocroísmo forte de branco (cinza) a cinza-oliva. Refletividade de 30-45%, com birreflectância distinta. NC: anisotropia forte entre cinza, marrom e azul. Sem reflexões internas. Extinção paralela Hábito prismático. Maclas frequentes. Imagem: a NC, estibnita com cores e maclas típicas.

MOLIBDENITA - MoS2 ND: cor cinza claro a cinza azulado a creme, com pleocroísmo fortíssimo. Refletividade de 20-44%, com birreflectância alta. Hábito lamelar típico, podem estar deformadas. NC: anisotropia extrema entre marrom, azulado e azul-turquesa a NC+2º. Sem reflexões internas. Grafita é semelhante, mas a NC+2º a cor é amarelo-palha. Sulcos de polimento possíveis, Imagem: a NC, lamelas de molibdenita com anisotropia.

GRAFITA – C ND: cor cinza médio a escuro com um tom marrom. Pleocroísmo fortíssimo em cinza. Refletividade variável de 7-21%, com birreflectância muito forte. Hábito lamelar típico, como molibdenita. NC: anisotropia extrema entre cinza marrom claro e cinza escuro. Descruzando os nicóis em 2º, uma das cores é amarelo palha. Sem reflexões internas. Molibdenita: anisotropia com um tom azul. Imagem: a NC+2º, grafita (amarelado), mica (escura), quartzo (claro).

Não é nenhum desses Tabela 11

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Tabela 13

Minerais que, a ND, mostram cores amarelas ou possuem cores amareladas a creme. Geralmente não possuem pleocroísmo e birreflectância ou os tem fracos a distintos, o que pode ser difícil

de observar. A NC podem ser isótropos ou anisótropos, às vezes a distinção é difícil.

OURO NATIVO – Au(Ag, Cu) ND: cor amarelo ouro. Se com Ag, tende a branco. Se com Cu, tende a vermelho. Sem pleocroísmo. Refletividade de 72%, sem birreflectância. NC: isótropo, mas nunca fica bem escuro, pode ter uma estranha cor esverdeada. Muitos sulcos! Sem reflexões internas. Maclas possíveis. Imagem: a ND, ouro (dourado) e ganga (cinza escuro).

CALCOPIRITA – CuFeS2

ND: cor amarelo forte, pode estar esverdeada, sem pleocroísmo. Refletivoidade de 39%, sem birreflectância. Muitos sulcos. NC: muito escuro, com anisotropia fraca de marrom a azulado. Sem reflexões internas. Sempre apresenta maclas lamelares azuis grosseiras/irregulares. Imagem: a ND, calcopirita (amarela), pirita (creme), ganga (escura).

MILLERITA – NiS ND: cor amarelo pálido a vivo. Refletividade de 55%. Pleocroísmo e birreflectância fracos. Hábito acicular a capilar muito típico. NC: anisotropia forte de amarelado a azulado. Não tem reflexões internas. Clivagem, maclas e zonação possíveis. Imagem: a ND, cristais aciculares de millerita em minério complexo.

PIRITA – FeS2

ND: cor branca-amarela a branca-creme. Refletividade de 55%. Sem pleocroísmo e sem birrefletância. Polimento geralmente muito imperfeito, com sulcos e buracos. Relevo alto muito comum. NC: isótropa, pode ser anisótropa. Sem reflexões internas. Idiomorfia (cubos!) possível. Zonação, cataclase e substituições comuns. Imagem: a ND, pirita (creme, relevo alto, muitos sulcos de polimento), calcopirita (dourada), galena (branca), ganga (cinza escura).

CUBANITA – CuFe2S3

ND: cor creme, sem pleocroísmo. Refletividade de 38-42%, com birreflectância muito leve. Tem sulcos. Pode ter crostas de isocubanita. NC: anisotropia muito distinta entre azul claro e azul escuro. Sem reflexões internas. Ocorre como lamelas na calcopirita.

Sem imagem disponível.

