Upload
hoangtruc
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Cristiane Schmitt – Hospital SEPACO
2
Histórico
8000 a.C - deterioração de alimentos Produção de compotas, uso de sal, óleo de oliva e
sésamo.
Busca de temperos (Índia) mascarar sabores indesejáveis e deteriorações.
Astecas: congelavam e defumavam os alimentos.
Era naturalística (400 a.C. a 1750 d.C.), poderes mágicos ou valor medicinal dos alimentos. “Faça do alimento o seu medicamento“ – Hipócrates
3
Histórico Entre 1750 e 1900 d.C, era químico-analítica,
Antoine Lavoisier - "Pai da Nutrição“ (calorimetria - utilização da energia dos alimentos).
Prêmio a quem desenvolvesse técnica de conservação (guerras napoleônicas). Nicolas Apert (1809): apertização (aquecimento de
alimentos em recipientes fechados) Jonh Tyndal (1820) : tindalização, técnica de esterilização
segura, economicamente inviável. Louis Pasteur (1846) pasteurização - estudo da deterioração de
vinhos
De 1900 até os dias atuais, era biológica: relação entre nutrientes, seu papel biológico, e as necessidades dietéticas humanas. A partir dos anos 1990 - alimentos funcionais: produzem efeitos
benéficos à saúde (soja, chá verde, tomate, peixes...)
4
Objetivos do SND no Hospital
Fornecer dietas balanceadas conforme as necessidades de cada cliente.
Garantir a qualidade e segurança dos alimentos do ponto de vista higiênico-sanitário (dietas livres de contaminação química, física e biológica).
Oferecer dietas que atendam as expectativas dos clientes no que se refere ao sabor, apresentação e temperatura dos pratos.
2
5
Qualidade de Produção
Importância do controle de qualidade
Clientes preocupados com a qualidade.
Dietas fornecidas à população com algum grau de debilidade.
Doenças transmitidas por alimentos = alto índice de morbi mortalidade.
6
Medidas de Controle de Qualidade
Responsável capacitado
Manuais de boas práticas de manipulação
Treinamento da equipe
Visitas de inspeção Identificam possíveis situações de risco.
Dependem de tempo e profundidade para garantir a segurança sanitária do alimento produzido.
Análises microbiológicas: Complemento das inspeções.
Demora nos resultados.
7
Medidas de Controle de Qualidade
Controle de matérias primas
Controle de pragas.
Controle de visitantes (paramentação).
Controle de saúde de funcionários
Exame médico admissional e periódico (anual)
8
Medidas de Controle de Qualidade
Higiene pessoal e asseio: Cabelos protegidos, unhas curtas e sem esmalte.
Uso de desodorante inodoro.
Não é permitido o uso de adornos
Afastamento da manipulação (lesões em MmSs, gastroenterites, infecções respiratórias)
Uniformes Claros, limpos com troca diária.
Sapatos fechados
Não carregar canetas ou lápis preso ao uniforme.
3
9
Aplicação da APPCC - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
EUA - década de 50 Produção com “defeito zero” (NASA). Baseado na causa de enfermidades e deterioração dos
produtos. Identificação dos riscos na produção (biológicos,
químicos e físicos) Estabelece critérios para boas práticas na produção de
alimentos.
Brasil - anos 90, instituído pelo Ministério da Agricultura
Medidas de Controle de Qualidade
10
Até os anos 80
Matéria-Prima + Processo Produto=
Bom = aceita
Ruim = rejeita
Modelo reativo
11
Após os anos 80 - APCC
Matéria-Prima + Processo Produto=
Modelo preventivo
Ação Ação
Defeito zero
12
APPCC: Analisa ingredientes, processos e o uso do
produto final.
A análise contínua e intervenção imediata.
Baixo custo
Medidas de Controle de Qualidade
4
13
Estrutura Física
A planta física aprovada pelo órgão competente.
Áreas adjacentes livres de odores estranhos, póou fumaça.
Acesso direto e exclusivo.
Espaço adequado.
Portas e janelas laváveis e teladas (2 mm).
14
Estrutura Física
Piso e paredes Lisos, resistentes e impermeáveis
Piso antiderrapante com ralos e grelhas
Se paredes azulejadas (2 m)
Forro e teto Lisos, laváveis e livres de rachadura.
Altura mínima de 3m para térreo e 2,7m para andares superiores.
15
Estrutura Física
Iluminação protegida
Ventilação Com ar insuflado ou exaustão (área limpa para suja) Não usar ventiladores na manipulação.
Vestiários (armários e chuveiros) 1/20 funcionários.
Sanitários sem comunicação direta (1/20 funcionários)
Resíduos Recipientes tampados (pedal) Depósito de resíduos afastado do fluxo de alimentos. Área distinta do recebimento ou horários diferenciados
16
Estrutura Física
Esgoto de tamanho adequado provido de caixa de inspeção.
