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Dalila e Laís

Historia

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Dalila e Laís

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Em 1964 a Ditadura Militar foi instalada no Brasil.

Suas principais características foram a censura de todos os meios

de comunicação, suspensão dos direitos constitucionais, e a

perseguição a todos contrários ao regime militar.

Ditadura Militar

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Os Opositores

Principalmente os jovens que participavam da UNE

(União Nacional dos Estudantes), e que tinham estudo,

por isso podiam perceber como toda a situação era

errada.

A maior parte da população ainda sofria com o governo

de Vargas, onde sua doutrina era o populismo, deixando

uma marca de ignorância na sociedade brasileira.

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AI

Os atos inconstitucionais eram mecanismos que driblavam

a Constituição do Brasil, estabelecia para os militares

diversos poderes para como o povo e legalizava seu

domínio.

O AI- 5 ocorreu em 1968 e teve maior reação porque

significou o endurecimento do Regime Militar.

Ela suspendeu o direito do habeas corpus e todos os direitos

políticos, e fechou o Congresso Nacional.

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Após o AI-5 a repressão dos militares para com aqueles que não

concordavam com o Regime ficaram mais drásticas. Os militares

começaram a prender, torturar e matar qualquer suspeito de

subversão.

Os jovens também ficaram mais violentos. Começaram a

assaltar bancos para conseguir recursos e comprar armamentos,

praticavam passeatas onde revidavam violentamente contra os

militares, e sequestraram embaixadores a fim de troca-los por

prisioneiros.

AI

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A Lei da Anistia

Para evitar oposições mais drásticas do povo, o Regime

Militar suspendeu a AI-5 em 1978.

Após mais pressões, o governo impôs a Lei da Anistia. Esta

consistia no perdão de todos os presos e ou exilados por

qualquer crime político. Ao mesmo tempo que a lei

favoreceu a população, favoreceu também os militares, pois

todos os seus crimes cometidos foram perdoados.

“A Anistia não pode converter-se em Amnésia”.

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Enfim o Fim

A Ditadura já estava estagnada em seus últimos anos. A

opressão contra o governo nunca foi tão forte pois contavam

com os sindicatos e o fortalecimento de novos partidos

políticos contrários a Ditadura.

Em 1984 a população tentou, em vão, o movimento “Diretas

Já”, que garantia eleições diretas para presidente, mas, para

decepção do povo o movimento não foi aprovado pela

Câmara dos Deputados.

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Finalmente em 1985, o Colégio Eleitoral escolheu o deputado

Tancredo Neves, como novo presidente da República. Ele, porém

veio a falecer antes de tomar o poder e seu vice José Sarney

assumiu o poder.

A Constituição de 1988 apagou os rastros da Ditadura Militar e

estabeleceu princípios democráticos no país.

Nunca na história do Brasil uma constituição abordou de forma

tão abrangente os direitos do povo nos aspectos sociais e

políticos, todos queriam garantir a permanência de uma

democracia no país.

Enfim o Fim

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Justiça de Transição

Nos governos que se seguiram, não se falou muito do período

da Ditadura. Porém muitas famílias ainda sofriam e sofrem por

seus filhos desaparecidos e ou mortos brutalmente pelas mãos

dos militares.

No ano de 2007 iniciou-se um debate no Brasil sobre a “Justiça

de Transição” , esta ocorre no contexto da transição entre um

regime autoritário e o regime que o sucede, no caso do Brasil,

um regime com princípios democráticos.

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Em dezembro de 2009, constituiu-se em Brasília um Grupo

de Trabalho que teve a missão de elaborar um projeto de lei

que instituísse a Comissão Nacional da Verdade, composta

com mandato e prazos definidos, para examinar as violações

de Direitos Humanos praticados no contexto da repressão

política no período fixado da Constituição Federal, de 18 de

setembro de 1946 até 5 de outubro de 1988.

A tarefa foi finalizada em abril de 2010, e depois do projeto

ter sido assinado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva,

foi enviado em maio ao Congresso Nacional, onde esperava

sua análise e discussão em plenário, tanto na Câmara de

Deputados como no Senado Federal.

Comissão da Verdade

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A primeira Comissão da Verdade que se conhece foi a

que estabeleceu o governo de Uganda em 1974. Até

2010, 39 Comissões se formaram nos quatro

continentes.

No Brasil a Comissão da Verdade foi instalada desde

maio de 2012 no Centro Cultural Banco do Brasil, em

Brasília, local onde ocorrem suas reuniões.

Os membros da Comissão foram escolhidos pela

atual presidente Dilma Rousseffe, eles têm 2 anos

para cumprir suas missões.

