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1 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL Rio de Janeiro, outubro de 1999

Historico Defesa Civil Bombeiro

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história da defesa civil no brasil e no rio de janeiro

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL

Rio de Janeiro, outubro de 1999

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SUMÁRIO SUMÁRIO..........................................................................................................1 PREFÁCIO.........................................................................................................4 INTRODUÇÃO: os Grandes Desastres.............................................................5 CAPÍTULO I – AS CONSTITUIÇÕES 1 - CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824..........................................................8 2 - CONSTITUIÇÃO DE 1891............................................................................8 3 - CONSTITUIÇÃO DE 1934...........................................................................8 4 - CONSTITUIÇÃO DE 1937..........................................................................10 5 - CONSTITUIÇÃO DE 1946..........................................................................10 6 - CONSTITUIÇÃO DE 1967..........................................................................11 7 - EMENDA CONSTITUCIONAL DE 1969.....................................................12 CAPÍTULO II – LEGISLAÇÕES FEDERAIS 1 – A DEFESA PASSIVA ANTIAÉREA E A DEFESA CIVIL...........................13 DECRETO-LEI N.º 4.098 – DE 06 DE FEVEREIRO DE 1942 - Define, como encargos necessários à defesa da Pátria, os serviços de defesa passiva antiaérea..........................................................................................................13 DECRETO-LEI N.º 4.624 – DE 26 DE AGOSTO DE 1942 - Cria o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea e dá outras providências.......................................16 DECRETO-LEI N.º 4.716 – DE 21 DE SETEMBRO DE 1942 – Dispõe sobre a criação e organização da Diretoria Nacional de Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, com sede no Distrito Federal, e dá outras providências................17 DECRETO-LEI N.º 4.800 – DE 06 DE OUTUBRO DE 1942 - Torna obrigatório o ensino da defesa passiva e dá outras providências.....................................17 DECRETO N.º 12.628 – DE 17 DE JUNHO DE 1943 - Regulamenta a execução do decreto-lei n.º 4.098, de 06 de fevereiro de 1942......................18 DECRETO-LEI 5.861 DE 30 DE SETEMBRO DE 1943 - Modifica a denominação de Defesa Passiva Antiaérea...................................................22 DECRETO-LEI N.º 9.370 – DE 17 DE JUNHO DE 1946 - Extingue o Serviço de Defesa Civil e dá outras providências.........................................................23 2 - A REFORMA ADMINISTRATIVA DE 1967................................................24

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DECRETO-LEI Nº. 200 – DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967 - Dispõe sobre a organização da Administração Federal estabelece diretrizes para a reforma Administrativa .................................................................................................24 3 - PLANO NACIONAL DE DEFESA CONTRA AS CALAMIDADES PÚBLICAS.......................................................................................................26 DECRETO N.º 64.568 – DE 22 DE MAIO DE 1969 – Cria Grupo de trabalho para elaborar o Plano de defesa permanente contra as calamidades públicas............................................................................................................27 DECRETO Nº 64.932, DE 05 DE AGOSTO DE 1969 - Altera o Grupo de Trabalho criado pelo Decreto nº 64568 de 22 de maio de 1969.....................28 4 - O FUNDO ESPECIAL DE CALAMIDADES PÚBLICAS - (FUNCAP)........28 DECRETO – LEI Nº. 950 DE 13 DE OUTUBRO DE 1969 - Institui no Ministério do Interior o Fundo Especial para Calamidades Públicas (FUNCAP), .........................................................................................................................28 DECRETO Nº 66.204 – DE 13 DE FEVEREIRO DE 1970 - Regulamenta o Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP – e dá outras providências.....................................................................................................29 5 - O GRUPO ESPECIAL PARA ASSUNTOS DE CALAMIDADES PÚBLICAS - (GEACAP).....................................................................................................31 DECRETO N.º 67.347 – DE 05 DE OUTUBRO DE 1970 - Estabelece diretrizes e normas de ação para defesa permanente contra as calamidades públicas, cria o Grupo Especial- GEACAP.....................................................32 6 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO DO FUNCAP.....................................................36 DECRETO-LEI 68.718 – DE 07 DE JUNHO DE 1971 - Altera o Decreto n.º 66.204 , de 13 de fevereiro de 1970, que regulamentou o Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP...................................................................36 7 - CRIAÇÃO DA SECRETARIA ESPECIAL DE DEFESA CIVIL – (SEDEC)..........................................................................................................37 DECRETO N.º 83.839 – DE 13 DE AGOSTO DE 1979 - Dispõe sobre a estrutura básica do Ministério do Interior, e dá outras providências...............37 8 - SEGUNDA ALTERAÇÃO DO FUNCAP.....................................................41 DECRETO N.º 91.198 – DE 16 DE ABRIL DE 1985 - Altera a redação da alínea “a”, do artigo 12, do Decreto n.º 66.204 (1), de 13 de fevereiro de 1970, que regulamentou o Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP..........................................................................................................41 CAPÍTULO III – LEGISLAÇÕES DO ESTADO DA GUANABARA 1 – GRUPOS DE ESTUDOS...........................................................................43 DECRETO “E” N.º 1.114 – DE 06 DE JUNHO DE 1966 - Institui na Secretaria de Estado do Governo Grupos de Estudos para os fins que menciona, e dá outras providências..........................................................................................43

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2 – PLANO DIRETOR DE DEFESA CIVIL......................................................44 DECRETO N.º 722 – DE NOVEMBRO DE 1966 - Aprova o Plano Diretor de Defesa Civil e dá outras providências..............................................................44 3 - TRABALHO DA ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA.................................51 4 – ORGANIZAÇÃO DA COMISSÃO CENTRAL DE DEFESA CIVIL............ 53 DECRETO “E” Nº 1.373 – DE 19 DE DEZEMBRO DE 1966 - Organiza a Comissão Central de Defesa Civil (CEDEC) e dá outras providências...........53 5 – APLICAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA CIVIL........................................54 DECRETO “N” nº 778 de 25 de janeiro de 1967 - Dispões cobre a aplicação do Sistema de Defesa Civil, e dá outras providências.....................................54 6 – ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA CIVIL................................................................................................................55 DECRETO N.º 946 – DE 12 DE OUTUBRO DE 1967 - Altera e consolida o sistema estadual de defesa civil, reformula a estrutura da CEDEC, e dá outras providências..........................................................................................55 7 – REORGANIZAÇÃO E NORMAS DE FUNCIONAMENTO AO SISTEMA DE DEFESA CIVIL...........................................................................................63 DECRETO N.º 3.435 – DE 24 DE NOVEMBRO DE 1969 - Reorganiza e da normas de funcionamento ao Sistema de Defesa Civil no Estado da Guanabara.......................................................................................................63 CAPITULO IV - A DEFESA CIVIL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (ANTES DA FUSÃO) 1 – A CRIAÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE DEFESA CIVIL................................................................................................................70 DECRETO Nº 12.959, DE 07 DE JULHO DE 1967 – Cria a Comissão Permanente de Defesa Civil............................................................................70 2 - A ESTRUTURAÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE DEFESA CIVIL................................................................................................................72 DECRETO Nº 13.002, DE 28 DE SETEMBRO DE 1967 – Estrutura a Comissão Permanente de Defesa Civil...........................................................72 3 - NOMEAÇÃO DO SECRETÁRIO EXECUTIVO DE DEFESA CIVIL................................................................................................................77 DECRETO Nº 13.084, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1967- Nomeia para as funções de Secretário Executivo da Comissão Permanente de Defesa Civil..................................................................................................................77 CAPITULO V – O ATUAL ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1 - A FUSÃO....................................................................................................78 LEI COMPLEMENTAR Nº 20, DE 01 DE JULHO DE 1974 ...........................78

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2 - A ESTRUTURA BÁSICA DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA..........................................................................................................79 DECRETO Nº 11 – De 15 de março de 1975 - Estabelece a competência, aprova a estrutura básica da Secretaria do Estado de Segurança Pública e dá outras providências................................................................................79 3 - AS DIRETRIZES DE AÇÃO.......................................................................83 DECRETO Nº 529, de 23 de dezembro de 1975 - Estabelece diretrizes de ação no caso de ocorrência de fato adverso e dá outras providências...........83 4 - CRIAÇÃO DAS COORDENADORIAS REGIONAIS..................................84 PORTARIA Nº 01, DE 05 DE FEVEREIRO DE 1981 – Criação das Coordenadorias Regionais de Defesa Civil e designação dos Coordenadores................................................................................................84 5 - COMPETÊNCIA E ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA BÁSICA DA SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA.............................85 DECRETO Nº 4.691, DE 14 DE OUTUBRO DE 1981 - Altera a competência e a estrutura básica da Secretaria de Estado de Segurança......................85 6 - CRIAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL................................................................................................................88 LEI N.º 689 – DE 29 DE NOVEMBRO DE 1983 - Altera a estrutura básica da Administração Direta do Poder Executivo e dá outras providências.....................................................................................................88 7 - COMPETÊNCIA E ESTRUTURA BÁSICA DA SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL...........................................................................................90 DECRETO N.º 7451 – DE 03 DE AGOSTO DE 1984 - Estabelece a competência, dispõe sobre a estrutura básica de Secretaria de Estado da Defesa Civil .....................................................................................................90 8 - CRIAÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO PARA RECUPERAÇÃO E OBRAS DE EMERGÊNCIA – GEROE..........................................................................94 DECRETO Nº 11.131– DE 30 DE MARÇO DE 1988 – Institui o Grupo Executivo para recuperação e obras de emergências – GEROE...................94 9 - CRIAÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO DE AÇÕES EMERGENCIAIS – GREAE............................................................................................................97 DECRETO Nº 12.326 – DE 24 DE NOVEMBRO DE 1988 – Cria o Grupo Executivo de Ações Emergenciais – GREAE..................................................97 CAPITULO VI – A ATUALIDADE 1 – A CONSTITUIÇÃO DE 1988.....................................................................99 2 – O ANTIGO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA CIVIL...........................101 DECRETO N. 97.274 – DE 16 DE DEZEMBRO DE 1988 - Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC, é dá outras providências...................................................................................................101 3 – O ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE DEFESA CIVIL...................103

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DECRETO N.º 795, DE 13 DE ABRIL DE 1993 - Atribui à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) o acompanhamento e a avaliação das ações de defesa civil, na área de sua atuação......................................106 4 – O ATUAL SISTEMA NACIONAL DE DEFESA CIVIL – SINDEC............106 DECRETO N.º 895, DE 16 DE AGOSTO DE 1993 - Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC), e dá outras providências...................................................................................................106 5 – REGULAMENTAÇÃO DO FUNDO ESPECIAL DE CALAMIDADES PÚBLICAS.....................................................................................................111 DECRETO N.º 1.080, DE 08 DE MARÇO DE 1994 - Regulamenta o Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP, dá outras providências...................................................................................................111 6 – EXTINÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL - SEDEC...........................................................................................................113 DECRETO Nº 21.258 – DE 01 DE JANEIRO DE 1995 - Estabelece a nova estrutura do poder executivo e dá outras providências................................ 113 7 – ESTRUTURA DA SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA........................................................................................................114 DECRETO Nº 21.501 – DE 19 DE JUNHO DE 1995 - Altera e consolida a estrutura básica da Secretaria de Estado de Segurança Pública- SSP e dá outras providências....................................................................................... 114 8 – O SISTEMA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL - SIEDEC..........................115 DECRETO N.º 22.305, DE 28 DE JUNHO DE 1996 - Dispõe sobre a organização do Sistema Estadual de Defesa Civil, e dá outras providências...................................................................................................115

9 – RECRIAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL - SIEDEC..........................................................................................................117 DECRETO Nº 25.162 – DE 01 DE JANEIRO DE 1999 - Estabelece a nova estrutura do poder executivo e dá outras providências.................................117

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PREFÁCIO

O presente trabalho tem como objetivo principal estabelecer

as origens históricas da Defesa Civil no Brasil, seja no âmbito Federal, seja no, Estadual.

A partir de uma pesquisa minuciosa, estes autores,

levantaram todas as Constituições, desde a de 1824, a do Império, até a última, a Constituição Cidadã, de 1988, passando por legislações na esfera da União, dos antigos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro; e o atual Estado do Rio de Janeiro.

Na realidade, servirá de subsídio para o pleno entendimento

da legislação estabelecida, após 1988, a qual tomamos como marco, tendo em vista estar, em plena vigência, a Constituição de 1988, sendo esta a lei maior que orienta todas as outras em nosso País.

Não é nossa intenção estabelecer ou modificar os destinos e,

até mesmo, a cronologia já mencionada, mas, tão-somente, orientar, pela falta que nós sentimos em termos de conhecermos as nossas raízes profissionais, pois entendemos que sem passado não há presente, não há futuro.

Entendemos também que esta publicação será de grande

valia para aqueles que necessitem de fontes fidedignas para pesquisas, motivo pelo qual não foram inseridos nenhum comentário mais profundo a respeito do material apresentado.

Agradecemos ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do

Rio de Janeiro, “ponta-de-lança” das emergências , a oportunidade de termos nas mãos o maior laboratório de práticas de Defesa Civil, pois, inegavelmente, a prática faz o Doutor.

Roberto Jorge Lucente – Maj BM QOC/82

Gilmar Manacez – Cap BM QOC/88

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INTRODUÇÃO

Apesar do que é dito, popularmente, que o Brasil é uma terra abençoada e que não temos problemas de desastres, isto não é uma realidade. Podemos constatar alguns ocorridos no Brasil: - 1563 - DESASTRE NATURAL, Registro do Padre Eugênio Galdim sobre as secas no Nordeste. Suas vítimas principais eram os índios; - 09/1711, DESASTRE NATURAL, grandes inundações no Rio de Janeiro, RJ;. - 1732, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio no Mosteiro de São Bento, Praça Mauá, Rio de Janeiro, RJ; - 04/04/1756, DESASTRE NATURAL, inundações, 03 dias de fortes chuvas, que provocaram inundações em toda cidade do Rio de Janeiro, RJ; - 24/08/1789, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio no recolhimento de N.Sª do Parto, atual Praça São José, Rio de Janeiro; - 10/02/1811, DESASTRE NATURAL, inundações, a catástrofe que castigou o Rio de Janeiro entre os dias 10 e 17 de fevereiro de 1811 ficou conhecida como "águas do monte”; - 17/03/1906, DESASTRE NATURAL, inundações , conhecido como um dos maiores que castigou a cidade. Naquele dia, 165 mm precipitaram em 24 horas. O trasbordamento do Canal do Mangue provocou alagamento em quase toda a cidade e houve desmoronamentos com mortes nos morros de Santa Teresa, Santo Antônio e Gamboa. - 1918, DESASTRE HUMANO, NATUREZA BIOLÓGICA, epidemia de gripe “espanhola”, em todo país nos principais centros urbanos; - 03/04/1924, DESASTRE NATURAL, inundações, fortes chuvas provocaram o trasbordamento do Canal do Mangue, inundação em vários bairros, além da Praça da Bandeira, e desabamentos de barracos, com vítimas, no Morro de São Carlos; - 20/02/1928, DESASTRE NATURAL, enchentes, Santos, SP,64 mortos,300 feridos; - 09/02/1938, DESASTRE NATURAL, inundação. A chuva de 136 mm alagou vários bairros e provocou desabamento de prédios com vítimas fatais. - 06/01/1942, DESASTRE NATURAL, inundação, 05 mortos, foram 132 mm de chuva, com um desabamento que soterrou cinco pessoas no Morro do Salgueiro; - 04/1952,DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, queda de avião, Pará, 50 mortos; - 06/05/1954, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, explosão, ilha do Braço Forte, Rio de Janeiro, DF, 23 mortos, Guarnição do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, sob o comando do Major Gabriel ao ser solicitada para debelar as chamas provenientes de um incêndio, de origem criminosa ocorrido na Ilha de Braço Forte, na Baía de Guanabara é surpreendido por violenta explosão trinta minutos após sua chegada matando diversos bombeiros e explodindo a lancha "General Cunha Pires"; - 31/05/1955, DESASTRE NATURAL, abalo sísmico, Serra do Trombador, MT, mag.6.6 esc. Ritcher; - 17/02/1956, DESASTRE NATURAL, deslizamento, Santos, SP, 64 mortos, 300 desabrigados.

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- 08/05/1958, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, colisão de trens, Estação da Mangueira, Rio de Janeiro, DF, 90 mortos,100 feridos. - 22/12/1959, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, queda de avião, Ramos, Rio de Janeiro,GB,60 mortos; - 20/12/1961, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio em circo, Centro de Niterói - barcas, RJ, 400 mortos, 200 feridos; - 15/01/1962, DESASTRE NATURAL, inundação, 25 mortos, centenas de desabrigados um temporal que totalizou 242 mm provocou o trasbordamento do Canal do Mangue e do Rio Maracanã e deslizamentos em vários pontos da cidade do Rio de Janeiro; - 28/07/1963, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio, Passeio Público, Rio de Janeiro, GB, 4 mortos,30 feridos, incêndio no edifício Astória no Centro do Rio de Janeiro - Cinelândia, ao lado do Edifício Serrador. - 02/01/1966, DESASTRE NATURAL, deslizamento, favela de Santo Amaro, Rio de Janeiro, GB, 60 mortos,100 feridos. - 02/01/1966, DESASTRE NATURAL, enchentes e deslizamentos, Estados GB e RJ, 250 mortos, - 20/01/1967, DESASTRE NATURAL, deslizamento, Laranjeiras, Rio de Janeiro, GB, 200 mortos,300 feridos, devido as fortes chuvas uma casa e dois edifícios foram soterrados. - 20/01/1967, DESASTRE NATURAL, enchentes e deslizamentos, Estados GB e RJ, 300 mortos; - 20/07/1970, DESASTRE NATURAL, enchente, Recife, PE, 194 mortos; - 04/02/1971, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, desabamento de pavilhão de exposições, Gameleira, Belo Horizonte, MG, 65 mortos; - 20/11/1971, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, queda de viaduto, Av. Paulo de Frontin - Estácio, Rio de Janeiro, GB, 26 mortos, 22 feridos; - 24/02/1972, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio, edifício Andraus - centro, São Paulo,SP,16 mortos, 400 feridos; - 18/08/1972, DESASTRE NATURAL, deslizamentos, Campos do Jordão, SP,40 mortos; - 20/12/1972, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, desabamento supermercado Ideal, Pilares, Rio de Janeiro, GB, 14 mortos, 100 feridos; - 01/02/1974, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio, edifício Joelma - Centro, São Paulo, SP, 189 mortos; - 01/1981, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, naufrágio de embarcação, Mazagão, AP, 291 mortos, 30 desaparecidos além das vítimas fatais; - 25/11/1981, DESASTRE NATURAL, deslizamentos, Estrada Rio-Teresópolis, RJ, 20 mortos; - 11/12/1981, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio no edifício Vale do Rio Doce, Rio de Janeiro, RJ, 90 feridos; - 13/03/1982, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, contaminação com produto químico Pentaclorofenato de Sódio conhecido como "“ Pó da China “", mercado São Sebastião, Rio de Janeiro,3 mortos; - 08/06/1982, DESASTRE NATURAL, vendaval, PR, 33 mortos,300 feridos; - 03/12/1982, DESASTRE NATURAL, inundação, 6 mortos causou deslizamentos no Morro do Pau da Bandeira, inundando várias ruas com o transbordamento do Rio Faria-Timbó;

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- 24/10/1983, DESASTRE NATURAL, inundação, Rio de Janeiro, 13 mortos, forte temporal com deslizamento de terra no Morro do Pavãozinho; - 25/02/1984, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, vazamento de gasolina, 700.000 litros, Vila Soco, Cubatão, SP, 508 mortos; - 1984, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio na favela Nicodemos, Rio de Janeiro, RJ, 5 mortos, 675 desabrigados; - 24/01/1985, DESASTRE NATURAL, enchente, Angra dos Reis e Paraty, Angra, RJ, 19 mortos, 50 feridos, 15000 desabrigados; - 17/02/1986, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio, edifício Andorinhas - Centro, Rio de Janeiro, RJ, 20 mortos, 50 feridos; - 31/11/1986, DESASTRE NATURAL, abalo sísmico, João Câmara, RN, magnitude 5.1 esc. Richter; - 17/02/1987, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, colisão de trens, São Paulo, SP, 58 mortos, 99 feridos; - 26/02/1987, DESASTRE NATURAL, enchente, Petrópolis, Teresópolis e Rio de Janeiro, RJ, 292 mortos, milhares de desabrigados; - 30/09/1987, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, contaminação com Césio-137, Goiânia, GO, 5 mortos,16 feridos,5000 desabrigados; - 13/10/1987, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, desabamento de edifício. R. Farias, Belém, PA, 40 mortos, 27 feridos; - 1987, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, queda de avião, Guarulhos, SP,16 mortos, 200 feridos; - 01/02/1988, DESASTRE NATURAL, enchente, Petrópolis, Baixada Fluminense, RJ, 277 mortos, milhares de desabrigados. - 12/02/1988, DESASTRE NATURAL, deslizamento, Morro Dona Marta, Rio de Janeiro, RJ, 6 mortos, 40 feridos, 300 desabrigados; - 19/02/1988, DESASTRE NATURAL, deslizamento, Clinica Geriátrica Santa Genoveva, Rio de Janeiro, RJ, 18 mortos; - 19/02/1988, DESASTRE NATURAL, enchentes e deslizamentos, Rio de Janeiro, RJ, 289 mortos, 734 feridos, 18560 desabrigados; - 21/02/1988, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, desabamento de prédio, Rua Teixeira Carvalho - Abolição, Rio de Janeiro, RJ, 13 mortos, 7 feridos; - 01/06/1988, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, deslizamento, favela Pau Bandeira- V.Isabel, Rio de Janeiro, RJ, 6 mortos, 7 feridos; - 07/07/1988, DESASTRE NATURAL, deslizamento, Alagoas, AL, 54 mortos, 35.000 desabrigados - 31/12/1988, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, naufrágio (BATEAU MOUCHE), LEME - mar, Rio de Janeiro, RJ, 53 mortos, naufrágio com embarcação com cerca de 140 pessoas ocorrido às 23:45h da noite de Reveillon de 1988.”“. - 21/03/1989, DESASTRE HUMANO - NATUREZA TECNOLÓGICA, queda de avião Cumbica, Guarulhos, SP, 21 mortos, 106 feridos, caiu a dois quilômetros do aeroporto de Cumbica, destruindo parte de três sobrados da Avenida Otávio Braga de Mesquita e 12 barracos da favela Centilha ”. - 11/06/1989, DESASTRE NATURAL, enchente, Rio de Janeiro , RJ, 9 mortos, 200 feridos; - 24/10/1989, DESASTRE NATURAL, deslizamento, favela Nova República, São Paulo ,14 mortos;

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- 03/01/1990, DESASTRE NATURAL, enchente, Rio Tocantins, PA, milhares de desabrigados; - 17/01/1991, DESASTRE NATURAL, enchente, Rio de Janeiro, RJ, 25 mortos, 8 feridos; - 19/03/1991, DESASTRE NATURAL, enchente, São Paulo, SP, 19 mortos; - 21/06/1991, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, explosão de fábrica de fogos, Santa Bárbara, Niterói, RJ, 22 mortos, 50 feridos; - 18/09/1991, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, vazamento de ácido clorídrico, Nova lima, MG, 600 desabrigados; - 06/11/1991, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, contaminação por cloro Igaraçu, PE, 110 desabrigados; - 15/11/1991, DESASTRE NATURAL, tromba d’água, Paraná e Santa Catarina, Varias, PR,11 mortos, 20000 desabrigados; - 15/02/1992, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA ,vazamento de cloro (300 Kg), Cubatão, SP, 40 feridos; - 27/05/1992, DESASTRE NATURAL, enchentes, Santa Catarina, SC, 11 mortos, milhares de desabrigados; - 15/01/1992, DESASTRE NATURAL, enchentes, MG, 30 mortos, centenas de desabrigados; - 13/02/1996, DESASTRE NATURAL, enchentes, Região Sudeste, varias localidades, 60 mortos, 2000 Desabrigados; - 12/06/1996, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, desabamento de Shopping Center, Osasco, SP, 40 mortos; - 18/09/1996, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, colisão de trens, Estação de Japeri, RJ, 16 Mortos, 50 Feridos; - 31/10/1996, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, queda de avião, São Paulo, SP, 98 Mortos; - 02/1998, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio, Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro, RJ; - 22/02/1998, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, desabamento do Edifício Palace 2 , Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, nove mortos; - 03/1998, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, incêndio florestal, Estado de Roraima, área afetada 36.000.000 ha; - 04/09/1998, DESASTRE HUMANO, NATUREZA TECNOLÓGICA, desabamento, teto da Igreja Universal do Reino de Deus, Osasco, São Paulo desaba deixando um saldo de 36 mortos e 467 feridos;

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CAPITULO I – AS CONSTITUIÇÕES 1 - CONSTITUIÇÃO IMPERIAL DE 1824

Como podemos constatar na relação acima, já se fazia necessária uma atenção maior por parte das autoridades, porém, na Constituição de 1824, outorgadas pelo Imperador D. Pedro I, não se fazia nenhuma alusão ao que se refere a proteger a população, tendo somente um artigo que dava condições de garantia ao indivíduo, não havendo nenhuma abordagem do tipo coletiva.

“...

TÍTULO DISPOSIÇÕES GERAIS E GARANTIA DOS DIREITOS CIVIS ...

Artigo 179 ... ... VII – Todo cidadão tem em sua casa asilo inviolável. De

noite, não se poderá entrar nela, senão por consentimento, ou para o defender de incêndio ou inundação, e de dia, só será franqueada a sua entrada nos casos, e pela maneira, que a lei determinar.” 2 - CONSTITUIÇÃO DE 1891

É a primeira Constituição Republicana, sendo baseada em novos ideais. Pela primeira vez é tratado o assunto como calamidade pública e é dado o tratamento de quem é a responsabilidade de socorro nesses casos.

Percebe-se que cabe aos Estados essas responsabilidades, sendo a ação suplementar, prestada pela união. “...

TÍTULO DA ORGANIZAÇÃO FEDERAL ... Artigo 5º Incube a cada Estado prover, expensas próprias, às necessidades de seu governo e administração: a União, porém, prestará socorros ao Estado que, em caso de calamidade pública, os solicitar.” 3 - CONSTITUIÇÃO DE 1934

Pressionado pela “Revolução Constitucionalista de 1932”, esta foi a Constituição de menor período de vigência no Brasil.

È a primeira Constituição que trata da seca no nordeste ( * ), sendo específico nesse fim.

* N.A : Na época se denominava norte

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“... TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO FEDERAL ... CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ... Artigo 5º - Compete, privativamente a União:

... XV – Organizar defesa permanente contra os efeitos da seca

nos Estados do Norte;”

O tratamento dado é ao efeito da seca e não à causa, ou seja, a ação seria na fase de resposta ao desastre, e não na fase de prevenção.

Esta Constituição também dá o mesmo tratamento que a anterior no que se refere às responsabilidades.

“... CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Artigo 7º ... ... II – Prover às expensas próprias , as necessidades de sua

administração, devendo, porém, a União prestar socorros aos Estados que, em caso de calamidade pública, os solicitar.”

Diferentemente da Constituição de 1824, a garantia individual, quanto a

sua casa , trata dos desastres de uma maneira genérica.

“... TÍTULO II DA DECLARAÇÃO DE DIREITOS CAPÍTULO II – DOS DIREITOS E DAS GARANTIAS INDIVIDUAIS Artigo 113 – ... ... XVI – A casa é o asilo inviolável do indivíduo. Nela ninguém

poderá penetrar de noite, sem consentimento do morador, senão para acudir vítima de crimes e desastres, nem de dia, senão nos casos e pela forma prescrita na lei.”

Temos sempre a garantia de ação do Poder Público, incumbido para

tal, no que se refere ao trato dos Desastres. É previsto, também, a ação pública nos casos de Guerra e Comoção

intestina, fortemente influenciada, talvez, pela “Revolução Constitucionalista de 1932” e pela 1ª Guerra Mundial.

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“...

Artigo 113 – ... ... XVII – É garantido o direito de propriedade de que não poderá ser

exercido contra o interesse social ou coletivo, na forma que a lei a determinar. A desapropriação por necessidade ou mobilidade pública, far-se-á nos termos da lei, mediante prévia e justa indenização. Em caso de perigo iminente, como guerra, comoção intestina, poderão as autoridades competentes usar a propriedade particular até onde o bem público o exija, ressalvando o direito de indenização ulterior”

É estabelecido na presente, percentual financeiro relativo às ações

contra a seca . Estabeleceu, também, quantos aos Estados e Municípios que se encontram nessa área. “...

TÍTULO VII – DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 177 – A defesa contra o efeito da seca nos Estados do Norte, obedecerá a um plano sistemático e será permanente, ficando a cargo da União, que dependerá, com as obras e serviços de assistência, quantia nunca inferior a quatro por cento de sua receita tributária sem aplicação especial.

... §3º Os Estados e Municípios compreendidos na área

assoladas, empregarão quatro por cento de sua receita tributária, sem aplicação especial, na a assistência econômica à população respectiva.” 4 - CONSTITUIÇÃO DE 1937

Como a Constituição de 1937 foi outorgada, período de exceção, quase nada foi voltado para o cidadão e para a coletividade. Em apenas um item é feito a abordagem que garante, ao indivíduo, indenização em caso de desapropriação. “...

DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS ... Artigo 122 – ... ... 14 – O direito de propriedade, salvo a desapropriação por

necessidade ou utilidade pública, mediante a indenização prévia. O seu conteúdo e os seus limites serão definidos nas leis que lhes regulam o exercício.”

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5 - CONSTITUIÇÃO DE 1946

Findo o período de exceção, volta a casa a ser asilo inviolável e é

dada a condição de penetrar, nos casos de desastres, nas dependências da mesma.

“... TÍTULO IV – DAS DECLARAÇÕES DE DIREITOS

... CAPÍTULO II – DOS DIREITOS E DAS GARANTIAS INDIVIDUAIS Artigo 141 –... ... §15 – A casa é o asilo inviolável do indivíduo: Ninguém poderá nela

penetrar, à noite, sem o consentimento do morador, a não ser para acudir vítimas de crime ou desastre, nem durante o dia, fora os casos e pela forma que a lei estabelecer.”

Tal qual a Constituição de 1934, a seca do Nordeste é tratada pelos

seus efeitos e não em fase preventiva. O percentual financeiro, foi reduzido de 4% para 3%.

É a primeira vez que se é abordada cooperações entres os Estados nos serviços de assistência nessa área.

“... TÍTULO IV – DISPOSIÇÕES GERAIS

... Artigo 198 - Na execução no do plano de Defesa contra os efeitos

da denominada seca do Nordeste a União despenderá, anualmente, com as obras e os serviços de assistência econômica e social, quantia nunca inferior a 3% das sua renda tributária.”

§1º um terço dessa quantia será depositado em caixa especial, destinada ao socorro das populações atingidas pela calamidade, podendo essa reserva, ou parte dela, ser aplicada a juro módico, consoante as determinações legais, em empréstimos a agricultores e industrias estabelecidos na área abrangida pela seca.

§2º Os Estados compreendidos na área da seca deverão aplicar 3% de sua renda tributária na construção de açudes, pelo regime de cooperação, e noutros serviços necessários a assistência de sua populações.”

6 - CONSTITUIÇÃO DE 1967 Nesta Constituição há uma preocupação em não tratar, especialmente,

apenas os efeitos.

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Aborda pela primeira vez os problemas das inundações, talvez, influenciadas pelas chuvas de 1966 no, então, Estado da Guanabara. “... CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO ... Artigo 8º... ... XII – Organizar a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente a seca e as inundações.”

A casa continua como asilo inviolável, e condição de nela penetrar em

casos de desastres.

“... CAPÍTULO IV – DOS DIREITOS E DAS GARANTIAS INDIVIDUAIS; ... Artigo 150... ...

§10 – A casa é asilo individual. Ninguém poderá nela penetrar, à noite, sem o consentimento do morador, a não ser para acudir vítimas de crime ou desastre, nem durante o dia, fora os casos e pela forma que a lei estabelecer.”

7 - EMENDA CONSTITUCIONAL DE 1969 Com a mudança da Constituição, pela Emenda nº1, que foi outorgada

em 17 de outubro de 1969, foi mantida a mesma redação do inciso que tratava da Competência da União no que diz respeito à defesa permanente contra as calamidades pública, passando este a constituir o inciso de número XIII.

“... CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO ... Artigo 8º... ... XIII – Organizar a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente a seca e as inundações.”

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CAPÍTULO II - LEGISLAÇÃO FEDERAL

1 - A DEFESA PASSIVA ANTIAÉREA E A DEFESA CIVIL.

O primeiro Decreto do Governo Federal que tratou de ações de Defesa Civil foi o Decreto-Lei nº 4.098 de 06 de fevereiro de 1942 que definia, em seu corpo, como os encargos necessários para a defesa da Pátria, os serviços de defesa passiva Antiaérea. O mesmo dizia que essa deveria ser cumprida em todo território nacional e que os brasileiros, assim como os estrangeiros, acima de 16 anos, estariam sujeitos ao rigor dessa Lei e que os menores dessa idade e os incapazes, aos pais, tutores e curadores cabiam a responsabilidade.

Mas no que consistia os serviços de Defesa Passiva? consistia em: receber instruções, recolher-se a abrigos, atender aos alarmes, extinguir as luzes, construir abrigos em edifícios destinados a hotéis hospitais, casa de diversão estabelecimento comerciais e de ensino, ate as ordens religiosas deveriam dotar de segurança os conventos ou seminários.

Os empregadores deveriam adquirir para seus funcionários material de defesa, mas isso era restituído pelo funcionário, parceladamente. Quanto à divulgação, seria de caráter compulsório e gratuito , através das revistas, jornais, rádios e filmes.

Havia previsão para convocação para prestação de serviços individual de defesa passiva e que a mesma não podia exceder a 10 dias.

Decorria, também sobre multas e prisões dos indivíduos.

“DECRETO-LEI N.º 4.098 – DE 06 DE FEVEREIRO DE 1942 Define, como encargos necessários à defesa da Pátria, os serviços

de defesa passiva antiaérea Art. 1º - O serviço de defesa passiva antiaérea é encargo necessário

à defesa da Pátria, que deve ser cumprido em todo território nacional na forma e sob as penas cominadas nesta lei.

A ele estão sujeitos brasileiros e estrangeiros residentes ou em trânsito no país, de ambos os sexos, maiores de 16 anos, quaisquer que sejam suas convicções religiosas, filosóficas ou políticas, e, bem assim, as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado.

§ 1º - A incapacidade para desempenho dos serviços de defesa passiva é relativa as funções e deverá ser comprovada sempre que houver convocação.

§ 2º - Pelas infrações cometidas pelos menores de 16 anos, ou incapazes, respondem os pais, tutores ou curadores, ou na falta destes, quem os tiver sob sua guarda.

Art. 2º - São encargos de defesa passiva em tempo de paz ou de

guerra: I – para todos os habitantes na forma das prescrições

regulamentares: a) receber instruções sobre o serviço e o uso de máscaras;

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b) possuir os meios de defesa individual; c) recolher-se ao abrigo; d) interdição de ir e vir; e) sujeitar-se às ordens para dispersão; f) atender ao alarme g) extinguir as luzes; h) desinfecção;

II – para os homens de 16 a 21 e de 45 a 60 anos de idade, os de 21

a 45 anos não convocados pelos comandos militares e as mulheres de 16 a 40 anos, desempenhar, de acordo com suas aptidões e suas capacidades, as funções que lhes forem determinadas pelos órgãos executores na forma das prescrições regulamentares, como sejam: a) dar instruções sobre os serviços; b) proteção contra gases; c) remoção de intoxicados; d) enfermagem; e) vigilância do ar; f) prevenção e extinção de incêndio; g) limpeza pública; h) desinfecção; i) policiamento e fiscalização da execução das ordens; j) construção de trincheiras e abrigos de emergência.

Art. 3º - São ainda encargos da mesma natureza, atribuídos às

pessoas naturais ou jurídicas: I – a construção pelo proprietário, de abrigos e outras medidas de

proteção, desde que o prédio tenha cinco ou mais pavimentos, ou área coberta superior a 1.200 metros quadrados: a) nos edifícios destinados à habilitação coletiva, hotéis, hospitais

casas de diversão, estabelecimentos comerciais, industriais e de ensino para o pessoal que neles habitar ou trabalhar;

b) de maquinaria e depósito de materiais ou provisões existentes nos estabelecimentos na letra anterior, desde que sejam classificados como necessários à defesa da Pátria. II – adquirir o empregador o material de defesa para uso de seus

empregados e providenciar sobre a guarda e conservação dos mesmo. § 1º - O empregador será indenizado, parceladamente, pelo

empregado, da quantia despendida com a aquisição de material de uso individual.

§ 2º - Os edifícios já construídos ou cuja construção já estiver autorizada, na data desta lei, estão isentos dos encargos referidos na letra “a” do item I deste artigo, salvo quando, em virtude de acréscimo ou reconstrução, ultrapassarem as dimensões ali fixadas. Mas, os estabelecimentos industriais ou comerciais já existentes, e que forem classificados como necessários à defesa da Pátria, serão obrigados na forma das prescrições regulamentares á execução das medidas de proteção previstas no artigo.

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Art. 4º - Os jornais, revistas ou publicações de qualquer natureza são obrigados a inserir, gratuitamente, comunicados do Ministério da Aeronáutica ou dos inspetores ou delegados, correspondendo a 1/16 de página; os diários duas vezes por mês; os semanários, seis vezes por ano, os mensários duas vezes por ano; os que editarem em prazo superior a um mês, a inserir uma vez por ano em dimensão que corresponda a uma página.

