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Guia de Operação, Manutenção e Emergências para Clientes Consumidores Guia de Operação, Manutenção e Emergências para Clientes Consumidores 2 o ª ediçã

Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

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Page 1: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

Guia de Operação,

Manutenção e

Emergências para

Clientes

Consumidores

Guia de Operação,

Manutenção e

Emergências para

Clientes

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Caro Cliente,

A IPIRANGA tem estabelecido programas internos voltados a melhorar seu desempenho em qualidade,proteção ambiental e segurança. A crescente preocupação da sociedade com estas questões representa, ao mesmo tempo, riscos e oportunidadespara a Ipiranga e seus clientes.

Cuidados na operação do ponto de abastecimento são importantes para minimizar os riscos. De forma a orientá-los, a IPIRANGA elaborou este guia, buscando estreitar ainda mais nosso relacionamento e reafirmar nosso compromisso de respeito ao meio ambiente e às pessoas.

Leia este guia, analise suas recomendações e melhore suas práticas operacionais. Com esta visão, todos seremos beneficiados: falhas nos equipamentospoderão ser identificadas com maior rapidez, evitandoacidentes, danos ambientais e perda de produto. Alémdisso, seguir as orientações deste guia poderá ajudá-lona implantação de um sistema de gestão ambiental.

Não esqueça: sua opinião é muito importante para o aperfeiçoamento do nosso trabalho! Portanto, caso tenha alguma sugestão sobre o conteúdo deste guia, envie-a através da REDE IPIRANGA.

Apresentação

Page 3: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

Índice

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274.2) MEDIÇÃO AUTOMÁTICA

3910.1.1) VAZAMENTO EM TANQUES SUBTERRÂNEOS

3910.1) PROTEÇÃO CONTRA VAZAMENTO

3910) EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

389.5) VENTILAÇÃO NAS DEPENDÊNCIAS

379.4) ATERRAMENTO

379.3) ELETRICIDADE ESTÁTICA

369.2) ÁREA CLASSIFICADA PARA LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

369.1) ÁREA DE ABASTECIMENTO

369) SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DO PA

358) LICENCIAMENTO

347.2) ETAPAS NO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

327.1) PRINCIPAIS TIPOS DE RESÍDUOS

327) MANUSEIO DE RESÍDUOS

316) LAVAGEM DE VEÍCULOS

295) TROCA DE ÓLEO / LUBRIFICAÇÃO

284.3) OUTROS DISPOSITIVOS DE MEDIÇÃO

274.1) MEDIÇÃO MANUAL

254) CONTROLE DE ESTOQUE

233) ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

172) CONTROLE DA QUALIDADE

121) RECEBIMENTO DO PRODUTO

INTRODUÇÃO 8

PARTE I - OPERAÇÃO 12

Page 4: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

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Índice

4110.1.5) VAZAMENTO NAS TOMADAS DEPRODUTO (TANQUE SUBTERRÂNEO, BOMBA E FILTRO)

4010.1.4) VAZAMENTO EM TUBULAÇÕES

4010.1.3) VAZAMENTO NA BACIA DE CONTENÇÃO

4010.1.2) VAZAMENTO EM TANQUES AÉREOS

10.1.6) INDÍCIOS DE VAZAMENTOS 41

10.2) PROTEÇÃO CONTRA DERRAMES 42

10.3) PROTEÇÃO CONTRA TRANSBORDAMENTOS 43

PARTE II - MANUTENÇÃO 45

1) SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO DO PA 45

1.1) ESPAÇO CONFINADO 45

1.2) SERVIÇOS A QUENTE 46

1.3) EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 46

1.4) FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS 46

1.5) DERAMES E VAZAMENTOS 46

2) UNIDADES ABASTECEDORES 48

2.1) SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA 48

2.2) SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO CORRETIVA 48

3) SASC OU SAAC - SISTEMA DE ARMAZENAMENTO(SUBTERRÂNEO OU AÉREO) DE COMBUSTÍVEIS

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2.3) ATIVIDADES QUE PODEM SER EXECUTADAS PELO OPERADOR DO PA 49

4) FILTROS PARA ÓLEO DIESEL 52

5) CÂMARAS DE CONTENÇÃO DE TANQUES (NO CASO DE SASC) E DE BOMBAS 53

6) SISTEMA DE DRENAGEM OLEOSA 54

7) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 55

Page 5: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

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Índice

PARTE III - EMERGÊNCIAS 56

1) PCE - PLANO DE CONTROLE DE EMERGÊNCIAS 56

2) INCÊNDIOS 59

2.1) REGRAS BÁSICAS 59

2.2) CLASSES DE INCÊNDIO 59

2.3) EXTINTORES PORTÁTEIS 60

2.3.1) INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO 61

2.3.2) RECARGA 62

2.4) PROCEDIMENTO EM CASO DE INCÊNDIO 62

3) DERRAMES 64

4) INDÍCIOS DE VAPOR DE COMBUSTÍVEL NA VIZINHANÇA 66

5) COLISÃO DE VEÍCULOS NO PA 67

6) PRIMEIROS SOCORROS 68

7) CENTRAL DE EMERGÊNCIAS IPIRANGA 69

Page 6: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

Glossário

Abalroamento - Ato de derrubar a bomba ou filtro, por meio de batidas de veículos ou outros incidentes.

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Área classificada - Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou onde é provável a sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de equipamentos elétricos.

Aterramento - Sistema composto de captor, subsistema de condutores de descida e subsistema de aterramento, destinado a conduzir e a dispersar a corrente proveniente de descargas elétricas de origem atmosférica.

Atmosfera explosiva - Mistura com ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis ou combustíveis na forma de gás, vapor ou névoa, na qual, após ignição, a combustão se propaga.

Borra - Material com aspecto de lama, de cor marrom ou escura, originada pela presença de água, no tanque de armazenamento de óleo diesel. A presença de água, leva ao desenvolvimento e multiplicação de colônias de microorganismos (bactérias, fungos e leveduras) que se alimentam do diesel, gerando borra.

Câmara de calçada - Conjunto formado por aro e tampa, instalado ao nível da pista para proteger e permitir acesso aos equipamentos do SASC.

Câmara de contenção - Também conhecida como sump, é um recipiente estanque, geralmente de material plástico, usado para a contenção de possíveis vazamentos e derrames oriundos das conexões e interligações contidas dentro da câmara. Pode ser instalada na base de bombas e filtros ou junto às conexões de acesso ao tanque.

CEPEL - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica.

CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente.

Condutividade elétrica - Capacidade de conduzir corrente elétrica.

Contingência - Acontecimento fortuito, imprevisível e eventual. É um acontecimento de ocorrência possível, mas incerta.

Derrame - Perda de produto para o ambiente geralmente decorrente de incidentes ocorridos por falhas operacionais na utilização dos equipamentos contendo produto.

Descarga livre - Válvula utilizada junto a conexão de descarga, sem dispositivo de proteção paraevitar que o mangote se solte enquanto haja fluxo de produto.

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Page 7: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

Descarga selada (dispositivo) - Conjunto de equipamentos que permite a operação estanque do descarregamento de combustível e o fechamento do bocal de descarga do tanque.

Eletricidade estática - Eletricidade produzida pelo atrito de uma substância com outra. Um exemplo de eletricidade estática é a produzida pelo atrito de um derivado de petróleo na tubulação. Os derivados de petróleo, por serem maus condutores de eletricidade, quando se atritam com a parede da tubulação geram eletricidade estática e carregam consigo parte desta carga.

EPI - Equipamento de Proteção Individual.

Equipamento à prova de explosão (ou equipamento elétrico para áreas classificadas) - Equipamentoelétrico construído de modo a não causar, sob condições específicas, a ignição da atmosfera ao seu redor.

Espaço confinado - Qualquer área não projetada para ocupação humana que possua ventilação insuficiente para remover contaminantes, bem como a falta de controle da concentração de oxigênio presente no ambiente.

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

Licenciamento Ambiental - Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Líquidos inflamáveis - Líquidos capazes de gerar uma atmosfera explosiva, a temperaturas inferiores a 37,8º C.

NBR - Norma Brasileira. É publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Plano de Controle de Emergências (PCE) - Fornece os procedimentos e ações para uso em caso de emergência, reduzindo ao mínimo o perigo potencial de lesões graves, ao meio ambiente e danos à propriedade. Contempla os procedimentos e ações a serem seguidos nos casos de derramamento,explosão, incêndio e vazamento. Além disso, indica os responsáveis por cada uma das ações recomendadas.

Posto de abastecimento ou Ponto de abastecimento (PA) - É uma instalação que possui equipamentos e sistemas para o armazenamento de combustível automotivo, com registrador de volume apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas; e cujos produtos sejam destinados ao uso do detentor das instalações ou de grupos fechados de pessoas físicas ou jurídicas, previamente identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas, condomínios, clubes ou assemelhados.

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Glossário

Page 8: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

Resíduo - Material inútil, indesejado ou descartado, proveniente de sua utilização por empreendimentos industriais, domésticos, comerciais, entre outros. Inclui materiais de origem sólida,líquida ou gasosa e exigem destinação adequada de acordo com o tipo de classificação definido por normas ou pela legislação ambiental vigente.

SAAC - Sistema de Armazenamento Aéreo de Combustíveis - Conjunto composto de tanques aéreos, tubulações e acessórios, interligados.

SAO ou CSAO - Caixa Separadora de Água e Óleo.

SASC - Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis - Conjunto composto de tanque,tubulações e acessórios, interligados e enterrados.

Transbordamento - Ocorrência de perda de produto para o ambiente quando o tanque é preenchido com produto acima de sua capacidade.

Vazamento - Perda de produto para o ambiente por meio de furos ou fraturas nos equipamentos.

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Glossário

Page 9: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

Introdução

INTRODUÇÃO

1. Objetivo

Este guia tem como objetivo orientar na operação e manutenção dos Postos de Abastecimento,estabelecendo também os procedimentos básicos de qualidade, proteção ambiental e segurança paraestes fins.

O Posto de Abastecimento (PA), segundo a Resolução CONAMA 273, é uma instalação que possui equipamentos e sistemas para o armazenamento de combustível automotivo, com registrador de volume apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas; e cujos produtos sejam destinados ao uso do detentor das instalações ou de grupos fechados de pessoas físicas ou jurídicas, previamente identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas, condomínios, clubes ou assemelhados. Um outro termo que vem sendo utilizado para este tipo de instalação é ponto de

abastecimento, para evitar-se eventual associação aos postos revendedores, que são às vezes referidos como postos de abastecimento. Neste guia será utilizada a nomenclatura Ponto de Abastecimento (PA). Os clientes da IPIRANGA que utilizam-se de PA são chamados de clientes consumidores.

Devido a diferença de perfil dos diferentes clientes consumidores, inerentes ao próprio negócio, os procedimentos aqui descritos são genéricos, de maneira que podem ser aplicados à maioria das instalações existentes. Por isso, os mesmos deverão ser adaptados aos equipamentos e necessidades de cada PA, levando-se em consideração as características e demandas de cada instalação onde serão aplicados. Vale ressaltar que o presente guia não se aplica aos postos flutuantes, que são instalações específicas para o abastecimento de embarcações.

Para facilitar o acesso a cada tema, este guia está dividido em três partes distintas: (I) Operação, (II) Manutenção e (III) Contingências e Emergências. Recomenda-se a leitura de todo o guia paraconhecimento de seu conteúdo. O mesmo também pode ser utilizado para consultas específicas, de acordo com o tema de interesse.

2. Referências normativas

A fabricação, instalação e manutenção de equipamentos de armazenagem e abastecimento de combustíveis são tratadas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, que estabelecenormas específicas para diversos componentes das instalações, além de procedimentos operacionais e parâmetros de desempenho de ensaios e verificações das instalações.Algumas normas aplicáveis a postos de serviço podem servir de fonte de consulta para os PA.

As normas abaixo relacionadas foram consultadas durante a elaboração deste guia, podendo servir de leitura complementar caso haja interesse em aprofundar-se em seus conteúdos. Além disso, como as normas estão constantemente sujeitas à revisões, recomenda-se que sejam verificadas as datas das versões sempre que estas forem utilizadas.

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Page 10: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

NBR 5363 - Equipamentos elétricos em atmosferas explosivas

NBR 10004 - Resíduos sólidos

NBR 12962 - Inspeção manutenção e recarga em extintores de incêndio

NBR 13784 - Detecção de vazamento em postos de serviço

NBR 13787 - Controle de estoque dos sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) nos postos de serviço

NBR 14605 - Posto de serviço - Sistema de drenagem oleosa

NBR 14606 - Postos de serviço - Entrada em espaço confinado

NBR 14639 - Posto de serviço - Instalações elétricas

NBR 17505 - Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis

As normas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - podem ser adquiridas através do telefone (21) 3974-2344 ou (21) 3974-2345 ou do e-mail: [email protected] ou pelo site: www.abnt.org.br.

3. Referências legais

Da mesma forma que as referências normativas, a legislação também serviu de base paraapresentar as informações deste guia. Se o cliente tiver interesse em aprofundar-se em seu conteúdo, poderá consultá-las através de sites oficiais.

Mais uma vez, lembramos que as leis, decretos, portarias e resoluções abaixo relacionadas estavam em vigor no momento da publicação deste guia. Como os mesmos são passíveis de atualizações, recomenda-se verificar sempre se a versão a ser consultada é a mais recente.

A) Leis Federais e Decretos

Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.

Lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998: Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Lei 9.847 de 26 de outubro de 1999: Dispõe sobre a fiscalização das atividades relativas ao abastecimento nacional de combustíveis, de que trata a Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, estabelece sanções administrativas e dá outras providência.

Decreto 1.021 de 27 de dezembro de 1993: Dispõe sobre a fiscalização da distribuição, do armazenamento e do comércio de combustíveis, apuração das infrações e penalidades.

Decreto 99.274 de 6 de junho de 1990: Regulamenta a Lei 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, e dá outras providências.

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Introdução

Page 11: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

Decreto 3.179 de 21 de setembro de 1999: Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

B) Portarias e Resoluções

Resolução CONAMA 237/ 97: Dispõe sobre o Licenciamento Ambiental.

Resolução CONAMA 273/00: Dispõe sobre a localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de postos revendedores, postos de abastecimento, instalações de sistemas retalhistas e postos flutuantes de combustíveis que dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

Resolução CONAMA 357/ 05: Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientaispara o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

Resolução CONAMA 362/05: Estabelece novas diretrizes para o recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado.

C) Normas Regulamentadoras

Normas Regulamentadoras (NR) aprovadas pela Portaria N° 3214 de 08/06/78.

D) Outras referências

Seguem abaixo os sites que disponibilizam as legislações ambientais.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (http://www.mma.gov.br/):A página do Ministério do Meio Ambiente. Também tem um link de acesso às páginas do conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e do Portal Nacional de Licenciamento Ambiental (PNLA).

CONAMA (http://www.mma.gov.br/port/conama/legi.cfm):Simples e direto, o site do CONAMA possui resoluções, portarias, leis, e decretos sobre políticas ambientais. Para facilitar ainda mais a busca, o usuário pode utilizar o sistema de consulta avançada.

PNLA (http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=46):O Portal Nacional de Licenciamento Ambiental (PNLA) tem conteúdo específico sobre o processo de licenciamento. Além de disponibilizar a legislação federal, o portal permite acesso a todos os órgãos ambientais estaduais, facilitando a colações específicas de cada estado. Na maioria dos casos, o licenciamento ambiental está sob responsabilidade do estado, mas eventualmente este processo pode ser assumido pelo município. Informe-se sobre situações específicas junto à secretaria especializada de meio ambiente de seu município ou no próprio órgão estadual de meio ambiente.

