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HISTÓRIA DA QUÍMICA HISTÓRIA DA QUÍMICA

História da química

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Page 1: História da química

HISTÓRIA DA QUÍMICAHISTÓRIA DA QUÍMICA

Page 2: História da química
Page 3: História da química

• Ao longo da história da humanidade, o homem foi

capaz de descobrir o fogoo fogo, inventar a roda, conhecer

terras novas, pisar na Lua, explorar o Universo e

estudar a si mesmo.

• Mas o começo não foi fácil... O homem pré-histórico,

por erros e acertos, descobriu como lascar a pedralascar a pedra,

como construir armasarmas e algo muito importante na

história da humanidade – o fogoo fogo - através do atrito

entre pedaços de madeira.

• ...Conseguiram trabalhar os materiais disponíveis ...Conseguiram trabalhar os materiais disponíveis

na natureza, porém, não conseguiram alterar as na natureza, porém, não conseguiram alterar as

propriedades da matéria-prima....propriedades da matéria-prima....

Page 4: História da química

...Aos poucos os humanos foram conhecendo

fórmulas práticas de uso comum referentes à

cocçãococção, fermentaçãofermentação, curtiçãocurtição, tingimentotingimento,

vitrificaçãovitrificação, que compõem uma primitiva

químicaquímica utilitária e são facilitadoras na

transformação de uma substância em outratransformação de uma substância em outra...

Page 5: História da química

• Por volta de 4000 a.C o homem já usava os metaismetais...

cobre, bronze, ouro, ferro...cobre, bronze, ouro, ferro...

...Permitindo a estes, a adoração ao próprio corpocorpo e as primeiras guerrasprimeiras guerras...

Page 6: História da química

...Mesmo após 25 séculos dos tempos que

vamos conhecer, ainda se pode afirmar

que foram os gregosgregos que ensinaram os ensinaram os

ocidentais a pensarocidentais a pensar...

Page 7: História da química

• Os quatro elementosAQVA = água

AER = arIGNIS = fogo

TERRA = terra

As qualidadesFRIGIDVM = frio

HVMIDVM = úmidoCALIDVM = quente

SICCVM = seco

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• AristótelesAristóteles (384-322 a.C) é o personagem que por

mais tempomais tempo, em todo o mundo, influiu no “fazer “fazer

filosofia”filosofia” e no “fazer ciência”“fazer ciência” da humanidade.

• Desde seu tempo até o Renascimento CulturalDesde seu tempo até o Renascimento Cultural na

Europa Moderna (século XVI), não houve nenhum outro

que tivesse reunido os conhecimentos produzidos até

então, podendo ser considerado o primeiro

Enciclopedista...

Page 9: História da química

Propôs como formador de toda a matéria do universo uma

pequena partícula indivisível chamada de átomo.

• Toda a natureza era formada por ÁTOMOS e VÁCUO.

• ÁtomoÁtomo – são partículas tão pequenas que não podemos ver,

idênticas em composiçãoidênticas em composição, mas diferentes no tamanho e na diferentes no tamanho e na

formaforma.

• Átomo – sempre tinham existidoexistido e sempre sempre iriam existirexistir.

• A diferença e propriedades dos corpos diferença e propriedades dos corpos eram explicadas pela

diferença de tamanho, forma e movimento dos átomosdiferença de tamanho, forma e movimento dos átomos.

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IDADE MÉDIAIDADE MÉDIA

- Término da Idade Antiga (queda do Império Romano no Ocidente – 476 d.C)

- Surgimento do Renascimento (tomada de Constantinopla – 1453)

Idade Obscura...Idade Obscura...

Noite de Mil Anos...Noite de Mil Anos...

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Finalidades da AlquimiaFinalidades da Alquimia• Alberto Magno - Alberto Magno - Transmutar (transformar) os metais chamados

inferiores – principalmente o mercúrio e o chumbo - em ouro ou em prata, metais superiores (Pedra Filosofal).

• Roger bacon – Roger bacon – a alquimia centra-se na necessidade de “curar” o metal e também a vida humana na busca de um “elixir”...

