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CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico.. Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (92) 3648-4152 PandaTitan - Informática Página 1 Manaus / AM O MOUSE Atualmente o mouse tornou-se um dispositivo de entrada de dados tão importante e útil como o teclado. De fato, hoje a maioria dos aplicativos e sistemas operacionais baseia sua interface na utilização específica do mouse, a fim de aproveitar ao máximo suas possibilidades e conseguir maior eficácia. Por suas características, o mouse agiliza e simplifica a entrada de informações no computador, embora para isso seja necessário trabalhar com uma interface ou ambiente gráfico que admita essa possibilidade. Basicamente, o mouse registra e transfere para a tela do computador um movimento físico. Esse periférico é com posto por uma pequena carcaça que se adapta à palma da mão, de modo que o usuário possa deslizá-la em qualquer direção sobre a mesa do escritório ou sobre uma pequena almofada especialmente idealizada para isso. Esse movimento bidimensional do mouse é transmitido ao computador através de um cabo (ou por meio de radiofreqüência ou radiação infravermelha), para que o controlador do mouse o interprete e adap- te antes de enviá-lo ao aplicativo que é controlado por esse dispositivo (pode ser o próprio SO ou qualquer pro- grama). Na prática, todos os aplicativos indicam a posição relativa do mouse por meio de uma pequena seta na tela, conhecida como “ponteiro do mouse”. Assim, o ponteiro do mouse pode ser posicionado em qualquer ponto da tela, bastando deslocar fisicamente o mouse sobre uma superfície plana. Além disso, para que o usuário, além de assinalar posições com o ponteiro por toda a tela, possa indicar ao SO ações e operações, o mouse é dotado de um número variável de botões e controles de operação. Combinando os botões de um mouse, o usuário pode efetuar um grande leque de operações sem necessidade de empregar o teclado; por exemplo, pode selecionar uma área delimitada pelo movimento do mouse, deslocar o conteúdo e modificar o tamanho ou a posição das ja- nelas, ou abrir painéis ou menus de opções. O desenho, as funções e as diversas aplicações e usos do mouse sofreram modificações com o tempo, adaptando-se às necessidades e possibilidades dos sistemas operacionais, dos usuários e do PC em geral. Por exemplo, com a difusão da lnternet foi criado um novo tipo de mouse que permite uma navegação mais fluente, substituindo-se o botão central por uma pequena roda que o usuário pode girar com facilidade para deslocar a seção parcial de imagens ou páginas Web exibidas numa janela (ou seja, para fazer um scroll). FUNCIONAMENTO Dentro da carcaça de plástico de um mouse encontram-se seus componentes básicos, uma pequena placa de circuito impresso, vários micro-interruptores, sensores e alguns outros componentes. O centro do mecanismo de um mouse é uma grande bola de aço, recoberta de material plástico ou de borracha, presa à base do mouse por dois eixos que ficam em contato com a superfície da bola para transmitir qualquer movimento que esta realize. Para o movimento, o mouse incorpora roletes, que ficam unidos a duas pequenas rodas radiais (uma situada no eixo vertical e a outra no horizontal). A rotação dessas rodas é registrada eletronicamente e se transforma em impulsos elétricos, transmitidos ao computador para que este possa interpretá-los. Para captar o movimento das rodas podem-se usar dois métodos diferentes. O primeiro, mecânico, não se emprega mais atualmente, mas foi inicialmente o sistema mais usado para reconhecer o movimento. Baseia-se num interruptor que abre e fecha um contato elétrico enquanto o mouse se desloca, com uma freqüência que varia conforme a velocidade de desloca- mento. Em contrapartida, o método optomecânico é usado hoje em praticamente todos os mouses, pois revela-se muito mais confiável e resistente ao desgaste e à sujeira que o anterior (entre outras coisas por não envolver con- tato físico). Embora também funcione por meio da abertura e fechamento de um interruptor, nesse caso o interrup- tor se baseia numa pequena célula fotelétrica que registra de forma precisa o movimento da pequena roda per- furada. A presença ou ausência de luz se transforma numa série de impulsos (nos eixos X e Y) que são codifica- dos e mandados ao computador para que este os interprete. TRANSMISSÃO DE DADOS DO MOUSE PARA O COMPUTADOR Existem dois tipos de mouse: os que se conectam à porta serial RS-232C do computador (em geral, a COM 1) e os mouses de bus, que atualmente são acoplados à conexão PS/2, embora antes fossem conectados a uma placa especial. Recentemente apareceu também uma nova família de mouses que são conectados através do bus USB; no entanto, o funcionamento interno de todos esses modelos é o mesmo. Embora atualmente seja mais habitual en- contrar no comércio especializado mouses de bus que se conectam à porta PS/2, ainda é possível de- TRANSMISSÃO DE DADOS DOS MOUSES SERIAIS MICROSOFT Como se pode observar no gráfico, nos modelos mais modernos não existe espaço para um terceiro botão para codificar os sinais da roda central. Nesse caso, utiliza-se um formato de transmissão ampliado, mas conservando o princípio básico que se observa na figura. Os trackballs, mouses sem fio e demais modelos também empregam esse sistema de transmissão de dados.