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Introdução

Page 12: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

ANP (http://www.anp.gov.br/)Bem informativo, estruturado e atualizado, o site da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis disponibiliza para consulta todas as legislações relacionadas à fabricação, venda, transporte e armazenamento de combustíveis automotivos.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (http://www.presidencia.gov.br):O site da presidência da república contém um link de acesso ao mais completo banco de dados com íntegras da legislação federal. Apesar de conter legislações de todo tipo, é possível efetuar uma busca mais detalhada sobre legislações ambientais.

Nota: Em relação à adequação da instalação para atender as exigências do corpo de bombeiro,deverão ser consultados os Decretos Estaduais desta instituição.

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Introdução

Page 13: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

Operação

PARTE I - OPERAÇÃO

Operar o PA de maneira correta é garantir, dentre outras condições, a segurança dos funcionários que nele trabalham e de sua circunvizinhança, assim como minimizar o risco de contaminação do meio ambiente e suas conseqüências, que muitas vezes podem levar à paralisação da operação e até mesmo ao encerramento das atividades do PA. Portanto, esteja atento às recomendações deste guia e em caso de dúvidas ou necessidade de maiores esclarecimentos, entre em contato com a IPIRANGA.

1) RECEBIMENTO DE PRODUTO

A descarga é o momento mais crítico para um PA, do ponto de vista do risco à segurança e à proteção ambiental. Isto porque durante esta etapa um volume significativo de produto está sendo manuseado a vazões muito superiores às de abastecimento, e eventuais anormalidades podem envolver grandes quantidades de inflamável. Atenção especial deve ser dada ao posicionamento do caminhão, à preparação do local onde será realizada a operação, o acompanhamento permanente do processo e a retirada segura do veículo após o fim da descarga. Tanto para instalações aéreas quanto subterrâneas, deve-se ter atenção especial para evitar-se transbordamento do tanque, a situação de maior risco dentro da operação de descarga.

No caso do PA, o sistema de armazenamento de combustível pode ser subterrâneo (SASC - sistema de armazenamento subterrâneo de combustível) ou aéreo (SAAC - sistema de armazenamento aéreo de combustível), sendo este último mais comum em clientes consumidores. O SAAC pode ser tanto com tanque horizontal quanto com tanque vertical. Dependendo do tipo de sistema de armazenamento é necessário um sistema de bombeamento, que pode ser do próprio caminhão-tanque ou da instalação. A seguir será descrito o procedimento recomendado para uma correta descarga do caminhão-tanque:

Antes da entrega do combustível, o responsável pelo recebimento do caminhão-tanque deve assegurar que nenhum veículo ou equipamento esteja posicionado na área onde o caminhão-tanque e os mangotes de descarga ficarão localizados;

O motorista do caminhão-tanque deve estar utilizando, de maneira correta, os Equipamentos de Proteção Individual (EPI's) recomendados: calçado de segurança, uniforme de tecido natural (normalmente algodão), luvas de PVC ou nitrílica, óculos de segurança e capacete de segurança;

� O motorista deve estacionar o caminhão-tanque de modo que possa ser retirado rapidamente em caso de emergência, sem a necessidade de manobras bruscas ou marcha à ré. Além disso, o posicionamento do caminhão não deve interferir no movimento de outros veículos na área entorno do PA, nem comprometer a segurança dos funcionários da empresa;

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Page 14: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

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� Antes de iniciar a operação de descarga, o motorista deve:

� Desligar todo o caminhão (motor, parte elétrica, chave geral e rádio);

� Garantir a inexistência de quaisquer fontes de ignição no local num raio de 3 metros do ponto de descarga (por exemplo: equipamentos elétricos não especificados para áreas classificadas geladeiras, freezer, etc) e providenciar que as mesmas sejam desligadas;

� Isolar a área de descarga com cones de sinalização de tráfego ou outras barreiras apropriadas, para impedir que outros veículos ou pedestres passem nesta área;

� Posicionar estrategicamente as placas "NÃO FUME" e "PERIGO! AFASTE-SE", a fim de que permaneçam visíveis durante toda a operação;

� Posicionar extintores de incêndio na área de descarga, estando facilmente acessíveis e disponíveis durante toda a operação;

� Efetuar a equalização de potencial elétrico do caminhão-tanque, para escoamento da eletricidade estática, conectando o cabo terra primeiro ao ponto de descarga de combustível do tanque ou a um ponto de aterramento indicado na instalação, e depois, ao caminhão-tanque. Enfatizando: a ordem da ligação do cabo terra deverá ser sempre primeiro no tanque, depois no caminhão-tanque;

� No caso do sistema de armazenamento ser um tanque subterrâneo e a descarga ser selada, acoplar o cachimbo da mangueira do caminhão-tanque (também chamado de joelho ou canhão) ao bocal do tanque subterrâneo. Caso a mangueira do caminhão-tanque não possua cachimbo, ou o tanque não possua adaptador para descarga selada, deve-se efetuar descarga livre, utilizando a lona protetora sobre a câmara de descarga. É importanteque a tampa do compartimento de carga do caminhão-tanque em uso esteja aberta durante todo o procedimento de descarga, devendo as demais permanecerem fechadas;

� Já no caso do sistema de armazenamento ser um tanque aéreo, existem duas possibilidades:

� Descarga selada: a ponta do mangote deverá ser acoplada no bocal de descarga do tanque;

� Descarga (livre), efetuada através do bocal da parte de cima do tanque: a ponta do mangote deverá estar encostada no fundo do tanque, de forma a evitarturbilhonamento de produto (geração de eletricidade estática) e emissão de vapores para a atmosfera.

Operação

Page 15: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

� Sempre conectar primeiramente o mangote ao bocal de descarga do tanque de armazenamento e em seguida ao caminhão-tanque;

Antes de iniciar a operação de descarga, o responsável pelo recebimento do caminhão-tanquedeverá:

� Solicitar ao motorista a nota fiscal e conferir seus dados;

� Subir no tanque do caminhão utilizando calçado apropriado (sem pregos ou partesmetálicas, para não causar faíscas), de forma a certificar-se de que as escotilhas e válvulas de saída estão lacradas. Observar a numeração dos lacres, que deve ser a mesma da notafiscal;

� Verificar se o produto se encontra na seta;

� Efetuar a drenagem dos compartimentos do caminhão-tanque abrindo primeiramente a válvula do fecho rápido e na seqüência, com auxílio do motorista, abrir lentamente a válvula de fundo do compartimento. Retirar no máximo 20 litros direcionado em um balde de alumínio (não pode ser de plástico) devidamente aterrado, de forma a se visualizar a existência d'água ou impurezas. Após coletado, este combustível deverá ser devolvido ao caminhão pela boca de enchimento, descartando-se as eventuais impurezas;

� Retirar amostra para realizar as análises de controle de qualidade do produto (verificar item 2 da Parte I deste Guia). Estas amostras deverão ser coletadas pela parte superior do caminhão-tanque. Dessa maneira, será garantida uma amostragem mais representativa do volume que será recebido;

� Medir o nível de produto no tanque de armazenamento do PA que receberá o produto antes de iniciar a descarga. Não autorizar o início da descarga se o espaço disponível no tanquefor menor que a quantidade a ser entregue. Caso exista um sistema de medição automática, fazer a leitura na presença do motorista;

� Indicar ao motorista o ponto de descarga referente ao tanque para cada produto a ser recebido, de forma a evitar a contaminação entre combustíveis diferentes. Deve-se manter os pontos de descarga de produto com as identificações dos produtos ali armazenados;

� Fechar as tampas da boca de medição e assegurar-se de que todas as aberturas do tanqueque não serão utilizadas na descarga estejam hermeticamente fechadas ou cobertas, exceto o respiro que deverá estar sempre aberto;

� Interromper o abastecimento de veículos nas bombas interligadas ao tanque de armazenamento que estiver recebendo produto;

� Definir quais tanques serão utilizados e verificar se as válvulas estão alinhadas de forma correta;

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Operação

Page 16: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

� Verificar se as atividades de responsabilidade do motorista estão sendo efetuadas corretamente;

Durante a descarga, o motorista deverá:

� Realizar a descarga do produto em um tanque de recebimento por vez; em hipótese alguma deve haver descarga simultânea de produtos em tanques distintos, mesmo que a instalaçãopossua dispositivo de descarga selada;

� Acompanhar toda a operação de descarga, não se afastando das válvulas de fluxo do caminhão-tanque;

� No caso de descarga remota, jamais abra a boca de descarga local para facilitar a descarga ou acompanhá-la no tanque, a mesma deve ser mantida sempre fechada;

O motorista deverá interromper a descarga de combustível imediatamente nos seguintes casos:

� Vazamento na conexão da mangueira do caminhão-tanque ou no dispositivo de descarga selada;

� Ser ejetado combustível líquido pela extremidade do respiro;

� Transbordamento de combustível pela unidade de filtragem, quando existir;

� Transbordamento de combustível pelo eliminador de ar da unidade abastecedora;.

� Transbordamento de combustível pela boca de descarga local, quando a descarga estiver sendo efetuada pelo bocal de descarga remota;

� Tempestade;

� Qualquer situação anormal que comprometa a segurança da operação, como princípios de incêndio nas proximidades do local de descarga.

� Fechar a válvula do caminhão-tanque;

� Desconectar o mangote primeiramente no caminhão-tanque. Escorrer o combustível remanescente no interior do mangote para o ponto de descarga, com cuidado para evitarderrames. Em seguida, desconectar o mangote do tanque de armazenamento e fechar a boca de descarga do tanque;

� Desconectar o cabo terra primeiramente no caminhão-tanque e em seguida no ponto de descarga do tanque de armazenamento;

� Terminada a descarga, o motorista deverá:

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Operação

Page 17: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

� Assegurar-se de que as tampas das aberturas de enchimento e medição tenham sido devidamente recolocadas nos respectivos tanques;

� Assegurar-se de que o compartimento do caminhão-tanque descarregado tenha sido totalmente esvaziado. O balde que receberá o produto drenado deve estar interligado ao caminhão-tanque pelo cabo terra. A amostra que foi retirada para análise do produto, no início da operação deve ser devolvida ao mesmo balde;

� Panos ou mantas utilizados na descarga, contaminados com produto, são considerados resíduos sólidos e devem ser descartados adequadamente.

As situações anormais durante a descarga devem ser atendidas de acordo com o Plano de Controle de Emergência - PCE (Parte III deste guia).

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Operação

Page 18: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

2) CONTROLE DE QUALIDADE

� A IPIRANGA recomenda que a descarga deverá ser procedida de uma coleta de amostra paracontrole da qualidade do produto;

� A coleta da amostra do produto deverá ser efetuada pela boca superior do caminhão-tanque, garantindo assim uma amostra mais representativa do volume que está sendo recebido;

As amostras coletadas para análise deverão contemplar as seguintes características:

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� Aspecto e cor;

� Massa específica à 20ºC ou massa específica e temperatura da amostra;

� Teor de álcool

� Aspecto e cor;

� Massa específica à 20ºC ou massa específica e temperatura da amostra;

� Teor de álcool

G A S O L I N A

� Aspecto e cor;

� Massa específica à 20ºC

� Teor de alcoólico

� Aspecto e cor;

� Massa específica à 20ºC

� Teor de alcoólico

ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADOCOMBUSTÍVEL (AEHC)

ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADOCOMBUSTÍVEL (AEHC)

� Aspecto e cor;

� Massa específica à 20ºC oumassa específica e temperatura da amostra.

� Aspecto e cor;

� Massa específica à 20ºC oumassa específica e temperatura da amostra.

D I E S E L

Operação

Page 19: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

� Procedimentos para análise

A) Aspecto e cor - Gasolina e óleo diesel

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M A T E R I A L

� Proveta de 1000ml, limpa e seca.� Proveta de 1000ml, limpa e seca.

P R O C E D I M E N T O

� Lavar a proveta com parte da amostra, despejar no balde de drenagem e encher novamente com a amostra;

� Fazer a verificação visual do aspecto quanto à coloração e à presença de impurezas.

� Lavar a proveta com parte da amostra, despejar no balde de drenagem e encher novamente com a amostra;

� Fazer a verificação visual do aspecto quanto à coloração e à presença de impurezas.

R E S U L T A D O S

Expressar os resultados dos aspectos observados da seguinte forma:

A) Límpido e isento de impurezas;

B) Límpido e com impurezas;

C) Turvo e isento de impurezas;

D) Turvo e com impurezas;

Expressar a cor visual (por exemplo, amarelo, castanho, etc...)

Expressar os resultados dos aspectos observados da seguinte forma:

A) Límpido e isento de impurezas;

B) Límpido e com impurezas;

C) Turvo e isento de impurezas;

D) Turvo e com impurezas;

Expressar a cor visual (por exemplo, amarelo, castanho, etc...)

Produto Cor

Gasolina Original "C''...............................................................Incolor a amarelo

Gasolina F1 Master...................................................................................Verde

Gasolina F1 Master Premium................................................................Amarelo

Óleo diesel metropolitano.......................................................Incolor a castanho

Óleo diesel interior...............................................................................Vermelho

Álcool Etilico Hidratado Combustível (AEHC)...........................................Incolor

Produto Cor

Gasolina Original "C''...............................................................Incolor a amarelo

Gasolina F1 Master...................................................................................Verde

Gasolina F1 Master Premium................................................................Amarelo

Óleo diesel metropolitano.......................................................Incolor a castanho

Óleo diesel interior...............................................................................Vermelho

Álcool Etilico Hidratado Combustível (AEHC)...........................................Incolor

Operação

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oB) Massa específica a 20 C - Gasolina e óleo diesel

C) Teor de Álcool na Gasolina

19

M A T E R I A LM A T E R I A L

Proveta de vidro de 1000 ml;

Densímetro de vidro para derivados de petróleo, escala 0,700-0,750 g/ml; 0,750-0,800 g/ml para gasolina 'C' e 0,800-0,850 g/ml e 0,800-0,900g /ml para Óleo Diesel com subdivisões de 0,005 g/ml.

Termômetro de imersão total, escala de -20°C à +102°C, precisão de 0,2°C (tipo ASTM 12C);

Tabela e correção das densidades e dos volumes para os derivados de petróleo.

Proveta de vidro de 1000 ml;

Densímetro de vidro para derivados de petróleo, escala 0,700-0,750 g/ml; 0,750-0,800 g/ml para gasolina 'C' e 0,800-0,850 g/ml e 0,800-0,900g /ml para Óleo Diesel com subdivisões de 0,005 g/ml.

Termômetro de imersão total, escala de -20°C à +102°C, precisão de 0,2°C (tipo ASTM 12C);

Tabela e correção das densidades e dos volumes para os derivados de petróleo.

M A T E R I A LM A T E R I A L

Proveta de vidro de 100 ml graduada em subdivisões de 1 ml com boca esmerilhada e tampa. Proveta de vidro de 100 ml graduada em subdivisões de 1 ml com boca esmerilhada e tampa.

V A R I A Ç Ã O D A D E N S I D A D E V A R I A Ç Ã O D A D E N S I D A D E

Gasolina Original, F1 Master, F1 Master premium (referência).......0,700 a 0,780

Óleo Diesel de interior .....................................................................0,820 a 0,880

Óleo Diesel metropolitano ...............................................................0,820 a 0,865

Gasolina Original, F1 Master, F1 Master premium (referência).......0,700 a 0,780

Óleo Diesel de interior .....................................................................0,820 a 0,880

Óleo Diesel metropolitano ...............................................................0,820 a 0,865

P R O C E D I M E N T O

�Lavar a proveta com parte da amostra, despejar no balde de drenagem e encher novamente com a amostra;

�Introduzir o termômetro;

�Imergir o densímetro limpo e seco de forma que flutue livremente sem tocar o fundo e as paredes da proveta;

�Aguardar alguns minutos para que o densímetro alcance a estabilidade térmica e a posição de equilíbrio;

�Proceder as leituras da massa específica e da temperatura da amostra e anotar.