• Raimundo Lúlio –Raimundo Lúlio – “Quintessência” – dela seria extraído o elixir da longa vida (as primeiras destilações...)

• Arnaldo de VilanovaArnaldo de Vilanova – – “Conservação da Juventude e o Retardar da Velhice” – base para a Iatroquímica e o início da Medicina Medieval...

Page 12: História da química
Page 13: História da química

• No início do século XV surge o Renascimento, que apresenta

duas características importantes: o racionalismo (Nada existe

sem uma razão) e o experimentalismo.

• Paracelso Paracelso – Iatroquímica – preparação de medicamentos. O

corpo humano é um conjunto de substâncias químicas que

interagem entre si harmonicamente, portanto, a doença nada

mais seria do que a alteração dessa composição química e,

portanto, poderia ser eliminada por outros produtos químicos.

• Medicamentos – Mercúrio – Sífilis – grandes proporções no século

XVI.

• Abandonaram o "sonho" da Alquimia e partiram para caminhos

mais realistas e úteisrealistas e úteis, principalmente a produção de

medicamentos, principal objetivo da IATROQUÍMICA.

• Grande anatomista – Andreas Vesalius

Page 14: História da química

• Os Químicos do século XXI não se distinguem, em seus objetivos, dos alquimistas medievais:

- Elixir da longa vida – busca por meio de remédios → QUALIDADE DE VIDA.

- Roger Bacon – Paracelso → química tem uma LINGUAGEM UNIVERSAL PRÓPRIA, juntamente coma MATEMÁTICA e a MÚSICA (TRÊS LINGUAGENS UNIVERSAIS).

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• No século XVII, a corrente dos chamados mecanicistas teve seu

suporte principal na Filosofia de René Descartes:

““Partindo do Princípio de que não existem qualidades Partindo do Princípio de que não existem qualidades

ocultas, o universo cartesiano é definido como um contínuo ocultas, o universo cartesiano é definido como um contínuo

de matéria, totalmente redutível a partículas infinitamente de matéria, totalmente redutível a partículas infinitamente

divisíveis, cuja relação entre si é explicada em termos divisíveis, cuja relação entre si é explicada em termos

mecânicos de movimento perfeitamente quantificável mecânicos de movimento perfeitamente quantificável

(MENSURÁVEL).”(MENSURÁVEL).”

Page 16: História da química

• Em 1661, Robert BoyleRobert Boyle:

- Racionalidade das deduções

experimentais e valorização das medidas

nas reações químicas

- Publicação do livro The Sceptical

Chemist

- Introduziu o método científico

- Montou a Câmara de Ar e a Bomba de

Vácuo

- Elementos Químicos – partículas

primárias – Corpúsculos.

Page 17: História da química

Antoine Lavoisier (1743-1794)

• Sua contribuição para ciência

envolve a transformação de uma

caótica coleção de fatos

qualitativos e as flutuantes

interpretações da vaga teoria

flogística (Stahl).

Page 18: História da química

• Análise do ar atmosférico;

• combustão de substâncias bem conhecidas na época – metais,

enxofre, fósforo, carbono, etc.

• Introduziu o uso da balança

• Participação do oxigênio nos fenômenos de combustão,

oxidação e respiração.

• Método de Nomenclatura Química.

• Dois anos depois ele foi autor de "Traite Elementaire de Chimie",

um documento fundamental para a Química Moderna.

Page 19: História da química

• Estes estudos deram subsídios para Lavoisier enunciar a LEI DA CONSERVAÇÃO DA MASSA onde explicita que:

“Numa reação química, em sistema fechado, a massa total é constante”

“A soma das massas dos reagentes, num sistema fechado, é igual à soma das massas dos produtos”

“Na natureza , nada se destrói, nada se cria, tudo se transforma”.