Suprimento de água fria e quente.
Controle laboratorial da água e limpeza da caixa d’agua com intervalo mínimo de seis meses.
5
17
Estrutura Física
Área para recepção de mercadorias Pia para pré-higiene dos vegetais.
Área para armazenamento em temperatura ambiente
Área para armazenamento a temperatura controlada
18
Estrutura Física
Área para higiene e guarda de utensílios de preparação Água fria e quente sem cruzamento entre limpo e sujo.
Área para higiene e guarda de utensílios de mesa Adjacente ao refeitório.
Preparo de carnes, aves e pescados
Preparo de hortifruti
Preparo de massas e confeitaria
19
Alimentos com artigos de higiene e limpeza
20
Estrutura Física
Área para cocção e aquecimento (sem refrigeradores).
Área para consumo Balcão térmico à Tª 80 a 90ºC
Estufa ou pass trough à 65ºC
Balcão frio à no máximo 10ºC
Área para a guarda e limpeza do material de higiene.
Lavatórios para higiene das mãos
6
21Lavatório ao lado da cozinha 22
A higiene da área: ao final de cada turno e quando necessário pela equipe de nutrição.
Materiais de superfícies lisas, não tóxicos e não absorventes.
Higienização rigorosa com água e sabão, Desinfecção hipoclorito (200 a 250 ppm)
23Área de armazenamento de alimentos. 24Área de preparo dos alimentos.
7
25
Pontos Críticos
Aquisição de Alimentos Visita técnica, aprovação e cadastramento de fornecedores.
Itens importantes !! Origem da matéria prima e embalagem. Técnicas de produção. Regulamentação, Ministério da Agricultura, Estadual e
Municipal. Condições de transporte. Registro de lotes, temperaturas e horário de preparo e
expedição dos produtos.
26
Pontos Críticos
Recebimento de Alimentos Conferência e substituição de embalagem
Horários determinados para recebimento.
Check list de recebimento (validade e temperatura dos produtos)
27
Pontos CríticosArmazenamento de Alimentos
Alimentos separados por grupos (industrializados e grãos).
Disposição conforme data de validade.
Uso de estrados ou prateleiras
Empilhamento 25 cm do chão, 60 cm do teto e 10 cm entre si.
Local seco, fresco e ventilado, afastado de ralos e tubulações.
Embalagens abertas (recipientes limpos, atóxicos, não reciclados e identificados).
28
Caixas de alimentos dispostas diretamente no chão.
8
29
Importante!!!!Controle de temperatura para impedir a multiplicação microbiana
30
Crescimento Bacteriano Conforme Temperatura
20 a 25ºC30 a 35ºC1ºC
Psicrófilos ou frigolíficos: Achromobacter, Pseudomonas, Micrococcus, fermentos e mofos
30 a 40ºC45ºC10ºC
Mesófilas: enterobactérias, Bacillus, Clostridium, Corynebacterium, Streptococcus, Micrococcus, fermentos e mofos
40 a 45ºC50 a 55º C20º CTermófilos: Lactobacillus, streptococcus, Bacillus e Clostridium
Tª ótimaTª MáxTª MínMicrorganismos
31
Pontos Críticos
Armazenamento a temperatura controlada Antecâmara - revestimento lavável e termômetro
externo. Prateleiras de inox ou equivalente Nível do piso igual ou maior que o externo.
Separar alimentos conforme origem.
0 a 7ºCAves e carnes
0 a 3ºCPescados
8 a 10ºCVerduras, legumes e frutas
-12ºCCongelados
TemperaturaProduto
PORTARIA SMS-G n°1210 de 02 de agosto de 200632
8 a 10º C
6 a 8º C
9
33
Pontos Críticos
Armazenamento a baixas temperaturas Controle e registro de Tª a cada 4 horas.
Contentores propiciando a circulação do ar.
Na fase de resfriamento: altura máxima de 10 cm.
Etiquetar produtos (data de chegada e validade)
Uso de capa térmica para entrada nas câmaras frias.
34
Carnes sem embalagem junto com carnes embaladas.
35
Cozinha de Preparação e Distribuição
Local de preparo de molhos, frituras, assados e cozidos.
Cocção 70º C, mínimo de 2 minutos e máximo de 2 horas.
Alimentos prontos manter a Tª > 65º C ou < 10º C.
Tempo de espera entre preparo e distribuição > 30 minutos = reaquecer a 74º C.
> 4 horas em Tª inadequada = descartar
Manter alimentos cobertos.
Banho maria 90ºC
36
Alimentos prontos em recipientes abertos, mantidos em Tª ambiente.
10
37
Vegetais
Até 100.000 UFC/g: invasão no desenvolvimento ou na colheita.
Frutas: pH baixo, predomínio de fungos. Verduras: pH alto, maior contaminação bacteriana.