Lavar a proveta com parte da amostra, despejar no balde de drenagem e encher novamente com a amostra;

Introduzir o termômetro;

Imergir o densímetro limpo e seco de forma que flutue livremente sem tocar o fundo e as paredes da proveta;

Aguardar alguns minutos para que o densímetro alcance a estabilidade térmica e a posição de equilíbrio;

Proceder as leituras da massa específica e da temperatura da amostra e anotar.

Operação

Page 21: Guia de Operação, Manutencao e Emergencias Para Combustiveis

NOTA: Os volumes 50 e 100 ml deverão ser ajustados pelo menisco² inferior.

D) Aspecto e Cor - Álcool Etílico Hidratado Combustível (AEHC)

20

R E A G E N T E

Solução aquosa de cloreto de sódio a 10% p/v (100g de sal para cada litro de água) Solução aquosa de cloreto de sódio a 10% p/v (100g de sal para cada litro de água)

P R O C E D I M E N T O

Colocar 50 ml da amostra na proveta previamente limpa, desengordurada e seca;

Adicionar a solução de cloreto de sódio até completar o volume de 100 ml;

Misturar as camadas de água e amostra através de 10 inversões sucessivas da proveta, evitando agitação enérgica;

Deixar em repouso por 15 minutos a fim de permitir a separação completa das duas camadas;

Anotar o aumento da camada aquosa em mililitros;

Descartar adequadamente¹ a amostra.

Colocar 50 ml da amostra na proveta previamente limpa, desengordurada e seca;

Adicionar a solução de cloreto de sódio até completar o volume de 100 ml;

Misturar as camadas de água e amostra através de 10 inversões sucessivas da proveta, evitando agitação enérgica;

Deixar em repouso por 15 minutos a fim de permitir a separação completa das duas camadas;

Anotar o aumento da camada aquosa em mililitros;

Descartar adequadamente¹ a amostra.

C Á L C U L O E R E S U L T A D O

V=(A x 2) + 1, onde:

V = Teor de álcool (AEAC) na gasolina, e

A = aumento em volume da camada aquosa (álcool e água)

V=(A x 2) + 1, onde:

V = Teor de álcool (AEAC) na gasolina, e

A = aumento em volume da camada aquosa (álcool e água)

M A T E R I A L

Proveta de vidro de 1000 ml limpa e seca. Proveta de vidro de 1000 ml limpa e seca.

¹ Enviar o resíduo para disposição final em local adequado de acordo com sua classificação, definida segundo normas elegislações vigentes.² Interface entre a solução aquosa e a gasolina.

¹ Enviar o resíduo para disposição final em local adequado de acordo com sua classificação, definida segundo normas elegislações vigentes.² Interface entre a solução aquosa e a gasolina.

Operação

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21

oE) Massa específica a 20 C e teor alcoólico no AEHC

P R O C E D I M E N T OP R O C E D I M E N T O

Lavar a proveta com parte da amostra, despejar no balde de drenagem e encher novamente com a amostra;

Fazer a verificação visual da aparência quanto ao aspecto e a presença de material em suspensão.

Lavar a proveta com parte da amostra, despejar no balde de drenagem e encher novamente com a amostra;

Fazer a verificação visual da aparência quanto ao aspecto e a presença de material em suspensão.

R E S U L T A D O SR E S U L T A D O S

Expressar os resultados dos aspectos observados da seguinte forma:

A) Límpido e isento de material em suspensão;

B) Límpido e com material em suspensão;

C) Turvo e isento de material em suspensão;

D) Turvo e com material em suspensão;

Expressar a cor visual

Produto Cor

Álcool hidratado..................................Incolor

Expressar os resultados dos aspectos observados da seguinte forma:

A) Límpido e isento de material em suspensão;

B) Límpido e com material em suspensão;

C) Turvo e isento de material em suspensão;

D) Turvo e com material em suspensão;

Expressar a cor visual

Produto Cor

Álcool hidratado..................................Incolor

M A T E R I A LM A T E R I A L

Proveta de 1000ml;

Densímetro de vidro, escala 0,750 - 0,80g/ml e 0,800 - 0,850g/ml, subdivisões de 0,0005g/ml;

Termômetro de imersão total, escala de -5°C, precisão de 0,5°C.

Proveta de 1000ml;

Densímetro de vidro, escala 0,750 - 0,80g/ml e 0,800 - 0,850g/ml, subdivisões de 0,0005g/ml;

Termômetro de imersão total, escala de -5°C, precisão de 0,5°C.

Operação

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22

oOBS.: De acordo com a portaria N 36/2005 da ANP, no caso do álcool hidratado o teor alcoólico mínimo o oé de 92,6 INPM e máximo é de 94,7 INPM.

P R O C E D I M E N T OP R O C E D I M E N T O

Lavar a proveta com parte da amostra, despejar no balde de drenagem e encher novamente com a amostra;

Introduzir o termômetro;

Imergir o densímetro limpo e seco de tal forma que flutue livremente sem tocar o fundo e as paredes da proveta;

Aguardar alguns minutos para que se estabeleça a estabilidade térmica do conjunto e a posição de equilíbrio do densímetro;

Proceder às leituras do densímetro e da temperatura da amostra e anotar.

Lavar a proveta com parte da amostra, despejar no balde de drenagem e encher novamente com a amostra;

Introduzir o termômetro;

Imergir o densímetro limpo e seco de tal forma que flutue livremente sem tocar o fundo e as paredes da proveta;

Aguardar alguns minutos para que se estabeleça a estabilidade térmica do conjunto e a posição de equilíbrio do densímetro;

Proceder às leituras do densímetro e da temperatura da amostra e anotar.

C Á L C U L O

Com auxílio da tabela de conversão de massa específica e volume de misturas de álcool etílico e água, e de acordo com a temperatura da amostra, encontrar a massa

oespecífica a 20°C e o correspondente teor alcoólico em graus ( ) INPM.

Com auxílio da tabela de conversão de massa específica e volume de misturas de álcool etílico e água, e de acordo com a temperatura da amostra, encontrar a massa específica a 20°C e o correspondente teor alcoólico em graus ( ) INPM.o

E X E M P L O

oTemperatura da amostra..................................................26,5 C

Densidade da amostra.............................................................0,8035oTeor alcoólico conforme tabela..........................................93,3 INPM

oTemperatura da amostra..................................................26,5 C

Densidade da amostra.............................................................0,8035

Teor alcoólico conforme tabela..........................................93,3 INPMo

Operação

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3) ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

O abastecimento de veículos no PA é uma atividade simples, mas por envolver o manuseio de produtos inflamáveis e potencialmente poluidores deve ser efetuado adequadamente e com cuidados especiais, de forma a garantir a segurança dos funcionários da empresa e evitar danos ao meio ambiente, às instalações e aos equipamentos do PA.

A operação de abastecimento somente deve ser iniciada quando:

O responsável pela operação do PA definir quais tanques e bombas serão usados. Após estadefinição, verificar se as válvulas estão alinhadas de forma correta e confirmar se no quadro elétrico está armada a bomba que será usada. Recomenda-se alternar o funcionamento das bombas;

O motor do veículo estiver desligado e o veículo travado, engrenado ou com o freio-de-mão puxado.Fazendo isso, reduz-se significativamente o risco de movimentação acidental do veículo, derramamento e ignição de vapores combustíveis;

Não existirem pessoas fumando nas áreas de abastecimento ou no interior do veículo;

Não existirem equipamentos elétricos, eletro-eletrônicos ou eletromagnéticos (como telefones celulares, por exemplo) ligados não apropriados para utilização em áreas com atmosfera explosiva.

Para iniciar o abastecimento, o responsável pela atividade deve:

Acionar manualmente os teclados da unidade, no caso de uma unidade abastecedora eletrônica,nunca utilizando canetas ou outros objetos;

Operar manualmente a alavanca de acionamento da unidade abastecedora mecânica, nunca utilizando o bico de abastecimento ou outros objetos;

Retirar do suporte da unidade abastecedora o bico de abastecimento, mantendo-o na posição vertical durante seu transporte até o veículo para evitar respingos;

Manter a mangueira estendida evitando a formação de laços, não tracionando-a e nem torcendo-a excessivamente. No caso de formação de laços, não esticar a mangueira, pois isso poderá danificá-la;

Inserir firmemente o bico de abastecimento no bocal do tanquedo veículo.

Operação

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Durante o abastecimento, o responsável pela atividade deve:

� Manter o contato entre o bico de abastecimento e o bocal do tanque do veículo até que o abastecimento seja concluído;

� Permanecer na área de abastecimento podendo realizar outras tarefas inerentes a atividade, quando o abastecimento for efetuado através de bico automático;

Efetuar a operação de maneira contínua quando o abastecimento for efetuado através de bico automático;

Interromper imediatamente a operação em caso de pequenos derramamentos, iniciando prontamente a remoção do produto derramado, sem jogar água: usar material absorvente, que deve ser armazenado para posterior descarte;

Ficar em posição lateral em relação ao bocal do tanque do veículo, a montante do bocal e de costaspara o vento;

Não usar funil ou outro recipiente auxiliar para o abastecimento, pois o risco de derrame é maior e, conseqüentemente, o risco de incêndio;

Não controlar o enchimento colocando o olho ou o ouvido próximos ao bocal do tanque;

Escorrer todo o produto remanescente no bico para o tanque do veículo;

Não preencher o tanque até a boca, para evitar transbordamento. Caso a unidade abastecedora possua bico automático, parar o seu abastecimento quando ocorrer o desarme;

O abastecimento de motocicletas ou outros veículos de pequeno porte deve ser realizado cuidadosamente e com a vazão lenta da unidade abastecedora, diretamente no tanque do veículo, sem auxílio de funil ou outro recipiente auxiliar.

Após o abastecimento, o responsável pela atividade deve:

Destravar o bico de abastecimento, caso ainda esteja acionado;

Retirar o bico de abastecimento do bocal do veículo, mantendo a ponteira do bico para cima;

Desligar a unidade abastecedora recolocando o bico de abastecimento no suporte da unidade e tampar o tanque que foi abastecido. A demora em retirar o bico do tanque do veículo pode provocar derramamento ou dano, caso o veículo saia com o bico ainda no tubo de alimentação;

Não guardar o bico com o gatilho travado.

Operação

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4) CONTROLE DE ESTOQUE

O controle diário de estoque é uma atividade de fundamental importância tanto para o controle da entrada, saída e furto de produto, quanto para a prevenção de vazamentos em tanques e /ou linhas.

O controle de estoque é a primeira e a mais importante ferramenta para a proteção ambiental em

Pa’s. Sendo assim, o mesmo deve ser executado de forma eficiente, sendo necessário atentar para o

perfeito processo de medição dos tanques, a execução de cálculos precisos e revisados, assim como,

para o correto e organizado registro dos dados obtidos.

Portanto, é aconselhável que os procedimentos abaixo descritos sejam seguidos para que se possa garantir um resultado confiável.

A medição do tanque pode ser feito através de:

� Régua (em SASC ou SAAC);

� Trena (em SAAC);

� Visor de nível por bóia (em SAAC);

� Visor de nível por mangueira (em SAAC);

� Medidor tipo pêndulo (em SAAC);

� Sistema eletrônico de medição (em SASC ou SAAC).

Sempre que possível, efetuar a medição com a régua, visto que possui maior precisão (em milímetros) quando comparada aos demais dispositivos de medição não-eletrônicos;

O responsável pela medição deve estar devidamente treinado e capacitado para evitar erros de manuseio ou leitura do dispositivo de medição, de uso da tabela de arqueação ou do sistema eletrônico de medição do volume;

As medições devem ser realizadas diariamente, no início e no fim do dia, e após a descarga de combustíveis nos tanques. Aconselha-se efetuar as medições sempre nos mesmos horários paraevitar diferenças relativas a variações de temperatura;

O cliente que possuir compartimento do filtro aéreo deverá efetuar medição para controle do estoque sempre com ele cheio ou com ele vazio. Adotar sempre o mesmo padrão, para evitar erros pelo volume contido no reservatório do filtro;

Aferições feitas nas bombas e outras movimentações de combustíveis (ajustes), que intervenham no processo normal do PA (como transferência de produto entre tanques), devem ser devidamente acompanhadas, e aconselha-se que também sejam anotadas para melhor controle;

Sistema eletrônico de medição

Visor de nível por mangueira

Operação

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Atenção para os tanques com mais de um bico, para que considerem a soma dos mesmos para o cálculo em questão;

Caso haja alguma troca ou manutenção de encerrante, também deve-se considerar com atenção esse dado, aconselhando-se também seu registro para melhor controle.

O abastecimento nas unidades ligadas ao tanque a ser medido deve ser interrompido durante a operação de medição;

É normal que haja variação no controle de movimentação de combustíveis, devido às variações de temperatura e evaporação de produto. A tolerância prevista é de 0,6 % de variação diária de volume para cada tipo de produto;

As variações acumuladas de estoque acima de 0,6% devem ser investigadas. Variações paramenos podem indicar vazamento, variações para mais podem indicar entrada de água no tanque de armazenagem. Caso não seja identificada a causa, deve ser executado um teste de estanqueidadeno sistema de armazenamento de combustível. Neste caso, entre em contato com a IPIRANGApara análise detalhada;

Uma contaminação ambiental agrava-se pelo acúmulo de combustível no solo e/ou água subterrânea. Quanto maior a quantidade vazada, maior a alteração no estoque. Portanto, realizando-se um controle de estoque eficiente pode-se identificar vazamentos ainda em fase inicial, prevenindo-se o surgimento de passivos ambientais;

Para um melhor acompanhamento, as perdas ou sobras devem ser registradas, pois isto possibilitaanálises contínuas das variações diárias e acumuladas no mês, de cada tanque ou sistema;

As variações diárias de estoque devem ser usadas nas avaliações da estanqueidade do sistema de armazenamento de combustível.

Nota: seja no SASC ou no SAAC, efetuar periodicamente a drenagem do fundo do tanque de forma a remover impurezas que possam vir a se sedimentar, assim como a possível presença de água, principalmente quando o produto for óleo diesel. No SASC deverá ser utilizada uma bomba de drenagem.

ATENÇÃO

A Cia. disponibiliza através do Portal IPIRANGA um Sistema de Controle Ambiental de Estoque (SCAE), que tem como finalidade auxiliar no monitoramento do estoque dos combustíveis, fornecendo subsídios para a avaliação de perdas ou sobras, visando a detecção de possíveis indícios de não estanqueidade no SAAC ou SASC. Estes indícios servirão de alerta para uma investigação mais profunda do problema.

