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Guia do administrador

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Guia completo do administrador

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  • 3O que o CRA?O Conselho Regional de Administrao uma autarquia federal dota-

    da de personalidade jurdica de direito pblico, com autonomia tcnica, administrativa e financeira. Funciona como rgo consultivo, orientador, disciplinador e fiscalizador do exerccio da profisso de Administrador, conforme preconiza a Lei 4.769/65, e seu Regulamento aprovado pelo De-creto 61.934/67.

    Quais so as finalidades do CRA?Por disposio da legislao que regulamenta a profisso de Adminis-

    trador so finalidades do Conselho Regional de Administrao:a) dar execuo s diretrizes formuladas pelo Conselho Federal de Administrao - CFA;b) fiscalizar, na rea da respectiva jurisdio, o exerccio da profisso de Administrador;c) organizar e manter o registro de Administrador;d) julgar as infraes e impor as penalidades referidas na Lei 4.769/65;e) expedir as carteiras profissionais dos Administradores;f) elaborar o seu regimento interno para exame e aprovao pelo CFA.

    Qual a importncia do registro?Com a inscrio no CRA, o Bacharel em Administrao fica habilitado

    para o exerccio da profisso de Administrador, podendo ento se denomi-nar Administrador e atuar legalmente nas reas privativas dessa profisso.

    Somente quem se registra no CRA recebe a Carteira de Identidade Pro- fissional de Administrador, vlida como documento de identidade em todo o territrio nacional e comprovante de que est habilitado para o exerccio da profisso de Administrador em seu estado.

    Alm de ser uma obrigao legal, o registro no CRA um ato de consci- ncia profissional: atuando regularmente, o Administrador contribui para a valorizao e o fortalecimento da sua profisso.

    Quais as principais obrigaes que surgem com o registro profissional?

    Ao efetuar o registro e, consequentemente, tornar-se um Administrador, o profissional est obrigado a obedecer ao Cdigo de tica Profissional do Administrador, que impe normas e condutas voltadas preservao da ima-gem profissional e defesa da sociedade.

    Todo Administrador deve realizar o pagamento da anuidade, indepen-dente de estar exercendo ou no a profisso, j que essa obrigao decorre

  • 4de estar inscrito e, portanto, habilitado para atuao profissional. Quem no estiver atuando pode solicitar o cancelamento do registro,eximindo-se assim do pagamento das anuidades. O inadimplemento da anuidade provoca a ins-crio em dvida ativa e a respectiva cobrana em processo de execuo fiscal.

    Cabe ao Administrador manter atualizados os seus dados cadastrais junto ao CRA,especialmente os que dizem respeito ao seu endereo para corres-pondncia. Com o endereo desatualizado, o Administrador poder no re-ceber os informativos e as correspondncias de seu interesse. Poder ocorrer tambm o no recebimento da guia para o pagamento da anuidade, acarre-tando o acmulo de dbitos e cobranas indesejveis.

    Os Administradores tambm tm a obrigao de eleger os seus repre-sentantes, devendo exercer o seu direito de voto nas eleies organizadas pelo CRA, escolhendo, de forma secreta, os conselheiros regionais e federais. As regras para composio de chapas,bem como as formas de votao, so amplamente divulgadas pelo CRA nos perodos que antecedem as eleies.

    Como quitada a anuidade?A guia da anuidade encaminhada no incio do ms de janeiro, com ven-

    cimentos e descontos diferenciados. Os Administradores podem optar pelo pagamento em cota nica ou ento pelo pagamento parcelado. Alm disso, existe a oferta do Conselho Federal de Administrao, que garante um ano de assinatura grtis da Revista Brasileira de Administrao para os Adminis-tradores que quitarem sua anuidade em parcela nica at 31 de janeiro. O ltimo prazo para o pagamento da anuidade 31 de maro, quando ocorre o vencimento e passa a incidir multas e juros.

    Quando solicitar licena de registro? Os profissionais que no estiverem exercendo temporariamente atividade na

    rea profissional do Administrador podero solicitar licena de registro, desde que estejam em dia com todas as obrigaes, inclusive financeiras, at a entrega do pedido junto com os documentos comprobatrios, que podero ser verificados no site www.crasc.org.br. A referida licena poder ser concedida pelo prazo de at 2 (dois) anos, renovvel mais uma vez por igual perodo.

    Quando solicitar cancelamento de registro?Os Profissionais que no estiverem e no pretenderem mais exercer ativi-

    dades na rea profissional do Administrador podero solicitar cancelamento de registro, desde que estejam em dia com todas as obrigaes, inclusive financeiras, at a entrega do pedido junto com os documentos comprobat-

  • 5rios, que podero ser verificados no site www.crasc.org.br. OBS: Alertamos que tanto o profissional com seu registro licenciado,

    como o profissional com registro cancelado, voltando a atuar na rea da Administrao (tais como: cargos de assessoria, coordenao, superviso, gerncia e direo nas reas financeiras, de recursos humanos, marketing ou produo), devero restabelecer seu registro, sob pena de sofrerem as sanes cabveis por estarem em exerccio ilegal da profisso.

    Atualizao do cadastro importante que o Administrador mantenha atualizado o seu endereo

    e e-mail. A alterao de nome por motivo de casamento ou divrcio, deve igualmente ser comunicado ao CRA e comprovada atravs de certides. Nes-te caso poder ser solicitada nova carteira, apresentando uma foto 3x4 para documentos atualizada.

  • 6Administrao Financeira

    1. Anlise Financeira 2. Assessoria Financeira 3. Assistncia Tcnica Financeira4. Consultoria Tcnica Financeira 5. Diagnstico Financeiro 6. Orientao Financeira 7. Pareceres de Viabilidade Financeira8. Projees Financeiras9. Projetos Financeiros 10. Sistemas Financeiros 11. Administrao de bens e valores 12. Administrao de capitais 13. Controladoria 14. Controle de custos15. Levantamento de Aplicao de Recursos16. Arbitragens17. Controle de bens materiais18. Participao em outras Sociedades (holding)19. Planejamento de Recursos20. Projetos de Estudo e Preparo para Financiamento

    Administrao de Material

    1. Administrao de Estoque 2. Assessoria de Compras 3. Assessoria de Estoques 4. Assessoria de Materiais5. Catalogao de Materiais 6. Codificao de Materiais 7. Controle de Materiais 8. Estudo de Materiais

    9. Logstica 10. Oramento e Procura de Materiais11. Planejamento de Compras 12. Sistemas de Suprimento

    Administrao da Produo

    1. Controle de Produo 2. Pesquisa de Produo 3. Planejamento de Produo4. Planejamento e Anlise de Custo

    Administrao e Seleo de Pessoal/Recursos Humanos

    1. Cargos e Salrios 2. Controle de Pessoal 3. Coordenao de Pessoal 4. Desenvolvimento de Pessoal5. Interpretao de Performances 6. Locao de Mo de Obra 7. Pessoal Administrativo 8. Pessoal de Operaes 9. Recrutamento 10. Recursos Humanos 11. Seleo 12. Treinamento

    Campos Conexos

    1. Administrao de Consrcio2. Administrao de Comrcio Exterior 3. Administrao de Cooperativas 4. Administrao Hospitalar 5. Administrao de Condomnios6. Administrao Rural 7. Factoring

    reas de Atuao Profissional

  • 7Administrao Mercadolgica/ Marketing

    1. Administrao de Vendas 2. Canais de Distribuio 3. Consultoria Promocional 4. Coordenao de Promoes 5. Estudos de Mercado6. Informaes Comerciais Extra Contbeis7. Marketing 8. Pesquisa de Mercado9. Pesquisa de Desenvolvimento de Produto10. Planejamento de Vendas 11. Promoes12. Tcnica Comercial 13. Tcnica de Varejo (grandes magazines)

    Oramento

    1. Controle de Custos 2. Controle e Custo Oramentrio 3. Elaborao de Oramento 4. Empresarial 5. Implantao de Sistemas 6. Projees 7. Provises e Previses

    7

    Organizao e Mtodos e Programas de Trabalho1. Administrao de Empresas 2. Anlise de Formulrios 3. Anlise de Mtodos 4. Anlise de Processos5. Anlise de Sistemas 6. Assessoria Administrativa 7. Assessoria Empresarial 8. Assistncia Administrativa 9. Auditoria Administrativa 10. Consultoria Administrativa 11. Controle Administrativo 12. Gerncia Administrativa e de Projetos 13. Implantao de Controle e de Projetos 14. Implantao de Estruturas Empresariais 15. Implantao de Mtodos e Processos 16. Implantao de Planos17. Implantao de Servios 18. Implantao de Sistemas 19. Organizao Administrativa 20. Organizao de Empresa 21. Organizao e Implantao de Custos 22. Pareceres Administrativos 23. Percias Administrativas 24. Planejamento Empresarial 25. Planos de Racionalizao e Reor-ganizao 26. Processamento de Dados/ Informtica 27. Projetos Administrativos 28. Racionalizao

  • 8Dispe sobre o exerccio da profisso de Administrador e d outras providncias. (1)

    O Presidente da RepblicaFao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-

    guinte Lei:Art.1o O Grupo da Confederao Nacional das Profisses Liberais,

    constante do Quadro de Atividades e Profisses, anexo Consolida-o das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n.o5.452, de 1o de maio de 1943, acrescido da categoria profissional de Administrador.(1)

    Pargrafo nico. Tero os mesmos direitos e prerrogativas dos Bacharis em Administrao, para o provimento dos cargos de Ad-ministrador do Servio Pblico Federal, os que hajam sido diplo -mados no exterior, em cursos regulares de Administrao, aps a revalidao dos diplomas no Ministrio da Educao, bem como os que, embora no diplomados ou diplomados em outros cursos de ensino superior e mdio, contem cinco anos, ou mais, de ativida-des prprias ao campo profissional do Administrador.(1)

    Art. 2o A atividade profissional de Administrador ser exercida, como profisso liberal ou no, mediante(1)

    a) pareceres, relatrios, planos, projetos, arbitragens, laudos, as-sessoria em geral, chefia intermediria, direo superior;b) pesquisas, estudos, anlise, interpretao, planejamento, im-plantao, coordenao e controle dos trabalhos nos campos da Administrao, como administrao e seleo de pessoal, organi-zao e mtodos, oramentos, administrao de material, adminis -trao f inanceira, administrao mercadolgica, administrao de produo, relaes industriais, bem como outros campos em que esses se desdobrem ou aos quais sejam conexos.