Principalmente Pseudomonas, Xantomonas, Clostridium e Bacillus.
Evitar contato com outros alimentos
38
Higienização e Preparo Pré-lavagem em água potável
Imergir em solução desinfetante hipoclorito de sódio 200 ppm (20 ml de hipoclorito a 1% para 1 litro de água).
Não necessitam de desinfecção frutas não manipuladas, cujas cascas não serão consumidas e frutas ou legumes que serão cozidos.
Enxágüe em água potável.
Laranjas utilizadas para suco devem ser desinfetadas.
Vegetais
39
Corte e montagem, espera para distribuição em geladeira.
IMPORTANTE!!!Pasteurizar sucosCocção a 70º C por 2 minutosResfriamento posterior a 4º C
Distribuição a Tª máxima de 10º C.Validade de saladas: 24 horas.
Vegetais
40
Carnes e AvesCarnes
Contaminação (100 a 100.000 UFC/g) Carne picada: 10.000.000 UFC/g. Microrganismos: Pseudomonas sp., Staphylococcus sp.,
Micrococcus, Enterococcus sp., Salmonella sp., E. coli e coliformes
Aves Microbiota autóctone ou introduzida no abate (1.000
MC/cm2). A microbiota é semelhante a das carnes acrescida de
contaminação fúngica
11
41
Área exclusiva para manipulação de carnes cruas.
Placa de etileno exclusiva.
Descongelar sob refrigeração, 4º C por até48h.
Não recongelar.
Armazenamento de carnes processadas:
Lotes de até 10 cm a uma Tª de até 4º C por até 72 horas.
Identificação e prazo de validade.
Carnes e Aves
42
Moluscos e Peixes
Carga microbiana variável (qualidade da água de origem - hepatite A, coliformes e outras bactérias Pseudomonas, Moraxella, Acinetobacter e Flavobacterium).
Deterioração rápida.
43
Leite
Microrganismos do úbere da vaca, equipamento de ordenha, ar ambiente ou pessoal.
Streptococcus lactis, Streptococcus, Staphylococcus e Enterococcus
Pode ser contaminado durante a produção por brucelose, tuberculose entre outras.
Usar leite pasteurizado.
44
Ovos e Enlatados
Ovos
Recentemente posto é estéril internamente.
Contaminação: casca após a postura por Salmonella, e depois, gema.
Cozinhar ou pasterurizar.
Enlatados
Contaminação por falhas no processamento ou na embalagem.
Lavar a lataria antes de sua abertura.
Após aberto armazenar em outra embalagem sob refrigeração.
12
45 46
Farinhas, Açúcares e Doces
Farinhas Baixa umidade = baixa contagem microbiana
(contaminação por bolores e Bacillus).
Açúcares e doces Baixa umidade = baixa contaminação.
Aumento da umidade = contaminação fúngica. Bacillus e Clostridium, ainda Torula sp., entre outros.
47
Fontes de Contaminação Alimentar
Solo e água (superfície dos alimentos -Pseudomonas, Corynebacterium, Xantomonas, fungos).
Utensílios e manipuladores de alimentos (mãos contaminadas).
TGI do homem e animais (MC enteropatogênicos).
Ração animal contaminada (Salmonella, Shigella e Campylobacter).
48
Fatores que contribuem para a contaminação Alimentar
Profissionais infectados Contaminação cruzada Equipamentos contaminados. Umidade ou inundações Tempo/temperatura inadequados
(cocção/reaquecimento de alimentos). Características dos alimentos (umidade, sal, açúcar,
conservantes ou antibióticos). Armazenamento e/ou resfriamento inadequados Demora entre preparo e consumo
13
49
DVPA - Doenças Veiculadas Por Alimentos
“Síndrome ou doença originada pela
ingestão de alimentos e/ou água
contaminados”
50
51
DVPA - Doenças Veiculadas Por Alimentos
Fatores que determinam a ocorrência de doença
Rompimento do equilíbrio entre flora endógena e invasora
Grande inóculo.
Imunidade prejudicada.
Microrganismo altamente virulento.
Fatores relacionados ao microrganismo
Variedade genética, mecanismos patogênicos.
Interação do alimento com o microrganismo.
Suscetibilidade do microrganismo ao pH.
Interação com outros microrganismos.
52
DVPA - Doenças Veiculadas Por Alimentos
Fatores Relacionados ao Hospedeiro Idade.
Gestação.
Disfunção metabólica
Estado nutricional.
Quantidade de alimento ingerido.
Variações no pH gástrico (medicamentos, variações expontâneas - acloridria).
Déficit imunológico.
Uso de antimicrobianos de amplo espectro.
14
53
DVPA - Doenças Veiculadas Por Alimentos
“Em geral as doenças veiculadas por alimentos são auto-limitadas, no entanto pode haver disseminação para o trato urinário, sistema nervoso central entre outros tecidos levando o indivíduo á morte.”