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Operação

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4.1) MEDIÇÃO MANUAL

A medição manual pode ser realizada através de régua (no caso de SASC ou SAAC) ou trena (no caso de SAAC). Para realização da medição manual dos tanques do PA as condições e procedimentos abaixo devem ser atendidos:

A medição manual é realizada através de régua/ trena específica. Esta deve possuir escala legível e em relevo, iniciando pelo zero e com marcações em metros, centímetros e milímetros. É importante observar também se a mesma possui certificado de aferição do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) válido;

As tabelas de arqueação devem ser fornecidas pelo fabricante ou elaboradas por um técnico qualificado. Cada tanque deve possuir sua própria tabela;

O operador deve atentar freqüentemente para a integridade da régua/ trena: a cada três meses deve-se observar se a extremidade da régua/ trena (aquela que toca o fundo do tanque) não apresenta desgaste, pois isso pode ocasionar erros de leitura. É importante verificar a recomendação do fabricante de prazo para troca da régua/ trena;

Observar a altura aproximada de produto através da régua/ trena ou do registro de estoque e aplicar a pasta de produto nesta altura;

Deve-se aplicar uma fina camada de pasta para água na face da extremidade da régua/ trena (a que toca o fundo do tanque) para que se possa detectar a existência de água no interior do tanque;

Descer a régua/ trena lentamente pelo bocal até sentir seu toque na mesa de medição, mantendo-a nesta posição por alguns segundos, sem oscilar;

Recolher a régua/ trena e anotar a altura de produto e de água, caso exista;

Repetir a medição até que se obtenham duas leituras consecutivas coincidentes;

As medidas obtidas com a régua/ trena devem ser convertidas através de tabela de arqueação própria, que deve permitir a conversão direta da medida encontrada na régua/ trena para volume de combustível existente no tanque.

4.2) MEDIÇÃO AUTOMÁTICA

A medição do volume de um tanque também pode ser feita de maneira automática, através de aparelhos eletrônicos apropriados. Neste caso, deve-se atentar para o uso correto do equipamento.Periodicamente, por ocasião da medição do tanque para verificar o correto funcionamento do sistema de medição eletrônica, através da comparação entre o volume físico e o medido pelos equipamentos,recomenda-se utilizar pasta d'água na extremidade do prumo da régua/ trena, para certificar-se da não presença de água no interior do tanque.

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Operação

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4.3) OUTROS DISPOSITIVOS DE MEDIÇÃO

Outros equipamentos de medição utilizados são: medidor tipo pêndulo, visor de nível por bóia ou por mangueira.

No caso do medidor tipo pêndulo, visualizar o nível de combustível no tanque através da altura do pêndulo na régua externa ao tanque. No visor de nível por bóia, a leitura do nível de combustível é efetuada no visor (ou indicador de nível). Já no visor de nível por mangueira, o nível de combustível é determinado pela altura do líquido na régua externa ao tanque. Este último dispositivo de medição merece especial cuidado, devido ao risco de vazamento ou furto de combustível através da mangueira.

Em todos esses equipamentos, a determinação do volume de combustível no tanque é efetuada com a entrada do nível de combustível na tabela de arqueação do tanque. Essas tabelas devem ser fornecidas pelo fabricante ou elaboradas por um técnico qualificado. Cada tanque deve possuir sua própria tabela.

Operação

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5) TROCA DE ÓLEO / LUBRIFICAÇÃO

Na atividade de troca de óleo, diante da crescente preocupação ambiental, muito cuidado deverá ser tomado, principalmente em relação ao descarte de óleo usado. Sendo assim, as orientações abaixo devem ser seguidas:

Em relação ao óleo usado

A troca de óleo deve ser realizada em local com pista impermeável e cercada por canaletes que encaminhem os possíveis resíduos oleosos à CSAO, preferencialmente em área coberta. No caso da instalação possuir valetas para a troca, o sistema de drenagem também deverá estar interligada à CSAO;

O procedimento de recolhimento e destinação do óleo lubrificante usado deve seguir a Resolução CONAMA 362 , que determina que o armazenamento seja feito adequadamente e o produto usado seja encaminhado para rerrefino. Caso exista uma legislação estadual mais restritiva, que disponha sobre a coleta, manuseio e disposição desse resíduo, esta deverá ser cumprida. A empresa de coleta deverá estar cadastrada na ANP;

Armazenar temporariamente, até o descarte final, todos os resíduos oleosos líquidos e lubrificantes utilizados. Este armazenamento do resíduo oleoso normalmente é efetuado em tambores ou em tanques aéreos ou subterrâneos. É recomendável que o armazenamento em tambores ou tanquesaéreos seja feito sobre área impermeável, segregada e coberta. Caso seja utilizado tanquesubterrâneo, deverá ser monitorada diariamente a variação de nível do tanque;

Manusear o óleo usado de forma apropriada, preferencialmente drenando-o diretamente através de um sistema fechado de tubos que leve-o a um tanque ou container adequado para óleo usado. Caso seja usada uma bandeja para drenagem de óleo, essa bandeja deve ser prontamente esvaziada no recipiente de óleo usado;

Verificar regularmente o nível de óleo queimado no dispositivo de armazenagem e a integridade do sistema de armazenamento, realizando o manuseio dos resíduos segundo orientações do item 7 da Parte I deste guia;

Em relação às embalagens e demais resíduos

As embalagens de óleo (tambores/ embalagens) devem ser dispostas conforme regulamentaçãoespecifica, sendo preferencialmente encaminhadas para reciclagem após serem drenadas. Para que a drenagem seja completa, a embalagem deve permanecer emborcada sem a tampa sobre o reservatório que receberá o óleo remanescente. Depois de drenadas, as embalagens devem ser enviadas com a tampa bem fechada;

Orientar os lubrificadores para que a coleta e disposição de frascos, papéis e outros objetos seja feita separadamente, pelo processo de coleta seletiva;

Fiscalizar se os responsáveis pela limpeza estão fazendo a coleta do lixo da área da troca de óleo, de maneira separada e seletiva, evitando que o local fique com resíduos espalhados pelo piso e evitando possíveis acidentes;

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Demais cuidados:

Não se deve varrer, lavar ou descarregar óleos, graxa, fluidos, aditivos usados ou combustível derramado para rede de águas pluviais ou para a rua. No caso de derrame,os pisos devem ser limpos com material absorvente adequado e os resíduos acumulados devem ser armazenados e descartados adequadamente;

Não descarregar lubrificante sob alta pressão em panos, papéis, estopas ou recipiente de resíduo sem apoio adequado;

Todo trabalho realizado sob cargas elevadas deve seguir rigorosamente as recomendações do fabricante do elevador (elétrico ou hidráulico);

Verificar periodicamente as condições dos equipamentos de lubrificação, elevadores ou valetas e máquinas de troca de óleo, mantendo-os sempre em bom estado de funcionamento, seguindo-se rigorosamente as recomendações dos fabricantes dos equipamentos;

Nas operações de lubrificação e troca de óleo utilizar sempre ferramentas adequadas e em bom estado.

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6) LAVAGEM DE VEÍCULOS

Assim como na atividade de troca de óleo, a lavagem de veículos também merece especial atenção em relação aos resíduos líquidos originados, como será descrito a seguir:

Todo o cuidado deve ser tomado para que os resíduos líquidos originados da lavagem de veículos (água, sabão, detergente e etc.) não sejam lançados para fora dos limites da área destinada à lavagem e, principalmente, para fora dos limites do PA;

Devem ser mantidos em perfeitas condições de operação os sistemas de recolhimento de águas servidas de lavagem (caixas, canaletes) ou outros dispositivos, procurando mantê-los sempre livres de sujeiras (ex.: folhas e areia);

A destinação dos efluentes líquidos originados de sistemas de lavagem ou de caixas separadoresde água e óleo (CSAO) deve atender à legislação ambiental local, estadual e federal. É recomendada a existência de uma caixa de areia, para retenção de partículas sólidas, devidamente dimensionada para a operação do PA, instalada a montante da CSAO;

Utilizar sabão biodegradável na limpeza dos veículos;

Os funcionários que usarem solventes de limpeza devem seguir os procedimentos seguros de manuseio e usar equipamento de proteção individual (luvas emborrachadas, máscaras específicas para os vapores desprendidos pelos solventes, botas e avental);

Deve-se ter cuidado para evitar contato da pele e dos olhos com detergentes e solventes;

Os equipamentos de lavagem de veículos, independentemente do tipo ou sistema, devem estarinterligados a circuitos de proteção que permitam desligá-los automaticamente em casos de emergência.

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7) MANUSEIO DE RESÍDUOS

Assim como as medidas de segurança e controle ambiental citadas anteriormente, o gerenciamento de resíduos é de extrema importância para os rígidos padrões e práticas de conservação do meio ambiente existentes nas legislações ambientais e nas normas técnicas, paraminimizar os riscos de ocorrência de incidentes, melhorando as relações com fornecedores, clientes, vizinhança e fiscalização dos órgãos públicos.

Para tanto, é necessário controlar, armazenar, rotular e destinar adequadamente e de forma efetiva os resíduos gerados, podendo ser para reaproveitamento, reciclagem ou disposição em local adequado.

Vale ressaltar que o conteúdo descrito neste item aborda especificamente os resíduos gerados SOMENTE durante a operação do PA. Outros resíduos eventualmente gerados pela atividade devem ser avaliados em outras referências.

7.1) PRINCIPAIS TIPOS DE RESÍDUOS

São diversos os tipos de resíduos gerados na operação de um PA. Entre os principais resíduos estão: óleo proveniente da CSAO, lâmpadas usadas, borra oleosa, combustível ou óleo derramado, fluidos, aditivos e determinados solventes de limpeza, estopas, panos ou flanelas sujos com óleos, graxas ou combustíveis. Entre todos os resíduos gerados, merece destaque os descritos abaixo:

A) Borra

A água, se presente no tanque de armazenamento de óleo diesel, leva ao desenvolvimento e multiplicação de colônias de microorganismos (bactérias, fungos e leveduras) que se alimentam do diesel, gerando um material com aspecto de lama, cor marrom ou escura e que se denomina borra.Esta é constituída de colônias de bactérias e de produto de corrosão dos tanques. Além da borra são gerados ácidos orgânicos, álcoois e ésteres.

Os produtos químicos formados pelos microorganismos, além de provocar corrosão dos tanques de armazenagem, estabilizam a emulsão entre água e diesel. O diesel com essas substâncias fica deteriorado e apresenta um cheiro forte e azedo, tornando difícil a separação desta água.

Para evitar a formação de borra nos tanques de armazenamento e que essa deteriore sua qualidade, recomenda-se a adoção dos seguintes cuidados:

Manter a boca de descarga ou de medição ou de visita do tanque sempre bem fechada e vedada quando não estiver sendo utilizada;

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Verificar se existe água nos tanques de armazenamento pelo menos uma vez por mês. Drenar toda e qualquer quantidade de água detectada.

A presença de borra no tanque aéreo pode ser detectada através da drenagem do fundo do tanque. Já no tanque subterrâneo, é necessário utilizar uma bomba de drenagem. Neste caso, deve-se estar atento à inclinação do tanque para que a sucção seja efetuada pelo lado mais baixo.

Sempre que for verificada a presença de borra, o cliente deverá providenciar a limpeza do tanque(SEM a abertura da boca de visita).

A saturação precoce dos filtros é um indicativo da presença de borra no tanque de armazenamento de diesel.

B) Resíduos da separadora de água e óleos

O sistema de drenagem oleosa conduz o efluente para a CSAO. A caixa separadora tem a função de separar os efluentes oleosos gerados. Os resíduos sólidos são constituídos basicamente de partículas de areia com óleo adsorvido que devem ser descartados adequadamente. O resíduo oleoso da superfície deve ser guardado e encaminhado para rerrefinadores.

Recomenda-se que seja efetuada limpeza na CSAO e no sistema de drenagem oleosa no mínimo 1 vez por mês³ , seguindo as seguintes orientações:

Succionar os resíduos das caixas de passagem da pista, canaletes, caixas de boxes e da CSAO através de caminhão-vácuo (com equipamento de sucção);

Encaminhar os resíduos para empresas credenciadas pelos órgãos ambientais, responsáveis pela destinação final;

Obter da empresa uma declaração atestando que os serviços e procedimentos adotados na destinação final dos efluentes oleosos estão adequados.

C) Óleo lubrificante usado

Todo óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes nele contidos, na forma prevista na Resolução CONAMA 362. O acondicionamento deverá ser feito em recipientes ou tanques estanques. Caso sejam acondicionados em recipientes aéreos, estes deverão ser armazenados em áreas cobertas e circundados por canaletes ou bacias, visando conter um possível vazamento. Caso sejam acondicionados em tanques subterrâneos, deverá ser monitorado diariamente o nível de produto, para controle de possíveis vazamentos. Todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá ser destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino. A reciclagem poderá ser realizada, a critério do órgão ambiental competente, por meio de outro processo tecnológico com eficácia ambiental comprovada equivalente ou superior ao rerrefino. Para fins da Resolução CONAMA 362, não se entende a combustão ou incineração de óleo lubrificante usado ou contaminado como formas de reciclagem ou de destinação adequada.

33³ A freqüência da limpeza irá depender da movimentação do PA, podendo ser necessária uma freqüência maior.³ A freqüência da limpeza irá depender da movimentação do

PA, podendo ser necessária uma freqüência maior.

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As empresas de rerrefino possuem empresas terceirizadas responsáveis pela coleta e transporte do óleo usado para as suas unidades de rerrefino, garantindo assim uma logística viável em todo o Brasil. Entretanto, é imprescindível que estes coletores sejam autorizados pela ANP, conforme Portarias ANP 125/99 e 127/99. Manter sob sua guarda, para fins fiscalizatórios, os Certificados de Coleta emitidos pelo coletor. Estes servirão de comprovante de destinação.

7.2) Etapas no gerenciamento de resíduos

O correto gerenciamento de um resíduo exige que seja feito antecipadamente o planejamento dos serviços que serão executados. Desta forma, é preciso definir local e forma de armazenamento dos resíduos até a sua retirada, empresas capacitadas para receber os diversos tipos de resíduos gerados e transportadoras em áreas estratégicas, para levar o material das fontes geradoras até as empresas de tratamento.

As etapas deste planejamento são as mesmas para todos os tipos de destinação, mudando apenas a forma de manuseio e armazenamento que será dado ao resíduo dentro da empresa. Essas etapas são descritas a seguir:

(A) Identificação do tipo de tratamento a ser utilizado e das empresas que irão realizar os seguintes serviços: tratamento, análise e transporte de resíduo.

(B) Caracterização e classificação dos resíduos de acordo com a norma ABNT NBR 10004.

(C) Elaboração de um plano de tratamento que é enviado ao órgão ambiental local, junto com o laudo de caracterização do resíduo. Após isto, o órgão emitirá a autorização.

(D) Transporte do resíduo por uma empresa devidamente licenciada. A empresa deverá preparar toda a documentação necessária para acompanhar o resíduo. Cabe ressaltar que alguns estados possuem legislação específica para resíduos.

(E) Recebimento do resíduo pela empresa de tratamento, retirada de uma amostra testemunha e

pesagem.

(F) Tratamento.

(G) Emissão de comprovante de destinação final do resíduo emitido pela empresa de tratamento.

(H) Arquivamento por um período de 5 anos das notas fiscais de transporte e comprovante de

destinação final do resíduo.

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8) LICENCIAMENTO

Conforme determina a Resolução CONAMA 273, as instalações que têm atividades de abastecimento de combustíveis automotivos deverão ter licença de operação do órgão ambiental local. Somente estarão dispensadas de licenciamento as instalações que tenham tancagem aérea total

3inferiores a 15 m , exceto em estados em que a legislação seja mais restritiva que a federal.

O processo administrativo de licenciamento ambiental tem exigibilidade imediata paraquaisquer reformas, ampliações ou novas construções de empreendimentos que exerçam a atividade de abastecimento de combustíveis. Para os empreendimentos que estavam em operação na data de publicação da Resolução 273 (08/01/01), deverão ser seguidos os critérios e agendas estabelecidospelos órgãos locais de controle ambiental.

A Resolução CONAMA 273 determina também que a titularidade do licenciamento ambiental é de quem opera a instalação.