Brasil

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São órgãos temporários de assessoramento

do governos e seus membros são oficialmente investidos de

poderes para identificar e reconhecer todos os fatos ocorridos e

as pessoas que desse processo participaram, tanto as que

sofreram com as violências como as que participaram de forma

ativa na promoção dessas violências.

São criadas a partir das decisões de governos que decidem

que o momento é propício para que se inicie uma

profunda e real investigação sobre as violações ocorridas

em determinado período histórico.

O que são?

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O principal objetivo de uma Comissão da

Verdade é DESCOBRIR, ESCLARECER

e RECONHECER ABUSOS DO

PASSADO, DANDO VOZ ÀS VÍTIMAS.

A Comissão da Verdade permite reinserir

no debate social a questão do

autoritarismo e suas nefastas

consequências, promovendo a reflexão e

principalmente prevenindo a

eventualidade de políticas públicas que

sigam escondendo a verdade e ou

permitindo a continuação de abusos e de

violações dos Direitos Humanos.

Objetivo

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Promover, com base em seus informes, a reconstrução

histórica dessas violações e incentivar a revelação de

informações e documentos.

Identificar e tornar públicas as estruturas e locais

utilizados para a prática dessas violações.

Colaborar com todas as instâncias do Poder

Público para a apuração de violações de

Direitos Humanos ocorridas nesse período.

Divulgar os procedimentos oficiais utilizados,

contribuindo, dessa maneira, para o esclarecimento das

circunstâncias nas quais ocorreram casos de tortura,

mortes e desaparecimentos.

Objetivos

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“Por que queremos uma Comissão da Verdade?”. Em

outubro de 2009, eu estava falando com uma mulher que tinha

perdido um de seus familiares na luta contra a ditadura no Brasil.

Ela pareceu estranhar minha pergunta e a repetiu para mim. Sua

resposta foi clara e praticamente esgotou o assunto:

“Para mobilizar as forças políticas, promover uma investigação

que tenha amplos e definitivos poderes e assim chegar às muitas

verdades que ainda são escondidas”. (p.19, tradução M.P.)

Objetivos

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Economicamente

Parte da Comissão se ocupa de tentar descobrir desvios

de dinheiro público feito pelos militares no período da

Ditadura. O planejamento de dinheiro inicial destinado a

obras publicas, quase triplicava quando esta era

construída. Assim, pode-se dizer que há algo estranho.

Contudo a Comissão da Verdade dá mais enfoque nas

pessoas mortas e desaparecidas no período do regime.

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Seus Membros

Os membros das Comissões devem ser pessoas de prestígio,

de reconhecida integridade e com autoridade moral e intelectual.

Podem requisitar testemunhas, documentos e informações,

visitar locais onde violações foram cometidas e ter a possibilidade

de apurar fatos, depois que vítimas revelem aspectos até então

desconhecidos.

Segundo especialistas os 21 membros serão insuficientes para

o volume de tarefas e responsabilidade previstas para essa

comissão. Como argumento, eles afirmam que, no Uruguai,

por exemplo, comissão formada para a execução de um

trabalho semelhante, contava com a cerca de 200 membros.

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Os membros são: Cláudio Fonteles, foi Procurador-Geral da

República e é advogado, Gilson Dipp é vice-presidente do

Superior Tribunal de Justiça, José Carlos Dias é advogado

criminalista, José Paulo Cavalcanti Filho é advogado, Paulo Sérgio

Pinheiro é professor de Ciência Política e pesquisador associado

ao Núcleo de Estudos da Violência, e Rosa Maria Cardoso da

Cunha é advogada e professora universitária.

Seus Membros

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Relatório

As Comissões da Verdade têm como missão final a produção de um

relatório que permita à sociedade o conhecimento dos detalhes do regime

que oprimiu e violou, assim como apresentam recomendações que visam

aprimorar as instituições do Estado, notadamente aquelas que lidam com

a segurança pública, e contribuir para uma política de não repetição.

O relatório pode ser utilizado pelo Poder Judiciário, como instrumento para

desencadear as ações civis e ou penais conta os perpetradores. Já que as

comissões tem menos poder do que as cortes, não podem colocar ninguém na

cadeia, nem obrigar ninguém a testemunhar, se esse não for o desejo da pessoa.

Deverá constituir-se em ferramenta de proteção dos Direitos Humanos no

futuro e na garantia da não impunidade para os que violaram esses direitos.

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Estudos e pesquisas realizados por acadêmicos mostram

que sociedades que teimam em não jogar luz sobre os fatos

ocorridos no passado correm mais perigo que as demais na

repetição das mesmas violências e arbitrariedades cometidas.