Page 20: História da química
Page 21: História da química

Esse experimento pode ser representado pela equação:

REAGENTE PRODUTOS

Óxido de mercúrio Óxido de mercúrio mercúrio + oxigênio mercúrio + oxigênio (vermelho) (prateado) (incolor)

2HgO(s) 2Hg(l) + O2(g)

Massa do reagente = Massa dos produtosMassa do reagente = Massa dos produtos

Page 22: História da química
Page 23: História da química

• Com a morte de Lavoisier, Joseph Louis ProustJoseph Louis Proust, em 1799, efetuando

análises para verificar a Lei de Lavoisier , observou que: uma uma

substânciasubstância, independente do método de preparação, apresenta seus apresenta seus

elementos combinados sempre na mesma proporção, em massa, elementos combinados sempre na mesma proporção, em massa,

constante e definida. constante e definida.

Este fato o levou a enunciar a LEI DAS PROPORÇÕES FIXASLEI DAS PROPORÇÕES FIXAS.

“Numa reação química, as massas das substâncias que reagem e das substâncias que se formam estabelecem sempresempre uma proporção”.

Page 24: História da química

Em 1803, já se sabia que duas ou mais substâncias podiam se combinar

em proporções diferentes, originando compostos diferentes, com

propriedades diferentes – Monóxido de Carbono e Dióxido de Carbono.Monóxido de Carbono e Dióxido de Carbono.

John Dalton realizou experimentos fixando a quantidade de um dos John Dalton realizou experimentos fixando a quantidade de um dos

reagentes e variou a quantidade do outro, provando que as reagentes e variou a quantidade do outro, provando que as

substâncias produzidas seriam diferentes, com propriedades substâncias produzidas seriam diferentes, com propriedades

diferentes, enunciando então, a diferentes, enunciando então, a LEI DAS PROPORÇÕES MÚLTIPLAS.LEI DAS PROPORÇÕES MÚLTIPLAS.

Quando uma massa fixa (m) de uma substância A se combina

com massas diferentes (m1, m2, ...) de uma substância B

originando substâncias diferentes, as massas de B

apresentam uma relação expressa por números inteiros e

pequenos.

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LEIS PONDERAIS DA QUÍMICA LEIS PONDERAIS DA QUÍMICA MODERNAMODERNA

• 1ª LEI: LEI DE CONSERVAÇÃO DAS MASSAS

LAVOISIER

• 2ª LEI: LEI DAS PROPORÇÕES FIXAS

PROUST

• 3ª LEI: LEI DAS PROPORÇÕES MÚLTIPLAS

DALTON

Page 26: História da química

JOHN DALTON (1766-1844)

• Baseado em fatos e evidências

experimentais, Dalton retoma a

idéia de Demócrito e, em 1808

propõe uma teoria para explicar a

composição das substâncias.

• Essa teoria possibilitou a criação

do 1º MODELO DO ÁTOMO.

Page 27: História da química

Teoria Atômica Clássica- Toda matéria é constituída por pequenas partículas esféricaspequenas partículas esféricas,

maciças e indivisíveismaciças e indivisíveis denominadas ÁTOMOSÁTOMOS;

- Um conjuntoconjunto de átomos com as mesmas massas e tamanhosmesmas massas e tamanhos

apresenta as mesmas propriedades químicasmesmas propriedades químicas e constitui um

ELEMENTO QUÍMICOELEMENTO QUÍMICO;

- Elementos químicos diferentesElementos químicos diferentes apresentam átomos com massas,

tamanhos e propriedades diferentespropriedades diferentes.

- A combinação de átomos de elementos diferentescombinação de átomos de elementos diferentes, numa proporção proporção

de números inteiros, origina substâncias diferentesorigina substâncias diferentes.

- Numa reação químicareação química, os átomosátomos não são criadoscriados nem destruídosdestruídos:

são simplesmente rearranjados rearranjados, originando novas substânciasnovas substâncias.

Page 28: História da química

• Para melhor representar sua teoria, Dalton substituiu

os antigos símbolos alquímicosantigos símbolos alquímicos por novos e criou

símbolos novossímbolos novos para representar os diferentes

elementos químicos.

• Como para ele os átomosátomos eram esféricosesféricos, sua

Teoria ficou conhecida como a Teoria da Bola de Teoria da Bola de

Bilhar.Bilhar.

Page 29: História da química

1º Modelo Atômico Clássico

Page 30: História da química

• Com exceção da indivisibilidade atômica e de que

a massa seria a grandeza que caracterizava e

diferenciava os elementos químicos, os

enunciados de Dalton até hoje, são corretos.