PENTLANDITA – (Fe,Ni)9S8

ND: cor creme a creme-amarelada, com refletividade de 51%. Sem pleocroísmo/birreflectância. NC: isótropa e sem reflexões internas, mas nunca fica completamente escura. Forma exsoluções na forma de bandas e “chamas” na pirrotita. Imagem: a ND, “chama” de pentlandita (clara) em pirrotita (escura).

Continua...

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Tabela 13 (continuação) Minerais que, a ND, são amarelos ou possuem cores amareladas a creme.

Geralmente não possuem pleocroísmo e birreflectância ou os tem fracos a distintos, o que pode ser difícil de observar. A NC podem ser isótropos ou anisótropos, às vezes a distinção é difícil.

PIRROTITA – FeS ND: cor em tons marrons e amarelos com rosa. Embaça muito rapidamente para marrom. Pleocroísmo fraco a ausente. Refletividade de 37 a 42%, não possui birreflectância. NC: anisotropia forte de amarelo-cinza a verde suave, cinza a azulado. Cor marrom é forte, o azul é mais discreto. Sem reflexões internas. Imagem: a NC, pirrotita (cinza e marrom), ganga (reflexões incolores).

LOELLINGITA – FeAs2

ND: cor branco-creme a branco-azul com pleocroísmo muito fraco. Refletividade 51-54%, com birreflectância fraca. Maclas comuns. NC: anisotropia muito forte entre azul, marrom e laranja. Sem reflexões internas. Fácil confundir com arsenopirita! Imagem: a NC, loellingita (azul/cinza/marrom) e ganga (leitosa)

SAFFLORITA – CoAs2

ND: cor branco-amarelado a branco-azulado, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 52-54%, com birreflectância mínima. Cristais tem forma losangular típica, podem formar maclas em forma de estrela. NC: anisotropia muito forte entre o marrom escuro e o azul. Intensidade da anisotropia pode ser variável. Zonação pode ocorrer. Imagem: a NC, safflorita (azul e marrom), ganga (leitoso).

BISMUTO NATIVO – Bi ND: cor branca com uma tonalidade avermelhado-creme, sem pleocroísmo. Refletividade de 66%, sem birreflectância. NC: escuro, com anisotropia distinta de amarelado a cinza-azul. Sem reflexões internas. Muitos sulcos. Embaça para amarelo-rosado. Imagem: a ND, dendrites de bismuto nativo (branco-amarelado).

PIROLUSITA – MnO2

ND: cor branco creme, sem pleocroísmo. Refletividade 18-30%, com birreflectância nítida, às vezes não visível. NC: anisotropia forte de creme a cinza-azul (olhar nos limites dos grãos!) Sem reflexões internas. Pode ter rachaduras paralelas. Imagem: a ND, pirolusita com cor, forma e rachaduras típicas.

Não é nenhum desses e a cor a ND é branco-creme Passo 5

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Tabela 14

Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amarronzadas, rosadas ou alaranjadas, com pleocroísmo e/ou birreflectância notável a forte e, a NC, anisotropia forte.

BREITHAUPTITA – NiSb ND: cor vermelho-do-cobre pálido (rosa intenso), com um tom violeta muito diagnóstico. Pleocroísmo notável. Refletividade de 47-54%, com birreflectância de vermelho-rosa a violeta. NC: anisotropia notável, de cores intensas: oliva, marrom, esverdeado, verde, amarelado, etc. Imagem: a ND, breithauptita (rosa), rammelsbergita (branca), ganga (escura).

NIQUELINA – NiAs ND: cor branca com forte tom amarelo-rosa, parece um laranja claro. Pleocroísmo forte de laranja a rosado, com tons marrom-rosa. Refletividade 60% e birreflectância distinta. NC: anisotropia muito forte em marrom a azul, verde a cinza. Imagem: a NC+2º, niquelina (colorida), ganga (reflexões amareladas). TENORITA – CuO ND: cor amarelo-marrom ou cinza claro amarelo. Pleocroísmo distinto em tons cinzentos ou marrons. Refletividade de 19-29%, com birreflectância forte. Cristais geralmente muito pequenos. NC: anisotropia forte entre branco e azulado. Reflexões internas raras, finas e vermelhas. Extinção oblíqua e muitos sulcos de polimento. Imagem: a NC, tenorita (branca e azul), cuprita (vermelha, quase preta).

