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Copyright Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará - SEMA

Governo do Estado do Pará

Secretaria de Estado de Meio Ambiente MARCELO DANIEL MARTINS MEIRA

Diretoria de Planejamento Ambiental

Capa/Projeto gráficoOsimar R. Araújo

RevisãoLuiz F. Branco

Impressão e acabamentoGTR Gráfica e Editora

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)(Biblioteca da SEMA, PA)

Pará. Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Programa Estadual de Educação Ambiental: diretrizes e políticas. 2. ed. / Secretaria de Estado de Meio Ambiente. – Belém: SEMA, 2008.

53p.

1. Educação Ambiental – Programa – Pará. 2. Educação Ambiental – Política Pará. I. Título

CDD 372.357098115

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Todos os direitos reservados - 3a. edição - 10.000 exemplares - 2010

ANIBAL PESSOA PICAN¢O

Normalização: Mara Raiol

ANA JÚLIA DE VASCONCELOS CAREPA

EQUIPE EXECUTORA

Instituições participantes da CIEA - Pará e instituições convidadas que participaram dos Grupos de Trabalho, no ano de 2008, para subsidiar a revisão do Programa Estadual de Educação Ambiental:

• ARGONAUTAS Ambientalistas da Amazônia • Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde -

ANEPS• Assembléia Legislativa do Pará - ALEPA• Associação Cheiro do Pará• Associação Comunitária Cultura, Educação e Liberdade - ACCEL• Associação de Desenvolvimento Ecológico - NOVO ENCANTO• Associação de Moradores Amigos de Águas Lindas - AMAAL• Associação de Moradores do Icuí Boa Vista - AMIBV• Associação de Mulheres de Ação - AMA• Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de Ananindeua - BPW/

SEAMA• Associação de Mulheres Jardim Sevilha• Associação dos Municípios do Araguaia-Tocantins - AMAT• Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó - AMAM• Associação dos Municípios das Rodovias Transamazônicas Santarém-Cuiabá e

Região Oeste do Pará• Associação Espaço Aberto para a Geração• Central de Movimentos Populares - CMP• Centrais Elétricas do Norte do Brasil - ELETRONORTE• Centro Universitário do Pará - CESUPA• Coletivo Jovem de Meio Ambiente - CJ• Colônia de Pescadores de Mosqueiro• Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA• Confederação Nacional de Entidades e Associações de Moradores do Brasil -

CONAN-BR• Consórcio de Desenvolvimento Sócio-Econômico Intermunicipal - CODESEI • E.E. Madre Rosa Gattorno• E.E. Dr. Agostinho Monteiro• E.E.E.F José Bonifácio• E.E.E.F Santa Luiza de Marilac• E.E.E.F.M Padre Francisco Berton• E.E.E.M Consuelo Coelho e Souza• E. E. E.M Alex Zacarias de Assumpção• E.E.E.M Santa Maria• E.E.E.F.M Dr. José Márcio Ayres• E. R.C.E.F Bento XV• E.R.C. E. Nossa Senhora das Graças• Embrapa Amazônia Oriental - EMBRAPA

• Escola Josina Viana• Escola Nossa Senhora da Conceição• E. E. Vera Simplício• Federação Metropolitana de Centros Comunitários e Associações de Moradores - FEMECAM• Fórum Estadual de Empreendedores• Fórum Paraense de San - FPSANS• Fórum Permanente de Cultura• Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Prof. Eidorfe Moreira - FUNBOSQUE• Grupo de Atividades Culturais - PARANATIVO• Grupo de Estudos, Cultura e Meio Ambiente - GEAM/UFPA• IMERYS Rio Capim Caulim• Instituto de Desenvolvimento Integral• Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia - MAMA• Movimento de Mulheres Educadoras• Movimento Nacional de Luta pela Moradia - MNLM• Movimento Social - MPA• Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG• Núcleo de Meio Ambiente - NUMA/UFPA• Ong Ambientalista Ananin - ANANIN• Ong Solidariedade e Vida• Prefeitura Municipal de São Sebastião da Boa Vista• Secretaria de Estado de Educação - SEDUC• Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SEMA• Secretaria de Estado de Saúde - SESPA• Secretaria de Estado de Planejamento - SEPLAN• Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Bragança - SAGRIMA• Secretaria de Meio Ambiente de Breves• Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Capanema• Secretaria Municipal de Educação - SEMEC• Secretaria Municipal de Educação de Moju• Secretaria Municipal de Educação de Ponta de Pedras• Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Abaetetuba - SEMEIA• Secretaria de Agronegócio e Meio Ambiente de Ananindeua - SEAMA• Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Cametá • Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Concórdia - SEMMAC• Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Moju•Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ponta de Pedras• Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM• União Brasileira de Mulheres - UBM• Universidade da Amazônia - UNAMA• Universidade do Estado do Pará - UEPA• Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA• Universidade Vale do Acaraú - UVAGrupo de trabalho de sistematização do texto revisado em dezembro de 2007.Doraci Lopes, Cláudia Leitão e Reginaldo Vale (Coordenadoria de Capacitação e Educação Ambiental/SEMA).

Instituições participantes da CIEA - Pará e instituições convidadas que participaram das ofi cinas, no ano de 2006, para subsidiar a elaboração do Programa Estadual de Educação Ambiental:• Consultor: Mauro Guimarães - UFRRJ • Associação dos Municípios do Araguaia-Tocantins - AMAT• Associação dos Municípios do Baixo Tocantins - AMBAT• Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó - AMAM• Argonautas Ambientalistas da Amazônia - ARGONAUTAS• Batalhão da Polícia Ambiental - BPA• Centro de Pesquisa Agrofl orestal da Amazônia Oriental - EMBRAPA• Centro Universitário do Pará - CESUPA• Companhia Paraense de Turismo - PARATUR• Companhia de Saneamento do Pará - COSANPA• Centro de Estudos e Práticas de Educação Popular - CEPEPO• Consórcio de Desenvolvimento Sócio-Econômico Intermunicipal - CODESEI• Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER• Federação das Indústrias do Pará - FIEPA• Faculdade Ideal - FACI• Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque

Professor Eidorfe Moreira - FUNBOSQUE• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

- IBAMA • Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - IPAM• Instituto de Estudos Superiores da Amazônia - IESAM• Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG• Ordem dos Advogados do Brasil - OAB• Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTAM • Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município de Belém - SEMA• Secretaria Executiva do Trabalho e Promoção Social - SETEPS • Secretaria Executiva de Agricultura - SAGRI• Secretaria Executiva de Educação - SEDUC• Secretaria Executiva de Saúde Pública - SESPA• Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA • Universidade Federal do Pará/UFPA - Grupo de Estudos, Cultura e Meio

Ambiente - GEAM • Universidade do Estado do Pará - UEPAGrupo de Trabalho de Sistematização do texto revisado em 2006:Ludetana Araújo, Ana Paula Garcia, Cinara Estrela, Solange Gayoso e Sineide Wu (SECTAM), Celdilamar Chaves de Souza (SETEPS), Ana Lídia Nascimento (SEDUC), Mariana Bordalo (MPGE), Elena Almeida de Carvalho (CESUPA), Marinete da Silva Boulhosa (CESUPA), Marilena Loureiro (FUNBOSQUE), Constantino Pedro de Alcântara Neto (IESAM).

“A educação ambiental é individual e coletiva. Tem o propósito de formar

cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação

dos povos e a soberania das nações.”

(Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e

Responsabilidade Global, 1992)

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O Programa Estadual de Educação Ambiental – PEAM, sistematizado neste documento, tem como fundamentos o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global de 1992 e as resoluções aprovadas na II Conferência Estadual do Meio Ambiente realizada em 2005, na qual foi referendado o fortalecimento da Educação Ambiental.

Este documento é o resultado do processo de revisão do PEAM, acontecido no período de junho a dezembro de 2006, que por meio de oficinas metodológicas e discussões em grupos de trabalho construíram-se as bases teóricas que fundamentam o programa atual.

Importa ressaltar que o PEAM é um programa de âmbito estadual construído em parceria entre as instituições governamentais, empresas e organizações da sociedade civil, membros da CIEA/Pará e o público que participou das oficinas metodológicas.

A competência de execução do programa não pode ser entendida como exclusiva do poder público estadual, esta é de responsabilidade de todos os segmentos sociais e esferas de governo comprometidas com a educação ambiental, logo todos têm a responsabilidade pela aplicação, execução, monitoramento e avaliação do programa.

O PEAM deve ainda, ser considerado como uma das ações que convergem para minimizar os problemas oriundos dos impactos socioambientais que atingem as populações urbanas e rurais residentes no estado. Neste sentido, a execução sistematizada e institucionalizada de um programa específico de educação ambiental, sob orientação de uma nova política ambiental internacional e nacional, é um instrumento imprescindível à instauração de um modelo de sustentabilidade socioambiental para a sociedade presente e futura.

APRESENTAÇÃO

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Convergente a esse aspecto insere-se a preocupação específica com o redirecionamento da prática educacional no estado do Pará, vista como um dos instrumentos com grande capacidade para o processo de instalação de novos valores éticos para a relação sociedade-natureza.

Neste sentido, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA e a Secretaria de Estado de Educação – SEDUC, órgãos gestores da Política de Educação Ambiental, em conjunto com a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental – CIEA/Pará, em atendimento às prescrições constitucionais, e aos apelos da realidade amazônica e, especificamente, a paraense, em atenção a sua complexa diversidade, a qual impõe a articulação de respostas possíveis à problemática ambiental, propõe o PEAM/2008. A expectativa é que este documento seja amplamente utilizado por todos os segmentos sociais e instituições do poder público na implementação da educação ambiental no estado.

A Educação Ambiental deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, provendo oportunidades para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a condução de seus próprios destinos. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992)

APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 91 ANTECEDENTES ................................................................................... 132 DIRETRIZES ............................................................................................... 213 PRINCÍPIOS ................................................................................................. 244 FINALIDADE ............................................................................................. 245 OBJETIVOS ................................................................................................... 256 SUBPROGRAMAS ................................................................................... 276.1 Subprograma I: Formação em Educação Ambiental .................................................................................................. 276.2 Subprograma II: Ações Sócio-Educativas no Processo de Gestão Ambiental ............................................... 286.3 Subprograma III: Produção e Difusão de Conhecimentos ...................................................................................... 316.4 Subprograma IV: Incentivo, sustentação e financiamento na área da educação, saúde e meio ambiente ........................................................................................ 336.5 Subprograma V: Avaliação e Monitoramento das Práticas de Educação Ambiental ............................... 34REFERÊNCIAS ........................................................................................... 35Anexo 1: Lei nº 9.795, de 27/04/1999 ........................................ 39Anexo 2:Decreto Estadual nº 1638/05 ..................................... 47Anexo 3: Resolução COEMA nº 048/2006 .......................... 51

SUMÁRIO

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A construção de novas práticas educativas para o redimensiona-mento das relações que a sociedade vem estabelecendo com a natureza, tem sido objeto de muitos debates desde que a percepção da crise socioambiental tornou-se mais aguda. Os reclamos em torno de uma nova ética, capaz de formular valores e atitudes humanas para estabelecer freios à degradação ambiental, assim como a própria degradação humana, vêm ganhando cada vez mais espaços nas agendas das academias, dos movimentos sociais, das instituições governamentais e não-governamentais.

À ação educativa caberia então a contribuição à constituição e difusão de novas relações entre sociedade e natureza. Essa seria, portanto, a principal tarefa daquilo que se convencionou chamar de Educação Ambiental: o estabelecimento de processos educativos capazes de melhorar a relação entre sujeitos e o meio natural e social.

O termo Educação Ambiental surge pela primeira vez em 1965, quando da Conferência de Educação ocorrida na Grã-Bretanha, e estava associada à conservação e preservação dos recursos naturais, numa visão de Educação Ambiental relacionada ao aspecto natural, biológico e ecológico, visão tradicional.

Em 1968, cientistas dos países desenvolvidos se reuniram em Roma, tendo como pauta a discussão do consumo, das reservas de recursos naturais não-renováveis e o crescimento populacional até meados do século XXI. O “Clube de Roma”, como ficou conhecido, conclui sobre a necessidade urgente de buscar meios para a conservação dos recursos naturais, controlar o crescimento da população e investir numa mudança radical na mentalidade de consumo.

1 ANTECEDENTES

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Pela primeira vez a problemática ambiental é exposta como uma questão ou um problema mundial, embora o discurso do crescimento populacional seja direcionado aos países mais pobres, cujo crescimento estaria desordenado. Esta lógica tira de foco as verdadeiras causas da crise ambiental assentadas no desenvolvimento técnico-científico que ampliaram as formas de o homem explorar a natureza, deixando a riqueza proveniente desta exploração nas mãos dos países mais ricos e deixando a maior parte da população mundial em situação de pobreza.

Como conseqüência desta reunião, a ONU organiza em Estocolmo (1972) a Primeira Conferência Mundial de Meio Ambiente, que reconhece a necessidade de envolver o cidadão na solução dos problemas ambientais e estabelece uma série de princípios norteadores para um programa internacional. A Educação Ambiental passa a ser vista como elemento auxiliar no combate da crise ambiental. A UNESCO, órgão da ONU responsável pela divulgação e realização desta nova perspectiva educativa, realiza vários seminários regionais em todos os continentes, procurando estabelecer os fundamentos filosóficos e pedagógicos da Educação Ambiental.

Em 1975 realiza-se em Belgrado a primeira reunião de especialistas em educação e áreas afins (Encontro Internacional de Educação Ambiental), para definir os objetivos, conteúdos e métodos, e orientação para um Programa Internacional de Educação Ambiental. É formulada a Carta de Belgrado que alerta sobre as conseqüências do crescimento tecnológico e econômico sem limites. A Educação Ambiental é citada como um dos meios de se combater com maior eficiência e velocidade a crise ambiental do mundo.

Em 1977 realiza-se em Tbilisi (capital da Georgia, antiga URSS) o 1º Congresso Internacional de Educação Ambiental onde foram apresentados os primeiros trabalhos, ainda como propostas dos governos. Foram definidos os objetivos e estratégias nacionais e internacionais e acrescentados aos princípios básicos da Carta de Belgrado, que a Educação Ambiental deve ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais e desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para a resolução dos problemas; utilizando diferentes ambientes e métodos educativos

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para a aquisição de conhecimentos, sem esquecer a necessidade de realização de atividades práticas e valorização das experiências pessoais. Maior importância é dada às relações natureza-sociedade, originando mais tarde a vertente socioambiental da Educação Ambiental.

