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História Econômica, Política e Social do Brasil

História Econômica, Política e Social do Brasil · 5 Nesta unidade, continuaremos estudando a História Econômica, Política e Social do Brasil, após o final da ditadura militar

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História Econômica,Política e Social do Brasil

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A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Profa. Dra. Vivian Fiori

Revisão Textual:Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos

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Nesta unidade, continuaremos estudando a História Econômica, Política e Social do Brasil, após o final da ditadura militar.

A redemocratização do país, após o final da ditadura, exigiu um esforço de reestruturação das instituições políticas. A Nova Constituição e o processo eleitoral de 1989 foram fundamentais para a consolidação do regime democrático.

A sucessão dos governos, apesar dos percalços, contribuiu para a evolução política, econômica e social do país, como veremos a seguir.

Leia os materiais e execute todas as atividades propostas.

Estudar o processo de redemocratização e suas implicações políticas, econômicas e sociais. Entender como a Constituição de 1988 influenciou uma série de mudanças políticas. Estudar a crise econômica dos anos 1980 e os planos econômicos. Entender o processo de estabilização trazida pelo Plano Real e o conjunto das políticas sociais da década de 2000.

A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

· Introdução

· A campanha das Diretas e a eleição de Tancredo Neves

· O Governo Sarney: o Plano Cruzado e a estabilização

· A Constituição de 1988

· As eleições presidenciais de 1989

· Itamar Franco (1992-1994) e o Plano Real (1994)

· O Governo FHC e a política neoliberal (1993-2002)

· O Governo Lula e a busca da igualdade social

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Unidade: A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

Contextualização

Leia com atenção o texto a seguir:

O Brasil já estava sob comando dos militares há quase 20 anos, quando a insatisfação da população irrompeu. Paulatinamente, as ruas foram tomadas por protestos que cobravam eleições diretas e o fim da ditadura. Era a explosão de uma resistência cívica que nunca cessou mesmo nos anos mais duros do regime militar, como na campanha pela anistia ampla, geral e irrestrita que resultou na lei aprovada no governo do general João Batista Figueiredo, em 1979.

Agora, no entanto, o clima era de que a hora havia chegado. No início dos anos 1980, a campanha “Diretas Já!”, iniciada a partir da proposta de emenda constitucional apresentada pelo deputado Dante de Oliveira, tomava corpo. A proposta alterava o sistema de eleição instituído pelos militares, no qual um colégio eleitoral formado por parlamentares era que elegia o presidente da República. A premissa era a de que o povo também votava para presidente, ainda que indiretamente, já que havia escolhido os parlamentares.

O deputado Ulysses Guimarães (MDB-SP) e o então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva deram início à campanha ainda no Congresso e foram atraindo o apoio de outros líderes políticos, artistas e intelectuais. O movimento cresceu à medida que se aproximava a data da votação da emenda, 25 de abril de 1984.

A mobilização popular levou milhares de pessoas aos cerca de 30 comícios organizados em 1983 e 1984.

“O movimento ganhou força a partir de janeiro de 1984, quando os governadores, particularmente [Franco] Montoro, em São Paulo; [Leonel] Brizola, no Rio [de Janeiro] e Tancredo [Neves], em Minas, aderiram e houve uma série de manifestações em todo o país. No entanto, a proposta inicial veio do PT [Partido dos Trabalhadores] e de setores mais de esquerda”, ressalta o professor de sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marcelo Ridenti.”

População do Rio de Janeiro faz vigília durante a votação da Emenda Dante de Oliveira, que previa eleições diretas para presidente

Fonte: Extraído de BOCCHINI, Bruno. Insatisfação com a ditadura eclode nas manifestações das Diretas Já. Arquivo Nacional

Esse excerto de texto apresenta o período das “Diretas Já. Leia o texto da disciplina para compreender o período que antecedeu a redemocratização do país.

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Introdução

Nesta unidade, vamos tratar do período que antecedeu ao final da ditadura militar e dar ênfase ao período da redemocratização.

No início da década de 1980, já podia ser notada uma distensão do sistema político autoritário. Ninguém mais duvidava de que o país teria em breve eleições gerais, para presidente e Congresso Nacional. Apenas não se tinha ao certo quanto tempo e como isso ocorreria.

O país que voltaria a ser, em breve, uma democracia; era um país economicamente assolado pela hiperinflação. Os preços se alteravam diariamente, e não havia reajuste do salário dos trabalhadores que acompanhasse esta alta.