    Art. 3o O exerccio da profisso de Administrador privativo:(1)a) dos bacharis em Administrao Pblica ou de Empresas, diplo -mados no Brasil, em cursos regulares de ensino superior,oficial, oficializado ou reconhecido, cujo currculo seja f ixado pelo Con-selho Federal de Educao, nos termos da Lei n.o 4.024, de 20 de

    Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965

  • 9dezembro de 1961;b) dos diplomados no exterior, em cursos regulares de Adminis -trao, aps a revalidao do diploma no Ministrio da Educao, bem como dos diplomados, at a f ixao do referido currculo, por cursos de bacharelado em Administrao, devidamente reco-nhecidos;c) dos que, embora no diplomados nos termos das alneas an- teriores, ou diplomados em outros cursos superiores e de ensino mdio, contem, na data da vigncia desta Lei, cinco anos, ou mais, de atividades prprias no campo profissional de Administrador de-f inido no art. 2o. (1)(2)

    Pargrafo nico. A aplicao deste artigo no prejudicar a situa-o dos que, at a data da publicao desta Lei, ocupem o cargo de Administrador, os quais gozaro de todos os direitos e prerrogativas estabelecidos neste diploma legal.(1)

    Art. 4o Na administrao pblica, autrquica, obrigatria, a partir da vign-cia desta Lei, a apresentao de diploma de Bacharel em Administrao, para o provimento e exerccio de cargos tcnicos de administrao, ressalvados os direitos dos atuais ocupantes de cargos de Administrador.(1)

    1o Os cargos tcnicos a que se refere este artigo sero definidos no regu-lamento da presente Lei, a ser elaborado pela Junta Executiva, nos termos do artigo 18.

    2o A apresentao do diploma no dispensa a prestao de concurso, quan-do exigido para o provimento do cargo.

    Art. 5o Aos Bacharis em Administrao facultada a inscrio nos concursos, para provimento das cadeiras de Administrao, existentes em qualquer ramo do ensino tcnico ou superior, e nas dos cursos de Administrao.

    Art. 6o So criados o Conselho Federal de Administrao (CFA) e os Conselhos Regionais de Administrao (CRAs), constituindo em seu conjunto uma autarquia dotada de personalidade jurdica de direito pblico, com autonomia tcnica, administrativa e financeira, vinculada ao Ministrio do Trabalho. (1) (3)

    Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965

  • 10

    Art. 7o O Conselho Federal de Administrao, com sede em Braslia, Distrito Federal, ter por finalidade:(1)

    a) propugnar por uma adequada compreenso dos problemas administrativos e sua racional soluo;b) orientar e disciplinar o exerccio da profisso de Administrador; (1) c) elaborar seu regimento interno;d) dirimir dvidas suscitadas nos Conselhos Regionais;e) examinar, modificar e aprovar os regimentos internos dos Conselhos Regionais;f) julgar, em ltima instncia, os recursos de penalidades impostas pelos CRAs;(1)

    g) votar e alterar o Cdigo de Deontologia Administrativa, bem como zelar pela sua fiel execuo, ouvidos os CRAs; (1) h) aprovar anualmente o oramento e as contas da autarquia;i) promover estudos e campanhas em prol da racionalizao administrativa do Pas.

    Art. 8o Os Conselhos Regionais de Administrao (CRAs), com sede nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal, tero por f inalida-de:(1)

    a) dar execuo s diretrizes formuladas pelo Conselho Federal de Administrao; (1) b) f iscalizar, na rea da respectiva jurisdio, o exerccio da pro- f isso de Administrador; (1)

    c) organizar e manter o registro de Administrador; (1)

    d) julgar as infraes e impor as penalidades referidas nesta Lei; e) expedir as carteiras profissionais dos Administradores; (1) f) elaborar o seu regimento interno para exame e aprovao pelo CFA. (1)

    Art. 9o O Conselho Federal de Administrao compor-se- de brasi -leiros natos ou naturalizados, que satisfaam as exigncias desta Lei, e ser constitudo por tantos membros efetivos e respectivos suplentes quantos forem os Conselhos Regionais, eleitos em escrutnio secreto e por maioria simples de votos nas respectivas regies. (1) (4)

    Pargrafo nico. Dois teros, pelo menos, dos membros efetivos, assim como dos membros suplentes, sero necessariamente ba- charis em Administrao, salvo nos Estados em que, por motivos relevantes, isto no seja possvel.

  • 11

    Art. 10 A renda do CFA constituda de: (1) a) vinte por cento (20%) da renda bruta dos CRAs, com exceodos legados, doaes ou subvenes; (1) b) doaes e legados;c) subvenes dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, ou de empresas e instituies privadas;d) rendimentos patrimoniais;e) rendas eventuais.

    Art. 11 Os Conselhos Regionais de Administrao com at doze mil Administradores inscritos, em gozo de seus direitos prof issio -nais, sero constitudos de nove membros efetivos e respectivos suplentes, eleitos da mesma forma estabelecida para o Conselho Federal. (1) (4)

    1o Os Conselhos Regionais de Administrao com nmero de Administradores inscritos superior ao constante do caput deste ar tigo podero, atravs de deliberao da maioria absoluta do Plenrio e em sesso especf ica, criar mais uma vaga de Con-selheiro efetivo e respectivo suplente para cada contingente de trs mil Administradores excedente de doze mil, at o l imite de vinte e quatro mil.(4)

    Art. 12 A renda dos CRAs ser constituda de: (1) a) oitenta por cento (80%) da anuidade estabelecida pelo CFA erevalidada trienalmente;b) rendimentos patrimoniais;c) doaes e legados;d) subvenes e auxlios dos Governos Federal, Estaduais e Munici -pais, ou, ainda, de empresas e instituies particulares;e) provimento das multas aplicadas;f) rendas eventuais.

    Art. 13 Os mandatos dos membros do Conselho Federal e dos Con- selhos Regionais de Administrao sero de quatro anos, permitida uma reeleio. (1) (4)

    Pargrafo nico. A renovao dos mandatos dos membros dos Conse-lhos referidos no caput deste artigo ser de um tero e dois teros, alterna-damente, a cada binio.(4)

  • 12

    Art. 14 S podero exercer a profisso de Administrador os profissio-nais devidamente registrados nos CRAs, pelos quais ser expedida a carteira profissional.(1)

    1o A falta do registro torna ilegal, punvel, o exerccio da profisso de Administrador.(1)

    2o A carteira profissional servir de prova para fins de exerccio pro-fissional, de carteira de identidade e ter f em todo o territrio nacional.

    Art. 15 Sero obrigatoriamente registrados nos CRAs as empresas, enti-dades e escritrios tcnicos que explorem, sob qualquer forma, atividades de Administrador, enunciadas nos termos desta Lei.(1)

    Pargrafo nico. O registro a que se refere este artigo ser feito gratui-tamente pelos CRAs.

    Art. 16 Os Conselhos Regionais de Administrao aplicaro penalidades aos infratores dos dispositivos desta Lei, as quais podero ser: (1)

    a) multa de 5% (cinco por cento) a 50% (cinquenta por cento) do maior salrio mnimo vigente no Pas aos infratores de qualquer artigo;b) suspenso de seis meses a um ano ao profissional que demonstrar incapacidade tcnica no exerccio da profisso, assegurando- lhe ampla defesa;c) suspenso, de um a cinco anos, ao profissional que, no mbito de sua atuao, for responsvel, na parte tcnica, por falsidade de documento, ou por dolo, em parecer ou outro documento que assinar.

    Pargrafo nico. No caso de reincidncia da mesma infrao,praticada dentro do prazo de cinco anos, aps a primeira, alm da aplicao da multa em dobro, ser determinado o cancelamento do registro profis-sional.

    Art. 17 Os Sindicatos e Associaes Profissionais de Administradores co-operaro com o CFA para a divulgao das modernas tcnicas de Administra-o, no exerccio da profisso. (1)

    Art. 18 Para promoo das medidas preparatrias execuo des-ta Lei, ser constituda por decreto do Presidente da Repblica, den-tro de 30 dias, uma Junta Executiva integrada de dois representantes

  • 13

    indicados pelo DASP, ocupantes de cargos de Administrador; de dois Bacharis em Administrao, indicados pela Fundao Getlio Vargas; de trs Bacharis em Administrao, representantes das Universida-des que mantenham curso superior de Administrao, um dos quais indicado pela Fundao Universidade de Braslia e os outros dois por indicao do Ministro da Educao. (1)

    Pargrafo nico. Os representantes de que trata este artigo sero indicados ao Presidente da Repblica em lista dplice.

    Art. 19 Junta Executiva de que trata o artigo anterior caber: a) elaborar o projeto de regulamento da presente Lei e submet- lo aprovao do Presidente da Repblica; b) proceder ao registro, como Administrador, dos que o requere- rem, nos termos do art. 3o;(1) c) estimular a iniciativa dos Administradores na criao de Associa-es Profissionais e Sindicatos;(1) d) promover, dentro de 180 (cento e oitenta) dias, a realizao das primeiras eleies para a formao do Conselho Federal de Administrao (CFA) e dos Conselhos Regionais de Administrao (CRAs). (1)

    1o Ser direta a eleio de que trata a alnea d deste artigo, nela votando todos os que forem registrados, nos termos da alnea b.

    2o Ao formar-se o CFA, ser extinta a Junta Executiva, cujo acervo e cujos cadastros sero por ele absorvidos. (1)

    Art. 20 O disposto nesta Lei s se aplicar aos servios municipais, s empresas privadas e s autarquias e sociedades de economia mis-ta dos Estados e Municpios, aps comprovao, pelos Conselhos de Administrao,da existncia, nos Municpios em que esses servios, empresas, autarquias ou sociedades de economia mista tenham sede, de tcnicos legalmente habilitados, em nmero suficiente para o aten-dimento nas funes que lhes so prprias. (1)

    Art. 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 22 Revogam-se as disposies em contrrio.

  • 14

    Publicada no D.O.U. de 13/09/65, pg. 9.337 e retificada no D.O.U., de 16/09/65, pg. 9.531 (1)

    (1) Nova redao conferida pelo art. 1o da Lei n.o 7.321, de 13/06/85, publicada no D.O.U. de 14/06/85, que Altera a denomi-nao do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Tcnicos de Administrao e d outras providncias

    (2) Parte mantida pelo Congresso Nacional aps veto presiden-cial, promulgada pelo Presidente da Repblica em 12/11/65 e publi-cada no D.O.U. de 17/11/65

    (3) Vinculao extinta por fora do disposto no art. 3o do Decre-to-lei n.o 2.299, de 21/11/86, publicado no D.O.U. de 24/11/86

    (4) Nova redao dada pelo art. 1o da Lei n.o 8.873, de 26/04/94, publicada no D.O.U. de 27/04/94

    Braslia, 9 de setembro de 1965; 144o da Independncia e 77o da Repblica.H.Castelo Branco Arnaldo Sussekind

  • 15

    Dispe sobre a regulamentao do exerccio da profisso de Administrador, de acordo com a Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de

    1965 e d outras providncias. (1)

    O Presidente da Repblica, usando da atribuio que lhe confere o art. 83, item II, da Constituio e tendo em vista o que determina a Lei nmero 4.769, de 9 de setembro de 1965, decreta:

    Art. 1o Fica aprovado o Regulamento que com este baixa, assinado pelo Ministro do Trabalho e Previdncia Social, que dispe sobre o exerccio da profisso liberal de Administrador e a constituio do Conselho Federal de Administrao e dos Conselhos Regionais. (1)

    Art. 2o Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao. Art. 3o Revogam-se as disposies em contrrio.