DELAFOSSITA - CuFeO2

ND: branca a rosa-marrom, semelhante a tenorita e enargita. Sem pleocroísmo. Refletividade 19 a 23%, com birreflectância distinta. NC: anisotropia forte entre azulado e cinza. Sem reflexões internas. Associa-se a cobre nativo, tenorita, cuprita e goethita. Imagem: a ND, delafossita (rosa-marrom), cobre nativo (avermelhado), cuprita (azul), goethita (cinza azulado), ganga (cinza escuro).

Não é nenhum desses Passo 6

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Tabela 15 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amarronzadas, rosadas ou alaranjadas, sem

pleocroísmo e/ou birreflectância e que, a NC, são isótropos e não tem reflexões internas.

COBRE NATIVO – Cu ND: cor rosa-cheio brilhante. Embaçamento muito rápido, em questão 15 a 30 minutos. Refletividade de 92% (muito luminoso!). Sem pleocroísmo ou birreflectância. Sempre muitos sulcos de polimento. NC: isótropo, mas os sulcos sempre geram anisotropia anômala. Sem reflexões internas. Associado a outros minerais de cobre. Imagem: a ND, cobre (rosa), cuprita (azulada), ganga (cinza escuro).

MAGNETITA – Fe3O4

ND: cinza rosado ou amarronzado, é variável. Refletividade de 21%. Sem pleocroísmo ou birreflectância. Idiomorfia possível (octaedros). É o opaco mais comum de rochas magmáticas e metamórficas, com ilmenita, pirrotita, pirita e calcopirita. NC: isótropa e sem reflexões internas. Às vezes é nitidamente anisótropa. Martitização é comum. Desmisturas complexas possíveis. Imagem: a ND, magnetita (marrom-rosa), pirita (amarela), ganga (cinza escuro). Não é nenhum desses Passo 6

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Tabela 16 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amarronzadas, rosadas ou alaranjadas, com

pleocroísmo e/ou birreflectância fraca a ausente e, a NC, anisotropia fraca a ausente.

BORNITA – Cu5FeS4

ND: cor marrom-rosa claro (semelhante à pirrotita, mas mais rosa), com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 25%, sem birreflectância. Embaça em 30 minutos para uma cor violeta muito característica. NC: muito escuro, com anisotropia variável em cores escuras e esverdeadas. Sem reflexões internas. Associa-se a calcocita (branca). Imagem: a ND, bornita embaçada (rosa-azul), bornita sem embaçamento (marrom-rosa claro), calcocita (branca) e ganga (escura)

IDAITA - Cu5FeS6

ND: cor vermelho-do-cobre a laranja claro acinzentado, muito semelhante à cor da bornita. Sem pleocroísmo. Refletividade de 31.5%, sem birreflectância. Sempre ocorre como produto lamelar fino de alteração na bornita. Não embaça, ao contrário da bornita. NC: anisotropia muito forte entre azul-verde (turquesa) e marrom avermelhado. Sem reflexões internas.

Sem imagem disponível.

COBALTITA – CoAsS ND: cor rosa-claro, branco-rosado até rosa. Rosa é mais nítido em seção sem repolimento. Sem birreflectância; pleocroísmo muito fraco. NC: anisotropia fraca de esverdeado a azulado. Sem reflexões. Maclas são muito comuns. Formas pseudo-cúbicas são comuns. Imagem: a ND, cobaltita (rosa claro) e ganga (cinza escuro). DELAFOSSITA - CuFeO2

ND: branca a rosa-marrom, semelhante a tenorita e enargita. Sem pleocroísmo. Refletividade 19 a 23%, com birreflectância distinta. NC: anisotropia forte entre azulado e cinza. Sem reflexões internas. Associa-se a cobre nativo, tenorita, cuprita e goethita. Imagem: a ND, delafossita (rosa-marrom), cobre nativo (avermelhado), cuprita (azul), goethita (cinza azulado), ganga (cinza escuro). Não é nenhum desses Passo 6

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Tabela 17 Minerais que, a ND, apresentam cores avermelhadas, amarronzadas, rosadas ou alaranjadas, com

pleocroísmo e/ou birreflectância fraca a ausente e, a NC, anisotropia forte.