É importante destacar que, embora na maioria dos estados o licenciamento dos PA’s seja conduzido pelos órgãos estaduais, já existem alguns municípios que estão responsáveis pelo processo. Exemplo: Belo Horizonte/ MG, Goiânia/ GO, Curitiba/PR, Vitória/ES, Campo Grande/MS, Natal/ RN.

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9) SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DO PA

9.1) ÁREA DE ABASTECIMENTO

A área de abastecimento deverá ser provida de equipamentos de combate a incêndio, principalmente de extintores de pó químico que são utilizados no caso de líquidos inflamáveis;

Não bloquear extintores, hidrantes ou outros equipamentos fixos ou portáteis de proteção contra incêndio;

Manter a área de abastecimento em boas condições, livre de buracos, rachaduras, de forma a minimizar riscos de acidentes;

Montar todos os equipamentos ou dispositivos para abastecimento de combustíveis em ilha de material, resistente e estanque ou instalar proteção contra possíveis danos por colisão através de barreiras, defensas, meios-fios ou outros recursos apropriados;

Desativar, trancar e rotular como "EM MANUTENÇÃO" as unidades abastecedoras com defeito até que os reparos sejam feitos (ver mais detalhes na Parte II - MANUTENÇÃO);

Manter as caixas de ligação elétrica das unidades abastecedoras sempre fechadas, preservando todas as condições da instalação e as instruções do fabricante do equipamento, não sendo permitida qualquer alteração que possa afetar o tipo de proteção, visando evitar riscos de explosão.

9.2) ÁREA CLASSIFICADA PARA LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

É a área na qual uma atmosfera explosiva está presente ou na qual é provável sua ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para construção, instalação e utilização de equipamentoselétricos. Essas áreas são classificadas por zonas de acordo com o grau de probabilidade da presença de atmosfera explosiva, de acordo com normas técnicas aplicáveis.

Dessa forma, todas as instalações e equipamentos em áreas classificadas devem possuir um tipo de proteção adequado à respectiva classificação da área. Na pista de abastecimento por exemplo, num raio horizontal de 6 metros, a partir do eixo central da unidade abastecedora e verticalmente a uma altura de 0,50 metro, medidos acima do piso, não é permitido geladeira, freezer e utilização de tomadas sem ser à prova de explosão ou de segurança aumentada.

A falta de equipamentos à prova de explosão ou com proteção adequada nas áreas classificadas, é um fator de sério agravamento para a criação de cenários de risco no manuseio de inflamáveis. Alémdisso, deve-se evitar emendas nas fiações elétricas e a existência de instalações e equipamentoselétricos defeituosos. Este último é um dos maiores responsáveis pelas causas de incêndios em PA’s,devido ao aquecimento das fiações e ocorrência de curto circuito.

Merece destaque o interior do filtro para diesel, especialmente os filtros com reservatório, que contém atmosfera explosiva. Não abrir qualquer compartimento do filtro, sem antes se certificar de que o equipamento encontra-se desligado, para evitar risco de explosão.

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9.3) ELETRICIDADE ESTÁTICA

A eletricidade estática é aquela produzida pelo atrito de uma substância com outra. Um exemplo de eletricidade estática é a produzida pelo atrito de um derivado de petróleo com a tubulação. Os derivados de petróleo, por serem maus condutores, quando se atritam com a parede da tubulação acumulam eletricidade e carregam consigo parte desta energia.

A eletricidade estática é causa de incêndios em muitas atividades, principalmentemovimentações de derivados de petróleo. Daí a necessidade de se ter todo o cuidado com as bombas, tubulações e instalações que possam armazenar este tipo de eletricidade, utilizando malhas de aterramento corretamente dimensionadas, instaladas e mantidas (ver item 9.4).

Outro cuidado que se deve tomar com relação à eletricidade estática, diz respeito ao tipo de material utilizado no vestuário dos funcionários responsáveis pelo abastecimento dos veículos. Aconselha-se que o tecido utilizado na confecção das blusas e calças seja de origem natural, como o algodão, que não acumula eletricidade estática.

Não utilizar tecidos sintéticos como nylon ou poliéster, e outros, nem mesmo combinados com o algodão (ex.: 50% algodão e 50% poliéster). Estes materiais sintéticos, além de acumularem eletricidade estática, o que pode servir como fonte de ignição, também podem agravar o dano do tecido cutâneo em caso de queimaduras.

As blusas devem ser de botão para facilitar a sua remoção em casos de incêndio.

9.4) ATERRAMENTO

Para se evitar que a eletricidade estática venha a servir como fontes de ignição, é de fundamental importância que todos os equipamentos da instalação estejam aterrados, dissipando assim estaeletricidade e evitando centelhamentos.

Vale ressaltar a importância do aterramento das instalações de descarga, para se evitar incêndios ou explosões provenientes de centelhamento ocorrido quando da descarga ou do carregamento.

A interligação ou ligação à terra deverá ser feita com materiais condutivos, de preferência de cobre, que tenham resistência mecânica, resistência a corrosão e flexibilidade adequadas.

Os condutores deverão ser tão curtos e retilíneos quanto possível e não apresentar emendas ou chaves seccionadas que possam causar interrupção à passagem de corrente.

A superfície onde tais conectores forem fixados deve estar isenta de ferrugem, corrosão, óleos e tintas e os conectores devem estar firmemente fixados com parafusos ou outro meio que garantaperfeita condutividade elétrica.

As medições da resistência da terra deverão ser efetuadas a cada 12 meses, por pessoa ou empresa capacitada para tal. O valor medido não deve ultrapassar 5 ohm.

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9.5) VENTILAÇÃO NAS DEPENDÊNCIAS

Prover ventilação adequada em áreas fechadas, sempre que houver possibilidade de liberação de vapores de combustível, que são mais pesados que o ar e podem deslocar-se em direção a uma fonte de ignição quando liberados durante o abastecimento, derramamento ou transbordamento;

Os gases da exaustão de veículos contêm além de outras substâncias, monóxido de carbono, uma substância inodora e altamente tóxica. Prover ventilação para assegurar um adequado suprimento de ar evitando o excesso de exposição ao monóxido de carbono em ambientes fechados;

Os respiros dos tanques devem ser mantidos de modo que os vapores inflamáveis estejam direcionados para longe de possíveis fontes de ignição. Os mesmos não devem ficar confinados em ambientes fechados ou direcionados às edificações ou telhados.

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10) EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

O PA pode possuir equipamentos, sistemas ou tecnologias que evitem a contaminação do subsolo devido a vazamentos, derramamentos e transbordamentos dos combustíveis utilizados.

Independentemente da existência dos equipamentos de controle aqui mencionados, é fundamental a adoção de procedimentos operacionais adequados, seja para a utilização plena dos recursos tecnológicos existentes nos equipamentos mais modernos, seja para evitar contribuições operacionais e agravar a situação ambiental da instalação.

10.1) PROTEÇÃO CONTRA VAZAMENTO

A proteção contra vazamento deve ser feita por meio de procedimentos operacionais adequados, que podem ou não contemplar equipamentos que evitem a contaminação do subsolo com produto ou que detectem imediatamente um vazamento. Alguns destes procedimentos e equipamentos são descritos abaixo.

10.1.1) VAZAMENTO EM TANQUES SUBTERRÂNEOS

Tanque jaquetado com monitoramento intersticial:

Possui um revestimento externo em fibra de vidro que permite a criação de um espaço intersticial à parede externa do tanque de aço e o revestimento. Neste interstício, é instalado um sensor interligado à um sistema de monitoramento para detecção de vazamentos. Em caso de alerta do sistema, deverá ser analisado o motivo da presença de líquido no interstício. Sendo uma falha no tanque de armazenagem de combustível, o produto vazado inundará o interstício, acionando o sensor do alarme. Sendo uma falha no revestimento externo, caso esteja em contato com o lençol freático, ocorrerá a entrada de água no interstício, provocando também o acionamento do sensor. Eventualmente, o interstício também poderá ser afetado por infiltração de água externa, devido a chuvas intensas ou inundações. Esta condição não representa anormalidade no tanque ou no revestimento, mas provocará o acionamento do sensor de alarme, sendo necessária a desumidificação do espaçointersticial para plena eficácia do sistema de monitoramento. Caso o tanque jaquetado não possua instalado o sensor, passará a ter as mesmas características de um tanque de parede simples, uma vez que este interstício não foi criado como contenção secundária para casos de vazamentos, e sim paraser monitorado.

Tanque de parede simples ou jaquetado sem monitoramento intersticial:

Nestes casos, a ferramenta disponível para a detecção de vazamentos é o próprio controle de estoque (ver item 4 deste Guia). O acúmulo anormal de água no interior do tanque também pode indicar não estanqueidade, caso o tanque esteja em contato com a água subterrânea.

Para ambos os tipos de tanques subterrâneos, deve-se manter as tampas de descarga de produto

sempre bem fechadas, evitando-se infiltração de água externa .

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Poços de monitoramento:

Caso existam poços de monitoramento ao redor dos tanques, poderão ser utilizados paraauxiliar em caso de suspeita de vazamento. O monitoramento de vazamentos através de poços só será eficaz se houver observação constante, acompanhando-se a alteração de uma situação normal (sem odor de vapores ou presença de combustível) para uma situação anormal. Áreas anteriormente contaminadas não podem ser monitoradas através dos poços de observação. A construção dos poços deve ser criteriosa, pois eventuais falhas na sua vedação podem direcionar contaminações superficiais diretamente para a água subterrânea. Cuidados operacionais adicionais devem tomados para evitar-se despejo acidental de combustível diretamente nos poços. A construção de poços novos paramonitoramento preventivo de contaminação do solo ou da água subterrânea não é recomendada, dados os riscos de contaminação externa já mencionados.

10.1.2) VAZAMENTO EM TANQUESAÉREOS:

Inspeção visual:

No caso do tanque aéreo, uma técnica muito eficiente e simples, além do controle de estoque, é a inspeção visual da área sob o reservatório, verificando manchas ou acúmulo de produto.

10.1.3) VAZAMENTO NA BACIA DE CONTENÇÃO:

Dique intermediário/ bacia:

Fica no entorno do tanque aéreo para a contenção de possíveis vazamentos e derrames. O ideal é que a bacia de contenção tenha capacidade para, no mínimo, conter o volume da capacidade nominal dos tanques instalados sobre ela. Caso a bacia possua um dreno, é importante que este permaneça sempre fechado.

10.1.4) VAZAMENTO EM TUBULAÇÕES:

Vazamento em tubulação aparente/ aérea sob pressão positiva:

Neste caso, a simples inspeção visual ao longo de toda a tubulação deverá ser suficiente para a constatação de vazamento.

Vazamento na tubulação subterrânea sob pressão negativa:

Pode ser utilizada válvula de retenção instalada na linha de sucção do SASC. Este dispositivo consiste em uma única válvula de retenção instalada na tubulação, junto à sucção da bomba de abastecimento ou da unidade de filtragem. Em caso de vazamento, a instalação dessa válvula permite que o produto retorne ao tanque subterrâneo, mantendo a tubulação seca e evitando que o vazamento atinja o solo. Caso a instalação não possua este tipo de válvula, deve-se observar o funcionamento da bomba de abastecimento: vazamentos na tubulação permitem a entrada de ar na linha, gerando mau funcionamento da bomba, com golpes de ar durante os primeiros instantes do abastecimento (ver mais detalhes no item 3 da Parte II deste Guia).

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Vazamento na tubulação subterrânea sob pressão positiva:

Os vazamentos nestas tubulações costumam ter um maior impacto, se comparados com as demais linhas, em função da pressão positiva. Visando reduzir este impacto, é instalada uma contenção secundária, através de uma segunda tubulação, envelopando a tubulação primária. Dessa forma, entre a tubulação primária que contém o produto e a secundária, é criado um interstício paramonitoramento da presença de líquidos. Este sistema é similar ao monitoramento do interstício do tanque jaquetado, com a presença de sensores. Da mesma forma que a jaqueta do tanque, estatubulação secundária não possui como função a contenção em caso de vazamento, mas criar um espaço para monitoramento. Caso não possua esta contenção secundária, deverão ser observados além do controle de estoque, outros indícios conforme citados no item 10.1.6.

10.1.5) VAZAMENTO NAS TOMADAS DE PRODUTO (TANQUE SUBTERRÂNEO, BOMBA E FILTRO):

Câmaras de contenção:

A câmara de contenção é um recipiente estanque usado para a contenção de possíveis vazamentos e derrames nas conexões e interligações contidas dentro da câmara, ou do próprio equipamento. O tanque subterrâneo, a unidade de filtragem e a bomba de abastecimento podem ter a câmara de contenção para a proteção contra vazamento. Em todas essas câmaras podem ser instalados sistemas de monitoramento, através de sensores, para detecção de qualquer vazamento. Caso não possuam sensores, é aconselhável uma inspeção visual a cada dois dias nestas câmaras. Para instalações que não possuam câmara de contenção, deve-se observar no mínimo a cada semana o interior das bombas, removendo-se a saia frontal e examinando-se a presença de manchas ou acúmulo de produto abaixo do equipamento. Os componentes internos da bomba e do sistema de filtragem também devem ser observados, avaliando-se a ocorrência de pequenos vazamentos.

10.1.6) INDÍCIOS DE VAZAMENTOS:

Independentemente da existência de métodos de detecção de vazamentos, deve-se atentar para as condições básicas de controle ambiental, tais como:

Manchas de produto brotando do piso;

Eletrobóia acionando a bomba do filtro de diesel, sem que nenhum abastecimento esteja sendo feito. Isto pode ser um indicativo de vazamento em alguma parte do sistema, como por exemplo: linha do eliminador de ar, linha de sucção ou alguma conexão;

Reclamação da circunvizinhança com relação a presença ou odor de combustível em suas propriedades;

Bomba de abastecimento com entrada constante de ar (cavitando);

Produto com presença de água;

Presença de produto em poços para captação de água subterrânea;

Merejamentos nas conexões.

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Independentemente das técnicas descritas acima, qualquer situação de vazamento pode ser detectada através do adequado controle de estoque (ver item 4 da Parte I deste Guia) dos combustíveis manuseados no PA. No caso de existirem indícios de vazamento, deve-se realizar um teste de estanqueidade no Sistema de Armazenamento de Combustíveis (tanques e linhas) suspeitos. O teste revelará o estado atual de integridade dos equipamentos e deve ter a capacidade de detectarvazamentos a partir de 0,378 L/h nos ensaios volumétricos e/ou detectar variações de pressão de no mínimo 3,4 kPa/h (0,5 psi/h) para os ensaios não volumétricos. A IPIRANGA dispõe de um cadastro de empresas que realizam este tipo de serviço, e que pode ser consultado pelo cliente (solicitar indicação à área comercial, que encaminhará a solicitação ao setor específico da companhia). Os procedimentosrecomendados pelas empresas de execução do teste, como tempo mínimo de intervalo entre o recebimento de produto, o teste e a interrupção do abastecimento durante sua realização devem ser rigorosamente respeitados, para que eventuais distorções externas não interfiram no resultado final do ensaio.

10.2) PROTEÇÃO CONTRA DERRAMES

A possibilidade de derrame de produto no PA está ligada ao abastecimento dos tanques de armazenamento e dos tanques dos veículos. De forma a evitar um eventual derrame, podem ser instalados equipamentos de controle e/ou adotar-se procedimentos operacionais adequados,evitando-se, desta forma, a contaminação do subsolo ou dificultando-se a contaminação do sistema de drenagem de águas servidas ou pluviais.