54
Acho que estou tendo um surto....Por onde começar?
55
Investigação de Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
Identificar sintomas predominantes Em geral gastrointestinais (90%): determinar
características das fezes. Podem ocorrer.... Síndromes neurológicas. Síndromes ictéricas. Síndromes renais e hemolíticas. Quadros alérgicos e sepse
56
Investigação de Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
Fazer diagnóstico diferencial: Quadro infeccioso???
Má absorção intestinal por desnutrição calórico-protéica ou hipoalbuminemia??
Uso de medicamentos: digitálicos, laxativos, aminofilina, potássio e fósforo ou antimicrobianos por tempo prolongado???
Doenças irritativas da mucosa intestinal??
15
57
Investigação de Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
População envolvida.
Duração dos sintomas.
Realizar inquérito alimentar.
Período de incubação da doença.
Identificar o agente causador e causa do surto.
58
Causas de Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
4,6%Equipamento contaminado
5,2%Má higiene dos manipuladores
7,4%Instalações deficientes
22,3%Alimentos preparados há mais de 24h
24,8%Manipuladores infectados/colonizados
70,8%Refrigeração inadequada
PorcentagemCausa
59
Surtos de DVPA – Principais Microrganismos
66%1.51277%40Com identificação
10%2202%1Outras bactérias
2%482%1Campylobacter jejuni
2%542%1Bacillus cereus
4%876%3Shigella sp.
12%2858%4S. aureus
7%
29%
% do total
11%
46%
% do total
1656C. perfringens
65324Salmonella sp.
Surtos surtosMicrorganismo
OutrosHospitaisEtiologia
CDC – Dados de 1985 a 1990 (Europa e EUA)60
Surtos - Fatores Associados
+++++++Leite fresco53Campylobacter jejuni
+++++++Carnes e
aves 166
Clontridiumperfringens
++++++++Grãos 56Bacilluscereus
+++++++Carnes, saladas
93Shigella
+++++++Vegetais e
peixes200
Clostridium botulinum
++++++++Carnes e massas
305S. aureus
+++++++++Carne, aves,
ovos, 721
Salmonella sp.
Equipamento
ContaminadoHigiene pessoal
TªpreparoalimentosSurtosEtiologia
CDC – Dados de 1975 a 1987 (EUA)
16
61
Escherichia coli
62
DVPA - Principais Microrganismos
Escherichia coli: Patógeno – E. coli Gram negativo, não esporulado
anaeróbio facultativo, microrganismo mais isoladoem laboratórios de microbiologia, possui vários sorotipos:
ETEC - E. coli enterotoxigênica.
EPEC - E. coli enteropatogênica.
EHEC - E. coli Entero-hemorrágica.
EIEC – E. coli enteroinvasora.
63
MC em fezes ou tecidos
Variável, autolimitada
10 UFCToxina –inflamação
Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarréia, febre
12 a 72hEIEC
MC ou toxina em fezes ou alimentos
~ 8d, autolimitada
10 UFCVerotoxinadestruiçãotecidual
Diarréia sanguinolenta febre, púrpura
3 a 8dEHEC
IdemIdem106 UFCToxina e destruição tecidual
Idem9 a 12 hEPEC
MC em fezes, tecidos ou alimentos
Variável, autolimitada
106 UFCToxina
Diarréia aquosa, náuseas, vômitos
10 a 72hETEC
DiagnósticoDuraçãoInóculoCausa dos sintomas
SintomasIncubação
64
Salmonella sp.Shigella sp.
17
65
DVPA - Principais Microrganismos
Salmonella sp: Gram negativo, não esporulado anaeróbio facultativo.
Shigella sp: Gram negativo, não esporulado anaeróbio facultativo, altamente virulento.
66
idemConforme tratamento
10 UFC
Invasão da mucosa e destruição tecidual. (enterotoxina e toxina Shiga)
Febre, cãibras, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia sanguinolenta ou mucosa
12 a 50hShigella
Sorologia ou cultura de fezes
1 a 2d104 a 107
UFC
Inflamação da mucosa do ID e toxinas
Náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia, febre.Artrite - 3 a 4 semanas
6 a 72hSalmonella
DiagnósticoDuraçãoInóculoCausa dos sintomas
SintomasIncubação
67
L. monocytogenes Bacillus cereus
68
DVPA - Principais Microrganismos
Listeria monocytogenes: Gram positivo, não esporulado microaerófilo.
Bacillus cereus: Gram positivo, aeróbio
facultativo não esporulado.