ENARGITA – Cu3AsS4

ND: cor cinza-rosada a marrom claro rosado. Pleocroísmo fraco de violeta a cinza-azulado. Refletividade de 26% com birreflectância leve. NC: anisotropia forte e colorida, de cinza-verde a laranja-castanho ou azul escuro a marrom. Raras reflexões em vermelho-profundo. Imagem: a NC+2º e sem filtro, enargita (colorida).

LUZONITA – Cu3AsS4

ND: cor marrom-rosa pálido, amarelado. Refletividade de 29%. Birreflectância e pleocroísmo fracos (observar maclas!) NC: anisotropia forte entre amarelo esverdeado e púrpuro. Extinção oblíqua pelos planos de macla. Não possui reflexões internas. Imagem: a NC+2º, sem filtro e com photoshop, luzonita com maclas. PIRROTITA – FeS ND: cor em tons marrons e amarelos com rosa, semelhante à bornita. Embaça muito rapidamente para marrom. Pleocroísmo fraco a ausente. Refletividade de 37 a 42%, não possui birreflectância. NC: anisotropia forte de amarelo-cinza a verde suave, cinza a azulado. Cor marrom é forte, o azul é mais discreto. Sem reflexões internas. Imagem: a NC, pirrotita (cinza a marrom), arsenopirita (azul e laranja), ganga (reflexões incolores e luminosas).

ILMENITA – FeTiO3

ND: cor cinza-marrom a cinza-castanha, sem pleocroísmo. Refletividade de 19%, com birreflectância fraca (ver limites e maclas!). É um opaco muito comum em muitas rochas magmáticas e metamórficas, junto com a magnetita. NC: anisotropia forte em tons de cinza, uma das cores tem um tom azulado bem definido (observar com NC+2º). Reflexões muito raras. Imagem: a NC, 3 grãos de ilmenita mostrando sua anisotropia típica.

IDAITA - Cu5FeS6

ND: cor vermelho-do-cobre a laranja claro acinzentado, muito semelhante à cor da bornita. Sem pleocroísmo. Refletividade de 31.5%, sem birreflectância. Sempre ocorre como produto lamelar fino de alteração na bornita. Não embaça, ao contrário da bornita. NC: anisotropia muito forte entre azul-verde (turquesa) e marrom avermelhado. Sem reflexões internas.

Sem imagem disponível.

DELAFOSSITA - CuFeO2

ND: branca a rosa-marrom, semelhante a tenorita e enargita. Sem pleocroísmo. Refletividade 19 a 23%, com birreflectância distinta. NC: anisotropia forte entre azulado e cinza. Sem reflexões internas. Associa-se a cobre nativo, tenorita, cuprita e goethita. Imagem: a ND, delafossita (rosa-marrom), cobre nativo (avermelhado), cuprita (azul), goethita (cinza azulado), ganga (cinza escuro). Não é nenhum desses Passo 6

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Tabela 18 Minerais que, a ND, apresentam cores azuis, azuladas, cinza-azuis ou branco-azuis.

COVELLITA – CuS ND: cor azul intensa a violeta suave, com pleocroísmo forte de azul a quase branco. Refletividade de 3 a 19%, com birreflectância forte. NC: anisotropia extremamente forte em cores laranjas intensas, também marrom do cobre. Sem reflexões internas. Formas lamelares típicas, associa-se a outros minerais de cobre. Imagem: a ND, covellita com pleocroísmo entre azul e branco.