Hardware - Montagem - Mouse

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O MOUSE Atualmente o mouse tornou-se um dispositivo de entrada

de dados tão importante e útil como o teclado. De fato, hoje a maioria dos aplicativos e sistemas operacionais baseia sua interface na utilização específica do mouse, a fim de aproveitar ao máximo suas possibilidades e conseguir maior eficácia. Por suas características, o

mouse agiliza e simplifica a entrada de informações no computador, embora para isso seja necessário trabalhar

com uma interface ou ambiente gráfico que admita essa possibilidade. Basicamente, o mouse registra e transfere para a tela do computador um movimento físico. Esse

periférico é com posto por uma pequena carcaça que se adapta à palma da mão, de modo que o usuário possa deslizá-la em qualquer direção sobre a mesa do escritório ou sobre uma pequena almofada especialmente idealizada para isso. Esse movimento bidimensional do mouse é transmitido ao computador através de um cabo (ou por meio de radiofreqüência ou radiação infravermelha), para que o controlador do mouse o interprete e adap-te antes de enviá-lo ao aplicativo que é controlado por esse dispositivo (pode ser o próprio SO ou qualquer pro-grama). Na prática, todos os aplicativos indicam a posição relativa do mouse por meio de uma pequena seta na tela, conhecida como “ponteiro do mouse”. Assim, o ponteiro do mouse pode ser posicionado em qualquer ponto da tela, bastando deslocar fisicamente o mouse sobre uma superfície plana. Além disso, para que o usuário, além de assinalar posições com o ponteiro por toda a tela, possa indicar ao SO ações e operações, o mouse é dotado de um número variável de botões e controles de operação. Combinando os botões de um mouse, o usuário pode efetuar um grande leque de operações sem necessidade de empregar o teclado; por exemplo, pode selecionar uma área delimitada pelo movimento do mouse, deslocar o conteúdo e modificar o tamanho ou a posição das ja-nelas, ou abrir painéis ou menus de opções. O desenho, as funções e as diversas aplicações e usos do mouse sofreram modificações com o tempo, adaptando-se às necessidades e possibilidades dos sistemas operacionais, dos usuários e do PC em geral. Por exemplo, com a difusão da lnternet foi criado um novo tipo de mouse que permite uma navegação mais fluente, substituindo-se o botão central por uma pequena roda que o usuário pode girar com facilidade para deslocar a seção parcial de imagens ou páginas Web exibidas numa janela (ou seja, para fazer um scroll).