Contenção e separação através de sistema de drenagem oleosa:

O sistema de drenagem oleosa é aquele cujas funções são reter os resíduos sólidos sedimentáveis, coletar e conduzir o afluente oleoso (resíduos oriundos de abastecimento de veículos, descarga de combustíveis e serviços gerais que possam contribuir com resíduos oleosos) paraseparação física. Deve ser dimensionado para escoar e separar adequadamente toda a vazão nominal vinda das áreas de contribuição. A impermeabilidade do piso é fundamental para o pleno funcionamento do sistema de drenagem, evitando infiltrações de produto no subsolo antes da captaçãoe direcionamento dos resíduos pelo sistema. Áreas onde ocorre a movimentação de combustíveis, como descarga, abastecimento, bombeio e troca de óleo, devem ser assistidas pelo sistema de drenagem oleosa. Não havendo sistema de drenagem oleosa, as operações que envolvam movimentação de combustíveis devem ser protegidas por utensílios portáteis de contenção, como bandejas e baldes de alumínio. O produto recolhido pode ser reaproveitado, se não tiver sido contaminado, ou armazenado para posterior descarte.

Independentemente da existência de sistemas de drenagem, as operações de abastecimento e descarga de combustível devem ser permanentemente acompanhadaspor um operador, como já foi detalhado nos itens 1 e 3 deste Guia.

Os canaletes e/ ou dutos desempenham as funções de captação e condução do afluente oleoso, assim como da água contaminada gerada no local onde estiverem instalados. Asque recebem a contribuição da pista de abastecimento devem ser localizadas internamente à projeção da cobertura. Neste caso, devem ser consideradas as águas provenientes dos pontos de água existentes neste local e da chuva trazida pelo vento para o correto dimensionamento do sistema. A limpeza constante é importante para evitar a obstrução dos canaletes (ver item 6 da Parte II deste Guia).

42Na foto acima podemos observar as canaletasabaixo da cobertura, elas evitam que os resíduos oleosos se espalhem para fora da pista de abastecimento.

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Já a retenção seletiva deve ser feita para sólidos grosseiros por meio de grelha, para separaçãoda porção oleosa livre por meio da CSAO e para sedimentação de sólidos pesados através de caixa de areia ou na própria CSAO, com destaque para os itens abaixo:

- Caixas de areia: destinadas à primeira retenção de areia, estopas e outros detritos;

- Caixas de separação preliminar: destinadas à segunda retenção de areia, detritos e reunião de afluentes;

- Caixa de separação de óleo primária;

- Caixa separadora de água e óleo (CSAO): equipamento que separa fisicamente produtos imiscíveis com a água, sendo projetada para conter o afluente do sistema de drenagem descrito acima;

- Caixa de inspeção de efluentes: saída da CSAO, onde é efetuada a retirada da amostra do efluente para análise química dos parâmetros estabelecidos por legislação local, estadual ou federal.

Câmara de acesso à boca de visita: é um recipiente estanque instalado sobre a boca-de-visita do tanque subterrâneo, que possibilita tanto o acesso às tubulações e suas conexões ligadas ao tanque, quanto a retirada do flange da boca-de-visita. Esta câmara impede a infiltração de água vinda do solo e da superfície, e evita a contaminação do solo por produto. Para funcionamento eficiente, deve ser mantida limpa e vazia. Ocorrendo acúmulo de produto em seu interior, o combustível deve ser retirado imediatamente, devendo-se investigar a origem do vazamento. O acesso à boca de visita deve ser realizado por técnico especializado, por tratar-se de espaçoconfinado, com baixa renovação de ar e sujeito a acúmulo de vapores inflamáveis.

Câmara de contenção para descarga: este equipamento possibilita a contenção de pequenos vazamentos no acoplamento entre o bocal de descarga do tanque e o mangote do caminhão tanque, durante o procedimento de descarga do caminhão tanque. Esta câmara evita a contaminação do solo e da água subterrânea por produto. Para que opere de maneira eficiente,deve ser mantida limpa e vazia.

10.3) PROTEÇÃO CONTRA TRANSBORDAMENTOS

O eventual transbordamento de um reservatório de armazenagem pode trazer riscos elevados à instalação, tanto de segurança quanto de proteção ambiental, principalmente durante a descarga de produto, visto que as vazões envolvidas são elevadas. Independentemente da existência de equipamentos de controle ambiental, os procedimentos operacionais devem ser cumpridos com rigor,seguindo-se as instruções contidas no item 1 da Parte I deste Guia. A seguir são descritos os principaisequipamentos de proteção contra transbordamento existentes.

Os dispositivos de proteção contra transbordamento não foram projetados para serem utilizados na operação normal de descarga, servindo apenas como equipamentos de proteção para situações anormais. Em hipótese alguma deve-se operar a descarga de produto até o acionamento do dispositivo de proteção contra transbordamento.

A medição inicial do tanque que irá receber o produto, assim como o correto acoplamento do compartimento do caminhão tanque ao tanque desejado, são práticas simples e imprescindíveis paraevitar as conseqüências de uma descarga indevida, como o transbordamento do tanque ou a contaminação de produto.

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A proteção contra transbordamento para sistemas de armazenamento (SASC e/ ou SAAC) pode ser feita pela instalação de:

Dispositivo para descarga selada:

Conjunto de equipamentos que permite a operação estanque de descarregamento de combustível e fechamento do bocal de descarga do tanque. Utiliza conexões de engate rápido montadas nas extremidades do mangote que interliga o tanque do caminhão-tanque ao tanque(subterrâneo ou aéreo) do PA. Esta é a forma mais segura de descarga de produto, pois todo o sistema de descarga se comporta como um sistema selado.

Câmara de contenção de descarga de combustível:

Conjunto formado por reservatório estanque e câmara de calçada, usado no ponto de descarregamento de combustível, para contenção de possíveis transbordamentos.

Válvula anti-transbordamento:

Equipamento que evita o extravasamento de combustível durante a operação de descarregamento. Quando instalada deve atuar ao atingir um limite de 95% da capacidade nominal do tanque. No caso do tanque aéreo é chamado de válvula anti-transbordamento especial para SAAC.

Alarme de transbordamento:

Este equipamento serve para indicar que o produto ultrapassou o seu limite de segurança. Sendo instalado, deve atuar ao ser atingida 90% da capacidade nominal do tanque. O acionamento do alarme sonoro e visual deve ser percebido na área de descarga de combustível, devendo a válvula do caminhão-tanque ser imediatamente fechada e drenada a mangueira, antes de desengatar as conexões. Caso a válvula do caminhão-tanque não seja fechada pode ocorrer transbordamento do tanque, se não houver sistema de descarga selada.

Válvula de retenção de esfera flutuante:

Este equipamento é utilizado somente no SASC e evita a passagem de produto para a linha de respiro que só deve permitir a saída de vapores. Sendo instalada, deve atuar ao ser atingido o limite de 90% da capacidade nominal do tanque subterrâneo, o acionamento da válvula restringe o fluxo, que é percebido pelo visor do joelho da mangueira, devendo a válvula do caminhão-tanque ser imediatamente fechada e drenada a mangueira antes de desengatar as conexões. Caso não seja possível a drenagem da mangueira, por falha nos procedimentos de descarga, é necessário acionar a unidade abastecedora correspondente ao tanque subterrâneo, para reduzir o nível de combustível, permitindo drenar e desacoplar a mangueira do caminhão-tanque.

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Operação

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PARTE II - MANUTENÇÃOA manutenção dos equipamentos de seu PA é a garantia de um bom funcionamento e da

redução de riscos ambientais. Portanto, esteja atento às recomendações passadas a seguir.Havendo dúvidas ou necessidade de maiores esclarecimentos, entre em contato com a IPIRANGA através da Central de Atendimento.

Para facilitar a consulta, a Parte II deste guia está dividida por equipamento. Em cada um dos itens se encontram discriminadas as atividades que podem ser executadas pelo operador e as que devem ser executadas por empresa indicada pela IPIRANGA.

A responsabilidade na manutenção dos equipamentos irá depender do que foi definido na negociação comercial. É importante lembrar que a manutenção dos equipamentos de propriedade da IPIRANGA deve ser feita obrigatoriamente por empresa indicada pela Companhia. Além disso, as características originais destes equipamentos não devem ser alteradas.A utilização de acessórios deve ser precedida de autorização formal da IPIRANGA.

1) SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO DO PA

Toda atividade de manutenção, seja ela programada ou emergencial, envolve riscos à segurança dos trabalhadores e das instalações maiores que os presentes na operação normal, principalmente pela exposição de componentes do sistema de abastecimento que podem conter vapores inflamáveis. Outros riscos dizem respeito ao manuseio de ferramentas, equipamentosenergizados, trabalho em altura, etc.. O planejamento das rotinas de manutenção é importantíssimopara a segurança da atividade, e sua preparação deve ser criteriosa.

Também os riscos de contaminação ambiental devem ser considerados nesta etapa,principalmente em relação ao vazamento de combustíveis. Assim, toda manutenção que envolver a exposição de componentes que contenham líquidos, cuidados adicionais deverão ser providenciados para evitar-se danos.

Abaixo seguem algumas recomendações gerais de segurança e proteção ambiental na manutenção dos equipamentos de abastecimento de combustíveis.

1.1) ESPAÇO CONFINADO

Os serviços a serem executados em espaços confinados, como tanques, galerias subterrâneas e poços de captação de água, devem ter ventilação apropriada e ter a concentração de oxigênio e a explosividade monitoradas, pois há risco de asfixia nestes locais. Somente profissionais qualificados e experientes podem realizar serviços desta natureza.

O acesso às câmaras de contenção dos tanques subterrâneos que possuem boca de visitatambém deve levar este aspecto em consideração. Durante eventuais reparos, deve ser garantida a ventilação do local.

Os tanques de armazenamento (subterrâneo ou aéreo) NÃO podem ser abertos, tão pouco podem ser realizadas inspeções ou serviços em seu interior.

Maiores detalhes podem ser encontrados na norma brasileira NBR 14606 que detalha as precauções para a entrada em espaço confinado.

Manutenção

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1.2) SERVIÇOSA QUENTE

Reparos que envolvam serviços a quente, como solda elétrica, quebra de concreto, ou quaisquer outros serviços capazes de produzir faíscas ou envolver chama aberta, não devem ser realizados em áreas de movimentação de inflamáveis enquanto houver operação no PA.

Estes serviços só devem ser autorizados após a interrupção das atividades, certificando-se de que não há vapores inflamáveis no local de execução. Os equipamentos a serem reparados com a utilização de solda deverão ser limpos e desgaseificados antes da liberação do serviço. A inexistência de vapores inflamáveis deverá ser mantida durante todo o trabalho. Um raio mínimo de 3m deverá ser respeitado para isolar a área em manutenção. Os reparos só podem ser executados por profissionais qualificados.

1.3) EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Todos os equipamentos elétricos devem estar aterrados de forma a dissipar qualquer descarga elétrica proveniente do acúmulo de eletricidade estática ou de qualquer outra fonte. Este aterramento deverá ser testado pelo menos uma vez ao ano. Toda as instalações elétricas deverão atender as especificações quanto à classe de risco. As características de proteção dos equipamentos elétricos instalados em áreas de risco deverão ser restabelecidas após a manutenção, para que a segurança da operação normal seja mantida, como por exemplo: fixação de todos os parafusos de caixas a prova de explosão e blindagem de unidades seladoras.

Antes de qualquer reparo, todo equipamento elétrico deve ser desenergizado, especialmente os que estiverem em áreas onde haja movimentação de inflamáveis. Os disjuntores ou chaves correspondentes aos equipamentos em manutenção devem ser claramente sinalizados, informando que os mesmos encontram-se em reparo e não devem ser ligados. Deve ser verificada a existência de sistemas elétricos intertravados, para evitar-se a religação indesejada de equipamentos em manutenção. A reenergização dos equipamentos só deve ser autorizada após a conclusão efetiva do trabalho.

1.4) FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS

O recomendável é que as ferramentas utilizadas durante o serviço de manutenção sejam de metais que não produzam centelhamento, tais como, alumínio, cobre e bronze. Deve-se evitar os recipientes plásticos, pois os mesmos retém grandes cargas de eletricidade estática.

1.5) DERRAMES E VAZAMENTOS

Na realização de reparos em equipamentos que armazenam líquidos inflamáveis ou lubrificantes, deve-se evitar a drenagem de resíduos de produto diretamente no solo ou no piso, mesmo que seja impermeável. Deve-se dispor sob o equipamento bandejas ou materiais absorventes para que eventuais respingos sejam corretamente recolhidos. O produto drenado pode ser devolvido ao respectivo tanque de armazenamento, desde que não tenha sido contaminado durante o recolhimento ou transporte. Todas as válvulas que permitam o fluxo de combustível pelo equipamentoem manutenção devem permanecer fechadas até a conclusão dos trabalhos.

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Manutenção

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IMPORTANTE

Todos os serviços contratados, visitas e serviços realizados por técnico capacitado devem ser documentados com relatório específico do trabalho executado.

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Manutenção

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2) UNIDADES ABASTECEDORAS

Na execução da manutenção preventiva ou corretiva, o técnico deve deixar as bombas de abastecimento em perfeitas condições de funcionamento, anotando os totais dos encerrantes das bombas no relatório de visita a ser assinado e carimbado pelo operador. Uma via ou cópia de todos os relatórios de visita dos técnicos credenciados deve ser fornecida ao operador, permanecendo arquivada no PA;

É responsabilidade do técnico verificar e manter as características construtivas e elétricas dos equipamentos em conformidade com a correspondente certificação em atmosferas explosivas conforme Portaria INMETRO (Certificação CEPEL e etc.).

2.1) SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Calibrar as bombas e selar os seus componentes;

Verificar a estanqueidade de bicos e mangueiras, corrigindo eventuais vazamentos nas conexões;

Efetuar limpeza geral de visores mostradores, filtros das unidades bombeadoras e termo densímetros, solicitando ao mantenedor as substituições necessárias;

Verificar o perfeito alinhamento dos tambores de registradoras mecânicas;

Verificar a regularidade de fluxo e vazão de bombeamento;

O próprio operador do PA deverá efetuar semanalmente a aferição das bombas. Apesar de não ser obrigatória para a operação de PA, a aferição das bombas é importante para a gestão do controle de estoque;

De forma a reduzir a possibilidade de paradas não programadas, examinar os componentes das bombas, tais como: regulagem e eventual troca das correias e polias do motor, lubrificação de engrenagens dos computadores e demais pontos de atrito existentes e a substituição de peças danificadas ou gastas. A empresa responsável pela manutenção deve ser acionada para executarreparos.

Observar se a eletrobóia está acionando a bomba do filtro de diesel sem que nenhum abastecimento esteja sendo feito. Isto pode ser um indicativo de vazamento em alguma parte do sistema, como por exemplo: linha do eliminador de ar, linha de sucção ou alguma conexão.

2.2) SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO CORRETIVA

A manutenção corretiva consiste na realização dos serviços e reparos necessários ao perfeito funcionamento das bombas. Ela é solicitada pelo cliente ou pela companhia distribuidora em período intermediário às visitas de manutenção preventiva ou devido às constatações verificadas pelos técnicos, durante a visita de manutenção preventiva.

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Manutenção

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2.3) ATIVIDADES QUE PODEM SER EXECUTADAS PELO OPERADOR DO PA

Acionamento da Assistência Técnica

Antes de acionar a assistência técnica, o operador deve certificar-se de que o problema é realmente interno à bomba abastecedora, procedendo da seguinte maneira:

Caso a bomba não funcione, verificar se há energia no PA e se o quadro elétrico e os disjuntores estão ligados, em perfeito funcionamento. Se necessário, desligar o disjuntor, aguardar 10 segundos e religar;

No caso de problemas na saída do óleo diesel, observar o funcionamento da eletrobóia, retorno automático, válvulas e se há registros fechados;

Caso não saia produto, verificar se há combustível no tanque ao qual a bomba está interligada. No caso de bombas de diesel com sistema de filtragem, verificar se há produto no reservatório do filtro e se o registro de passagem para a linha de sucção da bomba está aberto;

Verificar se as bombas eletrônicas estão programadas corretamente;

Havendo quaisquer anomalias, tais como vazamento interno, defeito ou irregularidade, deve ser interrompido o uso da bomba de abastecimento.