PIRARGIRITA – Ag3SbS3 e PROUSTITA – Ag3AsS3

(os dois minerais são praticamente indistinguíveis) ND: cor azul claro a branco cinza, com pleocroísmo forte. O tom azul é bem nítido. Refletividade de 28%, com birreflectância forte. NC: anisotropia forte entre cinza-azul claro a escuro, mascarada pelas reflexões em vermelho-carmim. Maclas são possíveis. Imagem: a ND, pirargirita (azulada) e calcita (cinza escura). CALCOCITA – Cu2S ND: cor cinza-azul ou branca azul, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 30%, sem birreflectância. Muitos sulcos. NC: Muito escura, com anisotropia muito fraca, quase imperceptível. Sem reflexões. Associa-se a outro minerais de Cu, como bornita. Imagem: a ND, calcocita (branca), bornita (rosa) e ganga (escura). DIGENITA – Cu9S5

ND: cor azulada, sem pleocroísmo. Refletividade de 20%, sem birreflectância Muitos sulcos azuis! Embaça rápido para marrom. NC: isótropa e sem reflexões internas. Maclas lamelares possíveis. Associa-se a outros minerais de Cu e pirita. Imagem: a ND, digenita (azul), bornita (rosa), ganga (cinza escuro).

DJURLEITA – Cu31S16

ND: cor cinza azulado, sem pleocroísmo. Refletividade de 28%, sem birreflectância. Muitos sulcos de polimento (Mohs = 2,5-3). NC: anisotropia fraca, nem sempre visível. Observar com NC+2º. Agregados de lamelas finas simulam isotropia. Sem reflexões internas. Facilmente confundida com calcocita, usar outras técnicas! Imagem: a ND, djurleita (azul), bornita (rosa) e calcocita (branca-azul).

CORINDON – Al2O3

ND: cor cinza azulado, sem pleocroísmo. Refletividade de 20 a 24%, com leve birreflectância. Relevo alto! (Mohs = 9). Maclas comuns. NC: anisotropia distinta em tons de cinza. Reflexões azuis claras a escuras. Grande tendência a idiomorfia.

Sem imagem disponível.

CUPRITA – Cu2O ND: cor cinza com forte tom em azul, com pleocroísmo muito fraco. Refletividade de 25%, sem birreflectância. NC: anisotropia anômala distinta em cores esverdeadas, azuladas, violetas (Nic. + 2º). Abundantes reflexões vermelho-sangue. Imagem: a ND, cuprita (azulada) com cobre nativo (avermelhado).

Continua...

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Tabela 18 (continuação) Minerais que, a ND, apresentam cores azuis, azuladas, cinza-azuis ou branco-azuis.

ESFALERITA – ZnS ND: cinza médio claro com um leve tom de azul, sem pleocroísmo. Refletividade baixa (16%), sem birreflectância. NC: isótropo. Quando sem Fe, possui reflexões internas incolores esparsas e pode ser confundida com um mineral isótropo ou pouco anisótropo. Quando com Fe, reflexões internas generalizadas em amarelo a laranja, pode ser vermelho até vermelho profundo, preto. Imagem: a ND, esfalerita (cinza azul), bornita (rosa), calcita (escura).

Não é nenhum desses Passo 4

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Tabela 19

Minerais com fluorescência típica, característica e diagnóstica:

a Azul-claro a branco-azulado sob ondas curtas SCHEELITA

b Branco-creme, amarelo a dourado sob ondas curtas POWELLITA

c Laranja-avermelhado sob ondas longas WURTZITA

d Laranja-claro PHOSGENITA

e Verde intenso sob ondas curtas (pode ser branco a amarelado), fosforescência intensa em verde.

WILLEMITA

Minerais com fluorescência ocasional ou muito rara: Amarelo, laranja e rosa BARITA Amarelo (ondas curtas) ou branco-creme a laranja (ondas curtas) CERUSSITA Amarelo a azul-branco CRIOLITA Amarelo ou laranja sob ondas longas e curtas ANGLESITA Amarelo a laranja APATITA Amarelo, laranja e azul ESFALERITA Amarelo em várias tonalidades MONAZITA Amarelo sob ondas longas PERICLÁSIO Amarelo-manteiga sob ondas longas PIROFILITA Amarelo ou laranja sob ondas curtas e longas PIROMORFITA Amarelo sob ondas longas REALGAR Amarelo-limão claro ou amarelo esverdeado sob ondas curtas TALCO Amarelo escuro a laranja sob ondas curtas e em laranja escuro a vermelho sob ondas longas