18
69
Cultura de fezes, vômito ou alimento
24h106
UFCToxinasNáuseas,
vômitos, espasmos abdominais
6 a15h B. cereus
Cultura de sangue, LCR, fezes.Difícil crescimento
Variável. Pode ser fatal
103
UFCInvasão e irritação tecidual
Coloniza TGI –translocação(sangue, SNC)Cefaléia, náuseas, vômitos, febre, meningite
1d a 3semL. monocitogenes
DiagnósticoDuraçãoInóculoCausa dos sintomas
SintomasIncubação
70
C. perfringens S. aureus
71
DVPA - Principais Microrganismos
Staphylococcus aureus: diplococo Gram positivo, não esporulado, anaeróbio facultativo.
Clostridium perfringens: Gram negativo, esporulado anaeróbio.
72
Toxina nas fezes ou MC em alimentos ou fezes.
24h a 2 semanas
108
UFCToxina
Dor abdominal, diarréia, desidratação
8 a 22h C. perfringens
Epidemiológico, análise de alimentos -toxina.
~ 2d
106
UFC –1mcg toxina
Toxina
Náusea, vômito, dor abdominal, sepse
1 a 7hS. aureus
Diagnóstico
DuraçãoInóculo
Causa dos sintomas
SintomasIncubação
19
73
C. botulinum C. jejuni
74
DVPA - Principais Microrganismos
Clostridium botulinum: Gram positivo, esporulado anaeróbio, neurotoxina potente mas destruída a 80ºC por 10 minutos.
Campilobacter jejuni: Gram negativo, não
esporulado microaerófilo.
75
Fezes -cultura com ATB e pouco O2
7 a 10d104
UFCInvasão?
Diarréia sanguinolenta, febre, dor abdominal, náusea, cefaléia, mialgia
2 a 5d C. jejuni
Toxina (sangue, fezes, ou alimentos).neutralização no rato, 48h. Cultura, 5 a 7d
Dias a 1 ano
Namograms de toxina
Toxina –bloqueio nervoso
Náuseas, vômitos, vertigens, dificuldade de deglutição, paralisia respiratória. Óbito 35 a 60%
18 a 36h (casos c/ 4h e 8d)
C. botulinum
DiagnósticoDuraçãoInóculoCausa dos sintomas
SintomasIncubação
Alimentos, hospedeiro e prevenção doenças veiculadas por alimentos
20
77
IdemSaladas, leite e legumes
TGI humano e moscas
Shigella
IdemCarnes, leite, ovos
IdemSalmonella
IdemÁgua, aves, carnes, leite, ovos
IdemEIEC
IdemSuco, queijo, leite, embutidos, alface, carnes
IdemEHEC
IdemIdemIdemEPEC
Pasteurização e boas práticas
Carnes, leite e queijo.
TGI humano e animal
ETEC
PrevençãoAlimentoHospedeiro
78
Pasteurização e água cloradaÁgua, leite e derivados, suínos, carneiros.
Animais, solo e TGI humano.
C. jejuni
Não utilizar enlatados caseiros, controle de Tª dos alimentos.
Alimentos com pH até 4.5, enlatados, carnes, ovas de peixe.
Animais (TGI) e soloC. botulinum
Controle de Tª dos alimentosCarne e legumes resfriados lentamente
Animais, solo e TGI humano.
C. perfringens
Boas práticas, afastar funcionários com lesões de pele
Alimentos muito manipulados
Leite, alimentos, equipamentos, col. humana (50% dos saudáveis)
S. aureus
Idem
Alimentos desidratados, leite em pó, farinha, carne.
Solo, sementes e cereais.
B. cereus
IdemLeite, queijo,vegetais, carnes
Solo, água, homem, leite e urina de animais
L.monocitogenes
PrevençãoAlimentoHospedeiro
79
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
Botulismo Outubro de 1987, 8 casos de botulismo, um óbito. Dois em
Nova Iorque e 6 em Israel. Causa: consumo de salgadinho industrializado produzido em Nova Iorque.
Agosto de 1993, 14 casos, na Itália todos associados ao consumo de sanduíche de berinjela conservada em óleo onde foi encontrada toxina.
Dados do CDC80
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
Botulismo
Brasil no ano de 2004: 16 casos suspeitos, 5 confirmados e 4 óbitos. Em apenas um caso foi identificado o fator de risco relacionado e a fonte do alimento: comida proveniente do lixo.
Dados do Boletim do CVS – jan/2005
21
81
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos Staphylococcus aureus
1989,vários casos associados ao consumo de cogumelos enlatados nos EUA .
Mississippi, 22 pessoas com sintomas de gastroenterite; Nova Iorque 48 casos; Pensilvania 32 casos, todos associados a ingestão de cogumelos enlatados.
Encontrada enterotoxina estafilocócica tipo A em uma amostra dos cogumelos ingeridos pelos envolvidos.
CDC MMWR, Vol. 38: 23-24, 1989.82
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos Surto de Salmonella nos EUA
Duração: 08/2006 a 02/2007 60% dos casos notificados após 01 de dezembro de
2006 329 infectados em 41 Estados americanos 21 hospitalizações. Investigação CDC - Centers for Disease Control and
Prevention e o U.S Food and Drug Administration(FDA),
CDC MMWR, Vol. 38: 23-24, 1989.
