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HOMILÉTICA [a arte de preparar e pregar sermões] DEFINIÇÃO DO TERMO O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa, multidão assembléia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar. O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar". A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de Homilética. Vejamos algumas definições que envolve essa matéria: Discurso - Conjunto de frases ordenada faladas em público. Homilética - É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão. Oratória - Arte de falar ao público. Pregação - Ato de pregar, sermão, ato de anunciar uma notícia. Retórica - Conjunto de regras relativas a eloquência; arte de falar bem. Sermão - Discurso cristão falado no púlpito.

HOMILÉTICA

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Aprenda a arte de pregar

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Page 1: HOMILÉTICA

HOMILÉTICA   [a arte de preparar e pregar

sermões]

 

DEFINIÇÃO DO TERMO

O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa, multidão assembléia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar.

O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar".

A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de Homilética.

Vejamos algumas definições que envolve essa matéria:

Discurso - Conjunto de frases ordenada faladas em público.

Homilética - É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão.

Oratória - Arte de falar ao público.

Pregação - Ato de pregar, sermão, ato de anunciar uma notícia.

Retórica - Conjunto de regras relativas a eloquência; arte de falar bem.

Sermão - Discurso cristão falado no púlpito.

FINALIDADE

O estudo da Homilética abrange tudo o que tem a ver com a pregação e apresentação de práticas religiosas: como preparar e apresentar sermões de maneira mais eficaz.

IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA

Sendo a HOMILÉTICA a "Arte de Pregar", deve ser considerada a mais nobre tarefa existente na terra. O próprio Jesus Cristo em Lucas 16 : 16 disse: Ide pregai o evangelho...

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Quando a Homilética é observada e aplicada, proporciona-se ao ouvinte uma melhor compreensão do texto.

A observação da Homilética traz orientação ao orador.

A ELOQUÊNCIA

ELOQUÊNCIA   é um termo derivado Latim Eloquentia que significa: Elegância no falar, Falar bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer. É a soma das qualidades do pregador.

Não é gritaria, pularia ou pancadaria no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a comunicação; portanto deve observar o seguinte:

1. Voz - A voz, é o principal aspecto de um discurso.

Audível Todos possam ouvir.

Entendível Todos possam entender. Pronunciar claramente as palavras. Leitura incorreta, não observa as pontuações e acentuações.

2. Vocabulário - Quantidade de palavras que conhecemos.

Fácil de falar - comum a todos, de fácil compreensão - saber o significado

Evitar as gírias, Linguagem incorreta, Ilustrações impróprias.

ALGUMAS REGRAS DE ELOQUÊNCIA

- Procurar ler o mais que puder sobre o assunto a ser exposto.

- Conhecimento do publico ouvinte.

- Procurar saber o tipo de reunião e o nível dos ouvintes.

- Seriedade pois o orador não é um animador de platéia.

- Ser objetivo, claro para não causar nos ouvintes o desinteresse.

- Utilizar uma linguagem bíblica.

- Evitar usar o pronome EU e sim o pronome NÓS.

A POSTURA DO ORADOR

É muito importante que o orador saiba como comportar-se em um púlpito ou tribuna. A sua postura pode ajudar ou atrapalhar sua exposição.

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A fisionomia é muito importe pois transmite os nossos sentimentos, Vejamos :

- Ficar em posição de nobre atitude.

- Olhar para os ouvintes.

- Não demonstrar rigidez e nervosismo.

- Evitar exageros nos gestos.

- Não demonstrar indisposição.

- Evitar as leituras prolongadas.

- Sempre preocupado com a indumentária. ( Cores, Gravata, Meias )

- Cabelos penteados melhora muito a aparência.

- O assentar também é muito importante.

Lembre-se que existem muitos ouvintes, e estão atentos, esperando receber alguma coisa boa da parte de Deus através de você.