WULFENITA

Laranja claro sob ondas longas ENARGITA Verde muito pálido sob ondas longas AMBLIGONITA Verde-forte sob ondas curtas e rosa-fraco sob ondas longas HEMIMORFITA Verde-pálido a azul pálido MAGNESITA Verde-cítrico sob ondas curtas e verde-pálido sob ondas longas OPALA Rosa sob ondas curtas e em amarelo-cinza pálido a verde pálido sob ondas longas

SMITHSONITA

Rosa-carregado profundo sob ondas longas e em branco com um tom verde sob ondas curtas ARAGONITA

Vermelho, azul, verde e amarelo sob ondas curtas CALCITA Vermelho a laranja-vermelho CORÍNDON Violeta-azul e púrpuro sob ondas curtas FELDSPATO Azul-violeta e outras cores sob ondas longas e vermelho escuro sob ondas curtas FLUORITA

Azul claro sob ondas curtas e longas WITHERITA

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PORQUE TRABALHAR COM SEÇÕES POLIDAS?

Entender um minério não é uma tarefa fácil: reconhecer os minerais de minério presentes, os minerais de ganga, as texturas individuais e coletivas. É impossível conseguir isso observando a amostra macroscópica ou com outros métodos analíticos. É ilusão achar que macroscopicamente seja possível entender um minério. E a simples análise de algumas seções polidas do minério pode economizar tempo e dinheiro no beneficiamento do mesmo.

Temos também esse hábito estranho, mas arraigado, de descrever minuciosamente os minerais transparentes de uma rocha através de uma lâmina delgada ao microscópio de Luz Transmitida e ignorar completamente os minerais opacos associados, como se esses fossem substâncias minerais irrelevantes. Impõe-se a confecção de uma seção polida e a análise dos minerais opacos através de um microscópio de Luz Refletida.

Seções polidas são de confecção rápida, fácil e barata. O ideal, naturalmente, é ter um laboratório à disposição com os equipamentos necessários. Mas é absolutamente possível trabalhar sem máquinas, bastam alguns materiais de consumo mais específicos.

Para a produção da seção (da amostra inicial) o ideal é trabalhar com uma serra diamantada. Tenho usado serras com diâmetro de 20 cm, com superfície diamantada contínua. Essas serras são baratas, muito seguras e não machucam o operador. Mas é possível quebrar a amostra com um martelo e escolher um fragmento de 2x3 cm que tenha um lado aproximadamente reto.

O desbaste pode ser realizado com uma máquina apropriada. Na ausência desta, pode ser feito sobre uma cerâmica lisa, mas um vidro qualquer também cumpre a função. Mais difícil é conseguir o abrasivo, de preferência carbeto de silício nas granulometrias 320 e 1000. Adicionalmente podem ser adquiridas, para casos especiais, as granulometrias 500 e 1500. Geralmente é suficiente trabalhar a amostra com 2 abrasivos diferentes. Como regra inicial é suficiente fazer o desbaste por 5 minutos com cada um dos abrasivos. Assim a superfície fica lisa, pronta para o polimento.

O polimento é a etapa que requer materiais especiais. Panos de polimento podem ser adquiridos no Exterior caso o preço nacional seja exorbitante (geralmente é). Pessoalmente, tenho adquirido diretamente no exterior. Os panos vêm para fixação em uma politriz, mas na ausência desse equipamento basta colar o pano em um vidro de 4 mm de espessura no tamanho correto (35 x 35 cm), que qualquer vidraçaria fornece a preços muito acessíveis. Para uso no pano, é necessário um abrasivo muito fino. Tenho usado um abrasivo com 0,3 micra, bem mais caro. Fazendo o polimento manualmente, geralmente é necessário trabalhar por uns 10 minutos para conseguir um polimento razoável. Alguns minerais, como cromita e hematita, exigem o triplo disso.