Em 1987 realiza-se em Moscou o 2º Congresso Internacional sobre a Educação e Formação relativas ao Meio Ambiente onde é apresentada a necessidade de formação de recursos humanos nas áreas formais e não-formais da Educação Ambiental, e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino.

Em 1984 e 1988 realizam-se o Primeiro Encontro Paulista de Educação Ambiental (onde se reúnem pela primeira vez àqueles que praticavam e pesquisavam sobre a Educação Ambiental) e o 1º Encontro Nacional de Educação Ambiental.

Em 1992 realiza-se a Conferência Rio-92 enfocando os problemas ambientais globais e o desenvolvimento sustentável. Nesta conferência é produzida a Carta Brasileira de Educação Ambiental elaborada pela Coordenação de Educação Ambiental do MEC, onde é avaliado o processo de Educação Ambiental no Brasil e se estabelecem as recomendações para a capacitação de recursos humanos. É aprovado no Brasil o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA) que prevê ações nos âmbitos de Educação Ambiental formal e não formal. A partir daí, várias organizações estaduais de meio ambiente e ONGs implantam programas de Educação Ambiental e os municípios criam as secretarias municipais de meio ambiente, que têm como uma de suas funções, o desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental.

Em 1999 foi sancionada a Lei nº 9.795/99, a qual instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, sob os seguintes princípios:

I - O enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II - A concepção de meio ambiente em sua totalidade considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;

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III - O pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;IV - A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;V - A garantia de continuidade e permanência do processo educativo;VI - A permanente avaliação crítica do processo educativo;VII - A abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;VIII - O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural (BRASIL, 1999).

Esses princípios demonstram a evolução das discussões teóricas

no campo da Educação Ambiental, sob o enfoque da participação democrática, uma prática educativa para a consideração das questões ambientais vistas como produto das inter-relações complexas estabelecidas entre sociedade e natureza.

No estado do Pará, a Educação Ambiental como instrumento de gestão, surgiu em 1986, na então Divisão de Ecologia e Saúde Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde Pública – SESPA, como um dos principais meios para convencimento de pessoas ou grupos de pessoas que, de alguma forma, transgridem a legislação, apesar de atuarem na informalidade. Em 1988 o estado do Pará cria sua Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (que, no entanto, só é implementada em 1993, cinco anos depois de criada).

Em 1990 o estado institucionaliza no recém-criado Departa-mento de Meio Ambiente da SESPA, uma Divisão para tratar da Educação Ambiental que tinha como propósito principal atuar em apoio a soluções de problemas ambientais localizados: promoção da Semana de Meio Ambiente, que muitas vezes restringia-se a eventos pontuais de repercussão pouco significativa, e atendimento a solicitações de palestras sobre o assunto em escolas de Belém, além de casos de apoio esporádico a outros instrumentos de gestão – como era o caso da fiscalização.

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Em 1993 o governo do estado do Pará efetivou a implementação da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM) – hoje, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) – que passa a ser o órgão gestor ambiental estadual, estabelecendo as bases para a Política Estadual do Meio Ambiente. Para a implementação da Educação Ambiental, a Divisão de Estudos e Educação Ambiental (DIAMB) – hoje, Coordenadoria de Capacitação e Educação Ambiental – que inicialmente teve por objetivo a realização de estudos para subsidiar a elaboração do Programa Estadual de Educação Ambiental: Diretrizes e Políticas.

Concomitantemente às ações executadas na SECTAM, foram desenvolvidos pela Secretaria de Estado de Educação/SEDUC, os Programas de Educação Ambiental e Cidadania/PEAC – 1994 e Educação Ambiental para as Escolas Públicas do Estado do Pará – 1998; em 1995 foi criado o Sistema de Educação para o Desenvolvimento Sustentável.

No ano de 1999 foi constituída a “nova” CINEA (Decreto Estadual 3.632/99), composta por 24 (vinte e quatro) instituições para a qual foram atribuídas as seguintes incumbências: “gerar, acompanhar e avaliar o Programa Estadual de Educação Ambiental: Diretrizes e Políticas (PEAM), formalizar parcerias entre instituições governamentais e não-governamentais para a realização de pesquisas e práticas de educação ambiental” (Decreto nº 3.632/99 art. 2º).

Nos idos de 2005 a SECTAM passou por estudos sobre a sua estrutura, considerando que a que estava em vigor não atendia a dimensão de seus programas. Neste sentido, foi proposta uma reorganização, que ainda não recebeu aprovação pela Assembléia Legislativa, mas que passou a nortear a forma de pensar e agir da Secretaria. Dentro deste contexto a Divisão de Estudos e Educação Ambiental passa a denominar-se Núcleo de Estudos e Educação Ambiental, assumindo o papel de articulador, disseminador e monitor da implementação da Educação Ambiental em todas as políticas socioambientais e na produção de materiais didáticos para esclarecimentos, concretização e envolvimento da população para a preservação e conservação do meio ambiente.

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À luz do que vinha ocorrendo nacionalmente por conta da regulamentação da Lei da Política Nacional de Educação Ambiental nº 9795/99, por meio do Decreto 4281/2002, o Decreto Estadual 1638/05 altera a CINEA, que passa a se chamar CIEA para atender o Decreto Nacional nº 4281/2002, cujas atribuições são as de apoiar e coordenar em articulação com os órgãos e entidades que atuam na área socioambiental, programas e ações educativas para promover a participação da sociedade e usuários nas atividades de preservação e conservação do meio ambiente, abrindo espaços para a participação da comunidade e de outros segmentos organizados do Terceiro Setor, tornando possível a emergência de propostas de estudos e práticas que orientem o uso dos recursos naturais, atribuição esta que se soma ao envolvimento do pessoal técnico-científico para o fato de que suas ações devam integrar a comunidade, o que demanda o desenvolvimento de um diálogo entre diferentes matrizes de racionalidade. Dito de outra forma, realizar um diálogo entre a racionalidade técnico-científica e a racionalidade prática da comunidade.

Atendendo à necessidade da descentralização das ações de Educação Ambiental no estado e criar espaços de articulação e disseminação desta educação, foram criadas as CIEAs regionais nos municípios do estado do Pará. Metodologicamente os 143 municípios do estado foram agrupados em 7 Regiões (ou Bacias) Hidrográficas, tendo como critérios as características geofisiográficas e a acessibilidade dos municípios (geomorfologia, geologia, hidrografia, solo e fator climático).

Em maio de 2005 foi realizado o I Encontro de Educação Ambiental da Região Amazônica, a I Reunião Regional de Representantes de Comissões Estaduais Interinstitucionais de Educação Ambiental e o II Encontro Estadual de Educação Ambiental, com o tema “Educação Ambiental: Contribuições para os Ecossistemas Amazônicos”.

Ainda em novembro de 2005 é realizada a II Conferência Estadual de Meio Ambiente, na qual foram aprovadas várias propostas para o fortalecimento da Educação Ambiental no estado do Pará. Durante o ano de 2006, tendo como base as discussões do

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I Encontro Estadual de Educação Ambiental e os fundamentos e resoluções da II Conferência Estadual, se procedeu à revisão do Programa Estadual de Educação Ambiental – PEAM, concluído em dezembro deste mesmo ano.

