Aula 1 a história da química orgânica

A química OrgânicaA VIDA É QUÍMICA ORGÂNICA

T.W. Graham Solomons & Craig B. Fryhle

Os cientistas estudam como a vida começou na Terra e se existe vida em algum outro lugar no universo.

Evidências:

A) No início da história da Terra muitos compostos orgânicos necessários para o surgimento da vida foram criados quando relâmpagos passavam pela atmosfera da Terra.



Evidências:

B) A vida começou nas profundezas do oceano, onde saídas de jatos quentes poderiam ter suprido a energia para as reações entre matérias-primas que levaram às primeiras moléculas orgânicas.




Evidências:

C) Sugere que sedimentos de barro poderiam ter fornecido o ambiente no qual ocorreram reações que resultaram nas moléculas orgânicas necessárias à vida.




Evidências:


D) Meteoritics and Planetary Science. Janeiro de 2011:

Recentemente, a possibilidade de se encontrar moléculas orgânicas no espaço interestrelar e em meteoritos de Marte trouxe uma excitação mundial, aumentando o interesse pela idéia de que, de fato, poderia existir vida além da incubadora azul e verde de nossa Terra.



“O mais importante em todas as teorias é a idéia de que as moléculas orgânicas são o coração da vida – tanto a existência de vida na Terra

como a possibilidade de vida em algum outro lugar”.

A história da Química OrgânicaOs fundamentos da química orgânica datam da metade do século XVIII,

quando ela evoluía da arte dos alquimistas a uma ciência moderna.

(1770) Torbern Bergman, químico suéco, foi o primeiro a expressar a diferença entre

substâncias “orgânicas” e “inorgânicas”.

A história da Química Orgânica

(1807) Jöns Jacob Berzelius, químico sueco. Vitalismo: Crença de que uma “força vital” se tornava necessária para a síntese

de um composto orgânico. Substâncias orgânicas jamais poderiam ser sintetizadas.


(1816), Michel Chevreul, descobriu que o sabão, preparado pela reação de álcalis com gordura animal, poderia ser separado em diversos compostos orgânicos puros, que ele próprio denominou “ácidos graxos”.

Pela primeira vez, uma substância orgânica (gordura) fora convertida em outras (ácidos graxos e glicerina) sem a intervenção de um força vital externa.

A história da Química Orgânica(1828) Fridrich Wöhler. Era possível converter o sal “inorgânico” cianato de amônio na substância orgânica já conhecida como uréia, que havia sido previamente encontrada na

urina humana. Desta maneira, “derrubando” definitivamente a teoria da força vital.

Mesmo com a falência do vitalismo na ciência, a palavra “orgânico” continua ainda hoje sendo usada por algumas pessoas como significando “o que vem de organismos vivos”

Depois que várias outras sustâncias orgânicas foram obtidas a partir de fontes não vivas, consolidou-se um novo conceito: Química orgânica era a química dos compostos de

carbono, não importando o método de obtenção ou de fabricação.

A história da Química OrgânicaO Carbono e o Planeta Terra


Conseguimos drogas maravilhosas, fibras fantásticas, detergentes miraculosos, supercombustíveis.

Conseguimos aspirinas, pílulas de controle de natalidade, brinquedos, plásticos, refrigerantes e comida suficiente para a maior parte das pessoas na maior parte do tempo.



O Carbono e o Planeta Terra

A indústria química orgânica mudou nosso mundo para melhor e para pior.

São problemas científicos e políticos. A parte científica tem solução, embora dispendiosa. A parte política é menos clara. É uma questão de como utilizar nossas riquezas - uma

questão de prioridades.

Como estudantes de química orgânica vocês fariam bem em ter estes problemas na cabeça.

Muitos de vocês serão, provavelmente, engenheiros, biólogos, físicos, professores ou pesquisadores em química. Nestas e em outras posições, vocês terão possibilidades de

resolver alguns dos problemas que outros, antes de vocês, ajudaram a criar.


O Carbono e o Planeta Terra A qualidade da vida, talvez a própria vida, depende de sua ligação e respeito para com a Terra. Aqueles que têm algum conhecimento de química orgânica terão uma oportunidade

de trabalhar para tal e a obrigação de fazê-lo.

Nós esperamos sua participação nesta tarefa.ALLINGER, NORMAN L. Química Orgânica. e.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009