Com esses materiais de consumo à disposição e um pouco de prática, a seção polida fica pronta em menos de meia hora. É muito mais rápido e fácil que uma lâmina delgada, cuja confecção exige mais equipamentos, mais etapas (colagem e rebaixamento) e muito mais prática do operador.

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Observações ao Microscópio de Luz Refletida

1. Observações a Nicóis Descruzados 1.1 Cor de reflexão: cor que o mineral apresenta a Nicóis Descruzados. Sempre é mais fácil avaliar a cor se há um mineral de cor conhecida próximo do mineral em questão. A galena apresenta o branco padrão da Microscopia de Reflexão. 1.2 Pleocroísmo: mudança da cor ao giro da platina a Nicóis Descruzados. A cada 90º do giro da platina alternam-se a cor A com a cor B. Pode ser forte, moderado, fraco ou ausente. É difícil, às vezes impossível, distinguir pleocroísmo de birreflectância (veja abaixo). Em função disso, muitos autores não fazem distinção entre as duas propriedades. 1.3 Refletividade (ou Poder Refletor): quantidade de luz que o mineral reflete. É expresso em porcentagem, mas a olho desarmado e sem muita prática basta classificar em alto, médio ou baixo (comparar entre minerais e/ou com minerais conhecidos) 1.4 Birreflectância: mudança da refletividade ao giro da platina a Nicóis Descruzados. É uma propriedade de avaliação bem mais difícil e freqüentemente não é possível diferenciar birreflectância de pleocroísmo. Em função disso, muitos autores não fazem distinção entre as duas propriedades. 1.5 Zonações: zonas no mineral com propriedades contrastantes. Podem ser alterações de cor, de refletividade, de birreflectância, presença ou não de inclusões, de porosidade ou outros. São relativamente comuns e, em alguns casos, diagnósticas. 1.6 Clivagens: em função do processo de confecção da seção polida, onde a pasta de polimento impregna as clivagens, são muito raros os minerais que mostram sua clivagem. Mais comuns são os buracos (figuras de arranque) gerados pelo arranque de sólidos de clivagem. Por outro lado, sulcos de polimento são comuns e não devem ser confundidos com clivagem. 1.7 Sulcos de Polimento: trata-se de riscos produzidos durante o processo de confecção da lâmina delgada. São linhas finas, mais ou menos aleatórias e que se estendem por vários minerais adjacentes (o que as distingue de clivagem). Em muitos minerais de dureza baixa é praticamente impossível produzir uma seção sem sulcos de polimento, como em cobre nativo e minerais de prata. Os sulcos complicam as observações ao microscópio e, entre outros, podem simular uma anisotropia no mineral a Nicóis Cruzados. 1.8 Fraturas: são rachaduras no mineral que podem ter alguma importância diagnóstica, mas geralmente são mais importantes devido à possibilidade de conterem minerais de alteração do mineral fraturado. Esses minerais de alteração podem auxiliar na identificação do mineral fraturado. 1.9 Figuras de Arranque: são buracos geométricos (triangulares, aparecem pretos na imagem) produzidos durante o polimento devido ao arranque de pequenos sólidos de clivagem. Só surgem quando o mineral se apresenta em grãos relativamente grandes. As figuras de arranque mais conhecidas são as figuras triangulares da galena, mas muitos outros minerais podem exibir figuras de arranque. Quanto melhor o polimento da seção, menos figuras haverá.