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SERMÃO

O sermão é caracterizado como um bom sermão não pela sua extensão e nem mesmo pelas virtudes do pregador, sejam intelectuais ou morais, mas pelas qualidade do sermão:

1. UNÇÃO

Todo sermão deve ter inspiração divina. Um sermão sem unção, ainda que tenha uma excelente estrutura, não apresentará poder para conversão, consolação e edificação.

Devemos lembrar que ao transmitir um sermão estamos não estamos transmitindo conhecimento humano mas a Palavra de Deus e esta é a única que penetra até a divisão da Alma e Espírito, portanto é fundamental a unção.

2. FIDELIDADE TEXTUAL

Fidelidade textual é importante, visto que os ouvintes estão atentos ao texto de referência ou ao tema escolhido. Há muitos pregadores que tomam um texto como referência e depois esquecem dele.

3. UNIDADE

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Todo sermão tem um objetivo a ser alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um único alvo.

"Há sermões que são uma colcha de retalho, uma verdadeira miscelânea de assuntos, idéias e ensinos".

4. FINAL

Tudo tem um começo e um final. O Pregador deve ter em mente que o ouvinte está se alimentando espiritualmente.

Um sermão bem terminado será muito produtivo ao ponto de despertar o desejo de querer ouvir mais.

RECOLHENDO MATERIAL

Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais instrução tem uma pessoa, tanto mais condições terá para preparar e apresentar sermões.

Toda pessoa que deseja ocupar-se na obra do Senhor, e especialmente falar diante do público, deve formar paulatinamente uma biblioteca segundo suas capacidades mentais e financeiras.

Os quatro primeiros livros a serem adquiridos e que dever servir como base da sua biblioteca são: Bíblia de estudo; Dicionário bíblico; Concordância; Um comentário bíblico. Depois pode ir adquirindo outros, de acordo com as necessidades.

COMO PREPARAR UM SERMÃO

 1. DESCOBRIR O PENSAMENTO CENTRAL

O pensamento central é a mensagem, ou seja, é o Tema. Sempre procurar definir o tema no sentido positivo. Será que existe Deus ? é um tema indesejado pois suscitam mais dúvida do que fé. Como ser curado ? é um tema sugestivo pois fortifica a fé.

Em alguns casos o pregador fala o título (Tema ) da pregação outras vezes não é necessário porém no esboço é aconselhável colocar.

O orador deve ser um homem de Deus e que possui a mensagem de Deus e esta deve ter com fonte as Sagradas Escrituras.

O Título pode ser:

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Imperativo Quando sugere uma ordem. ( Ide Marcos 16:15 )

Interrogativo Quando sugere uma pergunta. (Que farei de Jesus? Mt.27:22)

Enfático Quando é reduzido. ( Amor, Fé )

A mensagem pode Ter várias origens :

Através da leitura da Bíblia.

A Bíblia contém argumentos, respostas, exemplos, e ensinamentos para todos os seres humanos.

Cristo usou a Palavra de Deus ( Bíblia ) para combater a Satanás. A Palavra de Deus é a primeira fonte do pregador. Como fonte de inspiração para nossos sermões devemos observar os recursos internose os externos.

As literaturas religiosas e não religiosas.

Todas as literaturas podem ser fontes de inspiração para o pregador desde que esteja sob a orientação do Espírito Santo.

As fontes podem ser: jornais, revistas etc. Os livros religiosos são boas fontes de inspiração pois constitui também na Palavra de Deus.

Em uma observação.

É uma rica fonte de inspiração, desde que o pregador esteja atento, pois Deus pode transmitir uma mensagem de várias maneiras.

Mateus 6:28 E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; o pregador deve observar : Rios, pedras , árvores, animais, etc.

Através da oração;

Na letra de um hino;

Em obras literárias (religiosa ou não ).

2. PREPARAR A INTRODUÇÃO

É o início da pregação.

O ideal é que a introdução seja algo que prenda logo a atenção dos ouvintes, despertando-lhes o interesse para o restante da mensagem.

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Pode até começar com uma ilustração, um relato interessante, porém sempre ligado ao tema do sermão.