Apenas as pessoas que podiam fazer investimentos financeiros encontravam meios de escapar da inflação. A dívida externa brasileira era altíssima (mais de 100 bilhões de dólares), e o Governo Federal pagava milhões de dólares em juros, nunca abatendo o valor principal da dívida.

A sociedade brasileira ansiava que a eleição de um governo democrático pudesse representar uma solução para os inúmeros problemas que existiam. Alguns aspectos sociais de nosso país também clamavam por solução.

Em 1983, o Sertão Nordestino estava sendo assolado por uma das maiores secas de sua história. O drama da fome e da desnutrição era a visão mais arraigada, quando se falava do Nordeste. As migrações levavam centenas de milhares de pessoas, anualmente, a fugir para outras regiões, em busca de uma vida mais digna.

O principal centro de atração das migrações era São Paulo. A mão de obra barata proporcionada pelo migrante nordestino alimentava a indústria e especialmente da construção civil.

Outro foco de atração era constituído pelas novas fronteiras agrícolas da Amazônia, especialmente o Centro e Sudeste do Pará. Neste local, os conflitos de terra se acentuaram, principalmente após a construção da rodovia Transamazônica e também devido aos grandes projetos agrominerais.

A tentativa de reforma agrária do governo militar fracassou devido à falta de assistência técnica, às distâncias, às doenças endêmicas e à precariedade das condições de vida no caso dos projetos do I Plano Nacional de Desenvolvimento (PND).

Entre os migrantes, existiam não apenas nordestinos, mas também muitos sulistas – gaúchos, catarinenses e paranaenses – que haviam vendido suas pequenas propriedades em seus estados para investir no sonho amazônico. A chegada desse grande número de pessoas propiciou toda sorte de golpes, grilagens de terra, chacinas, que vitimavam a população humilde que buscava uma vida melhor.

Esse quadro social do país revela uma imensa distância com o Brasil urbano, que lutava por democracia e por direitos, de uma forma mais próxima aos centros de poder.

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Unidade: A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

A campanha das Diretas e a eleição de Tancredo Neves

Em 1985, foi lançada uma ampla campanha pelas eleições diretas, movimento conhecido como “Diretas Já” (vide figura 1), do qual participavam políticos de oposição, e também artistas e pessoas famosas. Houve comícios no Rio de Janeiro e em São Paulo, com a participação de milhões de pessoas.

O governo militar, por seu lado, pretendia lançar a candidatura de um civil para manter sua hegemonia. O nome escolhido foi o de Paulo Maluf, ex-governador de São Paulo.

A oposição, por sua vez, escolhera Tancredo Neves, que era governador de Minas Gerais e um político veterano, tendo sido primeiro-ministro durante a experiência parlamentarista dos anos 1960. Era considerado um grande articulador político, centrista, que teria condições de formar uma coalizão em torno de si.

O que ninguém desconfiava era que a escolha do vice da chapa se tornaria peça fundamental para o futuro político do país. O escolhido foi José Sarney, que até pouco tempo tinha pertencido à Arena, depois PDS, partido de Maluf.

Figura 1: Manifestação das “Diretas Já”

Fonte: ven1.blogspot.com.br

Tancredo foi eleito por 480 votos a 180 no Colégio Eleitoral, ou seja, em eleição indireta. Sua vitória foi muito comemorada, criando uma imensa euforia popular, alimentada pela expectativa de mudanças. No entanto, algumas coisas não saíram como o planejado.

Após a eleição, Tancredo fez uma série de viagens ao exterior, já sendo recebido oficialmente como chefe de Estado eleito. No entanto, adoeceu antes da posse, ficando hospitalizado em São Paulo e submetendo-se a uma cirurgia. Chegado o dia da posse assumiu, provisoriamente, o vice-presidente, José Sarney.

A população, apreensiva, acompanhava o noticiário na televisão, por onde eram transmitidos, diariamente, os boletins sobre a saúde do presidente.

Tancredo faleceu em 21 de abril, deixando o país estarrecido, e tornando o Governo Sarney de provisório a definitivo.

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O Governo Sarney: o Plano Cruzado e a estabilização

O grande desafio do Governo Sarney, como já era de se prever, era promover a estabilidade econômica. Embora houvesse outros desafios de vulto, como consolidar as instituições democráticas, os problemas econômicos assolavam o país, especialmente a hiperinflação.

Após a tentativa fracassada de estabilização por meio de um programa de austeridade, adotado pelo Ministro da Fazenda Francisco Dornelles, Sarney teve que demiti-lo por pressões políticas, nomeando para o cargo Dilson Funaro, economista paulista.