Art. 5º - As estações de radiodifusão e as empresas de filmes cinematográficos são obrigados a divulgar ou exibir, gratuitamente, comunicações do Ministério da Aeronáutica, ou de seus inspetores ou delegados, duas vezes por mês, desde que não ultrapassem cinco minutos de irradiação ou exibição.

Art. 6º - As ordens religiosas, conventos ou seminários ficam obrigados a executar, para proteção individual e coletiva, todas as medidas de defesa passiva.

Art. 7º - A União, os Estados e Municípios e o Distrito Federal devem contribuir, para a proteção da população, abrigos contra explosivos e gases, dentro dos prazos de acordo com as instruções que forem dadas pelo Ministério da Aeronáutica, e, bem assim, a adquirir o material de proteção de seus funcionários e empregados.

§ 1º - Nos setores onde as obras de defesa passiva forem consideradas de urgência, a União poderá executá-las e cobrar os seus custos dos Estados e Municípios, diretamente interessados.

§ 2º - As empresas concessionárias dos serviços públicos, além das obrigações constantes deste artigo, ficam obrigadas, independentemente de indenização, à execução de medidas de segurança geral.

Art. 8º - Os serviços públicos da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal que possam interessar à defesa passiva, com relação ao seu aparelhamento e funcionamento, devem observar as prescrições do Ministério da Aeronáutica.

Art. 9º - Durante o prazo para prestação de serviços individuais de defesa passiva, em tempo de paz, os empregadores, pessoas jurídicas, de direito público ou privado são obrigados a pagar a seus funcionários ou empregados convocados a remuneração integral.

Parágrafo único – A convocação não deverá exceder dez dias úteis em cada ano.

Art. 10º - Pela inobservância dos encargos estabelecidos nesta lei, em tempos de paz, serão aplicadas as seguintes penas:

I – as referidas no artigo 2, item I, letras “a”, “b”, “c”, e “d”, multa de 10$0 a 100$0 e o dobro ao reincidente;

II – as referidas no art. 2º, item I, letras “e”, “f”, “g”, e “h”, multa de 100$0 e o dobro ao reincidente;

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III – as referidas no art. 2º, item II, multa de 100$0 a 1:000$ e ao reincidente a pena de prisão celular de 1 a 3 meses, se for homem, e de 10 a 30 dias, se for mulher;

IV – as referidas no art. 3º, item I e II e § 2º, e art. 6º e 7º, § 2º, multa de 1:000$0 a 10:000$0 e a interdição da obra e do funcionamento da empresa ou da associação até o cumprimento da obrigação;

V – as referidas nos art. 4º e 5º, a multa de 100$0 a 1:000$0 e, aos reincidentes, a de suspensão até a publicação, exibição ou irradiação de comunicado.

Parágrafo único – Na graduação das penalidades deverão ser atendidos os recursos pecuniários e a capacidade intelectual do responsável.

Art. 11º - As infrações desta lei, em tempo de paz serão verificadas pelos representantes do Ministério da Aeronáutica e, em caso de exercício, pelas pessoas convocadas, às quais for cometida a incumbência, e comunicadas às autoridades competentes para imposição de penas.

Parágrafo único – As autoridades ou pessoas incumbidas da verificação da verificação de infração deverão ingressar em qualquer domicílio ou estabelecimento e executar, ou fazer executar, medidas de urgência.

Art. 12º - As penas pecuniárias referidas nos itens I e II do art. 10 serão impostas pelos delegados de defesa passiva e nos itens III, IV, V, do mesmo artigo pelo Inspetor de defesa passiva.

Art. 13º - As infrações quando punidas com penas de prisão simples serão processadas e julgadas, em tempo de paz, no foro militar, na forma da legislação em vigor.

Art. 14º - As autoridades federais, estaduais e municipais que deixarem de cumprir quaisquer encargos previstos nesta lei, serão processados e julgados no foro militar e a elas serão aplicadas, em caso de reincidência, e cumulativamente, as penas de demissão e, pelo prazo de dois anos, as inabilitação para o exercício de cargos ou funções públicas e de suspensão dos direitos políticos.

Art. 15º - Em tempo de guerra, as obrigações estabelecidas nesta lei e suas sanções serão reguladas em lei especial.

Art. 16º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, mas a sua execução dependerá de regulamentação. ... GETÚLIO VARGAS”

Em 26 de agosto de 1942 pelo Decreto-Lei nº 4.624, foi criado o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea em todo território nacional, que seria integrado por serviços públicos a serem organizados.

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“DECRETO-LEI N.º4.624 – DE 26 DE AGOSTO DE 1942 Cria o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea e dá outras

providências

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:

Art. 1º - As atribuições cometidas ao Ministério da Aeronáutica

pelos artigos 4º, 5º, 8º e 11º do Decreto-lei n. 4.098, de 06 de fevereiro do corrente ano, passam ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores.

Art. 2º - Fica criado em todo território da República o Serviço de

Defesa Passiva Antiaérea ( S.D.P.A.Ae.), integrado por serviços públicos, a serem organizados, pelo aproveitamento dos órgãos federais, estaduais e municipais já existentes e por serviços privados que serão constituídos dos moradores de habitações particulares ou coletivas, oficinas, empresas, repartições, estabelecimentos industriais, comerciais e outros quaisquer.

Art. 3º - A organização e montagem do S.D.P.A.Ae. no território da

República ficarão afetas ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores que expedirá instruções aos Estados e tomará outras providências para a regulamentação e manutenção do aludido Serviço.

Art. 4º - O S.D.P.A.Ae. dependerá do Ministério da Justiça e

Negócios Interiores em tudo que diz respeito a sua administração, cabendo a ordenação entre a defesa ativa e a defesa passiva e às autoridades militares encarregadas da D.C.A. com jurisdição nas diversas regiões.

Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 26 de agosto de 1942, 121º da Independência e 54º

da República. GETÚLIO VARGAS. Alexandre Marcondes Filho. J. P. Salgado Filho.” Essa organização veio através do Decreto-Lei nº 4.716 de 21 de

setembro de 1942, criando a Diretoria Nacional do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, subordinada ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores.

“DECRETO-LEI N.º 4.716 – DE 21 DE SETEMBRO DE 1942

Dispõe sobre a criação e organização da Diretoria Nacional de

Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, com sede no Distrito Federal, e dá outras providências.

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O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição e para a execução do que dispõe o decreto-lei n.º 4.624 de 26 de agosto de 1942, decreta:

Art. 1º - Fica criada, com sede no Distrito Federal, como órgão

diretor, orientador, coordenador e consultivo, a Diretoria Nacional do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, diretamente subordinada ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores.

Art. 2º - As atribuições específicas indicadas nos decretos-lei n.º

4.098, de 06 de fevereiro de 1942, passam a ser exercidas, no Distrito Federal, pela Diretoria Nacional do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea.

Art. 3º - Oportunamente será baixado pelo Presidente da República

o Regimento Interno da D.N.S.D.P.A.Ae. Art. 4º - Fica criado no Quadro Permanente do Ministério da Justiça

e Negócios Interiores um cargo de Diretor, em comissão padrão P. Art. 5º - O Ministério da Justiça e Negócios Interiores providenciará,

desde logo sobre a criação, nos Estados e Territórios, de órgãos congêneres, com a denominação de Diretorias Regionais de S.D.P.A.Ae., subordinadas ao Governo do Estados, do Distrito Federal e do Território do Acre e Superintendência Geral do Ministério da Justiça e negócios Interiores.

Art. 6º - Para atender, no terceiro quadrimestre. Art. 7º - O presente decreto-lei entrará em vigor na data de sua

publicação, revogadas suas disposições em contrário. Rio de Janeiro, 21 de Setembro de 1942, 121º da Independência e

54º da República. GETÚLIO VARGAS. Alexandre Marcondes Filho A. de Souza Costa.”

O Decreto-Lei nº 4.800 de 06 de outubro de 1942, torna obrigatório o ensino de Defesa Passiva Antiaérea nos estabelecimentos escolares.

“DECRETO-LEI N.º 4.800 – DE 06 DE OUTUBRO DE 1942 Torna obrigatório o ensino da defesa passiva e dá outras

providências. O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o

artigo 180 da Constituição, decreta:

Comentário:

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Art. 1º - O ensino de defesa passiva é obrigatório para os alunos de todos estabelecimentos de ensino, oficiais ou particulares, existentes no país.

Art. 2º - Constitui obrigação de todo o pessoal docente e

administração dos mesmos estabelecimentos de ensino, o estudo de defesa passiva.

Art. 3º - O Ministério da Educação, ouvido o Ministro da Justiça e

Negócios Interiores, baixará para o cumprimento do disposto no presente decreto-lei.

Art. 4º - Este decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação,

ficando revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 06 de outubro de 1942, 121º da Independência e 54º

da República.

GETÚLIO VARGAS Gustavo Capanema Alexandre Marcondes Filho.

Finalmente , através do Decreto nº 12.628 de 17 de junho de 1943,

ficou clara a finalidade da Defesa Passiva, que era o estabelecimento de métodos, precauções de segurança que garantiriam, não só a proteção do moral e da vida da população, assegurando-lhe a normalidade, como a proteção do patrimônio material cultural e artístico da Nação.

“DECRETO N.º 12.628 – DE 17 DE JUNHO DE 1943 Regulamenta a execução do decreto-lei n.º 4.098, de 06 de fevereiro

de 1942 O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o

artigo 74 da Constituição, decreta:

TÍTULO I Do serviço de defesa passiva

Art. 1º - O serviço de defesa passiva antiaérea, organizados nos

moldes do Regulamento do Serviço Nacional de Defesa Passiva Antiaérea, em todo o território do país, tem por fim estabelecer métodos e precauções de segurança que garantam não só proteção do moral e da vida da população, assegurando-lhe a normalidade, como proteção do patrimônio material, cultural e artístico da Nação.

Art. 2º - A execução desses Serviços cabe à Direção Nacional do

Serviço de Defesa Passiva Antiaérea D.N.S.P.A.Ae., com sede na Capital Federal, estendendo sua ação, através das Diretorias Regionais,

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Delegacias Distritais e Comissariados Municipais, a todo território nacional.

Parágrafo único – A organização, as atribuições e o funcionamento

da D.N.S.D.P.A.Ae. são constantes do respectivo Regimento Interno.

TÍTULO II Das atribuições em geral

Art. 3º - O serviço de defesa passiva constitui obrigação para com

o Estado, à qual estão sujeitos brasileiros e estrangeiros residentes ou em trânsito pelo país, de ambos os sexos, maiores de 16 anos, quaisquer quer que sejam suas convicções religiosas, filosóficas ou políticas, e bem assim, as pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado.

Parágrafo único – Os encargos ou serviços de defesa são

condicionados às possibilidades das pessoas naturais ou jurídicas, na conformidade das disposições deste decreto e do Regulamento para o Serviço Nacional de Defesa Passiva Antiaérea.

Art. 4º - Os deveres para com o Serviço de Defesa Passiva

consistem em: I – para todos habitantes nacionais ou estrangeiros:

a) receber instrução para o serviço; b) possuir, quando determinar a autoridade, os meios de defesa

individual e instruir-se sobre o meio deles; c) obedecer sobre as instruções e ordens emanadas das

autoridades qualificadas, cooperando para seu perfeito desempenho;

d) cooperar para a perfeita ordem nas ocasiões de alarma, obedecendo, com calma e presteza, às ordens de recolher-se a abrigos ou dispensar;

e) socorrer seus semelhantes, sempre que necessária e enquanto não atendidos pelos serviços competentes;

f) sujeitar-se às ordens especiais sobre tráfego e trânsito nos logradouros públicos em ocasião do serviço de alarma;

g) atender os sinais convencionados de alarma; h) extinguir ou velar as luzes nas ocasiões em que for determinado

fazê-lo; i) atender à ordem de convocação para o Serviço.

II – Para os homens de 16 a 21 e de 45 a 60 anos de idade, ou de 21 a 45 que não estejam servindo nas Forças Armadas, e para as mulheres, de 16 a 40 anos, de acordo com suas aptidões e capacidade, exercer funções que lhe forem determinada pelo órgão competente do Serviço de Defesa Passiva, nas diversas atividades de: a) instrução; b) proteção contra gases e explosivos químicos; c) socorro e remoção de intoxicados; d) enfermagem; e) vigilância do ar;

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f) fogo; g) limpeza pública; h) desinfecção; i) policiamento e fiscalização; j) construção e instalação de abrigos ou trincheiras; k) atender a ordem de convocação para o serviço.

Art. 5º - Todos os edifícios de 5 ou mais pavimentos, ou mais de 1.200 metros de área coberta, serão providos de abrigos e de instalação adequada de proteção, na forma e nas especificações determinadas pelo Regulamento de Defesa Passiva Antiaérea, cabendo as despesas daí decorrentes dos respectivos proprietários.

§ 1º Os edifícios de habitação coletiva, hotéis, hospitais, casas de

diversão, estabelecimentos comerciais e industriais, devem ter abrigos com capacidade suficiente para pessoas que nelas habitem ou trabalhem.

§ 2º Igualmente disporão de instalações especiais de proteção, os depósitos de materiais, provisões ou maquinários considerados necessário a Segurança Nacional.

§ 3º Os edifícios já construídos ou cuja construção já estiver autorizada nesta data, estão isentos de encargos referidos neste artigo: entretanto, se suas dimensões atingirem as especificações acima, não poderão sofrer ampliação ou redução sem receber às tais exigências. Os estabelecimentos comercias e industriais que já existirem e que foram classificados como necessários à defesa da Pátria, serão obrigados, na forma das prescrições regulamentares, à execução das medidas de proteção previstas neste artigo. As Repartições Federais, Estaduais ou Municipais, a que couber concessão de licenças para execução de obras, são responsáveis pela fiel observância das prescrições deste artigo, na forma deste decreto, sem prejuízo das penalidades impostas aos proprietários, pela mesma razão.

Art.6º - Os jornais, revistas ou publicações de qualquer natureza

são obrigados a inserir, gratuitamente, comunicados da Direção Nacional ou das Diretoria Regionais do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, correspondentes a 1/16 de página; os diários, 2(duas) vezes por mês; os semanários, 6(seis) vezes por ano; os que editarem um prazo superior a um mês, a inserir uma vez por ano em dimensão que corresponda a uma página.

Art. 7º - As estações de rádio difusão e empresas de exibição de

filmes cinematográficos são obrigados a divulgar ou exibir, gratuitamente, comunicados do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, duas vezes por mês, desde que não ultrapassem cinco minutos de irradiação ou exibição.

Art. º - Os empregadores são obrigados a adquirir para uso de seus

empregados, o material de defesa individual contra agressivos químicos e a providenciar sobre guarda e conservação dos mesmos.

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Parágrafo único – Os empregados pagarão, parceladamente, aos empregadores, as despesas de aquisição do material e uso individual.

TÍTULO III Das obrigações especiais Art. 9º - Cabe a União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito

Federal o encargo da construção dos abrigos contra explosivos e gases, para a proteção da população, de acordo com as especificações constantes do Regulamento do Serviço de Defesa Passiva, e dentro dos prazos que forem estabelecidos.

Parágrafo único – Cabe igualmente ao poder público adquirir os

meios individuais de proteção para uso dos funcionários e empregados. Art. 10º - Nos setores onde as obras de defesa passiva forem

consideradas de urgência, a União poderá executá-las e cobrar seu custo ao Estados e Municípios diretamente interessados.

Art. 11º - Os Serviços Públicos Federais, Estaduais e Municipais

que possam interessar à defesa passiva, com relação ao seu equipamento e funcionamento, devem observar as prescrições deste decreto e do Regulamento do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, no tocante dos assuntos e suas especialidade, como por exemplo: socorros de sanitário de urgência, serviços especiais contra fogo, reparações de calçamento, de redes telefônicas ou telegráficas e de abastecimento d’água, serviços de desobstrução ou remoção de escombros, etc.

Art. 12º - As empresas concessionárias de serviços públicos, além

das obrigações em geral, definidas no título II deste decreto ficam obrigadas, independentemente de qualquer indenização, à execução das medidas de segurança geral dos serviços especializados de seu ramo que lhe forem determinado pelo órgão competente do Serviço de Defesa Passiva, como sejam: abrigos, medidas preventivas contra fogo e agressivos químicos, serviços de reparações elétricas, de gás, de telefones, de linhas de tráfego urbano, etc.

TÍTULO IV Da convocação para o serviço Art. 13º A convocação do indivíduo para o serviço de Defesa

Passiva, constituindo encargo e dever para a Nação, assume caráter de obrigatoriedade, e é condicionada as condições de cada um, ressalvados os casos de incapacidade física, julgada pelo serviço médico da Defesa Passiva, em inspeção e saúde.

Art. 14º - Durante o prazo de convocação para prestação de serviço

individual para Defesa Passiva, em tempo de paz, os empregadores, pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado, são obrigados a pagar a seus funcionários ou empregados convocados à remuneração integral.

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TÍTULO V Das penas e da Fiscalização Art. 15º - A transgressão ou não cumprimento de qualquer das

obrigações estabelecidas no presente decreto constitui, em tempo em tempo de paz, contravenção punível na forma abaixo:

Transgressão Penas Pena em caso

de reincidência

Autoridade que aplica a pena

Autoridade a quem cabe o recurso

Art. 4º, item I, alíneas a, b, c, d e e

Multa de Cr$ 10,00 a 100,00

Pena em dobro

Chefe da fiscalização

Art. 4º, item I, alíneas f, g e h

Multa de Cr$ 100,00 a 1.000,00

Pena em dobro

Chefe da fiscalização

Art. 4º, item I, alínea i, item II

Multa de Cr$ 100,00 a 1.000,00

Pena de prisão celular de 1 a 3 meses se for homem, e de 10 a 30 dias se for mulher

Chefe da fiscalização

No

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trito

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ireto

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dos:

os

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Art. 5º, 8º e 12º

Multa de Cr$ 1.000,00 a 10.000,00

No Distrito Federal: Diretor Nacional; nos Estados: Diretores Regionais

Ministro da Justiça

Art. 6º e 7º Multa de Cr$ 100,00 a 1.000,00

Suspensão até a publicação, exibição ou irradiação do comunicado

Chefe da fiscalização

No Distrito Federal: Diretor Nacional; nos Estados: Diretores Regionais

Art. 16º - nos casos em que um infrator, não se conformado com a

multa imposta, deseje interpor um recurso à autoridade superior, só poderá fazê-lo depois de depositada a importância da multa, sem o que não terá andamento o processo do recurso.

Art. 17º - Na graduação das penalidades deverão ser atendidos os

recursos pecuniários e a capacidade intelectual do responsável.

Art. 18º - As infrações serão verificadas, no Distrito Federal, pelos funcionários da Seção de Fiscalização da D.N.S.D.P.A.Ae, nos Estados, pelos das Seções de Fiscalização dos Direitos Regionais.

Parágrafo único – As autoridades da Seção de Fiscalização, devidamente identificadas, terão livre ingresso em qualquer domicílio ou estabelecimento, seja para executar ou fazer executar medidas de urgência, seja para exercer a fiscalização.

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Art. 19º - Verificada a transgressão das disposições do art. 5º deste

decreto, será a obra interditada imediatamente pelo Chefe da Seção de Fiscalização, sem prejuízo da aplicação da penalidade posterior.

Art. 20º - No caso de infrator multado não comparecer, dentro do prazo de 15 dias, à Seção de Fiscalização para pagar a importância de multa que lhe tenha sido imposta, será cobrada judicialmente, na forma da legislação em vigor.

Art. 21º - As infrações, quando punidas com pena de prisão simples serão processadas e julgadas , em tempo de paz no foro militar, na forma da legislação em vigor.

Art. 22º - As autoridades federais, estaduais e municipais que

deixarem de cumprir quaisquer dos encargos previstos neste decreto serão processados e julgados no foro militar e a elas serão aplicadas, em caso de reincidência, e cumulativamente, as penas de demissão e, pelo prazo de dois anos. As de inabilitação para o exercício de cargos ou funções públicas e de suspensão dos direitos políticos.”

... GETÚLIO VARGAS”

Em 30 de setembro de 1943, pelo Decreto nº 5.861 de 30 de setembro

de 1943, passou o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea a denominar-se de Serviço de Defesa Civil.

“DECRETO-LEI 5.861 DE 30 DE SETEMBRO DE 1943 Modifica a denominação de Defesa Passiva Antiaérea O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere

o artigo 180 da Constituição, decreta: Art. 1º - O Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, criado pelo decreto-

lei n.º 4.624, de 26 de agosto de 1942, passa a denominar-se Serviço de Defesa Civil.

Art. 2º - A Diretoria Nacional de Serviço de Defesa Passiva

Antiaérea, criada pelo decreto-lei n.º 4.716 de 21 de setembro de 1942, passa a denominar-se Diretoria Nacional do Serviço da Defesa Civil.

Art. 3º - A presente lei entra em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1943, 122º da Independência e

55º da República. GETÚLIO VARGAS. Alexandre Marcondes Filho”

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Infelizmente durou pouco o Serviço de Defesa Civil daquela época, pois o serviço foi extinto com o fim da Guerra, pelo Decreto-Lei nº 9.370 de 17 de junho de 1946, e o Governo Federal do Brasil não soube reestruturar ou dar novas atribuições para essa efêmera Defesa Civil.

“DECRETO-LEI n.º 9.370 – DE 17 DE JUNHO DE 1946 Extingue o serviço de Defesa Civil e dá outras providências. O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o

artigo o artigo 180 da Constituição, decreta: Art. 1º - Ficam extintos os serviços de Defesa Civil e a Diretoria

Nacional de Defesa Civil a que se refere o Decreto-lei 5.861, de 30 de setembro de 1943, bem como as Diretorias Regionais do mesmo Serviço, criadas no Estado, Territórios e no Distrito Federal.

Art. 2º - Os encargos previstos no Decreto-lei n.º 4.098, de 06 de fevereiro de 1942, serão cumpridos pelas pessoas naturais ou jurídicas, de acordo com as instruções que forem expedidas, em cada caso pelo, Ministro da Justiça e Negócios Interiores, perante as repartições ou serviços federais, estaduais e municipais.

Art. 3º - Ficam extintos os cargos de Diretor, em comissão, padrão

P. do Quadro Permanente do Ministro da Justiça e Negócios Interiores e as Tabelas Numéricas de Mensalistas e de Diaristas da D.N.S.D.C.

§ 1º - O pessoal extranumérico constante das tabelas que se refere este artigo poderá ser aproveitado, em funções equivalentes, em vagas que se refere outras repartições.

§ 2º - Ao pessoal que se refere este artigo será abonado o salário correspondente a um mês.

Art. 4º - Todo material permanente e de consumo sob a

responsabilidade da D.N.S.D.C. será entregue à Divisão de Material do Departamento de Administração do Ministério da Justiça e Negócios do Interiores que dará do mesmo destino conveniente.

Art. 5º - Ficam sem aplicação na dotação ornamentária das Verbas,

1 – Pessoal, 2 – Material e Serviços e Encargos do orçamento vigente consignadas especificadamente à D.N.S.D.C. e não centralizadas no Departamento de Administração do Ministério da Justiça e Negócios do Interiores.

Art. 6º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 17 de junho de 1946. 125º da Independência e 58º da República. EURICO G. DUTRA Carlos Coimbra de Luz

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Gastão Vidigal” 2 - A REFORMA ADMINISTRATIVA DE 1967.

O Decreto-lei nº 200 de 25 de fevereiro de 1967, criou o ministério do

Interior, na nova organização da Administração Federal. É claro no Art. 39 do presente, que é dada agora ao Ministério do

Interior a competência para tratar áreas e obras de proteção contra secas e inundações e assistência às populações atingidas pelas calamidades públicas.

No Art. 126 dispensa de licitação nos casos de guerra ou calamidades públicas, dando, a seguir, tratamento diferenciado nesses desastres.

“DECRETO-LEI Nº. 200 – DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967 Dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece

diretrizes para a reforma Administrativa e dá outras providências O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere

o artigo 9º, § 2º, do Ato Institucional n. 4 (*), de 07 de dezembro de 1996, decreta:

TÍTULO I

Da Administração Federal Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República

auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 2º - O Presidente da República e os Ministros de Estado

exercem as atribuições de sai competência constitucional, legal e regulamentar com auxílio dos órgãos que compõem a Administração Federal.

Art. 3º - Respeitadas as limitações estabelecidas na Constituição e

observadas as disposições legais, o Poder Executivo regulará a estruturação e o funcionamento dos órgãos da Administração Federal.

Art. 4º - A Administração Federal compreende: I – a Administração Direta, que constitui os serviços integrados na

estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios; II – a Administração Indireta, que compreende as seguintes

categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias;

b)Empresas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. § 1º - As entidades compreendidas na Administração Indireta

consideram-se vinculadas ao Ministério em cuja aérea de competência estiver enquadrada sua principal atividade.

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§ 2º - Equiparam-se às Empresas Públicas, para todos efeitos desta Lei, as Fundações, instituídas em virtude de lei federal e de cujos recursos participe a União quaisquer que sejam suas finalidades.

Art. 5º - Para os fins desta lei, considera-se: I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com

personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizadas;

II – Empresa Pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União ou de suas entidades de Administração Indireta, criada por lei para desempenhar atividades empresarial que o Governo seja levado a exercer, por motivos de conveniência ou contingência administrativa, podendo tal entidade revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito;

III – Sociedade de Economia Mista – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para o exercício de atividades de natureza mercantil, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações de direito a voto pertençam, em sua memória, à União ou à entidade da Administração Indireta.

§ 1º No caso do inciso III, quando atividade for submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas a União, em caráter permanente.

§ 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes deste artigo.

TÍTULO II Dos Princípios Fundamentais Art. 6º - As atividades da Administração Federal obedecerão aos

seguintes princípios fundamentais: I – Planejamento; II – Coordenação; III – Descentralização; IV – Delegação; V – Controle. ...

TÍTULO VI Dos Ministérios e Respectivas Áreas de Competência Art. 35º - Os Ministérios, de que são titulares Ministro de Estado ,

são os seguintes: SETOR POLÍTICO Ministério da Justiça Ministério das Relações Exteriores. SETOR ECONÔMICO Ministério da Fazenda. Ministério dos Transportes. Ministério da Agricultura. Ministério da Indústria e do Comércio.

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Ministério das Minas e Energia. Ministério do Interior. SETOR SOCIAL Ministério da Educação e Cultura. Ministério do Trabalho e Previdência Social. Ministério da Saúde. Ministério das Comunicações. SETOR MILITAR Ministério da Marinha. Ministério do Exército. Ministério da Aeronáutica. Art. 39º - Os assuntos que constituem a área de competência de

cada Ministério são, a seguir especificados: MINISTÉRIO DO INTERIOR I – desenvolvimento regional; II – radicação da população, ocupação do território. Migração

internas; III – territórios federais; IV – saneamento básico; V – beneficiamento das áreas e obras de proteção contra secas e

inundações. VI – assistência às populações atingidas pelas calamidades

públicas; VII – assistência ao índio; VIII assistência aos Municípios; IX – programa nacional de habitação. ...

TÍTULO XII Das Normas Relativas a Licitações para Compras, Obras, Serviços

e Alienações Art. 125º - As licitações para compras, obras e serviços passam a

reger-se, na Administração Direta e nas autarquias, pelas normas consubstanciadas neste Título e disposições complementares aprovadas em decreto.

Art. 126º - As compras, obras e serviços efetuar-se-ão com estrita

observância do princípio da licitação. § 1º A licitação só será dispensada nos casos previstos nesta Lei. § 2º É indispensável à licitação: a) Nos casos de guerra, grave perturbação da ordem ou calamidade

pública. b)Quando sua realização comprometer a segurança nacional, a

juízo do Presidente da República; c)Quando não acudirem interessados à licitação anterior, mantidas,

neste caso, as condições preestabelecidas; d) A aquisição de materiais, equipamentos ou gênero que só podem

ser fornecidos por produtor, empresa ou representantes comercial exclusivos bem como na contratação de serviços com profissionais ou firmas de notória especialização;

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e)Na aquisição de obras de arte e objetos históricos; f)Quando a operação envolver concessionário de serviço público

ou, exclusivamente pessoas de direito público interno ou entidades suspeitas ao controle majoritário;

g)Na aquisição ou arrendamento de imóveis destinados ao Serviço Público;

h)Nos casos de emergência, caracterizada a urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízos ou comprometer a segurança de pessoas, obras, bens ou equipamentos;

i)Nas compras e execução de obras e serviços de pequeno vulto, entendidos como tal que envolverem a importância superior a cinco vezes, no caso de obras, o valor do maior salário-mínimo mensal.

§ 3º A utilização da faculdade contida na alínea “h” do parágrafo anterior deverá ser imediatamente objeto de justificação perante a autoridade superior, que julgará do acerto da medida e, se for o caso, promoverá a responsabilidade do funcionário.”

...”

3 - PLANO NACIONAL DE DEFESA CONTRA AS CALAMIDADES PÚBLICAS.

Foi criado de forma a congregar representantes para elaborar o referido plano, através dos Decretos nº 64.568 de 22 de maio de 1969 e de nº 64.932 de 05 de agosto de 1969.

“DECRETO Nº 64.568 DE 22 DE MAIO DE 1969

Cria o Grupo de Trabalho para elaborar plano de defesa permanente contra Calamidades Públicas e dá outras providências

O Presidente da República no uso de suas atribuições e,

Considerando que compete a União na forma do Artigo 8º, item XII da Constituição, organizar a defesa permanente contra as Calamidades Públicas, especialmente a seca e inundações;

Considerando as disposições contidas no artigo 39 do Decreto-Lei nº 200 de 25 de fevereiro de 1967 que atribui ao Ministério do Interior competência par assistir as populações atingidas pelas Calamidades, decreta: Art. 1º Fica criado, diretamente subordinado ao Ministério do Interior, um Grupo de Trabalho incumbindo de elaborar o plano de defesa permanente contra as Calamidade públicas; Parágrafo Único. O grupo de Trabalho deverá apresentar ao Ministério do Interior , no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua constituição, minuta do plano referido no “caput” deste artigo;

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Art. 2º O Grupo de trabalho será constituído da seguinte forma: I - Um representante do Ministério do Interior; II - Um representante de cada Ministério Militar; III - Um representante do Ministério dos Transportes; IV - Um representante do Ministério da Saúde; V - Um representante do Ministério da Agricultura, sendo um indicado pela Superintendência Nacional de Abastecimento; VI - Um representante do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral; VII - Um representante do Ministério da Fazenda; VIII - Um representante do Ministério da Justiça, por indicação Do Departamento de Polícias Federal. § 1º Os representantes referidos neste artigo, serão designados pelos titulares dos respectivos Ministérios, no prazo de 15 (quinze) dias a contar da publicação deste Decreto. §2º O representante do Ministério do Interior será o Coordenador do Grupo de Trabalho. Art. 3º O Grupo de Trabalho terá apoio administrativo fornecido pelo Ministério do Interior. Art. 4º A estrutura e funcionamento do Grupo serão objeto de regimento próprio aprovado pelo Ministério do Interior. Art. 5º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, sendo revogadas as disposições em contrário. Brasília, 22 de maio de 1969; 148º da Independência e 81º da República A. Costa e Silva Luis Antônio da Gama e Silva Augusto Hamann Rademaker Günewald Aurélio de Lyra Tavares Antônio Delfim Neto Mário David Andreazza Ivo Arzua Pereira Marcio de Souza e Mello Leonel Miranda Hélio Beltrão José Costa Cavalcanti”

“DECRETO Nº 64.932, DE 05 DE AGOSTO DE 1969

Altera o Grupo de Trabalho criado pelo Decreto nº 64568 de 22 de maio de 1969.

O presidente da República; no uso das atribuições que lhe confere

o Artigo 83, item II da Constituição, decreta:

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Artigo 1º - O Artigo 2º do Decreto nº 64568 de 22 de maio de 1969 fica acrescido dos seguintes itens: IX – Um representante do Ministério da Comunicação. X – Um representante da Cruz Vermelha Brasileira. Artigo 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, 05 de agosto de 1969 148º, da Independência e 81º da República Costa e Silva Romeu Honório Lours João Aristides Wiltgen”

Este grupo sugeriu a criação de um fundo que assistiria as populações atingidas pelas calamidades e o reembolso de despesas.

4 - O FUNDO ESPECIAL DE CALAMIDADES PÚBLICAS - (FUNCAP) O Decreto-lei nº 950 de 13 de outubro de 69, institui o FUNCAP

com vistas a atender as populações atingidas pelas calamidades, quando reconhecidas pelo Governo Federal. Não havia, até então, verba específica para assistência imediata, nem para o reembolso de despesas das entidades prestadora de serviços e socorros.

“DECRETO – LEI N. 950 DE 13 DE OUTUBRO DE 1969 Institui no Ministério do Interior o Fundo Especial para Calamidades

Públicas (FUNCAP), e dá outras providências Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica

Militar, usando das atribuições que lhes confere a artigo 1º do Ato Institucional n. 12 (*) de 31 de agosto de 1969, com o § 1º do artigo 2º do ato Institucional n. 5 (*), de 13 de dezembro de 1968, decretam:

Art. 1º - Fica instituído no Ministério do Interior o Fundo Especial

para Calamidades Públicas (FUNCAP), como um dos instrumentos de execução do programa previsto no artigo 8” , item XII, da Construção Federal.

Art. 2º Constituem recursos do FUNCAP: a) as dotações orçamentárias da União e os créditos adicionais que

lhe forem atribuídos; b) os auxílios, subvenções, contribuições de públicas ou privadas,

nacionais, internacionais ou estrangeiras, destinadas a assistências a populações atingidas em caso de calamidade pública;

c) os saldos dos créditos extraordinários abertos para calamidade pública não aplicados e ainda disponíveis;

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d) outro recursos eventuais. Art. 3 – Os recursos a que se refere o artigo anterior serão

depositados em conta especial, no Banco do Brasil S.A. Parágrafo Único. A rede de bancos oficiais e privados poderá ser

utilizada para recebimento de auxílios e donativos, que serão transferidos até o fim de cada mês à conta especial.

Art. 4 – Incumbe a uma junta Deliberativa, composta por

representes do Ministério do Interior da Fazenda e do Planejamento e Coordenação Geral, presidida pelo primeiro e indicados pêlos respectivos Ministros, programar a aplicação dos recursos financeiros, segundo o Plano nacional de Defesa Permanente contra as Calamidades Públicas e aprovar a proposta do orçamento anual de FUNCAP.

Art. 5 – O poder Executivo estabelecerá, através do Plano Nacional

de Defesa Permanente conta as Calamidades, as diretrizes para aplicação do FUNCAP, especialmente para;

a) assistência imediata às populações atingidas por calamidades pública, cujo estado venha a ser declarado em decreto pelo Governo Federal;

b) reembolso de despesas de entidades públicas ou privadas prestadoras de serviço e socorros realizados nos termos deste diploma legal.

Art. 6 – O regulamento do presente decreto-lei , disciplinado o

mecanismo e condições de sua utilização, será expedido dentro do prazo de noventa dias.

Art. 7 – Este decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. EMÍLIO G. MÉDICI Augusto Hamann Rademaker Grünewald Aurélio De Lyra Tavares Marcio De Souza E Mello”

A regulamentação do Decreto-lei supracitado se fez pelo Decreto nº 66.204 de 13 de fevereiro de 1970.

“DECRETO N. 66.204 – DE 13 DE FEVEREIRO DE 1970

Regulamenta o Fundo Especial para Calamidade Públicas – FUNCAP – E dá outras providências.

O Presidente da República, no uso de suas atribuições que lhe

confere o artigo 81, item III, da Constituição e tendo em vista o Decreto-lei n. 950, de 13 de outubro de 1969, decreta:

Art. 1º o Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP – instituído pelo decreto-lei n. 950, de 13 de outubro de 1969, destina-se, segundo “O Plano de Defesa Permanente Contra Calamidades Públicas”

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a atender as populações atingidas pelas calamidades quando reconhecidas oficialmente pelo Governo Federal.

Art. 2º - Para a realização do objetivo a que se refere o artigo

anterior, o FUNCAP disporá dos seguintes recursos: a) dotações orçamentárias da União e os créditos adicionais que

lhe forem atribuídos; b) auxílios, doações, subvenções e contribuições de entidades

públicas ou privadas, nacionais, internacionais ou estrangeiras, destinados à assistência às populações atingidas por calamidades;

c) outros recursos eventuais. Art. 3º - Os recursos do FUNCAP serão administrados por uma

Junta Deliberativa, integrada pelos representantes Ministérios do Interior da Fazenda e do Planejamento e Coordenação Geral, indicados pelos respectivos Ministros e sob a presidência do primeiro.

Art. 4º - No caso de aplicação urgente de recursos financeiros para

a área atingida por calamidade pública, poderá o representante do Ministério do Interior autorizar despesas até 500 vezes o maior salário-mínimo vigente no País, “adreferendum” da Junta Deliberativa, à qual será justificada a medida no prazo máximo de 72 horas.

Art. 5º - A movimentação dos recursos do FUNCAP será feita por

ordem bancária ou emissão de cheques nominativos, assinados pelo representante do Ministério do Interior e pelo encarregado do setor financeiro, de acordo com o artigo 74º, § 2º do Decreto-lei n.º 200 (*), de 25 de fevereiro de 1967.

Art. 6º - A contabilização dos recursos do FUNCAP ficará a cargo

do Serviço de Contabilidade e Orçamento do Departamento de Administração do Ministério do Interior.

Art. 7º - A fiscalização da aplicação dos recursos de que se trata o

artigo anterior caberá a inspectora-geral de finanças do Ministério do Interior.

Art. 8º - Os recursos do Fundo Especial para Calamidades Públicas

– FUNCAP – serão depositados em conta especial no Banco do Brasil S.A.