    Braslia, 22 de dezembro de 1967; 146o da Independncia e 79o da Re-pblica

    A. Costa e SilvaJarbas G. Passarinho

    Publicado no D.O.U. de 27/12/67, pg. 13.015 e retificado no D.O.U. de 05/01/68

    1) Nova redao conferida pelo art. 1o da Lei n.o 7.321, de 13/06/85, publicada no D.O.U. de 14/06/85, que Altera a denominao do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Tcnicos de Ad-ministrao e d outras providncias.

    Decreto n.o 61.934, de 22 de dezembro de 1967

  • 16

    REGULAMENTO DA LEI N. 4.769, DE 9 DE SETEMBRO DE 1965, QUE REGULA O EXERCCIO DA PROFISSO DE ADMINISTRADOR

    TTULO I

    Da Profisso de Administrador (1)

    Do Administrador (1)

    Art. 1o O desempenho das atividades de Administrao, em qualquer de seus campos, constitui o objeto da profisso liberal de Administrador, de nvel superior.(1)

    Art. 2o A designao profissional e o exerccio da profisso de Adminis- trador, acrescida ao Grupo da Confederao Nacional das Profisses Liberais, constantes do Quadro de Atividades e Profisses anexo Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n.o 5.452, de 1o de maio de 1943, so privativos: (1)

    a) dos bacharis em Administrao diplomados no Brasil, em cursos re-gulares de ensino superior, oficiais, oficializados ou reconhecidos, cujo currculo seja fixado pelo Conselho Federal de Educao, nos termos da Lei n.o 4.024, de 20 de dezembro de 1961, bem como dos que, at a fixao do referido currculo, tenham sido diplomados por cursos de bacharelado em Administrao devidamente reconhecidos;b) dos diplomados no exterior, em cursos regulares de Administrao, aps a revalidao do diploma no Ministrio da Educao e Cultura;c) dos que, embora no diplomados nos termos das alneas anteriores, ou diplomados em outros cursos superiores ou de ensino mdio, contassem em 13 de setembro de 1965, pelo menos cinco anos de atividades prprias no campo profissional do Administrador definido neste Regulamento.(1)

    17Pargrafo nico. ressalvada a situao dos que, em 13 de setembro de 1965, ocupavam cargos de Administrador no Servio Pblico Federal, Estadual ou Municipal, aos quais so assegurados todos os direitos e prer-rogativas previstos neste Regulamento.(1)

    CAPTULO I

  • 17

    Do Campo e da Atividade Profissional Art. 3o A atividade profissional do Administrador, como profisso, liberal

    ou no, compreende: (1) a) elaborao de pareceres, relatrios, planos, projetos, arbitragens e lau-dos, em que se exija a aplicao de conhecimentos inerentes s tcnicas de organizao;b) pesquisas, estudos, anlises, interpretao, planejamento, implanta-o, coordenao e controle dos trabalhos nos campos de administrao geral, como administrao e seleo de pessoal, organizao, anlise, mtodos e programas de trabalho, oramento, administrao de material e financeira, relaes pblicas, administrao mercadolgica, administra-o de produo, relaes industriais, bem como outros campos em que estes se desdobrem ou com os quais sejam conexos; (2) c) exerccio de funes e cargos de Administrador do Servio Pblico Federal, Estadual, Municipal, Autrquico, Sociedades de Economia Mis-ta, empresas estatais, paraestatais e privadas, em que fique expresso e declarado o ttulo do cargo abrangido; (1) d) o exerccio de funes de chefia ou direo, intermediria ou superior, assessoramento e consultoria em rgos, ou seus compartimentos, da Administrao pblica ou de entidades privadas, cujas atribuies envol-vam principalmente, a aplicao de conhecimentos inerentes s tcnicas de administrao;e) magistrio em matrias tcnicas do campo da administrao e organi-zao. Pargrafo nico. A aplicao do disposto nas alneas c, d e e no prejudicar a situao dos atuais ocupantes de cargos, funes e empre-gos, inclusive de direo, chefia,assessoramento e consultoria no Servio Pblico e nas entidades privadas, enquanto os exercerem.

    Art. 4o Na Administrao Pblica Federal, Estadual ou Municipal, direta ou indireta, obrigatria, para o provimento e exerccio de cargos de Ad-ministrador, a apresentao de diploma de Bacharel em Administrao ou a comprovao de que o candidato adquiriu os mesmos direitos e prerrogativas na forma das alneas a a c do art. 2o deste Regulamento, ressalvado o disposto no pargrafo nico do art. 2o deste Regulamento. (1)

    CAPTULO II

  • 18

    Pargrafo nico. A apresentao do diploma no dispensa a prestao de concurso para o provimento do cargo, quando o exija a Lei.

    Art. 5o No caso de insuficincia de Administrador, comprovada por falta de inscrio em recrutamento ou seleo pblica, podero os rgos p-blicos, autrquicos ou sociedades de economia mista, bem como quais-quer empresas privadas, solicitar ao Conselho Regional de sua jurisdio licena para o exerccio da profisso de Administrador por pessoa no habilitada, portadora de diploma de curso superior. (1)

    1o A licena ser concedida por perodo de at dois anos, renovvel, mediante nova solicitao, se comprovada ainda a insuficincia de Ad-ministradores. (1)

    2o A licena referida neste artigo vigorar exclusivamente para o Muni-cpio para o qual foi solicitada, proibida expressamente a transferncia para outro Municpio.

    Art. 6o Os documentos referentes ao profissional, de que trata o art. 3o deste Regulamento, sero obrigatoriamente elaborados e assinados por Administradores, devidamente registrados na forma em que dispuser este Regulamento, salvo no caso de exerccio de cargo pblico. (1)

    Pargrafo nico. obrigatria a citao do nmero de registro no Conse-lho Regional aps a assinatura.

    Art. 7o As autoridades federais, estaduais e municipais, bem como as e presas privadas, devero obrigatoriamente exigir a assinatura do Administra-dor devidamente registrado, nos documentos mencionados no art. 3o deste Regulamento exceto quando se tratar de documentos oficiais assinados por ocupantes do cargo pblico respectivo. (1)

    Art. 8o. O Conselho Federal de Administrao e os Conselhos Regionais, por iniciativa prpria ou mediante denncias das autoridades judiciais ou administrativas, promovero a responsabilidade do Administrador, nos casos de dolo, fraude ou m-f, adotando as providncias cabveis manuteno de um sadio ambiente profissional, sem prejuzo da ao administrativa ou criminal que couber. (1)

  • 19

    Do Exerccio Profissional

    Art. 9o Para o exerccio da profisso de Administrador obrigatria a apre-sentao da Carteira de Identidade de Administrador, expedida pelo Conse-lho Regional de Administrao, juntamente com prova de estar o profissional em pleno gozo dos seus direitos sociais. (1)

    Art. 10 A falta do registro torna ilegal e punvel o exerccio da profisso de Administrador. (1)

    Art. 11 O exerccio profissional de que trata este Regulamento ser fisca-lizado pelos competentes Conselhos Regionais e pelo Conselho Federal de Administrao, aos quais cabem a orientao e a disciplina do exerccio da profisso de Administrador em todo o territrio nacional.(1)

    Da Sociedade entre ProfissionaisArt. 12 As sociedades de prestao de servios profissionais mencionadas

    neste Regulamento s podero se constituir ou funcionar sob a responsabili-dade de Administradores, devidamente registrados e no pleno gozo de seus direitos sociais.(1)

    1o O Administrador, ou os Administradores, que fizerem parte das so-ciedades mencionadas neste artigo, respondero, individualmente, perante os Conselhos, pelos atos praticados pelas Sociedades em desacordo com o Cdigo de Deontologia Administrativa.(1)

    2o As Sociedades a que alude este artigo so obrigadas a promover o seu registro prvio no Conselho Regional da rea de sua atuao, e nos de tantas em quantas atuarem, ficando obrigadas a comunicar-lhes quaisquer alteraes ou ocorrncias posteriores nos seus atos constitutivos.

    Art. 13 As atuais sociedades existentes ficam obrigadas a se adaptarem

    CAPTULO IV

    CAPTULO III

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    s exigncias contidas neste captulo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da publicao deste Regulamento.

    TTULO II

    Do Conselho Federal de Administrao(1)

    Da Autarquia

    Art. 14 O Conselho Federal de Administrao e os Conselhos Regionais de Administrao dos Estados e Territrios, criados pela Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, constituem em seu conjunto uma autarquia dotada de per-sonalidade jurdica de direito pblico, com autonomia tcnica, administrativa e financeira, vinculada ao Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, sob a denominao de Conselho Federal de Administrao, com o subttulo de Regional, com a designao da regio, quando for o caso.(1) (3)

    Art. 15 A Autarquia Conselho Federal de Administrao, no seu conjunto, ter Quadro de Pessoal prprio, regido pela Consolidao de Leis do Trabalho.(1)

    Pargrafo nico. Podero ser requisitados, na forma da Lei, servidores da Administrao Pblica, direta ou indireta, para servirem ao Conselho Federal de Administrao, ou em seu conjunto, os quais no perdero sua condio de funcionrios pblicos.(1)

    Art. 16 O exerccio financeiro coincidir com o ano civil.

    Art. 17 A responsabilidade administrativa e financeira do Conselho Fe-deral e de cada Conselho Regional de Administrao caber aos respectivos Presidentes. (1)

    Pargrafo nico. At 31 de maro do exerccio seguinte quele a que

    CAPTULO I

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    se refiram as prestaes de contas dos Conselhos Regionais de Administra-o, depois de apreciadas pelos respectivos Plenrios, sero encaminhadas ao Conselho Federal de Administrao, o qual as apresentar com o seu pa-recer e juntamente com a sua prpria prestao de contas, apreciada pelo respectivo Plenrio, Inspetoria Geral de Finanas do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social. (1) (3)

    Art. 18 As entidades sindicais, associaes profissionais e Faculdades cooperaro com o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administra-o, para a divulgao das modernas tcnicas de administrao e dos proces-sos de racionalizao administrativa do Pas. (1)

    Art. 19 Para os efeitos do disposto no artigo anterior, os rgos citados celebraro acordos ou convnios de assistncia tcnica e financeira, tendo em vista, sobretudo, o interesse nacional, a ampliao e a intensificao dos estudos e pesquisas administrativas, para o melhor aproveitamento dos Ad-ministradores. (1)

    Da Finalidade, Sede e Foro

    Art. 20 O Conselho Federal de Administrao, com sede e foro em Braslia,Distrito Federal, ter por finalidade: (1)

    a) propugnar por uma adequada compreenso dos problemas administra-tivos e sua racional soluo;b) orientar e disciplinar o exerccio da profisso de Administrador; (1)

    c) elaborar o seu Regimento;d) dirimir dvidas suscitadas nos Conselhos Regionais;e) examinar, modificar e aprovar os regimentos internos dos Conselhos Regionais;f) julgar, em ltima instncia, os recursos de penalidades impostas pelos Conselhos Regionais de Administrao; (1) g) votar e alterar o Cdigo de Deontologia Administrativa, bem como zelar pela sua fiel execuo, ouvidos os Conselhos Regionais de Administra-o;(1) h) aprovar, anualmente, o oramento e as contas da Autarquia;i) promover estudos e campanhas em prol da racionalizao administra-

    CAPTULO II

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    tiva do Pas.