O grande problema econômico do Brasil, para alguns economistas, residia no fato de que os preços eram aumentados de forma indexada, atrelada a um índice de inflação, e não com base na oferta e procura de mercadorias.

Figura 2: Notícia sobre o Plano Cruzado Novo

Fonte:Jornal do Brasil, 16 de janeiro de 1989

Assim sendo, Funaro lançou o Plano Cruzado, que cortou três zeros do dinheiro em circulação. Assim sendo, mil cruzeiros passaram a valer um cruzado. Congelaram-se os preços, que foram tabelados pelo governo, aumentando por decreto o salário mínimo, além de aumentar o valor real deste em 8% (FAUSTO, 1994, p. 522). A cada vez que a inflação fosse maior que 20%, haveria aumento automático de salários.

A queda nos índices de inflação foi vertiginosa. Em um piscar de olhos, a população parecia ter reconquistado seu poder aquisitivo. Pela televisão, o presidente Sarney, em cadeia nacional, conclamava os brasileiros a ajudarem a fiscalizar os estabelecimentos que aumentassem preços, denunciando-os à Superintendência Nacional de Abastecimento (SUNAB), órgão que adquiriu notoriedade nacional.

Eram comuns as imagens em noticiários de pessoas se autodeclarando “fiscais do Sarney”, fechando estabelecimentos em meio a aplausos e ovações.

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Unidade: A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

Porém, a euforia durou pouco tempo. Como o plano promoveu aumento real de salário, aquecendo a economia, houve uma corrida ao consumo, o que provocou desabastecimento, o que demonstrou ‘na prática’ a efetividade da lei de oferta e da procura. Com isso, começou a cobrança de ágio, ou seja, um valor extra, cobrado fora do que constava na tabela de preços oficiais.

A emenda para os problemas do plano foi a decretação de um “empréstimo compulsório”, um valor acrescido pelo Estado na compra de carros, imóveis e em compras no exterior e despesas de câmbio. Ou seja, o custo foi repassado à classe média.

Após as eleições de 1986, ficou difícil segurar um aumento das tarifas públicas, além de ter sido decretada moratória da dívida externa. O fracasso do plano gerou uma imensa desconfiança por parte da população, que passou a receber de forma negativa qualquer anúncio de medidas “milagrosas” por parte do governo.

Em 1989, o novo Ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, lançou um novo plano: novo congelamento de preços, corte de zeros e mudança de nome. Mil cruzados passaram a valer um cruzado novo. A instabilidade continuava.

A Constituição de 1988

Entre 1987 e 1988 ocorreram os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, que culminaram com a promulgação da nova Constituição do Brasil, em 5 de outubro de 1988.

O texto constitucional ainda hoje é muito criticado, por não conter apenas princípios básicos e elementos de caráter estritamente constitucional. Existe um nível de detalhamento de algumas questões, que poderiam ter sido deixadas para legislação de caráter complementar.

Muito provavelmente, a razão para tal situação foi o ambiente de embates que se estabeleceu, especialmente entre setores de esquerda, que demandavam profundas reformas, e outros setores conservadores, contrários a isto. Assim, os grupos acabavam exigindo que se colocassem garantias de que não haveria violação de garantias ou privilégios já estabelecidos.

A Constituição ficou dividida em nove títulos, que tratam, respectivamente:

I – dos Princípios Fundamentais;

II – dos Direitos e Garantias Fundamentais;

III – Organização do Estado;

IV – Organização dos Poderes;

V – Defesa do Estado e das Instituições Democráticas;

VI – Tributação e Orçamento;

VII – Ordem Econômica e Financeira;

VIII – Ordem Social;

IX – Disposições Constitucionais Gerais.

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Foram instituídos diversos mecanismos de ampla defesa, como o habeas data, ou direito à informação; habeas corpus, que previne contra abusos de poder; mandado de segurança, que dá garantia em caso de direito que não esteja sendo respeitado; e mandado de injunção, quando um direito está sendo impedido devido à falta de regulamentação de algum dispositivo constitucional.

O excessivo detalhamento de algumas normas constitucionais causou engessamento da aplicação destas normas. Por outro lado, algumas normas que demandavam regulamentação posterior demoraram muito a obter esta regulamentação. Mais de duas décadas depois, alguns itens ainda não foram regulamentados.