Cuidados com a água

O operador deve controlar a presença de água nos tanques de armazenamento, especialmente nos de óleo diesel por tratar-se de um produto higroscópico (absorve umidade da atmosfera). Já a gasolina tipo C contaminada por água poderá apresentar separação de fases (gasolina A / álcool anidro). No caso do álcool hidratado, o teor alcoólico poderá ser reduzido. A presença de água poderá causar danos ao motor dos veículos. No caso do tanque ser aéreo, esta água poderá ser drenada pelo fundo. Para os tanques subterrâneos, a drenagem deverá ser feita por bomba externa apropriada. Averificação de presença de água no fundo do tanque deve ser feita através de medição com pastad'água (ver item 3 desta Parte).

Operação e Segurança

O operador deve agir da seguinte maneira:

No caso de bombas mecânicas, verificar o correto funcionamento da alavanca de acionamento;

Não tentar abrir os componentes eletrônicos ou hidráulicos da bomba ou executar serviços de responsabilidade dos técnicos credenciados.

Abalroamento

Em casos de abalroamento em bombas, o cliente deve adotar o procedimento a seguir:

Interromper imediatamente o abastecimento e eventuais descargas de produtos;

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Manutenção

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Desligar os disjuntores da bomba abalroada;

Fechar todos os registros interligados à bomba abalroada;

Em caso de vazamentos ou incêndios, agir conforme determinado pelo Plano de Controle de Emergências, apresentado na Parte III deste guia;

Comunicar a companhia distribuidora ou ao proprietário do equipamento e acionar assistência técnica para tamponar todas as tubulações danificadas e isolar a bomba de abastecimento.

Se possuir seguro, acioná-lo antes de mover a bomba;

Conservação e Funcionamento das Unidades de Abastecimento

Independentemente da prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva, o cliente deve proceder a inspeção dos equipamentos conforme tabela a seguir.

Equipamentos a inspecionar e freqüência

Observação: O cliente é responsável por controlar a periodicidade da limpeza do sistema de armazenagem, devendo solicitar a execução deste serviço a uma empresa especializada quando necessário.

Verificar a estanqueidade enchendo com água até a altura mínima de 0,20 m, o interior da câmara de contenção parainspeção visual da estanqueidade do conjunto instalado.Caso seja detectado vazamento, a câmara de contenção deve ser reparada.

Verificar a saída do respiro, observando se existe algum objeto obstruindo a saída de vapores.

Inspecionar a existência de água em caixas elétricas ou entupimento em caixas hidráulicas.

Remover os painéis das bombas cuidadosamente. Inspecionar todas as conexões e selos hidráulicos, incluindo medidores, válvulas e eliminadores.

Inspecionar todas as mangueiras, bicos, conexões.Procurar por sinais de avarias ou vazamentos. Havendo algum problema, paralisar o funcionamento da bomba e acionar a assistência técnica.

Verificar a existência de água ou produto no reservatório das câmaras.

Manutenção

Semestralmente ou quando realizar qualquer instalação de equipamentono local

Mensalmente

Mensalmente

Semanalmente

Semanalmente

A cada dois dias

Freqüência mínima

Câmaras de contenção

Linha de respiro

Caixas de Passagem

Vazamentosinternos

Vazamentosexternos

Câmaras de contenção

Item

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Manutenção

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3) SASC OU SAAC - SISTEMA DE ARMAZENAMENTO (SUBTERRÂNEO OU AÉREO) DE COMBUSTÍVEIS

Periodicamente, a integridade do sistema de armazenagem deve ser verificada. O cliente deve sempre observar os indícios de vazamento através de qualquer um dos seguintes eventos:

Indícios de perda de produtos observados no controle de estoque. Esta é considerada a melhor técnica de verificação de vazamento para SASC;

Presença de ar na linha de sucção da bomba que pode se manifestar das seguintes formas (aplicável a SASC sem reservatório aéreo de diesel filtrado);

� Ausência de produto após o acionamento do bico, isto é, pequeno intervalo de tempo entre o acionamento do bico e o início do abastecimento, sem sair produto;

� Fluxo de combustível inconstante, eventualmente acompanhado de um ruído ou vibração na bomba de abastecimento;

� Bomba de abastecimento gira muito rapidamente ao ser ligada, logo a seguir, diminui a velocidade e começa a bombear o produto;

� Avanço da marcação de volume escoado, sem ter ocorrido a abertura do bico;

Inspeção visual no entorno do tanque (no caso de tanque aéreo);

O aumento diário do volume de água no interior do tanque pode indicar a não-estanqueidade do sistema de armazenamento. A presença de água no tanque pode ser detectada através da aplicação de uma camada fina de pasta para água na trena ou régua. Ao introduzir esta no reservatório, caso exista água em seu interior, a pasta mudará de cor. A medição de água deve ser feita em todos os tanques de diesel e gasolina;

A verificação da pavimentação do PA também é importante. A presença de manchas, áreas de asfalto mole na pista ou em áreas próximas ao PA são indícios de vazamentos;

A presença ou cheiro de combustível fora dos limites do PA ou na vizinhança é um indício de vazamento. Por serem mais pesados que o ar, os vapores de combustíveis tendem a concentrar-se nas partes mais baixas, como garagens subterrâneas, túneis, valetas e galerias. Seja em forma de líquido ou em forma de vapores (identificado pelo cheiro), se for observado combustível fora dos limites do PA o fato deve ser encarado como uma emergência. Dessa forma, deve-se agir como estabelecido pelo Plano de Controle de Emergências - PCE, apresentado na Parte III deste guia.

No caso de entrada de água, antes de concluir pela não-estanqueidade do tanque, observe o estado das juntas dos flanges do tanque ou da boca de enchimento, pois estes podem ser os motivos da infiltração.

Caso algum desses eventos acima aconteça, deve-se suspeitar da integridade física do sistema de armazenamento de combustível - SASC ou SAAC (incluindo tubulação). Para confirmar a situação deve-se executar testes de estanqueidade, sob a coordenação da IPIRANGA.

Constatado o vazamento de combustível, o cliente deve informar a situação imediatamente à companhia distribuidora. O tanque não estanque deve ser esvaziado e retirado de operação paraprovidências de remoção.

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Manutenção

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4) FILTROS PARA ÓLEO DIESEL

Para a manutenção em filtros, deve-se proceder com as inspeções periódicas nos elementos filtrantes, como sugerido abaixo. A manutenção do equipamento deve ser feita por técnico capacitado.

O cliente deve efetuar a troca de todos os elementos filtrantes, conforme especificação do fabricante ou sempre que, na presença do manômetro de controle, indicar pressão acima da recomendada. Utilizar somente elementos filtrantes compatíveis com o modelo do equipamento;

O cliente deve verificar periodicamente se há resíduos no interior da caixa filtrante e efetuar a limpeza completa sempre que houver a substituição dos elementos;

Na troca dos elementos filtrantes, nunca reaproveitar ou lavar: utilizar sempre elementos novos. O interior de todo filtro, especialmente os filtros com reservatório, contém uma atmosferapotencialmente explosiva. Não abrir qualquer compartimento do filtro, sem antes se certificar de que o equipamento encontra-se desligado, para evitar risco de explosão.

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Manutenção

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5) CÂMARAS DE CONTENÇÃO DE TANQUES (NO CASO DE SASC) E DE BOMBAS

Atividade que deve ser realizada por empresa especializada:

Periodicamente devem ser inspecionadas as conexões instaladas dentro dos reservatórios de proteção ou câmaras de contenção. Sinais de desgaste, deformação, oxidação, trincas e decomposição da borracha dos flanges são indícios de que as peças já estão em processo de fadiga e deverão ser substituídas. Qualquer manutenção deve ser realizada por técnico capacitado.

Atividades que devem ser executadas pelo cliente:

Verificar sempre a existência de água no interior das câmaras de contenção, drenando-a se necessário;

Efetuar a conferência de todas as presilhas e borracha de vedação do sistema de fechamento da tampa;

Inspecionar se a tampa está empenada, ovalizada ou danificada;

Certificar-se de que o reservatório está fechado corretamente;

Conferir se há trincas ou rachaduras nas paredes do reservatório ou da câmara;

Observar se há alguma mancha de combustível no interior das câmaras;

Executar limpeza periódica visando a segurança e melhor visibilidade para inspeção;

Verificar a perfeita confecção das caixas, conferindo a existência de material drenante entre o reservatório e a câmara de calçada.

IMPORTANTE

Visando a proteção do meio ambiente, qualquer problema em câmaras de contenção deve ser imediatamente reparado.

Bacia de contenção da bombaBacia de contenção de tanques

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Manutenção

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6) SISTEMA DE DRENAGEM OLEOSA

Compõem o sistema de drenagem oleosa: os coletores de água superficial, os tubos, os canaletes de pista, as caixas intermediárias e a caixa separadora de água e óleo (CSAO), separando-os em compartimentos distintos. O afluente oleoso é resultante de derrames de combustíveis nas operações de abastecimento e descarga, lavagem de veículos, troca de óleo e serviços gerais que possam contribuir com resíduos oleosos;

Havendo qualquer modificação no sistema de drenagem oleosa deve ser garantido o atendimento aos parâmetros mínimos do efluente conforme regulamentação ambiental, além do fácil acesso às partes internas, facilitando a operação, limpeza e manutenção periódica;

O cliente é responsável por controlar a periodicidade da limpeza do sistema, devendo solicitar a execução deste serviço a uma empresa especializada quando necessário. A freqüência varia em função da utilização da lavagem, sendo tanto maior quanto maior for o uso. A limpeza deverá ser providenciada sempre que o reservatório de óleo separado estiver cheio ou houver traços de óleo na caixa de saída do sistema de separação. É recomendável a análise periódica dos efluentes da caixa para os parâmetros óleos e graxas, DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e DQO (Demanda Química de Oxigênio).

Atividades que devem ser executadas por empresa especializada:

Succionar os resíduos das caixas de passagem da pista, canaletes, caixas de boxes e da CSAO através de caminhão-vácuo (com equipamento de sucção);

Encaminhar os resíduos para empresas credenciadas pelos órgãos ambientais, responsáveis pela destinação final;

Emitir uma declaração atestando a adequação dos serviços e procedimentos adotados na destinação final dos efluentes oleosos.

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Manutenção

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7) INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As intervenções em instalações elétricas devem ser feitas por pessoas especializadas. Alémdisso, devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde do trabalhador.

Portanto, para prevenir acidentes, toda instalação elétrica deve ser executada e mantida por trabalhadores autorizados com anuência formal da empresa, conforme estabelecido na Portaria n° 3214, de 08/06/1978; NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.

Caso o equipamento elétrico possua um sistema de intertravamento, certificar se este está desligado antes de efetuar a manutenção no mesmo.

Ligações elétricas na área de abastecimento

A ligação dos equipamentos à rede elétrica deve ser feita sempre através do conjunto plugue-tomada, não devendo ser ligado em qualquer hipótese mais de um equipamento na mesma tomada;

Os equipamentos devem ter dispositivo liga-desliga, sendo proibido fazer ligação direta. Os mesmos devem permanecer desligados da tomada quando não estiverem sendo usados;

Havendo qualquer alteração, reforma ou construção, devem ser mantidas as instalações elétricas padronizadas, atendendo às prescrições e exigências das normas técnicas de instalações elétricas da ABNT.

OBS: Os reparos ou instalações devem ser realizados por técnico capacitado e devem atender as seguintes especificações mínimas:

� Acesso frontal através de porta com chave e com etiquetas para identificação dos circuitos;

� Fios e cabos conectados aos disjuntores e barramento do quadro elétrico através de bornes e com identificação dos circuitos nas duas extremidades correspondentes;

� Deve-se manter os quadros elétricos do PA instalados em locais de fácil acesso e desobstruídos;

� O quadro elétrico deve estar protegido de intempéries e fora das áreas classificadas.

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Manutenção

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PARTE III - EMERGÊNCIASEsta parte do guia orienta em relação aos procedimentos que devem ser seguidos em

caso de uma emergência no seu PA. Para a determinação das exigências do Corpo de Bombeiros, este deverá ser consultado pelo próprio cliente.

1) PCE - Plano de Controle de Emergências

Objetivo

Instruir seus funcionários a agirem de forma organizada e eficaz no controle das situações de emergência que possam afetar a segurança e a saúde dos funcionários e da vizinhança, a integridade do patrimônio, bem como impactos ao meio ambiente.

Distribuição de responsabilidades

Em uma situação de crise, é fundamental que cada participante saiba exatamente o que fazer.Sendo assim, as responsabilidades devem ser previamente distribuídas e exercitadas, através de simulados de emergência. Ainda na fase de planejamento, devem ser identificados substitutos para as principais funções do plano, para que as etapas de atendimento à emergências não sejam comprometidas pela ausência de alguns componentes. De forma a orientá-los na elaboração do PCE, segue abaixo a distribuição das responsabilidades.

� Coordenador do PCE:

� Comunicar a ocorrência à IPIRANGA, através da Central de Emergência (0800 56 2023);

� Decidir pelo acionamento do Órgão Ambiental, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e/ou Polícia Militar;

� Decidir pela evacuação do PA;

� Prestar informações às autoridades;

� Autorizar o fim do atendimento da emergência;

� Autorizar o reinício dos trabalhos normais, após certificar-se de que a emergência foi superada.

� Responsável pela movimentação:

� Providenciar a evacuação do escritório, se necessário;

� Proibir a entrada de pessoas não autorizadas nas áreas afetadas;

� Controlar uma possível evacuação do PA;

� Sinalizar a área afetada.

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� Brigadistas

� Executar as ações necessárias ao controle da emergência seguindo as orientaçõesdo coordenador do PCE.

Situações de emergência

A seguir listamos situações que devem ser tratadas como emergências e, neste caso, deve-se agir como estabelecido pelo Plano de Controle de Emergências - PCE. Demais possíveis acidentes devem ser estudados e incluídos no PCE.

Incêndio na área de descarga ou vizinhança;

Explosão na área de abastecimento, de descarga, dos tanques ou na vizinhança;

Colisão entre veículos;

Colisão de veículos contra equipamentos do sistema de abastecimento (bomba, filtro de óleo diesel, tanque aéreo, etc.);

Danos à bomba provocados pelo veículo durante ou após o abastecimento (retirada do veículo sem a desconexão do bico de abastecimento);

Vazamento de produto fora da área de contenção;

Afloramento de produto pelo solo;

Cheiro de combustível em áreas adjacentes;

Presença de combustíveis em rios, lagos, praias etc.;

Derramamento ou transbordamento de produto durante a descarga de caminhão tanque;

Transbordamento do tanque do veículo durante o abastecimento.

Diretrizes básicas

Durante o expediente

Qualquer funcionário que identifique uma das situações de emergência citadas deve informar imediatamente ao Coordenador do PCE, que poderá, em alguns casos, solicitar a evacuação do PA,inclusive aos funcionários.