Em 2007 diante da proposta política do novo governo baseada numa gestão democrática, descentralizada e participativa, decidiu-se ampliar a base de participação da sociedade no processo de revisão do documento base. Nesse sentido, e aproveitando a data de comemoração internacional do meio ambiente, foi realizada a Semana Estadual de Meio Ambiente onde uma das pautas foi um painel de apresentação do PEAM.

Em outubro deste mesmo ano, no contexto de realização das atividades da CIEA, mais uma vez o documento foi foco de discussão, deliberando-se como necessidade a realização de um momento de culminância para sua revisão e aprovação com ampla participação da sociedade. Em dezembro durante o seminário intitulado “Participação Social, Regionalidade e Mudanças Climáticas”, uma das ações preparatórias para a III Conferência Estadual de Meio Ambiente, realizou-se a revisão do Programa Estadual de Educação Ambiental – PEAM, resultando na versão 2008.

Em virtude da construção de um modelo participativo de gestão apresentado pelo governo do estado que se iniciou em 2007, onde, as regiões de integração do estado apresentadas na realização do Planejamento Territorial Participativo passam a cumprir um papel decisivo na implementação das políticas do governo estadual, uma nova revisão do PEAM foi realizada. A realização do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais – PNC apresenta um novo quadro da realidade socioambiental nos municípios paraenses, isto contribui para a nova apresentação do Programa Estadual de Educação Ambiental.

O PEAM irá contribuir de forma decisiva para nortear a implementação das políticas públicas do governo do estado do Pará a respeito da Educação Ambiental, contribui como exemplo na implementação do Decreto nº 801, de 15 de fevereiro de 2008, que trata da separação dos resíduos sólidos nos órgãos da administração pública.

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A educação ambiental deve integrar conheci-mentos, aptidões, valores, atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992)

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2 DIRETRIZES

O Programa Estadual de Educação Ambiental tem como eixo orientador a sustentabilidade socioambiental e a melhoria de qualidade de vida dos paraenses. Seus subprogramas e ações se destinam a promover, com base no processo educativo, a efetiva articulação entre as dimensões da sustentabilidade socioambiental – ecológica, social, ética, cultural, econômica, espacial e política – e o desenvolvimento sustentável comprometido com os anseios dos agentes locais e com a ampla participação social na preservação, proteção, recuperação e controle do uso dos recursos ambientais; na valorização e preservação dos conhecimentos tradicionais e da diversidade cultural local. Neste sentido o programa propõe as seguintes diretrizes:

• Participação e Controle Social;• Descentralização Territorial e Institucional;• Fortalecimento da Educação Ambiental no Sistema de Ensino;• Fortalecimento da Educação Ambiental Não-Formal;• Sustentabilidade socioambiental;• Reconhecimento e valorização da Pluralidade e Diversidade

Cultural.

O PEAM propõe uma ação efetiva à participação social no processo de Gestão Ambiental e no controle sobre o acesso e uso dos recursos ambientais, para isso estabelece estratégias e ações de empoderamento dos agentes sociais locais para intervirem de modo qualificado e efetivo na preservação, proteção, recuperação e controle de tais recursos.

Como o processo de gestão se delineia, necessariamente, entre as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e sociedade civil organizada, é imperiosa a integração entre as ações e os setores governamentais e não-governamentais na junção de esforços e na otimização de recursos para a prática e difusão da educação ambiental.

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Essa prática deverá também ser estimulada no plano horizontal das respectivas esferas do processo, sempre baseados na integração dos esforços e nos diferentes agentes sociais governamentais e não-governamentais, e na viabilização da integração intra-institucional, como mecanismo de fortalecimento na articulação das ações dos diversos setores.

A concepção das ações e seu empreendimento no âmbito da Educação Ambiental estará sob a perspectiva da descentralização. Processo esse decisivo para que se estabeleça o controle das ações do poder público pela sociedade.

Nesse sentido, a participação dos diversos segmentos sociais – sendo o de formular, apresentar ou executar propostas para a operacionalização do programa – ratifica a prática interinstitucional, descentralizada, voltada ao trabalho em parceria, envolvendo o setor público (União, estado e município) e as organizações sociais, com vistas à conjugação de esforços e gestão politicamente compartilhada, garantindo à população o direito à educação e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Sendo a Educação Ambiental um dos instrumentos fundamentais na gestão ambiental, o PEAM desempenha um papel importante na orientação e formação de professores, educadores, de estudantes e dos diversos atores da sociedade para criação das condições efetivas à construção de uma nova ética socioambiental comprometida com a qualidade ambiental e a justiça social.

O PEAM desempenha, ainda, um importante papel na orientação e reflexão junto aos agentes públicos, privados e sociedade civil organizada, na implementação de políticas públicas, programas, projetos e intervenções localizadas, buscando na prática educativa criar condições para se pensar em soluções para as questões estruturais, objetivando a sustentabilidade socioambiental.

A política norteadora da prática da Educação Ambiental tem como um dos seus pressupostos, o respeito às características culturais peculiares de cada região ou comunidade. Preconiza que, a pluralidade e diversidade cultural em nosso estado suscitem a existência de conhecimentos, valores e atitudes que devam ser considerados na formulação, execução e avaliação da prática da Educação Ambiental no âmbito do Programa Estadual.

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Nesse contexto se insere a política norteada para operacionalização das ações no âmbito da Educação Ambiental, enquanto componente essencial e permanente entendida como:

Processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências, voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (Lei nº 9.795/99, art. 4º).

A educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seu modo formal, não formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992).

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3 PRINCÍPIOS

• Diálogos de Saberes na perspectiva da complexidade ambiental, a qual deve ultrapassar as múltiplas relações entre os ambientes naturais, culturais, históricos, sociais, econômicos e políticos;

• Abordagem sistêmica capaz de integrar os múltiplos aspectos da problemática ambiental, superando assim, a fragmentação dos diferentes campos disciplinares;

• Compromisso com a cidadania socioambiental;• Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;• Garantia de continuidade e permanência do processo educativo

formal e não-formal;• Permanente avaliação do processo educativo formal e não-

formal;• Respeito às comunidades tradicionais e às culturas regionais;• Empoderamento da sociedade civil, visando à adoção de uma nova

ética socioambiental;• Utilização sustentável dos recursos naturais no território do

estado do Pará, considerando os aspectos econômicos sociais e ambientais de cada microrregião;

• Os usos múltiplos das águas e suas interações com o ciclo hidrológico compatível com as exigências do desenvolvimento sustentável;

• Adoção da Bacia Hidrográfica como Unidade de Planejamento e Gestão Ambiental.

4 FINALIDADE

Implementar a Política de Educação Ambiental no Estado do Pará, tendo como coordenadoras do Sistema Estadual no Pará a SEMA e a SEDUC estimulando a Educação Ambiental na educação escolar em todos os níveis e modalidades de ensino e nas atividades de Gestão Ambiental, com vistas à formação de educadores, gestores ambientais e formadores de opinião; a realização de estudos e pesquisas nas áreas de fundamentos, metodologias e produção de materiais educativos no âmbito da Educação Ambiental.