As eleições presidenciais de 1989

No ano de 1989, ocorreram as primeiras eleições diretas para presidente depois da redemocratização e da nova Constituição do país. Concorreram mais de uma dezena de candidatos, de inúmeros partidos recém-criados, além dos já existentes PMDB (antigo MDB) e PDS (antiga ARENA).

O Partido dos Trabalhadores (PT), surgido entre a militância sindical no final dos anos 1970, lançou como candidato Luís Inácio Lula da Silva, sindicalista que havia sido preso durante a ditadura.

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) lançou o governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, que também já havia governado o Rio Grande do Sul e se considerava herdeiro político do trabalhismo de Getúlio Vargas e de João Goulart.

Além destes, havia ainda Paulo Maluf, do PDS; Mário Covas, do recém- criado PSDB – uma dissidência do PMDB; Aureliano Chaves, do PFL; além de candidatos de partidos menores, criados a partir da nova Constituição.

Dentre estes partidos, destacava-se o Partido da Reconstrução Nacional, PRN, que lançou como candidato o governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, cujo maior apelo de campanha era a caça aos “marajás”, como eram chamados os funcionários públicos comissionados, que ganhavam salários altíssimos.

A eleição foi a primeira realizada em dois turnos, ou seja, só se elegeria aquele que obtivesse a maioria absoluta (50% dos votos mais um voto). No primeiro turno, os votos ficaram pulverizados entre os diversos partidos, sendo que na reta final apenas três tinham chances claras de eleger-se: Leonel Brizola, Lula e Collor.

Com a ida de Collor e Lula para o segundo turno, a eleição ficou polarizada entre forças de esquerda, representadas por Lula, que propunham reforma agrária, calote da dívida externa e ampliação de poder das empresas estatais. E as forças direitistas, baseadas na onda neoliberal que se disseminava pelo mundo, e que apregoava a privatização de empresas públicas, contenção de gastos e abertura da indústria à concorrência estrangeira. Estas eram as forças políticas que apoiavam Collor.

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Unidade: A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

As campanhas eleitorais de ambos eram opostas também pelos apoios. Collor recebia suporte da elite empresarial, de grandes proprietários de terra e das redes de comunicação. Seu perfil jovem era muito bem explorado em sua campanha, que se apegava ao mote da renovação na política.

Collor venceu o segundo turno por 42 a 37 % dos votos. Seu governo (1990-1992) começou com medidas drásticas para conter a inflação, que passava de 100% ao mês. A ministra da Economia, Zélia Cardoso de Melo, aboliu todos os indexadores de preços, e decretou um congelamento das contas de caderneta de poupança, uma espécie de “confisco velado”, das contas de milhões de pessoas.

Conforme o prometido em campanha, o presidente Collor demitiu milhares de funcionários públicos, principalmente aqueles indicados durante o governo Sarney. Outra medida foi a privatização de empresas públicas e a redução de tarifas de importação.

A indústria brasileira era bastante protegida de concorrência externa. Havia uma reserva de mercado para produtos brasileiros de informática, considerados por muitos como um subsídio a tecnologias obsoletas. O setor automobilístico também era oligopolizado, com quatro grandes empresas – Volkswagen, Ford, General Motors e Fiat – dominando quase 100% do mercado nacional.

Entre 1990 e 1991, Collor emitiu 14 decretos presidenciais, ou seja, suas decisões não eram negociadas com o Congresso, o que gerou diversas contestações (SKIDMORE, 2000, p. 306). A partir de 1991, sob ameaça de não poder emitir novos decretos, sob pena de inconstitucionalidade da medida, o presidente finalmente voltou-se ao Congresso em busca de apoio político.

Os desafetos criados custariam caro a Collor. Em 1992, uma série de denúncias de corrupção envolveu ministros, membros de primeiro escalão e o tesoureiro de campanha de Collor, Paulo César Farias. Além disso, o próprio irmão de Fernando Collor, Pedro Collor, acusou o irmão de extorsão, entre outros desvios de conduta.

Houve uma intensa campanha dos partidos de oposição, especialmente do PT, para que fosse declarado o impeachment (impedimento) do presidente. Em setembro, o Congresso aprovou a medida, mas um pouco antes de concluída a votação, Collor renunciou ao mandato, evitando a condenação pelo legislativo.

Itamar Franco (1992-1994) e o Plano Real (1994)

Itamar Franco, vice de Collor, assumiu o poder. Era mineiro, ligado ao PMDB, e uma verdadeira incógnita na política nacional. Ficou conhecido pelo seu topete e um jeito um tanto extravagante de governar, que destoava dos políticos tradicionais.