Um outro recurso muito bom é começar com uma pergunta para o auditório, cuja resposta será dada pelo pregador durante a mensagem. Se for uma pergunta interessante, a atenção do povo esta garantida até o final do sermão.

A introdução produz a primeira impressão aos ouvintes e esta deve ser boa.

Não é aconselhável ultrapassar os cinco minutos.

Nunca ( em hipótese alguma ) dizer que não está preparado ou foi surpreendido.

3. ESCOLHA DO TEXTO

É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão porém adequado. Vejamos o tipo de textos que devemos evitar:

Textos longo Cansam os ouvintes. ( Salmo 119 )

Textos obscuro Causam polêmicas no auditório. ( I Cor. 11:10 Véu)

Textos difíceis Os ouvintes não entendem. ( Ef. 1:3 Predestinação )

Textos duvidosos " E Deus não ouve pecadores" ( João 9:31 )

Texto é importante porque ?

- O texto chama a atenção dos ouvintes.

- O texto desperta o interesse em conhecer a Palavra de Deus.

- O texto ajuda na exposição do sermão.

- O texto facilita ao ouvinte entender o assunto exposto.

Devemos escolher o texto em toda a Bíblia e não somente no Novo Testamento.

4. ESCOLHER O MÉTODO APROPRIADO

De posse do pensamento central e o texto escolhido, deve-se determinar o método a ser utilizado. Existem muitos textos e temas que permitem a escolha de qualquer um dos métodos, porém há temas que não permitem.

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CLASSIFICAÇÃO DO SERMÃO

O sermão é classificado por duas formas, a saber : pelo assunto ou pelo método, podendo ser discursivo ou expositivo.

1. Pelo assunto

- Doutrinário. É aquele que expõe uma doutrina. ( Ensinamento )

- Histórico. É aquele que narra uma história.

- Ocasional. É aquele destinados a ocasiões especiais.

- Apologético. Tem a finalidade de fazer apologia. ( defender )

- Ético. É quando exalta a conduta e a vida moral e ética.

- Narrativo Quando narra um fato, um milagre.

- Controvérsia tem por finalidade atacar erros e heresias.

2. Pela método

- Topical ou Temático.

É aquele onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem derivar do tema.

A melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido, tais como: Por que? Como? Quando? O Que? Onde?

- Textual.

São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um método muito bom, pois oferece aos ouvintes a oportunidade de acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.

- Expositivo.

Quando os textos são longos. Este pode expor uma história ou uma doutrina. ( Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado)

Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui indica a extensão do texto.

DIVISÃO DO SERMÃO

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O Sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do assunto que vai ser apresentado:

1. Introdução ( Exórdio )

Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser apresentado e também para o pregador.

Tem que ser apropriado e deve estar relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão.

Neste momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial teve ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio.

Deve ser breve, é muito importante pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes. Pode conter : o anúncio do tema, texto a ser lido.

2. Texto

É trecho lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, uma frase ou até mesmo uma palavra.

Quando o texto é bem escolhido o pregador desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Não devemos escolher textos proferidos por homens ímpios ou por Satanás. Escolha textos que tragam estímulo, lição etc. Evite textos que provoquem repugnância, gracejos ou que descrevem cenas da vida sexual.

3. O corpo

É a parte mais linda porque aqui se revela a Mensagem como Deus que dar.

É o mesmo que desenvolvimento do sermão.

O corpo é a seqüência das divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões (quanto mais divisões mais complexo ficará o sermão) e ainda conter subdivisões.

Deve chamar à consciência dos ouvinte para colocar em prática os argumentos expostos.

O pregador deve saber colocar em ordem as divisões ou seja os pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, convém ordenar os pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte.

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Esta é uma regra geral que pode ser aplicada a todos os pontos de ensinamento.

4. Conclusão

A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com encerramento abrupto é desaconselhável.

A conclusão deve ser breve e objetiva. É um resumo do sermão, uma recapitulação e reafirmação dos argumentos apresentados.

Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a mensagem transmitida.