    Da ComposioArt. 21 O Conselho Federal de Administrao compor-se- de brasileiros

    natos ou naturalizados, que satisfaam as exigncias da Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, e ter a seguinte constituio: (1) (4)

    a) nove membros efetivos, eleitos pelos representantes dos sindicatos e das associaes profissionais de Administrao que, por sua vez, elege-ro dentre si o seu Presidente; (1) (4) b) nove suplentes eleitos juntamente com os membros efetivos.(4)

    Pargrafo nico. Dois teros, pelo menos, dos membros efetivos, assim como dos membros suplentes, sero necessariamente bacharis em Ad-ministrao, salvo nos Estados em que, por motivos relevantes, isso no seja possvel.

    Dos Mandatos e das EleiesArt. 22 Os mandatos dos membros do Conselho Federal de Administrao

    e dos respectivos suplentes sero de trs (3) anos, podendo ser renovados. (1) (5)

    Art. 23 Na primeira eleio que se realizar, na forma deste Regulamento, os membros eleitos do Conselho Federal de Administrao e os respectivos suplentes tero 3 (trs) mandatos de 1 (um) ano; 3 (trs) mandatos de 2 (dois) anos; e 3 (trs) mandatos de 3 (trs) anos. (1) (5)

    Pargrafo nico. A renovao do tero dos membros do Conselho Federal de Administrao e dos respectivos suplentes far-se- anualmente. (1) (5)

    Art. 24 As eleies dos membros do Conselho Federal de Administrao e dos respectivos suplentes sero realizadas em Braslia, Distrito Federal, pelos representantes dos Sindicatos e das Associaes Profissionais de Administra-

    CAPTULO IV

    CAPTULO III

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    o existentes no Brasil devidamente registrados no Ministrio do Trabalho e Previdncia Social. (1)

    Art. 25 A convocao para as eleies a que se refere o artigo anterior ser feita pelo Conselho Federal de Administrao, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, antes do trmino do mandato. (1)

    Art. 26 A Assemblia de Representantes Eleitorais, constituda nos termos deste Regulamento, deliberar em primeira convocao com a presena de pelo menos 2/3 (dois teros) de seus componentes credenciados e, 24 (vinte e quatro) horas depois, com a presena de qualquer nmero de representantes credenciados.

    1o A Assemblia a que se refere este artigo ser instalada pelo Presi-dente do Conselho Federal de Administrao, ou seu substituto legal, e presidida por um dos seus membros, eleito entre eles.(1) 2o O Conselho Federal de Administrao baixar e publicar normas para as eleies. (1)

    Art. 27 Cada uma das entidades de que trata o artigo 24 deste Regula-mento credenciar 2 (dois) representantes que sero, obrigatoriamente, associados de seu quadro no pleno gozo de seus direitos estatutrios.

    Art. 28 O membro do Conselho Federal de Administrao que faltar, sem prvia licena, a trs sesses ordinrias consecutivas ou a seis sesses in-tercaladas, no perodo de um ano, perder automaticamente o mandato.(1)

    Art. 29 Os membros do Conselho Federal de Administrao podero ser licenciados, por deliberao do Plenrio, por motivos de doena ou outro impedimento de fora maior. (1)

    Pargrafo nico. Concedida a licena de que trata este artigo, caber ao Presidente do Conselho convocar o respectivo suplente.

    Art. 30 O Conselho Federal de Administrao ter como rgo delibera-tivo o Plenrio e como rgo executivo a Presidncia e os que forem criados para a execuo dos servios tcnicos ou especializados indispensveis ao cumprimento de suas atribuies. (1)

    Art. 31 A estrutura administrativa do Conselho Federal de Administrao

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    ser fixada em Regimento Interno. (1)

    Das Rendas

    Art. 32 A renda do Conselho Federal de Administrao constituda de: a) vinte por cento (20%) da renda bruta dos Conselhos Regionais de Admi-nistrao, com exceo dos legados, doaes ou subvenes; (1)

    b) doaes e legados;c) subvenes dos Governos Federal, Estaduais e Municipais ou de Empre-sas e Instituies Privadas;d) rendimentos patrimoniais; e) rendas eventuais.

    Do Presidente

    Art. 33 O Presidente do Conselho Federal de Administrao ser eleito pelo Plenrio, na sua primeira reunio, dentre os seus membros, para exercer mandato de um (1) ano podendo ser reeleito, condicionando-se sempre o mandato presidencial ao respectivo mandato como conselheiro. (1)

    Pargrafo nico. As eleies subsequentes far-se-o na primeira sesso aps a posse do tero renovado.

    Art. 34 da competncia do Presidente:a) administrar e representar legalmente o Conselho Federal de Adminis-trao;(1)

    b) dar posse aos Conselheiros;c) convocar e presidir as sesses do Conselho;d) distribuir aos Conselheiros, para relatar, processos que devam ser sub-metidos deliberao do Plenrio ou no;e) constituir Comisses e Grupos de Trabalho;f) admitir, promover, remover e dispensar servidores;

    CAPTULO V

    CAPTULO VI

  • 25

    g) delegar poderes especiais, mediante autorizao do Plenrio do Con-selho;h) movimentar as contas bancrias, assinar cheques e recibos juntamente com o responsvel pela Tesouraria e autorizar pagamentos;i) apresentar ao Plenrio a proposta oramentria;j) apresentar ao Plenrio o relatrio anual das atividades; el) adotar as providncias que se fizerem necessrias aos interesses do Conselho Federal de Administrao. (1)

    Art. 35 O Conselho Federal de Administrao ter um Vice- Presidente, eleito simultaneamente e nas condies do Presidente, ao qual compete substitu-lo em suas faltas e impedimentos. (1)

    TTULO III

    Dos Conselhos Regionais de Administrao(1)

    Da Organizao e Jurisdio

    Art. 36 Os Conselhos Regionais de Administrao (CRA) sero organiza-dos pelo Conselho Federal de Administrao, que lhes promover a instalao em cada um dos Estados, Territrios e no Distrito Federal. (1)

    1o Enquanto no existir, em todas as unidades da federao, nmero de profissionais bastante para justificar o pleno cumprimento do disposto neste artigo, podero os Conselhos Regionais existentes ter jurisdio extensiva a outros Estados e Territrios.

    2o Aplicar-se- aos membros e respectivos suplentes dos Conselhos Re-gionais de Administrao forma de eleio semelhante a dos membros do Conselho Federal de Administrao. (1)

    Art. 37 Os Conselhos Regionais de Administrao sero constitudos de nove (9) membros efetivos e de nove (9) membros suplentes, eleitos da mes-ma forma estabelecida para o rgo federal, para mandatos idnticos e em

    CAPTULO I

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    igualdade de condies. (1) (6)

    Art. 38 Os Conselhos Regionais de Administrao tero um Presidente e um Vice-Presidente, com atribuies idnticas aos do rgo nacional, no que couber. (1)

    Dos Fins

    Art. 39 Os Conselhos Regionais de Administrao, com sede nas Capitais dos Estados, Distrito Federal e Territrios, tero por finalidade: (1)

    a) dar execuo s diretrizes formuladas pelo Conselho Federal de Ad-ministrao; (1)

    b) fiscalizar, na rea da respectiva jurisdio, o exerccio da profisso de Administrador; (1)

    c) organizar e manter o registro dos Administradores; (1) d) julgar as infraes e impor as penalidades referidas na Lei n.o 4.769, de

    9 de setembro de 1965, e neste Regulamento;e) expedir as carteiras profissionais dos Administradores; (1)

    f) elaborar o seu regimento interno para exame e aprovao pelo Conse-lho Federal de Administrao; (1)

    g) colaborar com os Governos Federal, Estaduais e Municipais, bem assim, com as empresas de economia mista e privadas no mbito de suas finalidades e no propsito de manter elevado o prestgio profissional dos Administrado-res. (1)

    Das Rendas

    Art. 40 A renda dos Conselhos Regionais de Administrao ser constituda de: (1) a) oitenta por cento (80%) das anuidades, taxas e emolumentos de qualquer natureza estabelecidos pelo Conselho Federal de Adminis-trao e revalidados, trienalmente, por correo monetria oficial; (1) b) rendimentos patrimoniais;c) doaes e legados;

    CAPTULO II

    CAPTULO III

  • 27

    d) subvenes e auxlios dos Governos Federal, Estaduais e Munici-pais ou, ainda, de sociedades de economia mista, empresas e ins-tituies particulares;e) provimento de multas aplicadas; f) rendas eventuais.

    Dos Conselheiros e da Atribuio e Competncia

    Art. 41 Aos membros dos Conselhos Federal e Regionais de Administrao incumbe: (1)

    a) participar das sesses e dar o seu voto;b) relatar matrias e processos quando designados pelo Presidente;c) integrar comisses e grupos de trabalho, quando designados pelo Pre-

    sidente ou pelo Plenrio;d) presidir ou vice-presidir o Conselho, quando eleitos; e e) cumprir a Lei, o Regulamento, o Regimento Interno e as Resolues

    do Conselho.

    Do Registro e da Carteira de Identidade Profissional

    Art. 42 Os profissionais a que se refere este Regulamento s podero exercer legalmente a profisso, salvo as excees previstas na Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, mediante prvio registro de seus diplomas ou certificados nos rgos competentes e aps serem portadores da Carteira de Identidade de Administrao expedida inicialmente pela Junta Executiva criada pela Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, e, quando j instalados os respectivos Conselhos Regionais de Administrao, pelo Conselho sob cuja jurisdio se achar o local de sua atividade. (1)

    Art. 43 A todo profissional devidamente registrado ser fornecida uma Carteira de Identidade Profissional de Administrador, numerada e assinada pelo Presidente do Conselho Regional de Administrao respectivo, da qual

    CAPTULO IV

    CAPTULO V

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    constar: (1)

    a) nome por extenso; b) filiao; c) nacionalidade e naturalidade; d) data do nascimento;e) denominao da Faculdade em que se diplomou e nmero de registro no Ministrio da Educao e Cultura ou, para os no Bacharis, indicao do dispositivo deste Regulamento, em que se fundamenta a inscrio, bem como o nmero da Resoluo do Conselho Federal de Administrao que houver homologado a mesma e respectivas datas;(1)

    f) nmero de registro no Conselho Regional de Administrao; (1)

    g) fotografia de frente 3 x 4, e impresso datiloscpica;h) assinatura por inteiro e abreviada, se usar; i) data de expedio da carteira.