83
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
Estudo epidemiológico comparando alimentos consumidos. Peter Pan manteiga de amendoim.
Grandes quantidades de Salmonella Tennessee, com sorotipo idêntico ao encontrado em pacientes infectados.
– FDA e CDC retiram do mercado manteiga de amendoim fabricada após maio de 2006.
CDC MMWR, Vol. 38: 23-24, 1989. 84
Estados com casos relatados
22
85
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
Surto de Diarréia entre funcionários (Hospital da Grande São Paulo, 2001).
População exposta: 355
População Sintomática: 101
Taxa de ataque: 28%
86
0
10
20
30
40
50
60
70
Sintomas
Sintomas 70 58 42 11 9
Cólicas Diarréia Naúseas Vômitos Febre
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
87
Início sintomas
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
11/jan 12/jan 13/jan 14/jan 15/jan 16/jan 17/jan 18/jan 19/jan 20/jan sem inf.
Início sintomas
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
Qual seria o alimento suspeito??
88
Surtos de Doenças Veiculadas Por Alimentos
Refeição Risco relativo Qui-quadrado p Significância
12/jan 2,50% 19,95 0,0000080 Sim
13/jan 1,62% 7,12 0,0076406 Sim
14/jan 1,60% 6,95 0,0083978 Sim
15/jan 0,70% 2,48 0,1152895 Não
Restaurante (outros) 1,25% 1,30 0.2539719 Não
23
89
Refeição Risco relativo Qui-quadrado p Significância
Almoço 12/jan 1,81 12,13 0,0004964 Sim
Jantar 12/jan 1,48 2,17 0,1408788 Não
Ceia 12/jan 1,64 3,67 0,0553289 Não
Suco 12/jan 2,29 22,66 0,0000019 Sim
Almoço 13/jan 1,71 10,24 0,0013752 Sim
Jantar 13/jan 1,32 1,09 0,2972174 Não
Ceia 13/jan 0,80 0,40 0,5281314 Não
Suco 13/jan 1,98 15,95 0,0000651 Sim
Almoço 14/jan 1,40 4,05 0,0442098 Sim
Jantar 14/jan 0,98 0 0,9586843 Não
Ceia 14/jan 1,71 5,57 0,0182728 Sim
Suco 14/jan 1,92 15,11 0,0001013 Sim
90
Responsabilidade Técnica
Nutricionista durante todo o período de funcionamento
Responsabilidades do nutricionista Avaliação nutricional e prescrição de dietas
Elaboração, implantação e manutenção das boas práticas de produção.
Monitoramento de produção e treinamento da equipe.
Mensuração de temperaturas, programação e realização de análises microbiológicas.
91
Responsabilidade Técnica
Análises Microbiológicas Amostras diárias (100g - 150g) de cada preparação,
coletadas com utensílio desinfetado em água fervente.
Manter sob refrigeração ( 2ºC a 4ºC ) por 3 dias ou congeladas -18ºC.
92
Lactário
24
93
Unidade responsável por fórmulas lácteas e nutrição enteral.
Controle de qualidade é fundamental
Clientela atendida Extremos de idade,
Sistema imunológico alterado,
Sistema celular e enzimático comprometido e pior resposta ao agente invasor
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000. 94
Dietas Enterais e Lácteas
Nutrição enteral Administração de nutrientes através de sondas locadas
no TGI.
Deve manter o equilíbrio entre a quantidade (volume), qualidade (constituição) e variedade (composição).
Podem ser naturais ou industrializadas.
Quando utilizados alimentos in natura, devem ser processadas em local separado do lactário.
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000.
95
Que tipo de dieta usar?
96
Instalações Físicas
Área exclusiva, afastada de áreas contaminadas e próximo ao berçário e pediatria.
Local claro com ventilação adequada. Janelas teladas.
Área exclusiva para de recebimento da prescrição dietética
Ante-sala Paramentação e higienização das mãos. Provida de pia e torneira que não necessite o toque das
mãos, papel toalha, escovas para unha de uso único e sabonete anti-séptico.
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000.
25
97Área para higiene pessoal dos funcionários – armários para objetos pessoais
98
Instalações FísicasÁrea de higienização
Recepção, lavagem, sanitização e esterilização (álcool 70%, calor úmido...)
A comunicação por guichês.
Usar luvas de borracha distintas para a lavagem do material e retirada da solução sanitizante.
Área de produção Manipulação envase e distribuição de fórmulas
Exclusiva fórmulas lácteas e enterais.
Obrigatório o uso de barreiras de contaminação (gorro, avental de manga longa, máscara e luvas)
Higienização das mãos com solução antisséptica.
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000.
99
Controle de QualidadeManipulação
Processo isento de riscos infecciosos – minimizar a manipulação e enfatizar a higienização das mãos.