FUNCIONAMENTO

Dentro da carcaça de plástico de um mouse encontram-se seus componentes básicos, uma pequena placa de circuito impresso, vários micro-interruptores, sensores e alguns outros componentes. O centro do mecanismo de um mouse é uma grande bola de aço, recoberta de material plástico ou de borracha, presa à base do mouse por dois eixos que ficam em contato com a superfície da bola para transmitir qualquer movimento que esta realize. Para o movimento, o mouse incorpora roletes, que ficam unidos a duas pequenas rodas radiais (uma situada no eixo vertical e a outra no horizontal). A rotação dessas rodas é registrada eletronicamente e se transforma em impulsos elétricos, transmitidos ao computador para que este possa interpretá-los. Para captar o movimento das rodas podem-se usar dois métodos diferentes. O primeiro, mecânico, não se emprega mais atualmente, mas foi inicialmente o sistema mais usado para reconhecer o movimento. Baseia-se num interruptor que abre e fecha um contato elétrico enquanto o mouse se desloca, com uma freqüência que varia conforme a velocidade de desloca-mento. Em contrapartida, o método optomecânico é usado hoje em praticamente todos os mouses, pois revela-se muito mais confiável e resistente ao desgaste e à sujeira que o anterior (entre outras coisas por não envolver con-tato físico). Embora também funcione por meio da abertura e fechamento de um interruptor, nesse caso o interrup-tor se baseia numa pequena célula fotelétrica que registra de forma precisa o movimento da pequena roda per-furada. A presença ou ausência de luz se transforma numa série de impulsos (nos eixos X e Y) que são codifica-dos e mandados ao computador para que este os interprete.

TRANSMISSÃO DE DADOS DO MOUSE PARA O COMPUTADOR

Existem dois tipos de mouse: os que se conectam à porta serial RS-232C do computador (em geral, a COM 1) e os mouses de bus, que atualmente são acoplados à conexão PS/2, embora antes fossem conectados a uma placa especial. Recentemente apareceu também uma nova família de mouses que são conectados através do bus USB; no entanto, o funcionamento interno de todos esses modelos é o mesmo. Embora atualmente seja mais habitual en-contrar no comércio especializado mouses de bus que se conectam à porta PS/2, ainda é possível de-

TRANSMISSÃO DE DADOS DOS MOUSES SERIAIS MICROSOFT

Como se pode observar no gráfico, nos modelos mais modernos não existe espaço para um terceiro botão para codificar os sinais da roda central. Nesse caso, utiliza-se um formato de transmissão ampliado, mas conservando o princípio básico que se observa na figura. Os trackballs, mouses sem fio e demais modelos também empregam esse sistema de transmissão de dados.

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parar com alguns modelos seri-ais que empregam um conector sub-D de nove pinos para cone-xão à COM1. Para evitar, na medida do possível, o apareci-mento de problemas de com-patibilidade, as lojas de informá-tica também vendem adaptado-res de porta serial para PS/2, e vice-versa. Os SOs atuais (entre eles o Windows 95 e 98) são capazes de reconhecer auto-maticamente a presença do mouse, independentemente da porta em que estiver conectado. No entanto, os SOs de tipo texto (como o MS-DOS) necessitam ter um controlador de mouse instalado, que se encarregue de receber o sinal desse dispositivo e transmiti-lo ao aplicativo que

