Filosofia 10ºano

I. A dimensão ética da ação humana:

Perspetivas éticas da fundamentação da moral – o utilitarismo

“O Hedonismo de Epicuro”

Filosofia 10ºano

I. A dimensão ética da ação humana:

Perspetivas éticas da fundamentação da moral – o utilitarismo

Texto de Apoio

(...) Quem conhece o assunto está ciente de que todos os autores, de Epicuro a

Bentham, que defenderam a teoria da utilidade, não entendem por utilidade algo que se

opõe e distingue do prazer, mas o prazer em si, aliado à ausência de dor; e em vez de

oporem o útil ao agradável ou ao ornamental, sempre declararam que o útil se refere a

estas coisas, entre outras. (...)

A doutrina aceita, como fundamento da moral, a utilidade ou o princípio da

maior felicidade, defende que as ações são corretas na medida em que tendem a

promover a felicidade, e incorretas na medida em que tendem a gerar o contrário da

felicidade. Por felicidade entendemos o prazer, e a ausência de dor; por infelicidade, a

dor, e a privação de prazer. Para dar uma perspetiva clara do padrão moral

estabelecido pela teoria é preciso dizer muito mais; em particular, que coisas se

incluem nas ideias de dor e de prazer; e até que ponto isto é deixado como questão em

aberto. Mas estas explicações suplementares não afetam a teoria da vida na qual esta

teoria da moralidade se baseia – nomeadamente, que o prazer, e a ausência de dor, são

as únicas coisas desejáveis como fins; e que todas as coisas desejáveis (...) são

desejáveis ou pelo prazer inerente a si mesmas, ou como meios para a promoção do

prazer e a prevenção da dor.

J. S. Mill, Utilitarismo, Gradiva, Lisboa, 2005, pp. 49-50

1. Explicite o conteúdo do texto de Stuart Mill, pondo em evidência os

principais conceitos da proposta ética consequencialista.

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O Utilitarismo em Bentham