• Assim, a teoria de Dalton permite explicar as leis

ponderais das reações químicas, bem como a

teoria cinética das moléculas, diferenciando as

substâncias quanto a estados físicos e

propriedades físicas (gerais e específicas) da

matéria.

Page 31: História da química

E a eletricidade? É possível explicá-la através do Modelo de Dalton?

Page 32: História da química

• Grécia Antiga – Tales de Mileto – eletrização por atrito – âmbar (eléktron).

• Final séc. XIX – grande produção científica – Revolução Industrial (séc. XVIII) – máquinas e transformação de energia.

• O Modelo de Dalton não foi capaz de explicar as reações químicas em que envolvia a passagem de corrente elétrica, a condução de corrente elétrica pelos metais e por determinadas soluções aquosas.

• Em 1734 - Charles Du Fay - existência de duas espécies de eletricidade. Ele notou que a carga elétrica adquirida por um bastão de vidro, eletrizado com seda, era diferente da carga elétrica adquirida por uma vareta de ebonite (tipo de borracha - resina), eletrizada por um pedaço de lã. Construiu um dispositivo que foi chamado de “Pêndulo Elétrico”.

Page 33: História da química

• Em 1752, Benjamin Franklin - formulou uma

teoria segundo a qual os fenômenos elétricos

eram produzidos pela existência de um fluido

elétrico que estaria presente em todos os corpos

(hoje, sabemos que esse fluido não existe).

• Os corpos, normalmente, teriam quantidades iguais

desses fluidos (vítreo e resinoso), por isso eram

eletricamente neutros. Quando eletrizados,

haveria a transferência de fluido de um para

outro e essas quantidades deixariam de ser

iguais. A eletricidade de um corpo

corresponderia à do fluido que ele contivesse

em excesso.

Page 34: História da química

• Franklin, passou a chamar a carga elétrica

VÍTREA de POSITIVA e a RESINOSA de

NEGATIVA.

• Sendo assim, para Franklin, não haveria

criação nem destruição de cargas elétricas,

mas apenas transferência de eletricidade

(fluido elétrico) de um corpo para outro, isto

é, a quantidade total de fluido elétrico

permanecia constante. A partir dessa conclusão

ele enunciou o “Princípio da Conservação das

Cargas Elétricas”:

Page 35: História da química

E depois vieram Coulomb, Galvani, Volta, Oersted, Faraday, Edison construindo o estudo do

Eletromagnetismo através de suas descobertas....

Page 36: História da química

• Em 1891, o físico irlandês George Stoney, propôs o

nome elétron para a unidade de eletricidade. Neste

momento ainda não era comprovada a existência

dos elétrons.

Foram os estudos de William

Crookes que permitiram a

identificação de tal partícula.

Para isso, ele construiu a

Ampola de Crookes.

Page 37: História da química

Nesta ampola, que também é

chamada de TUBO, contém

um gás ou ar à baixa pressão

Quando submetido à corrente

elétrica observa-se a produção

de raios luminosos

Estes raios luminosos “caminham” do polo

negativo(-) para o polo positivo (+)

Esses raios foram chamados

de RAIOS CATÓDICOS

Page 38: História da química

• Do cátodo parte um fluxo de elétrons denominado RAIOS CATÓDICOS, que se dirige à parede oposta do tubo, produzindo uma fluorescência devido ao choque dos elétrons, que partiram do cátodo com os átomos do vidro da ampola.

Page 39: História da química

Joseph John THOMSON

Foi quando o físico inglês Thomson

utilizou os tubos de raios catódicos

(ampola de Crookes) e realizou as

seguintes experiências:

Page 40: História da química

• Os raios catódicos, quando incidem sobre um anteparo, produzem uma sombra na parede oposta do tubo, permitindo concluir que se propagam em linha reta.

Page 41: História da química

• Os raios catódicos movimentam um molinete ou catavento de mica, permitindo concluir que são dotados de massa.

Page 42: História da química

• Os raios catódicos são desviados por um campo de carga elétrica positiva, permitindo concluir que são dotados de carga elétrica negativa.