Após assumir o governo, contou com a paciência tanto da população quanto da imprensa e dos partidos, que esperavam do novo governo uma sinalização de mudança de postura, tendo em vista a má impressão deixada por Collor.

Apesar de ser considerado provinciano por alguns, e de ter pouco traquejo político, Itamar Franco procurou cercar-se de políticos de diversos matizes, como que tentando uma coalizão política que o sustentasse. Assim sendo, indicou o senador Fernando Henrique Cardoso, político experiente e que fora exilado político, como ministro da Fazenda, após uma breve passagem pelo ministério das Relações Exteriores.

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Cercado por economistas de renome, Cardoso lançou um programa que visava dar suporte ao plano de estabilização que seria implementado. Primeiramente, procurou equilibrar o Orçamento da União, reduzindo despesas e gerando caixa.

O Plano Real, como foi chamado, era uma estratégia de desindexação gradual dos preços, em que um novo indexador, a Unidade Real de Valor (URV), conviveria com a moeda corrente, o cruzeiro, até substituí-la paulatinamente. Com isso, pretendia-se acabar com a inércia da inflação, ou seja, do mecanismo preventivo de reajuste de preços.

Para manter a inflação baixa, foi levada a cabo uma política de barateamento das importações e de sobrevalorização do câmbio e dos juros. Em um único dia, 1 de julho de 1994, toda a moeda corrente do país foi substituída, algo notável, tendo em vista que houve inclusive necessidade de importação de cédulas produzidas em outros países, como Alemanha e França.

Os indicadores mostravam o sucesso do plano, sendo que a inflação caiu de 929% em 1994 para 22% ao ano, em 1995. A produção industrial aumentou, sem que os salários fossem desvalorizados.

Para manter a tendência em longo prazo, no entanto, o governo tinha que tomar uma série de medidas adicionais, que mantivessem o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, aumentassem a receita e o nível das reservas em seu caixa.

O resultado político, em 1994, foi o lançamento da candidatura de Fernando Henrique Cardoso à presidência, em um ambiente extremamente favorável. A única força de oposição capaz de derrotá-lo era Lula, cujo partido – o PT – havia se oposto ao Plano Real, acusando-o de oportunismo eleitoral.

Fernando Henrique, no entanto, elegeu-se facilmente, no primeiro turno, tendo contado com o apoio político do PFL, partido que representava, principalmente, a oligarquia nordestina. Este apoio foi fundamental para que FHC fosse eleito, em primeiro turno, com 54% dos votos (SKIDMORE, 2000, p. 316).

O Governo FHC e a política neoliberal (1993-2002)

Durante o mandato de FHC, a população, após décadas, pôde experimentar a sensação de viver em um país sem inflação. O efeito mais imediato, especialmente entre os mais pobres, foi a possibilidade de comprar itens de primeira necessidade, antes inacessíveis.

Os indicadores sociais melhoraram, visto que a população deixou de pagar o alto imposto representado pela inflação. No entanto, para que a estabilização ocorresse, foram necessárias algumas medidas rígidas.

A primeira foi a alta nos juros. Para evitar que a população corresse para o consumo, reforçando a pressão inflacionária, houve um aumento na taxa de juros pessoais, o que dificultava os empréstimos, tornando-os muito caros. Tal medida freava ainda os empréstimos para investimentos produtivos, e tinha também o poder de atrair capitais estrangeiros – especialmente os mais voláteis, como fundos de pensão dos países ricos.

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Unidade: A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

Outra medida relacionava-se às privatizações. Alguns Estados da Federação, como São Paulo, tinham dívidas muito elevadas para com a União. Em troca do abatimento destas dívidas, foram federalizados ativos que posteriormente foram privatizados. Assim, a União passou a controlar o Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) e a Ferrovias Paulistas S/A (FEPASA), que foram colocadas em leilão, juntamente com grandes empresas federais, como a ELETROBRÁS, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a Companhia Siderúrgica Nacional e a Companhia Vale do Rio Doce, entre outras.

A privatização dividia opiniões. De um lado, os defensores acreditavam que, reduzindo-se a interferência estatal sobre os preços, haveria concorrência, com benefícios à população e redução de tarifas. Além disso, seria reduzida a pressão sobre o orçamento público, abrindo espaço para maiores investimentos em saúde e educação.

Já os detratores da política de privatizações acusavam o Governo de estar entregando patrimônio nacional ao capital especulativo, reduzindo a capacidade estatal de intervir em momentos de crise, bem como de reduzir direitos e aumentar o desemprego, ao exigir maior produtividade.