    Art. 44 A Carteira Profissional de Administrador concede ao respectivo portador o direito de exercer a profisso de Administrador no territrio na-cional, pagos os emolumentos e anuidades devidas ao Conselho Regional de Administrao respectivo. (1)

    Art. 45 A Carteira de Identidade de Administrador servir de prova para fim de exerccio da profisso e, como Carteira de Identidade oficial, ter f pblica em todo o territrio nacional. (1)

    Art. 46 O registro de profissionais e a expedio de Carteiras esto su-jeitos ao pagamento de taxas a serem arbitradas pelo Conselho Federal de Administrao. (1)

    Art. 47 O profissional registrado obrigado a pagar, ao respectivo Con-selho Regional de Administrao, uma anuidade de vinte por cento (20%) do salrio-mnimo vigente em Braslia, Distrito Federal, no ms de janeiro de cada ano. (1)

    Art. 48 As empresas, entidades, institutos e escritrios de que trata este Regulamento so sujeitos, para funcionarem legalmente, ao pagamento de anuidade correspondente a 5 (cinco) salrios-mnimos vigentes em Braslia, Distrito Federal, no ms de janeiro de cada ano.

    Art. 49 As anuidades devero ser pagas na sede do Conselho Regional de Administrao at 30 de maro de cada ano, salvo a primeira, que dever ser

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    paga no ato da inscrio do registro. (1)

    Art. 50 A habilitao para o exerccio da profisso de Administrador, atra-vs de inscrio nos Conselhos Regionais de Administrao ou, transitoria-mente pela Junta Executiva a que se referem os artigos 18 e 19 da Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, depender de requerimento do interessado, instru-do, alternativamente, com o diploma ou certificado devidamente registrado pelos rgos competentes: prova de satisfao do requisito previsto na alnea c do art. 2o deste Regulamento, inclusive cpias de trabalhos autenticados sob a responsabilidade da direo dos rgos prprios; ou certido de que ocu-pava, em 13 de setembro de 1965, cargo de Administrador no Servio Pblico Federal, Estadual ou Municipal. (1)

    Pargrafo nico. O pedido de registro fundado na alnea c ou no pargrafo nico do artigo 2o deste Regulamento somente ser admitido dentro do prazo de 12 (doze) meses contados da data da sua publicao.

    Das Penalidades

    Art. 51 A falta do competente registro, bem como do pagamento da anui-dade ao Conselho Regional de Administrao torna ilegal o exerccio da pro-fisso de Administrador e punvel o infrator. (1)

    Art. 52 O Conselho Regional de Administrao aplicar as seguintes pe-nalidades aos infratores dos dispositivos da Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, e do presente Regulamento: (1)

    a) multa de 5% (cinco por cento) a 50% (cinquenta por cento) do maior salrio-mnimo vigorante no Pas, aos infratores dos dispositivos legais em vigor;b) suspenso de 1 (um) a 5 (cinco) anos do exerccio profissional de Admi-nistrador que, no mbito de sua atuao, for responsvel na parte tcnica, por falsidade de documento, ou por dolo, em parecer ou outro documen-to que assinar; (1)

    c) suspenso, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, do profissional que de-monstre incapacidade tcnica no exerccio da profisso, sendo-lhe antes

    CAPTULO VI

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    facultada ampla defesa;d) suspenso, at 1 (um) ano, do exerccio da profisso de Administrador que agir sem decoro ou ferir a tica profissional. (1) 1o Provada a conivncia das empresas, entidades, institutos ou escritrio na infrao das disposies da Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, e deste Regulamento pelos profissionais, seus responsveis ou dependen-tes, sero estas responsabilizadas na forma da Lei.

    2o No caso de reincidncia na mesma infrao, praticada dentro de 5 (cinco) anos aps a primeira, a multa ser elevada ao dobro e ser deter-minado o cancelamento do registro profissional.

    Art. 53 O Conselho Regional de Administrao representar junto aos Governos Federal, Estaduais e Municipais, quanto ao provimento de cargos privativos de Bacharel em Administrao por pessoa no devidamente qua-lificada. (1)

    Art. 54 O Regimento do Conselho Federal de Administrao regular os processos de infraes, prazos e interposies de recursos. (1)

    Das Outras Disposies

    Art. 55 Os Conselhos Federal e Regionais de Administrao deliberaro com a presena mnima de metade de seus membros, tendo o Conselheiro Presidente voto de qualidade no desempate. (1)

    Art. 56 Para efeito de concesso da gratificao pela participao em rgo de deliberao coletiva aos respectivos membros, por sesso a que comprovadamente comparecerem, observadas as disposies do Decreto n.o 55.090, de 28 de novembro de 1964, o Conselho Federal e os Conselhos Re-gionais de Administrao ficam classificados nas Categorias B e C, previstas no mesmo Regulamento, com o mximo de 8 sesses ordinrias mensais. (1)

    Art. 57 A estrutura e os servios administrativos do Conselho Federal de

    CAPTULO VII

  • 31

    Administrao sero previstos no Regimento Interno e o respectivo Quadro de Pessoal ser criado na forma da legislao em vigor. (1)

    Art. 58 O Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, mediante requisio do Presidente da Junta Executiva a que se referem os artigos 17 e 18 da Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, ou do Conselho Federal de Administrao, e de acordo com as disponibilidades de recursos prprios, colaborar para a implantao dos servios da Autarquia. (1)

    Art. 59 Enquanto no eleito e empossado o primeiro Conselho, funciona-r como rgo deliberativo e executivo do Conselho Federal de Administrao a Junta Executiva designada pelo Decreto n.o 58.670, de 20 de junho de 1966, com todas as prerrogativas da Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965, e deste Regulamento.(1)

    1o A Junta Executiva promover, no prazo mximo de 180 (cento e oi-tenta) dias, contados da data da publicao do presente Regulamento, eleies para o primeiro Conselho.

    2o A eleio de que trata o pargrafo anterior ser direta e realizada em Braslia, Distrito Federal, nela votando todos os Administradores registra-dos pela Junta Executiva a que se refere o art. 18 da Lei n.o 4.769, de 9 de setembro de 1965. Art. 60 Na execuo deste Regulamento, os casos omis-sos sero resolvidos pelo Conselho Federal de Administrao. (1)

    Art. 60 Na execuo deste Regulamento, os casos omissos sero resolvi-dos pelo Conselho Federal de Administrao.

    Art. 61 O presente Regulamento entrar em vigor na data de sua publica-o, revogadas as disposies em contrrio.

    Jarbas Passarinho

    (1) Nova redao conferida pelo art. 1o da Lei n.o 7.321, de 13/06/85, publicada no D.O.U. de 14/06/85, que Altera a denominao do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Tcnicos de Administrao e d outras providncias(2) Quanto atividade de Relaes Pblicas, consultar a Lei n.o 5.377, de 11 de dezembro de 1967(3) Vinculao extinta por fora do disposto no art. 3o do Decreto-lei n.o 2.299, de 21/11/86, publicado no D.O.U. de 24/11/86(4) Consultar o art. 9o da Lei n.o 4.769, de 09/09/65, com alterao publicada no D.O.U. de 27/04/94(5) Consultar o art. 13 da Lei n.o 4.769, de 09/09/65, com alterao publicada no D.O.U. de 27/04/94

    (6) Consultar o art. 11 da Lei n.o 4.769, de 09/09/65, com alterao publicada no D.O.U. de 27/04/94

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    (Aprovado pela Resoluo Normativa CFA no 393, de 6 de dezembro de 2010)

    PREMBULO

    I- De forma ampla a tica definida como a explicitao terica do funda-mento ltimo do agir humano na busca do bem comum e da realizao individual.

    II - O exerccio da atividade dos Profissionais de Administrao implica em compromisso moral com o indivduo, cliente, empregador, organizao e com a sociedade, impondo deveres e responsabilidades indelegveis.

    III - O Cdigo de tica dos Profissionais de Administrao (CEPA) o guia orientador e estimulador de novos comportamentos e est fundamenta-do em um conceito de tica direcionado para o desenvolvimento, servin-do simultaneamente de estmulo e parmetro para que o Administrador amplie sua capacidade de pensar, visualize seu papel e torne sua ao mais eficaz diante da sociedade.

    Dos DeveresArt. 1o So deveres do Profissional de Administrao:

    I - exercer a profisso com zelo, diligncia e honestidade, defendendo os direitos, bens e interesse de clientes, instituies e sociedades sem abdicar de sua dignidade, prerrogativas e independncia profissional, atu-ando como empregado, funcionrio pblico ou profissional liberal;

    CAPTULO I

    CDIGO DE TICA DOS PROFISSIONAIS DE ADMINSTRAO

  • 33

    II - manter sigilo sobre tudo o que souber em funo de sua atividade profissional;

    III - conservar independncia na orientao tcnica de servios e em r-gos que lhe forem confiados;

    IV - comunicar ao cliente, sempre com antecedncia e por escrito, sobre as circunstncias de interesse para seus negcios, sugerindo, tanto quan-to possvel, as melhores solues e apontando alternativas;

    V - informar e orientar o cliente a respeito da situao real da empresa a que serve;

    VI - renunciar, demitir-se ou ser dispensado do posto, cargo ou emprego, se, por qualquer forma, tomar conhecimento de que o cliente manifestou desconfiana para com o seu trabalho, hiptese em que dever solicitar substituto;

    VII - evitar declaraes pblicas sobre os motivos de seu desligamento, desde que do silncio no lhe resultem prejuzo, desprestgio ou interpre-tao errnea quanto sua reputao;

    VIII - esclarecer o cliente sobre a funo social da organizao e a neces-sidade de preservao do meio ambiente;

    IX - manifestar, em tempo hbil e por escrito, a existncia de seu impe-dimento ou incompatibilidade para o exerccio da profisso, formulando, em caso de dvida, consulta ao CRA no qual esteja registrado;

    X - aos profissionais envolvidos no processo de formao dos Profissionais de Administrao, cumpre informar, orientar e esclarecer sobre os princ-pios e normas contidas neste Cdigo;

    XI - cumprir fiel e integralmente as obrigaes e compromissos assumi-dos, relativos ao exerccio profissional;

    XII - manter elevados o prestgio e a dignidade da profisso.