Art. 9º - A Junta Deliberativa poderá aplicar ou adiantar os recursos

do FUNCAP aos dirigentes dos órgãos vinculados ao Ministério do Interior localizados nas áreas onde se positivem as situações caracterizadas como de emergência, especialmente na assistência às populações flageladas, desde que declarado oficialmente pelo Governo Federal o “estado de calamidade pública”.

Parágrafo único – O ressarcimento ao FUNCAP dos recursos a que se refere este artigo será feito através do pedido de abertura de crédito extraordinário, nos termos do § 2º do artigo 61 da Constituição Federal.

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Art. 10º - A Junta Deliberativa poderá autorizar, no início de cada exercício, a aplicação de até 5% dos recursos do FUNCAP para o custeio de treinamento e aperfeiçoamento de pessoal em assuntos de calamidade, para elaboração de documentos e publicações de interesse público, bem como para concessão de passagens e diárias a funcionários credenciados, em viagens a serviço.

Art. 11º - Compete a Junta Deliberativa: a) fixar métodos e critérios para utilização dos recursos do

FUNCAP; b) submeter à aprovação do Senhor Ministro do Interior os planos e

aplicação de recursos, bem como a proposta do orçamento anual; c) providenciar, através do Serviço de Contabilidade e Orçamento

do Departamento de Administração do Ministério do Interior , a contabilização das doações recebidas, inclusive as provenientes de entidades internacionais e estrangeiras;

d) estabelecer, mediante parecer técnico, os tetos e critérios para cada tipo de solicitação;

e) fixar o “quantum” necessário às despesas urgentes nos casos excepcionalmente e considerados de emergência, que deverá ficar sob a guarda e responsabilidade do representante do Ministério do Interior na Junta Deliberativa.

Parágrafo único – Compete ao Presidente da Junta Deliberativa: a) presidir a todos os trabalhos e reuniões, bem como coordenar as

atividades da Junta; b) convocar reuniões ordinárias e as de caráter extraordinário; c) sugerir as medidas a serem tomadas em auxílio às vítimas de

catástrofes, nas fases de emergência e recuperação, bem como no período preventivo de uma calamidade;

d) propor aos demais membros da Junta o quantitativo a ser aplicado na área.

Art. 12º - A aplicação dos recursos do FUNCAP será efetuada segundo dispõe o Decreto-lei n.950, de 13 de outubro de 1969, e de acordo com as diretrizes contidas no “Plano Nacional de Defesa Permanente contra Calamidades Públicas”, especialmente para:

a) assistência direta ou indireta às populações atingidas por calamidade pública, para efeito de aquisição de medicamentos, alimentos, agasalhos e pagamento de transportes;

b) reembolso de despesas com a preservação de vidas humanas, efetuadas por entidades públicas ou privadas prestadoras de serviços e socorros realizados na zona do flagelo, obedecendo às prescrições legais.

Parágrafo único – É vedado o emprego de recursos do FUNCAP na indenização ou reparação de bens materiais. Na eventualidade do Governo decidir arcar com tais despesas, estas correrão por conta de créditos especiais, solicitados pelo Ministério do Interior.

Art. 13º - O Governador do Estado ou Território atingidos por

calamidades solicitará, através do Ministério do Interior, as medidas necessárias ao reconhecimento oficial daquele Estado de emergência pelo Governo Federal, cabendo ao titular da Pasta apreciar a proposição e encaminhá-la, se for o caso, ao Presidente da República.

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Art. 14º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

EMÍLIO G. MÉDICI Antônio Delfim Netto Marcus Vinícius Pratini de Moraes José Costa Cavalcanti

5 - O GRUPO ESPECIAL PARA ASSUNTOS DE CALAMIDADES PÚBLICAS - (GEACAP) O Decreto nº 67.347 de 05 de outubro de 1970, estabelece as diretrizes para defesa permanente para as Calamidades Pública.

Neste Decreto, temos, pela primeira vez, uma definição para o termo calamidade pública, com o intuito de orientar as ações do Governo Federal. Estabelece, também, que a ação se inicia no Município, sendo estendida, ao Estado e, posteriormente a União, devendo ser em regime de cooperação e não de subordinação.

É importante ressaltar o texto do Parágrafo 4º, onde se introduz a idéia de limitar os riscos e as perdas.

“DECRETO N.º 67.347 – DE 05 DE OUTUBRO DE 1970 Estabelece diretrizes e normas de ação para defesa permanente

contra as calamidades públicas, cria o Grupo Especial, e dá outras providências

O Presidente da República no uso de suas atribuições que lhe

confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em vista o estabelecido no artigo 8º, item XVIII combinado com o artigo 39, do Decreto-lei n.º 200 (*), de 25 de fevereiro de 1967, decreta:

CAPÍTULO I

Da ação federal de defesa contra as calamidades públicas Art. 1º - Entende-se como Calamidade Pública à situação de

emergência, provocada por fatores anormais e adversos que afetam gravemente a comunidade, privando-a, total ou parcialmente, do atendimento de suas necessidades ou ameaçando a existência ou integridade de seus elementos componentes.

Art. 2º - A ação administrativa federal de defesa permanente contra

as calamidades públicas obedecerá às diretrizes e normas estabelecidas na forma deste Decreto.

Parágrafo único – Na área de atuação de Superintendência do

Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, a ação federal de que se trata

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este artigo será efetivada de conformidade com este Decreto e com a legislação específica daquela autarquia.

Art. 3º - A assistência federal poderá incluir a coordenação das

responsabilidades e atividades pertinentes aos Estados, Territórios e Municípios.

§ 1º - O ato de prestação de socorro deverá normalmente iniciar-se através do Município, seguindo-se-lhe o Estado ou Território e a União.

§ 2º - Caberá, também, aos demais organismos públicos localizados na área atingida a execução imediata das medidas que se fizerem necessárias, a par da ação municipal.

§ 3º - Far-se-á sempre em regime de cooperação a atuação dos organismos municipais, estaduais e federais.

§ 4º - A prestação de socorro, realizada através do conjunto de medidas tomadas em conseqüência do desencadeamento de fatores anormais e adversos, destina-se a limitar os riscos e perdas a que estão sujeitos a comunidade, os recursos e os bens materiais, incluindo providências necessárias à reparação dos serviços vitais e de preservação do moral da população.

CAPÍTULO II

Da estrutura do GEACAP Art. 4º - O Grupo Especial para Assuntos de Calamidades Públicas

– GEACAP – constitui o instrumento de articulação de esforços do Ministério do Interior com os demais Ministérios e com entidades públicas ou privadas para realização das tarefas previstas no artigo 3º deste Decreto.

Art. 5º - O GEACAP ficará subordinado diretamente ao Secretário-

Geral do Ministério do Interior. § 1º - As normas de funcionamento do GEACAP serão fixadas em

regimento interno a ser baixado pelo Ministro do Interior, observado o que a respeito dispõe o Decreto n.º 62.459 (*), de 25 de março de 1968.

§ 2º - O GEACAP será constituído por um ou mais representantes dos seguintes Órgãos, indicados pelos respectivos titulares:

a) Ministério do Interior; b) Ministério do Exército; c) Ministério da Marinha; d) Ministério da Aeronáutica; e) Ministério dos Transportes; f) Ministério da Saúde; g) Ministério da Agricultura; h) Ministério do Planejamento e Coordenação Geral; i) Ministério da Fazenda; j) Ministério da Justiça; l) Cruz Vermelha Brasileira; e m) Outras entidades públicas e privadas, de âmbito nacional. Parágrafo único – As entidades públicas e privadas referidas na

letra “n” deste artigo estabelecerão com o GEACAP a forma de sua

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colaboração nos problemas de assistência às populações atingidas pelas calamidades.

Art. 7º - O GEACAP será dirigido por um Coordenador, a ser

substituído, em suas faltas e impedimentos, por um Coordenador-Adjunto, ambos designados pelo Ministro do Interior.

Art. 8º - Ao Coordenador do GEACAP compete: a) propor ao Ministro do Interior, à vista de informações obtidas, a

decretação de estado de calamidade pública, na área do flagelo; b) realizar, no âmbito federal, o intercâmbio com as entidades

nacionais e, através do Ministério das Relações Exteriores, com as instituições internacionais de assistência às calamidades;

c) examinar os relatórios sobre as ocorrências verificadas; d) convocar o GEACAP, em sua totalidade ou não, durante as

calamidades ou sempre que se fizer necessário. Art. 9º - O decreto federal de decretação de estado de calamidade

pública terá vigência pelo prazo máximo de seis meses, podendo ser renovado.

Parágrafo único – Os relatórios deverão conter a descrição

completa da ocorrência e das providências tomadas, incluindo dados estatísticos, contábeis e recomendações cabíveis.

CAPÍTULO III

Das atribuições dos órgãos que participam do GEACAP Art. 10º - Ao Ministério do Interior incube acionar toda a estrutura

federal de atendimento às calamidades, coordenando e suplementando os recursos necessários à ação estadual e municipal, na fase de emergência, ou de recuperação da área flagelada e, ainda, na fase considerada preventiva.

Art. 11º - Os Ministérios do Exército, da Marinha e da Aeronáutica

darão apoio de pessoal e material necessários ao planejamento e execução de tarefas de socorro, ao tranSPorte marítimo e aéreo de suprimento e às missões de busca e salvamento, nos âmbitos federal, estadual, territorial e municipal.

Parágrafo único – Nas áreas do território nacional onde estivem

sediadas unidades militares, a tropa, os meios de comunicações e outros recursos disponíveis serão empregados no socorro e assistência às populações atingidas pelas calamidades públicas.

Art. 12º - Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento e

Coordenação Geral, de acordo com as respectivas competências, darão prioridade ao estudo e solução de processos atinentes a assuntos de calamidade pública, especialmente quanto nos projetos de abertura de créditos destinados ao socorro e assistência às populações flageladas.

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Art. 13º - O ministério dos Transportes prestará auxílio por intermédio de seus órgãos vinculados, responsáveis pelos transportes terrestres, fluviais e marítimos, no sentido de recuperar as vias de acesso, desobstruir áreas, transportar gêneros alimentícios e material, além de ceder pessoal especializado e maquinaria.

Art. 14º - A ação dos Ministérios das Comunicações consistirá no

estabelecimento de normas prioritárias nos serviços de telecomunicações oficiais ou privados, propiciando comunicação eficiente no atendimento das áreas atingidas.

Art. 15º - O Ministério da Agricultura estabelecerá medidas de

apoio, visando à concretização das seguintes providências: I – facilidades creditarias e de assistência técnica para assuntos

agropecuárias da zona flagelada; II – fornecimento de gêneros alimentícios, imprescindíveis à

subsistência dos flagelados; III – manutenção da estrutura SUNAB/ALIMETOS PARA O

DESENVOLVIMENTO, no que ocorre à assistência às demais atividades dos programas assistências;

IV – controle de estocagem de alimentos, coibindo abusos nos sistemas de abastecimentos;

V – coordenação com o ESCRITÓRIO DE METEOROLOGIA, no sentido da realização de previsões especiais com vistas à ocorrência de calamidades.

Art. 16º - Ao Ministério da Justiça incumbe a promoção do

entrosamento necessário com as forças policiais locais visando à manutenção da ordem pública e efetuando o policiamento na área do flagelo.

§ 1º - A propagação de notícias suscetíveis de causar pânico às populações será controlada pelo órgão competente do Ministério da Justiça.

§ 2º - A cooperação do Ministério da Justiça efetuar-se-á, ainda, através de sua rede de radiocomunicações e agentes federais, Serviço de Polícia Marítima, Aérea, de Fronteira e Rodoviária.

Art. 17º - O Ministério da Saúde tomará medidas para evitar surtos

epidêmicos, prestando, ainda, assistência técnica e contribuindo com o pessoal especializado, equipamentos e medicamentos.

CAPÍTULO IV

Da ação do GEACAP Art. 18º - O GEACAP atuará através das entidades de

desenvolvimento regional vinculadas ao Ministério do Interior, que disporão, cada um, de Coordenador Regional para Assuntos de Calamidade, designado pelo Ministro do Interior, por indicação do Superintendente respectivo.

§ 1º O Coordenador Regional será o elemento de ligação entre o GEACAP e os órgãos estaduais e municipais de defesa contra as calamidades públicas.

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§ 2º O Coordenador Regional, como representante do Ministério do Interior por iniciativa própria ou por solicitação do órgão estadual e/ou municipal de defesa contra calamidade pública, poderá solicitar a cooperação e o auxílio dos diferentes órgãos federais, civis e militares, localizados nos Estados sob jurisdição das respectivas Superintendências de Desenvolvimento Regional.

§ 3º A região Centro-Leste, compreendendo os Estados de São Paulo, Guanabara, Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte de Minas Gerais, não incluída na área de atuação da SUDENE, ficará diretamente a cargo do GEACAP.

Art. 19º - O GEACAP para desincumbir-se de suas atribuições

contará com os recursos do Fundo Especial Para Calamidades Públicas – FUNCAP - , instituído pelo Decreto-Lei n.º 950, de 13 de outubro de 1969.

Parágrafo único – Na área de atuação das Superintendência do

Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, os recursos do FUNCAP poderão ser utilizados para suplementar as disponibilidades do Fundo de Emergência e Abastecimento do Nordeste – FEANE.

Art. 20º - O Ministério do Interior designará técnicos especializados

em assuntos em Calamidade Pública, junto ao GEACAP e aos Coordenadores Regionais, para prestarem auxílio, por ocasião do flagelo, ou sempre que se fizer necessário.

Art. 21º - O GEACAP ao tomar conhecimento da calamidade

iminente, providenciará o envio à área afetada, de técnicos especializados que instruirão as autoridades municipais e estaduais interessadas.

§ 1º - Os técnicos a que se refere este artigo manterão o GEACAP constantemente informado sobre a natureza do fenômeno, a área atingida, a extensão dos meios de comunicações e via de transportes e a perspectiva da evolução do sinistro.

§ 2º - Declarando o estado de calamidade pública o decreto do Poder Executivo, o Grupo Especial para Assuntos de Calamidades Públicas – GEACAP – e Coordenadores Regionais, providenciarão os auxílios e recursos necessários.

CAPÍTULO V

Das disposições gerais Art. 22º O Governo do Estado ou Território atingido por calamidade

pública poderá solicitar as medidas necessárias ao reconhecimento oficial daquele estado de emergência pelo Governo Federal, sempre por intermédio do Ministro do Interior que encaminhará, quando for o caso, a proposição ao Presidente da República.

Art. 23º - Compete ao Ministro do Interior, através do GEACAP,

prestar assistência aos Governos Estaduais e Municipais, na elaboração dos planos de atendimento estaduais e municipais a que se refere este decreto, além de manter-se constante ligação com os órgãos específicos

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estaduais e/ou municipais, com a finalidade de atendimento em caso de calamidade.

Art. 24º - As entidades públicas e privadas nacionais atuarão nas

fases de assistência e recuperação da área flagelada e na aplicação de recursos e donativos recebidos, sistematizando a respectiva distribuição de acordo com as normas estabelecidas pelo GEACAP.

Parágrafo único – Os recursos e donativos recebidos de entidades

internacionais e estrangeiras serão também distribuídos de acordo com as normas referidas neste artigo.

Art. 25º - Os servidores públicos federais, designados para elaborar

a ação contra a calamidade pública exercerão suas atividades sem prejuízo das funções que ocupam, não fazendo jus à gratificação ou remuneração especial, salvo o recebimento das diárias, em caso de deslocamento.

Parágrafo único – A colaboração referida a este artigo é considerada como serviço relevante e constará dos respectivos assentamentos funcionais.

Art. 26º - Os atuais componentes do Grupo de Trabalho criado para

elaborar o Pano Nacional de Defesa Contra Calamidades Públicas, através dos Decretos n.º 64.568, de 22 de maio de 1969 e de 64.932 , de 05 de agosto de 1969, serão considerados representantes dos órgãos enumerados no artigo 6º, enquanto forem indicados, pelos respectivos Ministros, os novos titulares do Grupo Especial para Assuntos de Calamidades Públicas – GEACAP.

...”

Continua o Ministério do Interior responsável por acionar toda estrutura Federal de atendimento às calamidades, coordenando e suplementando os recursos necessários. Considerando, essa legislação, como o marco da Defesa Civil moderna em nosso país, sendo a mesma bem avançada, perdurando em vigor até o ano de 1988.

6 - PRIMEIRA ALTERAÇÃO DO FUNCAP Para agilizar aplicação do FUNCAP nas áreas deflagradas, foi alterado o Decreto nº 68.718 de 07 de junho de 1971.

“DECRETO-LEI 68.718 – DE 07 DE JUNHO DE 1971 Altera o Decreto n.º 66.204 (*), de 13 de fevereiro de 1970, que

regulamentou o Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP

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O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição e tendo em vista o disposto Decreto-lei n.º 950 (*), de 13 de outubro de 1969, decreta:

Art. 1º - O artigo 9º e seu parágrafo único do Decreto n.º 66.204, de

13 de fevereiro de 1970, passam a vigorar com a seguinte redação: “ Art. 9º - A junta Deliberativa poderá aplicar ou adiantar recursos

do FUNCAP aos dirigentes dos órgãos vinculados ao Ministério do Interior, localizados nas áreas onde se positivem situações caracterizadas como de emergência, que justifiquem a necessidade urgente de assistência federal, desde que esta seja reconhecida em Portaria do Ministério do Interior.

Parágrafo único – O ressarcimento do FUNCAP dos recursos a que se refere este artigo será feito através de abertura de crédito, solicitado imediatamente pelo Ministério do Interior, na forma da Lei.”

Art. 2º - A autoridade responsável pela utilização dos recursos

concedidos na forma do artigo anterior deverá prestar contas de sua aplicação, no prazo máximo de 30 dias, à Junta Deliberativa do FUNCAP, que encaminhará, com seu parecer, à Inspetoria Geral de Finanças do Ministério do Interior.

Art. 3º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. EMÍLIO G. MÉDICI José Flávio Pécora João Paulo dos Reis Velloso José Costa Cavalcante”

7 - CRIAÇÃO DA SECRETARIA ESPECIAL DE DEFESA CIVIL – (SEDEC) No Decreto nº 83.839 de 13 de agosto de 1979, que reestruturou o Ministério do Interior, estabeleceu a Secretaria Geral como Órgão de Planejamento, Coordenação e Controle Financeiro onde figura, na sua linha de subordinação, a Secretaria Especial de Defesa Civil que tinha como finalidade exercer a coordenação das atividades preventivas, assistências e de recuperação com objetivo de preservar o moral da população e o restabelecimento da normalidade da vida comunitária, sendo a mesma responsável pelo apoio técnico ao GEAP.

“DECRETO N.º 83.839 – DE 13 DE AGOSTO DE 1979 Dispõe sobre a estrutura básica do Ministério do Interior, e dá

outras providências O Presidente da República, usando das atribuição que lhe confere o

artigo 81, itens III e V da Constituição, decreta:

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Art. 1º - O Ministério do Interior – MINTER, criado nos termos II do artigo 199 do Decreto-lei n.º 200 (*), de 25 de fevereiro de 1967, tem na sua área de competência, de acordo com o disposto no artigo 39 do mesmo decreto-lei, na lei 6.310 (*), de 15 de dezembro de 1975 e nos Decretos n.º 73.030 (*), de 30 de outubro de 1973 e 83.355 (*), de 20 de abril de 1979 os seguintes assuntos:

I – desenvolvimento regional e urbano; II – radicação de populações, ocupação de território, migrações

internas; III – territórios federais; IV – saneamento básico; V – beneficiamento de áreas de proteção contra as secas e

inundações, irrigação; VI – assistência às populações atingidas por calamidades públicas; VII – assistência ao índio; VIII – assistência aos municípios; IX – Programa Nacional de Habitação; X – defesa e preservação do meio ambiente. Art. 2º - Órgãos que constituem a estrutura básica do Ministro do

Interior são os seguintes órgãos: I - Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Ministro: a) Gabinete do Ministro – GM; b) Consultoria Jurídica – CJ; c) Divisão de Segurança e Informações – DSI; d) Coordenadoria de Comunicação Social – CCS; e) Coordenação de Assuntos Parlamentares – CAP. II – Órgãos Centrais de Planejamento, Coordenação e Controle

Financeiro: a) Secretaria Geral – SG; b) Inspetoria- Geral de Finanças – IGF. III – Órgãos Centrais de Direção Superior: a) Departamento de Administração – DA; b) Departamento de Pessoal – DP. IV – Órgão Autônomo de Administração Direta: a) Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA. Parágrafo único – A Secretaria-Geral, para desempenho de suas

funções, conta com os seguintes órgãos: a) Secretaria de Planejamento – SPL; b) Secretaria de Organização de Sistemas – SOS; c) Secretaria de Programação e Instrumentos Financeiros – SPF; d) Secretaria Especial de Defesa Civil – SEDEC; e) Secretaria da Região Sudeste – SERSE; Art. 3º - Integra também a Estrutura Básica do Ministério o

Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano – CNDU, órgão colegiado interministerial, presidido pelo Ministro de Estado do Interior.

Art. 4º As entidades vinculadas ao Ministério do Interior são os

seguintes: I – Autarquias:

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a) Superintendência do Desenvolvimento da Região Sul – SUDESUL;

b) Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE; c) Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM; d) Superintendência do Desenvolvimento da Região Centro-Oeste –

SUDECO; e) Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRANA; f) Superintendência Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS; g) Superintendência Nacional de Obras de Saneamento – DNSO. II - Empresas Públicas: a) Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco –

CODEVASF; b) Banco Nacional de Habitação – BNH; c) Companhia de Desenvolvimento de Barcarena – CODEBAR. III – Sociedades de Economia Mista: a) Banco da Amazônia S/A BASA; b) Banco do Nordeste do Brasil S/A – BNB; c) Banco de Roraima S/A Art. 5º - As Fundações supervisionadas pelo Ministério do Interior

são as seguintes: Fundação Nacional do Índio – FUNAI; b) Fundação do Projeto Rondon – PRORONDON.

Art. 6º - Os Territórios Federais do Amapá, Rondônia e Roraima são

vinculadas ao Ministério do Interior, para efeito de supervisão ministerial.

Art. 7º - O Gabinete do Ministro tem por finalidade prestar

assistência ao Ministro do Estado em sua representação Política e social e incumbir-se do preparo e despacho do expediente pessoal do Ministro.

Art. 8º - A Consultoria Jurídica tem por finalidade assessorar o

Ministro de Estado nos assuntos de sua especialidade e promover a necessária coordenação das atividades jurídicas dos órgãos e entidades do Ministério.

Art. 9º - A Divisão de Segurança e Informações, órgão integrante do

Sistema Nacional de Informações e contra-informação tem por finalidade assessorar o Ministro do Estado em todos os assuntos pertinentes à Segurança Nacional, à mobilização e às informações, estando sujeita à orientação normativa, à supervisão técnica e a fiscalização específica do Serviço Nacional de Informações – SNI.

Art. 10º - A Coordenação de Comunicação Social tem por finalidade

planejar, promover e coordenar as atividades de comunicação social, no âmbito do Ministério do Interior, inclusive entidades vinculadas e supervisionadas, estando sujeita à orientação normativa, à supervisão técnica e à fiscalização específica da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

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Art. 11º - A Coordenadoria de Assuntos Parlamentares tem por finalidade identificar e acompanhar os projetos de interesse do Ministério do Interior em tramitação no Congresso Nacional, bem como coordenar a elaboração de pareceres sobre matéria legislativa e o atendimento das solicitações oriundas do Poder Legislativo.

Art. 12º - A Secretaria-Geral, órgão setorial dos Sistemas de

Planejamento Federal e de Programação Financeira, tem por finalidade desempenhar, observando sempre a orientação dos órgãos centrais dos referidos sistemas, aos quais se encontra vinculada tecnicamente, as atividades de planejamento, orçamento, modernização administrativa, programação financeira, informática e defesa civil, bem como supervisionar e compatibilizar as demais ações, programas e projetos a cargo dos órgãos e entidades do Ministério, inclusive os Programas Especiais de Desenvolvimento Regional e Urbano.

Art. 13º - A Secretaria de Planejamento tem por finalidade exercer a

coordenação das atividades de planejamento geral, regional, setorial e urbano, em apoio à supervisão ministerial, exercendo ainda as funções de orientação, coordenação e acompanhamento dos órgãos e entidades do Ministério, inclusive os programas e projetos a cargo dos órgãos e entidades do Ministério, inclusive os Programas Especiais de Desenvolvimento Regional e Urbano.

Art. 14º - A Secretaria de Organização e Sistema tem por finalidade

exercer a coordenação das atividades de modernização administrativa e informática, especialmente a que se refere à adequação de estruturas e procedimentos, ao fornecimento de informações, à identificação e proposição de medidas visando a melhor implementação de planos e programas e a racionalização das atividades a cargo do Ministério.

Art. 15º - A Secretaria de Programação e Instrumentos Financeiros

tem por finalidade exercer a coordenação, orientação, execução e acompanhamento das atividades de orçamento e programação financeira, bem como das relativas aos Programas Especiais de Desenvolvimento Regional e Urbano, das instituições financeiras vinculadas e dos incentivos fiscais regionais.

Art. 16º - A Secretaria Especial de Defesa Civil tem por finalidade

exercer, em todo o Território Nacional, a coordenação das atividades relativas às medidas preventivas, assistências e de recuperação dos efeitos produzidos por fenômenos adversos de quaisquer origens, bem como aquelas destinadas a preservar o moral da população e o restabelecimento da normalidade da vida comunitária.

Art. 17º - A Secretaria Especial da Região Sudeste tem por

finalidade coordenar as atividades do Ministério do Interior da Região Sudeste, acompanhado as ações governamentais naquela região.

Art. 18º - A Inspetoria-Geral de Finanças, órgão setorial dos

Sistemas de Administração Financeira, Contabilidade e Auditoria, tem

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por finalidade as funções de orientação do respectivo órgão central, ao qual se encontra vinculada tecnicamente.

Art. 19º - O Departamento de Administração, órgão setorial dos

Sistema de Serviços Gerais – SISG, tem por finalidade coordenar, dirigir e executar as atividades relativas a comunicações administrativas, patrimônio, material, reprografia, tranSPorte, zeladoria, vigilância, manutenção, portaria e administração financeira, observando sempre a orientação do órgão central do SISG, ao qual se encontra vinculado tecnicamente.

Art. 20º - O Departamento de Pessoal, órgão setorial de Sistema de

Pessoal Civil – SIPEC, tem por finalidade coordenar, dirigir e executar as atividades de cadastramento, lotação, classificação de cargos e empregos, orientação e aplicação da legislação de pessoal, recrutamento, seleção, treinamento e aperfeiçoamento, pagamento e assistência médico-social, observando sempre a orientação do órgão central do SIEPEC, ao qual se encontra vinculado tecnicamente.

Art. 21º - A Secretaria Especial de Meio Ambiente – SEMA, órgão

autônomo da Administração Direta, tem por finalidade assegurar a conservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais, conforme definido em legislação específica, sem prejuízo de atribuições de outros Ministérios.

Art. 22º - As entidades vinculadas ou supervisionadas,

especificadas nos artigos 4º, 5º e 6º deste Decreto, bem como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano, têm suas finalidades e competências definidas em legislação própria.

Art. 23º - O Gabinete do Ministro será dirigido por um Chefe; A

Consultoria Jurídica, por um Consultor Jurídico; a Divisão de Segurança e Informações, por um Diretor; a Secretaria-Geral, por um Secretário-Geral; as Secretarias, por Secretário; a Inspetoria-Geral de Finanças, por um Inspetor-Geral de Finanças; os Departamentos, por Diretor-Geral; as Coordenadorias, por Coordenador, cujos cargos serão providos na forma da legislação pertinente.

Art. 24º - A Inspetor-Geral de Finanças, observada a legislação

aplicável, terá representante nos Conselhos Curadores das entidades vinculadas ao Ministério.

Art. 25º - A coordenação-geral das atividades dos órgãos e

entidades do Ministério do Interior será realizada pelo Ministro de Estado, assessorado pela Secretaria-Geral.

Art. 26º - Como instrumento auxiliar de coordenação das

atividades do Ministério, funcionará uma Comissão de Coordenação do Ministério do Interior – CCMI que será presidida pelo Ministro de Estado e constituída pelos dirigentes dos órgãos e entidades constantes dos artigos 2º, 4º, 5º e 6º deste Decreto.

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Art. 27º - As normas de funcionamento da Comissão de Coordenação do Ministério do Interior – CCMI, serão aprovados por atos do Ministro de Estado do Interior – CCMI, serão aprovadas por atos Ministro de Estado do Interior.

Art. 28º - A coordenação, ao nível regional das atividades do

Ministério será exercida, em cada região, pela respectiva entidade de desenvolvimento regional.

Art. 29º - O Ministério do Interior, para o desempenho de suas

atribuições, conta ainda com as seguintes unidades de natureza especial ou transitória:

I – A Seção Brasileira da Comissão Mista Brasileiro-Uruguaia para o desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim – SB/CLM, conforme tratado promulgado pelo Decreto n.º 81.351 (*), de 17 de fevereiro de 1978;

II – Grupo Especial para Calamidades Públicas – GEACAP, criado pelo Decreto n.º 67.347 (*), de 05 e outubro de 1970.

Art. 30º - A Secretaria Especial de Defesa Civil dará o apoio técnico

e administrativo ao GEACAP. Art. 31º - A organização, a competência, o funcionamento e as

atribuições do pessoal dos órgãos e entidades integrantes da estrutura básica, a que se referem os artigos 2º, 3º,4º, item I, 5º e 6º deste Decreto, bem como das unidades mencionadas no artigo 29, serão fixados em Regimento Interno a ser aprovado pelo Ministro do Interior, nos termos da legislação em vigor.

Art. 32º - A Secretaria Especial da Região Sudeste assumirá as

atividades atualmente desenvolvidas pela Representação ao Ministério do Interior no Rio de Janeiro – REMI.

Art. 33º - Ficam criadas nas Superintendências de Desenvolvimento

Regional, Coordenadorias Regionais de Defesa Civil, vinculadas tecnicamente à Secretaria Especial de Defesa Civil da Secretaria-Geral, com a finalidade de executar em âmbito regional atividades de Defesa Civil.

Art. 34º - Fica extinto o Grupo Executivo de Irrigação para o

Desenvolvimento Agrícola – GEIDA, criado pelo Decreto n.º 63.775 (*), de 11 de dezembro de 1968.

Art. 35º - O presente Decreto entrará em vigor na data de sua

publicação. Art. 36º - Fica revogado o Decreto n.º 75.444 (*), de 06 de março de

1975 e demais disposições em contrário. João Baptista de Figueiredo – Presidente da

República. Mário David Andrezza.”

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Neste Decreto, foram criadas as Coordenadorias Regionais de Defesa Civil, vinculada, tecnicamente, à Secretaria Especial de Defesa Civil. Notoriamente, avança-se em termos de preocupação sobre as fases de atuação da Defesa Civil.

8 - SEGUNDA ALTERAÇÃO DO FUNCAP.

Primeira vez que surge a distinção dos termos Situação de Emergência e Calamidade Pública, porém o primeiro termo não foi definido tecnicamente. Isso se deu por motivos da magnitude do desastre não atingir ao extremo, contudo necessita, sobremaneira, de operacionalização em termos de recursos e assistência às populações.

“DECRETO N.º 91.198 – DE 16 DE ABRIL DE 1985 Altera a redação da alínea “a”, do artigo 12, do Decreto n.º 66.204

(1), de 13 de fevereiro de 1970, que regulamentou o Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP

O Vice-Presidente da República, no exercício do artigo de

Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em vista o disposto no Decreto-Lei n.º 950 (2), de 13 de outubro de 1969, decreta:

Art. 1º - A alínea “a”, do artigo 12, do Decreto n.º 66.204, de 13 de

fevereiro de 1970, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 12º - ..... A assistência, direta ou indireta, às populações atingidas por

“Situações de Emergência” ou “Calamidades Públicas”, para efeito de: I - aquisição de alimentos, medicamentos e agasalhos; II - aquisição de artigos de higiene pessoal; III - aquisição de artigos de limpeza, desinfecção e conservação; IV - aquisição de utensílios domésticos; V - aquisição de material destinado á construção de abrigos

emergenciais; VI - aquisição de combustíveis; VII - aquisição de equipamentos para busca e salvamento; VIII - pagamento de serviços de terceiros quando utilizado na

emergência. Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. José Sarney – Presidente da República em exercício. Ronaldo Costa Couto”

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CAPITULO III - A DEFESA CIVIL NO ESTADO DA GUANABARA

1 – GRUPO DE TRABALHO

Em 06 de junho de 1966 pelo Decreto “E” n.º 1.114 o Governo do Estado da Guanabara institui um Grupo de Trabalho com a finalidade de estudar a mobilização dos diversos órgãos estaduais em casos de catástrofes.

“DECRETO “E” N.º 1.114 – DE 06 DE JUNHO DE 1966 Institui na Secretaria de Estado do Governo Grupos de Estudos

para os fins que menciona, e dá outras providências. O Governador do Estado da Guanabara, no uso de suas atribuições

legais, e tendo em vista o dispostas no Decreto “N” n.º 585, de 26 de abril de 1966, decreta:

Art. 1º - Ficam instituídos na Coordenação de Planos e Orçamento,

da Secretaria de Estado de Governo, como órgãos consultivos integrantes do Sistema de Planejamento de Estado, os seguintes Grupos de Estudos:

I – do Metropolitano; II – do problema habitacional do Estado; III – do “Fundo Especial de Obras Publicas” (Lei n.º 899-57) IV – da Mobilização dos Órgãos Estaduais para Prevenir

Conseqüência de Catástrofes . Art. 2º - Os referidos Grupos de Estudo, a serem constituídos por

atos do Secretario de Estado de Governo, serão integrados por servidores do Estado e por representantes de entidades técnicas, publicas e privadas, que atendam a solicitação do Governo.

Art. 3º - Caberá ao Coordenador de Planos e Orçamento designar

substituo eventual na coordenação dos trabalhos de cada Grupo, bem como provê-los de pessoal técnico e administrativo necessário ao seu perfeito funcionamento.

Parágrafo único – O Secretário de Estado de Governo, por

solicitação do Coordenador de Planos e Orçamento, poderá solicitar as demais Secretarias do Estado e órgão de Administração descentralizada, pessoal técnico e administrativo, para o cumprimento do disposto no presente artigo.

Art. 4º - O Coordenador de Planos e Orçamento poderá requisitar

aos órgãos de administração centralizada e descentralizada , inclusive sociedades de economia mista, trabalhos, estudos, pareceres, processos e todo e qualquer material, de interesse direto para a efetivação dos estudos e levantamento a cargo dos Grupos de Estudo ora instituídos.

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Art. 5º - Fica suspensa, até ulterior deliberação, a vigência do

Decreto “E” n.º , de 1º de dezembro de 1965.” FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA

2 – PLANO DIRETOR DE DEFESA CIVIL

O Decreto n.º 722 de 18 de novembro de 1966, aprovou o Plano Diretor de Defesa Civil, nas situações de calamidades públicas, elaborado pelo Grupo de Trabalho instituído pelo Decreto “E” n.º 1.114 de 06 de junho de 1966.

“ DECRETO N.º 722 – 18 DE NOVEMBRO DE 1966 Aprova o Plano Diretor de Defesa Civil e dá outras providências.