Passados alguns anos, ficou claro que houve grandes avanços em alguns setores, como telefonia e energia elétrica, que passaram a ter concorrência, reduzindo preços de serviços, que foram ampliados a grande parcela da população.

Por outro lado, houve casos como o do Estado de São Paulo, que perdeu sua capacidade de governança sobre setores importantes, como o transporte ferroviário de cargas, o que levou a uma concentração ainda maior dos fluxos de transporte rodoviário neste Estado (GOMES, 2013).

Políticas públicas na era FHCApesar de ser lembrado por sua política de privatizações e pela estabilidade proporcionada

pelo Plano Real, no Governo FHC, foram iniciadas algumas políticas públicas de fundamental importância para o país, muitas das quais foram aprimoradas e alcançaram resultados importantes nos governos seguintes:

· Lei de Responsabilidade Fiscal – esta política visava comprometer os demais entes federativos – Estados e Municípios – com a política de rígido controle dos gastos públicos, impedindo que os governos gastem mais do que arrecadem. Além disso, criou mecanismos para evitar gastos excessivos com servidores públicos, evitando, assim, os famosos “cabides-de-emprego” políticos.

· Agências Reguladoras – foram criadas com o intuito de normatizar, regular e fiscalizar os serviços públicos privatizados. Assim, foram criadas agências de telefonia (ANATEL); de transporte terrestre (ANTT) e aquaviário (ANTAQ); de aviação civil (ANAC); de petróleo (ANP), entre outras.

· Lei dos “Genéricos” – como ficou conhecida a lei que permitiu a quebra de patentes da indústria farmacêutica, com o objetivo de permitir que o Estado brasileiro interviesse na produção e distribuição de medicamentos em alguns casos. A medida foi criada devido ao alto custo de tratamento dos pacientes portadores do vírus HIV.

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· Programa de Recuperação do Sistema Bancário (PROER) – polêmico programa de financiamento público a bancos privados, com o intuito de evitar a quebra do sistema bancário nacional. Foi considerado pela oposição ao governo como um programa de transferência de renda dos cofres públicos para banqueiros. Serviu para criar normas de regulação, como o recolhimento compulsório dos bancos. A política incentivou fusões e aquisições, tornando o setor bancário brasileiro um dos mais sólidos e rentáveis do mundo.

Além disso, Fernando Henrique iniciou, durante seu mandato, algumas políticas sociais que foram aprimoradas e expandidas, posteriormente, durante o Governo Lula, como o Bolsa Escola, o Vale Gás e o Bolsa Alimentação. Existia ainda o Programa Comunidade Solidária (Universidade Solidária, Alfabetização Solidária etc.), que proporcionava a estudantes universitários programas de extensão, que serviam como assistência, mediante atividades educativas e de promoção social, a localidades pobres no interior do Brasil.

A emenda da reeleição e o “apagão”Em 1997, o presidente apresentou ao Congresso uma proposta de Emenda Constitucional que

estabelecia a reeleição para cargos majoritários – presidente, governador e prefeito. Tal medida foi considerada pela oposição, especialmente representada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), quase que como um golpe. Tal situação complicou-se, quando denúncias foram feitas de que havia existido compra de votos em troca da aprovação da emenda.

Apesar dessas denúncias, nunca houve comprovação efetiva da compra de votos. Com elevados índices de popularidade, não foi difícil para o presidente reeleger-se, desta vez em segundo turno, enfrentando Lula.

O segundo mandato foi marcado por um cenário não tão favorável quanto o primeiro. O mundo enfrentava uma nova crise econômica, dessa vez relacionada à quebra dos mercados financeiros asiáticos – os chamados “Tigres Asiáticos”. A crise tomou proporções globais, causando quedas nos investimentos, desemprego e estagnação econômica.

Ocorreram ainda crises de grande vulto no México, na Argentina e na Rússia, que comprometeram a credibilidade dos chamados “mercados emergentes”, dos quais o Brasil faz parte. A cada movimento especulativo do capital, milhões de dólares deixavam o mercado brasileiro.

O Brasil, a esta altura, era ainda muito vulnerável a crises externas. Apesar de contar com políticas que proporcionavam a existência de reservas cambiais, ou seja, fundos para serem utilizados para controlar as contas externas, havia muita dependência de capitais especulativos de curto prazo, que passaram a evitar maiores riscos, diante de um cenário de crise.