  • 34

    II

    DAS PROIBIES

    Art. 2o vedado ao Profissional de Administrao:

    I - anunciar-se com excesso de qualificativos, admitida a indicao de ttu-los, cargos e especializaes;

    II - sugerir, solicitar, provocar ou induzir divulgao de textos de publici-dade que resultem em propaganda pessoal de seu nome, mritos ou ati-vidades, salvo se em exerccio de qualquer cargo ou misso, em nome daclasse, da profisso ou de entidades ou rgos pblicos;

    III - permitir a utilizao de seu nome e de seu registro por qualquer ins-tituio pblica ou privada onde no exera pessoal ou efetivamente fun-o inerente profisso;

    IV - facilitar, por qualquer modo, o exerccio da profisso a terceiros, no habilitados ou impedidos;

    V - assinar trabalhos ou quaisquer documentos executados por terceiros ou elaborados por leigos alheios sua orientao, superviso e fiscali-zao;

    VI - organizar ou manter sociedade profissional sob forma desautorizada por lei;

    VII - exercer a profisso quando impedido por deciso administrativa do Sistema CFA/CRAs transitada em julgado;

    VIII - afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamen-te, sem razo fundamentada e sem notificao prvia ao cliente ou em-pregador;

    IX - contribuir para a realizao de ato contrrio lei ou destinado a frau-d-la, ou praticar, no exerccio da profisso, ato legalmente definido comocrime ou contraveno;

    CAPTULO II

  • 35

    X - estabelecer negociao ou entendimento com a parte adversa de seu cliente, sem sua autorizao ou conhecimento;

    XI - recusar-se prestao de contas, bens, numerrios, que lhes sejam confiados em razo do cargo, emprego, funo ou profisso, assim comosonegar, adulterar ou deturpar informaes, em proveito prprio, em pre-juzo de clientes, de seu empregador ou da sociedade;

    XII - revelar sigilo profissional, somente admitido quando resultar emprejuzo ao cliente ou coletividade, ou por determinao judicial;

    XIII - deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Con-selhos Federal e Regionais de Administrao, bem como atender s suas requisies administrativas, intimaes ou notificaes, no prazo deter-minado;

    XIV - pleitear, para si ou para outrem, emprego, cargo ou funo que es-teja sendo ocupado por colega, bem como praticar outros atos de con-corrncia desleal;

    XV - obstar ou dificultar as aes fiscalizadoras do Conselho Regional de Administrao;

    XVI - usar de artifcios ou expedientes enganosos para obteno de vanta-gens indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos;

    XVII - prejudicar, por meio de atos ou omisses, declaraes, aes ou atitudes, colegas de profisso, membros dirigentes ou associados das en-tidades representativas da categoria.

    DOS DIREITOS

    Art. 3o So direitos do Profissional de Administrao:

    I - exercer a profisso independentemente de questes religiosas, raa, sexo, nacionalidade, cor, idade, condio social ou de qualquer natureza

    CAPTULO III

  • 36

    discriminatria;

    II - apontar falhas nos regulamentos e normas das instituies, quando as julgar indignas do exerccio profissional ou prejudiciais ao cliente, deven-do, nesse caso, dirigir-se aos rgos competentes, em particular ao Tribu-nal Regional de tica dos Profissionais de Administrao e ao Conselho Regional de Administrao;

    III - exigir justa remunerao por seu trabalho, a qual corresponder s responsabilidades assumidas a seu tempo de servio dedicado, sendo-lhe livre firmar acordos sobre salrios, velando, no entanto, pelo seu justo valor;

    IV - recusar-se a exercer a profisso em instituio pblica ou privada onde as condies de trabalho sejam degradantes sua pessoa, profisso e classe;

    V - participar de eventos promovidos pelas entidades de classe, sob suas expensas ou quando subvencionados os custos referentes ao aconteci-mento;

    VI - a competio honesta no mercado de trabalho, a proteo da proprie-dade intelectual sobre sua criao, o exerccio de atividades condizentes com sua capacidade, experincia e especializao.

    DOS HONORRIOS PROFISSIONAIS

    Art. 4o Os honorrios e salrios do Profissional de Administrao deveroser fixados, por escrito, antes do incio do trabalho a ser realizado, levando-se em considerao, entre outros, os seguintes elementos:

    I - vulto, dificuldade, complexidade, presso de tempo e relevncia dos trabalhos a executar;

    II - possibilidade de ficar impedido ou proibido de realizar outros traba-

    CAPTULO IV

  • 37

    lhos paralelos;

    III - as vantagens de que, do trabalho, se beneficiar o cliente;

    IV - a forma e as condies de reajuste;

    V - o fato de se tratar de locomoo na prpria cidade ou para outras cidades do Estado ou do Pas;

    VI - sua competncia e renome profissional;

    VII - a menor ou maior oferta de trabalho no mercado em que estiver competindo;

    VIII - obedincia s tabelas de honorrios que, a qualquer tempo, venhama ser baixadas, pelos respectivos Conselhos Regionais de Administrao, como mnimos desejveis de remunerao.

    Art. 5 vedado ao Profissional de Administrao:

    I - receber remunerao vil ou extorsiva pela prestao de servios;

    II - deixar de se conduzir com moderao na fixao de seus honorrios, devendo considerar as limitaes econmico-financeiras do cliente;

    III - oferecer ou disputar servios profissionais, mediante aviltamento de honorrios ou em concorrncia desleal.

    DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAO AOS COLEGAS

    Art. 6O Profissional de Administrao dever ter para com seus colegas a considerao, o apreo, o respeito mtuo e a solidariedade que fortaleam a harmonia e o bom conceito da classe.

    Art. 7Com relao aos colegas, o Profissional de Administrao dever:

    CAPTULO V

  • 38

    I - evitar fazer referncias prejudiciais ou de qualquer modo desabona-doras;

    II - recusar cargo, emprego ou funo, para substituir colega que dele tenha se afastado ou desistido, visando a preservao da dignidade ou osinteresses da profisso ou da classe;

    III - evitar emitir pronunciamentos desabonadores sobre servio profissio-nal entregue a colega;

    IV - evitar desentendimentos com colegas, usando, sempre que neces-srio, o rgo de classe para dirimir dvidas e solucionar pendncias;

    V - tratar com urbanidade e respeito os colegas representantes dos rgos de classe, quando no exerccio de suas funes, fornecendo informaese facilitando o seu desempenho;

    VI - na condio de representante dos rgos de classe, tratar com respei-to e urbanidade os colegas Profissionais de Administrao, investidos ou no de cargos nas entidades representativas da categoria, no se valendo dos cargos ou funes ocupados para prejudicar ou denegrir a imagem dos colegas, no os levando humilhao ou execrao;

    VII - auxiliar a fiscalizao do exerccio profissional e zelar pelo cumpri-mento do CEPA, comunicando, com discrio e fundamentadamente aos rgos competentes, as infraes de que tiver cincia;

    Art. 8 O Profissional de Administrao poder recorrer arbitragem do Conselho Regional de Administrao nos casos de divergncia de ordem profissional com colegas, quando for impossvel a conciliao de inte-resses.

    DOS DEVERES ESPECIAIS EM RELAO CLASSE

    Art. 9 Ao Profissional de Administrao caber observar as seguintesnormas com relao classe:

    CAPTULO VI

  • 39

    I - prestigiar as entidades de classe, propugnando pela defesa da digni-dade e dos direitos profissionais, a harmonia e a coeso da categoria;

    II - apoiar as iniciativas e os movimentos legtimos de defesa dos interes-ses da classe, participando efetivamente de seus rgos representativos, quando solicitado ou eleito;

    III - aceitar e desempenhar, com zelo e eficincia, quaisquer cargos ou funes, nas entidades de classe, justificando sua recusa quando, em caso extremo, achar-se impossibilitado de servi-las;

    IV - servir-se de posio, cargo ou funo que desempenhe nos rgos de classe, em benefcio exclusivo da classe;

    V - difundir e aprimorar a Administrao como cincia e como profisso;

    VI - cumprir com suas obrigaes junto s entidades de classe s quais se associou, inclusive no que se refere ao pagamento de contribuies, taxas e emolumentos legalmente estabelecidos;

    VII - acatar e respeitar as deliberaes dos Conselhos Federal e Regional de Administrao.

    DAS INFRAES DISCIPLINARES

    Art. 10. Constituem infraes disciplinares sujeitas s penalidades pre-vistas no Regulamento do Processo tico do Sistema CFA/CRAs, aprovado por Resoluo Normativa do Conselho Federal de Administrao, alm das elencadas abaixo, todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princpios ticos, descumpra os deveres do ofcio, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem:

    I - praticar atos vedados pelo CEPA;

    II - exercer a profisso quando impedido de faz-lo ou, por qualquer meio,

    CAPTULO VII

  • 40

    facilitar o seu exerccio aos no registrados ou impedidos;III - no cumprir, no prazo estabelecido, determinao de entidade dos Profissionais de Administrao ou autoridade dos Conselhos, em matria destes, depois de regularmente notificado;

    IV - participar de instituio que, tendo por objeto a Administrao, no esteja inscrita no Conselho Regional;

    V - fazer ou apresentar declarao, documento falso ou adulterado, peran-te as entidades dos Profissionais de Administrao;

    VI - tratar outros profissionais ou profisses com desrespeito e descorte-sia, provocando confrontos desnecessrios ou comparaes prejudiciais;

    VII - prejudicar deliberadamente o trabalho, obra ou imagem de outro Profissional de Administrao, ressalvadas as comunicaes de irregulari-dades aos rgos competentes;

    VIII - descumprir voluntria e injustificadamente com os deveres do ofcio;

    IX - usar de privilgio profissional ou faculdade decorrente de funo de forma abusiva, para fins discriminatrios ou para auferir vantagens pes-soais;

    X - prestar, de m-f, orientao, proposta, prescrio tcnica ou qualquer ato profissional que possa resultar em dano s pessoas, s organizaes ou a seus bens patrimoniais.

    DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 11. Caber ao Conselho Federal de Administrao, ouvidos os Conse-lhos Regionais e a categoria dos profissionais de Administrao, promover a reviso e a atualizao do CEPA, sempre que se fizer necessrio.

    Art. 12. As regras processuais do processo tico sero disciplinadas em

    CAPTULO VIII

    REGULAMENTO DO PROCESSO TICO DO SISTEMA CFA/CRAS

  • 41

    Regulamento prprio, no qual estaro previstas as sanes em razo de infra-es cometidas ao CEPA.

    Art. 13. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administrao mantero o Tribunal Superior e os Tribunais Regionais, respectivamente, obje-tivando o resguardo e aplicao do CEPA.

    Art. 14. dever dos CRAs dar ampla divulgao ao CEPA.

    Aprovado na 19 reunioplenria do CFA, realizada no

    dia 3 de dezembro de 2010.

    Adm. Roberto Carvalho CardosoPresidente

    CRA/SP no 097

    (Aprovado pela Resoluo Normativa CFA n 393, de 6 de dezembro de 2010)

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 1o O presente Regulamento trata das regras processuais relativas tramitao dos processos ticos instaurados no mbito do Sistema CFA/CRAs.

    Art. 2 Os Conselhos Federal e Regionais de Administrao, quando da instaurao e tramitao do processo tico, obedecero, dentre outros, os princpios da legalidade, finalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio e eficincia.

    CAPTULO I

    REGULAMENTO DO PROCESSO TICO DO SISTEMA CFA/CRAS

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    Art. 3 O processo tico somente poder ser instaurado contra Profis-sional de Administrao legalmente registrado em Conselho Regional de Administrao.