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5 OBJETIVOS

• Estimular e implementar o Programa de Educação Ambiental do Estado do Pará em todas as modalidades de ensino e nas atividades de Gestão Ambiental, visando à formação de educadores, gestores ambientais e formadores de opinião;

• Fomentar a realização de projetos, estudos e pesquisas sobre fundamentos, metodologias e produção de materiais educativos que subsidiem a prática da Educação Ambiental e da articulação intra e interinstitucionais do poder público, das instituições privadas e da sociedade civil;

• Promover a formação de massa crítica dos sujeitos que possibilitem à sociedade a aquisição de conhecimentos, valores e atitudes éticos que viabilizem o exercício da cidadania no processo de Educação Ambiental;

• Estimular a participação dos diferentes segmentos sociais na formulação de políticas voltadas ao meio ambiente, na concepção e aplicação de decisões que afetem à qualidade de vida da população do estado;

• Estimular o desenvolvimento de programas de Educação Ambiental nas empresas, principalmente naquelas ligadas ao setor produtivo, como base em ações planejadas de Educação Ambiental;

• Realizar o levantamento de ações em Educação Ambiental, desenvolvidas em âmbito estadual, para manter o processo efetivo de fortalecimento da Política Estadual de Educação Ambiental;

• Apoiar práticas educativas socioambientais para difusão e sociali-zação das ações desenvolvidas;

• Promover o intercâmbio sistemático de experiências em Educação Ambiental nos sistemas formal e não-formal de ensino;

• Subsidiar a Educação Ambiental nas Unidades de Conservação e nas atividades de Ecoturismo;

• Implementar instrumentos de avaliação dos programas/projetos/atividades/ações desenvolvidas no âmbito da Educação Ambiental;

• Desenvolver e incentivar a Educação Ambiental nas áreas de pesca e agricultura familiar;

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• Promover Ações de Educação Ambiental junto aos pequenos empreendedores e às iniciativas promissoras;

• Estimular a formação de uma consciência crítica quanto ao uso sustentável, à preservação e à conservação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos, visando garantir a sustentabilidade destes recursos para as atuais e futuras gerações.

• Promover, fomentar, estimular e manter o ensino e a prática da Educação Ambiental na educação não-formal.

A educação ambiental valoriza as diversas formas de conhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado. (Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992).

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6 SUBPROGRAMAS

6.1 SUBPROGRAMA I: FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

a) Objetivo GeralImplantar processo de formação continuada em Educação

Ambiental para professores, técnicos, educadores, comunicadores, formadores de opinião, com ações no âmbito da educação formal, não-formal e da Gestão Ambiental no estado.

b) Linhas de ação• Promover a formação de agentes multiplicadores, com a

participação dos órgãos estaduais, municipais e nas instituições civis, militares e não-governamentais;

• Promover a formação de educadores, entre o pessoal de apoio operacional, docentes e técnicos da área de ensino, por meio de cursos de agentes multiplicadores, nos municípios do estado;

• Promover cursos de atualização e aperfeiçoamento em Educação Ambiental, visando formar recursos humanos que atuem em agências de qualificação e/ou formação de mão-de-obra, para legitimar a abordagem da dimensão ambiental nas atividades produtivas.

• Apoiar a estruturação e implantação da educomunicação de cursos de Educação Ambiental a distância, para o Ensino Fundamental e Médio, em rede de comunicação no contexto da TV Educativa;

• Possibilitar a realização de cursos de formação, aperfeiçoamento voltados para áreas técnicas de gestão ambiental, com abordagens temáticas que envolvam problemas socioambientais para profissionais dos órgãos estaduais, municipais, empresariais e profissionais liberais na preparação de mão-de-obra qualificada para o tratamento de assuntos relativos ao Meio Ambiente e à cultura da sustentabilidade;

• Desenvolver programa de Educação Ambiental continuada em recursos hídricos, buscando aperfeiçoamento profissional em gestores, técnicos e educadores;

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• Promover cursos de capacitação em recursos hídricos para gestores públicos municipais por bacias hidrográficas, visando o aperfeiçoamento dos mesmos quanto à legislação nacional e estadual dos recursos hídricos;

• Promover treinamentos, oficinas e cursos para professores-educadores da rede de ensino pública e privada sobre a importância da preservação dos recursos hídricos estaduais;

• Promover a formação de agentes multiplicadores locais, visando disseminar a importância vital de preservar e conservar, tanto quantitativa como qualitativamente os recursos hídricos estaduais;

• Estimular os gestores municipais, sociedade civil e as associações de usuários de água a participar de forma efetiva do processo de gestão dos recursos hídricos no âmbito estadual;

• Desenvolver um Programa Permanente de Capacitação, Treinamento e Desenvolvimento para os servidores, a fim de melhorar a eficiência dos serviços prestados pelas instituições (SEMA e SEDUC);

• Promover, estimular e manter periodicamente treinamentos, oficinas e cursos para professores-educadores da rede de ensino pública e privada sobre a importância da preservação dos recursos naturais estaduais.

6.2 SUBPROGRAMA II: AÇÕES SÓCIO-EDUCATIVAS NO PROCESSO DE GESTÃO AMBIENTAL

a) Objetivo GeralDisseminar a prática de atividades de Gestão Ambiental,

envolvendo parcerias institucionais entre os órgãos públicos, instituições privadas e a sociedade civil.

b) Linhas de Ação• Promover e acompanhar a execução de atividades voltadas

à prática da dimensão ambiental nos currículos escolares nos municípios paraenses e nas atividades das instituições públicas, privadas e entidades civis;

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• Fomentar a criação das CIEAs regionais para dinamizar a Rede Estadual de Educação Ambiental e assessorar a criação e o fortalecimento de Conselhos Municipais de Meio Ambiente;

• Articular “nós” de ponta com vistas à integração e legitimação da Rede de Educação Ambiental do Estado do Pará; interligando seus diversos segmentos;

• Estimular o componente da Educação Ambiental, como obrigatoriedade em projetos produtivos em todas as linhas de atuação e fontes de financiamento do estado e dos municípios;

• Subsidiar a elaboração de programas de Educação Ambiental municipais, que reflitam as necessidades específicas do município;

• Atender aos processos de gestão do desenvolvimento produtivo, estimulando a participação comunitária na implantação e manejo das Unidades de Conservação (Proteção Integral e Uso Sustentável – de acordo com o Regulamento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC) – estaduais e municipais.

• Fomentar projetos socioambientais com apoio e acompanhamento contínuo dos órgãos do governo na esfera federal, estadual e municipal;

• Fortalecer a participação da sociedade civil organizada através da criação, execução e avaliação de projetos produtivos em todas as linhas de atuação e fontes de financiamento do estado;

• Fomentar linha de ação com assessoria permanente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Controle Ambiental e Fiscalização Ambiental do Estado;

• Criar orçamento financeiro (fundo) específico para subsidiar a criação e manutenção de Secretarias Municipais de Meio Ambiente;

• Estabelecer parcerias junto às Secretarias Municipais visando ampliar o compromisso com aplicabilidade da gestão ambiental e educação ambiental nos municípios paraenses;

• Sensibilizar o gestor municipal quanto ao processo de descentralização das responsabilidades com autonomia dos municípios em deliberar parcerias;

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• Possibilitar a implantação de assessoria jurídica para acompanhamento jurídico no processo de execução do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais (PNC) e outros projetos da área ambiental a serem implementados nos municípios;

• Implementação, ampliação e efetivação da Agenda 21 local nos municípios;

• Criação e fortalecimento dos Coletivos Jovens nos municípios;• Criação e fortalecimento do Com-Vidas nos municípios;• Promover a integração do Coletivo Jovem com os Núcleos de

Educação Ambiental;• Criação e fortalecimento de Fóruns, com ampliação da participação

da sociedade civil organizada através de consultas públicas no exercício da gestão e ações referentes à sustentabilidade local;