Uma medida utilizada para atrair o investimento externo nas privatizações era sanear as empresas, antes de vendê-las. Esta espécie de venda subsidiada foi considerada pela oposição como verdadeira “doação” de patrimônio nacional ao capital estrangeiro.

Por si só essa medida gerava muitos problemas, já que uma imensa quantidade de recursos públicos era despendida, a cada movimento do vai e vem dos mercados. Esse movimento era alimentado pelo próprio Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que passou a ser um agente de financiamento das privatizações.

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Unidade: A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

Para manter investidos os capitais de curto prazo, o Governo Federal aumentava os juros, o que favorecia o setor bancário, mas desestimulava a produção interna – ao impedir o acesso a crédito barato – gerando desemprego. Havia ainda poucos recursos para investimentos, o que era uma grande ameaça, já que a essa altura o Brasil era um país extremamente carente de infraestrutura.

Após duas décadas de pouco ou nenhum investimento, a infraestrutura de transportes e de energia estava à beira do colapso. O setor que mais se ressentiu foi o de energia elétrica. Em 2001, a crise econômica somou-se à estiagem, comprometendo a capacidade produtiva do sistema hidrelétrico. Foi o ano do “apagão”.

Os “apagões” eram a maneira como a população denominava as constantes interrupções de fornecimento de energia. Em alguns casos mais graves, houve “apagões” que afetaram grandes porções do território – Estados inteiros foram deixados às escuras.

Como forma de reduzir o consumo, evitando sobrecargas, o Governo instituiu um “bônus”, que era dado àqueles que poupassem energia elétrica. Enquanto isso, foi feito investimento, especialmente na interligação das linhas de transmissão das várias regiões produtoras de energia – Sul, Sudeste, Nordeste e Norte.

O episódio deixou claro o quanto a falta de investimentos e de planejamento, tanto neste Governo como nos anteriores, havia gerado consequências graves, que poderiam comprometer o crescimento do país.

O Governo Lula e a busca da igualdade social

Em 2002, foi eleito presidente Luís Inácio Lula da Silva, primeiro operário eleito para o cargo no Brasil. Lula venceu, em segundo turno, o candidato do PSDB, José Serra. Sua campanha procurou desvencilhar-se da imagem antipática e ríspida que o tornaram conhecido, tentando mostrar um lado mais conciliador.

A principal promessa de campanha foi manter a estabilidade econômica trazida pelo Plano Real, ampliando, no entanto, as políticas sociais, com vistas a reduzir a dramática desigualdade social do Brasil.

A transição entre os governos se deu da forma mais democrática possível pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que permitiu o acesso do presidente eleito e sua equipe às informações necessárias para preparação do novo governo.

Lula administrou o Brasil por dois mandatos consecutivos, assim como seu antecessor. Seu governo, a despeito de inúmeras controvérsias e de casos de corrupção, foi sempre muito bem avaliado pela população, mesmo ao final de seu mandato.

Entre as principais políticas públicas de seu mandato, destacam-se:

· Bolsa-Família - baseado no Programa de Garantia de Renda Mínima, proposta pelo senador Eduardo Suplicy. Esta política foi implantada originalmente no governo

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FHC, tendo sido ampliada e modificada, ganhando status de programa e com amplo orçamento. Seu público-alvo são as famílias com renda baixíssima. Para manter-se como beneficiária, a família precisa cumprir alguns requisitos, como ter todas as crianças até 15 anos matriculadas em escolas e com a vacinação em dia. Estima-se que, em 2008, tenham sido atendidas 11 milhões de famílias, a um custo de 10,9 bilhões de reais.

· Luz para Todos – tem por objetivo levar energia elétrica a 10 milhões de pessoas no campo, sendo que, em 2008, os dados mostravam que 7 milhões já haviam sido contemplados.

· Brasil Alfabetizado – seguindo moldes já propostos por políticas existentes nos governos anteriores, propôs parcerias a Estados e Municípios para erradicar o analfabetismo no país, entre pessoas com mais de 15 anos de idade.

· Programa Universidade para Todos (PROUNI) – seu objetivo é proporcionar a jovens oriundos de escola pública, e com baixa renda salarial, acesso à universidade, por meio da concessão de bolsas, parciais e integrais.

· Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) – criado para unificar os exames vestibulares das instituições públicas e privadas de ensino, por meio de uma prova única nacional. Enfrentou problemas com tentativas de fraudes nos dois primeiros anos de implementação, mas hoje é aceito por quase a totalidade das instituições de ensino do país.