ILUSTRAÇÃO

A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da Palavra de Deus.

A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade.

As ilustrações também ajuda na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando "histórias".

Vamos comparar dois pregadores que estarão explicando o que é Ter fé.

Primeiro Pregador.

Ter fé é uma atitude da mente, da vontade, das emoções, em que todo o ser humano, conscientemente e inconscientemente, resolve comportar-se de acordo com certas verdades, percebidas primeiramente pela mente, depois sentidas...

Segundo Pregador.

Um homem está se afogando. Ele grita desesperadamente e de repente vê a bóia que alguém lhe jogou. Com toda a força a agarra. Imediatamente se apóia nela. Está salvo! Isso é Ter fé.

Existem basicamente dois tipos de ilustrações.

Comparação da verdade que se deseja ilustrar com outra coisa ou situação bem conhecida, que seja semelhante, ex. " Eu sou o pão da vida ".

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Caso concreto da idéia geral que se quer ilustrar, ex. " Paciência de Jó ".

APLICAÇÃO

É a arte de persuadir e induzir os ouvintes a entender e colocar em prática em sua vida. Pode ser feita ao final de cada divisão ou de acordo com a oportunidade.

Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à consciência e aos sentimentos dos ouvintes

ENTREGANDO O SERMÃO

Para os que não estão acostumados a pregar, um dos problemas mais críticos é o nervosismo, sentem-se amedrontados, começam a tremer e transpirar, pensam que não vão achar o que dizer, ou vão esquecer-se e etc.

Não são apenas os novatos que sentem medo, ainda existem muitos com experiência que se sentem assim.

Apresentaremos 3 passos importante que o pregador deve dar para amenizar o nervosismo durante a pregação:

1. Respirar forte e relaxar,

2. Orar e crer no Senhor,

3. Estudar bem a mensagem.

Existem pregadores que cansam os ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até pela imprudência.

Há também aqueles que se movimentam como fantoches ou ficam estáticos como múmias.

Se puder não ultrapasse aos 45 minutos, procure evitar ultrapassar os limites, observe o auditório, não julgue que todos estão gostando pois o "Amém, Amém" talvez seja para parar.

Procure olhar nos olhos das pessoas e nunca ficar olhando somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio, parede, janelas, pés, teto ou ficar com os olhos fechados.

MÉTODO DE PREPARAR E PREGAR SERMÕES

Existem três métodos pelos quais os pregadores podem preparar e pregar:

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1 - Escrever e ler o sermão

Traz habilidade ao pregador em escrever, ter um estilo sempre correto, perfeito e atraente, visto que emprega as palavras com bastante cuidado e segurança.

Conserva melhor a unidade do sermão, evitando assim que o pregador vá para o púlpito nervoso e preocupado com vai falar.

Pode citar os textos bíblicos com bastante precisão, e gasta menos tempo em dizer o que tem a transmitir.

O pregador deve ter cuidado pois este método traz alguma desvantagem tais como:

Muito tempo para escrever, fica preso a leitura e pode perder o contato com os ouvintes, não é simpático ao povo e nem todo pregador sabe ler de maneira que impressione.

2 - Escrever, decorar e recitar o sermão

Possui muitas vantagens como exposto no método anterior, tem mais vantagem porque exercita a desenvolver a memória, e deixa o pregador livre para gesticular, parece mais natural.

Cuidado deve ser tomado pois o pregador pode esquecer uma palavra ou frase, pondo assim em perigo todo o sermão é cair em descrédito.

3 - Preparar um esboço e pregar

O pregador gasta menos tempo em preparar o sermão, habitua-se a desenvolver o pensamento e fica-se livre para gesticular.

O pregador fica livre para usar sua imaginação, criatividade e usar ilustrações que se lembrar no momento, também pode expandir seu temperamento emocional.

Este é o método mais utilizado na oratória.

Cuidados também devem ser tomados pois o pregador perde o hábito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e esquecer o tema e o estilo não é tão apurado e elegante como os escrito.

