No reforço do combate ao crime, e depois da redução dos dias de permanênciados chineses do continente em Macau, as autoridades alfandegárias da China anunciam

agora a obrigatoriedade de apresentação de bilhete de avião aos portadoresde passaportes vermelhos que queiram entrar no território.

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 Q UA R TA - F E I R A 3 D E D E Z E M B R O D E 2 0 1 4 • A N O X I V • N º 3 2 2 7

PASSAPORTES VERMELHOS NOVAS EXIGÊNCIAS

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Passagem obrigatória

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MANUEL CARDOSO O ADEUS DO FOTÓGRAFO DE MACAU Património imaterialPela protecçãodo Deus da TerraPIDDA 2013Rico orçamento,fraca execução

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A instituição que acolhe mulheres e jovens com problemas celebra 25 anos. REPORTAGEM PÁGINAS 2-3

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Ter para ler

CENTRO DO BOM PASTOR UM QUARTO DE SECULO DE DEDICACAO

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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hoje macau quarta-feira 3.12.20142 REPORTAGEM

FIL IPA ARAÚJOfilipa.araujo@hojemacau.com.mo

“O maior problema [das pessoas aco-lhidas pelo Centro do Bom Pastor] é a

questão da habitação”. É assim que começa a conversa com a directora do Centro do Bom Pastor de Ma-cau, a irmã Juliana Devoy, quando lhe perguntámos quem são as pes-soas que, quase diariamente, lhe batem à porta. “Como é possível pessoas com poucos rendimentos conseguirem pagar três ou quatro rendas de entrada obrigatória para conseguir arrendar uma casa?”, questiona. “Já para não falar da dificuldade que é encontrar uma casa barata. Já não existem casas a seis mil patacas por mês. Este é um problema grave.”

A entrar no seu 25.º aniver-sário de trabalho comunitário, o Centro do Bom Pastor já acolheu muitos. Por cá, passaram dezenas de famílias, mulheres e crianças, que trazem na bagagem duras histórias de vida.

“Aqui recebemos mulheres e jovens adolescentes com varia-díssimos problemas. Pensar que só tratamos de casos de mulheres que sofrem de violência domés-

tica, não é verdade”, explicou a directora. A casa que abriu as portas ao HM já acolheu meninas com idade para brincar que, sem contar, viram a sua vida mudar com uma gravidez. Esposas que perderam os maridos por suicídios ou até mães que perderam filhos. No entanto, é impossível negar que o motivo que, ao longo de 24 anos de trabalho, mais levou pessoas a este Centro foi, de facto, a violência doméstica.

FINAIS DIFERENTES Janice Lin, residente do interior da China, conheceu aquele que viria

a ser o seu marido em Macau. A paixão que os unia fez com que Janice aceitasse o pedido de casa-mento e viesse de malas e bagagens para o território. Mas, foi devido ao casamento com um local que Janice conseguiu a residência em Macau. Isto fez com que Janice vivesse anos de sofrimento devido ao sentimento de posse do marido. Este batia-lhe de forma constante e nem as duas filhas em casa faziam com que parasse.

Um dia, Janice estava a fazer uma grande panela de sopa e o marido, ao entrar numa discussão consigo, agarrou na panela “sem hesitar” e atirou toda a sopa a ferver para cima do corpo da esposa.

Janice esteve internada em re-cuperação devido às queimaduras durante longos meses e foi aí que a situação foi reportada ao Centro do Bom Pastor, que imediatamente acolheu as duas crianças do casal.

“Depois de recuperar, a mãe esteve aqui [no Centro] com as duas filhas, mas um dia decidiu retornar para o marido”, explica Juliana Devoy, indicando que a opção cabe sempre às mulheres que o espaço acolhe. “Não obrigamos ninguém”, realça.

Este não é um caso feliz. E também não acaba aqui. As agres-

A entrar no 25º ano de trabalho comunitário, o Centro do Bom Pastor abriu as suas portas e deu a conhecer a casa que acolheu - e continua a acolher - mulheres e crianças que ultrapassam verdadeiros dramas de vida. A falta de recursos para habitação e a violência doméstica são as principais preocupaçõesde quem batea esta porta

“Aqui recebemos mulheres e jovens adolescentes com variadíssimos problemas. Pensar que só tratamos de casos de mulheres que sofrem de violência doméstica, não é verdade”JULIANA DEVOY Directorado Centro do Bom Pastor

CENTRO DO BOM PASTOR 25 ANOS A AJUDAR PESSOAS COM PROBLEMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E HABITAÇÃO

AMOREM FORMA DE CASA

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3 reportagemhoje macau quarta-feira 3.12.2014

CAMINHAR PELOS DIREITOS Para além do apoio que o Centro do Bom Pastor oferece às mulheres e jovens adolescentes em situação de crise, o local quer também ser um membro activo no que toca a acções na sociedade. Com esse intuito, o Centro organizou uma caminhada para o próximo dia 8 de Dezembro, segunda-feira, por Macau. “O ponto de encontro é às 14h00 no jardim Vasco da Gama, junto ao Hotel Royal, e caminharemos até ao Leal Senado onde teremos várias performances, como dança e teatro”, explica Juliana Devoy. A caminhada pretende sensibilizar a população para os direitos das mulheres. “Levamos connosco três máximas: respeito pelas mulheres, o fim da violência contra as mulheres e a promoção da igualdade dos géneros”, remata.

“Não é fácil trabalhar com estes assuntos tão sensíveis. Eu gosto muito do meu trabalho, principalmente de perceber que histórias trazem estas mulheres”ASSISTENTE SOCIAL DO CENTRO

sões continuaram e “aquelas duas crianças ouviam do seu quarto a mãe a ser espancada diariamente”, conta-nos a irmã Juliana. Este tipo de situação fez com que as duas meninas “se tornassem imunes à violência”. “Elas ficaram tão habituadas àquele cenário que a determinada altura já não as afec-tava”, explica-nos Juliana. “Não é correcto que alguém cresça e seja educado neste ambiente”.

episódio de violência. E agora aquelas crianças são dois adultos muito completos”, esclarece.

EQUIPA, CASA E AFINSO Centro do Bom Pastor está di-vido em dois espaços: a casa que acolhe estas situações de risco e um centro comunitário “que não acolhe ninguém, mas organiza actividades para mães e crianças, como por exemplo aulas, jogos e dias comemorativos”. Este centro comunitário conta com “quase 80 mães ‘sócias’” e nasceu dez anos antes do Centro do Bom Pastor, há quase 35 anos.

Da casa fazem parte nove quartos de diferentes tamanhos e com uma ou mais camas, assim como uma parte para as assistentes sociais que, por turnos, passam a noite no Centro.

“Aqui trabalham três irmãs - uma filipina, uma coreana e uma americana. Uma cozinheira, uma assistente, uma professora e cinco assistentes sociais”, explica-nos Juliana Devoy, indicando que muitas vezes também vão para lá “alunos do curso de Serviço Social para preparar algumas actividades”.

Enquanto nos conduz pela casa, a irmã Juliana vai explicando que as actividades organizadas são sempre adaptadas ao grupo de pessoas que estão na casa. “Neste momento – agora que saíram algu-mas famílias por terem reunido as condições necessárias – vivem aqui nove pessoas e as actividades são criadas a pensar nestas pessoas”, esclarece.

Em termos de iniciativas que envolvem toda a comunidade, a directora conta que são organiza-dos alguns passeios e momentos de aprendizagem. “Vamos alguma vezes a almoços buffet, a festas de aniversário e temos também o nosso terraço com churrasqueira. Vamos também ao cinema e a al-gumas palestras”, enumera.

Ao encargo de uma professora estão aulas de inglês, de materni-dade – matéria direccionada para as mães adolescentes –, de infor-mática e de trabalhos manuais. “Algumas mulheres também têm os seus trabalhos durante o dia, portanto o tempo para actividades é sempre reduzido.”

Cecília Leong foi uma das mães a participar nas aulas de informática. A residente via os filhos muito activos nos seus com-

putadores, mas nunca conseguiu acompanhar a sua aprendizagem. Durante o tempo em que esteve no Centro conseguiu. “Foi incrível o brilho no olhar daquela mãe. A aprendizagem trouxe uma nova luz, uma nova vontade”, diz-nos Juliana Devoy.

A alegria foi tão grande que, quando aquela mãe, juntamente com os filhos, encontrou uma casa – minúscula, segundo a directora - Juliana Devoy mimou a mulher presenteando-a com um computa-dor. “Sair daqui pode não ser fácil e pelo menos o Centro ajudou-a a ter uma distracção, algo que sabíamos que a faria feliz”, explicou.

CONTACTO CONSTANTEJuliana Devoy é uma voz constante de apoio às vítimas de violência doméstica, tendo estado inclusive em Genebra, na ONU, para falar do tema. Apesar da idade, a irmã é ainda activa no que diz respeito a defender os direitos de mulheres e crianças. Tanto, que é quase im-possível fazer as contas a quantos

foram os que já bateram à porta do Centro que dirige há 25 anos.

“Já por aqui passaram centenas de pessoas”, recorda a directora. “Cada uma com a sua história e todas elas são sempre histórias difíceis”, partilha.

Também uma assistente social, que trabalha “desde sempre” neste projecto com a irmã Juliana, se junta à conversa e explica. “Não é fácil trabalhar com estes assuntos tão sensíveis. Eu gosto muito do meu trabalho, principalmente de perceber que histórias trazem estas mulheres”, conta.

De facto, é preciso “muito tempo” para perceber o que cada pessoa que ali entra traz consigo. “Nem sempre conhecemos a histórias das mulheres, é preciso perceber e estudar para conseguir ajudar”, clarifica.

As relações mantêm-se mesmo depois da família ou a criança sair do Centro. “Costumo receber alguns telefonemas e visitas de pessoas que passaram por aqui. Também me cruzo com elas nos supermercados, nas ruas e é sempre bom saber que as pessoas estão bem”, partilha a irmã Juliana.

Foram muitas as famílias que ali passaram, sendo que algumas crianças são, agora, “enfermeiras, professoras e outras coisas”. E é esse o melhor reconhecimento que o grupo de trabalho do Centro pode receber.

O Bom Pastor ajuda vítimas da nossa sociedade, mas as portas não se fecham se as mulheres e crianças forem de fora. Bem pelo contrário.

“A grande parte das pessoas que passou por aqui, e continua a passar, é chinesa. Diria até que 99%. Mas já tivemos outras nacionalidades. Há pouco tempo tivemos uma família da Jamaica, já tivemos filipinos, tailandeses, vietnamitas, portugueses, mon-góis e até russos”, conta.

Juliana Devoy assegura-nos que as mulheres “ficam o tempo que precisarem”. É impossível saber-se quanto tempo é que uma família precisa de ajuda. “Às vezes ficam três meses, seis ou até um ano.”

“Depois de toda a ajuda que conseguimos dar ao casal eles reataram e nunca mais existiu nenhum episódiode violência. E agora aquelas criançassão dois adultos muito completos”JULIANA DEVOY

Mas há casos felizes. E a his-tória de Kei Cheng, residente do interior de China, é uma delas. Kei casou com o actual marido e vieram juntos viver para Macau. Com pouco dinheiro, Kei, “uma mulher muito bonita”, começou a trabalhar no território. O marido, “que temia que o seu casamento terminasse”, começou a ter com-portamentos de controlo excessivo que se seguiram de agressões. Sem suportar mais aquela condição de vida, Kei saiu de casa e pediu ajuda ao Centro – juntamente com duas crianças de colo – que imediata-mente a acolheu.

“O marido desta mulher aceitou receber apoio médico e aconselhamento – grande parte dos agressores não aceitam”, conta-nos Juliana Devoy. “Ele não queria mesmo perder a sua esposa. E o que o fazia ter tanto medo e depois reagir de forma agressiva – percebemos depois com o aconselhamento – era a memória do abandono da própria mãe, que durante a sua infância fugiu de casa”, explicou.

“Depois de toda a ajuda que conseguimos dar ao casal eles rea-taram e nunca mais existiu nenhum

“Por aqui passaram centenas de pessoas. Cada uma coma sua história e todaselas são semprehistórias difíceis”JULIANA DEVOY

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4 POLÍTICA hoje macau quarta-feira 3.12.2014

ANDREIA SOFIA SILVAandreia.silva@hojemacau.com.mo

D INHEIRO que não se gasta porque os projectos de obras públicas enfren-

tam problemas técnicos com frequência e atrasos, sem esquecer o “aumento exponencial dos custos”. Esta é uma das razões para o facto da despesa paga do Plano de Investimento e Despesas de Desenvol-vimento da Administração (PIDDA) ter representado, em 2013, apenas 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau. Este é apontado como “o valor mais baixo dos últimos dez anos”.

A conclusão é do parecer da Assembleia Legislativa (AL) sobre a execução orça-mental de 2013: o Governo executou apenas 39,6% do PIDDA, quando em 2012 esse valor foi de 70,3%.

O relatório revela que não foram realizadas ac-ções de investimento públi-co avaliadas globalmente em 10,87 mil milhões de patacas em relação ao or-çamento inicial de 2013. Mas há departamentos que fizeram com que a diminui-ção dos valores fosse ainda maior.

“Em 2013 houve uma diminuição substancial da despesa global do PIDDA

O anúncio recentemente feito por Kwan Tsui Hang, presidente da

1ª. Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL), de que o Regime Jurídico de Acreditação, Registo, Inscrição e Qualificação para Profissio-nais da Construção Civil e do Urbanismo poderia não vir a ser aprovado este ano, deverá estar correcto. Pelo menos é o que demonstra um comunicado emitido ontem à noite pela Di-recção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), que indica que o Governo quer continuar a ou-vir as opiniões do sector sobre a matéria antes de entregar a versão final da proposta de lei à Comissão.