    Pargrafo nico. Para os fins deste Regulamento, considera-se interessa-do todo aquele em relao ao qual foi instaurado o processo tico.

    DOS TRIBUNAIS DE TICA DOS PROFISSIONAIS DE ADMINISTRAO

    Art. 4 O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Administrao mantero o Tribunal Superior e os Tribunais Regionais, respectivamente, ob-jetivando o resguardo e aplicao do Cdigo de tica dos Profissionais de Administrao.

    Art. 5 Os Conselhos Federal e Regionais de Administrao funcionaro como Tribunal Superior e Tribunais Regionais de tica , respectivamente.

    1o O Presidente de cada Conselho, Federal ou Regional, ser o Presi-dente do Tribunal de tica dos Profissionais de Administrao respectivo.

    2o No impedimento do Presidente, caso o processo seja instaurado con-tra ele, presidir o Tribunal seu sucessor hierrquico, de acordo com o que estabelece o Regimento de cada Conselho.

    3o O Tribunal Superior ser auxiliado pelo rgo de apoio administrativo da Presidncia do Conselho Federal de Administrao e os Tribunais Re-gionais sero auxiliados pelo Setor de Fiscalizao do Conselho Regional.

    Art. 6o Compete aos Tribunais Regionais processar e julgar as transgres-ses ao CEPA, inclusive os Conselheiros Regionais, resguardada a compe-tncia originria do Tribunal Superior, aplicando as penalidades previstas, assegurando ao infrator, sempre, amplo direito de defesa.

    Art. 7o Compete ao Tribunal Superior:

    I - processar e julgar, originariamente, os Conselheiros Federais no exerc-

    CAPTULO II

  • 43

    cio do mandato, em razo de transgresso a princpio ou norma de tica profissional;

    II - julgar os recursos interpostos contra decises proferidas pelos Tribu-nais Regionais.

    Art. 8 Ser permitida, em carter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocao de competncia atribuda a rgo hie-rarquicamente inferior.

    Pargrafo nico. O Tribunal Superior de tica dos Profissionais de Admi-nistrao avocar a competncia do Tribunal Regional quando este deixar de cumprir o prazo de que trata o artigo 18, 2o, deste Regulamento.

    Art. 9As reunies dos Tribunais Superior e Regionais de tica ocorrero em sesses secretas, sendo os processos sigilosos.

    Pargrafo nico. Dos autos do processo somente ser permitida vista ao interessado ou a seu representante legal.

    DOS DIREITOS E DEVERES DO INTERESSADO

    Art. 10 Quando da instaurao de processo tico, o interessado tem os seguintes direitos, sem prejuzo de outros que lhes sejam assegurados:

    I ser atendido pelas autoridades e empregados, que devero permitir o exerccio dos seus direitos e o cumprimento de suas obrigaes;

    II ter conhecimento da tramitao dos processos em que seja interessa-do, desde que requerido;

    III fazer-se assistir ou representar por Advogado, Administrador ou pelo Sindicato dos Profissionais de Administrao a que pertencer.

    1o tambm direito do interessado conhecer das decises proferidas.

    2o So ainda direitos do interessado:

    CAPTULO III

  • 44

    I ter vistas dos autos e obter cpias de documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito privacidade, honra e imagem;

    II - obter certides;

    III - conhecer das decises proferidas;

    IV- formular alegaes e apresentar documentos nos prazos fixados, ou at antes da deciso, desde que apresente fatos novos, os quais sero objeto de considerao pelo rgo competente.

    Art. 11. So deveres do interessado perante os Conselhos Federal e Re-gionais de Administrao, sem prejuzo de outros previstos em ato normativo:

    I proceder com lealdade, urbanidade e boa-f;

    II no agir de modo temerrio, nem de modo a tumultuar o bom anda-mento do processo;

    III prestar as informaes que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

    DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

    Art. 12. Os atos do processo tico no dependem de forma determinada, salvo quando este Regulamento expressamente exigir.

    1o Os atos processuais devem ser produzidos por escrito, em verncu-lo, com a data e o local de sua realizao e a assinatura da autoridade responsvel.

    2o Salvo previso legal, o reconhecimento de firma somente ser exigido quando houver dvida de autenticidade.

    3o A autenticao de documentos poder ser feita pelo rgo adminis-

    CAPTULO IV

  • 45

    trativo.

    4o Os documentos devem ser juntados ao processo em ordem cronolgi-ca e as folhas numeradas sequencialmente e rubricadas.

    5o No se admitem, nos atos e termos, espaos em branco, bem como entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas.

    Art. 13. Os atos do processo devem realizar-se em dias teis, no horrio normal de funcionamento do rgo no qual tramitar o processo.

    Pargrafo nico. Sero praticados ou concludos depois do horrio nor-mal os atos cujo adiamento prejudiquem o curso regular do procedimento ou causem dano ao interessado ou, ainda, aos Conselhos Federal e Regionais de Administrao.

    DA CINCIA AO INTERESSADO

    Art. 14. Incumbir ao CRA do local onde tramita o processo proceder a cincia ao interessado, quando denunciado, para conhecimento da denncia e apresentao, se quiser, de defesa.

    1o Para a validade do processo, indispensvel a cincia inicial do in-teressado.

    2o A interveno do interessado no processo supre a falta de cientifi-cao.

    3o A cincia se dar por meio de ofcio contendo a finalidade, a identifi-cao do destinatrio e o prazo para a prtica do ato, quando houver.

    4o A cincia pode ainda ser efetuada por via postal, com aviso de recebi-mento, por notificao judicial ou extrajudicial.

    CAPTULO V

  • 46

    5o Ser admitida a cincia por meio de edital publicado na imprensa oficial ou jornal de grande circulao quando comprovadamente restarem frustradas as demais hipteses.

    Art. 15. A intimao dever conter:

    I identificao do intimado;

    II finalidade da intimao;

    III data, hora e local em que dever comparecer ou prazo para se ma-nifestar;

    IV se o intimado dever comparecer pessoalmente ou se poder ser representado;

    V informao da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento ou manifestao;

    VI indicao dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

    CAPTULO VI

    DOS PRAZOS

    Art. 16. Os prazos comeam a correr a partir da data da cientificao, excluindo-se da contagem o dia do comeo e incluindo-se o do vencimento.

    1o Nas hipteses previstas nos 4o e 5o do art. 14 os prazos comearo a fluir a partir da juntada, que dever ser certificada nos autos, dos com-provantes de entrega ou da publicao do edital.

    2o Os prazos somente comearo a ser contados no primeiro dia til sub-sequente ao da cientificao ou da juntada prevista no pargrafo anterior em que houver expediente.

    3o Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til seguinte se o vencimento cair em dia em que no houver expediente ou este for encer-

    CAPTULO VI

  • 47

    rado antes da hora normal.

    4o Os prazos expressos em dias contam-se de modo contnuo.

    5o Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no ms do vencimento no houver o dia equivalente quele do incio do prazo, tem- se como termo o dia subsequente.

    6 A prtica do ato, antes do prazo respectivo, implicar a desistncia do prazo remanescente.

    Art. 17. Salvo motivo de fora maior devidamente comprovado, os prazos processuais no se suspendem.

    Art. 18. Inexistindo disposio especfica, os atos do rgo ou autoridade responsvel pelo processo e do interessado que dele participe devem ser praticados no prazo mximo de 10 (dez) dias, salvo motivo de fora maior.

    1 O prazo previsto neste artigo poder ser prorrogado at o dobro, me-diante comprovada justificao.

    2o O TREA dever concluir o julgamento do processo tico em um prazo de 6 (seis) meses, contados a partir de sua instaurao, podendo ser pror-rogado por mais um ms, na hiptese de o Relator pedir a prorrogao prevista no art. 37, 2o, deste Regulamento.

    CAPTULO VII

    DAS PROVAS

    Art. 19. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuzo dos deveres do rgo competente relativamente instruo processual.

    Art. 20. Quando o interessado declarar que fatos e dados esto re-gistrados em documentos existentes no prprio Conselho, ao Conselho caber adotar as medidas necessrias obteno dos documentos ou das cpias destes.

    CAPTULO VII

  • 48

    Art. 21. Os elementos probatrios devero ser considerados na motivao do relatrio e da deciso.

    1o Somente podero ser recusadas, mediante deciso fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilcitas, impertinentes, desnecessrias ou protelatrias.

    2o Nos casos em que houver nus pecunirio para a obteno de provas solicitadas pelo interessado, incumbir a estes arcar com as respectivas despesas.

    Art. 22. Quando dados ou documentos solicitados ao interessado forem necessrios apreciao dos fatos processuais, o no atendimento no prazo fixado pelo CRA para a respectiva apresentao tornar prejudicada tal apre-ciao, implicando em prejuzo do alegado, pelo prprio interessado.

    Art. 23. facultado aos Conselhos Federal e Regionais de Administrao, sempre que acharem necessrio ao andamento do processo, ou ao julgamen-to do feito, convocar o interessado para prestar esclarecimentos.

    DAS EXCEES

    Art. 24. Ser impedido de atuar em processo aquele que esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado.

    Pargrafo nico. O impedimento de que trata este artigo se estende quando a atuao no processo tenha ocorrido pelo cnjuge, companheiro ou parente at o terceiro grau consanguneo ou afim.

    Art. 25. Aquele que incorrer em impedimento dever comunicar o fato ao Presidente do Tribunal de tica, abstendo-se de atuar no processo.

    Art. 26 Poder ser arguida a suspeio daquele que tenha amizade ntima ou inimizade notria com o interessado.

    1o A arguio de que trata o caput deste artigo dever ser dirigida ao

    CAPTULO VIII

  • 49

    Presidente do Tribunal de tica e submetida ao Plenrio.

    2o Nos casos de suspeio ou impedimento da maioria dos membros do Plenrio do CRA, inclusive os Suplentes, caber ao CFA o julgamento dos processos.

    Art. 27. O indeferimento de alegao de suspeio poder ser objeto de recurso ao Conselho Federal de Administrao.

    DAS NULIDADES

    Art. 28. So nulos:

    I os atos praticados por empregado que no tenha competncia para faz-lo;

    II as decises proferidas por autoridade incompetente ou com preteri-o de direito do interessado;

    III as decises destitudas de fundamentao.

    Art. 29. So passveis de retificao os atos praticados com vcios sanveis decorrentes de omisso ou incorreo, desde que sejam preservados o inte-resse pblico e o direito do interessado.

    DA PRESCRIO

    Art. 30. A punibilidade dos interessados pelos Tribunais de tica, por falta sujeita a processo tico, prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da ocorrncia do fato.

    CAPTULO IX

    CAPTULO X

  • 50

    1o Caso um processo fique paralisado por mais de 3 (trs) anos, pendente de despacho ou julgamento, dever ser arquivado de ofcio ou a requerimen-to do interessado, sem qualquer prejuzo ao interessado.