está sendo executado na máquina a cada momento. A forma pela qual é transmitida a informação do mouse ao computador depende muito do fabricante do mouse e da forma de conexão desse periférico com o computador. Num mouse serial, a transmissão é feita de forma diferente do que num mouse de bus, mas internamente ela é quase igual. Por exemplo, nos mouses PS/2, que são conectados por meio de um conector diferente, envia-se a um dispositivo taI informação similar à porta serial, com lógica interna semelhante. Pouco antes, durante a iniciali-zação, o controlador do mouse deve determinar se existe um mouse conectado à porta. Nos modelos da Microsoft essa tarefa é realizada colocando a linha DTR (Data Transfer Ready, transferência de dados disponível) em 1, de forma que o mouse deve reconhecer o estado da linha e, depois de alguns instantes, devolver 1 byte pela linha de dados que levar em código ASCII a letra tM’. Se depois de um intervalo de tempo o controlador não recebe esse caractere, então o mouse não é reconhecido. Esse momento é crucial, pois alguns mouses não conseguem res-ponder com a velocidade suficiente e então o sistema é incapaz de detectá-los. A seguir, o mouse transmite a informação até o controlador, de acordo com um procedimento de interrupções. Dessa forma, dispara-se uma interrupção de hardware na porta serial cada vez que o mouse tenta comunicar ao controlador que existe um mo-vimento ou uma modificação no estado dos botões. Para transmitir mais informações utilizam-se as interrupções 0Ch (COM1) ou 0Dh (COM2). No caso dos mouses da Microsoft, a transmissão é realizada a 1200 bauds, com 7 bits e sem paridade. Em cada sinal são transmitidos 3 bytes que refletem o movimento em relação ao último sinal enviado e que também inclui o estado dos botões. A título de curiosidade, é interessante comentar que a distância é medida por meio de uma unidade denominada Mickey, que dependendo da resolução corresponde a uma dis-tância de 1/200 ou 1/400 polegadas.

TIPOS DE MOUSE

Com a introdução de novos sistemas operacionais, o uso do mouse foi ganhando cada vez maior importância. A criação desses sistemas foi um dos fatores que repercutiram na ampliação e difusão da informática do âmbito profissional para o pessoal, permitindo um acesso mais direto e fácil a qualquer usuário. Embora a maior parte das atividades realizadas com esses sistemas operacionais possa ser executada tanto por meio do teclado como do mouse, este último periférico é o mais utilizado dentro do amplo grupo de usuários que foram se agregando ao mundo da informática nos últimos anos. A facilidade de uso do mouse e a criação de CDROMs multimídia de cará-ter didático ou lúdico permitiram também que a idade dos usuários de PC fosse ficando cada vez menor, pois gra-ças em grande parte à difusão do mouse o processo de aprendizagem acabou tornando-se muito mais simples e divertido. Quanto ao seu emprego no âmbito profissional, o mouse revela-se imprescindível na hora de trabalhar com programas de desenho, já que a maior parte das ferramentas e utilitários só funciona com base nesse perifé-rico. Tudo isso levou as empresas fabricantes desses periféricos a ampliar a gama de mouses existente no que se refere ao seu desenho, funcionalidade ou conexão, criando um modelo diferente para cada caso. A seguir, são relacionados os diferentes tipos de mouse existentes.

ÓPTICOS

Além dos já comentados, existem outros tipos de mouse, como os ópticos. Esses mouses foram desenvolvidos sem elementos mecânicos e empregam um método óptico, de forma que sua resistência ao desgaste e à sujeira é ainda maior do que a apresentada pela maioria dos modelos optomecânicos. Para captar o movimento, os mouses ópticos dispõem, no mínimo, de dois fototransistores e dois geradores de luz (as fontes de luz são normalmente

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emitidas por diodos LED). Para controlar a posição do mouse é preciso utilizar uma almofada especial que tenha impressa em sua superfície uma trama de linhas ou pontos. O funcionamento se baseia nos fototransistores, que se encarregam de rastrear a trama da base do mouse para transformá-la num sinal de posição, que os circuitos in-ternos do mouse convertem posteriormente num sinal de entrada no PC.

MOUSES SEM FIO

Outro tipo são os mouses sem fio, nos quais se elimina o cabo que é conectado ao computador para transmitir os dados (muito incômodo em algumas ocasiões), substituindo-o por um sistema de radiofreqüência ou um sinal de infra-vermelho. A diferença entre os dois tipos de sinal se baseia em que o sinal de infravermelho nunca deve ser interrompido (não deve haver nenhum objeto entre o emissor e o receptor), já que nesse caso seria cortada a co-municação, enquanto os mouses que utilizam radiofreqüência dispersam o sinal e revelam-se mais cômodos de manejar, pois não é necessário um contato visual entre o emissor e o receptor do sinal. Nesses modelos conecta-se um receptor de sinal ao computador, seguindo o mesmo procedimento que nos mouses-padrão, ou seja, co-nectando o receptor à porta serial ou ao PS/2. Por outro lado, os mouses sem fio têm um transmissor de sinal integrado à carcaça, por isso precisam incluir uma pilha com a qual se alimente o emissor, que deve ser trocada ou recarregada regularmente e que pode constituir uma pequena desvantagem em relação ao sistema tradicional.