Esta semana, o HM dava conta que Kwan Tsui Hang ti-nha dito que seria provável que este Regime viesse apenas a ser aprovado já no novo Governo. Na altura, a deputada explicava

Chan Meng Kam Criticas à diferença de prémios de atletasO deputado Chan Meng Kam criticou o facto de haver disparidade nos prémios oferecidos a atletas com e sem deficiência. É que, de acordo com interpelação escrita do deputado, os atletas portadores de deficiência recebem um prémio dez vezes menor do que os outros. No documento, Chan Meng Kam pede ainda que o Governo esclareça o processo de candidatura aos programas de Patrocínio de Formação de Elite e Patrocínio de Formação de Elite com Deficiência.

Ung Choi Kun “Malformações” no mercado imobiliário O presidente da Associação dos Empresários do Sector Imobiliário de Macau, Ung Choi Kun, disse à Rádio Macau que o actual mercado imobiliário tem malformações, assim como algumas leis respeitantes aos imóveis. Ao órgão de comunicação, o também ex-deputado disse que o preço da habitação na RAEM era inferior ao custo da construção, mas o

desenvolvimento económico provocou a subida vertiginosa dos preços. O presidente da Associação critica o Governo por não combater esta

subida, sugerindo que sejam criados mais

imóveis, assim aumentando a oferta de casas.

PIDDA DESPESA PAGA EM 2013 FOI A MAIS BAIXA EM DEZ ANOS

Orçamentos por concretizar

39,6%execução orçamental

do PIDDA, em 2013

70,3%execução orçamental,

em 2012

ACREDITAÇÃO PROFISSIONAL GOVERNO ANALISA “PROFUNDAMENTE”

Ainda não é desta

A análise feita pelos deputados sobre a execução do orçamento de 2013 é clara: nunca a concretização do PIDDA foi tão baixa. A despesa paga representou apenas 1,7% do PIB. As cinco tutelas do Executivo gastaram menos de metade do orçamento

relativamente à despesa do ano anterior (menos 6,9 mil milhões de patacas ou menos 49,6%), o que ocor-

reu sobretudo por via do decréscimo da despesa da tutela do Secretário para os Transportes e Obras Públi-

cas (menos 7,3 mil milhões de patacas)”, acrescenta o documento.

Analisando os valores pelas cinco tutelas do Execu-tivo, “houve um desempenho genericamente insatisfatório no ano de 2013, com taxas inferiores a 50%, com ex-cepção do Secretário para a Economia e Finanças, que registou uma performance ligeiramente superior, com uma taxa de execução orça-mental de 68,6%”.

OBRAS, ESSE PROBLEMATal como já tinha sido refe-rido numa reunião da 2ª. Co-missão Permanente da AL, responsável pela análise do documento, a baixa taxa de execução orçamental deve--se a atrasos e problemas na maioria das obras públicas actualmente em construção.

O relatório destaca pro-jectos de habitação pública, com taxa de execução de 36,7%, e a construção e equipamento do novo Es-tabelecimento Prisional de Macau, com execução or-çamental de apenas 17,3%.

O maior volume de des-pesa efectuada no âmbito do PIDDA foi na área das “estradas e pontes”, com

gastos de 1,48 mil milhões de patacas, “edifícios”, com 1,39 mil milhões de pata-cas, “habitações”, 1,08 mil milhões de patacas, e ainda em “material de transporte”, com 1,06 mil milhões de patacas.

No total, os “serviços económicos” simbolizaram gastos no PIDDA na ordem das 3,72 mil milhões de pa-tacas, graças à “sub-função dos transportes”, seguindo--se as “funções sociais”, com 2,83 mil milhões de patacas gastas, nomeadamente na área da educação e fundo da habitação.

Por forma a terem mais acesso às informações das obras públicas em curso, os deputados defendem que se deve proceder “a um levantamento dos projectos que integram o PIDDA para conhecer quais as perspecti-vas para a conclusão de cada projecto, qual o seu custo total e a sua repartição por di-ferentes anos económicos”.

Voltou a ser exigida a criação de um sistema de pontuação para empresas de construção que não cumprem os requisitos, por forma a que possam ser penalizadas aquando da abertura dos concursos públicos para a concessão de projectos. Recorde-se que o Governo já fez essa promessa na AL.

que não haveria tempo de espe-rar que o Governo entregasse a nova proposta à Comissão, para esta analisar na especialidade e submeter novamente à apre-ciação do hemiciclo. Ontem, o comunicado do Governo dava a entender isso mesmo.

MÚLTIPLAS REFLEXÕES“Os representantes da Admi-nistração reuniram-se com 14 associações sócio-profissionais do sector no sentido de ouvir mais profundamente as dife-rentes vozes, por forma a que a sua nova redacção melhor condiga com as circunstâncias de Macau e o ambiente de trabalho”, começa por apontar a DSSOPT em comunicado. “A Administração reitera que, apesar de ter uma posição a manter quanto ao assunto, após ouvir a opinião do sector, virá ainda segundo o princípio de equilíbrio dos interesses so-ciais, plenamente ponderar as

opiniões do sector e captar na medida dos possíveis as opi-niões que reúnam as condições e que possam ser integradas na nova redacção. (...) Virá ainda a Administração, por um lado, prosseguir o seu debate na es-pecialidade, mas também por outro lado amplamente ouvir a opinião pública e do sector so-

bre a matéria, uma vez que este consiste no primeiro diploma legal de Macau respeitante ao regime de acreditação profis-sional. (...) Apesar de algumas destas opiniões anteriormente manifestadas pelo sector terem já sido aceites pela Administra-ção, em prol do equilíbrio dos interesses das diversas partes, a Administração prosseguirá a ouvir as opiniões do sector e aproveitar as opiniões que possam ser integradas na sua nova redacção, no sentido de concluir com a maior brevidade possível à introdução das de-vidas alterações e enviar a sua nova redacção à apreciação da Assembleia Legislativa.”

Esta lei foi debatida e aprovada na generalidade na Assembleia Legislativa em 19 de Novembro, mas não há qual-quer data para subir a especia-lidade. O Governo diz apenas que “após a conclusão com a maior brevidade possível da introdução das devidas altera-ções”, serão feitos esforços para enviar com a maior brevidade possível a nova redacção para a apreciação na especialidade da Assembleia Legislativa.

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5 políticahoje macau quarta-feira 3.12.2014

U M dia depois de ter sido oficialmente anunciada a composição do novo Governo, deputados e

académicos vêm a público tecer comentários às caras escolhidas por Chui Sai On. A área da saúde é a que mais atenção merece de quem analisa o novo Executivo, mas há quem também demonstre preocupação face à experiência dos escolhidos para os cargos.

É o caso de Larry So, ex-professor de Administração Pública do Institu-to Politécnico de Macau (IPM), que aponta vantagens e desvantagens na equipa do Executivo. O também sociólogo considera que a equipa é mais jovem e observa o facto de todos terem mais conhecimentos legais do que os cargos anteriores. So considera que, devido a este san-gue novo, pode haver uma reforma nas políticas deixadas pelo anterior Executivo. Ao HM, So não deixa de apontar o facto de que, à excepção de Lionel Leong, todos são funcio-nários públicos. Algo que, diz, pode ajudar a que compreendam melhor o funcionamento do Governo.

“O novo Governo tem experiência, é dinâmico e conseguirá suportar o trabalho dos próximos cinco anos”CHEANG CHI KEONG Deputado

Entre prós e contras, os analistas deixam um voto de esperança no novo sangue que agora se injecta para comandar os destinos de Macau

GOVERNO DEPUTADOS E ACADÉMICOS ANALISAM FUTURO E MOSTRAM CONFIANÇA

Novas soluções para problemas antigos

FLORA FONG flora.fong@hojemacau.com.mo

CECÍLIA L INcecilia.lin@hojemacau.com.mo

Mas o académico não tece só aspectos positivos e diz que, tam-bém a estes, falta a experiência de estar na linha da frente. “Essa decisão é [transparente], é correcta e a estrutura administrativa poderá ser melhor. Contudo, ainda há muitos problemas socais. E uma desvantagem que a nova equipa tem é que todos os titulares são funcionários públicos, mas não da linha da frente. E para conseguir agarrar as opiniões da população e transformá-las em políticas tem de se estar na linha da frente. Será que eles conhecem bem a classe baixa da sociedade?”

DE OLHO EM ALEXISA saúde é, claramente, o foco de atenção na hora de análise. Nas mãos de Alexis Tam, que será o encarregado da pasta dos Assuntos Sociais e Cultura – onde se encaixa a Saúde -, esta é uma das áreas mais complicadas. Mas Tam já se comprometeu a fazer o melhor possível para mudar radicalmente a saúde. Em cinco anos. O discurso

de Tam, na segunda-feira, trouxe esperança aos deputados.

“Espero que depois de entrar no cargo, Tam possa coordenar a cooperação interdepartamental para que se construa o hospital das ilhas o mais cedo possível”, começa por apontar Melinda Chan ao canal chinês da TDM. “Além disso, os médicos e enfermeiras que temos não são suficientes e também é necessário aumentar o nível dos que já temos. Se conseguir fazer tudo isso, tenho confiança que pos-samos fazer bem na área da saúde.”

Anteriormente, o Governo disse que, segundo o plano até 2020, em cada mil residentes vão haver quatro enfermeiras. Ao canal chinês da TDM, a directora do Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, Van Iat Kio, referiu que ainda que, devido à alta taxa de população idosa que Macau terá, serão necessários ainda mais enfer-meiros do que em “alguns países ocidentais e mais desenvolvidos”.

Ao HM, Chan Kin Sun, pro-fessor de Administração Pública e Governo da Universidade de Ma-cau (UM), deixou também opiniões sobre os próximos trabalhos na área dos Assuntos Sociais e Cultura. O académico considera que vai haver uma reforma positiva nessa área, nomeadamente no que diz respeito aos serviços de assistência social, reabilitação e políticas para idosos.

Contudo, apesar de acreditar que Alexis Tam vai aperfeiçoar os serviços, há também dúvidas de que o faça nos próximos dois anos. Chan Kin Sun diz esperar que a legislação no que diz respeito a um seguro obrigatório para médicos consiga ser feita e sublinha que o processo deverá ser mais rápido do que no mandato anterior. Mas também realça que Alexis não participou na área da Saúde, como outros titulares na sua área de go-

vernação, e que, por isso, precisa de dois anos para se ambientar e “encontrar um rumo” para avançar.

DESAFIOS E OPORTUNIDADESMelinda Chan diz concordar com o anúncio de Chui Sai On sobre a limitação de mandatos dos Secre-tários, algo também apreciado por outros deputados e académicos, como Lou Shenghua, do IPM, que diz concordar com a ideia.

Tal como outros, o académico diz estar preocupado com a ex-periência das novas caras no que toca à capacidade de comunicação com a população e com matérias relacionadas com a sociedade. Lou Shenghua considera, no entanto, que eles dominam as leis de Macau.

Ao HM, Larry So aponta os pro-blemas que este novo Executivo vai encontrar nos cinco anos: na área da Administração, “é preciso alterar a mentalidade dos funcionários públi-cos menos motivados”, porque toda a sociedade considera que “a eficiência dos trabalhos não é alta o suficiente”. Também há ainda a questão das leis em atraso, um “desafio para a área da Justiça e Administração”, que vai

ser dirigida pela antiga coordenadora do GPDP, Sónia Chan.

“A nova Secretária deve pensar em como reformar o Direito, porque nos últimos 15 anos não se fez nada, nem temos sequer uma compilação de leis em chinês, excepto a Lei Básica. Mesmo que o português seja língua oficial, a população em geral não consegue consultar as leis e isso só depende de tradução. Se o próximo mandato não conseguir fazer, vai continuar a haver desespero.”

Para Eilo Yu, professor de Administração Pública do IPM, o maior desafio da nova equipa é mostrar que têm soluções para os problemas encontrados ao longo do antigo Governo. Mas a curto--prazo – ou seja, “entre três a seis meses” depois de entrarem no cargo. Yu considera que só assim, estes Secretários vão poder fugir às críticas que os outros receberam – que, em 15 anos, “não conseguiram resolver os problemas”.

O mesmo diz José Pereira Cou-tinho: está confiante no Governo, mas concorda que este tem de estar preparado para não “fazer uma de-terminada política apenas quando encontrar problemas”. O deputado pede políticas a longo-prazo e deixa um aviso: é preciso que as novas caras dominem os problemas dos residentes e saibam as suas opiniões. Até porque “há muitos problemas com a habitação e o trânsito”.

A deputada Ella Lei considera que os problemas sociais são ainda mais profundos e complicados, muito devido ao desenvolvimento económico. Lei pede que se pense como será possível partilhar os resultados económicos com a po-pulação. “Já não se pode apenas falar em números ou ‘slogans’, é preciso deixar que os residentes se-jam beneficiados pela economia.”

Para Cheang Chi Keong, deputa-do nomeado e membro do Conselho Executivo, o novo Governo tem ex-periência, é dinâmico e “conseguirá suportar o trabalho dos próximos cinco anos”. Cheang relembra que vai ser necessário ainda anunciar os novos membros do Conselho Executivo. Algo que estará a cargo do Chefe do Executivo, quem tem de escolher o seu grupo de trabalho, à semelhança com o disse ter feito com os Secretários - “sem influência” de Pequim.

Com influência ou não do Governo Central, Pequim – na opinião do académico Eilo Yu – mostrou “uma atitude muito mais aberta” ao aceitar Raimundo Arrais do Rosário, macaense que ocupa a pasta das Obras Públicas, como Secretário, por este ser “uma pessoa com contexto diferente”.