O escândalo do “mensalão” e o segundo mandato Em 2005, foi publicada denúncia, pela imprensa, de que deputados e senadores estariam

recebendo dinheiro do governo para aprovação de emendas e projetos parlamentares.

O escândalo ficou conhecido popularmente por “mensalão”, e terminou com a prisão de dezenas de pessoas, entre políticos, membros de partidos e servidores públicos.

Entre os anos de 2006 e 2007, cerca de 40 pessoas foram julgadas por diversos crimes, como formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, extorsão, entre outros.

Mesmo com as denúncias envolvendo seu governo, os bons indicadores econômicos e sociais garantiram alta popularidade ao presidente, que se reelegeu, em 2006, vencendo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

A segunda gestão de Lula (2007-2010) foi de crescimento econômico (ver gráfico na figura 3), ampliação da renda das classes populares, aumento do emprego e uma política voltada às relações internacionais, sobretudo com os países da América Latina, África e também dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

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Unidade: A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

Fonte:Dados do IBGE, 1995-2009

Observação: Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma dos bens produzidos no país, quando é PIB/per capita refere-se ao PIB dividido pelo número de habitantes, ou seja, por pessoa. Verifique que este PIB por pessoa cresceu de 1995 para 2009, devido ao aumento da produção econômico no país.

Apesar dos escândalos políticos o Brasil tem avançado, considerando que a corrupção entranhada na política e economia brasileira ao longo de nossa história, tem sido descoberta e em, alguns casos punida, o que denota uma mudança nos canais democráticos, ainda que lenta muitas vezes.

Ainda que tal avanço ainda pareça ser pequeno, é mais um motivo para buscarmos ser mais justos socialmente, bem como continuar lutando por um país com menor desigualdade e maior justiça.

Nesse sentido, a participação popular é fundamental, conhecendo mais o papel político dos diferentes atores sociais, cobrando e atuando como cidadão consciente nas diversas esferas e níveis políticos.

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Material Complementar

ExploreSKIDMORE, Thomas. Uma história do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

VIEIRA, Evaldo. A República brasileira: 1964-1984. São Paulo: Moderna, 1991.

WEISSHEIMER, Marco Aurélio. Bolsa Família: avanços, limites e possibilidades do programa que está transformando a vida de milhões de famílias no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2006.

Sites:

Agência Brasil – Empresa Brasileira de Comunicação: www.agenciabrasil.ebc.com.br

Senado Federal: www.senado.gov.br

Instituto Fernando Henrique Cardoso: http://www.ifhc.org.br/fhc/vida/presidencia/

Instituto Lula: http://www.institutolula.org/historia

Fundação Perseu Abramo: http://csbh.fpabramo.org.br/uploads/Bolsa_Familia.pdf

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Unidade: A Redemocratização do Brasil e o Período Pós-1988

Referências

BOCCHINI, Bruno. Insatisfação com a ditadura eclode nas manifestações das Diretas Já. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-03/12golpe-insatisfacao-com-ditadura-eclode-nas-manifestacoes-das-diretas-ja

DOHLNIKOFF, Miriam; CAMPOS, Flávio de. Manual do candidato: História do Brasil. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2001.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994.

GOMES, Marco Antonio. O uso do território brasileiro pela navegação de cabotagem por contêiner no contexto da circulação global de mercadorias (1993-2013). 2013. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11042014-102218/>. Acesso em: 2014-11-22.

MORAES, Antonio Carlos Robert. Território e História no Brasil. São Paulo: Annablume, 2005.

SKIDMORE, Thomas. Uma história do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

VIEIRA, Evaldo. A República brasileira: 1964-1984. São Paulo: Moderna, 1991.

Sites:

· Agência Brasil – Empresa Brasileira de Comunicação:www.agenciabrasil.ebc.com.br

· Ministério do Desenvolvimento Social: http://www.mds.gov.br/acesso-a-informacao/processodecontas/unidades-do-mds/secretaria-nacional-de-renda-de-cidadania-senarc/arquivos/2008/Relatorio%20de%20Gestao.pdf/download

· Senado Federal: www.senado.gov.br

· Instituto Fernando Henrique Cardoso: http://www.ifhc.org.br/fhc/vida/presidencia/

· Instituto Lula: http://www.institutolula.org/historia

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Anotações

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www.cruzeirodosulvirtual.com.brCampus LiberdadeRua Galvão Bueno, 868CEP 01506-000São Paulo - SP - BrasilTel: (55 11) 3385-3000

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