TRACKBALL

O trackball funciona exatamente do mesmo modo que um mouse, só que disposto ao contrário. Sua maior van-tagem é que, ao contrário do mouse, ele permanece sempre fixo sobre a mesa, o que o torna especialmente indi-cado para espaços limitados, nos quais não é possível movimentar um mouse. Em vez de se deslocar por cima da superfície, o trackball é acionado movendo-se uma pequena bola, embutida na carcaça, com a palma da mão, a ponta dos dedos ou com o dedo polegar. No caso dos trackballs, a bola é o elemento mais importante, pois além de ser responsável pela transmissão do movimento está sempre em contato com a mão do usuário (o que também faz com que acumule mais sujeira). O funcionamento desse dispositivo é similar ao do mouse. Costuma empregar um sistema optomecânico para transmitir o movimento, mas, por ficar na parte superior, o acúmulo de pó também é maior e a sujeira pode chegar a bloquear a bola e os roletes de transmissão. Por isso foram desenvolvidas tec-nologias alternativas baseadas em sistemas de detecção óptica, como a tecnologia Marble Sensing projetada pela Logitech. Esta tecnologia emprega um sistema óptico no qual a almofada é substituída por uma bola de cor verme-lha na qual se coloca uma série de pontos negros distribuídos de forma aleatória. Para calcular o movimento, a bola é iluminada com um ou mais pontos de luz difusa gerada por vários diodos LED, de forma que a luz se reflete na bola formando uma espécie de trama de pontos que se move junto com a bola. Por outro lado, a Logitech de-senvolveu um sensor óptico formado por 93 pequenas células independentes, baseado em tecnologia de rede neuronal, que interpreta o movimento dos pontos e o traduz em sinais que são enviados para o computador com o movimento dos eixos X e Y. Este sistema capta a informação com uma freqüência de 1 milissegundo. A tecnologia Marble Sensing é suficientemente tolerante a falhas para ignorar erros causados pela sujeira e existem no merca-do vários modelos fabricados pela Logitech que se baseiam nela. Por último, cabe destacar também que os track-balls contam com um desenho mais ergonômico do que os mouses, pois tentam adaptar-se melhor à palma da mão para permitir que esta descanse sobre a superfície, facilitando o manejo da bola e permitindo clicar os botões sem alterar a posição do ponteiro.

MESAS DIGITALIZADORAS (TABLETS)

Esses dispositivos são conhecidos também como digitalizadoras. Normalmente são empregados para a execução de desenhos ou

gráficos vetoriais e seu funcionamento é bastante similar ao do mouse, embora os modelos mais modernos dessas mesas

digitalizadoras sejam capazes de realizar desenhos com uma qualidade semelhante aos obtidos com uma tela e uma paleta de tintas, além de trabalharem com um mouse-padrão. Nessas mesas, as imagens são traçadas com uma caneta especial ou com um mouse, também chamado cursor, equipado com uma lupa e uma mira. As mesas dígitalizadoras costumam ser utilizadas por profissionais, como arquitetos, projetistas gráficos, desenhistas e qualquer usuário que trabalhe com aplicativos gráficos, pois a precisão na hora de posicionar o ponteiro precisa ser muito maior do que

a obtida com os mouses. No entanto, já existem alguns modelos que estão ao alcance de um público mais amplo e que se

destinam especialmente a usuários infantis. Uma mesa digitalizadora (ou tablet) funciona de forma que a posição da caneta ou da mira do mouse seja captada pela