“Uma desvantagem que a nova equipa tem é que todos os titulares são funcionários públicos, mas não da linha da frente”LARRY SO Ex-professor de Administração Pública do IPM

AlexisTam

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6 hoje macau quarta-feira 3.12.2014SOCIEDADE

FLORA FONGflora.fong@hojemacau.com.mo

O Instituto Cultural (IC) está a pon-derar apresentar à

UNESCO a candidatura do culto do Deus da Terra (Tou Te) para que seja conside-rado património imaterial da Humanidade. A ideia foi avançada ontem por Lam Fat Iam, porta-voz do Conselho do Património Cultural. Se-gundo Lam Fat Iam, todos os membros do Conselho se preocupam com a questão dos roubos destas figuras em Macau, tendo frisado que o caso é “especial”.

“Tendo em conta o de-

Depois da diminuição dos dias de permanência a que chineses do continente estão sujeitos, as autoridades anunciaram que, a partir de agora, quem tem passaporte vermelho da China tem de mostrar obrigatoriamente a prova de que vai apanhar um avião em Macau

PASSAPORTE VERMELHO BILHETE DE AVIÃO OBRIGATÓRIO

No combate ao crime

9804pessoas apanhadas em excesso

de permanência em Macau,

entre Janeiro e Março

TOU TE CULTO DO DEUS DA TERRA A PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL

Para preservar devoçõessenvolvimento económico e a tendência para a salvaguar-da do património cultural, há muitas peças antigas às quais não foi dada a devida atenção e que são valiosas, pelo que existe um mercado. É difícil evitar casos deste tipo”, explicou, defendendo que a apresentação da candi-datura à UNESCO, a fim de proteger este culto, deverá começar “o mais depressa possível”.

“Vamos aumentar a pro-

moção do património cul-tural junto dos residentes, sobretudo para os moradores que vivem em redor [dos espaços de culto]”, disse Cheong Chek Kio, também membro do Conselho.

“É possível remodelar a nova figura do Deus da Terra, mas preocupamo-nos com a sua autenticidade. É difícil colocar a proibição de entra-da nos santuários de adora-ção ao Deus da Terra, porque a maioria são abertos”, disse

Lam Fat Iam, acrescentando que poderão ser instaladas câmaras de videovigilância. Contudo, nada foi discutido de concreto.

O culto a este Deus é um dos mais importantes, existindo em Macau mais de 170 espaços de culto.

EDIFICAÇÕES AO ALTOA reunião do Conselho do Património Cultural serviu ainda para debater vários trabalhos de restauro em

edifícios históricos ou es-cavações arqueológicas, tais como o restauro da associação Ho Song I Tong, na Travessa da Paixão, e o edifício número 80 na Rua das Estalagens, que dará ori-gem ao Museu da Farmácia Sino-Ocidental. Por concluir está também a revitalização das casas na zona do Patane, que darão origem a uma biblioteca pública. Estes projectos continuam por concluir, ao contrário da

revitalização da Casa de Ye Ting e da estrutura do Pátio da Eterna Felicidade.

Lam Fat Iam garantiu que mais três ou quatro projectos poderão ficar concluídos no próximo ano, embora ainda não existam datas concretas.

Quanto ao projecto de escavações arqueológicas na Rua do Estaleiro, em Coloane, Cheong Chek Kio garantiu que neste momento está a ser feita a segunda fase de esca-vações, não estando previstas mudanças no planeamento. No final será elaborado um relatório sobre o projecto, não tendo sido apresentado nenhum calendário.

CECÍLIA L INcecilia.lin@hojemacau.com.mo

A S autoridades alfande-gárias da China anun-ciaram ontem uma nova medida de combate ao

crime na fronteira das Portas do Cerco: desde ontem, os residentes do interior da China que sejam titulares do passaporte chinês de cor vermelha e que queiram entrar em Macau precisam de apresentar o bilhete de avião, além do passaporte. A ideia é evitar entradas ilegais de resi-dentes do continente que não trabalham ou têm filhos a estudar nas escolas de Macau.

O anúncio das autoridades da China foi ontem feito através do WeChat oficial do Governo. Nú-meros avançados pelo Jornal Ou Mun mostram que, só no primeiro dia da entrada em vigor da nova política, foi rejeitada a passagem na fronteira a cerca de mil pessoas, que não conseguiram mostrar o bilhete de avião, de forma a

comprovar que apenas entram em Macau para apanhar um voo.

O jornal em língua chinesa avança ainda que, durante o ano passado, mais de dois milhões de pessoas passaram nas fronteiras com Zhuhai com passaportes da China, mas não voaram para ou-tros países ou regiões. Segundo as leis de Macau, os naturais da China precisam de visto turístico, comercial ou de visita para entrar no território. Ao contrário de chi-neses residentes permanentes do território, que têm o passaporte de cor azul. O passaporte da China de cor vermelha apenas serve para casos de pessoas que apanhem um avião de Macau e que, devido ao

visto turístico, apenas podiam ficar no território alguns dias.

CONTRA EXCESSOSRecorde-se que, este ano, o Secretá-rio para a Segurança anunciou uma redução nos dias em que os chineses estariam autorizados a permanecer em Macau – de sete para cinco dias -, devido precisamente aos casos de excesso de permanência e de ausência de documentos terem aumentado exponencialmente nos primeiros três meses do ano no que aos chineses do continente diz res-peito. Só de Janeiro a Março, 9804 pessoas foram apanhadas pelas autoridades em excesso de perma-nência em Macau, ainda que com documentos da RPC. Os números indicam um aumento de 28,1% face ao mesmo período do ano passado. Segundo o Ou Mun, contudo, já houve também um aumento no número de pedidos de vistos nas agências de turismo para países africanos, de forma a que os residentes do interior da China pudessem entrar em Macau com a desculpa de apanhar um avião para outro país.

Agora, com a nova medida, todos os chineses que usem o passaporte vermelho da China têm que passar na sala de saída da fronteira das Portas do Cerco, onde estará um funcionário específico a avaliar o bilhete de avião.

ZHUHAI SEM VISTOSO jornal chinês indica ainda que no centro comercial subterrâneo de Zhuhai deixaram de existir agentes para tratar dos serviços de vistos estrangeiros. A publicação indica ainda que as autoridades de Zhuhai afirmaram que, mesmo depois das novas medidas implementadas por Macau, várias pessoas tentaram aproveitar para entrar no território, pelo que foi necessário tomar novas medidas antes da celebração dos 15 anos da transição de soberania.

Até ao fecho desta edição não foi possível recolher qualquer declaração por parte da Polícia de Segurança Pública.

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7 sociedadehoje macau quarta-feira 3.12.2014

PUB

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE SOLOS, OBRAS PÚBLICAS E TRANSPORTESAnúncio

Faz-se saber que em relação ao concurso público para a execução da “Empreitada das Instala-ções da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, n.º32-36”, publicado no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau, n° 47, II Série, de 19 de Novembro de 2014, foram prestados esclarecimentos, nos termos do artigo 2° do programa do concurso, e foi feita aclaração complementar conforme necessidades, pela entidade que realiza o concurso e juntos ao processo do concurso.Os referidos esclarecimentos e aclaração complementar encontram-se disponíveis para consulta durante o horário de expediente no Departamento de Edificações Públicas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, n°33, 17° andar, Macau.Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, aos 26 de Novembro de 2014.O Director dos Serviços, Subst.° Shin Chung Low Kam Hong

LEONOR SÁ MACHADOleonor.machado@hojemacau.com.mo

O S Serviços de Saúde (SS) vão pagar as despe-sas dos trata-

mentos – caso seja necessário – de Chan Pou U, o jovem re-sidente que foi vítima de uma fractura no cóccix. “Todas as despesas médicas decorrentes do tratamento deste paciente [Chan Pou U] serão suporta-das pelos Serviços de Saúde”, escrevem os SS na sua mais recente carta à família, datada de 13 de Novembro.

A informação foi avan-çada ontem por Jason Chao, membro da Macau Cons-ciência - que acompanha o caso -, que considerou que os SS “estão no bom caminho” no que diz respeito a este assunto. A carta, assinada pelo presidente do Conselho para os Serviços Médicos Externos e vice-director do SS Chan Wai Sin, refere que os SS se comprometem a pagar as despesas, caso seja preciso que Chan Pou U permaneça num hospital de Hong Kong, onde a família do jovem preferiu ir depois de diversas críticas aos ser-viços do território.

“

Esta carta certifica que o cidadão acima referido tem consulta marcada no Queen Mary Hospital dia 3 de Dezembro [hoje] e que, caso seja requerido inter-namento, o jovem deverá

Táxis Petição com maisde cinco mil assinaturas

BNU Contrato na área dos negócios O Banco Nacional Ultramarino e a empresa de cartões de crédito First Data Merchant Solutions assinaram ontem um acordo que irá permitir à empresa em questão “fornecer um serviço completo de gestão de pagamentos e seu processamento para os comerciantes de Macau, incluindo serviços de ponto de venda e comércio electrónico”. Assim, como indica o BNU em comunicado, os comerciantes do território poderão beneficiar “de uma rede regional de pagamentos e de soluções de pagamento inovadoras” na região Ásia-Pacífico. O director da empresa, Ravi Pochiraju, referiu que a “aliança com o BNU destaca o compromisso em apoiar o crescimento do mercado de Macau”. Pedro Cardoso, director-executivo do BNU, referiu estar muito satisfeito com a oportunidade. “Com a experiência e a base de clientes do BNU, com a posição de liderança da FDMS na região Ásia-Pacífico e com uma plataforma de pagamentos estável e segura, vemos aqui uma grande oportunidade para apoiar o crescimento do negócio dos nossos clientes”, disse.

A Associação dos Passa-geiros de Táxi (MTPA,

na sigla inglesa) entregou ontem junto da Direcção dos Serviços para os As-suntos de Tráfego (DSAT) uma petição a favor de me-lhores serviços de táxi em Macau. A petição reuniu um total de 5470 assinatu-ras, não só de residentes, mas também de turistas. O documento visa pedir ao Governo que “melhore os serviços de táxi em Macau e que reduza as práticas ilegais que são praticadas diariamente pelos taxistas”. Andrew Scott, presidente da Asso-ciação, não deixou de tecer críticas ao facto do director da DSAT, Wong Wan, não ter recebido pessoalmente a petição.

“A MTPA está desa-pontada com o facto do director da DSAT não ter levado a sério o sufi-ciente as preocupações dos passageiros de táxi para receber esta petição pessoalmente. Wong Wan é conhecido por já ter

reunido com outras as-sociações de Macau, mas neste caso enviou apenas um funcionário para rece-ber a petição”, pode ler-se num comunicado emitido.

A MTPA mostra-se ainda satisfeita com o facto de Raimundo Arrais do Rosário ter sido indigitado como o novo Secretário para as Obras Públicas e Transportes. “A MTPA espera que o anúncio de que Raimundo Arrais do Rosário será o novo Secre-tário possa representar um novo começo no sistema de transportes em Macau e que leve o problema dos táxis mais a sério”, aponta a Associação.

A MTPA volta a referir casos de escolha de pas-sageiros e de violência, dando como exemplo as si-tuações ocorridas com fre-quência junto às paragens de táxi no Venetian, onde chegam a ser cobradas ta-rifas ilegais de quase duas mil patacas para percursos que apenas custariam 50 patacas. - A.S.S.

Depois da troca de acusações entre a família de Chan Pou U e os Serviços de Saúde, o organismo público resolveu ajudar o jovem a pagar as despesas médicas em Hong Kong. Entretanto, a Macau Consciência conseguiu reunir mais de 80 mil patacas em ajudas

SS COBERTAS DESPESAS DE JOVEM COM CÓCCIX FRACTURADO

Batalha vencida

“Todas as despesas médicas decorrentes do tratamento deste paciente [Chan Pou U] serão suportadas pelos Serviços de Saúde”SERVIÇOS DE SAÚDE

ficar na segunda ala”, lê-se na carta dos SS.

De acordo com comuni-cado da Macau Consciência, o médico do hospital de Hong Kong diagnosticou Coccydynia – condição rara que causa dores intensas na zona do cóccix – a Chan Pou U, depois do jovem ter caído acidentalmente na escola. Este caso remonta a 2010, quando o jovem sofreu uma fractura. Quatro anos depois, o colectivo Macau Consciên-cia acusou os SS de negligên-cia médica e começou uma campanha para procurar es-clarecer alguns alegados mal entendidos e acusações entre a família do jovem e os SS. Os serviços asseguram que sem-pre fizeram os possíveis para ajudar o jovem, tendo mesmo oferecido apoio psiquiátrico a Chan Pou U e à mãe.

“Achamos que esta atitude dos SS está a ir no bom cami-nho, tendo em conta passaram do ponto de oferecer apoio psiquiátrico ao paciente para aceitar, seriamente, os conse-lhos dos médicos do hospital de Hong Kong”, referiu Jason Chao aos jornalistas.

DONATIVOS SÃO “UM MILAGRE”Depois da recusa dos SS em pagar as despesas de tratamento do jovem doente no hospital Queen Mary de Hong Kong, o grupo de ac-tivistas Macau Consciência conseguiu juntar 89,6 mil patacas para ajudar Chan Pou U, algo que Jason Chao considera “um milagre”. O processo de recolha de dona-tivos, que começou em Junho passado, serviu para pagar um exame cérebro-espinal e cobrir outros gastos, incluin-do consultas. “O dinheiro serviu para cobrir as despe-sas médicas, de transporte e de refeição para o jovem e mais uma pessoa”, referiu o activista, em comunicado.