• Implementação, ampliação, acompanhamento e divulgação dos Conselhos Municipais;

• Implantação de coleta seletiva dos resíduos sólidos (lixo inorgânico);

• Fomentar projetos sustentáveis de insumos orgânicos e inorgânicos;

• Atender aos processos de gestão do desenvolvimento produtivo, a participação comunitária na implantação e manejo das Unidades de Conservação estaduais e municipais;

• Promover a gestão dos recursos hídricos, de forma integrada e participativa, estimulando a formação de agentes sociais locais no processo de manejo integrado de bacias hidrográficas rurais e urbanas;

• Criar e fortalecer o Projeto ÁguaEduca nas escolas dos municípios paraenses;

• Fortalecer as ações do Programa ÁguaBoa nos períodos de férias;• Desenvolver projetos de educação ambiental em comemoração ao

Dia Mundial da Água (22 de março) através de ações integradas entre Governo-Escolas-Comunidade;

• Divulgar junto à rede pública e privada as ações referentes aos projetos da Semana da Água, através de fôlder, cartilhas, cartazes elaborados em linguagem acessível aos diversos segmentos da sociedade;

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• Fomentar a criação de consórcios de usuários de água intermunicipais, adotando-se a bacia hidrográfica como unidade de planejamento;

• Sensibilizar junto à rede de ensino, público e privado, envolvendo alunos e professores, através da realização de palestras, oficinas e debates sobre a importância da água;

• Promover campanhas educativas permanentes e itinerantes, dirigidas aos diversos segmentos da sociedade, enfatizando os aspectos ambientais decorrentes da utilização dos recursos hídricos;

• Realizar parcerias entre os órgãos públicos e os setores produtivos de modo a desenvolver uma linguagem comum sobre Educação Ambiental.

6.3 SUBPROGRAMA III: PRODUÇÃO E DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS

a) Objetivo GeralInventariar, produzir e divulgar material educativo, estudos,

pesquisas, metodologias e técnicas, relativos à prática da Educação Ambiental.

b) Linhas de Ação• Identificar as práticas e materiais educativos que dialogam com a

educação ambiental a fim de sistematizá-las e divulgá-las;• Implantar banco de dados contendo informações gerais e

especializadas sobre Meio Ambiente e Educação Ambiental;• Produzir e divulgar material teórico e metodológico para

subsidiar ações de Educação Ambiental formal e não-formal no Estado tratando sobre assuntos sociais, econômicos e ambientais locais;

• Apoiar projetos de pesquisa para geração de meto do logias e ins-trumentos de Educação Ambiental;

• Estimular a realização de projetos de pesquisa, mediante análise técnica de instrumentos e metodologias em Educação Ambiental;

• Apoiar a criação e/ou implementação de veículos de comunicação popular e técnico-científico na área de Educação Ambiental;

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• Divulgar conhecimentos já produzidos em Educação Ambiental no Estado;

• Promover a realização de fóruns regionais e locais para a socialização de conhecimentos e metodologias de educação ambiental;

• Desenvolver eventos periódicos de Educação Ambiental em nível regional que vise à troca de experiência entre gestores, educadores, técnicos e agentes multiplicadores sobre o ensino, prática e aplicação de Educação Ambiental no Estado do Pará;

• Elaborar cartazes, banners e fôlderes que contenham informações sobre a importância da água nos seus diversos usos, necessidade do controle da qualidade da água, e a preocupação com a possibilidade da escassez e suas conseqüências;

• Elaborar materiais educativos e informativos para subsidiar as ações do Programa de Educação Ambiental e conservação dos recursos hídricos;

• Participar de entrevistas relacionadas às questões dos Recursos Hídricos do Estado do Pará na imprensa falada e escrita como meio de discernir ações em educação ambiental de recursos hídricos;

• Elaborar cartilhas em linguagem simples para utilização dos professores, como multiplicadores de idéias orientando os alunos quanto ao uso, à preservação e conservação dos recursos hídricos;

• Divulgar relatórios técnicos/artigos científicos publicados nos eventos referentes aos Recursos Hídricos através do site da SEMA;

• Apoiar as instituições de ensino e pesquisa no atendimento às necessidades atuais e futuras do estado, na geração, transmissão e difusão de conhecimento e tecnologias adequadas ao uso racional dos recursos hídricos;

• Promover e disponibilizar informações através de CDs, livros, vídeos educativos na Biblioteca da SEMA sobre Educação Ambiental;

• Realizar parcerias entre os órgãos públicos e os setores produtivos de modo a desenvolver uma linguagem comum sobre Educação Ambiental;

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• Promover a integração e a troca de experiência da Educação Ambiental entre os diversos setores produtivos, os órgãos públicos e a sociedade civil estadual através de eventos periódicos.

6.4 SUBPROGRAMA IV: INCENTIVO, SUSTENTAÇÃO E FINANCIAMENTO NA ÁREA DA EDUCAÇÃO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE

a) Objetivo Geral: Garantir a sustentabilidade de ações, programas e projetos

integrados de Educação Ambiental que envolvam a educação, a saúde e o meio ambiente, no âmbito do estado, por meio de incentivos e apoio financeiro.

b) Linhas de Ação:• Promover a destinação de recursos financeiros, de fundos já

existentes, para implementação de programas, projetos e ações em Educação Ambiental;

• Incentivar e aplicar a criação de linhas de financiamento público e privado para programas e projetos de Educação Ambiental, de iniciativa governamental e/ou não-governamental;

• Potencializar parcerias com empresas privadas para obtenção de apoio financeiro para desenvolvimento de projetos integrados;

• Incentivar benefícios fiscais e premiações às instituições e empresas que invistam em Educação Ambiental;

• Estimular a alocação de recursos financeiros do orçamento do estado e dos municípios para programas de Educação Ambiental;

• Aplicar recursos oriundos de multas referentes ao meio ambiente em programas e projetos de Educação Ambiental;

• Fomentar a criação de linhas de financiamento específicas para Educação Ambiental no âmbito da SEMA e da SEDUC;

• Estimular a criação de ementas parlamentares para alocação de recursos para programas e projetos de Educação Ambiental;

• Promover maior autonomia e capacidade de negociação de recursos orçamentários e financeiros junto aos órgãos do governo;

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• Estabelecer mecanismos de cooperação entre as instituições que atuam, direta ou indiretamente, com a formação de recursos humanos na área de recursos hídricos.

6.5 SUBPROGRAMA V: AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

a) Objetivo Geral: Monitorar e avaliar a execução das ações de educação ambiental

desenvolvidas no estado do Pará, quanto à sua efetividade e eficácia socioambiental, considerando os indicadores de resultados definidos para tal fim. b) Linhas de Ação: • Implementar um sistema de avaliação e monitoramento articulado

com a estrutura de funcionamento das CIEAs nos âmbitos estadual, regional e municipal;

• Definir atribuições a cada instância das CIEAs estadual, regionais e municipais para monitoramento e avaliação das práticas de educação ambiental realizadas no estado;

• Subsidiar por meio de assessoria técnica metodológica, indicadores de resultados às práticas de educação ambiental provenientes de empreendimentos públicos, privados, comunitários e outros propostos por organizações da sociedade civil;

• Estabelecer indicadores e critérios que possibilitem a avaliação das ações educativas em recursos hídricos;

• Manter atualizadas as informações a cerca do desenvolvimento das atividades de Educação Ambiental, com ênfase nos recursos naturais, formal e não-formal em todas as regiões do estado, através de sistemas operacionalizados e oferecidos via boletins periódicos impressos e informatizados.