    DO INCIO DO PROCESSO

    Art. 31. O processo tico ser instaurado de ofcio ou mediante denncia fundamentada de qualquer autoridade ou particular.

    Art. 32. A denncia dever ser formulada por escrito e conter os seguintes dados:

    I rgo ou autoridade administrativa a que se dirige;

    II identificao do denunciante e do denunciado;

    III endereo do denunciante e do denunciado;

    IV formulao do pedido, com exposio dos fatos, de seus fundamen-tos e indicao e juntada das provas que existirem;

    V data e assinatura do denunciante ou de seu representante.

    1o vedada a recusa imotivada de recebimento da denncia, devendo o empregado orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

    DA DEFESA

    Art. 33. facultada ao interessado a apresentao de defesa dentro do

    CAPTULO XI

    CAPTULO XII

  • 51

    prazo de 15 (quinze) dias, a serem contados na forma do art. 16 e seus par-grafos, deste Regulamento.

    Art. 34. Incumbir ao interessado fazer prova do alegado em sua defesa, devendo acostar aos autos, quando da apresentao da referida pea, os do-cumentos que se fizerem necessrios para tal.

    Pargrafo nico. O interessado poder, tambm, juntar pareceres, bem como aduzir alegaes referentes matria objeto do processo.

    DO SANEAMENTO DO PROCESSO

    Art. 35. Aps o recebimento da defesa, ou vencido o prazo sem a sua apresentao, os autos sero encaminhados ao Presidente do Tribunal de ti-ca, que far o seu saneamento.

    Art. 36. Caber ao Presidente do Tribunal de tica determinar providn-cias para a sua regularidade e manter a ordem no curso dos respectivos atos, determinando de ofcio a produo de provas que entender necessrias ao julgamento do feito.

    Art. 37. Saneado o processo e encerrada a sua instruo, os autos sero distribudos ao Conselheiro Relator no prazo mximo de 10 (dez) dias, con-tados a partir do recebimento da defesa ou aps vencido o prazo sem a sua apresentao.

    1o O Relator ter prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da distribui-o, para apresentar seu parecer e voto perante o Tribunal de tica.

    2 O Relator poder solicitar prorrogao do prazo por mais 30 (trinta) dias para apresentao de seu parecer e voto.

    3o Ao interessado e seu representante legal ser facultado assistir ao julgamento de seu processo, devendo-lhe, desde que solicitado previa-mente, ser comunicada a data, hora e local da realizao deste, na forma

    CAPTULO XIII

  • 52

    do art. 15 deste Regulamento.

    DA ANLISE E JULGAMENTO DAS INFRAES

    Art. 38. So requisitos essenciais do relato do Conselheiro Relator:

    I prembulo, que dever indicar o nmero do processo, o nome do inte-ressado, a capitulao e a tipificao da infrao;

    II relatrio, que dever conter a exposio sucinta dos termos da au-tuao e das alegaes, bem como o registro das principais ocorrncias havidas no andamento do processo;

    III parecer e voto, que dever conter a indicao dos motivos de fato e de direito em que ir fundar-se a deciso e a sua sugesto de deciso para o Colegiado.

    Pargrafo nico. Quando for vencedor voto divergente do manifestado pelo Redator, este dever ser fundamentado, tomando a termo nos autos e firmado pelo Conselheiro proponente.

    Art. 39. Constatada a exigncia de inexatides ou erros materiais no re-lato ou na deliberao, decorrentes de lapso manifesto ou erros de escrita ou de clculos, poder o Relator ou o Presidente do rgo julgador, de ofcio ou a requerimento do interessado, corrigi-las, suspendendo-se o prazo para eventual recurso.

    DA FIXAO E GRADAO DAS PENAS

    Art. 40 A violao de normas contidas neste Regulamento importa em falta que, conforme sua gravidade, sujeita seus infratores s seguintes pe-

    CAPTULO XIV

    CAPTULO XV

  • 53

    nalidades:

    I - advertncia escrita e reservada;

    II - multa;

    III - censura pblica;

    IV - suspenso do exerccio profissional de 30 (trinta) dias a 3 (trs) anos;

    V - cancelamento do registro profissional e divulgao do fato para o co-nhecimento pblico.

    Pargrafo nico. Da deciso que aplicar penalidade prevista nos incisos IV e V deste artigo, dever o Tribunal Regional interpor recurso ex officio ao Tribunal Superior.

    Art. 41 Na aplicao das sanes previstas neste Regulamento, sero con-sideradas atenuantes as seguintes circunstncias:

    I - ausncia de punio anterior;

    II - prestao de relevantes servios Administrao;

    III - infrao cometida sob coao ou em cumprimento de ordem de au-toridade superior.

    Art. 42 Salvo nos casos de manifesta gravidade e que exijam aplicao imediata de penalidade mais grave, a imposio das penas obedecer gra-dao do art. 40.

    Pargrafo nico. Avalia-se a gravidade pela extenso do dano e por suas consequncias.

    Art. 43 A advertncia reservada ser confidencial, sendo que a censura pblica, a suspenso e o cancelamento do exerccio profissional sero efeti-vados mediante publicao em Dirio Oficial e em outro rgo da imprensa, e afixado em mural pelo prazo de 3 (trs) meses, na sede do Conselho Regional do registro principal e na Delegacia do CRA da jurisdio de domiclio do

  • 54

    punido.

    Pargrafo nico. Em caso de cancelamento e suspenso do exerccio profissional, alm dos editais e das comunicaes feitas s autoridades com-petentes interessadas no assunto, proceder-se- apreenso da Carteira de Identidade Profissional do infrator.

    Art. 44 A pena de multa variar entre o mnimo correspondente ao valor de uma anuidade e o mximo do seu dcuplo.

    DAS SUSTENTAES ORAIS

    Art. 45 facultada ao interessado a sustentao oral.

    Pargrafo nico. A sustentao oral dever ser requerida por escrito e obedecer aos seguintes requisitos:

    I - dever ser dada cincia ao interessado do local, data e hora em que o julgamento do feito ir ocorrer, com a antecedncia mnima de 10 (dez) dias;

    II - o tempo concedido para sustentao oral dever ser de, no mximo, 15 (quinze) minutos, podendo ser prorrogado por igual perodo.

    Art. 46 Na sesso de julgamento, aps a exposio de causa (relatrio) pelo Relator, o Presidente dar a palavra ao interessado ou ao seu represen-tante legal.

    1 Aps a sustentao oral, o Relator proferir seu parecer e voto.

    2 Caso seja contra o Presidente do Conselho, Federal ou Regional, que esteja sendo instaurado o processo tico, quem presidir os trabalhos ser seu sucessor hierrquico, conforme estabelecido no Regime respectivo.

    CAPTULO XVI

  • 55

    DA EXTINO DO PROCESSO

    Art. 47. O rgo competente declarar extinto o processo quando exauri-da sua finalidade ou o objeto da deciso se tornar impossvel, intil ou preju-dicado por fato superveniente.

    DOS RECURSOS EM GERAL

    Art. 48. Das decises de primeira instncia caber recurso ao TSEA, em face de razes de legalidade e de mrito.

    1o Somente o interessado ou seu representante legal tem legitimidade para interpor recurso.

    2o O recurso ser dirigido ao rgo que proferiu a deciso.

    Art. 49. de 15 (quinze) dias o prazo para interposio de recurso, con-tados a partir da intimao, na forma prevista pelos arts. 14 e 15 deste Regu-lamento.

    1o O recurso dever ser decidido no prazo mximo de 2 (duas) reunies plenrias ordinrias do Conselho Federal de Administrao, a partir da recepo do processo no CFA.

    2o O prazo mencionado no 1 deste artigo poder ser motivadamente prorrogado.

    3o Na anlise e julgamento dos recursos aplicar-se- o disposto nos arts. 38 e 39 deste Regulamento.

    Art. 50. O recurso ser interposto por meio de requerimento, no qual o

    CAPTULO XVIII

    CAPTULO XVII

  • 56

    recorrente dever expor os fundamentos do pedido de reexame.

    Art. 51. O recurso no ser conhecido quando interposto fora do prazo ou por quem no seja legitimado.

    Pargrafo nico. O juzo de admissibilidade ser exercido pelos Conse-lhos Regionais, aos quais caber analisar o preenchimento dos requisitos e a tempestividade recursais.

    DO TRNSITO EM JULGADO

    Art. 52. Para os efeitos desta norma, considerar-se- transitada em julga-do a deciso terminativa irrecorrvel.

    DAS DISPOSIES FINAIS

    Art. 53. Este Regulamento, quando da sua entrada em vigor, aplicar-se- aos processos que se encontrarem em andamento.

    Art. 54. Compete ao Conselho Federal de Administrao formar jurispru-dncia quanto aos casos omissos, ouvindo os CRAs, e incorpor-la a este Re-gulamento.

    Art. 55. Aplicam-se subsidiariamente ao processo tico as regras gerais do Cdigo de Processo Penal, naquilo que lhe for compatvel.

    Art. 56. O Administrador poder requerer desagravo pblico ao Conselho Regional de Administrao quando atingido, pblica e injustamente, no exer-ccio de sua profisso.

    Art. 57. Caber ao Conselho Federal de Administrao, ouvidos os CRAs e

    CAPTULO XIX

    CAPTULO XX

  • 57

    a classe dos profissionais de Administrao, promover a reviso e a atualiza-o do presente Regulamento, sempre que se fizer necessrio.

    Aprovado na 19a reunioplenria do CFA, realizada

    no dia 3 de dezembro de 2010.

    ADM. Roberto Carvalho CardosoPresidente

    CFA/SP n0 097

    O D\

  • O JURAMENTO

    Prometo dignificar minha profisso, consciente de minhas responsabilidades legais, ob-servar o Cdigo de tica, obje-tivando o aperfeioamento da cincia da Administrao, o de-senvolvimento das instituies e a grandeza do homem e da Ptria.

    Juramento

  • O JURAMENTO

    O Smbolo escolhido para identificar a profisso do administrador tem a seguin-te explicao justificada pelos seus autores:

    O quadro como ponto de partida: uma forma bsica, pura, onde o processo de tenso de linhas recpro-co. Sendo assim, os limites verticais/horizontais en-tram em processo recproco de tenso.

    As flechas centrais se dirigem para um objetivo comum, baseado na regularidade (...) as laterais, as metas a serem atingidas.

    Uma justificativa para a profisso, que possui tambm certos limites em seus objetivos: organizar, dispor para funcionar, reunir, centralizar, orientar, direcionar, coorde-nar, arbitrar, relatar, planejar, dirigir, encaminhar os difer-entes aspectos de uma questo para o objetivo comum.

    O quadro regularidade, possui sentido esttico quando apoiado em seu lado, e sentido dinmico quando apoiado em seu vrtice (a posio escol-hida).As flechas indicam um caminho, uma meta, a partir de uma premissa, de um princpio de ao (o centro).

  • capaguia_crasc_final_08-07_GoBack

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