8 sociedade hoje macau quarta-feira 3.12.2014

CECÍLIA L INcecilia.lin@hojemacau.com.mo

O presidente da Asso-ciação Comercial Geral das Pequenas e Médias Empresas

de Macau, David Chow, disse ao jornal Ou Mun que considera que a economia do território entrou num período de ajustamento mas que, mesmo com a redução

Condução Novos exames teóricos disponíveis Já estão disponíveis, desde o dia 1, os novos exames teóricos de condução para efeitos de experimentação, sendo que as novas regras deverão entrar em vigor no terceiro trimestre do próximo ano. Quem está a aprender a conduzir terá um total de 647 perguntas, versando sobre situações rodoviárias, regras de trânsito, regras de punição e condução com segurança. Os candidatos irão responder a apenas 30 perguntas desse grupo. Os chumbos acontecem com duas respostas erradas, num total de cinco questões.

A economia de Macau vai crescer em 2014 entre

4 a 5% num movimento su-portado pelos investimentos feitos na indústria do Jogo e com o Produto Interno Bruto a registar crescimento negativo no último trimestre.

Em declarações à agência Lusa, o economista Alba-no Martins preconiza uma queda do Produto Interno Bruto entre 1 e 2% no último trimestre do ano, no que será o segundo trimestre de cres-cimento negativo homólogo do PIB depois de entre Julho e Setembro a economia ter contraído 2,1%.

Apesar da entrada em recessão técnica, Albano Martins lembra que a econo-mia só não registará em 2014 uma evolução negativa devido aos enormes crescimentos das receitas de Jogo nos primeiros cinco meses do ano e porque a formação bruta de capital fixo nos novos espaços de jogo que as seis operadoras estão a realizar em Macau contribui para atenuar o efeito dos de-

créscimos das receitas de Jogo que se verificam desde Junho.

A formação bruta de ca-pital fixo total cresceu 30,9% no primeiro trimestre, 52,7% no segundo e 38,1% no ter-ceiro trimestre, explicou o economista ao salientar que para o período de Setembro a Outubro o crescimento poderá atingir os 54%.

“Com estes elementos a economia vai manter-se em crescimento em 2014, mas apenas sustentada pelos in-vestimentos em novos espa-ços de jogo desde o segundo semestre”, sublinhou.

Já para 2015 - e com fac-tores de comparação muito elevados nos primeiros cinco meses no que toca às receitas dos casinos -, Albano Martins volta a apontar para crescimen-tos negativos do PIB e sustenta que os efeitos económicos não serão mais graves porque ao longo do próximo ano, os ope-radores de Jogo irão continuar a investir nos novos complexos, o que vai beneficiar a econo-mia. - Lusa/HM

ESPECIALISTA em Linguística, antiga docente de chinês no

Hamilton College e com um cargo na direcção numa associação de colégios da China. É este o percurso de Hong Gang Jin, que acaba de ser nomeada a nova directora da Facul-dade de Letras da Universidade de Macau (UM). Segundo um comu-nicado da UM, Hong Gang Jin tem conhecimentos e uma “vasta expe-

riência” nas áreas da investigação, ensino e administração, estando prometido uma “reformulação dos modelos de ensino e estratégias de investigação”, com vista a dar uma posição mais internacional à universidade.

Ontem, a UM elegeu ainda Chu-xia Deng como o novo director da Faculdade de Ciências da Saúde da instituição. Chuxia Deng é um chi-

nês com residência americana, tendo estudado na Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard. Segun-do um comunicado, Chuxia Deng pretende desenvolver um sistema de ensino e investigação na áreas das Ciências Médicas, por forma a preencher as lacunas existentes em Macau. Chuxia Deng fez investiga-ção na área da Genética, com ligação à doença do cancro da mama.

PME DAVID CHOW FALA EM “ÉPOCA DOURADA” APESAR DOS PROBLEMAS

O milagre dos humanos recursos

“Macau tem apenas cerca de 400 mil trabalhadores, mas o PIB já ultrapassou 400 mil milhões patacas.É um milagre”DAVID CHOW Presidenteda Associação Comercial Geral das PME de MacauMAIS CONDUTORES

NÃO RESIDENTESFong Kin Fu, outro responsável da Associação Comercial Federal Geral das Pequenas e Médias Empresas de Macau, apontou que o Gabinete de Recursos Humanos já encomendou ao Instituto Politécnico de Macau e a uma outra agência de pesquisa um inquérito sobre a situação dos condutores profissionais, incluindo os da área logística, reciclagem, táxis e autocarros de turismo. Fong Kin Fu quer saber qual o salário, o número de funcionários e o número que está em falta nos recursos humanos e espera que o inquérito possa refletir a situação dos sectores para aliviar a política de importação de trabalhadores não-residentes. Recorde-se que, actualmente, o Governo impede a importação de condutores de fora.

Economia vai crescer entre 4% a 5% UM Escolhidos directores de Faculdade de Letras e de Ciências da Saúde

Hong Gang Jin Chuxia Deng

do número de turistas, as PME ainda estão salvaguardadas. Para o também proprietário da Doca dos Pescadores, há cada vez mais turistas de classe média a visitar o território, o que permite que esta seja “uma época dourada para as PME de Macau”, afirmou à imprensa chinesa.

David Chow considera que a entrada de turistas de classe média oferece a possibilidade

de visita de jovens clientes empreendedores. A opinião é justificada, segundo o presidente, com o facto de os clientes com poder monetário acima da média consumirem apenas em lojas de luxos, algo que está a mudar com a entrada destes turistas de classe média, dando oportunidade às PME, diz, de crescer.

Contudo, David Chow deixa um alerta. “Para atrair clientes, ainda é preciso recrutar recursos humanos para corresponder ao exigido e para aumentar o nível de serviços. De facto, agora, Macau tem apenas cerca de 400 mil traba-lhadores, mas o PIB já ultrapassou 400 mil milhões patacas. É um milagre”, disse mesmo.

Chow citou ainda as explica-ções do Governo sobre o atraso das obras públicas, para dar como exemplo que até o Executivo afirma que é por causa de falta de mão-de-obra que isto acontece.

Por essa razão, David Chow diz querer que o Governo aumente a transparência na política relativa aos recursos humanos. Só assim, defende, o Executivo poderá explicar a situação e a necessi-dade de recursos humanos para o desenvolvimento, não podendo deixar esta questão em branco.

Não obstante as inúmeras dificuldades provocadaspela falta de mão-de-obra, o sector do pequeno comércioestá ainda salvaguardado, segundo o presidente da Associação Comercial Geral das PME

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9 sociedadehoje macau quarta-feira 3.12.2014

O fotógrafo macaense Manuel Cardoso faleceu no território, esta terça-feira. Devotado à fotografia, foi um profissional com um percurso marcante em Macau, congelando momentos que remetem para o tempo da Administração portuguesa

LEONOR SÁ MACHADOleonor.machado@hojemacau.com.mo

M ANUEL Cardoso foi, antes de mais e aci-ma de tudo, um dos fotógrafos mais pro-

líficos e conhecidos do território. Quem conheceu Manuel Cardoso, sabe que a fotografia era, a par de Macau, da família e dos amigos, uma das suas maiores paixões. Desde 1964 que carregava consigo a máquina fotográfica.

Entre películas, químicas e salas escuras, Manuel Cardoso foi tecendo o seu caminho em direcção a uma carreira sólida na fotografia, tendo entrado para a função públi-ca durante o governo do General Nobre de Carvalho, trabalhado no Centro de Informação e Turismo de Macau e no Gabinete de Comu-nicação Social (GCS). O fotógrafo era presença assídua no Grande Prémio de Macau. E há mesmo quem diga que vários profissionais internacionais usaram os trabalhos de Cardoso para brilhar.

Hélder Fernando trabalhou durante dois anos de perto com o fotógrafo, assegurando ao HM que este era um “bom amigo”. A sua morte é “uma perda” para a comu-

ÓBITO MANUEL CARDOSO, O FOTÓGRAFO DE MACAU

Um conhecedor apaixonado pela arte

nidade local. “Manuel Cardoso foi das primeiras pessoas que conheci quando cheguei a Macau, em 1983 e já era conhecido como uma es-plêndida pessoa e fotógrafo”, disse o radialista ao HM.

A par do trabalho no GCS, Ma-nuel Cardoso ficou igualmente co-nhecido por ter participado em vá-rios concursos de fotografia locais e regionais, sendo especialmente aclamado pelas suas fotografias do território, de um tempo que muitos não mais recordam. Entre momentos que fixou do tempo da Administração portuguesa, como dos antigos governadores Almeida e Costa ou Nobre de Carvalho, Car-doso gostava também de retratar o dia-a-dia do território.

Isso mesmo recorda a também macaense Rita Santos, que se mostrou igualmente triste pelo falecimento de Manuel Cardoso. “Foi uma perda gigante para a comunidade e para Macau”, disse ao HM.

A secretária-geral do Fórum Macau disse não querer acreditar

ao saber da informação, durante a madrugada de ontem. “Foi uma pessoa que registou todos os momentos de Macau e não só as imagens mais alegres, mas tam-bém os momentos mais tristes e mesmo da própria especificidade de Macau”, explicou.

POR AMOR À ARTENuma entrevista dada ao HM em Fevereiro de 2011, Manuel Car-doso referiu que “só é fotógrafo quem tem paixão pela fotografia” e é assim mesmo que colegas e amigos o vêem: um apaixonado por esta arte. O interesse pela fotografia começou em 1964, na Foto Maxim’s, localizada na Rua do Campo. Ali, aprendeu as técnicas principais e a mistura de líquidos, hoje em dia já muito pouco utilizados. Foi dez anos depois que começou a trabalhar com o GCS para, em 1985, lhe ser atribuída pelas mãos do Governo a medalha de Mérito Profissional. Tinha menos de 30 anos quando a condecoração teve lugar.

“Era uma pessoa profunda-mente conhecedora da técnica da fotografia e estava sempre dispo-nível para os amigos e camaradas de trabalho. Era, como se sabe, um português do Oriente e que conhecia perfeitamente o Ocidente e o Oriente”, acrescenta Hélder Fernando.

Na entrevista dada ao HM em 2011, Manuel Cardoso confessou sentir que, antes da transição, estava a “fazer história”, mas que o mesmo não se passava presente-mente. Contrária é a opinião de Rita

Santos, que considera que é um dos fotógrafos que melhor captava a especificidade do território. Já Hélder Fernando destaca a dádiva do fotógrafo à cultura macaense. “[Manuel Cardoso] vivia no meio de duas culturas e assumia-as completa e absolutamente e era um macaense que, ao invés de rejeitar, acrescentava à sua raiz as outras culturas.”

Entre visitas oficiais, expo-sições e infinitos rolos e slides, Manuel Cardoso foi captando corridas automóveis, festivais e eventos turísticos. Mas há quem se lembre do fotógrafo ainda em criança.

ÚNICOS Francisco Manhão, presidente da Associação dos Aposentados, Re-formados e Pensionistas de Macau (APOMAC), foi vizinho de Ma-nuel Cardoso em criança. Contudo, o percurso dos dois macaenses não acaba por aqui: fizeram “a tropa” juntos e o fotógrafo era sócio da Associação, frequentemente par-tilhando almoços e convívio com os restantes demais.

“Vivíamos no mesmo bairro, na Coronel Mesquita e já gostava mui-to de tirar fotografias quando era jovem”, conta Francisco Manhão ao HM. O presidente da APOMAC aproveitou ainda para destacar o profissionalismo e bom trabalho de Manuel Cardoso, lembrando mesmo que há momentos gravados do autor espalhados pelas paredes da Associação. Para Manhão, a notícia da morte do profissional foi “chocante”, até porque ainda há menos de uma semana os dois es-tiveram à conversa na APOMAC.

“O olhar dele consegue captar Macau num todo”, remata Rita Santos, lembrando o sorriso e a alegria transmitida pelo fotógrafo macaense.

Nascido em Macau, Manuel Cardoso aprendeu a sua arte cedo para não mais largar as lentes, luzes, botões e objectivas que fizeram grande parte da sua vida e do território. Manuel Cardoso deixa agora a comunidade local, sendo certamente recordado pelo trabalho e forma apaixonada como captava a “especificidade” de Ma-cau, que todos dizem tão única.

“Era uma pessoa profundamente conhecedora da técnica da fotografia e estava sempre disponível para os amigos e camaradas de trabalho”

A LUZ É MAIS ANTIGA QUE O AMOR • Ricardo Menéndez Salmón Numa segunda-feira de 1350, quando a Europa recupera da Peste Negra, o futuro papa Gregório XI visita o pintor toscano Adriano de Robertis para destruir a sua última obra, a blasfema Virgem Barbuda. A 25 de Fevereiro de 1970, o pintor norte-americano Mark Rothko corta as veias no seu estúdio de Nova Iorque. A 11 de Setembro de 2001, enquanto o mundo penetra na Era do Desconsolo, o pintor russo Vsévolod Semiasin redige uma carta onde revela as razões da sua loucura. Depois da aplaudida “Trilogia do Mal”, Ricardo Menéndez Salmón regressa com um texto audacioso que pode ser lido como um ensaio sobre o génio artístico, como um romance de aprendizagem e até como uma obra de mistério.

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA

10 hoje macau quarta-feira 3.12.2014EVENTOS

O Festival da AFA tem lugar entre 11 e 14 de Dezembro, na Casa Garden, onde também poderá ser vista uma exposição patente até 11 de Janeiro de 2015

A Art for All Society (AFA) traz a Macau o VAFA 2014, um festival de vídeo-arte acompanhado

de várias projecções com muitos artistas presentes. O VAFA 2014 chega a 11 de Dezembro à Casa Garden, da Fundação Oriente, e tem entrada livre.