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mesa digitalizadora, mesmo que se coloque um desenho ou uma planta entre a mesa e o ponteiro. Para isso, utiliza-se uma tecnologia na qual se carrega eletricamente a caneta ou o ponteiro, o que promove uma alteração no campo eletromagnético constante da mesa,

gerando um sinal que posteriormente é avaliado e traduzido para dados que possam ser manipulados. A mesa inclui um circuito que recebe a informação da posição do ponteiro e a

traduz num sinal que é enviado ao computador. Existem diferentes modelos de mesas di-gitalizadoras. Alguns são até capazes de reconhecer a pressão que é exercida sobre a mesa e de mudar o traço na tela ou emular o funcionamento de um aerógrafo. As canetas podem ser providas de um ou mais botões, de maneira que sejam capazes de manipular os

aplicativos do computador e de emular o funcionamento do mouse. As mesas digitalizadoras po-dem ser conectadas ao computador por meio da porta serial, PS/2 ou USB.

USO TÍPICO DOS BOTÕES DO MOUSE Os mouses habituais dos PCs possuem três botões. O mais usado é o esquerdo, que serve para selecionar obje-tos individuais (ou grupos, quando se mantém o botão pressionado). Ao clicar duas vezes seguidas, o resultado é a execução do aplicativo assinalado, o início do aplicativo associado ao arquivo apontado ou, quando se trata de uma pasta, a abertura de uma nova janela. O botão direito é empregado (especialmente no Windows 95/98) para abrir um menu contextual que dá acesso a diversas opções, como as típicas de copiar, colar, mover, propriedades etc. De todo modo, o Windows 95/98 permite que, conforme o aplicativo ou objeto assinalado, o menu contextual apresente algumas opções diferentes. Normalmente só são empregados esses dois botões, mas eles podem tam-bém ser programados para executar outras ações ou intercambiados de posição, se o usuário for canhoto. O botão central tem um uso limitado, embora em alguns modelos seja usado para mudar de aplicativo ou para acessar os atalhos do sistema operacional. Uma tecnologia recente substituiu o botão central por uma pequena roda, que é usada para controlar o scroll das janelas. Ao girar essa roda para cima ou para baixo controla-se o deslocamento das barras verticais, de modo que a página que está na tela desliza no sentido em que foi girada a roda. Essa tecnologia é especialmente indicada para navegar através de páginas Web muito extensas ou para mover-se por documentos de texto.

MOUSES PARA PORTÁTEIS

Os computadores portáteis usam dispositivos de sinalização equivalentes aos mouses, mas com um desenho completamente diferente. A primeira geração de computadores portáteis incluía um pequeno trackball na parte inferior do teclado ou embutido numa das laterais, permitindo assim controlar o ponteiro de tela. No entanto, esse sistema apresentava inúmeras desvantagens, pois os trackballs quebravam com muita facilidade e era freqüen-te também a bola travar. Por isso foram idealizados vários sis-temas alternativos, entre os quais se destacam o touchpad e o mousepad. No primeiro, utiliza-se uma pequena almofada que permite detectar o movimento do dedo sobre sua superfície e traduzi-lo num movimento de ponteiro pela tela. Pressionar o touchpad duas vezes seguidas equivale a clicar no botão es-querdo do mouse. Também são incluídos dois botões ao lado da almofada para realizar essa e outras tarefas. O outro sistema utilizado nos portáteis é conhecido como mousepad e se baseia num pequeno ponteiro situado no meio do teclado, que o usuário deve empurrar na direção adequada de forma muito suave. Para realizar os diques do mouse empregam-se botões que ficam localizados na base ou na lateral do portátil. Todos os computadores portáteis possuem uma porta serial ou PSI2 na qual pode ser conec-tado um mouse convencional. A maioria dos usuários utiliza esse sistema, pois o uso do mouse incorporado (seja um mousepad, touchpad etc.) é mais incômodo e menos preciso, enquanto o mouse convencional revela-se mais familiar, o que contribui para tornar seu manejo bem mais fácil.