Page 43: História da química

1. Os RAIOS CATÓDICOS são formados de

CARGAS ELÉTRICAS NEGATIVAS;

2. As PARTÍCULAS QUE FORMAM OS RAIOS

CATÓDICOS SÃO TODAS IGUAIS e estão

presentes em TODOS OS ÁTOMOS de

QUALQUER ELEMENTO QUÍMICO;

3. ESSAS PARTÍCULAS foram chamadas de

ELÉTRONS e sua carga elétrica do tipo

NEGATIVA;

A análise dos resultados dos experimentos de Thomson o levou as seguintes conclusões:

Page 44: História da química

4. Os ELÉTRONS são UMA PARTE que formam os ÁTOMOS;

5. THOMSON PROPÔS UM MODELO em que o ÁTOMO SERIA UMA ESFERA CARREGADA POSITIVAMENTE, NA QUAL OS ELÉTRONS ESTARIAM INCRUSTADOS NA “MASSA POSITIVA”.

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O 2º Modelo Atômico Clássico

• Thomson formou sua imagem dos átomos em

1897. Nela, o átomo aparecia como uma

esfera de matéria de carga positiva

contendo elétrons, negativo e muito

pequenos, espalhados em seu interior, tal

como passas em um pudim (modelo “pudim

com passas”).

Page 46: História da química

O 2º Modelo Atômico Clássico

• O total de cargas positivas seria igual ao das

negativas, garantindo a neutralidade do átomo.

• Mesmo diferindo pela introdução de cargas, a idéia de

átomo associado à forma esférica se manteve a

mesma do modelo de Dalton. Porém, esse modelo

superou o modelo de Dalton ao permitir justificar as

propriedades elétricas da matéria, além de identificar

a primeira partícula subatômica.

Page 47: História da química

2º Modelo Atômico Clássico

Page 48: História da química

• A imagem do átomo correspondia a muitos

experimentos realizados, como por exemplo,

ao perder elétrons, os átomos tornar-se-

iam mais positivamente carregados, e em

caso de elétrons sobressalentes serem

incluídos nos átomos, estes tornar-se-iam

mais negativamente carregados.

O 2º Modelo Atômico Clássico

Page 49: História da química

O 2º Modelo Atômico Clássico

• De qualquer maneira, qualquer que seja a carga

do elétron, o processo de carregar e descarregar

pode ser visto como uma prova da

movimentação dos elétrons entre átomos.

Essa parte do modelo de Thomson é válida

ainda hoje, porém a posição espacial dos elétrons

nesse modelo não se sustentaria por muito tempo.

O modelo de Thomson era uma delineação inicial

da imagem do átomo.

Page 50: História da química
Page 51: História da química

A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE

• O estudo árduo em Ciência faz com que os cientistas dêem

atenção a qualquer fenômeno que ocorra, por mais simples que

seja, o que leva muitas vezes a descobertas fantásticas.

• Foi o que aconteceu em 1895 com o físico alemão Wilhelm

Röntgen. Ele estudava as propriedades da eletricidade com

tubos de raios catódicos, quando, de repente, notou a emissão

de um tipo de radiação que ultrapassava certos materiais.

Descobriu também que essa poderosa emissão era capaz de

impressionar uma chapa fotográfica (sulfeto de zinco). O

fenômeno, até então desconhecido, foi chamado por Röntgen

de raios X.

Page 52: História da química

A RADIOATIVIDADE

• Dois anos depois, Antoine Becquerel, físico francês, resolveu

procurar uma relação entre os Raios X e a fluorescência de uma

substância de urânio (sal de potássio e uranila). Ele acreditava

que, colocando cristais de substâncias que contêm átomos de urânio

em cima de uma chapa fotográfica, embrulhada em papel preto, e

expondo-os à luz solar, eles emitiriam raios X e iriam impressionar a

chapa.

• Mas Becquerel ficou impressionado com um acontecimento: o urânio

impressionava chapas fotográficas mesmo sem receber luz solar.