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REFERÊNCIAS

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ALSELRAD, H. (Org.). Meio Ambiente e Democracia. Rio de Janeiro: IBASE, 1992.

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BOFF, L. Nova Era: a civilização planetária. Rio de Janeiro: J. Ática, 1994.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 1997.

BRASIL. Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 28 abr. 1999, v.127, n. 79, Seção I, p.1.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. PRONEA - Programa Nacional de Educação Ambiental. Brasília, 1997.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Programa Nacional de Educação Ambiental. Brasília, 1997. 32p.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1997. 7v.

BUSQUETS, Maria Dolores et al. Tema Transversal em Educação: bases para uma formação integral. São Paulo: Ática, 1997.

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CARMO, L. O. M. S. A situação brasileira referente à inclusão de temas ambientais nos cursos de nível superior. In: Seminário Universidade e Meio Ambiente, Brasília, 1990. Documentos Básicos. Brasília: IBAMA, 1990.

CONFERÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE, 2., 2005, Belém. Propostas Definidas. Belém: SECTAM, 2005.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL AMAZÔNIA 21: uma Agenda para um mundo sustentável, 1., 1997, Brasília. Anais... Brasília: UNAMAZ, Secretaria de Coordenação da Amazônia, 1998.

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e políticas. São Paulo: Gaia, 1992.

DOOL, W. Currículo: uma perspectiva pós-moderna. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

GUATTARI, F. As Três Ecologias. Campinas: Papirus, 1994.

GUIMARÃES, M. A Formação de Educadores Ambientais. Campinas: Papirus, 2004.

IBAMA. Proposta Nacional de Educação Ambiental: proposta técnica. Brasília: IBAMA, 1997. (Versão Preliminar)

LEFF, Enrique. Ambiente y articulación de ciências: os problemas del conocimento y la perspectiva ambiental del desarrolo. México: Siglo Verintiurno, [s.d.].

MEDINA, Naná. Amazônia: uma proposta interdisciplinar de educação ambiental. Brasília: IBAMA, 1994. (Documentos Metodológicos)

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA. Brasília: MMA, 2005.

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PARÁ. Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Lei nº 5.887, de 9 de maio de 1995. Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente e dá outras providências. Belém: SECTAM, 1995.

PARÁ. Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Programa Estadual de Educação Ambiental: diretrizes e políticas, Belém: SECTAM, 2000.

VERNIER, J. O Meio Ambiente. Campinas: Papirus, 1994.

VIEZZER, Moema; DUALLES, Osmar (Org.). Manual Latino-Americano de Educação Ambiental. São Paulo: Gaia, 1994.

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ANEXO 1LEI Nº 9.795, DE 27/04/1999

LEI Nº 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999.Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA.Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 1º - Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art. 2º - A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Art. 3º - Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo:

I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;

III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

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IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;

V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente;

VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.

Art. 4º - São princípios básicos da educação ambiental:I - o enfoque humanista, holístico, democrático e

participativo;II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade,

considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;

III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;

IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;

V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais,

regionais, nacionais e globais;VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à

diversidade individual e cultural.

Art. 5º - São objetivos fundamentais da educação ambiental:I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio

ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;

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II - a garantia de democratização das informações ambientais;III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica

sobre a problemática ambiental e social;IV - o incentivo à participação individual e coletiva,

permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;

V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do país, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;

VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;

VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.

CAPÍTULO IIDA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Seção IDisposições Gerais

Art. 6º - É instituída a Política Nacional de Educação Ambiental.

Art. 7º - A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e organizações não-governamentais com atuação em educação ambiental.

Art. 8º - As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes linhas de atuação inter-relacionadas:

I - capacitação de recursos humanos;

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II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;III - produção e divulgação de material educativo;IV - acompanhamento e avaliação.

§ 1º - Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental serão respeitados os princípios e objetivos fixados por esta lei.

§ 2º - A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:I - a incorporação da dimensão ambiental na formação,

especialização e atualização dos educadores de todos os níveis e modalidades de ensino;

II - a incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização dos profissionais de todas as áreas;

III - a preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão ambiental;

IV - a formação, especialização e atualização de profissionais na área de meio ambiente;

V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da sociedade no que diz respeito à problemática ambiental.

§ 3º - As ações de estudos, pesquisas e experimentações voltar-se-ão para:

I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à incorporação da dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades de ensino;

II - a difusão de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a questão ambiental;

III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à participação dos interessados na formulação e execução de pesquisas relacionadas à problemática ambiental;

IV - a busca de alternativas curriculares e metodológicas de capacitação na área ambiental;

V - o apoio a iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a produção de material educativo;

VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens, para apoio às ações enumeradas nos incisos I a V.

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Seção IIDa Educação Ambiental no Ensino Formal

Art. 9º - Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando:

I - educação básica:a) educação infantil;b) ensino fundamental ec) ensino médio;II - educação superior;III - educação especial;IV - educação profissional;V - educação de jovens e adultos.

Art. 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.

§ 1º - A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino.

§ 2º - Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica.

§ 3º - Nos cursos de formação e especialização técnico-profissional, em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas.

Art. 11. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.

Parágrafo único. Os professores em atividade devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.

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Art. 12. A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de ensino e de seus cursos, nas redes pública e privada, observarão o cumprimento do disposto nos arts. 10 e 11 desta lei.

Seção IIIDa Educação Ambiental Não-Formal

Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.

Parágrafo único. O Poder Público, em níveis federal, estadual e municipal, incentivará:

I - a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente;

II - a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal;

III - a participação de empresas públicas e privadas no desenvolvimento de programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as organizações não-governamentais;

IV - a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação;

V - a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de conservação;

VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;VII - o ecoturismo.

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CAPÍTULO IIIDA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL

DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 14. A coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental ficará a cargo de um órgão gestor, na forma definida pela regulamentação desta lei.

Art. 15. São atribuições do órgão gestor:I - definição de diretrizes para implementação em âmbito

nacional;II - articulação, coordenação e supervisão de planos, programas

e projetos na área de educação ambiental, em âmbito nacional;III - participação na negociação de financiamentos a planos,

programas e projetos na área de educação ambiental.

Art. 16. Os estados, o Distrito Federal e os municípios, na esfera de sua competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.

Art. 17. A eleição de planos e programas, para fins de alocação de recursos públicos vinculados à Política Nacional de Educação Ambiental, deve ser realizada levando-se em conta os seguintes critérios:

I - conformidade com os princípios, objetivos e diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental;

II - prioridade dos órgãos integrantes do SISNAMA e do Sistema Nacional de Educação;

III - economicidade, medida pela relação entre a magnitude dos recursos a alocar e o retorno social propiciado pelo plano ou programa proposto.

Parágrafo único. Na eleição a que se refere o caput deste artigo, devem ser contemplados, de forma eqüitativa, os planos, programas e projetos das diferentes regiões do país.

Art. 18. (VETADO)

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Art. 19. Os programas de assistência técnica e financeira relativos a meio ambiente e educação, em níveis federal, estadual e municipal, devem alocar recursos às ações de educação ambiental.

CAPÍTULO IVDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias de sua publicação, ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional de Educação.

Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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ANEXO 2DECRETO ESTADUAL Nº 1.638/05

DECRETO nº 1.638, de 8 de junho de 2005

Altera o Decreto nº 3.632, de 3.9.1999, que cria a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Pará - CINEA.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ, no uso das

atribuições que lhe são conferidas pelo art. 135, inciso V, da Constituição Estadual.

DECRETA: Art. 1º. A Comissão Estadual Interinstitucional de Educação

Ambiental do Estado do Pará -CIEA, integrada por representantes de órgãos públicos, dos setores produtivos e dos diversos segmentos da sociedade civil organizada com atuação nas áreas de meio ambiente e de educação, tem a finalidade de:

a) definir diretrizes para implementação da educação ambiental em âmbito estadual;

b) articular, acompanhar e supervisionar os planos, programas e projetos na área de educação ambiental, em âmbito estadual;

c) participar na avaliação e negociação de financiamentos a planos, programas e projetos na área de educação ambiental.

Art. 2º. A CIEA será constituída por representantes, titulares e suplente, dos seguintes segmentos e na forma abaixo:

I - Um representante de cada uma das seguintes organizações do Poder Público Estadual: • Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; • Secretaria Executiva de Educação – SEDUC; • Secretaria Executiva de Saúde Pública - SESPA; • Universidade do Estado do Pará – UEPA; • Batalhão de Policiamento Ambiental – BPA;

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• Empresa de Assistência Técnica Rural – EMATER; • Empresa Paraense de Turismo.

II - 5 (cinco) representantes de organizações não governamentais, cujo estatuto preveja a atuação na área ambiental e tenha sede no território paraense;

III - 5 (cinco) representantes de instituições de ensino e/ou pesquisa sediadas no território paraense;

IV - 2 (dois) representantes das organizações representativas do setor produtivo;

V - 2 (dois) representantes das organizações representativas dos trabalhadores;

VI - 1 (um) representante de cada associação de municípios do Estado do Pará;

VII - 2 (dois) representantes de cada uma das Câmaras Técnicas de Educação nos Conselhos Estaduais de Educação, Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

Art 3º. Os representantes relacionados nos incisos II, III, IV,

V e VI do artigo anterior serão escolhidos em assembléia dessas organizações, convocada para esse fim mediante prévia divulgação pública nos meios de comunicação, garantida a presença de observadores da CIEA no processo.

Parágrafo único: Os representantes relacionados nos incisos I, II, III, IV e VI do artigo anterior deverão atuar em ações de educação ambiental em suas organizações de origem, devendo ter um perfil técnico apto a executar as ações previstas no art. 1°, deste Decreto.

Art. 4º. Podem ser convidadas, a participar das reuniões, com

direito à voz, outras organizações públicas e privadas, de acordo com as definições e necessidades identificadas na execução das atividades, mediante consenso ou maioria simples dos membros da CIEA.

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Art. 5º. Os membros da CIEA serão designados pelos dirigentes das organizações que representam, para mandato de dois anos, permitada a recondução.

Parágrafo único: Para efeito de composição, os membros da Comissão serão nomeados, mediante portaria, pelo órgão gestor da Política de Educação Ambiental; Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e Secretaria Executiva de Educação.

Art. 6º. A coordenação da CIEA será compartilhada pela

Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente e a Secretaria Executiva de Educação, órgãos gestores da política Estadual de Educação Ambiental, que garantirão o funcionamento adequado das ações da comissão.

Art. 7°. A CIEA reunir-se-á, mensalmente, em caráter ordinário,

e extraordinariamente, sempre que convocada por seu presidente, por iniciativa ou requerimento de, pelo menos, um terço dos membros a que se referem os incisos do art. 2° deste decreto.

Art. 8°. Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9°. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o DECRETO N° 3.632, DE 3 DE SETEMBRO DE 1999.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO PARÁ

SIMÃO ROBISON DE OLIVEIRA JATENEGovernador do Estado do Pará

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ANEXO 3 RESOLUÇÃO COEMA Nº 048/2006

RESOLUÇÃO COEMA Nº 048, de 26 de outubro de 2006

O CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE - COEMA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 4º , Inciso II, alínea “a”, da Lei nº 5.752, de 26 de agosto de 1993; e

CONSIDERANDO o Decreto nº 1.859, de 16/9/1993, que regulamenta o Conselho Estadual do Meio Ambiente;

CONSIDERANDO a Resolução/COEMA nº 005/1995, de 9/2/1995, que trata da composição das Câmaras Técnicas Permanentes; e

CONSIDERANDO deliberação da Assembléia Geral, da 33º Reunião Ordinária do COEMA, acontecida no dia 26 de outubro de 2006;

RESOLVE: Art. 1º. Adequar a composição da Câmara Técnica Permanente

de Educação Ambiental do Conselho Estadual de Meio Ambiente – COEMA, ao que está estabelecido no item IX, do art. 20, seção II, da Resolução/COEMA nº 001, de 23/8/95.

Art. 2º. As Câmaras Técnicas Permanentes do Conselho Estadual de Meio Ambiente – COEMA, são compostas pelos conselheiros representantes das seguintes entidades:

I - ASSUNTOS JURÍDICOS: a) Federação da Agricultura do Estado do Pará; b) Ministério Público Estadual; c) Ordem dos Advogados do Brasil; e d) Organização Ambientalista Não-Governamental.

II - RECURSOS HIDRÍCOS E MINERÁRIOS: a) Secretaria de Estado de Saúde Pública; b) Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração; c) Federação das Indústrias do Estado do Pará; e d) Representante dos Servidores da Secretaria de Estado de Ciência,

Tecnologia e Meio Ambiente.

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III - RECURSOS AGROPECUÁRIOS E FLORESTAIS: a) Secretaria de Estado de Agricultura; b) Federação da Agricultura do Estado do Pará; c) Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará; e d) Organização Ambientalista Não-Governamental.

IV - RECURSOS PESQUEIROS:

a) Secretaria de Estado de Agricultura; b) Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do

Estado do Pará; c) Federação das Indústrias do Estado do Pará; e d) Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará.

V - PROJETOS INDUSTRIAIS E INFRA-ESTRUTURAIS:

a) Secretaria de Estado de Saúde Pública; b) Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração; c) Federação das Indústrias do Estado do Pará; e d) Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado do Pará.

VI - EDUCAÇÃO AMBIENTAL:

a) Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará; b) Federação da Agricultura do Estado do Pará; c) Organização Ambientalista Não-Governamental; e d) Ordem dos Advogados do Brasil.

Art. 3 º. O Conselheiro Titular será substituído, nas Câmaras Técnicas Permanentes, pelo respectivo suplente.

Art. 4º. As Câmaras Técnicas Permanentes elegerão os

respectivos presidentes e vice-presidentes no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da publicação desta Resolução.

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Art. 5º. Esta Resolução entre em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente a Resolução nº 043/COEMA, de 22/08/06.

PLENÁRIO DO CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - COEMA, em 26 de outubro de 2006.

RAUL PINTO DE SOUZA PORTO Presidente do Conselho Estadual do Meio Ambiente - COEMA

Art-final, Impressão e Acabamento

Rua Ferreira Pena, 84 - Umarizal - CEP: 66.050-140Fone: (91) 3241-9774 - E-mail: [email protected]

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Capa impressa no Reciclato 240g e miolo Reciclato 75g