Mas o que é a vídeo-arte? É uma forma de expressão artística que utiliza a tecnologia do vídeo em artes visuais. Existe desde os anos 1960 e tem estado associada

UM Curtas da União Europeia apresentadas hoje A Universidade de Macau (UM) recebe hoje, a partir das 18h30, a primeira edição do The European Union Short-Film Challenge, que conta com trabalhos feitos por alunos do Departamento de Comunicação da universidade. Oito curtas-metragens, de cinco minutos cada, serão mostradas ao público, sendo que o vencedor recebe uma visita de estudo grátis à Europa, financiada pelo Programa Académico da UE em Macau. O tema dos filmes é as relações entre a União Europeia e Macau. O evento tem entrada livre.

S. Domingos Coro Perosi em concerto no domingoO Coro Perosi, um coro local, irá actuar no próximo domingo na igreja de São Domingos. O evento está marcado para as 20h00 e vai trazer aos ouvintes obras do século XX, bem como clássicos de música sacra compostos por Mozart. “A música de Mozart nunca sai de moda. É bonita, fascinante e refrescante como sempre. Tão refrescante, que as pessoas tornam a ouvir Mozart, mesmo tendo ouvido diferentes géneros musicais”, realça a organização. O evento conta com o apoio da Fundação Macau, Instituto Cultural, Serviços de Turismo, IACM e Fundação Henry Fok. (* Nota: na edição de ontem do HM, erradamente, publicámos que este evento acontecia às 19h00 e tinha o apoio do Clube C&C, factos que não são correctos, apesar do Clube estar a ajudar na divulgação. Pelo lapso, pedimos desculpas.)

Música Reggae no Café Hot Rod Se gosta de reggae, este evento é para si. O Café Hot Rod organiza, no próximo sábado, a festa ‘Reggae Session II’, inteiramente dedicada a este estilo musical. Com DJs oriundos de Portugal e Macau, a festa tem entrada livre e início marcado para as 22h00. Depois, vai pela noite dentro. “Costumamos ficar até às 4h00 da manhã, ainda que por volta das duas já comece a acabar”, diz ao HM fonte da organização. Pensada por Sérgio Martins, membro do Hot Rod, a ‘Reggae Session II’ segue-se após uma primeira festa com a mesma temática, que teve, nas palavras da organização, “boa adesão”. A festa contará com a presença de Mukaya, um jovem DJ macaense que viveu em Portugal e que se estreia nos pratos, Duballistic, DJ português de Macau, Jahni, de Portugal, e Zuju, um DJ “da velha guarda e mais experiente”, também do território. Esta será a última festa organizada pelo Hot Rod, pelo que, de acordo com a organização, “promete”.

VAFA 2014 FESTIVAL DE VÍDEO-ARTE EM DEZEMBRO

À conversa com imagensa correntes de vanguarda. Mas é mais do que isso.

“Não é fácil de descrever”, co-meça logo por apontar um comuni-cado da AFA. Mais do que trabalhar com imagens em movimento, o vídeo-arte foi desafiando as suas origens e foi-se aproximando de evoluções técnicas que diferem do seu uso e forma normais. “Tem cria-do mutações e, consequentemente, a desmaterialização dos sistemas de arte, dos estilos e formas de produ-ção. A sua existência tem uma parte importante na arte contemporânea.”

DESAFIOS PARA TODOSCom, pelo menos, quatro opor-tunidades para os interessados visualizarem o que se tem vindo a fazer no mundo da vídeo-arte – nos dias 11, 13 e 14 de Dezembro -, a

AFA assegura que esta forma de expressão artística traz desafios à própria audiência.

“Um espaço onde as imagens podem ser colocadas em câmara lenta sem qualquer explicação plau-sível” ou “um espaço que pode ter apenas uma câmara fixa sem nada de especial a acontecer, de forma a tentar travar uma conversa com o público”, a vídeo-arte tem diversas formas e feitios e pode fazer com que, quem vê, se questione.

“A consistência de que é feito o vídeo-arte é a mesmo que está lá fora, nas telas de rua, na promoção de produtos ou ideias, assim como nos nossos dispositivos digitais ou nos nossos televisores e computa-dores. O estímulo de imagens em movimento, que é uma chamada quase permanente da nossa atenção.

Vídeo de Alejandro Fargosonini

RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • MAIL@LIVRARIAPORTUGUESA.NET

O CORPO HUMANO • de Paolo Giordano Um pelotão de jovens comandados pelo marechal Antonio René. O último a chegar, Roberto Letri, tem apenas vinte anos e sente-se inexperiente em tudo. Para ele, tal como para tantos outros, a missão no Afeganistão é o primeiro grande desafio da sua vida. Quando se preparam para a partida, ainda não sabem que o sítio para onde vão é um dos mais perigosos do conflito. Chegado o momento de penetrar em território inimigo, irão descobrir que é também tempo de lidar com aquilo que deixaram para trás, em casa. Alternando ligeireza e drama, Paolo Giordano traça com precisão os contornos das “novas guerras”. E, ao fazê-lo, revela a existência de outras guerras, mais elusivas, mas não menos insidiosas.

11 eventoshoje macau quarta-feira 3.12.2014

O artista de origem irlandesa Duncan Campbell é o ven-

cedor do Prémio Turner 2014, concedido pela Galeria Tate.

Campbell, 42 anos, foi escolhi-do pelo filme “It for others”, conce-bido para o pavilhão da Escócia, na Bienal de Arte de Veneza, de 2013.

O filme, um “ensaio” de 54 minutos, constitui uma reflexão sobre a arte e a “importância da construção de valor e de sentido”.

A obra inspira-se na curta--metragem “As estátuas também morrem”, dos cineastas franceses Alain Resnais e Chris Marker, em 1953, que aborda, sob um ponto de vista crítico, a comercialização da arte tradicional africana, pelas potências coloniais.

Ao longo de quase uma hora, Campbell atravessa ideologias, os seus “vazios” e os mecanismos que os sustentam, na sociedade actual, indo das teorias de Karl Marx, em “O Capital”, e das imagens de vítimas do Exército Republicano Irlandês, que surgem em “mer-

COMEÇA hoje e dura até ao dia 5 a quarta edição do Congres-

so Internacional de Linguística do Português, organizado pelo Departamento de Português da Universidade de Macau (UM). À organização do evento estão liga-dos os docentes Roberval da Silva Teixeira, Maria José Grosso e Cus-tódio Martins. Ana Paula Cleto, delegada da Fundação Oriente, irá também participar. Segundo um comunicado, o congresso terá “a participação de linguistas de dife-rentes países, incluindo professo-res, investigadores, directores de departamentos e de institutos de Português na Ásia. Será a primeira vez que estarão reunidos todos estes representantes de países asiáticos para discutir o Português que é usado, ensinado, pesquisado e promovido neste lado do mundo”.

VAFA 2014 FESTIVAL DE VÍDEO-ARTE EM DEZEMBRO

À conversa com imagensSeremos capazes de desace-lerar?”, questiona a AFA, em forma de convite.

O VAFA 2014, organiza-do pela AFA e pela Fundação Oriente, e vai permitir ao público visualizar obras de John Baldessari, Lawrence Weiner, William Wegman, Harun Farucki, Miranda July, Shelly Prata, Zhang Huan, Xing Danwen, Cui

A consistência de que é feito o vídeo-arte é a mesmo que está lá fora, nas telas de rua, na promoção de produtos ou ideias, assim como nos nossos dispositivos digitais ou nos nossos televisores e computadores

Xiuwen, Caroline Koebel, Jean Ma-rie Casbarian, Mitra Azar, Nuno Cera, Mariana Rocha, João Vasco Paiva, Alejan-dro Michaelangelo Fargosonini, Alice Kok, João Ó, Bianca Lei, Peng Yun, Ray Chu e José Drummond.

A galeria da Casa Garden, onde ficará patente uma exposição sobre a temática, abre das 10h00 às 19h00 diariamente, excepto segundas-feiras. A ceri-mónia de abertura está marcada para dia 11 de Dezembro às 19h00, com a visualização de um filme às 20h00. No dia 13, novas visualizações estão marca-

das para as 19h00 e 20h00 e no dia 14, o público terá oportunidade de falar com os artistas, às 19h00, ha-vendo depois a visualização de um filme, às 20h00. A exposição ficará patente até 11 de Janeiro de 2015.

UM Congresso sobre Língua Portuguesa arranca hoje

Prémio Turner 2014 Irlandês Duncan Campbell é o vencedor

chandising” natalício, à análise de dispensadores de “ketchup”.

O júri do Prémio Turner consi-dera a obra de Campbell “complexa e ambiciosa”, recompensando sempre o espectador a cada nova visão.

O Prémio Turner, concedido anualmente desde 1984, pela Galeria Tate, em Londres, é defi-nido pelo sector artístico como o mais importante do Reino Unido para criadores com menos de 50 anos. O nome tem origem no pintor romântico Joseph William Turner.

O congresso pretende ainda “destacar a concepção do Portu-guês como língua pluricêntrica”, sendo uma “oportunidade para profissionais em geral, estudantes de graduação e pós-graduação tomarem contacto com as novas tendências da investigação em linguística”. “Será ainda um es-paço para a construção de redes e projectos internacionais”, aponta o mesmo comunicado.

“A tendência mais recente da investigação sociocultural sobre a Língua Portuguesa, desenvolvida na Ásia, especialmente na UM, tem evidenciado o Português como uma língua transnacional. Assim, é importante sublinhar a ideia de uma língua plural”, conclui. O evento começa às 9h00.

12 CHINA hoje macau quarta-feira 3.12.2014

O S três fundadores do movimento “Occupy Central” pediram on-tem aos manifestantes

pró-democracia para se retirarem das áreas ocupadas e anunciaram que se vão entregar à polícia na quarta-feira.

“Para o bem e segurança dos manifestantes que ocupam as ruas, enquanto nos preparamos para nos entregar [à polícia], exortamos os estudantes a retirarem-se, a recu-perarem e a ganharem forças”, disse Benny Tai, co-fundador do movimento de desobediência civil “Occupy Central”.

Não sabemos o que vai acon-tecer depois de nos entregarmos, se vamos ser detidos ou colocados em liberdade, mas estamos pre-

L IU Lingchao, cidadão chinês de 39 anos, está há seis anos a percorrer

quilómetros a pé carregando às costas uma casa fabrica-da com materiais que ele próprio recicla, numa acção que já lhe valeu a alcunha de “homem caracol”.

Liu, natural da cidade de Liuzhou, no sul do país, percorre centenas de quiló-metros desde a sua região para recolher garrafas de plástico, roupa usada e outros materiais que vende pelo caminho para poder viver, e reutiliza alguns na sua casa portátil.

Com estes materiais cobre uma estrutura de estacas de bambu que com a passagem dos dias se converte numa cabana móvel que transposta à mão e com a qual se protege das condições climatéricas.

O homem desloca-se lentamente – outra caracte-rística que o assemelha ao caracol –, já que os 60 quilos que a casa portátil pesa não lhe permitem grande veloci-dade nem longas distâncias, apesar de chegar a percorrer 20 quilómetros por dia.

IDA E VOLTA Liu cumpre todos os anos os 500 quilómetros que se-param a sua cidade natal de Wuzhou, nos dois sentidos, uma viagem que lhe ocupa vários meses.

Como o tempo vai de-teriorando a sua casa, Liu

O trio fundador do movimento de desobediência civil, que há mais de dois mesesocupa as ruas da ex-colónia britânica, atira a toalha ao chão num gesto de protecçãodos estudantes após os violentos confrontos com a polícia dos últimos dias

“OCCUPY” LÍDERES PEDEM FIM DA OCUPAÇÃO E ANUNCIAM QUE SE VÃO ENTREGAR

Toque de bater em retirada

“A rendição não é um acto de cobardia, é a coragem de agir. Render não é falhar, é a denúncia silenciosa de um governo sem coração”BENNY TAI Co-fundador do movimento “Occupy Central”

parados para as consequências”, disse Benny Tai, num anúncio conjunto com o reverendo Chu Yiu-ming e o sociólogo Chan Kin-man.

Os três mostraram-se dispos-tos a enfrentar as consequências legais por terem posto em marcha a campanha de desobediência civil há mais de dois meses.

Benny Tai explicou que o trio se vai entregar à polícia na quarta-feira num compromisso com o estado de Direito e com o “princípio da paz e amor”.

“Um governo que usa bastões da polícia para manter a sua auto-ridade é um governo que excedeu os limites do razoável”, afirmou o professor de Direito na Universi-

dade de Hong Kong, visivelmente emocionado.

DIAS DE TEMPESTADEO anúncio surge depois de, na noite de domingo e manhã de segunda-feira, centenas de manifestantes pró-demo-cracia terem entrado em confronto com a polícia em Admiralty, junto à sede do governo, ao tentarem forçar os cordões de segurança e invadir edifícios governamentais.

Os mais recentes confrontos em Admiralty são apontados como os mais graves registados desde o início dos protestos, a 28 de Setembro.

Também na segunda-feira, três estudantes, incluindo o líder do movimento “Scholarism”, Joshua Wong iniciaram uma greve de fome.

“A rendição não é um acto de cobardia, é a coragem de agir. Render não é falhar, é a denúncia silenciosa de um governo sem coração”, disse Tai.

O académico enalteceu a coragem dos manifestantes que ocupam as ruas há mais de dois meses. Mas a polícia “está fora de controlo” e é chegada a hora de os manifestantes abandonarem “estes locais perigosos”, sublinhou.

Benny Tai, Chan Kin-man e Chu Yiu-ming fundaram o mo-vimento de desobediência civil “Occupy Central” no início de 2013 para pressionar reformas políticas, mas nas últimas semanas assumiram uma posição mais dis-creta à medida que os estudantes têm radicalizado as suas acções.

Os manifestantes pró-demo-cracia contestam uma decisão de Pequim que limita o sufrágio universal naquele território.

O Governo central chinês insiste que os candidatos a chefe do executivo em 2017 devem ser pré-seleccionados por um comité, condição rejeitada pelos manifes-tantes.