O Governador do Estado da Guanabara, no uso de suas atribuições, e,

Considerando, a necessidade de disciplinar as providências a serem tomadas em casos de calamidade pública;

Considerando, assim, ser imprescindível a implantação de um sistema de defesa civil, que permita ao Governo agir imediatamente na segurança e na proteção da população;

Considerando, ainda, que para atingir tal finalidade torna-se imprescindível manter uma cooperação permanente, entre os órgãos do Estado, que devam participar dos trabalhos de minimização dos efeitos da calamidade pública;

DECRETA: Art. 1º - É aprovado o Plano Diretor de Defesa Civil, publicado em

anexo e fica fazendo parte integrante do presente decreto. Art. 2º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1966; 78º da República e 7º do

Estado da Guanabara. FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA Humberto Leopoldo Magnativa Braga Armando Salgado Mascarenhas Benjamim Moraes Filho Márcio Mello Franco Alves Cotrim Neto Raymundo de Paula Soares Hidelbrando Monteiro Marinho Dario Coelho

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Milton Mendes Gonçalves Hortência Maria Dunshee de Abranches João Paulo da Silva Paranhos do Rio Branco”

ANEXO AO DECRETO Nº 722 DE 18 DE NOVEMBRO DE 1966 “PLANO DIRETOR DE DEFESA CIVIL, NAS SITUAÇÕES DE

CALAMIDADE PÚBLICA, PARA O ESTADO DA GUANABARA 1.1 INTRODUCÃO 1.2 – Antecedentes 1.3 A “Defesa Civil”, tal como foi conceituada pelo EMFA nos anteprojetos submetidos ao Governo Federal em 1949 e 1958, significa: “o conjunto de medidas que tem por finalidade limitar, em tempo de guerra ou de paz, os riscos e perdas a que estão sujeitos a população civil, os recursos e bens materiais de toda natureza, por ação inimiga ou conseqüentes à calamidade, incluídas as medidas tomadas no sentido da reparação dos serviços vitais e de preservação do moral da população”. Admitam esses anteprojetos de lei que: a) a “Defesa Civil” é uma das componentes da Segurança Nacional, devendo ser o seu exercício encarado necessário à defesa, na forma do art. 181, da Constituição Federal; b) que a prestação de serviço a “Defesa Civil”, por parte dos membros da comunidade que não estejam servindo nas Focas Armadas, deve ser obrigatória; c) que os Governadores seriam os responsável pela organização e execução da “Defesa Civil”, nos respectivos Estados. d) Tais proposições de lei não chegaram, entretanto, a ser encaminhadas ao Poder Legislativo. e) Não obstante, tudo indica a necessidade de ser organizada a “Defesa Civil”. Certamente nenhuma nação pode-se omitir a respeito. f) Na ausência de legislação federal que fixe a organização de “Defesa Civil” no Pais, com a discriminação detalhada do que compete aos Estados membros da Federação, não deve evidentemente a Guanabara pretender criá-la em todo o conjunto de sua estrutura, funções, métodos e programas. g) – A catástrofe de janeiro h) A calamidade que se abateu sobre o Estado, em janeiro do corrente ano, com perdas de vidas e grandes danos, obrigou o Governo Estadual e a população a improvisarem uma verdadeira ação de “Defesa Civil”, a fim de enfrentarem as graves conseqüências do temporal, as quais certamente se agravaram em virtude da absoluta falta de planos preestabelecidos. Esta dura experiência indicou Governo da Guanabara a necessidade imperiosa de estabelecer um mínimo de planejamento para situações dessa natureza. Nessa calamidade, resultante de chuvas com intensidade e duração desmedidas, como não acontecia há decênios, ocorreram: a) deslizamento de encostas; b) desabamentos e soterramentos;

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c) inundações; d) destruição de taludes, muralhas, pontes, viadutos, pavimentos, galerias de águas e outras obras nos logradouros públicos; e) abolição ou redução do fornecimento de água para abastecimento público, bem como energia elétrica, gás e telefone; f) desabrigo em massa; g) falta total ou irregularidade no sistema de abastecimento de alimentos; h) mortes, ferimentos e doenças. – As decisões governamentais O Governador do Estado declarou, então, a existência do Estado de Calamidade Pública, na forma que preceitua o Código de Contabilidade Pública e, através de seus serviços, com o auxílio e a participação do Governo Federal, das Forças Armadas, de entidades não-governamentais e de toda a comunidade, enfrentou os acontecimentos. Constatou-se, naquela emergência, que as atividades de socorro, apoio e administração, teriam tido maior eficiência, rapidez e economia de meios, se preexistisse uma organização de “Defesa Civil”. É natural a tendência das coletividades para o rápido esquecimento da dor e do sofrimento. É dever, porém, do Poder Público, não olvidar a experiência vivida, tomando com antecipação as cautelas e providências necessárias: “prever para prover”. Eis por que, para a hipótese de uma futura calamidade (similar ou não a ocorrida em janeiro), o Governo do Estado instituiu o presente “Grupo de Estudos de Mobilização dos Serviços Públicos e da Comunidade, para Prevenir Conseqüências de Calamidade”, composto de representantes das Secretarias de Estado e de órgãos federais. Por menor que possa ser a repetição desse gênero de calamidade ou da ocorrência de outras catástrofes, tal não poderia jamais afastar ou retardar a decisão do Governo de planejar a sua ação. 1.4 – Conceito de “Calamidade Pública” Para os fins estabelecidos no presente Plano, considera-se “Calamidade Pública” uma situação de emergência, como tal reconhecida pelo Poder Público, provocada por fatores anormais ou adversos (climáticos, atmosféricos, geológicos, sanitários ou de outra natureza), que afete gravemente a comunidade, privando-a, total ou parcialmente, do atendimento de suas necessidades fundamentais ou ameaçando a existência e a integridade de seus componentes. 1.5 – Missão do Grupos de Estudos Preparar as bases de uma organização que possa mobilizar os Serviços Públicos Estaduais e as forças da comunidade, com o objetivo da proteção da vida e dos bens da população, em caso de calamidade pública, no tocante às conseqüências delas advindas, prevendo inclusive a colaboração de outro órgãos e entidades não pertencentes ao Estado da Guanabara. – Fundamentos e objetivos Fundamentos O Presente Plano fundamenta-se: aproveitamento ao máximo da estrutura governamental do Estado;

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desenvolvimento de um sólido espírito comunitário; cooperação de entidades não-Governamentais, com plena utilização dos serviços voluntários. – Objetivos Os objetivos propícios do Plano são: a) organizar o estado com finalidade em causa; b) estabelecer normas de ação e atribuições; c) definir responsabilidades, tendo em vista a mobilização dos serviços públicos estaduais e das entidades não-Governamentais; d) coordenar a participação da comunidade – indivíduo, família, empresas e associações – a fim de eliminar ou atenuar as perdas e danos, pessoais e materiais. 1.6 – Finalidades A finalidade deste Plano é dar condições de organização ao Governo do Estado da Guanabara para fazer face às calamidades que venham ocorrer no território sob sua jurisdição, levando em conta a proteção ao homem e a propriedade, pública e privada. Outrossim, poderá constitui-se no embrião de um futuro desenvolvimento da “Defesa Civil”, nos termos que porventura vierem a ser estabelecidos pelo Governo Federal. 2. DEFESA CIVIL – ORGANIZAÇÃO PERMANENTE PRÉ-CALAMIDADE 2.1 – Estrutura orgânica O planejamento das ações de defesa civil implica na coordenação prévia e permanente dos serviços estaduais, grupos e entidades voluntárias, no constante levantamento e controle dos recursos e equipamentos. Para esse fim o Governo do Estado instituirá uma “Comissão Central de Defesa Civil” (CEDEC), em caráter permanente, sob a Presidência do Secretário do Governo, assim constituída: a) Corpo de Assistentes; b) Serviço Administrativo; c) Grupo Executivo, integrado por representantes dos Secretários de Estado, Chefes da Casas Civil e Militar, Coordenadores do Sistema das Administração Local, de Planos e Orçamento e da Organização Administrativa Federal e das entidades não governamentais de âmbito estadual, com plena delegação de poderes. Vinculados ao CEDEC, como órgão central, serão instituídas, nas Regiões Administrativas, “Comissões Regionais de Defesa Civil” (REDEC), as quais, sob a Presidência dos Administradores Regionais respectivos, incluirão os Chefes dos Serviços locais do Estado e representantes das autoridades federais e das entidades não governamentais regionais. Os Grupos Executivos da CEDEC, bem como as REDEC, deverão preparar-se para as ações, sendo organizados Setores de : I – Relações Públicas; II – Donativos; III – Voluntariado; IV – Observação e Análise; V- Comunicações; VI – Transportes;

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VII – Suprimentos em geral; VIII – Alarma, Salvamento Evacuação e Recuperação; IX – Segurança e Apoio Militar; X – Saúde Pública e Assistência Médica; XI – Alimentação; XII – Roupas e Agasalhos; XIII – Abrigo, Triagem e Cadastro; XIV – Obras Urgentes, Perícias, Interdições; XV – Amparo à família; XVI – Combate a Incêndio; XVII – Fornecimento de água, Gás e Energia Elétrica; XVIII – Assistência Social; XIX – Assistência Religiosa. Os Setores dos Grupos Executivos da CEDEC e das REDEC serão integrados, no que couber, no primeiro caso, pelos representantes dos órgãos centrais e, no segundo, pelos serviços locais, de acordo com as finalidades e competências que normalmente têm na organização administrativa estadual. A um dos representantes, em cada Setor, será dada a responsabilidade de dirigi-lo. As entidades não governamentais, de âmbito estadual e de ação local, serão convidadas a colaborar nos Setores próprios, de acordo com suas finalidades e possibilidades, da CEDEC e das respectivas REDEC. 2.2 – Pessoal participante 2.2.1 – Do Serviço Público A CEDEC e as REDEC deverão dispor, para a execução de suas tarefas, de pessoal administrativos recrutado dos quadros de servidores estaduais. 2.2.2 – Da Comunidade A CEDEC e as REDEC manterão atividades constantes de recrutamento, seleção e treinamento de pessoal voluntário qualificado necessário às atividades de socorro, apoio e administração, no que concerne a: a) Pessoal de escritório; b) Médicos, engenheiros, assistentes sociais, relações públicas e pessoal qualificado das demais profissões técnicas; c) Ministros religiosos; d) Auxiliares de enfermagem, de serviço social, de alimentação, etc.; e) Técnicos de telecomunicações; f) Artífices; g) Técnicos em geral; h) Bombeiros auxiliares; i) Motoristas; j) Trabalhos braçais; k) Outras. 2.2.3 Preparo Técnico O Governo do Estado da Guanabara entrará em entendimentos com o Ministério da Educação e da Cultura no sentido de obter

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cooperação do Centro de Orientação de Proteção Comunitária (COPROC), no preparo de pessoal voluntário. 2.3 – Colaboração das entidades não governamentais A CEDEC e a REDEC solicitarão das entidades não governamentais (que com elas deverão estar articuladas desde dos tempos pré-calamidade), a devida colaboração. Essa colaboração poderá abranger: a) Efetivos e equipamentos de empresas privadas; b) Leitos em hospitais e casas de saúde particulares; c) Instalações de clubes desportivos ou recreativos; d) Voluntários; e) Cessão de telefones; f) Outras. Deverão ser convidados a participar: a) Associações beneficentes; b) Entidades de caráter humanitário; c) Clubes desportivos; d) Clubes de serviços comunitários; e) Representação de organizações internacionais de socorro; f) Associações religiosas; g) Organização do escotismo. h) 2.4 – Disposições gerais Este Plano considera condição essencial, para o êxito das ações de Defesa Civil, a instalação de um sistema moderno de telecomunicações capaz de, numa situação de calamidade pública, garantir as comunicações. Todas as repartições e serviços do Estado ficarão a prestar a máxima cooperação aos trabalhos da CEDEC e das REDEC. 3. DEFESA CIVIL – ORGANIZAÇÃO DURANTE A CALAMIDADE No momento em que ocorrer uma “calamidade pública”, bem como declarada pelo Governador do Estado, automaticamente a “Comissão Central de Defesa Civil” e as “Comissões Regionais de Defesa Civil” passarão à ação executiva, com suas estruturas e competências alteradas na forma do disposto neste Plano. 3.1 – Modificações estruturais 3.1.1 – Da CEDEC A CEDEC receberá e fará cumprir, a partir do início de suas operações, as decisões, diretrizes e ordens emanadas de uma “Direção Geral”, a qual como órgão supremo, dirigido pelo Governador do Estado, será integrado pelos Secretários de Estado, pelos Chefes da Casa Civil e Militar e pelos Coordenadores do Sistema de Administração Local, de Planos e Orçamento e da Organização Administrativa, mantendo-a em reunião permanente. A “Comissão Central de Defesa Civil”, também durante a emergência sob a Presidência do Secretário do Governo, terá modificada a sua composição para: 1º - Corpo de Assistentes (6); 2º - Serviço Administrativo;

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3º - Grupo Executivo, com 3 (três) representantes dos seguintes órgãos centrais: Secretaria de Administração (SUTEG); Secretaria de Economia (COCEA); Secretaria de Finanças; Secretaria de Educação; Secretaria de Governo (GAL, GOP, GCO e GDF); Secretaria de Justiça (SUSIPE); Secretaria de Obras Públicas (SURSAN, DER e CEDAG); Secretaria de Saúde (SUSEME E SUSAP); Secretaria de Segurança Pública (Superintendência de Polícia Judiciária, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Força Policial, Superintendência Executiva e Corpo Marítimo e Salvamento); Secretaria Sem Pasta; Secretaria de Serviços Públicos (CEE, CTC, CETEL e BTC); Secretaria de Serviços Sociais (COHAB, Fundação Leão XIII e CRF); Casa Civil (1º e 2º Subchefias, Assessoria de Imprensa); Casa Militar (Subchefias, Assessoria de Segurança e Assistência de Transportes); Representantes da Administração Federal; Representantes de entidades não governamentais. Além dos integrantes do Grupo Executivo da CEDEC, previstos neste item, o seu Presidente incluirá quantos representantes de outros órgãos e entidades forem necessários. Os membros constituídos do Grupo Executivo da CEDEC dirigirão os Setores Especiais discriminados de I a XIX do subitem 2.1 deste Plano, os quais serão constituídos pelos representantes dos órgãos da administração central do Estado de acordo com as finalidades e possibilidades. Na vigência da calamidade, as REDEC assumirão automaticamente a direção de todos os serviços públicos locais, que a eles ficarão subordinados. As “Comissões Regionais de Defesa Civil” terão, durante a calamidade, a seguinte composição: Presidente – o Administrador Regional; Corpo de Assistentes (6); Serviço Administrativo; Grupo Executivo, constituído por 3 (três) representantes dos serviços públicos locais; Representantes da Administração Federal de âmbito local; Delegado de entidades não governamentais. Os Grupos Executivos das Redec dirigirão Setores similares aos da CEDEC, os quais poderão ser reduzidos em numero, pelo agrupamento de atribuições. As REDEC cumprirão as diretrizes e decisões da CEDEC, à qual ficarão subordinadas. 3.2 – Utilização dos recursos de socorro 3.2.1 – Para operações de socorro Para as operações de socorro serão empregados material e efetivos, ente outros, dos seguintes órgãos e entidades: Corpo de Bombeiros; SURSAN;

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DER; SUTEG, CTC e outros Serviços de Transportes; SUSEME e SUSAP; Órgãos locais nas Regiões Administrativas; Todos os demais órgãos, autarquias e empresas do Estado; Órgãos federais cooperadores; Entidades não governamentais. 3.2.2 – Para operações de Apoio Para as tarefas de apoio serão utilizados material e efetivos dos seguintes órgãos e entidades: COCEA; SUSIPE; ADEG; SUSENE e SUSAP; Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Força Policial; Órgãos locais nas Regiões Administrativas; Órgãos federais cooperadores (SUNAB, SAPS, Forças Armadas, ect.); Todos os demais órgãos, autarquias e empresas do Estado; Entidades não governamentais. 3.3 – Colaboração do Governo Federal O Governo do Estado informará ao Governo Federal das ocorrências e solicitará, nos termos do § 2º do art. 18 da Constituição Federal, os socorros e a ajuda financeira que forem necessários. Exemplos de serviços que poderão ser solicitados de órgãos federais: a) pessoal; b) transportes; c) geradores, tratores, guindastes, bombas d’água, pipas, holofotes, helicópteros, embarcações, equipamentos em geral; d) instalações hospitalares; e) efetivos militares para tarefas gerais de segurança e serviços especializados (demolições, sapatores, pontes, comunicações, trabalho submarino, pára-quedistas, reparo de adutoras, etc.); f) cessão de próprios federais; g) cessão de material e pessoal para a construção de abrigos, instalações de cozinha, etc. 3.4 – Convocação de voluntariado Independentemente do pessoal já relacionado, treinado e inscrito por entidades governamentais – como o principalmente o COPROC do MEC – ou outras não estatais, tanto a CEDEC como a REDEC poderão abrir, por ocasião da calamidade, voluntariado de pessoal especializado que comprovantes de habilitação e para colaboradores em geral, nas categorias, entre outras, de: a) funcionários de escritório; b) médicos, engenheiros, geólogos; c) motoristas; d) enfermeiros e auxiliares de enfermagem; e) nutricionistas e auxiliares; f) assistentes sociais; g) costureiras e alfaiates;

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h) artífices e técnicos em geral; i) religiosos; j) eletricistas, bombeiros, pedreiros, etc.; k) cozinheiros; l) trabalhadores em geral. 3.5 – Disposições gerais 3.5.1 – Localização e funcionamento A CEDEC e as REDEC serão localizadas: a primeira sede do Governo e as segundas nas Administração respectivas. A CEDEC e as REDEC funcionarão ininterruptamente em turnos sucessivos de 08 horas. 3.5.2 – Solicitações e informações As REDEC solicitarão à CEDEC os recursos necessários, não disponíveis nas Regiões Administrativas respectivas. As REDEC manterão a CEDEC permanentemente informada sobre a ocorrência e o andamento do trabalhos. Em contrapartida, a CEDEC esclarecerá as REDEC sobre as providências tomadas e as que devem ser adotadas ou complementadas pelos referidos órgãos regionais. 3.5.3 – Subordinação e cooperação Todos os órgãos da administração central, descentralizada, relativamente autônoma, autarquias, fundações e empresas estatais, ficarão subordinadas à CEDEC durante todo o período de calamidade pública. Quando atuarem em quaisquer Regiões Administrativas, os órgãos da administração centralizada deverão fazê-lo em entrosamento com as REDEC. Se as circunstâncias o exigirem, a CEDEC designará um delegado para superintender os trabalhos das REDEC de Regiões Administrativas limítrofes. Quando a calamidade pública abranger apenas uma Região Administrativas ou um Grupo de Regiões Administrativas, as REDEC das demais deverão se mobilizar e oferecer toda a cooperação às REDEC das Regiões Administrativas atingidas, desde que solicitadas pela CEDEC. 3.5.4 – Atribuições legais Durante o período de calamidade pública, “a Comissão Central de Defesa Civil” exercerá, por delegação de poderes, atribuições legais para autorizar despesas, transferir materiais e equipamentos de uma para outra unidade administrativa, remover pessoal e praticará todos os atos necessários ao cumprimento de sua missão. 4. NORMAS E REGULAMENTAÇÃO 4.1 – Organização de regulamentos A CEDEC deverá estabelecer os regulamentos de organização, para a pré- emergência e para o momento de calamidade pública, baseados nos princípios gerais deste Plano. 4.2 – Utilização da Organização de Proteção Civil

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O Governo do Estado poderá valer-se da “Comissão Central de Defesa Civil”, nos casos de sinistro e catástrofes que, pelo menor vulto, não exijam a declaração do “Estado de Calamidade Pública”. ...” Publicado no BOE DOEG de 22/11/1966.

3-TRABALHO DA ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA

Na ocasião os anteprojetos do EMFA citados na introdução do anexo do Decreto nº 722 sofreram críticas em trabalhos da Escola Superior de Guerra, no qual explica motivos para não aceitação dos mesmos.

TRABALHO DE GRUPO - TG1 09 59 ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA CURSO SUPERIOR DE GUERRA 1959 Avaliação do Anteprojeto de Lei do EMFA de 1958 Brigadeiro Passos e outros “... 4 – PONTOS A SEREM REVISTOS: O Grupo julga, em face de tudo o que foi apresentado, que o Anteprojeto não deve ser encaminhado na forma em que está elaborado, em virtude de ferir a Constituição e por encarregar um organismo militar da Defesa Civil. Uma cuidadosa revisão deveria ser feita, abarcando os seguintes aspectos: 1º- Ao Presidente da República, assessorado pelo Conselho de Segurança Nacional, deveria caber o planejamento, a orientação e a coordenação da Defesa Civil, que teria como principal agente executivo, no âmbito federal o Ministério da Justiça e Negócios Interiores. 2º- O Governo da União, na forma prevista no Art. 18, § 3º da Constituição, firmaria convênios com os Governos Estaduais e dos Territórios para a execução da Defesa Civil. 3º- As Forças Armadas deveriam cooperar ativamente mas não participar efetivamente da organização. 4º- O trabalho inicial deveria restringir-se ao âmbito federal. Posteriormente, beneficiando-se da experiência colhida, seria estendido, progressivamente, aos Estados, a começar pelos mais diretamente ameaçados. 5º- O órgão federal deveria ser permanente e integrado por voluntários, remunerados, de indiscutível capacidade profissional ... ... 5- CONCLUSÕES

A solução de um problema que atinge a própria sobrevivência da população não mais pode ser procrastinada, pois é um dever nacional a tutela da vida e dos bens do povo.

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Os mais recentes progressos no campo da física nuclear não nos permitem esquecer os perigos, em um eventual conflito, de uma arma de excepcional potência, cujo efeito, pela natural expansão de fenômeno atômico e da poeira radioativa, poderá atingir nações não diretamente envolvidas no conflito.

Em vista da gravidade do perigo, não pode ser abandonado o problema da DC, destinada justamente a assegurar, desde o tempo de paz, a salvaguarda da população civil contra as conseqüências de atos de guerra, diretos ou indiretos, bem como para atender às necessidades de socorro às populações vitimadas por calamidades públicas, como inundações, secas, incêndios, etc.

Atualmente, em casos de emergência, são chamados a intervir órgãos diversos, não organizados nem preparados para tal fim, sem planejamento de espécie alguma, resultado de uma multiplicidade de intervenções descoordenadas, demoradas e, na maioria das vezes, completamente ineficiente. Entretanto, verbas vultosas são rapidamente conseguidas em tais emergências... Não há dúvida de que o dinheiro é gasto, mas que seria muito melhor empregado se houvesse um órgão específico, permanentemente apreciando a situação nacional, planejando e organizando serviços de socorro, em condições, portanto, de atender de maneira pronta e decisiva nos momentos críticos, às reais necessidades da população. ... ”

O Decreto n.º 722 de 18 de novembro de 1966 foi avançadíssimo na

ocasião, sendo o primeiro no Brasil que tratava com tanta profundidade o assunto de Defesa Civil, cria, também as Coordenadorias Regionais de Defesa Civil (REDEC). 4 – ORGANIZAÇÃO DA COMISSÃO CENTRAL DE DEFESA CIVIL

Com a vigência do Decreto n.º 722 de 18 de novembro de 1966, foi

criada a Comissão Permanente de Defesa Civil, presidida pelo Secretário de Governo, na estrutura da Defesa Civil.

A Comissão Central de Defesa Civil (CEDEC) foi organizado organizada pelo Decreto n.º 1.373 de 19 de dezembro de 1966.

“DECRETO “E” Nº 1.373 – DE 19 DE DEZEMBRO DE 1966. Organiza a Comissão Central de Defesa Civil (CEDEC) e dá outras providências.

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O Governador do Estado da Guanabara, no uso de suas atribuições

legais, e, Considerando a necessidade de se manter um órgão permanente

destinado a tratar dos encargos da defesa Civil nesta Unidade da Federação, para proteção à população e seus casos de calamidade pública;

Considerando a ausência de legislação federal reguladora da matéria;

Considerando, entretanto, a definição que o EMFA emprestou à Defesa Civil nos anteprojetos submetidos ao Governo Federal em 1949 e 1958, ou seja, “o conjunto de medidas que têm for finalidade limitar, em tempo de guerra ou de paz, os riscos perdas a que estão sujeitos a população civil, os recursos e bens materiais de toda natureza, por ação inimiga ou conseqüentes a calamidades, incluídas as medidas tomadas no sentido da reparação dos serviços vitais e de preservação do moral da população”;

Considerando que o Governo do Estado, em conseqüência e com base no inciso IV do art. 1º do Decreto “E” nº 1.114, de 06/06/1966, instituiu um Grupo de Trabalho destinado a estudar “Mobilização dos Órgãos Estaduais para prevenir conseqüências e catástrofes”, do qual fizeram parte representantes do Estado-Maior das Forças Armadas., dos diversos Secretários de Estado da Guanabara, do COPROC (Centro de Orientação de proteção Comunitária do Ministério da Educação e cultura, das três Coordenações da Secretaria, do Corpo de Bombeiros, da SURSAN, da CEDAG, do DETEL, do SAPS e da SUNAB;

Considerando que, em conseqüência desses estudos , foi Elaborado o “Plano Diretor de Defesa Civil”, aprovado no plano de SAPS e da SUNAB;

Considerando que, em conseqüência desses estudos, foi elaborado o “Plano Diretor de Defesa Civil”, aprovado pelo Decreto “N” nº 722, de 18/11/1966;

Considerando, finalmente, a urgência de se fazer funcionar a máquina prevista nesse plano;

DECRETA: Art. 1º Nos termos da alínea “c” do subitem 2.1 do supracitado

Plano Diretor de Defesa Civil e tendo em vista as indicações recebidas pelo Secretário de estado do Governo, fica instituído o seguinte Grupo Executivo da CEDEC:

..... Art. 4º O Grupo Executivo da CEDEC, em íntima colaboração e

entrosamento com o Coordenador do Sistema de Administração local da SGO, tomará providências para imediata constituição e funcionamento das “Comissões Regionais de Defesa Civil” (REDEC) instituídas no subitem 2.1 do Plano Diretor de Defesa Civil, com elas se articulando incontinente.

Art. 5º As funções previstas nos arts. 1º e 2º do presente diploma bem como as correlatas das Comissões Regionais de Defesa Civil (REDEC), no que se refere aos serviços estaduais, serão desempenhadas de forma gratuita e sem prejuízo das normalmente

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exercidas pelos seus ocupantes, não constituindo, portanto, acumulação.

Parágrafo único. Os serviços prestados nessas condições serão considerados de caráter relevante, consignando-se isso nas respectivas fichas de assentamentos funcionais.

Art. 6º O Secretário de Estado do Governo designará seus substitutos eventuais na Presidência da CEDEC e na falta destes, exercerá as citadas funções o Assistente mais graduado hierarquicamente e, em igualdade de condições, o mais idoso.

Art. 8º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de janeiro, 19 de dezembro de 1966; 78º da República e 7º do

Estado da Guanabara.

FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA Humberto Leopoldo Magnavita Braga Álvaro Americano Armando Salgado Mascaranhas Benjamin Moraes Filho Márcio Mello Franco Alves Cotrim Noto Raymundo de Paula Soares Hildebrando Monteiro marinho Dario Coelho Milton Mendes Gonçalves Carlos Rocha Mafra de Laet” Publicado no BOE e DOEG de 21/12/1966.

5 – APLICAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA CIVIL

É estabelecido uma norma geral de ação para o Sistema de Defesa

Civil, sendo estabelecidos funções e competências em caso de calamidade pública no Decreto n.º 778, de 25 de janeiro de 1967.

“DECRETO “N” nº 778 de 25 de janeiro de 1967

Dispões cobre a aplicação do Sistema de Defesa Civil, e dá outras providências

Art. 1º O Sistema de Defesa Civil, a que se refere o Decreto “N” nº

722 de 18 de novembro de 1966, com as alterações constantes do presente, será aplicável aos sinistros, catástrofes e outros acontecimentos anormais de vulto, porém de caráter local, para os quais não caiba a declaração do “Estado de calamidade Pública”.

Art. 2º Depende do Secretário de Estado de Governo, conforme o vulto, a extensão e a gravidade das ocorrências de caráter local e

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valendo-se dos meios sumários de comunicação, que forem disponíveis, a imediata mobilização e atuação da CEDEC e das REDECS.

Art. 3º Fora dos períodos de calamidade pública declarada ou de

ocorrências graves de vulto, de caráter local, em for chamada a atuar, a presidência da CEDEC, em nome do Secretário de Estado do Governo, será exercida pelo Coordenador do Sistema de Administração Local.

Art. 4º A critério dos Secretários de Estado os Órgãos centrais

específicos da administração direta e indireta de seus serviços descentralizados nas Regiões Administrativas, manterão plantões permanentes para emergências, fora das horas de expediente, inclusive sábados, domingos e feriados, de modo a tornar possível imediata ação, quando circunstâncias o exigirem.

Parágrafo único. Os servidores terão direito a uma folga,

correspondente a cada plantão. Art. 5º Quando, em virtude de deficiência do pessoal disponível,

não for possível a organização de plantões em todos os órgãos locais específicos, a critério dos Secretário de Estado respectivos, os plantões das turmas de emergência poderão ser organizados por grupos de Regiões Administrativas.

Parágrafo único. Em tal hipótese, os órgãos centrais responsáveis

informarão, prévia e detalhadamente, à Coordenação do Sistema de Administração Local, com vistas ao conhecimento da CEDEC e das REDECS, quanto à organização e funcionamento dessas inter-regionais, para os fins devidos.

Art. 6º O Coordenador do Sistema de Administração Local proporá

a inclusão de um capítulo especial, no Plano Diretor de Defesa Civil, aprovado pelo Decreto “N” nº 722, de 18 de novembro de 1966, dispondo sobre a organização e funcionamento da CEDEC e das REDECS durante acontecimentos anormais de vulto e gravidade, de caráter local, nos quais não são aplicáveis, integralmente, as disposições do item 3 e seus subitens, daquele Plano, bem como providenciará a respectiva regulamentação.”

6 – ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA CIVIL No Decreto n.º 946 de 12 de outubro de 1967 fica claro a preocupação

na mobilização e ações coordenadas dos serviços em casos de emergências. “DECRETO N.º 946 – DE 12 DE OUTUBRO DE 1967 Altera e consolida o sistema estadual de defesa civil, reformula a

estrutura da CEDEC, e dá outras providências.

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O Governador do Estado da Guanabara, no uso de suas atribuições legais, e,

Considerando os ensinamentos proporcionados pelas ocorrências calamitosas, no que diz respeito à mobilização e a ação coordenada de serviços governamentais e não governamentais, nas emergências;

Considerando a necessidade de entrosamento das entidades não governamentais, bem como do voluntariado, dentro do mesmo sistema global de defesa civil;

Considerando a conveniência de rever os Atos do Poder Executivo, referentes à defesa civil, neles incorporando a experiência anterior;

DECRETA: Art. 1º - “Calamidade Pública” é a situação de emergência

provocada por fatores anormais e adversos, que afete gravemente a comunidade, privando-a total ou parcialmente, do atendimento de suas necessidades fundamentais ou ameaçando a existência e a integração de seus elementos componentes.

Parágrafo único – O Governador, avaliando o grau de importância

dos acontecimentos anormais, declarará a existência de uma situação de calamidade pública.

Art. 2º - Para o caso especial de chuvas intensas, que possam

produzir efeitos calamitosos, a partir de um certo e imprevisível momento, o sistema estadual de defesa civil será mantido em regime de alerta e prontidão, no período compreendido pelos meses de dezembro a março.

Parágrafo único – A ação coordenada dos órgãos do Estado, dos voluntários e entidades não governamentais integrantes do sistema de defesa civil, em tais circunstâncias, a critério do Coordenador Geral em exercício, efetuar-se mesmo antes de ser considerada uma situação de calamidade pública, a qual será formalmente declarada se a conseqüências dos temporais assumirem proporções de maior gravidade.

Art. 3º - A coordenação de defesa civil do Estado, abrangendo

todos os órgãos e serviços da administração direta e indireta, e contando com a cooperação da comunidade, será exercida pela Coordenação Estadual de Defesa Civil (CEDEC).

Art. 4º - Durante os períodos de calamidade pública declarada, ou

de ocorrências graves de vulto, O Secretário de Estado do Governo assumirá automaticamente, em nome do Governador, as funções de Coordenador Geral da CEDEC.

Parágrafo único – Durante ocorrências anormais de vulto, que

exijam a ação do sistema de defesa civil, além do Coordenador do Sistema de Administração Local, serão também substitutos eventuais do Secretário de Estado do Governo, na Coordenação geral da CEDEC, os Coordenadores de Planos e Orçamentos e de Organização Administrativa.

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Art.5º - As funções de Coordenador Geral da CEDEC, durante as épocas de normalidade, serão exercidas pelo Coordenador do Sistema de Administração Local.

Art.6º - A Coordenação Geral da CEDEC terá como auxiliar

permanente um Assistente (1- C) e um Assessor Técnico (1-F), cargo em comissão e função gratificada que ficam criados, para esse fim, na Coordenação do Sistema de Administração Local e resultantes da transformação e aproveitamento dos seguintes cargos e funções fixados no Decreto 1.656/63, das antigas Regiões Administrativas:

Dois Diretores de Divisão (3-C). Parágrafo único – O Governo do Estado solicitará aos órgãos civis

e militares da Administração Federal, à Assembléia Legislativa, bem como os organismos internacionais, com agências na Guanabara, a designação de representantes junto à CEDEC.

Art. 7º - O Estado convidará as entidades não governamentais de

âmbito estadual a se fazerem representar na CEDEC, as quais constituirão, junto à sua Coordenação Geral, um Conselho de Entidades não Governamentais, que terá a sua organização estabelecida em Regimento elaborado pelos seus integrantes, atendida a orientação geral da Coordenação Estadual de Defesa Civil.

Parágrafo único – Até a elaboração do seu Regimento, e sua

aprovação por ato do Secretário do Governo, o Conselho de entidades não Governamentais será dirigido por uma Comissão Diretora provisória, escolhida em reunião convocada para esse fim e presidida pelo Coordenador Geral da CEDEC.

Art.8º - Os órgãos da Administração direta e indireta do Poder

Executivo, bem como as atividades que integram o Conselho de Entidades não Governamentais, responsáveis pelas ações relacionadas no art. 11, designarão representantes permanentes que constituirão o “Grupo Central de Representantes das Atividades Coordenadas” (GRAC), da CEDEC, o qual funcionará sob a Presidência do seu Coordenador Geral.

Art. 9º - A responsabilidade pela realização das atividades de

defesa civil, durante as emergências, bem como as que devem ser desenvolvidas nos períodos de pré-calamidade é não somente dos órgãos não governamentais, mas de toda a comunidade.

Parágrafo único - Nas ações de apoio, socorro e administração

todos os serviços públicos estaduais bem como as forças voluntários da comunidade, previamente organizadas e disciplinadas com a colaboração de entidades comunitárias não governamentais cooperadoras, deverão agir de modo integrado sob a Coordenação Geral da CEDEC.

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Art. 10º - Integrando a CEDEC, cada Administração Regional constituíra uma Coordenação Regional de Defesa Civil (REDEC), a qual será constituída:

I – Pelos Serviços e Conselhos que formam a estrutura da Administração Regional;

II – Pelos órgãos de ação local específica, que constituem o Conselho da Administração Regional;

III – Pela “Comissão Regional de Donativos da Comunidade”; IV – Pela “Comissão Regional de Voluntariado”; V – Pela “Comissão Regional de Vistorias”. § 1º - “Comissão Regional de Donativos da Comunidade” bem

como a “Comissão Regional de Voluntariado” ficarão a cargo e responsabilidade das entidades representadas no Conselho Comunitário, e por este coordenadas.

§ 2º - Os atuais Conselhos Consultivos integrantes da estrutura das Administrações Regionais, passam a denominar-se Conselhos Comunitários.

§ 3º - As REDECs serão coordenadas pelos Administradores Regionais, sob o controle da Coordenação do Sistema de Administradores Regionais Local.

Art. 11º - As atividades coordenadas pela CEDEC serão

principalmente as de : I – Vigilância e Alarma; II – Telecomunicações; III – Transportes; IV – Abrigos e Assistência Social; V – Segurança; VI – Alimentos; VII – Abastecimento de água; VIII – Esgotos; IX – Gás e energia elétrica; X – Transportes coletivos; XI – Saúde; XII – Incêndios; XIII – Obras públicas; XIV – Interdições desocupadas e desinterdições; XV – Relações Públicas; XVI – Donativos da comunidade; XVII – Voluntariado; XVIII – Assistência Religiosa. Art. 12º - A CEDEC manterá um “Plantão Central de Vigilância e

Alarma”, permanente e contínuo, o qual será obrigatória e imediatamente informado, pelos órgãos estaduais civis e militares, centrais e locais, das ocorrências anormais graves de que tenham conhecimento.

Art. 13º - Integrará a CEDEC uma “Comissão de

Telecomunicações”, da qual farão parte os Chefes dos diversos Serviços e Órgãos de Telecomunicações do Estado.

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§ 1º - Os aparelhos e equipamentos de rede de rádio VHF da Coordenação do Sistema de Administração Local (Administrações Regionais), os instalados nos órgãos centrais que não dispõem de redes próprias, e ainda aqueles utilizados para a interligação das diversas redes estaduais de rádio VHF, todos a serviços da CEDEC, serão mantidos pelo “pool” de rádios VHF da Secretaria de Obras Públicas (SURSAN), devendo esta fornecer equipamentos, pessoal, material, transportes e técnicos para a respectiva manutenção.

§ 2º - As verbas orçamentárias destinadas à instalação e manutenção de rede de rádio VHF, na Coordenação do Sistema de Administração Local, serão por estas utilizadas também em benefício do “pool” de rádio da Secretaria de Obras Públicas (SURSAN).

§ 3º - Será solicitada a colaboração da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (LABRE), para a colaboração de seus associados na transmissão de ordens e informações, sempre que necessário.

Art. 14 – As atividades de transporte serão de responsabilidade da

Secretaria de Administração, pela sua Superintendência de Transportes, sob cuja coordenação ficarão, durante as situações de calamidade ou acontecimentos anormais graves todos os serviços de transportes dos órgãos da administração direta e indireta do Estado, excluídas as viaturas especializadas.

Art. 15º - Os abrigos Centrais serão planejados, construídos,

instalados e equipados, a fim de estarem preparados para pronta utilização no momento em que deles necessite, pela Secretaria de Serviços Sociais, neles devendo prestar serviços, em atividades próprias, os diversos órgãos e entidades relacionados no art. 11.

Art. 16º - A cooperação Geral de cada Abrigo Central, ficará afeta à

autoridade designada pelo Secretário de Estado de Serviços Sociais. Parágrafo único – Os serviços dos órgãos e entidades que

colaborem no funcionamento dos Abrigos Centrais, inclusive voluntários, ficam submetidos à autoridade dos coordenadores gerais dos mesmos.

Art. 17º - O Governo poderá instituir frentes de trabalho a fim de

aproveitar, transitoriamente, em serviços externos e internos, a mão-de-obra dos abrigados.

Art. 18º - No período de pós-emergência ou calamidade cabe à

Secretaria de Serviços Sociais administrar os Abrigos Centrais, até a sua final desocupação, devendo solicitar diretamente, ou por intermédio da CEDEC, aos diversos órgãos e entidades, as colaborações julgadas necessárias.

§ 1º- Os créditos para os pagamentos das despesas com os Abrigos Centrais serão distribuídos à Secretaria de Serviços Sociais.

§ 2º - A Secretaria de Serviços Sociais manterá a CEDEC informada das sua atividades das suas atividades ligadas ao período de pós-emergência ou calamidade.

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Art. 19º - Cada REDEC organizará a relação dos locais que servirão

como Abrigos Provisórios para os primeiros atendimentos aos flagelados, onde aguardarão remoção para os Abrigos Centrais.

§ 1º - A Secretaria de Serviços Sociais deverá manter a REDEC de cada Região Administrativa suprida de equipamento mínimo necessários ao funcionamento dos Abrigos Provisórios, no que não for obtido pela mesma, através da Comissão Regional de Donativos.