Fora do expediente

Ao identificar uma situação de emergência, o vigilante deve comunicar imediatamente a ocorrência ao Coordenador do PCE ou ao funcionário por ele designado. Todos devem ser orientados

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sobre pessoas de contato que podem ser localizadas alternativamente, caso o Coordenador do PCE não consiga ser informado sobre a emergência. As contingências devem ser planejadas antecipadamente, estabelecendo-se focos de contato que devem ser encontrados para os casos previstos no plano;

Os vigilantes devem tomar as ações iniciais requeridas pela emergência, até receberem orientações do Coordenador do PCE;

Os vigilantes devem evitar comunicação externa ou emanar comentários que possam causar pânico. O Coordenador do PCE se encarregará de prestar os esclarecimentos aos órgãos competentes. Até a chegada do Coordenador do PCE, o vigilante deve limitar-se a informar a ocorrência, sem fazer suposições sobre suas causas.

Central de Emergências

Em caso de dúvida em situações de emergência, entre em contato com a Central de Emergências IPIRANGA (0800 56 2023). Através deste serviço, o cliente da IPIRANGA receberá orientações diretamente de engenheiros especialistas em segurança e proteção ambiental. A Central opera ininterruptamente durante todo o ano, 24 horas por dia.

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2) INCÊNDIOS

Os momentos mais importantes na ação contra o fogo são os primeiros segundos após o seu início. Não hesite em chamar o Corpo de Bombeiros caso o incêndio ocorrido não seja de pequenas proporções e de fácil controle com os extintores disponíveis.

2.1) REGRAS BÁSICAS

Caso não seja possível extinguir o fogo imediatamente após o seu início, chame o Corpo de Bombeiros;

Desligue toda a rede elétrica do PA;

Garanta a pronta e rápida evacuação dos veículos, assegurando-se que as pessoas sejam levadas para um local seguro;

Faça o possível para evitar que o fogo se propague;

Use os extintores apropriados para cada tipo de incêndio, conforme descrito a seguir.

2.2) CLASSES DE INCÊNDIO

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Classe A

Classe B

Classe C

Classe D

Fogo em combustíveis comuns que deixam resíduos. O resfriamento é o melhor método de extinção. Exemplo: Fogo em óleos lubrificantes, óleos combustíveis, madeira, estopa, papel e etc.

Fogo em líquidos inflamáveis. O abafamento é o melhor método de extinção. Exemplo: Fogo em gasolina, óleo diesel, álcool etílico (anidro e hidratado), querosene e etc.

Fogo em equipamentos elétricos energizados. Os agentes extintores ideais são o pó químico e o gás carbônico. Exemplo: Fogo em motores elétricos, transformadores, geradores, quadros de distribuição, fios e etc.

Fogo em metais combustíveis. O agente extintor ideal é o pó químico especial. Exemplo: Fogo em zinco, alumínio, magnésio, etc.

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2.3) EXTINTORES PORTÁTEIS

São aparelhos portáteis ou carroçáveis que servem para extinguir princípios de incêndio. Os extintores devem estar em local bem visível e de fácil acesso. O treinamento sobre o emprego correto do extintor é parte eficaz contra incêndio.

Os extintores utilizados deverão ter selo de certificação do INMETRO.

Durante a operação do extintor o operador nunca deverá avançar contra o vento, e sempre que possível operar com mais de uma pessoa buscando ter cobertura simultânea.

Existem 4 tipos de compostos extintores: água pressurizada, gás carbônico, pó químico seco (podendo ser o especial também) e espuma.

Os extintores de pó químico seco podem ser usados em todas as classes de incêndios, entretanto não devem ser usados em centrais telefônicas ou computadores, por deixarem resíduos. Vale ressaltar que não possuem uma boa atuação nos incêndios da classe A, sendo preciso completara extinção jogando água.

Apresenta-se na tabela abaixo o tipo de extintor que deverá ser utilizado para cada tipo de classe de incêndio:

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Classe A

Classe B

Classe C

Classe D

Ótimo

Não

Não

Não

Ótimo

Sim

Sim (pó químico especial)

Sim* Sim*

Ótimo

Não

Sim

Sim

Não

Sim

Não

Classe deIncêndio

Água / Gás Pó Químico Seco Espuma

Extintor de

* Com restrição, pois há risco de reignição. Se possível utilizar outro agente.

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Uma rotina de manutenção é de fundamental importância para a performance durante ações de combate ao fogo. O procedimento e freqüência desta manutenção devem seguir a norma ABNT NBR 12962 - Inspeção manutenção e recarga em extintores de incêndio.

Abaixo seguem as recomendações para inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio.

2.3.1. INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO

Semestralmente deverá ser efetuada inspeção nos extintores de incêndio com carga de gás carbônico. Já para os demais extintores, esta inspeção deverá ser anual. A inspeção deverá ser efetuada por pessoal habilitado e é esta inspeção que irá determinar o nível de manutenção que o extintor vai precisar. Existem 3 níveis de manutenção:

primeiro nível: geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser executada no local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo paraoficina especializada;

segundo nível: requer execução de serviços com equipamento e local apropriados e por pessoal habilitado;

terceiro nível ou vistoria: processo de revisão total do extintor, incluindo a execução de ensaios hidrostáticos, em conformidade com a norma ABNT NBR 13485. O ensaio hidrostático deve ser realizado a cada 5 anos ou em menor intervalo se o extintor sofrer impacto mecânico ou técnico de grande intensidade.

A tabela abaixo orienta os níveis de manutenção recomendados para algumas situações encontradas nas inspeções.

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Níveis deManutenção

Situação encontrada na inspeção

1

1 ou 2

1 ou 3

2

3

- Lacre(s) violado(s) ou vencido(s)- Quadro de instruções ilegível ou inexistente

- Inexistência de algum componente- Validade da carga de espuma química e carga líquida

- Mangueira de descarga apresentando danos, deformação ou ressecamento

- Extintor parcial ou totalmente descarregado- Mangotinho, mangueira de descarga ou bocal de descarga, quando houver, apresentando entupimento que não seja possível reparar na inspeção - Defeito nos sistemas de rodagem, transporte ou acionamento

- Corrosão no recipiente e/ou em partes que possam ser submetidas à pressãomomentânea ou estejam submetidas à pressão permanente e/ou em partesexternas contendo mecanismo ou sistema de acionamento mecânico- Data do último ensaio hidrostático igual ou superior a cinco anos Inexistência ou ilegibilidade das gravações originais de fabricação ou do últimoensaio hidrostático

A descrição dos serviços executados em cada nível de manutenção, para cada tipo de extintor, pode ser encontrada na norma ABNT NBR 12962.

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2.3.2) RECARGA

A recarga deve ser efetuada considerando-se as condições de preservação e manuseio do agente extintor recomendadas pelo fabricante;

Não é permitida a substituição do tipo de agente extintor ou do gás expelente nem a alteração das pressões ou quantidades indicadas pelo fabricante;

A recarga do extintor deve ser realizada imediatamente após o uso do equipamento, ou quando o ponteiro do manômetro estiver na faixa vermelha. Os prazos para recarga de extintores são determinados pela norma ABNT NBR 12962 e estão apresentados resumidamente na tabelaabaixo.

A lista das empresas certificadas para manutenção e recarga de extintor de incêndio encontra-se disponível no site do INMETRO (http://www.inmetro.gov.br/prodcert/). Qualquer dúvida contatar a DIVEC - Divisão de Verificação da Conformidade, através do telefone: (21) 2563-2832/ 2943 ou pelo e-mail: [email protected];

2.4) PROCEDIMENTO EM CASO DE INCÊNDIO

Incêndio no motor de veículo quando o capô estiver levantado

� Retirar os passageiros;

� Utilizar extintor de pó químico seco apontando o jato para a base das chamas.

Incêndio no motor de veículo quando o capô estiver abaixado

� Retirar os passageiros;

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Água

Pó químico seco

Dióxido de carbono

Espuma mecânica Seguir recomendações do fabricante

Extintor de

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Nas verificações semestrais de perda da carga (durante a inspeção), oagente extintor deve ser substituído somente quando houver perda

superior a 10% da carga nominal declarada

Agentes extintores devem ser substituídos no períodomáximo definido pelo seu fabricante

Intervalo máximo de cinco anos

Tempo para recarga

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� Utilizar extintor de pó químico seco;�

� Inicie o combate dirigindo o jato para a entrada de ar do veículo;�

� Não abra o capô por inteiro, pois a entrada de ar pode aumentar o fogo. Através de uma pequena abertura, dirija o jato para o motor, até que as chamas desapareçam;

� Abra o capô por inteiro e termine de apagar qualquer chama menor remanescente.

Incêndio ou explosão em áreas com inflamáveis

� Desligar a chave geral no painel elétrico;�

� Combater o fogo em seu início, utilizando extintores de pó químico seco. Durante o combate ao incêndio, mantenha-se sempre a favor do vento, dirigindo o jato extintor para a base do fogo;

� Se não for possível extinguir o fogo, chame imediatamente o Corpo de Bombeiros;�

� Comunique a Central de Emergências IPIRANGA;�

� Faça o possível para evitar que o fogo se propague, principalmente através dos canaletes de drenagem;

� Se possível, feche todas as válvulas que possam alimentar o fogo com inflamáveis;�

� Isolar a área para evitar o acesso de pessoas não autorizadas no local acidentado;�

� Não reinicie as operações do PA até que se tenha certeza da eliminação do risco.

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3) DERRAMES

Pequenos derrames

Entende-se por pequenos derrames de produto aqueles com formação de poças localizadas e sem tendência de escorrimento. No caso de pequenos derrames no abastecimento de veículo,proceder da seguinte maneira:

Interromper imediatamente o abastecimento;

Recolocar o bico da mangueira no suporte;

Recolocar a tampa da boca do tanque do veículo;

Espalhar areia, terra seca ou outro material absorvente sobre o combustível derramado;

Orientar o motorista para não ligar o veículo. Empurrar o carro para uma distância de 3 metros do local do derrame. Retirar com um pano seco o produto da parte da carroceria atingida, para se evitarmanchas na pintura;

Posicionar extintores para o caso de princípio de incêndio;

Recolher o material absorvente utilizando uma pá de plástico ou de alumínio. Acondicione os resíduos em baldes ou tambores com tampa, estocados em local seguro e arejado, para posterior descarte adequado.

Grandes derrames de produto

Entende-se por grandes derrames de produtos, aqueles com formação de poças de produto com escorrimento.

Paralise imediatamente todas as atividades do PA;

Desligue a chave geral do PA;

Acione o Corpo de Bombeiros;

Comunique a Central de Emergência IPIRANGA;

Atente para a possível presença de fontes de ignição nas proximidades;

Não permita que sejam ligados os motores dos veículos. Caso haja necessidade de remoção, os mesmos deverão ser empurrados;

Isole a área afetada pelo produto, alertando para o risco de incêndio;

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Posicione extintores em locais estratégicos, para o caso de princípio de incêndio;

Contenha qualquer tendência do produto escoar para outros locais, utilizando barreiras de contenção específicas para este tipo de derrame. Na falta de barreiras, poderá ser usado areia ou terra seca;

No caso de derrame durante a descarga do caminhão-tanque, o motorista deve fechar imediatamente a válvula de saída, isolar a área e retirar o mangote do bocal de descarga. Adescarga deve recomeçar somente quando as ações necessárias para seu controle estiverem concluídas;

Não use água para limpar o combustível do chão, pois isso só faz com que o produto se espalhe,aumentando a área de exposição a risco - água e derivados de petróleo não se misturam, sendo que os derivados tendem a permanecer na superfície, por serem de menor densidade;

Caso o produto atinja a vizinhança, alertar a comunidade em relação ao risco de incêndio. Dê atenção especial a porões, garagens subterrâneas ou depressões, onde há maior possibilidade de concentração de vapores. Peça auxílio ao Corpo de Bombeiros e à polícia.

Derrames ou vazamentos que atingirem corpos d'água superficiais

Acione imediatamente o órgão ambiental;

Comunique a Central de Emergência IPIRANGA;

Elimine a fonte do vazamento ou derrame;

Tente conter o produto com material absorvente e barreiras de contenção até que as autoridades competentes cheguem ao local;

Interrompa eventuais fontes de captação a partir do ponto onde ocorrer a entrada de combustível.

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4) INDÍCIOS DE VAPOR DE COMBUSTÍVEL NA VIZINHANÇA

Caso seja identificado algum indício de vapor de combustível fora dos limites do PA, por exemplo, em bueiros, em garagens subterrâneas, em poços artesianos, etc, comunique imediatamente a Central de Emergência IPIRANGA;

Comunique a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e o órgão ambiental para que sejam afastados os riscos a comunidade;

Instrua os envolvidos sobre os riscos envolvidos, solicitando-os que afastem qualquer fonte de ignição até que cheguem os órgãos especializados;

Verifique a necessidade de isolar e/ ou sinalizar a área de risco;

Providenciar a exaustão dos vapores, direcionando a saída do equipamento para locais de grande ventilação, afastados de fontes de ignição. Alternativamente, as galerias podem ser preenchidas com espuma mecânica, feita a partir da mistura de agente extintor com água ou mesmo sabão líquido ou em pó em abundância.

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5) COLISÃO DE VEÍCULOS NO PA

Desligar a chave geral no quadro elétrico;

Estancar possíveis vazamentos;

No caso de colisões contra coluna da cobertura de abastecimento, avaliar a integridade da estrutura e providenciar evacuação da área, se necessário;

Isolar e sinalizar o equipamento ou coluna atingida;

No caso da colisão ser sucedida por incêndios ou derrames, agir conforme orientações acima.

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6) PRIMEIROS SOCORROS

Inalação: Remova a vítima da área contaminada, mantendo-a deitada, quieta e aquecida. Manter as vias respiratórias livres, removendo dentes postiços (chapas), se tiver. Chamar/ encaminhar ao médico.

Contato com a pele: Remover roupas e sapatos contaminados. Não apalpar nem friccionar as partes atingidas. Lavar com água corrente abundante por 20 minutos (mínimo). Chamar/ encaminhar ao médico se necessário.

Contato com os olhos: Não friccionar. Remover lentes de contato, se tiver. Lavar com água corrente abundante por 20 minutos, mantendo as pálpebras separadas. Encaminhar ao oftalmologista.

Ingestão: No caso de ingestão de diesel ou gasolina, não provocar o vômito. Se a vítima estiver consciente, lavar sua boca com água limpa e fazê-la ingerir água em abundância. No caso de ingestão de álcool, se a vítima estiver consciente, provocar o vômito com água morna e lavar a boca com água limpa em abundância. Em qualquer dos casos anteriores, não administrar nada oralmente ou provocar o vômito em vítima inconsciente ou com convulsão. Chamar/ encaminhar a vítima ao médico o mais rápido possível.

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7) CENTRAL DE EMERGÊNCIA IPIRANGA

Quando identificada uma situação de emergência, ligar para a Central de Emergências IPIRANGA. Os técnicos da IPIRANGA irão retornar a ligação para instruí-lo sobre os procedimentos a serem tomados para minimizar os impactos do acidente. A Central de Emergência só atende situações de risco à segurança ou ao meio ambiente. Outras necessidades para o correto funcionamento da atividade, como chamados de manutenção, devem ser encaminhadas à Central de Atendimento ou através do PORTALDE REDE IPIRANGA.

OBS: Completar as células em branco da tabela acima com os telefones específicos da instituição/concessionária local/ assessor.

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Número da Central de Emergência IPIRANGA:

0800 56 2023

TELEFONECorpo de Bombeiros

Central de Emergência Ipiranga

Defesa Civil

Polícia Militar

Hospital mais próximo

Concessionária de energia elétrica

Concessionária de água

Órgão Ambiental Estadual

Assessor Comercial da Ipiranga

193

199

190

0800 56 2023

NOME

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