O número de pessoas nas ruas diminuiu significativamente des-de o final de Setembro, mas os activistas mantiveram dois locais de protesto: Admiralty, junto ao complexo governamental, e outro de menor dimensão no distrito comercial de Causeway Bay.

CHINÊS VIAJA HÁ SEIS ANOS COM A CASA ÀS COSTAS

O homem caracoltem que fazer uma nova a meio da viagem e a actual, segundo informou ontem o portal de notícias Tencent, é mais apelativa do que a dos últimos anos. Está decorada com flores de plástico e fitas

coloridas, e tem sido alvo de muitas fotos publicadas nas redes sociais pelos cibernau-tas chineses.

Liu é referido pela im-prensa como pouco dado a falar com estranhos e não

muito apreciador de fotos e entrevistas.

Numa das raras vezes em que terá falado com a imprensa, Liu contou que vi-veu experiências dramáticas (o seu pai morreu num aci-

dente, divorciou-se, perdeu o trabalho e foi despejado), e que desde então tem medo de viver numa casa convencio-nal por “temer que lhe caia tudo em cima outra vez”.

Também relatou que a ideia de uma casa portátil nasceu depois de anos nas ruas, quando durante um trabalho de dias construiu uma casa de bambu e pano e que depois ficou com pena

de a deixar para trás, pelo que pensou que levaria a seguinte para todo o lado.

Liu não é o primeiro cidadão chinês que recorre à imaginação para resolver o universal problema do acesso à habitação: em 2010, um arquitecto chamado Dai Haifei, de 24 anos, construiu num jardim uma “casa ovo”, na qual viveu durante vários meses até ser desmantelada.

hoje macau quarta-feira 3.12.2014

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ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA “EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO DA PASSAGEM SUPERIOR

PARA PEÕES NA ROTUNDA DA HARMONIA, COLOANE”

1. Entidade que põe a obra a concurso: Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Rotunda da Harmonia, Coloane.4. Objecto da Empreitada: Construção da Passagem Superior para Peões.5. Prazo máximo de execução: 570 dias (quinhentos e setenta dias).6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do encerramento do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por Série de Preços. 8. Caução provisória: $2 200 000,00 (dois milhões e duzentas mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro- -caução aprovado nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço Base: não há.11. Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:

Local: Secção de Atendimento e Expediente Geral da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, R/C, Macau;Dia e hora limite: dia 26 de Dezembro de 2014 (sexta-feira), até às 12:00 horas.Em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora limite para a entrega de propostas acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora limites estabelecidas para a entrega de propostas serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.

13. Local, dia e hora do acto público do concurso :Local: Sala de reunião da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 5º andar, Macau;Dia e hora: dia 29 de Dezembro de 2014 (segunda-feira), pelas 9:30 horas.Em caso de adiamento da data limite para a entrega de propostas mencionada de acordo com o número 12 ou em caso de encerramento desta Direcção de Serviços na hora estabelecida para o acto público do concurso acima mencionada por motivos de tufão ou de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público do concurso serão adiadas para a mesma hora do primeiro dia útil seguinte.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público do concurso para os efeitos previstos no artigo 80º do Decreto-Lei n.º74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Línguas a utilizar na redacção da proposta:Os documentos que instruem a proposta (com excepção dos catálogos de produtos) são obrigatoriamente redigidos numa das línguas oficiais da RAEM, caso os documentos acima referidos estiverem elaborados noutras línguas, deverão os mesmos ser acompanhados de tradução legalizada para língua oficial, e aquela tradução deverá ser válida para todos os efeitos.

15. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: Departamento de Infra Estruturas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 16º andar, Macau;Hora: horário de expediente (Das 9:00 às 12:45 horas e das 14:30 às 17:00 horas)Na Secção de Contabilidade da DSSOPT, poderão ser solicitadas cópias do processo de concurso ao preço de $450,00 (quatrocentas e cinquenta patacas).

16. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço razoável 60%;- Plano de trabalhos 10%;- Experiência e qualidade em obras 18%;- Integridade e honestidade 12%.

17. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer no Departamento de Infra Estruturas da DSSOPT, sita na Estrada de D. Maria II, nº 33, 16º andar, Macau, a partir de 12 de Dezembro de 2014 (inclusivé) e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Macau, aos 27 de Novembro de 2014.O Director dos Serviços, Substo

Shin Chung Low Kam Hong

O governo do Ja-pão informou ontem que vai vigiar atenta-

mente os mercados de títulos soberanos, um dia depois de a agência de notação finan-ceira Moody’s ter reduzido o “rating” de crédito do país.

“Vamos acompanhar de perto os movimentos do mercado e vamos levar a cabo políticas adequadas para gerir a dívida”, disse ontem o vice-ministro porta-voz, Hiroshige Seko, em declarações recolhidas pela agência de notícias Kyodo.

Durante a conferência de imprensa, Seko absteve--se de avaliar a descida, ar-gumentando que a decisão foi tomada pela Moody’s, que é uma entidade priva-da, e insistiu que Tóquio vai continuar a seguir uma política orientada tanto para o crescimento económico como para a consolidação fiscal.

A agência de ‘rating’ norte-americana Moody’s anunciou na segunda-feira que decidiu baixar a notação da dívida soberana do Japão de “Aa3” para “A1” depois

Pyongyang Messi convidado a visitar nova academia As autoridades da Coreia do Norte querem convidar o argentino Lionel Messi, um dos finalistas da Bola de Ouro de 2014, para visitar uma nova academia para jovens futebolistas, em Pyongyang. Um dia depois de terem sido anunciados os finalistas ao prémio para melhor futebolista do ano, num grupo onde também figuram Cristiano Ronaldo e o guarda-redes alemão Manuel Neuer, o norte-coreano Han Un-Gyong, membro do Comité Executivo da Confederação Asiática de Futebol, lançou o convite à estrela do FC Barcelona. “Quero convidar Messi, porque as crianças adoram-no. Quando vou à Academia de Pyongyang, pergunto-lhes qual o melhor jogador e eles todos respondem que amam Messi”, disse o responsável norte-coreano em pleno congresso da confederação asiática, em Manila. Han Un-Gyong acredita que o jogador do FC Barcelona vai mostrar receptividade ao convite das autoridades da Coreia do Norte, tal a fama que tem granjeado entre as crianças.

13REGIÃO

A agência de notação financeira Moody’s baixou a nota de cinco bancos japoneses depois de ter tomado idêntica medida para a dívida soberana japonesa na segunda-feira

JAPÃO VIGIAR MERCADO DA DÍVIDA APÓS REDUÇÕES DA MOODY’S

Um mar de incertezas

do país entrar em recessão no terceiro trimestre, sob pressões deflaccionistas e enfrentando a queda do

consumo e confiança das empresas.

A Moody’s invocou a “incerteza acrescida quan-

to à capacidade (do Japão) atingir os seus objectivos de redução do défice or-çamental” e as dúvidas quanto às medidas adop-tadas para o relançamento da economia, para justificar a decisão.

A agência de ‘rating’ está particularmente preo-cupada com os riscos, a médio prazo, para a rentabi-lidade dos títulos de dívida do Estado que o Governo começou a comprar de forma maciça para relançar a economia.

BANCOS ATINGIDOSA Moody’s baixou também a nota de cinco bancos ja-poneses passando de Aa3

para A1 com perspectiva estável a notação das cinco instituições, nota idêntica à concedida à divida ja-ponesa de que os bancos em questão são titulares consideráveis.

As cinco entidades são o Bank of Tokyo-Mit-subishi UFJ, Mitsubishi UFJ Trust and Banking Corporation, Sumitomo Mitsui Banking Corpora-tion, The Shizuoka Bank e The Chugoku Bank.

Apesar da diminuição da cotação, a Moody’s considera que a vontade do governo japonês em apoiar os bancos mais im-portantes continua muito consistente.

14 hoje macau quarta-feira 3.12.2014

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WANG CHONG 王充 OS DISCURSOS PONDERADOS DE WANG CHONG

Sobre a morte – 16

Os mortos não se transformam em fantasmas, não são dotados de consciência, não são capazes de falar: como tal, não podem incomodar os vivos. Que provas disto daria? Para se encolerizar, um homem não precisa de mais que a sua voz, mas para fazer mal a outro, tem de recorrer à sua força, o que pressupõe músculos e ossos, pois só daí decorre que seja forte e possa atacar outrem. Um homem encolerizado poderá ser forte como Meng Ben ou Xia Yu [personagens da época dos Reinos Combatentes], mas se apenas gritar e cuspir suas invectivas na cara dos outros, não lhes poderá fazer mal apenas com a sua voz. Mas se erguer a mão ou levantar o pé, partirá tudo quanto toca. Ao morrer, os ossos secam, deixa de haver força muscular, braços e pernas se imobilizam; mesmo que os fluidos subtis ainda não se tenham dissipado, não podem mais do que os bramidos de um homem encolerizado, como poderiam então fazer mal a alguém?Os homens e os animais podem ferir com objectos cortantes, ou com as suas garras e dentes aguçados. Depois de mortos, as suas mãos se decompõem e não podem já brandir lâminas; os seus dentes e garras se desfazem e caem, não podendo mais despedaçar. Nestas condições como poderiam os mortos ferir os vivos? Ao nascer, a criança possui mãos e pés completos, mas suas mãos não conseguem agarrar as coisas, nem seus pés pontapear; os seus fluidos acabam de se reunir e, por isso, o infante não é ainda capaz de força. Por isto se vê que os fluidos não possuem força. Quando os fluidos estão num corpo, se esse corpo for fraco, são incapazes de fazer mal. Mais ainda num morto, quando os fluidos se perdem e a força vital não mais existe. Se já um corpo enfraquecido não pode fazer mal a outrem, como poderiam os ossos ressequidos fazê-lo? Porque os fluidos não os teriam deixado? Ainda assim, como poderiam fazer qualquer espécie de mal?

Tradução de Rui Cascais | Ilustração de Rui Rasquinho

Wang Chong (王充), nasceu em Shangyu (actual Shaoxing, província de Zhejiang) no ano 27 da Era Comum e terá falecido por volta do ano 100, tendo vivido no período correspondente à Dinastia Han do Leste. A sua obra principal, Lùnhéng (論衡), ou Discursos Ponderados, oferece uma visão racional, secular e naturalista do mundo e do homem, constituindo uma reacção crítica àquilo que Wang entendia ser uma época dominada pela superstição e ritualismo. Segundo a sinóloga Anne Cheng, Wang terá sido “um espírito crítico particularmente audacioso”, um pensador independente situado nas margens do poder central. A versão portuguesa aqui apresentada baseia-se na tradução francesa em Wang Chong, Discussions Critiques, Gallimard: Paris, 1997.

15 artes, letras e ideiashoje macau quarta-feira 3.12.2014

Se já um corpo enfraquecido não pode fazer mal a outrem, como poderiam os ossos ressequidos fazê-lo?

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16 DESPORTO hoje macau quarta-feira 3.12.2014

1. Owingtocontinuedgrowth,weareseekingEnglishspeaking,qualifiedandexperiencedteachersof Cambridge IGCSE, AS and A level subjects for the 2015/2016 school year:

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Specialist and a primary Music teacher. MAC is an English medium school which offers an attractive salary package including a housing allowance for non-Macau residents, small class sizes and a multicultural Christian ethos.Send cover letter, CV, documents and contactable referees to cissychan@acm.edu.mo or fax85328850022.In your application letter, kindly state how you meet all the above requirements. Include the names of two contactable referees.

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N. ° 497/AI/2014

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendopossível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presentenotifique-seoinfractorSHIH,ShengKai(portadordeHongKongPermanentIdentityCardn.°P0943xxx),quenasequênciadoAutodeNotícian.°17/DI-AI/2013de14.02.2013,levantadopelaDST,porcontrolarafracçãoautónomasituadanaRuadeLuísGonzagaGomes,n.°576,EdifícioHungOnCenter,Bloco2,9.°andarM,Macaueutilizadaparaaprestaçãoilegaldealojamento,bemcomopordespachodasignatáriade18.11.2014,exaradonoRelatórion.°829/DI/2014,de04.11.2014,lhefoideterminadaaaplicaçãodeumamultade$200.000,00(duzentasmilpatacas),eordenadaacessaçãoimediatadaprestaçãoilegaldealojamentonoprédiooudafracçãoautónomaemcausa,nostermosdon.°1doartigo10.°en.°1doartigo15.°,todosdaLein.°3/2010. ----------------------------------------------OpagamentovoluntáriodamultadeveserefectuadonoDepartamentodeLicenciamentoeInspecçãodestesServiços,noprazode10dias,contadoapartirdapresentepublicação,deacordocomon.°1doartigo16.°daLein.°3/2010,findooqualserácobradacoercivamenteatravésdaRepartiçãodeExecuçõesFiscais,nostermosdon.°2doartigo16.°domesmodiploma. ------------------------------DapresentedecisãocaberecursocontenciosoparaoTribunalAdministrativo,ainterpornoprazode60dias,conformeestipuladonaalíneab)don.°2doartigo25.°doCódigodoProcessoAdministrativoContencioso,aprovadopeloDecreto-Lein.°110/99/M,de13deDezembroenoartigo20.°daLein.°3/2010. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Hálugaràexecuçãoimediatadadecisãocasoestanãosejaimpugnada. -----------------------------------------------------------------------------Oprocessoadministrativopodeserconsultado,dentrodashorasnormaisdeexpediente,noDepartamentodeLicenciamentoeInspecçãodestaDirecçãodeServiços,sitonaAlamedaDr.Carlosd’Assumpçãon.os335-341,Edifício“CentroHotline”,18.°andar,Macau. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------DirecçãodosServiçosdeTurismo,aos18deNovembrode2014.