Cientificamente

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Já colheu depoimentos de legistas e delegados. Tem se reunido com

familiares dos mortos e desaparecidos para pegar depoimentos.

Requereu uma série de informações ao Ministério da Defesa sobre a

guarda de documentos secretos, especialmente sobre a destruição de

documentos.

Fez um levantamento sobre as operações militares e as mortes na

Guerrilha do Araguaia. A pesquisa, entre outros dados, já levantou

registros sobre 83 centros de tortura, espalhados pelas cinco regiões

brasileiras.

Segundo o site oficial, toda a documentação do período, conseguida

até agora é composta por 132 caixas, contendo 4 toneladas de

documentos, foi entregue ao Arquivo Nacional entre 2006 e 2007.

A Comissão da Verdade criou um grupo de trabalho para apurar as violações

de direitos humanos sofridas pelos militares que se opuseram ao golpe militar.

O que já foi feito?

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A comissão solicitou ao Juízo de Registros Públicos de São

Paulo que no documento conste que a morte dele decorreu de

lesões e maus-tratos sofridos durante interrogatório em

dependência do 2º Exercito e não por asfixia mecânica como

está escrito.

O requerimento foi pedido pela viúva do jornalista, Clarice

Herzog, que pediu a retificação do assento de óbito e a

reabertura da investigação para apurar as responsabilidades

do caso.

O Caso Herzog

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Na sentença, de 1978, o juiz federal Márcio José de Moraes,

determinou a abertura de um inquérito policial militar para

apurar as circunstâncias e os autores da morte do jornalista da

TV Cultura. A sentença afirmava também que os laudos da

causa da morte de Herzog eram imprestáveis e que a União não

havia conseguido provar a alegada tese do suicídio da vítima

na prisão.

O entendimento da Comissão é o de que a sentença assim deve

ser cumprida nos seus exatos termos e que os registros

públicos ou particulares que contêm a informação incorreta do

suicídio devem ser retificados.

O Caso Herzog

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“Quando a sentença rejeita a tese do suicídio exclui

logicamente a tese do enforcamento e, então, a afirmação de

enforcamento – que se transportou para o atestado e para a

certidão de óbito – encobre a real causa da morte, a qual,

segundo os depoimentos colhidos em juízo indicam que foi

decorrente de maus tratos durante o interrogatório no DOI-

Codi”, diz o parecer da comissão.

O Caso Herzog

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Por Que é tão difícil?

Muitos dos militares participantes do Regime Militar, foram

torturadores e assassinos frios de muitos jovens. A descrição continua

pois muitos dele, atualmente ocupam grandes cargos no exercito

brasileiro.

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PerguntasA Ditadura Militar do Brasil começou em 1964 e durou até 1985. Ela foi

marcada pela censura de todos os meios de comunicação, suspensão dos

direitos constitucionais, e a perseguição a todos contrários ao regime militar.

Os militares torturaram e assassinaram cruelmente centenas de jovens, ou

qualquer opositor ao regime. Até hoje muitas famílias sofrem pelo

desaparecimento e morte de seus entes queridos.

1) Quais são os principais objetivos de uma Comissão da Verdade? Aponte

pelo menos dois.

A Comissão da Verdade não tem como objetivo prender militares que

torturaram ou assassinaram alguma pessoa no período da Ditadura. O

relatório final pode servir como instrumento para o poder judicial propor um

julgamento contra estes militares, mas será muito difícil achar provas

concretas que incriminem eles.

2) Você achar certo que, depois de tudo o que fizeram os militares saiam

impunes? Isso mostra o que sobre a justiça do Brasil?

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Bibliografia

http://www.jb.com.br/antonio-campos/noticias/2011/11/09/comissao-da-verdade-no-brasil/

http://www.torturanuncamais-rj.org.br/jornal/gtnm_80/projeto_memoria.html

http://www.revistabrasileiros.com.br/2012/10/20/expondo-torturadores-a-sociedade/

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/na-rhbn/a-lista-de-prestes

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/militares-criticam-divulgacao-de-lista-de-torturadores

http://averdade.org.br/2012/08/a-comissao-da-verdade-deve-apurar-quem-torturou-e-quem-usufruiu-economicamente-do-golpe/

http://www.jb.com.br/antonio-campos/noticias/2011/11/09/comissao-da-verdade-no-brasil/

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/jobim-defende-criacao-comissao-da-verdade

http://www.portalmemoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/media/Cartilha%20Comiss%C3%A3o%20da%20Verdade%20-%20N%C3%BAcleo%20Mem%C3%B3ria.pdf

http://amarnatureza.org.br/site/comissao-da-verdade-pede-a-justica-retificacao-de-atestado-de-obito-de-vladimir-herzog,83182/