§ 2º - Cabe à CEDEC providenciar o fornecimento às REDECs dos alimentos necessários aos flagelados, durante sua permanência nos Abrigos Provisórios, devendo todos

Art. 20º - A Casa Militar e a Secretaria de Secretaria de Segurança

Pública coordenarão todas as atividades de apoio militar e de segurança, cada qual no âmbito de sua atribuições.

Art. 21º - a responsabilidade pelo fornecimento de alimentos “in

natura” será da Companhia Central de Abastecimento (COCEA), da Secretaria de Economia, sem prejuízo dos auxílios nesse particular obtidos pelas Comissões de Donativos da CEDEC e das REDECs.

Parágrafo único – Quando necessário o suprimento de alimentos

preparada, a CEDEC valer-se-á da colaboração da SUSIPE (Secretaria de Justiça), bem como de estabelecimentos da SUSEME (Secretaria de Saúde) e da Secretaria de Serviços Sociais.

Art. 22º - A Companhia Estadual de Águas (CEDAG), além de seus

encargos de captação, tratamento, adução, controle e distribuição de águas, responsabilizar-se-á, nos casos de colapso no abastecimento, pelo seu fornecimento, mediante a utilização de carros-pipas , diretamente nos locais, estabelecimentos e áreas críticas.

Parágrafo único – Os demais órgãos do Estado que dispuserem de

carros-pipas serão utilizados no suprimento de água, coordenados pela CEDAG.

Art. 23º - Todos os serviços públicos estaduais deverão comunicar

prontamente à CEDEC quaisquer pontos críticos perigosos nas encostas, de que tenham conhecimento, informações essas que serão retransmitidas à Secretaria de Obras Públicos e também à Secretaria de Serviços Sociais quando for o caso de existência, nos mesmos, de favelas.

Art. 24º - Os problemas de gás e energia elétrica serão da

responsabilidade da Comissão Estadual de Energia, da Secretaria de Serviços Públicos, que coordenará as providências necessárias junto as concessionárias.

Art. 25º - A Companhia de Transportes Coletivos (CTC), além das

atribuições decorrentes de suas finalidades, cooperará com o fornecimento de ônibus para o transporte de flagelados e de pessoal, mediante solicitação da CEDEC.

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Art. 26º - Todos os órgãos e serviços de assistência médico-

hospitalar e de saúde pública, mesmo que vinculados a outras Secretarias de Estado, serão coordenados, durante as emergências, pela Secretaria de Saúde.

Art. 27º - As atividades de combate a incêndio e salvamentos, sob a

responsabilidade do Corpo de Bombeiros, receberão a cooperação dos demais órgãos do Estado.

Parágrafo único – Será da responsabilidade do Corpo de

Bombeiros o fornecimento de holofotes e geradores móveis, quando necessário às tarefas de salvamento e remoção de escombros.

Art. 28º - A Secretaria de Obras Públicas coordenará as ações e

atividades de demolições, remoção de escombros, drenagens de emergência, retirada de terra e detritos, desassoreamento das vias de escoamentos de águas e superfície, destruição ou fixação de pedras, reparos de pontes e logradouros públicos, combate a deslizamentos de encostas e inundações, proteção de taludes, manutenção de diques, dragagem de rios, reparos do sistema de esgotos, e todas as demais ligadas às finalidades dos órgãos integrantes da Secretaria.

§ 1º - Para a atuação em caso de emergência, a Secretaria de Obras Públicas e as Administrações Regionais manterão designadas, permanentemente, Comissões Centrais e Comissões Regionais de Vistorias.

§ 2º - As Comissões Centrais de Vistorias da Secretaria de Obras Públicas comunicarão á Coordenação do Sistema Administrativo Local os resultados das vistorias que realizarem a fim de que sejam providências indicadas – interdições, desocupações e desinterdições – cumpridas pelos órgãos das Regiões Administrativas.

§ 3º - As Comissões Regionais de Vistorias comunicarão à Coordenação do Sistema de Administração Local os resultados das vistorias realizadas e as providências tomadas, com vistas ao conhecimento da Secretaria de Obras Públicas, do Departamento de Fiscalização da Secretaria de Justiça a que possam interessar.

§ 4º - As administrações Regionais poderão solicitar às Comissões Centrais de Vistorias, quando necessário e as circunstância os permitirem, a confirmação dos laudos das Comissões Regionais de Vistorias.

Art. 29º - As interdições, as desocupações e as desinterdições,

solicitadas pelas Comissões Regionais ou pelas Circunstâncias Fiscais, por determinação dos Administradores Regionais, com apoio na Força Pública e colaboração dos órgãos da Secretaria de Serviços Sociais.

§ 1º - Nos casos excepcionais de emergência em que não for possível efetivar as interdições e desocupações por intermédio das Circunstâncias Fiscais, os Administradores Regionais as realizarão diretamente.

§ 2º - Os órgãos e entidades da Polícia Militar e da Polícia Civil fornecerão imediato apoio para a efetivação e manutenção das

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interdições e desocupações, sempre que solicitadas pelas Circunstâncias Fiscais ou pelas Administrações Regionais.

§ 3º - as Administrações Regionais remeterão à Coordenação do Sistema de Administração Local as comunicações de interdições, desocupações, desinterdições, com vistas ao conhecimento e controle da Secretaria de Obras Públicas e das demais Secretarias nos casos de interdições de imóveis a elas vinculados.

§ 4º - O Departamento de Fiscalização da Secretaria de Justiça, manterá, junto aos plantões da Coordenação do Sistema de Administração Local, durante as emergências, representante para orientar os assuntos referentes a interdições.

Art. 30º - A Casa Civil coordenará o Sistema de Relações Públicas

do Estado, a Assessoria de Imprensa e os órgãos de divulgação credenciados, de modo a manter a população informada quanto às ocorrências e as providências tomadas.

Parágrafo único – O Sistema de Relações Públicas, representado

pela Casa Civil, procurará obter a colaboração dos órgãos de divulgação no sentido de ser evitada a difusão de notícias e informações não confirmadas que possam gerar intranqüilidade e pânico no seio da população.

Art. 31º - A CEDEC contará com uma “Comissão Central de

Donativos da Comunidade”, sob responsabilidade do Conselho de Entidades não Governamentais, de âmbito estadual, especialmente destinada a colaborar com a ação do Governo do Estado, nas emergências e calamidades públicas, a qual coletará e manterá armazenado, para esse fim, donativos de pessoas físicas ou jurídicas.

Parágrafo único – Os donativos da comunidade, em dinheiro,

recebidos pela Comissão Central de Donativos, serão depositados em conta especial no BEG, a qual será movimentada na forma do disposto no Regimento do Conselho de Entidades não Governamentais.

Art. 32º - Funcionarão junto às Administração Regionais, integradas

as respectivas REDECs, com idêntica finalidade, “Comissões Regionais de Donativos da Comunidade”, sob a responsabilidade das entidades não governamentais de âmbito local, as quais serão designadas e coordenadas para esse fim pelos Conselhos Comunitários das Administração Regionais.

Parágrafo único - Os donativos em dinheiro serão depositados em

contas especiais no BEG, e movimentadas em conjunto pelos membros do Conselho Comunitário que pelo mesmo foram designados.

Art. 33º - As doações em dinheiro diretamente entregues ao

Governo do Estado serão, também, depositados no BEG em conta especial, em nome da CEDEC, movimentada pelo Coordenador Geral em conjunto com um dos Coordenadores da Secretaria do Governo.

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Art. 34º - Os recursos em dinheiro entregues ao Governo, à Comissão Central de Donativos do Conselho de Entidades não Governamentais ou às Comissões Regionais de Donativos da Comunidade, dos Conselhos Comunitários das Administrações Regionais, que não forem empregados durante ou no período imediatamente após a emergência, só poderão ser utilizados em empreendimentos relacionados com a defesa civil, mediante programas de aplicação aprovados pelo GRAC, no caso da Comissão Central de Donativos do Conselho de Entidades não Governamentais, e de recursos entregues ao Governo, ou pelo Conselho Comunitário, na hipótese das Comissões Regionais de Donativos da Comunidade, devendo, sempre, ser mantida uma reserva.

Parágrafo único – De todas as contas especiais serão publicados,

anualmente, demonstrativos das aplicações dadas aos recursos financeiros.

Art. 35º - A CEDEC, com o concurso de órgãos centrais das

Secretarias, e de entidades privadas, manterá uma “Comissão Central de Voluntariado”, destinada a inscrever os voluntários que, após entrevistas, exame das qualificações que os habilitem para o exercício de determinadas tarefas e concordância com as normas disciplinares, forem aceitos.

§ 1º - Os voluntários inscritos serão submetidos a cursos rápidos sobre organização geral dos serviços públicos do Estado e do Sistema de defesa civil adotado, após o que serão designados para os órgãos do Estado, integrantes do sistema de defesa civil, bem como para as “Comissões Regionais de Voluntariado”, das Coordenações Regionais de Defesa Civil (REDECS), observando-se entre outros critérios, o das habilitações e o das respectivas residências.

§ 2º - As “Comissões Regionais de Voluntariado”, das Coordenações Regionais de Defesa Civil (REDECS), organizadas sob o patrocínio dos Conselhos Comunitários das Administrações Regionais, organizarão voluntários regionais, obedecendo à orientação e à coordenação geral da “Comissão Central de Voluntariado”, da CEDEC.

Art. 36º - As atividades de Assistência Religiosa às vítimas das

emergências e calamidades serão orientadas e estimuladas pela Divisão de Educação Religiosa da Secretaria de Educação e Cultura, cabendo às REDEC dar-lhes a devida execução.

Art. 37º - A Secretaria de Educação e Cultuara ministrará, nas

Escolas Primárias e nos Estabelecimentos de Ensino Médio da rede oficial, em caráter extracurricular, porém com obrigatoriedade, noções de defesa civil e sua organização no Estado.

Art. 38º - As Coordenações Regionais de Defesa Civil (REDECS)

solicitarão sempre que necessário a ação dos órgãos e entidades centrais coordenadas as CEDEC.

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Art. 39º - A coordenação geral na Região Administrativa, das atividades e ações de defesa civil, por ocasião das emergências, ficará a cargo do Administrador Regional.

Parágrafo único – A coordenação local de cada atividade específica será exercida, sempre em estreita articulação com o Administrador Regional, pela autoridade de maior graduação hierárquica da estrutura departamental do Estado, por ela responsável no local dos acontecimentos.

Art. 40º - No período de dezembro a março de cada ano será obrigatória a existência de plantões contínuos e permanentes nos órgãos centrais da administração direta e indireta, responsáveis pelas principais atividades abrangidas pela coordenação geral a cargo da CEDEC, bem como os órgãos e serviços locais descentralizados, nas Regiões Administrativas.

§ 1º - Quando, em virtude da deficiência numérica de pessoal disponível, não for possível a organização em plantões em todos os locais específicos – descentralizados das regiões Administrativas -, os plantões, durante os períodos de alerta, serão estabelecidos por grupos de Regiões Administrativas.

§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, os órgãos centrais responsáveis informarão, prévia e detalhadamente, à Coordenação do Sistema de Administração Local, com vistas ao conhecimento da CEDEC e das Administração Regionais, o endereço, o nome dos responsáveis e os telefones, de cada plantão inter-regional.

Art. 41º - As Secretarias organizarão planos setoriais de

mobilização e ação, no âmbito de suas finalidades, para as emergências, os quais serão obrigatoriamente encaminhados à CEDEC, e examinados pelo GRAC.

Parágrafo único – Os planos setoriais deverão atender às disposições do presente decreto.

Art. 42º - É considerada obrigatória a participação dos servidores

do Poder Executivo do Estado, de quaisquer categorias, nas ações de defesa civil, nas emergências e nas calamidades.

Art. 43º - As Secretarias pelos órgãos de Administração direta e

indireta, colocarão a disposição da CEDEC os servidores que forem por esta requisitados, para os serviços e encargos de organização do sistema de defesa civil.

Art. 44º - As disposições do presente decreto, que impliquem em

eventual alteração das atribuições normais das estruturas administrativas permanentes do Estado, são aplicáveis apenas nas circunstâncias e na duração dos acontecimentos anormais de vulto, que exijam providências de caráter excepcional.

Art. 45º - O presente decreto sofrerá as modificações que forem

necessários, tão logo seja regulamentado o item XII do art. 8º, da Constituição Federal, pelo qual compete à União “organizar a defesa permanente contra calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações”.

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Art. 46º - O Coordenador Geral da CEDEC baixará os atos que forem

necessários à complementarão e à implantação das disposições contidas no presente decreto.

Art. 47º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,

ficando revogados os Decretos “N” n. 722, de 1966, 778, de 1967 e o Decreto “E” n. 1.373, de 1966 e demais disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 12 de outubro de 1967; 79º da República e 8º do

Estado da Guanabara. FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA, Humberto Braga, Álvaro

Americano, Armando Salgado Mascarenhas, Gonzaga da Gama Filho, Márcio Mello Franco Alves, Alberto Bittencourt Cotrim Neto, Raymundo de Paula Soares, Dario Coelho, José Bonifácio Diniz de Andrada, Milton Mendes Gonçalves, Vitctor de Oliveira Pinheiro, Carlos Rocha Mafra de Laet” 7 – REORGANIZAÇÃO E NORMAS DE FUNCIONAMENTO AO SISTEMA DE DEFESA CIVIL

Considerando-se como sistema pioneiro que necessita de ajustes,

sobretudo na mobilização e ação de serviços governamentais e não-governamentais, veio o Decreto n.º 3.435 de 24 de novembro de 1969 que reorganizou o sistema.

“DECRETO N.º 3.435 – DE 24 DE NOVEMBRO DE 1969 Reorganiza e da normas de funcionamento ao Sistema de Defesa

Civil no Estado da Guanabara O Governador do Estado da Guanabara, no uso de suas

atribuições, e Considerando que os resultados alcançados pelo Sistema de

Defesa Civil, pioneiramente instituído por este Estado, para atender as situações de emergência provocadas por fatores anormais e adversos, que afetem gravemente a comunidade, demonstram o acerto do Governo ao criá-lo;

Considerando que a experiência vivida e adquirida no curso dos anos anteriores aconselha a alteração e a consolidação da legislação pertinente à matéria não obstante os frutos, através dela alcançados;

Considerando, ainda, que na legislação vigente não foram devidamente conceituados alguns aspectos próprios ao Sistema, suscitando, assim, na prática, algumas dúvidas e controvérsias, sobretudo no que concerne à mobilização e à ação coordenada dos

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serviços governamentais, no curso das situações de emergência, decreta:

CAPÍTULO I Das Definições Art. 1º - Entendem-se por Defesa Civil, para os efeitos do presente

Decreto, o conjunto de medidas tomadas ou a serem tomadas em conseqüência do desencadeamento de fatores anormais e adversos.

Parágrafo único – Destinam-se essas medidas a limitar os riscos e as perdas a que estão sujeitos a comunidade, os recursos e os bens materiais de toda natureza, e incluem as providências necessárias para a reparação de serviços vitais e de preservação do moral da população.

Art. 2º - Período de Vigilância e Alerta – é o período compreendido

entre o primeiro dia de dezembro de cada ano e o último de março do ano seguinte.

Art. 3º - A Situação de Emergência – é aquela declarada pelo

Secretário de Estado de Governo, à vista de fatores anormais e adversos que, desencadeados sobre a população, possam exigir declaração do Estado de Calamidade Pública.

Art. 4º - Estado de Calamidade Pública – será declarado pelo

Governador quando a situação, provocadas por fatores anormais e adversos, afete, gravemente, a comunidade, privando-a, total ou parcialmente, do atendimento de suas necessidades fundamentais ou quando ameace a existência ou integridade de seus elementos componentes.

Art. 5º - Para todas as Secretarias entende-se como: I – Sobreaviso: o regime de trabalho em que todos os servidores

terão a obrigação de se manter em contato com o órgão a que estão subordinados, devendo estar preparados para atender ao chamado de prontidão;

II – Prontidão: o regime de trabalho em que os órgãos contarão, permanentemente e no mínimo, com dois chefes ou autoridades e metade do efetivo disponível;

III – Prontidão Rigorosa: o regime de trabalho em que os órgãos contarão, permanentemente, com todo o efetivo disponível, inclusive os chefes ou autoridades.

Parágrafo único – As corporações militares Da Secretaria de Segurança Pública adotarão os termos referidos neste artigo com a designação que lhes serão peculiares.

CAPÍTULO II Da Organização Art. 6º - A Coordenação Estadual de Defesa Civil (CEDEC), destina-

se a coordenação de outros órgãos e serviços de administração direta e indireta ao Poder Executivo do Estado, contando com a cooperação da

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comunidade, de órgãos subordinados a outros Poderes e de órgãos não governamentais, para atender as necessidades da população em situação de emergência ou situação de calamidade pública.

Art. 7º - As Secretarias, pelos órgãos de administração direta e

indireta, colocarão à disposição da CEDEC os servidores que forem por esta requisitados, para serviços e encargos do sistema de Defesa Civil.

Art. 8º - A CEDEC compõe-se de: I – Coordenação Geral; II – Grupo Central de Atividades Coordenadas (GRAC); III – Grupo de Atividades Fundamentais (GRAF); Art. 9º - A Coordenação Geral compete: I – Coordenador Geral; II – Assistente; III – Assessor de Relações Públicas; IV – Assessor Técnico; V – Secretário. § 1º A Coordenação Geral é dotada de uma rede de

Telecomunicações, composta de posto central e dos postos regionais e volantes.

§ 2º Nos períodos de normalidade o Posto Central constitui o Plantão Central da Vigilância e Alerta.

§ 3º No período de Vigilância e Alerta esse plantão, a critério do Coordenador Geral da CEDEC, será complementados por servidores designados Plantonistas.

Art. 10º - O Grupo Central de Atividades Coordenadas (GRAC) é

composto por todas as Secretarias, Superintendência de Urbanização e Saneamento, Departamento Estadual de Estradas e Rodagem, Companhia Estadual de Águas e Conselho Estadual de Telecomunicações.

§ 1º Cada Secretário de Estado, o Superintendente da SURSAN, o Diretor-Geral do DER e os Presidentes da CEDAG e COETEL designarão o seu Representante Permanente para Assuntos de Defesa Civil, o qual terá atuação no GRAC nas épocas de normalidade.

§ 2º Terão assento no GRAC os Representantes Permanentes para Assuntos de Defesa Civil que forem designados pelo Exército, I Distrito Naval, III Zona Aérea, Assembléia Legislativa, Conselho de Entidades não Governamentais e órgãos internacionais de assistência e cooperação, que tenham agência neste Estado.

Art. 11º - As autoridades referidas no § 1º do artigo 10º escolherão

como seus Representantes Permanentes, a seu critério, servidor seu subordinado, de preferência o ocupante de cargo efetivo de nível elevado, sendo que:

I – o Secretário de Estado de Administração deverá escolher como seu Representante Permanente um Servidor da SUTEG;

II – o Secretário de Estado de Agricultura deverá escolher como seu Representante Permanente um servidor da COCEA;

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III – o Secretário de Estado de Justiça deverá escolher como seu Representante um servidor da SUSIPE;

IV – o Secretário de Estado de Obras Públicas deverá escolher como seu Representante Permanente um Engenheiro do DED;

V – o Secretário de Estado de Saúde deverá escolher como seu Representante Permanente um Médico da SUSEME;

VI – o Secretário de Estado de Segurança Pública deverá escolher como seu Representante Permanente, um Delegado de Polícia;

VII – o Secretário de Estado de Serviços Públicos deverá escolher como seu Representante Permanente um servidor da CTC;

VIII – o Superintendente da SURSAN deverá escolher como seu Representante Permanente um Engenheiro do IG.

Art. 12º - O GRAC, para efeito de reunião, divide-se em três turmas: I – 1º Turma: composta de Representantes Permanentes dos

Secretários de Estado de Administração, de Obras Públicas, de Segurança Pública, de Serviços Sociais, do Superintendente da SURSAN, do Diretor-Geral do DER e do e do Presidente do COETEL.

II – 2º Turma: composta dos Representantes Permanentes dos Secretários de Estado de Agricultura, de Educação e Cultura, de Justiça, de Saúde, de Serviços Públicos e do Presidente da CEDAG.

III – 3º Turma: composta dos Representantes Permanentes dos Secretários de Estado de Ciência e Tecnologia, de Finanças e de Turismo.

Parágrafo único – Os Representantes referidos no § 2º do artigo 10 serão distribuídos pelas turmas do GRAC pelo Coordenador.

Art. 13º - Compõem o Grupo de Atividades Fundamentais (GRAF)

para a Defesa Civil os seguintes órgãos subordinados: I – à Secretaria de Administração: A Superintendência de Transportes do Estado da Guanabara. II – à Secretaria de Agricultura: Companhia Central de Abastecimento. III – à Secretaria de justiça: Superintendência do Sistema Penitenciário. IV – à Secretaria de Obras Públicas: Departamento de Edificações V – à Secretaria de Saúde: Superintendência de Serviços Médicos. VI – à Secretaria de Segurança Pública:

a) Corpo de Bombeiros do Estado da Guanabara; b) Corpo Marítimo de Salvamento; c) Departamento de Controle e Segurança; d) Departamento de Trânsito; e) Guarda Civil do Estado da Guanabara; f) Guarda Civil do Estado da Guanabara; g) Instituto Médico Legal; h) Polícia Militar do Estado da Guanabara; i) Superintendência de Polícia Judiciária. VII – à Secretaria de Serviços Públicos : a) Comissão Estadual de Controle de Transporte Coletivos; b) Comissão Estadual de Energia;

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c) Companhia Estadual de Gás da Guanabara; d) Companhia de Transportes Coletivos da Guanabara. VIII – à Secretaria de Serviços Sociais: a) Albergue João XXIII; b) Centro de Recuperação de Mendigos; c) Fundação Leão XIII. IX – à Superintendência de Urbanização e Saneamento: a) Departamento de Limpeza Urbana; b) Departamento de Parques; c) Departamento de Rios e Canais; d) Departamento de Saneamento; e) Departamento de Vias Urbanas; f) Instituto de Geotécnica.

Parágrafo único – Quando um dos membros do GRAC tiver sob sua subordinação mais um Órgão de Atividades Fundamentais para Defesa Civil, a autoridade referida no § 1º do artigo 10 designará para cada um dos órgãos um Representante Permanente no GRAF e as atividades destes serão coordenadas pelo Representante Permanente no GRAC.

Art. 14º - O Conselho de Atividades não Governamentais (CENG)

será composto pelos Representantes Permanentes das atividades não Governamentais que atenderem ao convite do Governo para a participação da Defesa Civil, os quais elaborarão o seu Regimento e elegerão um Presidente, e este designará o seu Representante Permanente junto à CEDEC.

Art. 15º - A CEDEC organizará através, dos membros do CENG, a

Comissão Central de Donativos, a qual será presidida pelo Presidente do CENG.

Art. 16º - Cada Administração Regional atuará como uma

Coordenação Regional de Defesa Civil (REDEC), contando para o seu funcionamento com toda a sua estrutura administrativa.

Art. 17º - Durante os Períodos de Vigilância e Alerta os Delegados

de Polícia e os Comandantes dos Quartéis da Polícia Militar e dos Batalhões descentralizados do Corpo de Bombeiros tomarão parte, obrigatoriamente, nas reuniões do Conselho Executivo das Administrações Regionais de suas jurisdições.

Parágrafo único – quando uma dessas dependências da Segurança Pública atender a mais de uma Região Administrativa, o Delegado ou Comandante participará das reuniões na Sede da Administração Regional mais próxima de sua dependência.

Art. 18º - Em cada REDEC haverá: I – Comissão Regional de Donativos da Comunidade; II – Comissão Regional de Voluntariado; III - Comissão Regional de Vistorias IV – Posto Regional de Telecomunicações; § 1º - As Comissões Regionais de Donativos da Comunidade e do

Voluntariado serão compostas por membros do Conselho Comunitário e coordenadas pelo Presidente deste Conselho.

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§ 2º - As Comissões Regionais de Vistorias serão compostas por Engenheiros, servidores do Estado, de preferência chefes de Serviços Locais, que terão a incumbência de fazer vistorias de lugares que oferecem perigo, apresentando ao Administrador Regional, sobre cada caso, breve laudo conclusivo, no qual opinarão sobre as experiências que devem ser tomadas.

§ 3º - Os Administrativos Regionais deverão enviar aos órgãos competentes os laudos das Comissões Regionais de Vistorias, para as providências necessárias, remetendo, também, cópia do laudo expediente à CEDEC.

§ 4º - Enquanto perdurar a Situação de Emergência o Administrador Regional poderá, à vista de novo laudo, determinar a desinterdição, e uma vez restabelecida a normalidade, essa providência será tomada pelo órgão técnico competente.

CAPÍTULO III Do Funcionamento

Art. 19º - Todos os órgãos do Poder Executivo Estadual civis e

militares, centrais e locais, informarão, imediatamente, ao Plantão Central de Vigilância e Alerta todas as ocorrências anormais e graves, referentes à Defesa Civil, assim como, com o mesmo objetivo, informarão sobre situações de perigo, independentemente das providências que venham a tomar.

Art. 20º - Durante o Período de Vigilância e Alerta, será obrigatória a

existência de plantões contínuos e permanentes nos órgãos centrais e descentralizados da Administração Direta e Indireta, de todos os componentes do GRAF (artigo 8º, n. III).

§ 1º - Nos órgão em que houver plantões permanentes e contínuos, devido a sua rotina de trabalho, não será necessária a criação de outros plantões.

§ 2º - Quando não for possível a organização de plantões em todos os órgãos locais e específicos – descentralizados nas Regiões Administrativas – em virtude de deficiência numérica de pessoal disponível, os plantões serão estabelecidos por Grupos de Regiões Administrativas.

Art. 21º - As Comissões Regionais de Voluntariado ministrarão

ensinamentos e treinamento aos voluntariado, seguindo a programação que será elaborada pela CEDEC.

Art. 22º - As interdições, desocupações e demolições determinadas

pelas Comissões Regionais de Vistorias serão garantidas pela Polícia Militar do Estado da Guanabara, mediante solicitação do Administrador Regional.

Parágrafo único – Na impossibilidade do atendimento imediato por parte daquela corporação, o Administrador Regional utilizará os recursos do órgão policial local.

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Art. 23º - As doações em dinheiro, entregues ao Governo do Estado, serão dispostas no BEG em contas especial da Comissão Central de Donativos (artigo 15).

Art. 24º - Terminadas as Situações de Emergências ou Estado de

Calamidade Pública, e regularizadas as suas conseqüências sociais, os saldos dos donativos e doações terão os seguintes destinos:

I – os saldos de utilidades, gêneros e medicamentos serão doados à Secretaria de Serviços Sociais;

II – os saldos em depósito bancário serão usados de acordo com o programa de aplicação de recursos elaborados pelo Coordenador da CEDEC, o qual terá em vista as necessidades regionais.

Parágrafo único – Sempre que possível, os saldos serão aplicados nas áreas onde foram doados.

Art. 25º - A Secretaria de Serviços Sociais planejará, construirá,

instalará, equipará e administrará os Abrigos Centrais, os quais deverão estar preparados para a pronta utilização no momento em que sejam necessários.

Art. 26º - Durante as Situações de Emergência e Estados de

Calamidade Pública, as demolições, remoções de escombros, drenagens, retirada da terra e de detritos, desassoreamento das vias de escoamento de água de superfície, destruição ou fixação de pedras, reparos em pontes e logradouros públicos, contenção de deslizamentos de encostas e inundações, proteção de taludes, manutenção de diques, drenagem de rios e outras providências, serão executados pelos órgãos de competência específica.

Parágrafo único – As remoções de escombros, quando houver vítimas, serão executadas, dentro de suas possibilidades, pelo Corpo de Bombeiros, em colaboração com aqueles órgãos.

Art. 27º - A Casa Militar e a Secretaria de Segurança Pública

coordenarão todas as atividades de apoio militar e de segurança, cada qual no âmbito de suas atribuições.

Art. 28º - Nas Situações de Emergência e Estado de Calamidade

Pública, a SEDEC coordenará o uso de carros-pipa do Estado, salvo os do CBEG, e o seu Coordenador poderá requisitar os carros-pipa particulares para o serviço de Defesa Civil.

Art. 29º - Os órgãos de Assistência Médico-Hospitalar e de Saúde

Pública que estejam vinculados a CCA, nas Situações de Emergência e Estado de Calamidade Pública, ficarão integrados no sistema hospitalar da SSA.

Art. 30º - Os problemas de gás e energia serão coordenados pelas

Secretarias de Serviços Públicos. Art. 31º - O CENG, através das organizações religiosa às vítimas

nas Situações de Emergência e Estado de Calamidade Pública.

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Art. 32º - Em Situações de Emergência e Estados de Calamidade Pública, as informações diretas ao público serão feitas por intermédio da Rádio Roquete Pinto, a qual permitirá que qualquer outra emissora transmita ou retransmita essas informações.

Art. 33º - Nos casos de Calamidade Pública, as Relações da CEDEC

serão feitas pela Casa Civil do Governador, com auxílio da Assessoria de Relações Públicas das CEDEC.

Art. 34º - Os regimes de Sobreaviso, de Prontidão e de Prontidão

Rigorosa serão determinados pelo Secretário de Estado de Governo. Parágrafo único – Estes especiais de trabalho, segundo a extensão

da Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública, poderão ser determinadas para todos ou, apenas, para alguns órgãos do Poder Executivo.

Art. 35º - Durante as épocas de normalidade, as funções de

Coordenador-Geral da CEDEC serão exercidas pelo Coordenador do Sistema de Administração Local.

Art. 36º - Durante as Situações de Emergência e os Estados de

Calamidade Pública, o Secretário de Estado de Governo assumirá, automaticamente, as funções de Coordenador-Geral, e nos Estados de Calamidade Pública, os demais titulares mencionados no § 1º do artigo 10 assumirão seus lugares no GRAC, quando serão assessorados pelos seus Representantes Permanentes.

Parágrafo único – Nestes casos, além do Coordenador do Sistema de Administração Local, serão, também, substituídos do Secretário de Estado de Governo na CEDEC, os Coordenadores de Planos e Orçamentos e de Organização Administrativa, nessa ordem.

Art. 37º - Quando for determinado regime de prontidão os

Representantes Permanentes referidos no § 1º do artigo 10, convocarão os Representantes Permanentes dos Órgãos e Atividades Fundamentais (GRAF), para assessorá-los e permanecerão, todos, na CEDEC, observando o previsto no parágrafo único do artigo 34.

Art. 38º - Quando for determinado regime de Prontidão Rigorosa

todos os titulares dos órgãos mencionados no artigo 10 e no artigo 13, assumirão seus postos na CEDEC, onde serão assessorados pelos respectivos Representantes Permanentes, observado o previsto no parágrafo único da artigo 34.

Art. 39º - Quando for declarado o regime de Prontidão ou de

Prontidão Rigorosa, todos os servidores deverão comparecer, o mais rápido possível, ao seus locais de trabalho.

§ 1º - Quando não for possível ao servidor chegar ao seu local de trabalho devido a deficiência de transporte, deverá apresentar-se ao órgão descentralizado correspondente ao em que é locado ou à sede da Administração Regional, quando não houver tal órgão, cabendo ao plantonista fazer o competente registro dessas apresentações.

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§ 2º - O Chefe do Órgão onde o servidor se apresentar usará outras dependências em atividades compatíveis com a habilitação funcional de cada um, até que seja possível apresentá-los à repartição a que pertencem.

CAPÍTULO IV Disposições Gerais Art. 40º - Os Representantes Permanentes referidos no § 1º do

artigo 10 elaborarão, juntamente com os Representantes do GRAF (artigo 13 parágrafo único), os Planos Setoriais, que serão subordinados ao GRAC, anualmente.

Art. 41º - A Secretaria de Educação e Cultura, em caráter

extracurricular, ministrará obrigatoriamente, noções de defesa civil e de sua organização na Guanabara, em todos os estabelecimentos de ensino primário e médio pertencentes à rede escolar do Estado.

Art. 42º - É obrigatória a participação dos servidores do Poder

Executivo do Estado de qualquer categoria, nas ações de Defesa Civil, nas situações de emergência e estados de calamidade pública.

Art. 43º - As disposições do presente decreto que, eventualmente,

alterem as atribuições normais das estruturas administrativas permanentes do Estado são aplicáveis, apenas, nas situações de emergência e nos estados de calamidade pública.

Art. 44º - Este Decreto será oportunamente adaptado à lei federal

que vier a complementar o disposto no item XIII, do artigo 8º, da Constituição Federal, que atribui competência à União para “organizar a defesa permanente contra calamidades públicas, especialmente as secas e inundações”.

Art. 45º - O presente Decreto entra em vigor na data de sua

publicação, revogando os Decretos “N” n. 722(*), de 18 de novembro de 1966; “E” n. 1.373(*), de 19 de dezembro de 1966; “N” n. 2.783(*), de 23 de abril de 1969 e as demais disposições em contrário.

FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA – Governador do Estado.” É importante observar mais uma vez o pioneirismo nas definições dos

conceitos, estabelecendo, assim, as primeiras doutrinas de Defesa Civil e Proteção Comunitária no Brasil.

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CAPITULO IV - A DEFESA CIVIL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (ANTES DA FUSÃO) 1 – A CRIAÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE DEFESA CIVIL

O Governador preocupado em estabelecer um procedimento que visava

proteger as populações e a coordenação de órgão e recursos públicos, bem como a ordenação através de um organismo nos casos de emergências e calamidades públicas, criou a Comissão Permanente de Defesa Civil pelo Decreto n.º 12.959 de 07 de julho de 1967.

“DECRETO Nº 12.959, DE 07 DE JULHO DE 1967

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, com fundamento no artigo 72, item II, da Constituição Estadual, de 14 de maio de 1967, e

CONSIDERANDO que cabe ao governo adotar providências visando proteger a população e seus bens materiais;

CONSIDERANDO que essa proteção deve ser realizada ordenadamente, através de um organismo que, por seu pronto a satisfatório funcionamento, possibilite, em particular nos casos de emergência e calamidade a defesa civil;

CONSIDERANDO que a semelhança de outras áreas do País, por intempéries de caráter excepcional, resultando em graves conseqüências para a Comunidade Fluminense;

CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer normas e regulamentos que protejam as populações e coordenem os órgãos e recursos públicos e comunitários, quer para eliminar, atenuar ou sanar os seus efeitos,

DECRETA: Art. 1º - Fica criada a COMISSÃO PERMANENTE DE DEFESA CIVIL,

à qual compete: I – Pesquisar as causas de ocorrências resultantes de

fatores atmosféricos, geológicos, sanitários ou de qualquer outra natureza que afetem ou possam afetar gravemente a segurança das populações.

II – Propor medidas para prevenir essas ocorrências e eliminar atenuar ou sanar seus efeitos.

III – Coordenar os órgãos bem como os recursos públicos ou comunitários indispensáveis e supervisioná-los, nas áreas ameaçadas ou atingidas.

IV – Propor normas , regulamentos e posturas. V – Propor a criação de setores de atividades, comissões

regionais e municipais. VI – Definir responsabilidades. VII – Aplicar recursos específicos.

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Art. 2º - A comissão Permanente de Defesa Civil, com sede no Palácio do Governo, terá como Presidente nato o Governador do Estado.

Art. 3º - São órgãos da Comissão Permanente de Defesa Civil: Secretaria Executiva. Conselho Técnico. Art. 4º - O secretário Executivo d Comissão de Defesa Civil terá

“status” de Secretário de Estado e será designado pelo Chefe do Governo, como Secretário Extraordinário de Defesa Civil.

Art. 5º - O conselho Técnico, sob a presidência do Secretário

Extraordinário de Defesa Civil, compõe-se de: 2 (três) representantes da Secretaria de Segurança pública, sendo 1

(um) da Polícia Militar e 1 (um) do Quadro do Corpo de Bombeiros, da mesma Corporação;

3 (dois) representantes da Secretaria de Comunicação e Transportes, um dos quais do Departamento de Estradas e Rodagem;

2 (dois) representantes da Secretaria de Obras Públicas, sendo 1 (um) da Superintendência Central de Engenharia Sanitária, e 1 (um) representante de cada uma das demais Secretarias do Estado. § 1º - Poderão participar, também, do Conselho Técnico, representantes das Forças Armadas e de organismos não governamentais, sempre que, a juízo da Comissão, houver assunto que motive essa participação. § 2º - O Conselho Técnico reunir-se-á por convocação do Secretário Extraordinário de Defesa Civil, podendo dividir-se em grupos e seus membros serem designados para atuar nos vários setores de atividades. Art. 6º - A Comissão Permanente de Defesa Civil, para execução de suas tarefas, disporá de servidores estaduais, devidamente autorizados pelo Governador do Estado a prestar-lhe serviços, com ou sem prejuízo de suas atribuições normais, mediante requisição do Secretário Executivo. Art. 7º - As deliberações da Comissão Permanente de Defesa Civil deverão ser fielmente cumpridas pelos órgãos públicos competentes. Art. 8º - O Secretário Extraordinário de Defesa Civil submeterá à aprovação do Governador do Estado, no prazo de 30 dias, o regulamento da Comissão. Art. 9º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Os Secretários de Estado assim o tenham entendido e façam executar. PALÁCIO DO GOVERNO, em Niterói, 7 de julho de 1967. GEREMIAS DE MATTOS FONTES Francisco da Cunha Gomes Edmundo Campello Costa

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Nilo Peçanha Araújo de Siqueira Élio Monnerat Solon de Pontes Nilo Peçanha Araújo de Siqueira, respondendo pelo expediente da Secretaria de Energia Elétrica Mário Arnaud Baptista Aluízio Belarmino de Mattos Armando Gomes de Sá Couto Francisco Homem de Carvalho Renato Tinoco de Faria”

O Presidente da Comissão era o próprio Governador e o Corpo de

Bombeiros e a Polícia Militar teria um assento junto ao Conselho Técnico.