Usar água estéril ou fervida no preparo. Controle microbiológico da água se não estéril
Não congelar (validade de 24 horas a 4ºC).
Limpeza e desinfecção de superfícies (hipoclorito 250 ppm ou álcool a 70%).
Transporte da NE em recipientes térmicos exclusivos (Tª de 2°C a 8°C durante o transporte). Não ultrapassar 2 horas.
Controle microbiológico Amostra representativa de cada sessão de manipulação –
armazenar por 72h.
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000. 100
Controle de Qualidade
Administração Uso de bombas de infusão, quando
recomendado Adequadas à administração da NE, em número
suficiente, calibradas e com manutenções periódicas.
Limpeza periódica e desinfecção
Antes do uso, verificar quanto às condições de limpeza e funcionamento.
Manter registros de limpeza, desinfecção, calibração e manutenção.
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000.
26
101
Controle de Qualidade
Utensílios e equipamentos Limpeza rigorosa de mamadeiras e utensílios.
Pode-se usar produtos enzimáticos.
Sanitização das mamadeiras e utensílios (autoclave ou hipoclorito a 250 ppm)
Escorrer artigos completamente e imergí-los na solução.Álcool 70% para frascos e embalagens de produtos
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000. 102
Complicações das dietas enterais
Diarréias infecciosasE. coli, Salmonella sp, Clostridium sp, S. aureus, Bacillus cereus e Kelbisiella.Incidência de 2.3% a 6.8% Importante investigar a causa.
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000.
103
Complicações das dietas enterais
Diarréias não infecciosas Comprometimento da absorção intestinal (desnutrição ou
hipoalbuminemia)
Medicamentos Infusão rápida da dieta Hiperosmolaridade da solução
Complicações mecânicas devido ao uso de sonda Sinusite, otite, rouquidão, ulceração gastroesofágica,
estenose de esôfago.
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000. 104
Controle de Complicações
Lavar a sonda após a administração de dietas ou medicamentos.Higienizar as mãos antes e após manipulação do sistema.
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000.
27
105
Controle de Qualidade
Rótulos Todos os produtos processados/estocados
Frasco de dieta: nome do paciente, data e hora de preparo, validade, composição, velocidade de administração responsável técnico.
Funcionários Qualificados e treinados (técnicas de preparo,
cuidados corporais, e exame de saúde periódico)
Unhas curtas e sem esmalte
Não é permitido uso de adornos ou perfumes
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000. 106
Controle de Qualidade
Paramentação Sapato fechado ou botas,
Avental fechado ou macacão com mangas compridas, decote fechado,
Gorro ou touca e máscara.
Substituir a cada turno de trabalho
ANVISA - RDC N° 63, DE 6 DE JULHO DE 2000.
107
Banco de Leite Humano
108
Banco de Leite Humano e/ou Posto de Coleta Obrigatoriamente vinculado a um serviço de saúde licenciado
pela Vigilância Sanitária.
Deve possuir um responsável técnico
Competências do BLH:
Ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.
Assistência a gestante, puérpera, nutriz e lactente.
Controle clínico da doadora.
Seleção e classificação do LH.
Processamento, controle de qualidade e distribuição do LH
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
28
109
Posto de Coleta
Desenvolver ações de promoção do aleitamento materno Assistência à gestante, puérpera, nutriz e lactente
Gestante Orientação sobre amamentação, medidas de prevenção de doenças
Puérpera, nutriz e lactente Autocuidado com a mama e cuidados ao amamentar Pega, ordenha, coleta e armazenamento do leite ordenhado no
domicíliocuidados Utilização do leite humano ordenhado cru (LHOC) e/ou pasteurizado
(LHOP).
Controle clínico da doadora Coleta e armazenamento do LH Registro das etapas do processo (rastreabilidade)
110
Banco de Leite Humano
Controle de qualidade do processo.
Confecção de manual de rotinas detalhado Coleta, pasteurização, armazenamento, porcionamento, distribuição. Higiene do ambiente e processamento de artigos
Desenvolvimento de um sistema de informação de registro das doadoras, receptores e produtos disponível a VS.
Registrar as etapas do processo para garantir a rastreabilidade
Vedado ao profissional atuar em outras áreas simultaneamente
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
111
Banco de Leite Humano
Ambiente do BLH: Fluxo unidirecional
Área restrita
Piso, paredes teto laváveis.
Limpo e sanitizado antes de cada turno de trabalho.
Na coleta domiciliar, orientar escolha de um local tranqüilo, evitando riscos de contaminação.
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
112
Banco de Leite HumanoAmbiente do BLH:
Sala para recepção, registro e triagem das doadoras - área mínima de 7,5 m².
Área para estocagem de leite cru – mínimo de 4 m²,
Para BLH com produção de até 60 L/mês, estocagem pode ser feita na sala de processamento (área específica de com geladeira ou freezer exclusivos).