Logo, deduziu que a emissão desses raios não tinha conexão com os

raios X, nem com a luz solar, nem tampouco com a propriedade da

fluorescência: originara-se dos próprios átomos de urânio.

Page 53: História da química

• Conclusão: os átomos de alguns elementos químicos são

naturalmente radioativos, ou seja, emitem radiação. Esse fenômeno

ficou conhecido mais tarde como Radioatividade (radio – raios).

• O casal Curie (Marie e Pierre) descobriu dois outros elementos

radioativos: polônio e o rádio.

• Apesar de todo o esforço, eles não puderam explicar a origem da

radiação emitida por esses elementos. O segredo estava escondido

na própria estrutura da matéria, ou seja, a origem da radiação relaciona-

se à estrutura do átomo.

• Em 1897, Marie pediu ao marido sugestões para sua tese de doutorado

e Pierre indicou-lhe o estudo das radiações descobertas por Becquerel.

• Marie percebeu que a radiação não depende da forma química do urânio

e tempos mais tarde descobriram a existência do polônio (400 vezes

mais radioativo) e do rádio (2 milhões de vezes mais radioativo).

Page 54: História da química

• 1902 – Marie e Pierre Curie

Descobriram o rádio, 2 milhões de vezes mais radioativo que os anteriores.

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• Nessa época, já se sabia que o átomo não era exatamente como

previa a teoria atômica de Dalton; mas o novo modelo (Thomson)

também não explicava o fenômeno da Radioatividade. Por isso, todos

os cientistas envolvidos nesse campo sentiram-se ainda mais

desafiados a aprofundar seus estudos. A meta a ser atingida era

um modelo que finalmente desvendasse a estrutura da matéria.

• Em 1898, o físico Ernest Rutherford foi convencido por Thomson a

trabalhar com o fenômeno então recentemente descoberto: a

radioatividade. Seu trabalho permitiu a elaboração de um modelo

atômico que possibilitasse o entendimento da radiação emitida

pelos átomos de urânio, polônio e rádio.

Page 59: História da química

• Aos 26 anos de idade fez a sua maior descoberta. Estudando a emissão de radiação do urânio e do tório, observou que existem dois tipos distintos de radiação: uma que é rapidamente absorvida, que denominamos radiação alfa, e outra com maior poder de penetração, que denominamos radiação beta.

• Em 1900, juntamente com Villard, Rutherford descobriu a radiação gama, uma radiação que não era atraída pelo campo elétrico, logo, não possuía massa, era formada por uma onda eletromagnética, altamente energética.

• Rutherford queria estudar a interação das radiações com metais. Para isso, ele desenvolveu uma série de experimentos envolvendo primeiramente partículas de radiação alfa.

Page 60: História da química

BOMBARDEANDO FOLHAS DE OURO

• Em 1909, Geiger e Marsden, discípulos de Rutherford, iniciaram

experimentos que se transformaram em um grande marco para a

ciência; construíram um aparato em que o polônio emitiria

partículas alfa que tinha como alvo finas películas de ouro. Nesse

aparato, as paredes eram recobertas com sulfeto de zinco,

substância que emite brilho sempre que uma partícula alfa colide

com sua superfície.

Page 61: História da química

• As partículas alfa que atravessaram diretamente a chapa, deveriam ter

encontrado espaços vazios no interior do átomo. Nas próprias palavras

de Rutherford:

• Para explicar os resultados experimentais é necessário supor que

intensas forças elétricas estão localizadas no átomo e estas forças são

responsáveis pela deflexão, pela mudança de direção, da partícula alfa

quando esta se encontra com um átomo. Isso indica que o átomo deve

conter um núcleo no qual se concentram cargas elétricas...

A imagem a que Rutherford naturalmente se remeteu foi a do sistema

solar: o Sol no centro e os planetas orbitando ao seu redor. Assim, o

centro de carga positiva seria o núcleo do átomo e os elétrons,

carregados negativamente, estariam circulando elipticamente ao seu

redor.

A física descobre nesse período que ela contém e incorpora

contradições fundamentais. A questão problemática do modelo de

Rutherford, no entanto, veio à luz quando este era analisado segundo as

leis da eletricidade e do magnetismo.