2 - A ESTRUTURAÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE DEFESA CIVIL Através do Decreto 13.002 de 28 de setembro de 1967, o Governador

estruturou e deu competência aos diversos órgãos que compõem a Comissão Permanente de Defesa Civil.

“DECRETO Nº 13.002, DE 28 DE SETEMBRO DE 1967

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, com fundamento no artigo 72, item II da Constituição Estadual, de maio de 1967, e

CONSIDERANDO que cabe ao Governo adotar providências visando a proteger a população e seus bens materiais;

CONSIDERANDO que a semelhança de outras áreas do País, por intempéries de caráter excepcional, resultando em graves conseqüências para a Comunidade Fluminense;

CONSIDERANDO que essa proteção deve ser realizada ordenadamente, através de um organismo que, por seu pronto a satisfatório funcionamento, possibilite, em particular nos casos de emergência e calamidade a defesa civil;

CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer normas e regulamentos que protejam as populações e coordenem os órgãos e recursos públicos e comunitários, quer para eliminar, atenuar ou sanar os seus efeitos,

DECRETA: Art 1º - Fica criada diretamente subordinada ao Governador do

Estado, que presidirá, a COMISSÃO PERMANENTE DE DEFESA CIVIL ( C. P. D. C. ), com as seguintes finalidades:

a) pesquisar as causas – atmosféricas, geológicas, sanitárias, ou de qualquer outra natureza – de ocorrências que venham efetuar gravemente a segurança das populações;

b) executar obras de engenharia que evitem, eliminem, atenuem ou sanemos feitos de tais ocorrências, ou orientar a execução das mesmas;

c) treinar a população para enfrentar os problemas oriundos de calamidade pública;

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d) propor normas, regulamentos e posturas e, de acordo com o que for estabelecido, promover a interdição de áreas consideradas perigosas;

e) criar Núcleos Municipais de Defesa Civil; f)elaborar normas para construção nas encostas, edificações nas

calhas dos cursos de água e proteção de taludes, prevendo um programa de divulgação e aplicação de penalidades;

g) coordenar os órgãos e recursos públicos e comunitários, supervisionando-os nas áreas ameaçadas ou atingidas;

h) definir responsabilidades; i) aplicar recursos específicos; j) elaborar planos de ação, relativos a pessoal e material, para

funcionamento em caso de emergência Art. 2º - A C. P.D.C. compreende: a) dois representantes da Secretaria de Segurança Pública, sendo

um da Polícia Militar e o outro Chefe de Gabinete de Secretaria; b) dois representantes da Secretaria de Comunicações e

Transportes, um dos quais do Departamento de Estradas e Rodagem e o outro Chefe de Gabinete da Secretaria;

c) três representantes d Secretaria de Obras Públicas, sendo um da Superintendência Central de Engenharia Sanitária, um do Departamento de Engenharia e outro Chefe de Gabinete da Secretaria;

d) os Chefes de Gabinete das Secretarias de Administração Geral, de Agricultura, de Educação e Cultura, de Energia Elétrica, das Finanças, de Saúde e Assistência e do Trabalho e Serviço Social, representando as respectivas Secretarias.

Parágrafo único – Poderão participar, também, do Conselho Técnico, representantes das Forças Armadas e de entidades públicas e particular, sempre que, a juízo da Comissão, houver assunto que motive a participação.

Art. 4º - A Secretaria Executiva, dirigida por pessoa de reconhecida

competência, com “status” de Secretário de Estado, e designada pelo Chefe do Governo, compete:

a) orientar, coordenar e controlar todas as atividades da C.P.D.C. ; b) Indicar ao Governador do Estado os que devam exercer as

funções da C.P.D.C.; Art. 5º - O Conselho Técnico reúne-se sob a presidência do

Secretário Executivo. Art. 6º - A Secretaria Executiva é composta de: a) Assessoria (As); b) Departamento de operações ( D.O.). Art. 7º - A Assessoria compreende: Setor de Relações Públicas e Comunicações (S.R.P.C.); Setor de Estatística, Recursos Humanos e Documentação

(S.E.R.H.D.); Setor de Tesouraria e Donativos (S.T.D.); Setor de Proteção Comunitária (S.P.C.);

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§ 1º - Cada Setor de Assessoria terá um Responsável, indicado ao

Governador pelo Secretário Executivo. § 2º - Cada um dos Responsáveis pelos Setores citados neste

artigo poderá Ter um Assistente, por ele indicado ao Secretário Executivo.

§ 3º - Ao Setor de Relações Públicas e Comunicação compete, basicamente promover a coleta e a divulgação interna e externa de todas as comunicações de interesse para a C.P.D.C.

§ 4º - Ao Setor Estatístico, Recursos Humanos e Documentação compete precipuamente:

a) manter atualizado todo sistema de coleta, ordenação, tabulação e análise de dados quantitativos de interesse da C.P.D.C.;

b) registrar e classificar de acordo com suas funções, os serviços públicos requisitos, ou requisitar, em casos de emergência, pelo Secretário Executivo, e o pessoal voluntário, em época de calamidade pública.

§ 5º - Ao Setor de Transporte e Donativos compete, essencialmente, superintender a arrecadação e distribuição de todos os recursos, de qualquer natureza, relativos às atividades da C.P.D.C.

§ 6º - Durante as emergências e nos períodos subseqüentes de aplicado de medidas corretivas, funcionará, ao Setor a que se refere o parágrafo anterior, uma Comissão composta de elementos representativos de organização de serviço, religiosos ou classistas, à qual caberá o controle do recebimento e distribuição de donativos de qualquer espécie.

§ 7º - As distribuições do Setor de Proteção Comunitária serão exercidas pelo Departamento do Serviço Social da Secretaria do Trabalho e Serviço Social.

§ 8º - Ao S.P.C. , compete, principalmente: a) a orientação prévia na formação e atuação dos núcleos

municipais; b) o atendimento social aos flagelados, nos seus múltiplos

aspectos. Art. 8º - Ao Departamento de Operações compete planejar, dirigir,

coordenar e supervisionar, permanentemente, como órgão central, todos serviços e encargos atribuídos aos diversos Setores.

Art. 9º - A direção do D.º será exercida por pessoa habilitada, com

“status” de Diretor de Departamento e que será designada pelo Governador do Estado, por indicação do Secretário Executivo.

Parágrafo único – O Dirigente do D.O. terá um assistente, por ele indicado ao Secretário Executivo.

Art. 10 – Compete, especialmente, ao Dirigente do Departamento de

Operações: a) superintender e inspecionar todas as obras executadas pelos

diversos Setores; b) decidir sobre estudos, relatórios, orçamentos e programas,

elaborados nos diversos Setores do D.O; c) substituir o Secretário Executivo nas suas faltas e impedimentos;

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d) exercer todas as atribuições decorrentes do disposto no art. 8º deste Decreto.

Art. 11º - O D. O. é composto dos seguintes Setores: a) Setor de Engenharia Sanitária (S.E.S.); b) Setor de Serviços Especiais (S.S.E.); c) Setor de Abastecimento e Almoxarifado (S.ªª); d) Setor de Alimentação (S. Al.); e) Setor de Saúde (S.S.); f) Setor de Transportes e Equipamentos (S.T.E.); g) Setor de Estudos Geotécnicos (S,E.G.); h) Setor de Abrigos (S. Ab.); § 1º - Haverá em cada Setor, um Responsável, de acordo com o

seguinte critério: a)Setor de Engenharia Sanitária – O Diretor Técnico da SUCESA; b)Setor de Serviços Especiais – um oficial da Polícia Militar ou um

engenheiro; c)Setor de Abastecimento e Almoxarifado – um elemento indicado

ao Secretário Executivo pelo Dirigente do Departamento de Operações; d)Setor de Alimentação – um dietista; e)Setor de Saúde – o chefe do Departamento Médico Sanitário da

Secretaria de Saúde e Assistência; f)Setor de Transportes e Equipamento – o chefe do Departamento

de Estradas e Rodagem; g)Setor de Estudos Geotécnicos – um geógrafo, geólogo ou

engenheiro; h)Setor de Abrigos – O Diretor do Departamento do Serviço Social

da Secretaria do Trabalho e Serviço Social. § 2º - A critério do Secretário Executivo, os Responsáveis pelos

Setores a que se refere este artigo poderão ter Assistentes. § 3º - Ao Setor de Engenharia Sanitária compete: a) prover em tempo hábil, o fornecimento de água para os diversos

abrigos; b) prover sobre a manutenção dos esgotos sanitários dos abrigos e

construir esgotos no caso de insuficiência. § 4º - Ao Setor de Serviços Especiais, compete: executar obras que sejam necessárias a segurança da população

ou orientar a execução das mesmas; a) executar pesquisas de caráter social que possibilitem medidas

preventivas e corretivas por partes das autoridades; b) promover a construção das casas para aqueles que tenham sido,

comprovadamente, atingidos por calamidade e não tenham condições financeiras para assumir tais encargos;

c) providenciar as operações de segurança e policiamento que se fizerem necessárias, promovendo a interdição de locais considerados perigosos e o policiamento interno e externo dos abrigos, destinados aos flagelados, bem como de armazém e depósitos em geral;

d) entrar em contato com as Forças Armadas para obter transportes e equipamentos especiais (aviões, helicópteros, etc.).

§ 5º - Ao Setor de Abastecimento e Almoxarifado compete superintender o recebimento, estocagem, controle e distribuição de materiais de quaisquer natureza.

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§ 6º - Ao Setor de Alimentação compete planejar e executar o provimento das necessidades de alimentação dos flagelados.

§ 7º - Ao Setor de Saúde, compete planejar e executar o atendimento médico aos flagelados, através de esquemas de socorro de emergência, nos casos de calamidade.

§ 8º - Ao Setor de Equipamentos e Transportes compete. - dirigir os serviços de transportes afetos a C.P.D.C.,

providenciando a conservação e reparação dos veículos e equipamentos;

- manter, em época de calamidade pública, contatos com os demais órgãos do Estado, a fim de obter transporte e equipamento em quantidade suficiente para o atendimento da população flagelada.

§ 9º - Ao Setor de Estudos Geotécnicos , compete - estudar e relatar as condições das encostas e bacias

hidrográficas das regiões sujeitas ao flagelo, apresentando soluções técnicas;

- sugerir critério e regulamentos par edificações nas calhas de curso de água e proteção de taludes, prevendo a aplicação de penalidades aos infratores.

§ 10º - Ao Setor de Abrigos cabe orientar e dirigir os flagelados aos locais que lhes forem destinados.

§ 11º - Os Setores de Engenharia Sanitária, Alimentação, Saúde e Abrigos funcionarão eventualmente, quando algum acontecimento o justificar.

Art. 12º - Todos Setores, quando funcionando em situação de

emergência, podem executar tarefas por iniciativa própria, comunicando-as, posteriormente, ao Setor de Relações Públicas e Comunicação, logo que as circunstâncias os permitam.

Art. 13º - Os Setores poderão ser constituídos por grupos de

trabalho, a critério do Secretário Executivo. Art.14º - Compete os Responsáveis dos respectivos Setores:

... Art. 15º - Compete aos Assistentes: a) cooperar nos encargos serviços e atribuições dos Responsáveis

pelos respectivos Setores ou do Dirigente do D.O ; b) executar os encargos que lhes forem distribuídos; representar os Responsáveis pelos Setores ou Dirigente do D.O ,

nos atos para que forem designados; c) coadjuvar os Responsáveis pelos Setores ou o Dirigente do D.O ,

desincumbindo-se dos trabalhos de inspeção, execução e vistorias.

Art.16º - Serão substituídos, automaticamente, em suas faltas impedimentos eventuais, até 30 dias:

a) O Dirigente do Departamento de Operações e os Responsáveis pelos Setores da Assessoria, por quem for designado pelo Secretário Executivo;

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b) os Responsáveis pelos Setores do Departamento de Operações, por quem for designado o Secretário Executivo, por indicação do Dirigente do Departamento de Operações.

Art. 17º - Cada unidade de trabalho componente da C.P.D.C.

orientará a formação de seu arquivo de leis, decretos, manuais, circulares, portarias, instruções ou ordens de serviço e cópia de correspondentes expedida, anotando as entradas e saídas de expediente que haja participado, cuja guarda e caberá ao Setor de Estatística, Recursos Humanos e Documentação (S.E.R.H.D.).

Art. 18º O âmbito de atividade de C.P.D.C. abrange todo o Estado. Art. 19º - A execução de qualquer ato externo de representação ou

participação oficial da C.P.D.C., perante as autoridades constituídas, dependerá de autorização expressa pelo Secretário Executivo.

Art. 20º - Os componentes da C.P.D.C. , serão funcionários

públicos, requisitados pelo Secretário Executivo ao Governador do Estado.

Parágrafo único – A C.P.D.C poderá ainda movimentar grupos

voluntários na execução de diversos serviços sob sua responsabilidade. Art.21º - O horário de trabalho da C.P.D.C. será estabelecido pelo

Secretário Executivo, de acordo com as necessidades do serviço. Art.22º - Todos os representantes da C.P.D.C. , quando em serviço

usarão identificação apropriada. Art. 23º - Os recursos financeiros da C.P.D.C. , serão movimentados

por meio de saques contra os depósitos bancários feitos nas contas próprias .

§ 1º Os recursos oriundos de convênios de acordos que tenham

destinação e aplicação específicas serão movimentados como estabelecer o ajuste firmado.

§ 2º - As ordens de pagamento deverão ser expedidas pelo

Secretário Executivo da C.P.D.C. ou pelo servidor a que este tenha delegado competência, na forma da lei.

Art. 24 – Os casos omissos no presente Decreto serão resolvidos

pelo Governador do Estado, mediante proposta do Secretário Executivo. Art. 25º - Fica revogado o Decreto nº 12.959, de 7 de julho de 1967. Art. 26º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. Os Secretários do Estado assim o tenham entendido e façam

executar.

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PALÁCIO DO GOVERNO, em Niterói, 28 de Setembro de 1967 (aa.) GEREMIAS DE MATTOS FONTES Francisco da Cunha Gomes Edmundo Campello Costa Edwaldo Saramago Pinheiro Élio Monerat Solon de Ponso Mário Arnaud Baptista Luíz de Araújo Praz Aluízio Belarmino de Mattos Armando Gomes de Sá Couto Francisco Homem de Carvalho Renato Tinoco de Faria” O presente Decreto revogou o anteriormente editado de n.º 12.959 e,

estranhamente, não fez nenhuma menção específica a alguém do quadro do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.

3 -_NOMEAÇÃO DO SECRETÁRIO EXECUTIVO DE DEFESA CIVIL Pelo Decreto nº 13.084 de 27 de novembro de 1967, foi nomeado o Secretário Executivo da Comissão Permanente de Defesa Civil, e que tinha como competência entrosar-se com os órgãos federais, estaduais e municipais.

“DECRETO Nº 13.084, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1967

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, com fundamento no artigo 72, item II da Constituição Estadual, de 14 de maio de 1967, DECRETA:

Art. 1º - Ficam atribuídas, até ulterior deliberação, ao Secretário Extraordinário – Deputado Federal Edgard Guimarães de Almeida, as funções de Secretário Extraordinário, as funções de Secretário Executivo da Comissão Permanente de Defesa Civil, criada pelo Decreto nº 13.002, de 28 de setembro de 1967.

Art. 2º - Compete ao Secretário Extraordinário referido no artigo 1º, deste Decreto, entrosar-se com os órgãos federais, estaduais, municipais e da comunidade em geral, para adoção de medidas preventivas e, em caso de estado de calamidade pública, decretado pelo Governador do Estado, coordenar todos os órgãos do Estado responsáveis por setores da Comissão Permanente de Defesa Civil, constantes do Decreto nº 13.0002, de 28 de setembro de 1967.

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Art. 3º - Para atender, até 31 de dezembro de 1967, às despesas de que se trata a Lei nº 5.935, de 12 de outubro de 1967, mencionando no artigo 1º, do critério extraordinário aberto pelo artigo 8º da citada Lei, fica destacada a importância de NCr$ 50.000 (cinqüenta mil cruzeiros novos).

Art. 4º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Os Secretários de Estado assim o tenham entendido e façam executar. PALÁCIO DO GOVERNO, em Niterói, 27 de novembro de 1967. GEREMIAS DE MATTOS FONTES Francisco da Cunha Gomes Edmundo Campello Costa Edwaldo Saramago Pinheiro Nilo Peçanha Araújo de Siqueira Élio Monerat Solon de Pontes Mário Arnaud Baptista Luíz de Araújo Braz Aluízio Belarmino de Mattos Armando Gomes de Sá Couto

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CAPITULO V – O ATUAL ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1 - A FUSÃO Através da Lei Complementar Federal n.º 20 de 01 de julho de 1974, foi

realizada a fusão entre os Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, que passaria a vigorar a partir de 15 de março de 1975.

“LEI COMPLEMENTAR Nº 20 DE 1º DE JULHO DE 1974 Dispõe sobre a criação de estados e territórios

O Presidente da República, faço saber que o congresso nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei complementar: ...

Capítulo II Da Fusão dos Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara Seção I Da Organização dos Poderes Públicos

Art. 8º Os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara passarão a constituir um único Estado, sob a denominação de Estado do Rio de Janeiro, a partir de 15 de março de 1975.

Parágrafo único. A cidade do Rio de Janeiro será a capital do Estado.

Art. 9º A Assembléia Constituinte do novo Estado será eleita a 15

de novembro de 1974 e se instalará a 15 de março do ano seguinte, sob a presidência do presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Guanabara até a eleição de sua Mesa.

§ 1º Para todos os efeitos de direito, os atuais Estados do Rio de

Janeiro e da Guanabara constituirão circunscrições eleitoras distintas e terão número de representantes igual ao de deputados de suas atuais Assembléias Legislativas, corrigido na conformidade do que dispuserem as leis em vigor.

§ 2º São aplicáveis a essa eleição as normas de direito eleitoral

que disciplinam a de deputados às Assembléias Legislativas dos Estados.

Art.10º Para os primeiros quatro anos de existência do novo

Estado, O Presidente da República, nomear-lhe-á o Governador, atendidas as condições do artigo § 4º desta lei complementar.

Parágrafo único. O Governador, nomeado a 3 de outubro de 1974 na forma deste artigo, tomará posse a 15 de março de 1975.

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Art.11º O Poder Judiciário será exercido pelo Tribunal de Justiça constituído pelos Desembargadores efetivos dos Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara e por seus Tribunais e Juizes.

Parágrafo único. O Governador do Estado estabelecerá em decreto lei, o número de membros do Tribunal de Justiça e os critérios de aproveitamento dos atuais Desembargadores, assegurada aos demais a disponibilidade a que alude o artigo 144, § 2º da Constituição Federal. ...” 2 - A ESTRUTURA BÁSICA DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

No Decreto n.º 11 de 15 de março de 1975 é aprovada a estrutura

básica da Secretaria de Estado de Segurança Pública, onde consta como competência da mesma o planejamento, supervisão, coordenação e orientação da Defesa Civil contra as calamidades públicas, sendo essas funções específicas do Departamento Geral de Defesa Civil.

“ DECRETO Nº 11 – De 15 de março de 1975 Estabelece a competência, aprova a estrutura básica da Secretaria do Estado de Segurança Pública e dá outras providências. O Governador do Estado do Rio de Janeiro, no uso da atribuição que lhe confere o art. 7º do Decreto-lei nº 1. De 15 de março de 1975, decreta: CAPÍTULO I COMPETÊNCIA

Art. 1º - A Secretaria de Estado de Segurança Pública compete: I – planejar, supervisionar, coordenar e orientar as

atividades de segurança pública; II – dirigir e coordenar as atividades de Polícia Judiciária ao

Estado. III – aplicar a legislação de veículos e pedestres, em

articulação com a Secretaria de Estado de Transporte; IV – executar o policiamento extensivo e fardado; V – coordenar as medidas preventivas de combate ao fogo e

promover a extinção de incêndios e o salvamento de vidas e haveres nos casos de desastres e sinistro;

VI – exercer atividades de segurança aos banhistas nas praias e balneários;

VII – realizar a busca e o salvamento marítimo; VIII – planejar, supervisionar, coordenar e orientar a defesa

civil da população contra as calamidades públicas; IX – exercer as atividades de segurança internas de sua

competência. CAPÍTULO II ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA

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SEÇÃO I DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 2º A Secretaria de Estado de Segurança Pública será dirigida

por um Secretário de Estado, com a colaboração de um Subsecretário que o substituirá em seus impedimentos.

SEÇÃO II Estrutura Básica Art. 3º - A Secretaria de Estado de Segurança Pública tem a

seguinte estrutura básica: I – ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO

SECRETÁRIO; a) Gabinete do Secretário; b) Assessoria Jurídica; c) Assessoria de Comunicação Social. II – ÓRGÃO SETORIAL DE PLANEJAMENTO; a) Subsecretaria. III - ÓRGÃOS DE APOIO TÉCNICO, ADMINISTRATIVO FINANCEIRO,

CONTABILIDADE E AUDITORIA: a) Departamento Geral de Investigações Especiais; b) Departamento Geral de Polícia Civil; c) Inspetoria Setorial de Finanças. IV – ÓRGÃO DE APOIO ADMINISTRATIVO: a) Departamento d Administração. CAPÍTULO III Competência dos órgãos

SEÇÃO I

Subsecretaria

Art. 4º - A Subsecretaria tem por finalidade colaborar com o Secretário no desempenho de sua atribuições, bem como exercer as atividades que lhe forem especificamente delegadas.

Parágrafo único – A Subsecretaria subordina-se tecnicamente à

Subsecretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Governadoria do Estado relativamente às atividades de planejamento, orçamento e modernização administrativa.

Seção II Gabinete do Secretário Art. 5º - Ao Gabinete do Secretário compete assistir-lhe e ao

Subsecretário, em sua representações social e financeira. Seção III Assessoria Jurídica

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Art.6º - A Assessoria Jurídica compete emitir pareceres em

processos e assuntos que envolvam matéria jurídica e cujo exame lhe seja determinado pelo Secretario ou Subsecretário de Estado.

Seção IV Assessoria de Comunicação Social Art. 7º - A Assessoria de Comunicação Social compete

desempenhar as atividades de relações Públicas, divulgando as mediadas executadas e os resultados obtidos pela ação da Secretaria e mantendo o intercâmbio de informações com órgãos de idêntica finalidade da estrutura do Estado ou de atividades afins.

Seção V Departamento Geral de Investigações Especiais Art. 8º - Ao Departamento Geral de Investigações Especiais

compete realizar as investigações especiais julgadas indispensáveis ao bom cumprimento de tarefas diretamente avocadas pelo Secretário.

Seção VI Departamento Geral de Polícia Civil Art. 9º - Ao Departamento Geral de Polícia Civil compete:

I – dirigir, coordenar e controlar as atividades de Polícia Judiciária;

II – sistematizar e padronizar os serviços de Polícia Judiciária e os conceitos de sua competência, bem como disciplinar as relações com outros órgãos da Secretaria

III – planejar, supervisionar, coordenar e orientar doutrinária e normativamente as atividades de Segurança Pública que envolvam mais de um órgão do Departamento;

IV – promover o intercâmbio policial com as outras unidades da Federação;

V – autorizar, orientar e fiscalizar o funcionamento de organizações de segurança bancária credilícia e outras, nos termos da lei;

VI – coordenar, controlar e fiscalizar o emprego e meios utilizados pelos órgãos integrantes do sistema de comunicações da Secretaria.

Seção VII Polícia Militar do Rio de Janeiro Art. 10º - À Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro compete: I – executar o policiamento ostensivo e fardado; II – patrulhar, com os meios adequados, as zonas urbanas,

suburbanas e rurais, bem como grandes parques; III – atuar de maneira preventiva como força de dissuasão,

onde se presuma se possível a perturbação da ordem;

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IV – atuar de maneira repressiva em caso de perturbação da ordem, precedendo ao eventual emprego das Forças Armadas;

V – executar os serviços de radiopatrulha; VI – executar o policiamento do trânsito. Seção VIII Departamento Geral de Defesa Civil Art. 11º - Ao Departamento Geral de Defesa Civil compete: I – coordenar e fiscalizar as medidas preventivas contra

incêndios; II – promover a extinção de incêndios; III – promover o salvamento de vidas e haveres em perigo; IV – realizar a proteção e o salvamento de vidas nas praias e

balneários, na orla marítima, baías, lagos e rios do Estado; V – planejar, supervisionar, coordenar e orientar a Defesa

Civil da população contra as calamidades públicas. Seção IX Inspetoria Setorial de Finanças Art. 12º - Á Inspetoria Setorial de Finanças, órgão tecnicamente

subordinado à Inspetoria Geral de Finanças da Secretaria de Estado de Fazenda, compete, no âmbito da Secretaria, coordenar e executar as atividades relacionadas com a administração financeira, orçamentária e patrimonial.

Seção X Departamento de Administração Art. 13º - Ao Departamento de Administração, órgão tecnicamente

subordinado à Secretaria de Estado de Administração, compete os serviços administrativos gerais relativos ao pessoal, patrimônio, material, transporte, arquivo e comunicações administrativas necessários ao funcionamento da Secretaria, assim como serviços de zeladoria e portaria.

Art. 14º - Os órgãos componentes da estrutura básica da Secretaria

serão dirigidos: I – a Subsecretaria, por um Subsecretário; II – o Gabinete do Secretário, por um Chefe de Gabinete; III – a Assessoria Jurídica, por um Assessor Chefe; IV – a Assessoria de Comunicação Social, por um Assessor

Chefe; V – o Departamento Geral de Investigações Especiais, por

um Diretor Geral de Departamento; VI – o Departamento Geral de Polícia Civil, por um Diretor

Geral do Departamento;

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VII – a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, por um Comandante Geral;

VIII – o Departamento Geral de Defesa Civil, por um Diretor Geral de Departamento e será também o Comandante do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro;

IX – a Inspetoria Setorial de Finanças, por um Inspetor de Finanças;

X – o Departamento de Administração, por um Diretor de Departamento.

Capítulo V DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS Art. 15º - Fica o Secretário de Estado autorizado a: I – efetuar indicações ao Governador do Estado para o

preenchimento dos cargos em comissão e designar os ocupantes de funções gratificadas decorrentes da estrutura básica da Secretaria;

II – tomar as providências necessárias à transformação, incorporação, fusão e extinção de órgãos e entidades que exerçam atividades congêneres ou interdependentes incluídas na competência da Secretaria;

III – instituir mecanismos de natureza transitória, visando à solução de problemas específicos ou necessidades emergentes;

IV – expedir o regimento interno da Secretaria e estabelecendo o desdobramento operativo de sua estrutura básica, a competência e funcionamento de suas unidades e as atribuições dos servidores nela lotados, ouvida a Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral da Governadoria do Estado.

Art. 16º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 15 de março de 1975. FLORIANO FARIA LIMA Oswaldo Ignácio Domingues Ronaldo Costa Couto” A figura do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros era também a do

Diretor - Geral do Departamento Geral de Defesa Civil.

3 - AS DIRETRIZES DE AÇÃO

Nos casos de ocorrência de “fato adverso”, levando-se em consideração da necessidade de se manter a defesa permanente contra situações calamitosas e a ação desordenada das entidades públicas e privadas e necessidade de superação da situação de emergência o Governo do Estado estabeleceu diretrizes de ação, onde se destaca, no Decreto nº 529 de 23 de dezembro de 1975, a aplicação dos recursos, a coordenação e controle dos meios disponíveis de responsabilidade do Departamento Geral de Defesa Civil.

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“DECRETO Nº 529, de 23 de dezembro de 1975. Estabelece diretrizes de ação no caso de ocorrência de fato

adverso e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, com

fundamento no artigo 70, incisos III e IV, da Constituição Estadual, e CONSIDERANDO que o § 1º do artigo 3º Decreto Federal nº 67.347,

de 05 de outubro de 1970, estabelece responsabilidade de socorro do Estado, depois de comprovada a incapacidade do Município em combater os efeitos da ocorrência de fatos adversos;

CONSIDERANDO que o Governo Estadual necessita manter uma defesa permanente contra situações calamitosas de qualquer natureza, adotando medidas preventivas no sentido de evitá-las ou, se for o caso, minimizar os danos conseqüentes;

CONSIDERANDO que, apesar do grande sentimento de

solidariedade humana verificado durante um fato adverso, a ação desordenada das entidades públicas e privadas e também do voluntariado, dificulta a eficácia dos trabalhos de socorro, de apoio e de recuperação e reabilitação da população atingida;

CONSIDERANDO, finalmente, a necessidade de o Estado superar

situação de emergência ou sua iminência, decorrente de fato adverso, a fim de retornar a população à sua vida normal, no menor espaço de tempo possível.

DECRETA: Art. 1º - Em caso de ocorrência de fato adverso ou na iminência

deste, quando houver necessidade da aplicação de recursos estaduais para combater esta situação de emergência, o trabalho de integração, coordenação e controle dos meios disponíveis será da responsabilidade do Departamento Geral de Defesa Civil da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Art. 2º - As Secretarias de Estado e os órgãos de administração

indireta credenciarão representante junto ao Departamento de Defesa Civil, de modo a permitir uma atualização constantes dos planos de operações, a cargo daquele Departamento.

Parágrafo único – Esses representantes serão indicados pelos Secretários de Estado, Presidentes ou Diretores dos órgãos da administração indireta, os quais deverão estar permanentemente em contato com o Departamento Comunitário de Defesa Civil do Departamento Geral de Defesa Civil.

Art. 3º - O Departamento Geral de Defesa Civil convidará os órgãos

federais e autárquicos existentes no território estadual, entidades de assistência social e outros órgãos, considerados de utilidade pública, a

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se fazerem representar, para que os mesmos do plano de ação do Governo contra situações calamitosas.

Art. 4º - Caberá ao Departamento Geral de Defesa Civil tomar

providências junto aos demais participantes dos Planos de Operações de Emergência, no sentido de avaliar os danos causados, bem como recursos despendidos do Estado nos trabalhos de socorro, de apoio e de recuperação e reabilitação da população atingida.

Art. 5º - Os órgãos de administração direta e indireta, sempre que

possível adotarão medidas preventivas no território do Estado, através de obras prioritárias de enchentes, deslizamentos ou outro fenômeno qualquer, desde que comprovada a impossibilidade de sua execução pelo município.

Art. 6º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,

ficando revogada as demais disposições em contrário. Rio de Janeiro, 21 de

dezembro de 1975 FLORIANO FARIA LIMA

Carlos Balthazar da Silveira Ronaldo Costa Couto José Resende Peres Ilmar Penha Marinho Júnior Myrtnes De Luca Wenzel Luiz Rogério Mitraud de

Castro Leite Marcel Dezon Costa Hasslocher

Laudo de Almeida Camargo Hugo de Mattos Santos Osvaldo Ignácio Domingues

Joset Barat” Ao DGDC compete também convidar aos órgãos federais e autárquicos

e outros para se fazerem representar nos planos de ação do Governo contra as situações calamitosas.

4 - CRIAÇÃO DAS COORDENADORIAS REGIONAIS

O Diretor do Departamento Geral de Defesa Civil criou as Coordenadorias Regionais de Defesa Civil, através da Portaria nº 01 de 05 de fevereiro de 1981, sendo designados Coordenadores Regionais de Defesa Civil os Comandantes de UBM.

“PORTARIA Nº. 01 DE 05 DE FEVEREIRO DE 1981 Criação das Coordenadorias Regionais de Defesa Civil e

designação de Coordenadores Regionais de Defesa Civil.

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O Diretor do Departamento Geral de Defesa Civil, no uso de suas atribuições, e com base no inciso IV do art. 1 do decreto-lei N. 16 de 15 de março de 1975, combinando com o inciso VIII do artigo 14 do Decreto n. 11 de 15 março de 1975 e,

Considerando o reduzido efetivo do DGDC, disponível para atividades de defesa civil;

Considerando o aumento das despesas para os cofres públicos, que acarretaria uma estruturação condizente para o desencadeamento efetivo das atividades de defesa civil;

Considerando todas as implicações econômicas do Estado inerentes ao momento atual;

Considerando as necessidades da rapidez do primeiro atendimento às vítimas de fatores adversos;

Considerando que o CBERJ é órgão a nível Estadual, que presta socorro imediato a todo e qualquer evento que ponham em risco vidas e bens;

Considerando a vivência secular do Corpo de Bombeiros, diretamente à problemática de defesa civil; e;

Considerando finalmente, que o Diretor do DGDC É por imposição legal, também o Comandante Geral do CBERJ,

RESOLVE: Art. 1 – Criar as Coordenadorias Regionais de Defesa Civil –

REDEC. Art. 2 – Designar os Comandantes de UBM para, sem prejuízos de

suas funções, serem os Coordenadores de Regionais de Defesa Civil, atuando na região geográfica do Estado definida como área de sua responsabilidade, estabelecida de acordo com o planejamento específico do CBERJ.

Art. 3 – Determinar que, uma comissão sobre a presidência do

Chefe do Estado Maior Geral do CBERJ e composta por diversos setores do CMS e DCDC, elabore um regimento interno para o funcionamento das REDEC, no prazo de 30 dias.

Art. 4 – Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 05 de fevereiro de 1981 LUIZ VIEIRA DE ABREU Diretor do Departamento -Geral de Defesa Civil”

5 - COMPETÊNCIA E ALTERAÇÃO DA ESTRUTURA BÁSICA DA SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA

Anteriormente o Departamento Geral de Defesa Civil tinha em seu nível os seguintes entes vinculados; O Corpo de Bombeiros, Corpo Marítimo de Salvamento e o Departamento Comunitário de Defesa Civil. Com o Decreto

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n.º 4.691 de 14 de outubro de 1981 foi alterada a estrutura básica, ficando o Corpo de Bombeiros no mesmo nível da Defesa Civil.

“DECRETO Nº 4.691, DE 14 DE OUTUBRO DE 1981 Altera a competência e a estrutura básica da Secretaria de Estado

de Segurança Pública e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de

suas atribuições legais, e tendo em vista o que consta do processo nº E-09/566/200/81,

DECRETA:

CAPÍTULO I FINALIDADE Art.1º - A Secretaria de Estado de Segurança Pública, responsável

em todo o Estado pela manutenção da ordem e da segurança pública internas, executará suas atividades por intermédio dos órgãos que a integram.

Parágrafo único – Compreende a esfera de ação da Secretaria de

Estado de Segurança Pública o serviço social referente à prevenção e investigação criminais, o policiamento ostensivo e de trânsito, bem como, a proteção de pessoas e bens em caso de calamidades públicas, incêndio, salvamento, telecomunicações e outras atividades correlatas.

CAPÍTULO II COMPETÊNCIA Art. 2º - À Secretaria de Estado de Segurança Pública através de

seus órgãos, compete: I – o planejamento, a supervisão, coordenação e orientação das

atividades de segurança pública; II – a direção e a coordenação das atividades de Segurança

Judiciária no Estado; III – a aplicação da legislação de trânsito de veículos e pedestres ,

em articulação com a Secretaria de Estado de Transportes; IV – a coordenação de medidas preventivas de combate ao fogo, a

promoção de extinção de incêndios e o salvamento de vidas e haveres nos casos de desastres e sinistros;

V – o exercício de atividades de proteção e segurança aos banhistas nas praias e balneários;

VI – realização de busca e o salvamento marítimo; VII – o planejamento, a supervisão, coordenação e orientação da

defesa civil da população contra calamidades públicas; VIII – o planejamento a supervisão, a coordenação do sistema de

telecomunicações da Secretaria e da Rede Estadual de Telecomunicações, bem como do sistema do alarme para proteção da rede bancária.

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CAPÍTULO III SEÇÃO I DISPOSIÇÕES ESPECIAIS Art. 3º - A Secretaria de Estado de Segurança Pública será dirigida

por um Secretário de Estado, com a colaboração de um Subsecretário que o substituirá em seus impedimentos.

SEÇÃO II ESTRUTURA BÁSICA Art.4º - A Secretaria de Estado de Segurança Pública tem a

estrutura básica: I – ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO

SECRETÁRIO: a) - Gabinete do Secretário b) - Assessoria Jurídica (AJ) c) - Assessoria de Comunicação Social (ACS) d) - Centro de Coordenação de Operações de Segurança (CCOS)

II – ÓRGÃO COLEGIADO; Comissão de Promoção ( C. P.) III – ÓRGÃO SETORIAL DE PLANEJAMENTO: Subsecretaria (SUB) IV – ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO DE APOIO TÉCNICO,

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA; CONTABILIDADE E AUDITORIA: 1 – Departamento Geral de Investigação Especiais (DGIE) 2 – Departamento Geral de Polícia Civil (DGPC) 3 – Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) 4 – Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro (DCERJ) 5 – Inspetoria Setorial de Finanças 6 – Departamento de Telecomunicações (DETEL) 7 – Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro

(CBERJ) Parágrafo único – Os órgãos que compõem a estrutura básica da

Secretaria de Estado de Segurança Pública estão dispostos no organograma constante do anexo único. ...

CAPÍTULO IV COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS DEFESA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Art. 14º - À Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro compete: I – o planejamento, a supervisão, coordenação e orientação

da defesa civil da população contra as calamidades públicas;

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II – a realização da proteção e do salvamento de vidas na praias e nos balneários, na orla marítima, baías, lagos e rios;

III – o controle e a fiscalização das piscinas de uso coletivo instaladas em entidades públicas e privadas. ...