ADirectoradosServiços,MariaHelenadeSennaFernandes

Defesa alemão no topo da lista dos cem melhores da conceituada revista inglesa «FourFourTwo»

A conceituada revista inglesa «FourFour-Two» publicou esta terça-feira a sua

classificação final dos cem melhores jogadores de 2014, com uma surpresa entre os três primeiros classificados. Cristia-no Ronaldo, um dos favoritos à vitória na Bola de Ouro, é o número um, mas depois, no segundo lugar, aparece o ale-mão Philipp Lahm, à frente de Lionel Messi. A liga portuguesa está apenas representada por Jackson Martinez.

«Lahm não foi educado no la-boratório de talentos de La Masia [centro de treinos do Barcelona],

Benfica Campbell é hipótese para janeiroO avançado Joel Campbell, do Arsenal, poderá sair do clube londrino já na reabertura do mercado de transferências, fruto da escassez de oportunidades que lhe têm sido concedidas esta época pelo técnico Arsène Wenger, de acordo com o jornal ‘Daily Mirror’. O internacional costa-riquenho (22 anos) ainda só foi titular esta época por duas vezes, pelo que a sua situação está em aberto, tal como a do companheiro de equipa Lukas Podolski. A imprensa inglesa relata que o Swansea é o mais recente pretendente à contratação de Cambpell, mas que Benfica, Everton, West Bromwich Albion e Inter de Milão também seguem atentamente a situação do jovem avançado, que brilhou no Mundial do Brasil.

Di María deve parar duas semanas O extremo argentino Angel Di María deverá parar duas semanas por causa da lesão contraída frente ao Hull City, para a Liga inglesa. A mulher de Di María revelou, na rede social «instagram», que o extremo apresenta uma pequena rotura. Desse modo, o jogador irá falhar as partidas frente ao Stoke, Southampton e Liverpool. Di María contraiu a lesão logo nos minutos iniciais da partida com o Hull City.

O S nadadores Diogo Carvalho e Alexis

Santos vão representar Portugal nos Mundiais de piscina curta com o objectivo de atingir três resultados no “top-16”, de quarta-feira a domingo em Doha, Qatar.

“Num Mundial com um nível muito forte, considero que a partici-pação portuguesa será

bem-sucedida se forem obtidas três classificações no ‘top-16’. Se os dois nadadores presentes es-tiverem perto do seu me-lhor nível, este objectivo será atingido”, afirmou o director técnico nacional, José Machado.

Em comunicado, a fe-deração de natação refere que Diogo Carvalho está inscrito nos 100, 200 e

400 estilos e 200 metros mariposa, enquanto Ale-xis Santos vai nadar os 50 e 100 costas e 100 estilos.

Em competição vão estar cerca de 1.100 atle-tas em representação de 171 países, num evento que vai contar com boa parte dos mais fortes nadadores da actualida-de, entre os quais Ryan Lochte (Estados Unidos),

Chad Le Clos e Roland Schoeman (África do Sul), Katinka Hosszu (Hungria), Daniel Gyurta (Hungria) e Mireia Bel-monte (Espanha).

O melhor resultado de Portugal em Mundiais de piscina curta foi a meda-lha de prata conseguida por José Couto, nos 50 metros bruços, em 2002, em Moscovo.

MELHORES DO ANO PHILIPP LAHM ENTRE RONALDO E MESSI

Surpresa no pódio

Natação Diogo Carvalho e Alexis Santos lutam pelo “top-16”

mas é definitivamente o tipo de jogador que Guardiola gosta: calmo, confiante com a bola e, especialmente, suficientemente inteligente para adoptar as ideias do treinador», escreve a revista sobre o capitão do Bayern Mu-nique e da selecção alemã.

TOP TENAlém dos três primeiros, a lista da «FourFourTwo» conta ainda com Manuel Neuer (Bayern), Gareth Bale (Real Madrid), Zlatan Ibrahimovic (PSG), Diego Costa (Chelsea), Luis Suarez (Barcelona), Di María (M. United) e Arjen Robben (Bayern) na lista dos dez pri-meiros classificados.

Cristiano Ronaldo é o único português na lista que conta com 18 espanhóis, 10 alemães, 9 ita-lianos, 9 franceses e 8 argentinos entre as nacionalidades mais representadas. A nível de cam-peonatos, a liga inglesa, com 29 jogadores, é a mais representada, apesar da lista dos cem melhores ter apenas três ingleses.

A nível de clubes, o Bayern é mais representado, com um total de catorze jogadores, à frente do Real Madrid (11) e Barcelona (10), enquanto a liga portuguesa conta apenas com um jogador: Jackson (FC Porto) que aparece no 92º lugar do ranking da «FourfourTwo».

Cristiano Ronaldo é o único português na lista que conta com 18 espanhóis, 10 alemães, 9 italianos, 9 francesese 8 argentinos

hoje macau quarta-feira 3.12.2014 (F)UTILIDADES 17

TEMPO PERÍODOS DE CHUVA MIN 13 MAX 17 HUM 70-95% • EURO 9.9 BAHT 0.2 YUAN 1.3

ACONTECEU HOJE 3 DE DEZEMBRO

João Corvo fonte da inveja

Dia Internacionalda Pessoa com Deficiência• A 3 de Dezembro, assinala-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, data promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), com a finalidade de sublinhar a necessidade de uma maior atenção por parte da sociedade civil e do poder político para os assuntos relacionados com a deficiência.A efeméride internacional é promovida pela ONU desde 1998. A finalidade desta data é promover uma maior compreensão relativamente aos assuntos relacionados com a deficiência.Por outro lado, este 3 de Dezembro pretende também mo-bilizar a sociedade civil e as entidades com poder para se mobilizarem em torno na defesa da dignidade, dos direitos e o bem-estar das pessoas.Entre estes direitos estão a integração das pessoas com deficiência, quer na vida política, social, económica e cultural.Todos os anos, o tema deste dia é baseado no objectivo do exercício pleno dos direitos humanos e da participação na sociedade, estabelecido pelo Programa Mundial de Acção a respeito das pessoas com deficiência, adoptado pela Assembleia Geral da ONU, em 1982.Além do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, assinala-se neste 3 de Dezembro o Dia Internacional dos Portadores de Alergia Crónica, criado pela Organização Mundial de Saúde.

O QUE FAZER ESTA SEMANA?C I N E M ACineteatro

SALA 1THE HUNGER GAMES:MOCKINGJAY (PART 1) [B]Um filme de: Francis LawrenceCom: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, liam Hemsworth14.30, 16.45, 19.15, 21.30

SALA 2RISE OF THE LEGEND [C](FALADO EM MANDARIM, LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)Um filme de: Chow Hin YeungCom: Sammo Hung, Eddie Peng, Zhang Jin, Angelababy14.00, 16.30, 21.30

RISE OF THE LEGEND [3D][C](FALADO EM MANDARIM, LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)Um filme de: Chow Hin YeungCom: Sammo Hung, Eddie Peng, Zhang Jin, Angelababy19.00

SALA 3THE SNOW WHITE MURDER CASE [C](FALADO EM JAPONÊS, LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊS)Um filme de: Yoshihiro NakamuraCom: Mao Inoue, Go Ayano, Nobuaki Kanebo14.30, 16.45, 19.15, 21.30

THE HUNGER GAMES: MOCKINGJAY (PART 1)

Um fio de chuva esvai-se antes de tocar no chão.

“DE TANTO BATER O MEU CORAÇÃO PAROU”(JACQUES AUDIARD, 2007)

Tom (Romain Duris) é um jovem de 28 anos cujo dia-a-dia está cheio de conflitos, muito por culpa do seu emprego: trabalha no ramo dos negócios imobiliários com o pai e passa a vida a cobrar rendas às quais todos se esca-pam. Um dia, a memória da mãe, pianista, atravessa-lhe a mente e acaba por marcar uma audição com um antigo professor dela, já falecida. Esse acaso leva-o a conhecer uma pianista chinesa que está em Paris com uma bolsa de estudos. As teclas do piano acabam por se tornar na sua única forma de comunicação e a paixão acontece. Mas Tom não consegue desligar-se do antigo emprego e das pressões que acarreta. - Andreia Sofia Silva

H O J E H Á F I L M E

• HojeCONGRESSO DE LÍNGUA PORTUGUESAUniversidade de Macau, 9h00Entrada livre

CONCURSODE CURTAS-METRAGENS DA UE(MOSTRA DE FILMES DOS ALUNOS) Universidade de Macau, 18h30Entrada livre

• SábadoSTANDARD & LATIN DANCE MUSIC SHOWPavilhão desportivo do Tap Seac, 20h00 às 22h00100 patacas

BE THREE GRASSHOPPER (CONCERTO)Venetian, 20h00Bilhetes a partir de 280 patacas

REGGAE SESSION II Hot Rod Café, 22h00Entrada livre

• DomingoCOUNT BASIE ORCHESTRAAO VIVO NO VENETIANVenetian Teathre, 19h45Bilhetes a partirde 200 patacas

CORO PEROSI AO VIVOIgreja de São Domingos, 20h00Entrada livre

• DiariamenteEXPOSIÇÃO “BEYOND PIXELS”DE VICTOR MARREIROS(ATÉ DIA 31/12)Signum Living Store,Rua Almirante SérgioEntrada livre

EXPOSIÇÃO PÁSSAROS DE MACAU,DE JOÃO MONTEIRO (ATÉ DIA 29/12) Consulado-geral de Portugal em MacauEntrada livre

WORKSHOP DE LANTERNAS TRADICIONAIS (ATÉ DIA 13/12)Albergue SCM, das 19h00 às 21h00Entrada livre

EXPOSIÇÃO “REGIÃO OBSCURA” DE HEIDI LAU Museu de Arte de MacauEntrada livre

hoje macau quarta-feira 3.12.201418 ócios / negócios

Gosto de indicar fornecedores para ter a certeza de que a festa vai ficar com a cara da ‘Meemo’ no momento em que eu a estou a produzir. Mas há sempre clientes que chegam com uma ideia específica do que querem

ANDREIA SOFIA SILVAandreia.silva@hojemacau.com.mo

C ADA festa é organizada para que seja única. É este o lema da ‘Mee-mo Party Acessories’, empresa de

organização e consultoria de eventos que nasceu em Macau em 2011. O negócio acabou por correr tão bem que conseguiu expandir-se para o Brasil, muito por culpa do facto da sócia de Cássia Schutt, Thais Martins, ter deixado de viver no território.

“Achamos que a ‘Meemo’ não tem propriamente uma nacionalidade, é uma empresa mais internacional. Estamos em Macau, Brasil e fazemos entregas para vários países”, contou Cássia Schutt, uma das fundadoras, ao HM.

“Tudo começou em 2011. Eu e a minha sócia, sendo amigas e mães, percebemos que não conseguíamos encontrar coisas engraçadas para as festas das nossas crianças. Começámos a procurar e vimos que aqui não havia, apesar de morarmos na China. Era algo que nos causava muita estranheza. Na altura foi o aniversário das nossas crianças e todos nos elogiaram, então começámos a pensar: ‘porque não começar um negócio?’”, recorda.

A ‘Meemo Party Acessories’ já não organiza apenas festas para crianças, mas também pode organizar e decorar espaços para jantares de amigos ou de famílias ou eventos profissionais. Cássia Schutt já se deparou com todo o tipo de clientes e de pedidos.

“Temos de tudo. Há a pessoa que adora o conceito mas não tem tempo e não gosta de fazer, então contrata os nossos serviços. Depois há pessoas que procuram os nossos acessórios, porque gostam de decorar a festa e querem fazê--lo pessoalmente. Depois há pessoas que só querem fazer um jantar e ter uma coisa mais especial”, conta.

Exclusividade é um dos objectivos da empresa na hora de ter uma festa produzida.

“Gosto de indicar fornecedores para ter a certeza de que a festa vai ficar com a cara da ‘Meemo’ no momento em que eu a estou a produzir. Mas há sempre clientes que chegam com uma ideia específica do que querem”, aponta.

“Quando o cliente chega com uma ideia é difícil dizer que não, mesmo que

‘MEEMO PARTY ACESSORIES’, ORGANIZAÇÃO / CONSULTORIA DE EVENTOS CÁSSIA SCHUTT, CO-FUNDADORA

“TRABALHAMOSMUITO COM DETALHES”Há três anos, Cássia Schutt e uma amiga queriam fazer uma festa diferente para celebrar o aniversário dos filhos, mas não conseguiram encontrar materiais de decoração à altura dos seus gostos. Nascia assim a ‘Meemo Party Acessories’, que actualmente também opera no Brasil

tente inclinar para o nosso estilo. Hoje em dia todos têm acesso a coisas na internet e todos têm ideias, mas o principal é que, quando estou a produzir algo sobre a qual não tenho referências, tento sempre inspirar-me nas viagens que faço. Gosto de estampados diferentes, tecidos... É essa a minha inspiração. Trabalhamos muito com detalhes”, explica Cássia Schutt.

As viagens que faz acabam por dar a Cássia Schutt a oportunidade de criar acessórios diferentes e únicos. “Há muitas coisas na China. Mas sou uma fã da Indo-

nésia, pelo menos uma vez por ano vou lá com a minha família. Então trago muitas coisas de decoração de lá. São peças mais únicas que trago, objectos de decoração e coisas de papelaria. Tenho fornecedores na China e também trago coisas do Brasil. Os Estados Unidos também são um lugar que tem muitas coisas de festa, um pouco mais caras, mas diferentes.”

WEBSITE EM MUDANÇA PARA EXPANSÃOMesmo operando em mercados diferentes, a mentora da ‘Meemo Party Acessories’ tem noção das diferenças que existem entre eles: no Brasil, festa é palavra de ordem no dia-a-dia das pessoas. Em Macau, só agora as pessoas começam a querer algo mais personalizado.