Área para arquivo de doadoras.
Sala para ordenha, com 1,5 m² por cadeira de coleta.
Sala para processamento: área mínima de 15 m², (degelo, seleção, classificação, reenvase, pasteurização, estocagem e distribuição).
Laboratório de controle de qualidade microbiológico: área mínima de 6 m²,
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
29
113
Banco de Leite Humano
Principais equipamentos e materiais Dispor de manual de funcionamento e registros de
manutenção preventiva.
Freezer vertical com painel luminoso com indicador de funcionamento, distantes de fonte de calor e de incidência de luz solar direta, a 20 cm da parede e/ou outro equipamento.
Refrigerador
Banho-maria para degelo: com controlador de Tª regulado a 40ºC; em aço inox; estrutura em monobloco; cantos arredondados, polida e isolada termicamente.
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008 114
Banco de Leite Humano
Principais equipamentos e materiais Banho-maria para pasteurização: idem ao anterior +
galheteiro removível; controlador digital de tempo e temperatura da pasteurização; sistema de circulação de água por bomba e potência mínima de 3.500 watts.
Equipamentos para laboratório
Caixas isotérmicas
Resfriador para LHOP: em aço inox; estrutura em monobloco; cuba polida e cantos arredondados; serpentina fixada internamente; cuba isolada; controlador de temperatura e sensor de alta sensibilidade
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
115
Banco de Leite Humano
Biossegurança EPI: gorro, máscara, óculos, avental e luvas de
procedimento
“A doadora deve usar gorro, máscara e avental fenestrado durante a coleta”
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
Atenção!leite humano é
um material biológico
116
Banco de Leite Humano
Todos os utensílios usados na coleta devem ser estéreis.
Ordenha manual – preferencial (+ efetiva, barata, menos dolorosa e reduz riscos de contaminação) Dispor sobre a mesa o material esterilizado. Desprezar os primeiros jatos. Identificar o frasco
Ordenha com bombas manuais (difícil limpeza Segue os mesmos cuidados da manual. Evitar que o leite tenha contato com a “pera” de
borracha.
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
30
117
Banco de Leite Humano
Ordenha domiciliar
Orientar higiene das mãos.
Evitar conversar durante a ordenha.
Usar recipientes fervidos por 15 minutos.
Pré-estocagem Refrigerador 5ºC: 12 horas
Congelador da geladeira ou freezer -3ºC: 15 dias.
Usar frascos com boa vedação.
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
118
Banco de Leite Humano
Transporte
Refrigerado - até 5º C Congelado - até - 1ºC Em até 6 horas. Embalagens isotérmicas exclusivas (material liso que
permitam desinfecção) – climatizar por 30 min. 3L de gelo para cada litro de leite
Veículo higienizado exclusivo para este fim no momento do transporte.
Utilizar gelo reciclável
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
119
Banco de Leite Humano
Pasteurização Obrigatória Manter 62,5ºC por 30 min., resfriar a 5ºC ou menos. Quarentena até análise microbiológica.
Estocagem Monitorização diária de temperatura - início e término de cada turno. Freezer exclusivo para este fim (separar leite congelado do
pasteurizado). LHC congelado tem validade de 15 dias (a partir da 1ª coleta) a -3ºC. LHC refrigerado é válido por 12 horas sob até 5ºC. LHP congelado até 6 meses sob até -3ºC. LHP após descongelado é válido por 24 horas sob até 5ºC.
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
120
Banco de Leite Humano – controle de qualidade Boas práticas Controles internos e externos documentados e
monitorados. Observar e registrar:
Acidez do leite (acidez Dornic) menor que 8ºC. Sujidade e alteração de cor. Quantidade de gordura e valor calórico. Controle microbiológico
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
31
121
Banco de Leite Humano – controle de qualidade
Detecção de coliformes totais Inoculação de 4 alíquotas
de 1 mL em tubos com 10 mL de caldo bile verde brilhante (5%)
Incubar a 36ºC por 24 a 48h,
Presença de gás = resultado positivo.
Repicar tubo positivo em meio a 4% por 48h
122
Banco de Leite Humano
Distribuição Vinculada a prescrição médica ou do nutricionista.
Inscrição do receptor no BLH.
Critérios de prioridade Prematuros e Rns de baixo peso que não sugam.
Recém nascidos infectados (enteroinfecções).
Portadores de deficiência imunológica.
Portadores de alergia à proteína heteróloga.
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008
123
Resumindo....Para manter a qualidade e a segurança noServiço de Nutrição e Dietética mantenha o ambiente diferente disto...
124
32
125
Banco de Leite Humano – doenças virais
Resolução RDC nº 171, de 04 de setembro de 2006 ( Versão Republicada - 26.09.2008)Banco de leite humano, funcionamento, prevenção e controle de riscos – ANVISA 2008