SEÇÃO XIII CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Art. 17º - Ao Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro

compete; I – a realização de serviços de prevenção e de extinção de

incêndios; II – a realização dos serviços de busca e salvamento; III – a realização de perícias de incêndio, para fins

específicos de sua competência; IV – a prestação de socorros nos casos de inundações,

desabamentos ou catástrofes, sempre que haja destruição de haveres, vítima ou pessoa em iminente perigo de vida;

V – o estudo, a análise, o planejamento, a exigência e a fiscalização de todo o serviço contra incêndio;

VI – a cooperação no serviço de defesa civil, quando determinado.

CAPÍTULO V DIRIGENTES Art. 19º - Os órgãos componentes da estrutura básica da

Secretaria serão dirigidos: I – o Gabinete do Secretário, por um chefe de Gabinete; II – a Assessoria Jurídica, por um Assessor Chefe; III – a Assessoria de Comunicação Social, por um Assessor

Chefe; IV – o Centro de Coordenações de Operações de Segurança,

por um Coordenador; V – a Comissão de Promoção, por um Presidente (Secretário

de Estado de Segurança Pública); VI – a Subsecretaria, por um Subsecretário; VII – o Departamento Geral de Investigações Especiais, por

um Diretor Geral; VIII – o Departamento Geral de Polícia Civil, por um Diretor

Geral; IX – a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, por um

Comandante Geral; X – a Inspetoria Setorial de Finanças, por um Inspetor

Setorial de Finanças; XI - o Departamento de Telecomunicações, por um Diretor

de Departamento; XII – o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro,

por um Comandante Geral que, cumulativamente, dirigirá a Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro;

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XIII – o Departamento de Administração, por um Diretor de Departamento.

Art. 23º - Este Decreto entrará em vigor em 30 (trinta) dias após

sua publicação, quando revogados os Decretos n.º 11, de 15/03/75, 272, de 30/07/75, 300, de 13/08/75, 695, de 03/05/76, 1.734, de 06/03/78, o Capítulo VI do Título VI do Decreto 3.044, de 13/01/80, alterados pelos Decretos 3.059, de 13/02/80, 3.720, de 26/11/80, 4.481, de 26/08/81 e demais disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 14 de outubro de 1981. A.DE P. CHAGAS FREITAS Waldir Moreira Garcia Waldyr Alves Costa Muniz”

É interessante que mesmo com a mudança de nível para o Corpo de Bombeiros, continuava sendo o seu Comandante-Geral o Diretor de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro.

6 - CRIAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL

A Lei n.º 689, de 29 de novembro de 1983, extinguiu a Secretaria de

Estado de Segurança Pública criando, entre outras, a Secretaria de Estado da Defesa Civil - SEDEC.

LEI N.º 689 – DE 29 DE NOVEMBRO DE 1983 Ano do centenário de Getúlio Vargas

Altera a estrutura básica da Administração Direta do Poder Executivo e dá outras providências. O Governador do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º - O art. 30 do Decreto- Lei n.1, de 15 de março de 1975, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 30- A estrutura básica da Administração Direta do Poder Executivo compreende:

I - GOVERNADORIA DO ESTADO: 1-Gabinete do Vice-Governador; 2-Secretarias do Estado; 2.1 Secretaria de Estado de Governo; 2.2- Secretaria de Estado de Planejamento e Controle; 3-Gabinete Militar. II - DEMAIS SECRETARIAS DO ESTADO 1-Secretaria do Estado de Justiça e do Interior; 2 - Secretaria de Estado de Administração;

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3 - Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento; 4 - Secretaria de Estado de Educação; 5 - Secretaria de Estado de Ciência e Cultura; 6 - Secretaria de Estado de Fazenda; 7 - Secretaria de Estado de Industria, Comercio e Tecnologia; 8 - Secretaria de Estado de Obras e Meio Ambiente; 9 - Secretaria de Estado de Saúde e Higiene; 10 - Secretaria de Estado de Policia Civil; 11 - Secretaria de Estado de Policia Militar; 12 - Secretaria de Estado de Transportes; 13 - Secretaria de Estado de Trabalho e da Habitação; 14 - Secretaria de Estado de Promoção Social; 15 - Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região

Metropolitana; 16 - Secretaria de Estado de Esporte; 17 - Secretaria de Estado de Minas e Energia; 18 - Secretaria de Estado da Defesa Civil. III - PROCURADORIA GERAL DO ESTADO IV – PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA V – ÓRGÃOS COLEGIADOS § 1º - O titular do Gabinete Militar te denominação de Secretaria de

Estado Chefe de Gabinete Militar. § 2º - Os Titulares Da Procuradoria Geral do Estado e da

Procuradoria Geral de Justiça tem tratamento, prerrogativas e representação de Secretários de Estado.

§ 3º - Os Órgãos que se referem o inciso V são os que existem na estrutura vigente e os que vierem a ser criados por Decretos do Poder Executivo.

Art. 2º - Ficam criados 8 (oito) cargos de Secretários de Estado e 1

(um) de Secretário de Estado de Chefe de Gabinete Militar. Parágrafo único – As despesas decorrentes da criação dos cargos

a que se refere o “caput” deste artigo, bem como os demais necessários a implantação ou alteração da estrutura, serão compensadas com a extinção ou a transformação dos cargos dos Secretários Extraordinários a que se refere o Decreto n.º6.625, 15 de março de 1983, e de outros, efetivos ou em comissão, mediante decretos do Poder Executivo.

Art. 3º - A remuneração dos Secretários de Estado corresponderá a

80% (oitenta por cento) da dos Deputados Estaduais, não podendo ultrapassar 90% (noventa por cento) da do Governador do Estado.

Art. 4º - A remuneração dos Subsecretários corresponderá a

80%(oitenta por cento) da dos Secretários de Estado. Art. 5º - Fica o Poder Executivo autorizado a redistribuir as

dotações previstas na Lei orçamentária vigente, em decorrência das disposições desta lei.

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Art. 6º - O Poder Executivo baixará, em 180 (cento e oitenta) dias o regulamento desta lei, dispondo sobre a discriminação e funcionamento das novas estruturas organizacionais.

§1º- Fica o Poder Executivo autorizado, por 180 (cento e oitenta) dias, sem aumento de despesas e observados eventuais direitos de terceiros, a alterar a natureza jurídica de unidades da Administração Direta, entes da Administração Indireta ou Fundações.

§2º - Nos casos previstos no parágrafo anterior, fica o Poder Executivo autorizado a transformar empregos em cargos.

Art.7º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,

revogados o art. 2º do Decreto- Lei n.º367, de 21 de dezembro de 1977 e as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 1983. LEONEL DE MOURA BRIZOLA, Cibilis da Rocha Viana, Fernando

Lopes de Almeida, Cesar Epitácio Maia. DOERJ I DE 30.11.83”

7 - COMPETÊNCIA E ESTRUTURA BÁSICA DA SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL

No Decreto n.º 7.451 de 03 de agosto de 1984, foi estabelecida a

estrutura básica da SEDEC, nela contendo que a mesma seria o órgão central do Sistema Estadual de Defesa Civil.

Nasce, neste Decreto, o primeiro conceito de um Sistema de Defesa Civil.

Ainda, neste Decreto, fica estabelecido que o Secretário será o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Surge, ainda, o Departamento Geral de Apoio Comunitário ao qual competia o efetivo atendimento da comunidade.

“DECRETO N.º 7.451 – DE 03 DE AGOSTO DE 1984

Estabelece a competência, dispõe sobre a estrutura básica de Secretaria de Estado da Defesa Civil e dá outras providências.

O Governador do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o que consta do processo n.º E-24/00151/600-84, decreta:

CAPÍTULO I finalidade Art.1º - A Secretaria de Estado da Defesa Civil, tem por finalidade o

estabelecimento de normas e o exercício das atividades de integração, planejamento, organização, coordenação e supervisão da execução das medidas preventivas, de socorro, assistenciais e de recuperação,

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considerando os efeitos produzidos por fatos adversos de qualquer natureza e nas situações de emergência ou de calamidade pública, bem como, daquelas destinadas a preservar o moral da população e o restabelecimento da normalidade da vida comunitária em todo o território do Estado do Rio de Janeiro.

Parágrafo único – O Sistema Estadual da Defesa Civil constitui o

instrumento de conjugação de esforços de todos os órgãos governamentais com as entidades não governamentais ou privadas e, principalmente, com a comunidade, em geral para o planejamento e a execução das medidas previstas neste artigo.

CAPÍTULO II Competência Art. 2º - A Secretaria de Estado de Defesa Civil, observada a Política

de Desenvolvimento Econômico do Estado, compete: I – estabelecer a política estadual de Defesa Civil, elaborando

normas complementares, visando a defesa civil da população; II – elaborar e propor planos de defesa civil para o Estado,

coordenando e supervisionando suas execuções; III – integrar, planejar, organizar, coordenar, supervisionar e

executar a defesa civil da população; IV – coordenar as medidas preventivas de combate ao fogo e

promover a extinção de incêndios e a prestação de serviços sempre que haja ameaça de destruição de haveres, vítima ou pessoa iminente perigo da vida;

V – estudar, analisar, planejar, exigir e fiscalizar todo o serviço de segurança contra incêndio no Estado;

VI – realizar perícias de incêndios; VII- realizar serviços de busca e salvamento; VIII- realizar a proteção e o salvamento de vidas nas praias e

balneários, na orla marítima, baías, lagoas e rios do Estado; IX- exercer a normatização, o controle e a fiscalização das piscinas

de uso coletivo, instaladas em recintos públicos ou privados, bem como, do uso das praias, do trânsito de banhistas e da prática de desportos na orla marítima do Estado;

X- Orientar, coordenar e apoiar tecnicamente as atividades de defesa civil desenvolvidas pelos municípios e pelo setor privado, estimulando a evolução das coordenadorias Municipais de Defesa Civil, bem como, dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil;

XI- promover com a comunidade estudo e ações viabilizadoras para a melhoria das condições de segurança comunitárias;

XII- promover executar programas de estudo, capacitação, treinamento, aperfeiçoamento e especialização de pessoal para prover de remento, aperfeiçoamento especialização de pessoal para prover de recursos humanos as atividades de defesa civil;

XIII- exercer as atividades de segurança interna de sua competência.

CAPÍTULO III

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Organização e Estrutura SEÇÃO I Disposições Especiais Art.3º - A Secretaria de Estado da Defesa Civil será dirigida por um

Secretário de Estado, com a colaboração de um Subsecretário, que o substituirá em seus impedimentos.

Art.4º- O Secretário de Estado da Defesa Civil é o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, escolhido dentre os oficiais da ativa do último posto de Quadro de Oficiais combatentes do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. SEÇÃO II Estrutura Básica

Art.5º - A Secretaria de Estado da Defesa Civil tem a seguinte

estrutura básica: I- Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Secretário: 1)Gabinete do Secretário (GS); 2)Assessoria Jurídica (AJ); 3)Assessoria de Comunicação Social (ACS); 4)Centro de Coordenação de Operações (COO). II- Órgãos Setorial de planejamento: Subsecretaria (SS); III- Órgãos de Execução e de Apoio Técnico: 1)Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBERJ); 2)Departamento Geral de Apoio Comunitário (DGAC). IV- Órgãos de Apoio Administrativo e Financeiro: - Departamento Geral de Administração (DGA). CAPÍTULO IV

Competência do Órgãos SEÇÃO I Gabinete do Secretário

Art.6º - Ao Gabinete do Secretário compete assistir-lhe em suas representações funcionais e sociais, encarregando-se do preparo e despacho de seus expedientes e da publicação dos atos oficiais de sua competência, além das atribuições que lhe forem delegadas.

SEÇÃO II Assessoria Jurídica

Art.7º- A Assessoria Jurídica compete emitir pareceres em

processos e sobre assuntos que envolvam matéria jurídica e cujo exame lhe seja determinado pelo Secretário.

SEÇÃO III Assessoria de Comunicação Social Art.8º- A Assessoria de Comunicação Social, compete:

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I- desempenhar as atividades de comunicação social, inclusive de relações públicas, divulgando as medidas executadas e os resultados obtidos pela ação da Secretaria;

II- manter o intercâmbio de informações com órgãos de idêntica finalidade ou atividade afins;

III- desempenhar as atividades de ação comunitária, estabelecendo ligação com os diversos segmentos da comunidade do Estado do Rio de Janeiro, para atender à população, prestando-lhe informações, esclarecimentos e orientações e, ainda, receber reclamações e sugestões de assuntos ligados à utilidade pública, encaminhando-os aos órgãos competentes e conjugando os esforços necessários para a solução dos mesmos.

SEÇÃO IV Centro de Coordenação de Operações Art.9º- Ao Centro de Coordenação de Operações compete planejar

de forma integrada – centralizada no comando e descentralizada na execução – as ações e operações conjuntas no âmbito da Secretaria.

SEÇÃO V Subsecretaria Art.10º- A Subsecretaria tem por finalidade colaborar com o

secretário no desempenho de suas atribuições, bem como, exercer as atividades que forem especificamente delegadas.

Parágrafo único – A Subsecretaria, como órgãos setorial do Sistema Estadual de Planejamento, subordina-se tecnicamente à Subsecretaria de Planejamento e Controle, quanto às atividades de planejamento, modernização administrativa e orçamento, sendo que com relação a esta última, também em conjunto com a Subsecretaria de Fazenda, nos termos do Decreto n.º 6.897/83.

SEÇÃO VI Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro Art. 11º - O Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro tem

as suas competências definidas como Organização Militar nas legislações federal e estadual própria.

SEÇÃO VII Departamento Geral de Apoio Comunitário Art.12º- Ao Departamento Geral de Apoio Comunitário compete

integrar, planejar, organizar, orientar, e coordenar a Defesa Civil para o efetivo atendimento da comunidade, considerando a ocorrência de fatos adversos de qualquer natureza e as situações de emergência ou de calamidade pública.

SEÇÃO VIII Departamento Geral de Administração

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Art.13º- Ao Departamento Geral de Administração compete exercer os serviços administrativos gerais, relativos a pessoal, patrimônio, material, transporte oficial, arquivo e comunicações administrativas, e as atividades de administração financeira, necessárias ao funcionamento da Secretaria, assim como, os serviços de zeladoria e de portaria.

CAPÍTULO V Dirigentes Art. 14º- Os órgãos componentes da estrutura da Secretaria serão

dirigidos: I- a Subsecretaria, por um Subsecretário, símbolo SS,

cumulativamente com as funções de Subcomandante e Chefe do Estado-Maior-Geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro ;

II- o Gabinete do Secretário, por um Chefe de Gabinete, Oficial Superior BM Combatente da ativa, símbolo DAS-9;

III- o Departamento Geral de Apoio Comunitário, por um Diretor-Geral, Oficial Superior BM Combatente da ativa, símbolo DAS-9;

IV- o Departamento Geral de Administração, por um Diretor-Geral, símbolo DAS-9;

V- as Assessorias, cada um delas, por Assessor-Chefe símbolo DAS-8;

VI- o Centro de Coordenação de Operários, por um Coordenador, Oficial Superior BM Combatente da ativa, símbolo DAS-8;

VII- as Coordenadorias Regionais de Defesa Civil, cada uma delas, por um Coordenador Regional, símbolo DAS-7, cumulativamente com as funções de Comandante da Organização de Bombeiro-Militar da respectiva área de ação operacional;

VIII- as Divisões, cada uma delas, por um Diretor de Divisão, símbolo DAS-6;

IX- os Serviços, cada um deles, por um Chefe de Serviço, símbolo DAÍ-6;

X- as Seções, cada uma delas, por um chefe de Seção, símbolo DAÍ-5.

Parágrafo único- Nas regiões-programa onde estiverem sediados os comandos de Bombeiros de Área, a Coordenação Regional de Defesa Civil caberá a estas autoridades.

CAPÍTULO VI Disposições Gerais e Finais Art.15º- Fica o Secretário de Estado de Defesa Civil autorizado a: I- efetuar indicações ao Governador para o preenchimento de

cargos em comissão de Direção e Assessoramento Superior (DAS), decorrentes da estrutura básica e do desdobramento da Secretaria;

II- nomear servidores para o preenchimento de cargos em comissão de Direção e Assessoramento Intermediário (DAÍ), decorrentes da estrutura básica e do desdobramento operacional da Secretaria;

III- expedir o Regime Interno da Secretaria, estabelecendo o desdobramento operacional de sua estrutura básica, a competência e o funcionamento de suas unidades e as atribuições dos servidores nela lotados.

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Art.16º- ficam transformados, sem aumento de despesa, no quadro permanente do Poder Executivo de Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado de Governo, os cargos em comissão objeto do Decreto n.º 6.624, de 15.03.83, constantes do Anexo I, e os da extinta Secretaria de Estado de Segurança Pública, constante do Anexo II, em cargos em comissão do Anexo III transferidos para a Secretaria de Estado de Defesa Civil.

Parágrafo único- Para efeito do Decreto n.º 6.624/83, ficam

transferidos do Anexo II para o Anexo I, dois cargos em comissão de Assistente, símbolo DAS-6.

Art.17º- ficam transferidos para a secretaria de Estado da Defesa Civil todo o pessoal, o patrimônio e o acervo do Corpo de Bombeiros ao Estado do Rio de Janeiro e da Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, inclusive os meios de comunicação e de transporte.

Art.18º- este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a partir de 02 de agosto de 1984, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 03 de agosto de 1984. LEONEL DE MOURA BRIZOLA, Cibilis da Rocha Viana, José Halfeld

Filho, Fernando Lopes de Almeida, Leôncio de Aguiar Vasconcellos, Cesar Epitácio Maia.”

Dentro da sua competência, ficou estabelecido o estímulo à evolução

das Coordenadorias Municipais de Defesa Civil, bem como dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil.

8 - CRIAÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO PARA RECUPERAÇÃO E OBRAS DE EMERGÊNCIA – GEROE

O Governo do Estado criou o GEROE, através do Decreto nº 11.131 de 30 de março de 1988, que tinha como objetivo o planejamento à coordenação e execução dos projetos, obras e serviços de recomposição e proteção de bens naturais, físicos, sociais e econômicos do patrimônio comunitário do Estado do Rio de Janeiro.

“DECRETO Nº. 11.131 – DE 30 DE MARÇO DE 1988 Institui O Grupo Executivo para Recuperação e Obras de

Emergência e dá outras providências O Governador do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas

atribuições, Considerando que os graves acontecimentos ocorridos

recentemente no Estado do Rio de Janeiro, que levam diversos

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municípios a decretar estado de calamidade pública, reconhecido pelo Governo do Estado;

Considerando as conseqüências desses fatos para a população fluminense;

Considerando que se impõe assegurar o planejamento e a execução de medidas inadiáveis de recomposição de bens naturais, físicos, sociais e econômicos, integrantes do patrimônio comunitários atingidos por tais eventos, e sua proteção mediante ações preventivas;

Considerando que o desempenho de tais objetivos envolve a coordenação de incumbências a cargo de diferentes setores da administração estadual, decreta:

Art. 1º - É instituído o Grupo Executivo para Recuperação e Obras

Emergências – GEROE, vinculado diretamente ao Governador do Estado e destinado ao planejamento e à coordenação e execução dos projetos, obras e serviços de recomposição e proteção de bens naturais, físicos, sociais e econômicos do patrimônio comunitário do Estado do Rio de Janeiro.

§1º - As ações programadas em fases distintas, abrangendo a de emergência, em curto prazo; a de recuperação a médio prazo; e a de prevenção, a longo prazo, observadas as diretrizes e normas do presente Decreto.

§2º - Para o exercício de suas atribuições, o GEROE atuará em colaboração com o Vice-Governador, articulando-se os Secretários de Estado e autoridades diretamente subordinadas ao Governo do Estado, que concederão prioridade ao tratamento, pelos órgãos supervisionados, aos assuntos relacionados com as atribuições no GEROE, especialmente o fornecimento de informações e demais subsídios.

Art. 2º - O GEROE será chefiado por 1(um) Secretário

Extraordinário de Estado e constituído por um Subsecretário de Programação, 1 (um) Subsecretário de Coordenação e seis Coordenadores Técnicos, nomeados pelo Governador do Estado, por indicação do Secretário-Chefe do GEROE.

§1º - Os Coordenadores Técnicos serão distribuídos pelas áreas de Hidrologia, Saneamento, Geotecnia, Transportes, Habitação Reorganização e Ecologia, abrangendo as matérias correlatas que forem definidas pelo Secretário-Chefe do GEROE.

§2º - Os cargos necessários à estrutura do GEROE são os previstos no Quadro anexo a este Decreto, que serão criados por transformação, sem aumento de despesa.

Art. 3º - O GEROE será assessorado por um Conselho Consultivo,

a qual competirá avaliar as prioridades propostas pelo GEROE, para as obras, serviços e aplicação de recursos afetos às atribuições do Grupo, e por 1 (um) Comitê de Coordenação junto aos municípios, incumbido da articulação, com as Administrações Municipais, dos projetos que lhes digam respeito.

1 – O Conselho Consultivo será constituído pelos seguintes membros, sob a presidência do primeiro secretariado pelo Subsecretário do Programação:

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I – o Secretário-Chefe do GEROE; II – o Secretário de Estado de Planejamento e Controle; III – o Secret. de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional; IV – o Secret. de Estado de Meio Ambiente; V – o Secret. de Estado de Meio Ambiente; VI – o Secret. de Estado de Fazenda. § 2º - O Comitê de Coordenação junto aos Município será

constituído pelo Secretário de Coordenação do GEROE, seu presidente, e por um representante de cada Prefeitura Municipal das áreas objeto de projetos a cargo do GEROE.

§ 3º - O Comitê de Coordenação do GEROE, a criação e extinção de unidades locais nos diversos municípios, com a participação das Prefeituras Municipais, para auxiliar e apoiar a execução dos projetos especiais em favor de suas populações.

§ 4º - O Conselho e Comitê da Coordenação aprovarão seus Regimentos Internos.

Art. 4º - São atribuições do GEROE: I – propor ao Governador do Estado os programas especiais que

se destinem ao desempenho das finalidades do Grupo; II – auxiliar ao Governador do Estado nas tarefas de supervisão,

coordenação e controle e avaliação inerentes à execução daqueles programas;

III – propor soluções e prioridades, para decisão final do Governador do Estado, relativas aos planos de aplicação dos recursos destinados aos programas aprovados;

IV – articular-se com autoridades federais e municipais, visando a conjunção dos esforços e harmonização das três esferas de governo em território fluminense, para a eficaz realização dos objetivos dos programas especiais;

V – articular-se com os superiores dos órgãos da Administração Estadual, visando a evitar a ocorrência de conflitos entre as ações e os planos correntes e aqueles objeto das atribuições do GEROE;

VI – articular-se com os órgãos centrais e setoriais dos sistemas administrativos estaduais, promovendo o atendimento da orientação técnica e das proposições normativas deles emendadas;

VII – promover medidas destinadas ao estabelecimento de convênios, acordos, ajustes e contratos com os governos da União, de outros Estados e Municípios, bem como com entidades privadas nacionais e estrangeiras de qualquer natureza, necessários à execução dos programas especiais;

VIII – promover a elaboração de estudos, projetos e pareceres técnicos, encomendado-os quando for o caso, a pessoas físicas ou jurídicas especializadas dos setores público ou privado;

IX – acompanhar e avaliar a execução dos projetos, obras e serviços, auxiliando as demais Secretarias do Estado nas ações relacionadas com os objetivos do GEROE;

X – providenciar e supervisionar a constituição das unidades coordenadoras locais, observando o § 3º.

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Parágrafo único – O exercício das atribuições previstas no inciso II compreende:

I – quanto à supervisão, o cumprimento das missões especiais determinadas pelo Governador do Estado;

II – quanto a supervisão a coordenação a exposição de motivos e outros atos a serem submetidos ao Governador do Estado;

III – quanto ao controle e avaliação, a emissão de pareceres e realização de análises de projetos, obras e serviços.

Art. 5º - NO desempenho de suas atribuições, o GEROE observará

os seguintes princípios: I – os trabalhos do Grupo serão, predominantemente, de

planejamento e coordenação, sendo condicionada à aprovação do Governador, em caráter excepcional, à execução, sob responsabilidade imediata, de quaisquer obras e serviços;

II – a execução de projetos, ressalvados no inciso anterior, será de responsabilidade das Secretarias de Estados pertinentes, conforme a natureza dos serviços, observadas as diretrizes do GEROE;

III – todos os serviços de apoio administrativos ao GEROE, ao Conselho Consultivo e ao Comitê de Coordenação, serão prestados pela Casa Civil. Os serviços de naturezas técnica requisitados ao GEROE serão prestados pelas as Secretarias de Estado de Planejamento e Controle;

IV – os Coordenadores Técnicos deverão valer-se dos recursos de materiais disponíveis nas diversas Secretarias de Estado, conforme articulação realizada pelo Secretário Extraordinário-Chefe do GEROE.

Art. 6º - As funções dos membros do Conselho Consultivo e do

Comitê são consideradas de caráter relevante, vedada remuneração a qualquer título.

Art. 7º - As despesas necessárias ao funcionamento do GEROE,

no presente exercício, correrão à conta das dotações orçamentárias previstas para a Casa Civil.

Art. 8º - O Secretário Extraordinário-Chefe do GEROE, proporá ao

governador do Estado a edição dos atos necessários ao ajustamento da organização estrutural do GEROE, de acordo com as diversas fases dos trabalhos.

Art. 9º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.

Rio de janeiro, 30 de março de 1988 W. MOREIRA FRANCO – GOVERNADOR DO ESTADO.”

9 - CRIAÇÃO DO GRUPO EXECUTIVO DE AÇÕES EMERGENCIAIS - GREAE

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O Governo do Estado criou o GREAE, através do Decreto nº 12.326 de 24 de novembro de 1988, que tinha como objetivo implementar e controlar as ações impostas pelas situações emergências, advindas de fortes precipitações pluviométricas que ponham em risco a vida e bens da comunidade, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. O Diretor Geral de Apoio Comunitário da SEDEC era o Secretário Executivo do Grupo.

“DECRETO N. 12.326 DE 24 DE NOVEMBRO DE 1988

Cria o Grupo Executivo de Ações Emergenciais (GREAE) e dá outras providencias.

CONSIDERANDO que o Estado do Rio de Janeiro vem sendo

acometido de ocorrências calamitosas em virtudes das grandes precipitações pluviométricas;

CONSIDERANDO que tais fatos tem seu maior índice de incidência no período do verão, normalmente nos meses de dezembro à março do ano subseqüente;

CONSIDERANDO que cabe ao Estado, através do Sistema de Defesa Civil, prever e prover as medidas que visem socorrer, assistir e reabilitar a população vítima de fatos adversos, de forma ágil e eficiente;

CONSIDERANDO que cabe à Secretaria de Estado da Defesa Civil a coordenação de tais medidas; e

Considerando finalmente, o que consta no Processo N. E-24/2-160/88;

DECRETA: Art. 1º - Fica criado o Grupo Executivo de Ações Emergências

(GREAE), constituído pelo Secretário de Estado de Defesa Civil, Secretário Executivo da Coordenadoria de Desenvolvimento Social, Subsecretário de Saúde, Subsecretário de Educação e Cultura, Subsecretário de Agricultura e Abastecimento, Presidente do Departamento de Estrada e Rodagem, Presidente da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas e pelo Diretor Geral de Apoio Comunitário, para sua presidência do primeiro, implementar e controlar as ações impostas pelas situações emergências, advindas de fortes precipitações pluviométricas que ponham em risco a vida e bens da comunidade, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 2º – Os membros dos integrantes do grupo ora criado, serão

convocados ora pelo Governador ou pelo Secretario de Estado de Defesa Civil, no período de normalidade para o planejamento estratégico das medidas a serem adotadas e , a qualquer tempo, na ocorrência ou iminência de fatos adversos que implicam em ações imediatas do socorro e assistência à população.

Art. 3º – O Diretor Geral de Apoio Comunitário da SEDEC, será o

Secretário Executivo do Grupo ora criado.

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Art. 4º – O Secretário de Estado de Defesa Civil, Baixará Resolução regulamentando o funcionamento, as atividades e atribuições do GREAE.

Art. 5º – Este decreto entrará em vigor na entrará de sua

publicação, revogada as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 24 de novembro de 1988 W. MOREIRA FRANCO Alexandre Demathey Camacho José Carvalho de Noronha Raphael Hermeto De Almeida Magalhaes Elcio Costa Couto Josep Barat Carlos Henrique Abreu Mendes José Albucacys Manso de Castro

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CAPÍTULO VI – A ATUALIDADE

1 – A CONSTITUIÇÃO DE 1988

Chegamos a atualidade, a lei maior que nos rege é a Constituição promulgada em 1988. É o marco da modernidade em termos de Defesa Civil e Proteção Comunitária.

Nela encontramos, especificamente, a ligação do Corpo de Bombeiros com a Defesa Civil, o que só tinha sido citado em legislações do Antigo Estado da Guanabara e do atual Estado do Rio de Janeiro.

CONSTITUIÇÃO DE 1988 “... Art. 3º Objetivos Fundamentais da República Federativa do Brasil: I - Constituir uma sociedade livre, justa e solidária; ... III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, e quaisquer outras formas de discriminação ... Art. 5 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito à vida , à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seguintes termos: ... XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial; ... XXV- no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; ... LXXIII - Qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; ... Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. ... Art. 21º Compete à União: ...

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XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; ... Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: ... II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; ... XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional. ... Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. ... Art. 136º O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou antigas por calamidades de grandes proporções na natureza. § 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes: ... II- ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes. ... § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação. ... DA SEGURANÇA PÚBLICA ... O Art. 144 estabelece que : A segurança pública, dever do estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal: II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. ... §5º Às policias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos Corpos de Bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

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... DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ... Art.148 - A União mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios para: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ... Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou a sua instituição. ... § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observando o disposto no artigo 62. ... Art. 196 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 197 São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. ...”

É notório que a presente Constituição tenha epíteto o nome cidadã. Observando o capítulo I, nota-se que nenhuma outra Carta Magna do

nosso País fez tantas referências à proteção Comunitária sobre as situações de desastres.

Neste particular, temos a nítida impressão que há, agora, uma preocupação global com a comunidade do nosso País.

É importante ressaltar que a execução das atividades de Defesa Civil não cabe, única e exclusivamente, ao Corpo de Bombeiros e sim a toda população.

2 – O ANTIGO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA CIVIL

Como cabe à União legislar sobre Defesa Civil, foi o Decreto nº 97.274

de 16 de dezembro de 1988, o primeiro na atual vigência Constitucional. Ele organiza um Sistema Nacional de Defesa Civil, apresentando

conceitos que não tocava na terminologia “Desastres”, utilizando, ainda, o termo “fatores adversos”.

“DECRETO Nº 97.274 – DE 16 DE DEZEMBRO DE 1988

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Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa Civil –

SINDEC, é dá outras providências O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o

artigo 84, inciso VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 30, do Decreto-Lei n.º 200, de 25 de fevereiro de 1967, decreta:

Art. 1º - O Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC, organizados

nos termos deste Decreto, tem por objetivo planejar e promover a defesa permanente contra calamidades públicas ( artigo 21, inciso XVIII da Constituição), integrando a atuação dos órgãos e entidades públicas e privadas que, no território nacional, exercem atividades de planejamento, coordenação e execução das medidas de assistência às populações atingidas por fatores anormais adversos, bem assim a prevenção ou reparação de danos em situação de emergência ou estado de calamidade pública.

Parágrafo único – Para o efeito deste Decreto, considera-se: a) defesa civil – o conjunto de medidas destinados a prevenir,

limitar ou corrigir os riscos e danos pessoais e materiais decorrentes de estado de calamidade pública ou de situação de emergência;

b) estado de calamidade pública – a situação anormal provocada por fatores adversos que privem a população da atendimento de suas necessidades básicas e afetem as atividades comunitárias, a preservação de vidas humanas e a segurança de bens materiais;

c) situação de emergência – a configuração de indícios que revelem a iminência de fatores anormais adversos que possam vir a provocar calamidade pública.

Art. 2º - O Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC tem a

seguinte composição: I – Órgão superior: o Conselho Nacional de Defesa Civil – CONDEC; II - Órgão central: a Secretaria Especial de Defesa Civil – SEDEC, do

Ministério do Interior; III – Órgãos regionais: as Coordenadorias Regionais de Defesa Civil

– CORDECs, das Superintendências de Desenvolvimento Regional e da Secretaria Especial da Região Sudeste – SERSE;

IV – Órgãos setoriais: os órgãos e entidades de defesa civil do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, que firmarem convênio com a SEDEC;

V - Órgãos seccionais: os órgãos e entidades envolvidos nas ações de defesa civil:

a) da Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da

República; b) do Ministério da Justiça; c) do Ministério da Marinha; d) do Ministério do Exército; e) do Ministério da Aeronáutica; f) do Ministério das Relações Exteriores; g) do Ministério da Fazenda;

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h) do Ministério dos Transportes; i)do Ministério da Agricultura; j) do Ministério da Educação; l) do Ministério da Saúde; m) do Ministério das Minas e Energias; n) do Ministério das Comunicação; o) do Ministério da Previdência e Assistência Social; p) do Ministério da Habitação e do Bem-Estar Social; q) do Ministério do Ciência e Tecnologia; r) do Programa Nacional de Irrigação; s) da Comissão Nacional de Energia Nuclear; t) do Departamento Nacional de Obras de Saneamento. VI – Órgãos de apoio: os órgãos e entidades públicas e privadas

que vierem a prestar ajuda aos demais componentes do SINDEC. Art. 3º - Integram o CONDEC os Ministros de Estado: a) do Interior, na qualidade de presidente; b) Chefe da Secretaria de Planejamento e Coordenação da

Presidência da República; c) Da Marinha; d) Do Exército; e) Das Relações Exteriores; f) Da Fazenda; g) Dos Transportes; h) Da Agricultura; i) Da Educação; j) Da Aeronáutica; k) Da Saúde; l) Das Minas e Energias; m) Das Comunicações; n) Da Previdência e Assistência Social; o) Da Ciência e da Tecnologia; p) Extraordinário para Assuntos de Irrigação. § 1º- O CONDEC reunir-se-á sempre que necessário mediante

convocação do seu presidente. § 2º - Os membros do CONDEC terão como suplentes os

Secretários-Gerais dos respectivos Ministérios. Art. 4º - Ao CONDEC compete: I – estabelecer a política e as diretrizes de ação governamental de

defesa civil; II – dispor sobre os critérios para o reconhecimento de estado de

calamidade pública ou de situação de emergência; III – deliberar sobre o Plano Nacional de Defesa Civil e sobre os

planos e programas globais e setoriais elaborados pela SEDEC; IV – estabelecer normas e procedimentos para a articulação das

ações federais com o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, bem assim a coordenação de entidades privadas, tendo em vista a atuação coordenada em atividades de defesa civil;

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V – propor a destinação de recursos orçamentários ou de outras fontes, internas e externas, para atender os programas de defesa civil;

VI – examinar e deliberar sobre relatórios e pleitos relativos a estado de calamidade pública ou a situação de emergência;

VII – aprovar seu regimento interno. Art. 5º - À SEDEC cabe: I – promover e coordenar as ações de defesa civil, de acordo com

as diretrizes estabelecidas pelo CONDEC; II – elaborar o Plano Nacional de Defesa Civil, os planos e

programas globais e setoriais e promover sua implementação; III – analisar e compatibilizar os planos e programas regionais de

defesa civil elaborados pelas CORDECs; IV – promover os estudos das causas e efeitos das calamidades

públicas e das medidas aplicáveis ao seu combate; V – promover a implantação de Centros de Treinamento de Pessoal

em Defesa Civil – CETRENs, destinados à capacitação de recursos humanos, com vistas ao gerenciamento e à execução das atividades de defesa civil;

VI – propor ao Ministro de Estado do Interior o reconhecimento de estado de calamidade pública ou de situação de emergência, de acordo com os critérios estabelecidos;

VII – prestar apoio técnico e administrativo ao CONDEC e à Junta Deliberativa do Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP, instituído pelo Decreto-Lei n.º 950 (2), de 13 de outubro de 1969;

VIII – encaminhar relatórios mensais ao CONDEC, sobre as atividades do SINDEC.

Parágrafo único – A SEDEC subordina-se diretamente ao Ministro

de Estado do Interior. Art. 6º - Às CORDECs cabe: I – elaborar planos e programas regionais de defesa civil; II – coordenar, supervisionar e avaliar, nas suas respectivas áreas

de atuação, as ações desenvolvidas pelos órgãos de defesa civil do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, bem assim pelas entidades públicas e privadas integrantes dos SINDEC;

III – coordenar, em nível regional, as atividades de capacitação de recursos humanos envolvidos em ações de defesa civil;

IV – encaminhar à SEDEC relatórios mensais sobre as atividades de defesa civil, na área de sua atuação.

Parágrafo único – As CORDECs, sem prejuízo da subordinação

administrativa aos órgãos e entidades aos quais estejam integradas, ficarão sujeitas à orientação normativa, à supervisão técnica e a fiscalização técnica e à fiscalização específica da SEDEC.

Art. 7º - Aos órgãos setoriais (art. 2º, IV), incumbe executar

programas e projetos, observado o disposto em convênio, e desenvolver as ações de defesa civil necessárias, nas respectivas áreas de atuação.