“No Brasil existe uma cultura de festa muito grande. E também acho que o conceito de festa no Brasil está num momento de transição. Começámos com um tipo de festa com coisas feitas à mão, mais personalizadas e exclusivas, coisas que temos na nossa casa ou que o cliente tem. Aqui em Macau temos um público bem variado, que é brasileiro, chinês, eu-ropeu... Estamos a ter uma boa aceitação, muita gente procura e gosta e é um con-ceito diferente de produto que as pessoas estão a conhecer agora. É diferente do Brasil que já tem esse mercado e é mais competitivo”, defende.

Actualmente, a ‘Meemo Party Aces-sories’ tem o website em reestruturação porque, tal como explicou Cássia Schutt, a empresa já possui uma grande variedade de produtos em stock que precisam de ser organizados, para que o negócio possa expandir. Para além de Macau e do Brasil, a empresa também vende produtos em Portugal e na Austrália.

“Temos em Macau um mercado que pode crescer. Os casamentos, por exem-plo, é algo único aqui em Macau, mas aos poucos as pessoas estão a começar a querer um casamento mais internacional, com detalhes, e esse é um bom mercado. Temos a ‘Bad Bad Maria’, com super bom gosto, existe a ‘Meemo’... Penso que há espaço para todos e a tendência é ter um mercado para todos”, concluiu Cássia Schutt.

Os produtos e serviços da ‘Meemo’ estão disponíveis no site www.partywi-thmeemo.com.

19OPINIÃOhoje macau quarta-feira 3.12.2014

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Cecília Lin; Filipa Araújo; Flora Fong (estagiária); Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; Correia Marques; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo

cartoon por Stephff

1. O conhecimento pelo país das razões da detenção do político José Sócrates e o aparato mediático de que toda a operação se rodeou lançaram ondas de incredulidade sobre o estado calamitoso a que chegou a causa pública em Portugal e aquilo que é habitual se designar por ‘serviço público’. Isto é, a missão de serviço a toda comuni-dade tendo em conta o interesse público ou colectivo da nação.

Incredulidade associada ao descrédito da classe política, à notória promiscuidade entre posições de autoridade no Estado e benefícios privados, à força de uma oligar-quia ou tríade de interesses que atravessa os vários partidos democráticos, compra políticos, fideliza clientelas para benefício do que Norberto Bobbio chamou os ‘interesses ocultos ou obscuros’.

Os sinais de envolvimento do antigo Primeiro-Ministro em processos negociais pouco claros ou proveitosos para o país eram também evidentes bem como a sua postura desafiadora das regras do jogo democrático, a chacota com princípios da ética e aprumo moral que regulam a actuação dos actores políticos numa de-mocracia madura.

Sinais como o pacote de dois mil milhões de euros obtidos em crédito no exterior e aplicados no Parque Escolar, a anunciada compra da TVI pela PT, os projectos da Cova da Beira, a licenciatura fraudulenta na Uni-versidade Independente, o favorecimento da Freeport e os rumores sobre o pagamento de ‘luvas’, a protecção pelo Estado dos ‘parceiros’ privados das PPP rodoviárias, a venda pela PT à Telefónica da Vivo por um montante irrisório e a aventura suicida da PT no Brasil davam a entender que algo de

crepúsculo dos ídolosARNALDO GONÇALVES

Sócrates, Costa e o PS

Os eleitores alternam: umas vezes votam como coração, outras vezes com a carteira. Resta saber qual será destavez a sua preferência

muito grave se passava, que ultrapassava a estrita dimensão de inabilidade política ou gestionária.

Caberá agora à justiça provar (ou não) as alegações que foram feitas e que serão transpostas para a acusação do Ministério Público e à defesa contraditá-las, alegando a fragilidade das provas e reivindicando a inocência do ex-Primeiro-Ministro. A me-dida da privação da liberdade parece estar de acordo com aquilo que está em jogo e com os pressupostos que tipificam a prisão preventiva. Não é pelo facto de José Sócrates ter sido Primeiro-Ministro que elas não se lhe aplicariam. A Constituição é inequívoca quanto ao facto de todos os cidadãos por-tugueses terem a mesma dignidade social e serem iguais perante a lei (art.º 13 º, n.º 1).

Não cabe aos políticos e aos partidos intervir no processo judicial em curso nem fazer aproveitamento eleitoral para ganhos políticos até porque favorecimentos pessoais como os que estão sob investigação não são atribuíveis a um só partido ou a uma só ideologia. São a expressão da fragilidade do sistema representativo, das imperfeições da nossa democracia e da pouca eficácia da procuradoria para assegurar a defesa do interesse público e do bom nome do Estado.

Aos comentadores cabe naturalmente analisar o fenómeno político procurando não tomar as árvores pela floresta mas não deixando de identificar, na actuação dos po-

líticos, aquilo que é censurável ou condená-vel. O que devem fazer independentemente das suas preferências pessoais irem para o partido x ou y. O que hoje aconteceu com José Sócrates pode acontecer, amanhã, com políticos do PSD, do CDS ou do PCP. Quem abraça a carreira política activa está sob cons-tante escrutínio dos órgãos de comunicação

social e das polícias, complementando-se a acção de uns com a das outras. Há sempre em democracia um tempo de prestação de contas e essa é a sua pedra de toque no cotejo dos regimes políticos.

2. António Costa viu confirmado, no Con-gresso do passado fim-de-semana, a sua vitória anterior nas directas, tendo sido eleito secretário-geral do PS. É - como aqui já afirmei - um político de enormes qualidades, carisma e facilidade de comu-nicação, tendo a oportunidade de unificar o PS e revivificá-lo. Considerando o horizonte próximo de eleições legislativas e, pouco tempo depois, de eleições presidenciais. A forma como conduziu o Congresso revela que é um político maduro e experiente, com a sapiência de se rodear de uma Comissão Política constituída por quadros políticos que lhe são próximos e de manietar a margem de manobra da minoria socrática que espe-rava o envolvimento do partido na ilibação pública do antigo líder. Quanto mais lograr separar os dois processos – a questão judicial de José Sócrates, por um lado, a campanha política das legislativas, por outro - maiores as chances que terá de se bater, de igual para igual, com Pedro Passos Coelho nas eleições do próximo ano de 2015.

Não é uma tarefa fácil. Os números econó-micos do desemprego e do PIB revelam que as medidas económicas tomadas pelo Governo PSD-PP estão a produzir os primeiros efeitos positivos. A meta da redução do défice orça-mental já não tem o carácter sancionatório que tinha sob programa de assistência económica da Troika. Ainda que o país não consiga cum-prir a meta dos 4% do PIB (para 2014) que se comprometeu com Bruxelas, existe agora o precedente do possível incumprimento por parte de estados-membros como a França (4,4%) para demover a aplicação de eventuais multas previstas no Tratado Orçamental por esse incumprimento.

Existe visivelmente um enorme cansaço dos eleitores com as políticas do Governo PSD-PP, pela penalização que as mesmas trouxeram ao seu poder de compra, nomeada-mente da classe média e da pequena-burguesia urbana que decide o resultado das eleições. A questão para o lado do centro-direita já não é da falta de remodelação governativa, ou da imagem negativa do ministro A ou B mas do esfarelamento da comunicação, do cansaço do Primeiro-Ministro e do esgotamento da capacidade de se reinventar.

Apesar de António Costa ter apelado à maioria absoluta (como antes dele todos os líderes do PS) não sabemos se os portugue-ses estarão disponíveis para um tal cheque em branco, dado o calamitoso balanço da governação de José Sócrates que pôs o país à beira da bancarrota e o facto dos portugueses temerem que isso se possa repetir com um governo no PS. Os eleitores alternam: umas vezes votam com o coração, outras vezes com a carteira. Resta saber qual será desta vez a sua preferência.

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hoje macau quarta-feira 3.12.2014

Japão Campanhapara eleições arranca Os partidos políticos japoneses iniciaram ontem a campanha eleitoral para as eleições antecipadas para a Câmara Baixa do Japão, agendadas para dia 14, e na qual o primeiro-ministro, Shinzo Abe, aspira nova vitória. Um total de 1.184 candidatos filiados em partidos ou independentes são candidatos a 475 lugares da Câmara Baixa nipónica (cinco menos do que na actual legislatura), informou a estação estatal NHK. O Partido Liberal Democrata (PLD), de Shinzo Abe, parte como favorito para obter nova vitória dentro de 12 dias, depois de uma campanha onde a atenção vai estar concentrada nas propostas económicas das principais forças políticas. O PLD ocupa actualmente 294 dos lugares, uma ampla maioria que poderá manter ou ainda estender se se confirmar a intenção de voto da mais recente sondagem da agência Kyodo, que indica 28% de apoio ao partido de Shinzo Abe.

Mar de Bering Um morto e 52 desaparecidos Uma pessoa morreu e 52 estão desaparecidas após o naufrágio de um navio de pesca sul-coreano no Mar de Bering, com 60 pessoas a bordo, afirmaram ontem as autoridades em Seul. O naufrágio ocorreu na segunda-feira ao largo da costa do extremo-oriente russo e sete pessoas, incluindo um inspector russo, foram recolhidas do mar com vida, indicou o Ministério das Pescas sul-coreano. As equipas de salvamento ainda não encontraram mais sobreviventes, informou, por sua vez, o armador.

Pelé Dos cuidados intensivos paraos intermédiosO antigo futebolista internacional brasileiro Pelé mudou-se ontem da unidade de cuidados intensivos para a de cuidados intermédios, informou o hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado devido a problemas renais. “O paciente Edson Arantes do Nascimento (Pelé) está bem, sem apresentar complicações e pode circular no seu quarto. Depois de terem sido realizadas análises foi considerado que não será necessário retomar a hemodiálise”, indica o hospital, em comunicado. A equipa médica tinha iniciado o processo de hemodiálise na quinta-feira, mas suspendeu-o no domingo, por considerar que Pelé, de 74 anos, considerado um dos melhores futebolistas de sempre, estava a fazer “bons progressos” na recuperação da infecção urinária. Pelé, que se sagrou tricampeão mundial pelo Brasil, foi internado no início da semana passada, poucos dias depois de ter recebido alta hospitalar de uma cirurgia para remover cálculos renais, uretrais e vesiculares.

Coreia do Norte Manobras de inverno

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou o iní-

cio das manobras militares de inverno do exército, as quais vão incluir exercícios de si-mulação de uma guerra real, informou ontem a imprensa estatal. Vestido com um casaco comprido para se proteger das baixas temperaturas, o líder da Coreia do Sul deslocou-se na segunda-feira a um regimento de artilharia para declarar o início dos “treinos de combate e política do ano novo”, segundo a agência de notícias norte--coreana KCNA.

O órgão estatal referia--se assim às manobras que o Exército Popular, um dos mais numerosos do mundo, com mais de um milhão de efectivos, pre-tende realizar entre Dezembro e Março.

As manobras de inverno são iniciadas num momento de relativa tensão, pouco depois de a vizinha Coreia do Sul ter realizado o seu próprio exercício militar, o Hoguk, que durou 12 dias até ao fi-nal de Novembro e no qual foram mobilizados 330.000 soldados.

U MA equipa de sete arqueólogos da Universi-dade de Cambridge (Inglaterra) está em Cabo Verde para fazer escavações e pesquisar o

espólio do sítio histórico da Cidade Velha. Segundo noticiou ontem a edição ‘online’ do

jornal A Semana, a investigação, que acontece durante duas semanas, é acompanhada pelo guia Francisco Monteiro, um dos homens que melhor conhece o Berço da Nação cabo-verdiana.

A pesquisa, avança a mesma fonte, centra-se em dois pontos considerados de “enorme interesse”: os restos da Igreja de Nossa Senhora Conceição - templo do séc. XV/XVI, a mais antiga igreja que foi construída na Ribeira Grande e onde existe um projecto privado para aí erguer um ecomuseu - e nos baluartes filipinos de Santo António, do séc. XVIII, integrados na linha de defesa da Fortaleza Real de S. Filipe.

Os trabalhos são apoiados pela Câmara Munici-pal de Ribeira Grande de Santiago, pela Curadoria da Cidade Velha e pelo instituto de investigação e Património Culturais (IIPC).

Depois das investigações, os achados estarão em exposição pública.

“Para preservar este espólio, ele tem voltado a ser subterrado, mas começam a existir condições para colocá-lo às vistas de quem o quiser contem-plar, o que muito valoriza o interesse histórico e turístico da cidade”, considerou a Câmara Muni-cipal de Ribeira Grande de Santiago (CMRGS), em comunicado citado pelo A Semana.

PATRIMÓNIO DA HUMANIDADEEm 2009, a Cidade Velha, nome por que era conhe-cida a Ribeira Grande de Santiago, 12 quilómetros a oeste da Cidade da Praia, foi elevada a Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.

O sítio histórico comemorou em Junho cinco anos da elevação, e tanto o ministro da Cultura cabo-verdiana, Mário Lúcio Sousa, como o presi-dente da (CMRGS), Manuel de Pina, e o curador do sítio, Jair Fernandes, admitiram que ainda há muito trabalho a fazer mas que o título não estava posto em causa.

Descoberta pelo navegador português Diogo Gomes em 1460, foi António da Noli, italiano então ao serviço da coroa portuguesa, que deu início ao

povoamento da localidade, dois anos mais tarde. Primeira capital do arquipélago de Cabo Verde, até 1770, a Ribeira Grande de Santiago foi elevada a cidade em 1533, altura em que contava com cerca de 500 habitantes, um quarto dos atuais.

CABO VERDE PESQUISADO SÍTIO HISTÓRICO DA CIDADE VELHA

À descoberta da primeira capitalAs investigações centram-se em dois locais onde se encontram importantes registos dos séculos XV/XVI e XVII

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