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1.10 Relevo: propriedade que surge quando minerais de durezas contrastantes estão lado a lado. Por exemplo: pirita (Mohs: 6 - 6,5) ao lado de galena (Mohs: 2,5). Trata-se de um relevo real e não de um relevo aparente como na Microscopia de Luz Transmitida. O relevo se expressa por uma borda preta ao redor do mineral de relevo mais alto (preta porque ali a superfície não é perpendicular à luz incidente e não reflete a luz para dentro da objetiva). 1.11 Forma e Hábito dos Cristais: há uma infinidade de formas, hábitos e texturas possíveis. Consultar bibliografia. 1.12 Inclusões: trata-se de grãos minerais ou inclusões fluidas contidas no mineral em análise. Em alguns casos auxiliam na identificação do mineral. Cuidado para não confundir com exsoluções ou intercrescimentos. 1.13 Intercrescimentos: trata-se da mistura de dois minerais por processos como exsolução. São muito comuns e podem ser de vários tipos diferentes. Sua análise é complicada e exige, em alguns casos, conhecimentos detalhados de cristalografia. Hematita, ilmenita, magnetita e esfalerita apresentam grande quantidade de intercrescimentos e exsoluções. 1.14 Dureza: A dureza de um mineral pode ser avaliada pelo relevo que o mineral apresenta em relação aos minerais vizinhos e pela quantidade de sulcos de polimento. Quanto maior o relevo e quanto menos sulcos o mineral exibir, maior sua dureza. 2. Observações a Nicóis Cruzados 2.1 Isotropia e Anisotropia: devem ser conferidas com a intensidade máxima de luz. Minerais isótropos são pretos (extintos) ao giro de 360º da platina. Minerais anisótropos mostram duas cores, que se alternam a cada 90º do giro da platina. Observar vários grãos do mesmo mineral na seção para evitar erros. Sulcos de polimento podem simular anisotropia (na galena, por exemplo). 2.2 Cor de Polarização: é a cor que o mineral apresenta a Nicóis Cruzados quando não está na posição de extinção. A cor precisa ser igual nas 4 posições de 45º, caso contrário os nicóis não estão a 90º um do outro. 2.3 Extinção: é o escurecimento do mineral a 45º da posição de iluminação máxima. Em geral, não é de importância diagnóstica, mas em alguns casos pode auxiliar. A extinção pode ser ondulante, paralela ou oblíqua. 2.4 Maclas: geralmente aparecem melhor descruzando os Nicóis em 2º. Podem ser de 3 tipos e normalmente aparecem como lamelas paralelas. Às vezes lembram clivagem. Alguns minerais sempre têm maclas, como calcopirita e hausmannita. 2.5 Reflexões Internas: são cores que surgem a Nicóis Cruzados. Para sua observação, deve ser usada luminosidade máxima e, em alguns casos, aumento elevado. As reflexões internas são mais diagnósticas que as cores de reflexão.

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Minerais abrangidos pelo Guia:

Acanthita Actinolita Alabandita Ambligonita Anglesita Anidrita Ankerita Antlerita Apatita Arsenopirita Atacamita Augita Azurita Baddeleyita Barita Biotita Bismuto nativo Bornita Bournonita Braunita Breithauptita Brochantita Calcita Calcocita Calcopirita Cassiterita Celadonita Celestina Cerussita Chlorargyrita Cinábrio Clorita Cobaltita Cobre nativo Columbita Coríndon Covellita Criptomelano Crisocola Cromita Cubanita Cuprita Delafossita Digenita Diopsídio Dioptásio Djurleita

Dolomita Enargita Enxofre Epidoto Erythrita Esfalerita Eskutterudita Espodumênio Estannita Estibnita Ferberita Fluorita Franklinita Galena Gersdorffita Gipso Goethita Grafita Granada Hausmannita Hematita Hemimorfita Hollandita Hornblenda Marrom Hornblenda Verde Hübnerita Idaita Ilmenita Jamesonita Lepidocrocita Libethenita Linarita Loellingita Luzonita Magnesita Magnetita Malaquita Manganita Marcassita Maucherita Microclínio Millerita Molibdenita Montebrasita Muscovita Niquelina Olivina

Ortoclásio Ouro Ouropigmento Paratacamita Pentlandita Petalita Pirargirita Pirita Pirolusita Piromorfita Pirrotita Plagioclásios Plancheita Platina nativa Polianita Pollucita Powellita Prata nativa Proustita Pseudomalaquita Quartzo Rammelsbergita Realgar Rhodocrosita Rhodonita Riebeckita Rutilo Safflorita Scheelita Serpentina Siderita Smithsonita Tantalita Tapiolita Tennantita Tenorita Tetraedrita Titanita Todorokita Turmalina Witherita Wolframita Wollastonita Wulfenita Zircão Zincita.