Art. 8º - Cumpre os Órgãos Seccionais (art. 2º, V), vinculados:

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I – ao Ministério da Justiça, adotar medidas destinadas ao policiamento e a manutenção da ordem nas áreas atingidas por calamidade pública ou situação de emergência;

II – aos Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, dar apoio de pessoal e de material necessários ao planejamento e execução de tarefas de socorro, ao transporte marítimo e aéreo de suprimento e às missões de busca e salvamento, nas regiões e locais atingidos por calamidade pública ou de situação de emergência;

III – ao Ministério das Relações Exteriores, coordenar as ações que envolvam o relacionamento com outros países e com organismos internacionais e estrangeiros, relativamente à cooperação através de doações, treinamentos participações conjuntas em atividades de defesa civil;

IV – ao Ministério da Fazenda, adotar medidas de caráter financeiro, fiscal e creditício, destinados ao atendimento de populações e áreas atingidas por calamidade pública ou situação de emergência;

V – ao Ministério dos Transportes, especialmente por intermédio do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, adotar medidas de preservação e recuperação dos sistemas viários federais, terrestres, fluviais, e marítimos, incluindo a cessão de pessoal especializado, máquinas, equipamentos e outros recursos disponíveis, e o controle do transporte de produtos perigosos, nas áreas que possam ser ou tenham sido afetadas por calamidade pública ou situação de emergência;

VI – ao Ministério da Agricultura, especialmente por intermédio da Companhia de Financiamento da Produção – CEP e da Companhia Brasileira de Alimentos – COBAL, adotar medidas para o atendimento às populações e áreas que possam ser ou tenham sido afetadas por calamidades pública ou de situação de emergência, providenciando o financiamento e a distribuição de sementes, insumos e alimentos, bem assim por intermédio do Instituto Nacional de Meteorologia INEMET, fornecer dados e análise relativos a previsão do meteorológica, com vistas às ações de defesa civil;

VII – ao Ministério da Educação, promover a difusão dos princípios de defesa civil e, por intermédio do Laboratório Sismológico da Fundação Universitária de Brasileira, fornecer dados e estudos relativos à ocorrência de fenômenos sismológicos, no território nacional.

VIII – ao Ministério da Saúde, especialmente por intermédio da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública – SUCAM e da Central de Medicamentos – CEME, adotar medidas destinadas à prevenção e ao combate de surtos epidêmicos e endêmicos, bem como a distribuição de medicamentos, nas áreas atingidas por calamidade pública ou situação de emergência;

IX – ao Ministério das Minas e Energia, especialmente por intermédio do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DNAEE e do Conselho Nacional de Petróleo – CNP, adotar medidas no sentido de fornecer informações sobre as bacias hidrográficas, controlar as fontes geradoras de energia e promover a distribuição de combustíveis nas áreas atingidas por calamidade pública ou situação de emergência;

X – ao Ministério das Comunicações, especialmente por intermédio do Departamento Nacional de Telecomunicações – DENTEL, adotar medidas no sentido de proporcionar tratamento prioritário aos serviços

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de telecomunicações, nas áreas atingidas por calamidade pública ou situação de emergência;

XI – ao Ministério da Previdência e Assistência Social, especialmente por intermédio do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS, prestar serviços de assistência médico-hospitalar, farmacêutica e social às populações atingidas por calamidade pública ou situação de emergência;

XII – ao Ministério da Habitação e do Bem-Estar Social, especialmente por intermédio da Caixa Econômica Federal – CEF e da Legião Brasileira de Assistência – LBA, abrir linhas de crédito especial objetivando a recuperação de bens atingidos por calamidade pública, promover a construção de moradias para a população de baixa renda e prestar assistência social às populações, com vistas à execução dos planos e programas e Defesa Civil;

XIII – ao Ministério da Ciência e Tecnologia, especialmente por intermédio do Instituto de Pesquisas Espaciais – INPE, desenvolver estudos e pesquisas relativos a meteorologia, hidrologia e climatologia que permitem determinar áreas de risco, bem assim fornecer dados destinados à orientação das ações de defesa civil;

XIV – à Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República – SEPLAN, dar prioridade à alocação de recursos para assistência às populações e realização de obras e serviços de prevenção e recuperação, nas áreas atingidas por calamidade pública ou situação de emergência;

XV – ao Programa Nacional de Irrigação – PRONI, desenvolver atividades destinadas ao fortalecimento da infra-estrutura hídrica das regiões atingidas por calamidade pública ou situação de emergência, especialmente em áreas abrangidas pelas secas;

XVI – à Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, prestar ao SINDEC informações sobre atividades do Programa Nuclear Brasileiro e sobre o controle de produtos radioativos no território nacional;

XVII – ao Departamento Nacional de Obras e Saneamento – DNOS, executar obras e saneamento e de proteção contra enchentes, necessários ou úteis ao combate à calamidade pública ou em situação de emergência.

Art. 9º - Os estados de calamidade pública e as situações de

emergência serão combatidos inicialmente pela administração do Distrito Federal ou do Município, seguindo-se, conforme o caso, a atuação da administração do Estado ou da União.

§ 1º - Caberá aos organismos públicos, localizados na área atingida, a execução imediata das medidas que se fizerem necessárias, a par da ação municipal.

§ 2º - Far-se-á sempre em regime de cooperação a atuação dos organismos municipais, estaduais e federais.

Art. 10º - O estado de calamidade pública ou situação de

emergência será reconhecido por portaria do Ministro de Estado do Interior, à vista de Decreto do Governador do Distrito Federal ou de Prefeito Municipal, homologado este pelo Governador do Estado.

§ 1º - A portaria de reconhecimento de que trata este artigo terá vigência pelo prazo de até 90 (noventa) dias, podendo ser renovada.

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§ 2º - Para a aplicação de recursos do FUNCAP, o estado de calamidade pública deverá ser declarado nos termos do artigo 5º, alínea “a”, do Decreto-Lei n.º 950, de 13 de outubro de 1969, mediante proposta do Ministro de Estado do Interior.

Art. 11º - O Ministro de Estado do Interior poderá requisitar

servidores de outros órgãos e entidades federais integrantes do SINDEC, observada a Legislação pertinente, para prestar serviços eventuais nas ações de defesa civil.

§ 1º - Os servidores públicos federais designados para a prestação de serviço eventual, por ocasião de estado de calamidade pública ou situação de emergência, exercerão atividades sem prejuízo das funções que ocupam, não fazendo jus a remuneração ou gratificação especial, salvo o recebimento de diárias, em caso de deslocamento.

§ 2º Em situações de emergência, o Ministro de Estado poderá, ainda, autorizar a SEDEC contratar pessoal técnico especializado para a prestação de serviços eventuais nas ações de defesa civil.

Art. 12º - Para o cumprimento das responsabilidades que lhes são

atribuídas neste Decreto, os órgãos e entidades públicos integrantes do SINDEC utilizarão recursos próprios, objeto de dotações orçamentárias específicas, as quais poderão ser suplementadas através da abertura de crédito extraordinário, na forma do artigo 167, § 3º, da Constituição.

Art. 13º - Este Decreto em vigor na data de sua publicação. Art. 14º - Ficam revogadas o Decreto n.º 67.347 (3), de 05 de outubro

de 1970, e demais disposições em contrário. JOSÉ SARNEY – PRESIDENTE DA REPÚBLICA. João Alves Filho.”

Fica bem claro no Art. 9º, §2º sobre a cooperação entre os organismos

e não a subordinação. Estabelece que o atendimento inicial das Situações de anormalidade

fica a cargo dos Municípios ou do Distrito Federal.

3 – O ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE DEFESA CIVIL

Através do Decreto nº 795 de 13 de abril de 1993, foi atribuído à SUDENE o acompanhamento das ações de defesa civil na sua área de atuação.

“DECRETO N.º 795, DE 13 DE ABRIL DE 1993 Atribui à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste

(SUDENE) O acompanhamento e a avaliação das ações de defesa civil, na área de sua atuação, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe

confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, decreta:

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Art. 1º - O acompanhamento e a avaliação das ações de defesa civil,

na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), serão exercidas por esta autarquia, nos termos de sua legislação específica, sob a supervisão técnica da Secretaria de Defesa Civil, do Ministério da Integração Regional, órgão central do Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC), até que se efetive a reformulação do Decreto n.º 97.274, de 16 de dezembro de 1988.

Art. 2º - Compete ao Ministério da Integração Regional, no prazo

máximo de noventa dias, a partir da vigência deste decreto, propor a reformulação do Sistema Nacional de Defesa Civil de que se trata o Decreto n.º 97.274, de 1988, ajustando-o à nova estrutura organizacional estabelecida na Lei n.º 8.490, de 19 de novembro de 1992, e observado o disposto neste decreto.

Art. 3º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 13 de abril de 1993, 172º da Independência e 105º da

República. ITAMAR FRANCO Alexandre Alves Costa”

4 – O ATUAL SISTEMA NACIONAL DE DEFESA CIVIL – SINDEC O atual SINDEC, foi instituído pelo Decreto nº 895 de 16 de agosto de

1993, neste decreto encontramos conceitos atualizados, inclusive os de defesa civil e o de desastre.

“DECRETO N.º 895, DE 16 DE AGOSTO DE 1993 Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa Civil

(SINDEC), e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe

confere o artigo 84, inciso IV, e tendo em vista o disposto no artigo 21, inciso XVIII, da Constituição, decreta:

Art. 1º - O Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC) é constituído

por órgãos e entidades de Administração Pública Federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por entidades privadas e pela comunidade, sob a coordenação da Secretaria de Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração Regional.

Art. 2º - São objetivos do SINDEC: I – planejar e permanecer a defesa permanente contra desastres

naturais ou provocados pelo homem; II – atuar na iminência e em situações de desastres; III – prevenir ou minimizar danos, socorrer e assistir populações

atingidas e recuperar áreas deterioradas por desastres;

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Art. 3º - Para efeito deste Decreto, considera-se: I – defesa civil – o conjunto de ações preventivas, de socorro,

assistências e recuperativas destinadas a evitar ou minimizar os desastres, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade social;

II – desastre – o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema, causando danos humanos, materiais ou ambientais e conseqüentes prejuízo sociais;

III – situação de emergência – o reconhecimento pelo poder público de situação anormal, provocada por desastres, causando danos superáveis pela comunidade afetada;

IV - estado de calamidade pública – o reconhecimento do poder público de situação anormal, provocada por desastres, causando sérios danos à comunidade afetada, inclusive a incolumidade ou à vida de seus integrantes.

Art. 4º - O SINDEC tem a seguinte estrutura: I – Órgão Superior: o Conselho Nacional de Defesa Civil – CONDEC,

constituído por representantes dos Ministérios e das Secretarias da Presidência da República, mencionados no art.5º;

II – Órgão central – a Secretaria de Defesa Civil – SEDEC, do Ministério da Integração Regional;

III – Órgãos regionais – as Coordenarias Regionais de Defesa Civil – CORDEC;

IV – Órgãos estaduais e municipais – os Órgãos de Defesa Civil dos Estados e do Distrito Federal, e as Comissões Municipais de Defesa Civil COMDEC;

V – Órgãos setoriais – os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, envolvidos nas ações de defesa civil, referidos no art. 5º;

VI – Órgãos de apoio – os órgãos e as entidades públicas, estaduais e municipais, e privadas que venham a prestar ajuda aos órgãos integrados do SINDEC.

Art. 5º - Integram o CONDEC os representantes: I – do Ministério da Justiça; II - do Ministério da Marinha; III - do Ministério do Exercito; IV - do Ministério das Relações Exteriores; V - do Ministério dos Fazenda; VI - do Ministério dos Transportes; VII – do Ministério da Agricultura; VIII - do Ministério da Educação e do Desporto; IX - do Ministério do Trabalho; X - do Ministério da Aeronáutica; XI - do Ministério da Saúde; XII - do Ministério de Minas e Energia; XIII - do Ministério das Comunicações; XIV - do Ministério da Ciência e Tecnologia; XV - do Ministério do Bem-Estar Social; XVI - do Ministério da Integração Regional; XVII - do Ministério do Meio Ambiente;

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XVIII – da Secretaria de Planejamento, Coordenação da Presidência da República.

§ 1º - Ao Ministério da Integração Regional, representado pelo titular da SEDEC, caberá a presidência do Conselho.

§ 2º - Os membros do Condec serão designados pelo Ministério de Estado da Integração Regional, mediante indicação do titular respectivo Ministério e Secretaria da Presidência da República, representados no conselho.

§ 3º - O Condec reunir-se-á sempre que necessário, mediante convocação do seu presidente, que, em caráter de urgência, poderá delibera ad referendum do colegiado.

Art. 6º - Ao Condec compete: I – aprovar normas e procedimentos para articulação das ações

federais com o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, bem como a cooperação de entidades privadas, tendo em vista a atuação coordenada das atividades de defesa civil;

II – aprovar políticas e as diretrizes de ação governamental de defesa civil;

III – recomendar os diversos órgãos integrantes do SINDEC ações prioritárias que possam minimizar os desastres naturais ou provocadas pelo homem;

IV – aprovar os critérios para a declaração, a homologação e o reconhecimento de situação de emergência ou de estado de calamidade pública;

V – aprovar os planos e programas globais e setoriais elaborados pelo SINDEC;

VI – deliberar sobre as ações de cooperação internacional e estrangeira, de interesse do SINDEC, observadas as normas vigentes;

VII – aprovar a criação de comissões técnicas inter-institucionais para a realização de estudos, pesquisas e trabalhos especializados de interesse da defesa civil;

VIII – aprovar critérios técnicos para a análise e aprovação de obras e serviços, destinados a prevenir riscos, minimizar danos e recuperar áreas deterioradas por desastres;

IX – submeter o regimento interno para aprovação do Ministro da Integração Regional;

Parágrafo único – As decisões do Condec são consideradas de

relevante interesse nacional, cabendo aos órgãos e entidades integrantes do SINDEC conferir elevada prioridade a sua execução.

Art. 7º - À Sedec compete: I – promover e coordenar as ações de defesa civil; II – normalizar e realizar supervisão técnica e a fiscalização

específica sobre as ações desenvolvidas pelos órgãos integrantes do SINDEC, sem prejuízo da subordinação a que estiverem vinculados;

III – definir áreas e as ações prioritárias para investimento que contribuam para minimizar as vulnerabilidade das cidades ou regiões do País;

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IV – promover estudos referentes às causas e possibilidades de ocorrência de desastre de qualquer origem, na sua incidência, extensão e conseqüência;

V – sistematizar e integrar informações no âmbito do SINDEC; VI – elaborar e propor ao Condec as políticas e diretrizes da ação

governamental de defesa civil, bem assim promover a sua implementação;

VII – consolidar e compatibilizar planos e programas globais, regionais e setoriais, observadas as políticas e as diretrizes da ação governamental de defesa civil;

VIII – incentivar a criação e a implementação de Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec);

IX – coordenar, em nível nacional, as atividades de desenvolvimento de recursos humanos em defesa civil;

X – incentivar a implantação e a implementação de Centro de Ensino e Pesquisa sobre Desastres (CEPED), destinados à pesquisa, extensão e capacitação de recursos humanos, com vistas ao gerenciamento e à execução de atividades de defesa civil;

XI – criar grupos de trabalho com o objetivo de prestar o apoio técnico necessário à atuação de órgãos ou entidades na área de defesa civil;

XII – propor ao Condec critérios para a declaração, a homologação e o reconhecimento de situação de emergência e de estado de calamidade pública;

XIII – opinar sobre relatórios a situação de emergência e a estado de calamidade pública;

XIV – propor ao Ministério de Estado de Integração Regional o reconhecimento de situação de emergência ou de estado de calamidade pública, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Condec;

XV – prestar o apoio técnico e administrativo ao Condec e a Junta Deliberativa do Fundo Especial para Calamidades Públicas (FUNCAP), criado pelo Decreto-Lei 950, de 13 de outubro de 1969;

XVI – participar do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (SIPRON), na forma do Decreto-Lei n.º 1.809, de 07 de outubro de 1980, legislação complementar;

XVII – propor critérios técnicos para análise e aprovação de obras e serviços, destinados a prevenir riscos, minimizar danos e recuperar áreas deterioradas por desastres;

Art. 8º - Aos órgãos regionais compete: I – coordenar, orientar e avaliar, em nível regional, as ações

desenvolvidas pelos órgãos integrados ao SINDEC; II – realizar estudos sobre a possibilidade de ocorrência de desastre

de qualquer origem, sua incidência, extensão e conseqüência; III – manter atualizadas e disponíveis as informações relacionadas à

defesa civil; IV – compatibilizar e consolidar os planos e programas estaduais

de defesa civil, para a elaboração de planos regionais; V – coordenar as atividades de capacitação de recursos humanos

envolvidos nas ações de defesa civil;

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VI – coordenar a distribuição e o controle de suprimentos às populações atingidas por desastres, em articulação com órgãos assistênciais, integradas do SINDEC.

Art. 9º - Aos órgãos estaduais e municipais, em suas áreas de

atuação, compete: I – coordenar e executar as ações de defesa civil; II – manter atualizadas e disponíveis as informações relacionadas à

defesa civil; III – elaborar e implementar planos, programas e projetos de defesa

civil; IV – prever recursos orçamentários próprios necessários às ações

assistenciais, de recuperação ou preventiva, como contrapartida às transferências de recursos da União, na forma da legislação vigente;

V – capacitar recursos humanos para as ações de defesa civil; VI – manter o órgão central do SINDEC informado sobre as

ocorrências de desastres e atividades e atividades de defesa civil; VII – propor à autoridade competente a decretação ou homologação

de situação de emergência e de estado de calamidade pública, observando os critérios estabelecidos pelo Condec;

VIII – executar a distribuição e o controle dos suprimentos necessários ao abastecimento em situações de desastres.

Art. 10º Aos órgãos setoriais, por intermédio de suas secretarias,

entidades e órgãos vinculados, e em articulação com o órgão central do SINDEC, entre outras atividades, compete:

I – ao Ministério da Justiça coordenar as ações do Sistema de Segurança Pública e a atuação das Polícias Federal, Rodoviária e Ferroviária, visando a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio nas áreas em situação de desastres;

II – ao Ministério da Marinha coordenar as ações de redução de danos relacionados com sinistros marítimos e fluviais, e o salvamento de náufragos; apoiar as ações de defesa civil com pessoal, material e meios de transporte;

III – ao Ministério do Exército cooperar no planejamento de defesa civil e em ações de defesa civil e em ações de busca e salvamento; participar de atividades de prevenção e de reconstrução; apoiar as ações de defesa civil com pessoal, material e meios de transporte;

IV – ao Ministérios das Relações Exteriores coordenar as ações que envolvam o relacionamento com outros países com organismos intencionais e estrangeiros, quanto à cooperação logística, financeira, técnica e científica e participações conjuntas em atividades de defesa civil;

V – ao Ministério da Fazenda adotar medidas de caráter financeiro, fiscal e creditício, destinados ao atendimento de populações e de áreas em estado de calamidade pública ou situação de emergência;

VI – ao Ministério dos Transportes adotar medidas de preservação e de recuperação dos sistemas viários e terminais de transportes federais, terrestres, marítimos e fluviais em áreas atingidas por desastres, bem como controlar o transporte de produtos perigosos;

VII – ao Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária promover ações preventivas relacionadas com desastres

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ocasionados por pragas vegetais e animais; adotar medidas para o abastecimento das populações, nas áreas atingidas por desastres, providenciando a distribuição de sementes, insumos e alimentos; fornecer dados e análise relativos a previsões meteorológicas e climáticas, com vistas às ações de defesa civil;

VIII – ao Ministério da Educação e do Desporto cooperar com o programa de desenvolvimento de recursos humanos e difundir, através das redes de ensino formal e informal, conteúdos didáticos relativos à prevenção de desastres e à defesa civil e, por intermédio da Fundação Universitária de Brasília, realizar e difundir pesquisas sismológicas de interesse do SINDEC;

IX – ao Ministério do Trabalho promover ações que viessem a prevenir ou minimizar danos às classes trabalhadoras, em circunstâncias de desastres;

X – ao Ministério da Aeronáutica coordenar as ações de busca e salvamento, evacuação aeromédicas e missões de misericórdia; apoiar as ações de defesa civil com pessoal, material e meios de transporte;

XI – ao Ministério da Saúde implementar e supervisionar ações de saúde pública, o suprimento de medicamentos, o controle de qualidade da água e dos alimentos, e a promoção da saúde em circunstâncias de desastres; promover a implantação de atendimento pré-hospitalar e de unidades de emergência, supervisionar a elaboração de panos de mobilização e de segurança dos hospitais em circunstâncias de desastres; e, difundir, em nível comunitário, técnicas de reanimação cardiorrespiratória básica e de primeiros socorros;

XII – ao Ministério de Minas e Energia planejar e promover medidas relacionadas com o controle de cheias e inundações, através da monitorização das condições hidrológicas e dos deflúvios das barragens dos sistemas hidrelétricos e das bacias hidrográficas;

XIII – ao Ministério das Comunicações adotar medidas objetivando priorizar os serviços de telecomunicações na áreas afetadas por desastres;

XIV – ao Ministério da Ciência e Tecnologia desenvolver estudos e pesquisas que permitam determinar áreas de riscos, bem como fornecer informações destinadas à orientação das ações de defesa civil;

XV – ao Ministério do Bem-Estar Social promover a recuperação e reconstrução de moradias para a população de baixa renda, executar obras e serviços de saneamento e prestar assistência social às populações, em situação de desastre;

XVI – ao Ministério do Meio Ambiente estabelecer normas e critérios e padrões relativos ao controle e a proteção do meio ambiente, ao uso racional de recursos naturais renováveis, com o objetivo de reduzir desastres;

XVIII – à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação da Presidência da República (SEPLAN), priorizar a alocação de recursos para a assistência às populações e a realização de obras e serviços de prevenção e recuperação e a realização na áreas em estado de calamidade pública ou situação de emergência;

XIX – ao Estado-Maior das Forças Armadas coordenar as operações combinadas das Forças Singulares nas ações de defesa civil;

XX – à Secretaria de assuntos Estratégicos da Presidência da República prestar informações sobre a Política Nuclear Brasileiro e o

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controle de produtos radioativos de qualquer espécie relacionadas à prevenção ou à minimização de desastres nucleares e radioativos;

Art. 11º - Aos órgãos de apoio compete o desempenho de tarefas

específicas consentâneas com suas atividades normais, mediante articulação prévia com os órgãos de coordenação do SINDEC.

Art. 12º - O estado de calamidade pública e a situação de

emergência, observado os critérios estabelecidos pelo CONDEC, serão reconhecidos por portaria do Ministro de Estado da Integração Regional, à vista de decreto do Governador do Distrito Federal ou do Prefeito Municipal, homologado este pelo Governador do Estado.

Art. 13º - Em situações de desastres as atividades assistências e

de recuperação serão de responsabilidade do Governo do Município ou do Distrito Federal, cabendo ao Estado e, posteriormente, à União, as ações supletivas, quando comprovadamente empenhada a capacidade de atendimento da administração local.

§ 1º - Caberá aos órgãos públicos, localizados na área atingida, a execução imediata das medidas que se fizerem necessárias.

§ 2º - A atuação dos órgãos federais, estaduais e municipais, na área atingida, far-se-á sempre em regime de cooperação, cabendo a coordenação ao órgão local de defesa civil.

Art. 14º - Na atuação definida no inciso IV do art. 3º, ou na iminência

de sua ocorrência, o Ministro de Estado da Integração Regional poderá requisitar temporariamente servidores de órgãos ou entidades integradas do SINDEC, bem como contratar pessoal técnico especializado para a prestação de serviços eventuais nas ações de defesa civil, observando o disposto no Título VII da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Parágrafo único – O servidor público requisitado na forma do caput

deste artigo ficará à disposição do SINDEC, sem prejuízo do cargo ou função que ocupe e da remuneração e dos direitos respectivos, à conta do órgão cedente, não fazendo jus a remuneração ou gratificação especial, salvo recebimento de diária e de transporte, em caso de deslocamento.

Art. 15º Para o cumprimento das responsabilidades que lhes são

atribuídas neste decreto, os órgãos e entidades públicas federais integrantes do SINDEC utilizarão recursos próprios, objeto de dotações orçamentárias específicas, as quais poderão ser suplementadas através da abertura de crédito extraordinário, na forma do art.167, parágrafo 3º, da Constituição.

Art. 16º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 17º - Ficam revogados os Decretos n.º 97.273, de 16 de

dezembro de 1988, e 795, de 13 de abril de 1993.

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Brasília, 16 de agosto de 1993; 172º da Independência e 105º da República.

ITAMAR FRANCO, Alexandre Alves Costa”

5 – REGULAMENTAÇÃO DO FUNDO ESPECIAL DE CALAMIDADES PÚBLICAS

O Decreto nº 1.080 de 08 de março de 1994 regulamentou o FUNCAP que tem por finalidade financiar as ações de socorro, de assistência à população e de reabilitação de áreas atingidas. O reconhecimento do Estado de Calamidade Pública pelo Governo Federal é a condição para avaliação de recursos.

“DECRETO N.º 1.080, DE 08 DE MARÇO DE 1994 Regulamenta o Fundo Especial para Calamidades Públicas –

FUNCAP, dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuição que lhe

confere o artigo 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o Decreto Legislativo n.º 950, de 13 de outubro de 1990, e a lei n.º 8.490, de 19 de novembro de 1992, decreta:

Art. 1º - O Fundo Especial para Calamidades Públicas – FUNCAP,

criado pelo Decreto-Lei n.º 950, de 13 de outubro de 1969, e ratificado nos termos do art. 36 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, pelo Decreto Legislativo n.º 66, de 18 de dezembro de 1990, tem por finalidade financiar as ações de socorro, de assistência à população e de reabilitação de áreas atingidas.

Parágrafo único – As aplicações de recursos do FUNCAP destinam-

se: I - suprimento de: a) alimentos; b) água potável; c) medicamentos, material de penso, material de primeiros socorros e

artigos de higiene individual e asseio corporal; d) roupas e agasalho; e) material de estacionamento ou de abrigo, utensílios domésticos e

outros; f) material necessário à instalação e operacionalização e higienização

de abrigos emergenciais; g) combustível, óleos e lubrificantes; h) equipamentos para resgate; i) material de limpeza, desinfecção e saneamento básico emergencial; j) apoio logístico às equipes empenhadas nas operações; k) material de sepultamento; II - pagamento de serviços relacionados com:

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a) desobstrução, desmonte de estruturas definitivamente danificadas e remoção de escombros;

b) restabelecimento emergencial dos serviços básicos essenciais: c) outros serviços de terceiro; d) transportes; e) reembolso de despesas efetuadas por entidades públicas ou privadas

prestadoras de serviços de socorros. Art. 2º - A condição para avaliação de recursos nas ações

estabelecidas no art. 1º deste Decreto é o reconhecimento do estado de calamidade pública pelo Governo Federal.

Parágrafo único – O estado de calamidade pública, observados os critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional de Defesa Civil – CONDEC, será reconhecido por portaria do Ministro de Estado da Integração Regional, à vista do decreto do Governador do Distrito Federal ou do Prefeito Municipal, homologado este pelo Governador do Estado.

Art. 3º - Constituem recursos do FUNCAP: I – as dotações orçamentárias da União e os créditos adicionais que

lhe forem atribuídos; II – os auxílios, dotações, subvenções e contribuições de entidades

públicas ou privadas, nacionais, internacionais ou estrangeiras, destinadas à assistência a populações de áreas em estado de calamidade pública;

III – os saldos de créditos extraordinários e especiais, abertos para calamidade pública, não aplicados e ainda disponíveis;

IV – outros recursos eventuais. Art. 4º - Os recursos a que se referem os incisos II e IV do artigo

anterior serão movimentados pela Secretaria de Administração Geral do Ministério da Integração Regional, destacados em Fonte de Recursos específicos do FUNCAP, como observância das normas de execução orçamentárias, financeira e contábil aplicáveis à Administração Pública Federal.

Parágrafo único – A rede bancária poderá receber auxílios e doações, que serão transferidos para a conta específica do FUNCAP, no Banco do Brasil S.A., nos mesmos prazos de recolhimento das receitas tributárias federais.

Art. 5º - Os recursos do FUNCAP serão administrados por uma

Junta Deliberativa, presidida pelo Secretário de Defesa Civil do Ministério da Integração Regional, e integrada por representantes do Ministérios da Fazenda e da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação da Presidência da República.

§ 1º - Os representantes a que se refere este artigo serão designados pelo Ministro de Estado da Integração Regional, mediante indicação dos respectivos titulares dos Ministérios e Secretaria.

§ 2º - A participação dos representantes na Junta Deliberativa do FUNCAP é considerada serviço público de natureza relevante e não aplicará prejuízo nas funções que já exerçam, nem dará ensejo à percepção de remuneração ou gratificação adicional.

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§ 3º - A Secretaria de Defesa Civil – SEDEC prestará apoio administrativo à Junta Deliberativa.

Art. 6º - Compete à Junta Deliberativa do FUNCAP: I – deliberar sobre as aplicações dos recursos; II – fixar prioridades para a utilização dos recursos; III – submeter à aprovação do Ministro de Estado da Integração

Regional proposta do orçamento anual. Art. 7º - Compete ao presidente da Junta Deliberativa do FUNCAP: I – presidir as reuniões; II – convocar as reuniões ordinárias e as extraordinárias; III – definir a pauta das reuniões. Art. 8º - No caso de aplicação urgente de recursos financeiros para

área em estado de calamidade pública poderá o presidente da Junta Deliberativa despesas ad referendum da Junta, as quais serão justificadas no prazo máximo de 72 horas.

Art. 9º - Ficam revogados os Decretos n.º 66.204, de 13 de fevereiro

de 1970, n.º 68.718, de 07 de junho de 1971, e n.º 91.198, de 16 de abril de 1985.

Art. 10º - Este decreto em vigor na data de sua publicação. Brasília, 08 de março de 1994, 173º da Independência e 106º da

República. ITAMAR FRANCO Romildo Canhim”

6 – EXTINÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL

O Decreto nº 21.258 de 01 de janeiro de 1995 extinguiu a Secretaria de Estado da Defesa Civil, atribuindo a competência da SEDEC, no primeiro momento, à Coordenadoria Geral do Sistema de Defesa Civil da Governadoria do Estado. “ DECRETO Nº 21.258 – 01 DE JANEIRO DE 1995

Estabelece a nova estrutura do poder executivo e dá outras providências.

O Governador do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela legislação em vigor,

decreta: Art.1º- A administração direta do poder executivo, assim como a

supervisão dos entes da Administração Indireta e Fundacional, passa a ser estruturada da seguinte forma:

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... II –ORGÃOS DE AÇÃO SETORIAL DO GOVERNO ... 3 - Secretaria de Estado de Segurança Pública – SSP. 3.1 – Ente vinculado: a) Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN ... Art.2º - As secretarias que compõem a estrutura básica instituída

pelo presente decreto resultam da absorção do acervo patrimonial, pessoal e bem assim das dotações orçamentárias e competências dos órgãos até então existentes.

Parágrafo Único – Para efeito de que trata o caput , considerar-se-ão reagrupadas as competências das seguintes Secretarias de Estado extintas por este decreto:

... IV – Secretaria de Estado da Defesa Civil para a Coordenadoria

Geral do Sistema de Defesa Civil da Governadoria do Estado. ... Rio de Janeiro, 01 de janeiro de 1995 Marcelo Alencar”

7 – ESTRUTURA DA SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA O Decreto nº 21.501 de 19 de junho de 1995, altera e consolida a estrutura da Secretaria de Estado de Segurança Pública, sendo criado o Departamento Geral de Defesa Civil – DGDEC. Neste Decreto temos como competência do Corpo de Bombeiros, também, as atividades de defesa civil. “DECRETO Nº 21.501 – 19 DE JUNHO DE 1995

Altera e consolida a estrutura básica da Secretaria de Estado de Segurança Pública- SSP e dá outras providências.

O Governador do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela legislação em vigor,

decreta: Art.1º- Fica alterada e consolidada a estrutura básica da

Secretaria de Estado de Segurança Pública na forma do anexo I deste decreto.

...

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Rio de Janeiro, 19 de junho de 1995 Marcelo Alencar ANEXO I – Estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Segurança Pública ... 3.6 – Órgãos de Coordenação Operacional: ... c) Departamento-Geral de Defesa Civil. ... 4- Competência dos órgãos: ... 4.20 – Ao Departamento-Geral de Defesa Civil compete: Assessorar o Secretário de Estado de Segurança Pública e o Subsecretário operacional no estabelecimento e execução da Política Estadual de Defesa Civil, visando ao pronto atendimento da população em caso de desastre. ... 4.22 – Ao Corpo de Bombeiros Militar compete: Como instituição permanente do poder público, as atividades de defesa civil, bem como, a prevenção e combate ao fogo; o salvamento de vidas e haveres nos casos de desastres e sinistros; a proteção e segurança de banhistas das praias e balneários; a busca e salvamento marítimo; o recolhimento de cadáveres e o atendimento à população atingida por fatores anormais adversos. ...” 8 – O SISTEMA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL – SIEDEC O Decreto nº 22.305 de 28 de junho de 1996 instituiu o Sistema Estadual de Defesa Civil, estabelecendo que o Departamento Geral de Defesa Civil seria o Órgão Central do Sistema, cabendo-lhe a Presidência do Conselho Estadual de Defesa Civil, representando a Secretaria de Estado de Segurança Pública. As Comissões Regionais de Defesa Civil – REDEC, seriam os Órgãos Regionais, pertencentes a estrutura do Corpo de Bombeiros Militar.

“DECRETO N.º 22.305, DE 28 DE JUNHO DE 1996 Dispõe sobre a organização do Sistema Estadual de Defesa Civil, e

dá outras providências. Considerando a necessidade de compatibilizar a organização DO

SISTEMA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL – SIEDEC – à Política Nacional de Defesa Civil e aos dispositivos do Decreto Federal n.º 895, de 16 de agosto de 1993, que organiza o SISTEMA NACIONAL DE DEFESA CIVIL – SINDEC;

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Considerando o Decreto n.º 21.501, de 19 de junho de 1995, que organiza o DEPARTAMENTO GERAL DE DEFESA CIVIL, com a finalidade de manter uma defesa permanente contra desastres naturais ou provocados pelos homem;

Considerando a necessidade de elaboração de Planos de Ação de

Defesa Civil, que possibilitem a integração dos esforços, com vistas a proteção das comunidades contra desastres de qualquer natureza; e

Considerando que, são medidas permanentes de Defesa Civil, o

conjunto de ações preventivas, de socorro, assistências e recuperativas destinadas a evitar desastres ou minimizar seus efeitos, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade social, e tendo em vista o que consta no Processo n.º E 09/070/0001/96,

DECRETA Art. 1º - Fica instituído o SIEDEC, com a finalidade de prover as

medidas permanentes de proteção da população, visando prevenir e/ou minimizar os efeitos de desastres de forma a preservar a normalidade da vida comunitária em nosso Estado.

Art. 2º - O SIEDEC é constituído por Órgãos e entidades da

Administração Pública Estadual e dos Municípios, por entidades privadas e pela comunidade, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Segurança Pública – SSP/RJ.

Art. 3º - A direção do SIEDEC cabe ao Governador do Estado e é

executada, em seu nome, pela SSP/RJ. Art. 4º - O SIEDEC tem a seguinte composição: I – Órgão Superior - O Conselho Estadual de Defesa Civil –

COEDEC, constituído por representantes dos órgãos da chefia do Poder Executivo e das Secretarias:

De Estado de Segurança Pública; De Estado de Fazenda; De Estado de Justiça e Interior; De Estado de Obras e Serviços Públicos; De Estado de Meio de Ambiente; De Estado de Transportes; De Estado de Educação; De Estado de Cultura e Esportes; De Estado de Saúde; De Estado de Trabalho e Ação Social; De Estado de Planejamento e Controle; De Estado de Habitação e Assuntos Fundiários; De Estado de Desenvolvimento da Baixada Fluminense e

Municípios Adjacentes; Polícia Civil; Polícia Militar; e Corpo de Bombeiros Militar.

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II - Órgão Central – O Departamento Geral de Defesa Civil, a quem caberá a presidência do Conselho, representando a SSP/RJ.

III – Órgãos Regionais: As Coordenadorias Regionais de Defesa

Civil – REDEC, pertencentes a estrutura do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, vinculados ao Departamento Geral de Defesa Civil.

IV – Órgãos Municipais - As Coordenadorias Municipais de Defesa

Civil – COMDEC, implantadas em cada Município do Estado; V – Órgãos Setoriais – Os Órgãos e Entidades da Administração

Pública Estadual, envolvidos nas ações de Defesa Civil, do inciso I deste artigo, denominados Grupo de Atividades Coordenadas – GRAC;

Parágrafo único – O Poder Judiciário e o Ministério Público serão

convidados a integrarem o SIEDEC, por intermédio de seus representantes.

Art. 5º Os Órgãos envolvidos providenciarão os respectivos atos

disciplinando a matéria nas esferas de suas atribuições; Art. 6º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 28 de junho de 1996 MARCELLO ALENCAR”

9 – RECRIAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL – SEDEC

Pelo Decreto nº 25.162 de 01 de janeiro de 1999, foi reestruturado o Governo do Estado, sendo recriada a Secretaria de Estado da Defesa Civil, tendo como ente vinculado o Corpo de Bombeiros Militar.

“DECRETO Nº 25.162 – DE 01 DE JANEIRO DE 1999

Estabelece a nova estrutura do poder executivo e dá outras providências.

O Governador do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela legislação em vigor,

decreta: Art.1º- A administração direta do poder executivo, assim como a

supervisão dos entes da Administração Indireta e Fundacional, passa a ser executada da seguinte forma:

... II –ORGÃOS DE AÇÃO SETORIAL DO GOVERNO ...

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13 - Secretaria de Estado da Defesa Civil – SEDEC. 13.1 – Ente vinculado; a) Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro – CBMERJ. ...

RJ, 01 de janeiro de 1999

Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira”

Encerrado o presente trabalho, não pretendemos esgotar o assunto, mesmo porque, na dinâmica legislativa, novas Leis, Decretos etc. surgirão de forma a embasarem, cada vez mais, a Proteção da Comunidade.

É importante observarmos que, ao longo do tempo, as legislações foram preocupando-se, de forma crescente, com a problemática do desastre, com abordagens mais adequadas, principalmente, porque as cidades, nos dias de hoje, tendem a transformar-se em megalópoles e, em vista disto, será a Defesa Civil o fator de primordial importância quanto à vida e os bens da população.