ESTUDO BÍBLICO

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Consistem os estudos bíblicos em escolher uma idéia central e depois, através da Bíblia, fazer um estudo das passagens que se relacionam com a idéia central. Para se conseguir isso, geralmente se necessita de uma concordância.

O segundo passo é escolher e determinar os pensamentos que vão ser usado como divisões do tema.

Depois escolher, dentre os muitos textos relacionados com o assunto, quais vão ser usados no desenvolvimento da exposição.

Geralmente se usa um ou dois textos, dos mais importantes e claros, no desenvolvimento de cada divisão.

Para desenvolver de maneira contínua a mensagem, e não ter que parar para procurar as passagens na Bíblia, convém copiá-las no esboço.

Essa forma de exposição tem muito valor, porque apresenta o ensinamento global da Bíblia referente a um assunto, e é fácil de se desenvolver.

PREPARANDO SERMÕES

1. Sermão Topical ou Temático.

Como já estudamos, o sermão Topical é aquele cuja as divisões e derivada do Tema. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão Topical é a utilização das perguntas básicas ?

Porque ? Quando ? Como ? Onde? O que ?

Confissão

I João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

I - O que devemos confessar ?

A ) Nossos pecados

B ) O Nome de Jesus

C ) O poder de Deus

II - Como confessar ?

A ) Com sinceridade

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B ) Com fé

III - Quando devemos confessar ?

A ) Agora mesmo

B ) Ao ouvir a Palavra de Deus

IV - Qual o resultado da confissão ?

A ) Paz

B ) Perdão

C ) Comunhão

Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .

Tema: O Cristo que não muda

Texto: Hebreus 13:8 Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.

I - O que não muda em Cristo ?

 

 

 

II - Por que não há mudança em Cristo ?

 

 

 

Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos

Tema : O Cristo Maravilhosos

Texto : Isaias 9:6 E o seu nome será Maravilhos.

2. Sermão Textual

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Como já estudamos, o sermão textual é aquele cuja as divisões e derivada do texto.

Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento é utilizar as divisões do próprio texto.

A entrada

João 10:9 Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á

I - Eu sou a porta.

A ) Da Salvação

B ) Da felicidade

C ) Estreita

II - Se alguém entrar por Mim

A ) Não há acepção de pessoas

B ) A única entrada

III - Salvar-se-á

A ) Uma decisão própria

B ) Da perdição eterna

Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .

A postura do cristão

Salmo 1:1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

I - Bem-aventurado

 

 

 

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II - O varão que não anda segundo o conselho dos ímpios

 

 

 

III - Nem se detém no caminho dos pecadores

 

 

 

IV - Nem se assenta na roda dos escarnecedores

 

 

 

Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos

Tema : Olhar para Jesus

Texto: Hebreus 12:2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé...

3. Sermão Expositivo

Como já estudamos, o sermão expositivo é aquele cuja as divisões estão inseridas no fato narrado. Uma forma lógica e prática para o desenvolvimento de um sermão é a descrição do episódio.

O encontro com a vida

Lucas 7:11-17

I - A multidão que seguia a Jesus

A ) Pessoas desejosas

B ) Pessoas com esperanças

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C ) Pessoas alegres

II - A multidão que seguia a viúva

A ) Pessoas entristecidas

B ) Pessoas sem esperanças

C ) Pessoas inconformadas

III - O encontro da vida com a morte

A ) A vida é uma autoridade

B ) A morte se curva ante a vida

IV - O resultado do encontro

A ) A ressurreição do jovem

B ) A alegria da multidão entristecida

C ) A edificação da multidão que seguia Jesus

D ) A conversão de muitos

Desenvolver o sermão abaixo com as divisões já definidos, em grupo de 3 alunos .

A mulher Samaritana

Texto: João 4:1-42

I - O encontro com a mulher

 

 

 

II - O diálogo

 

 

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III - O testemunho da mulher

 

 

 

IV - O resultado do testemunho

 

 

 

Desenvolver o sermão abaixo com o tema e texto definido, em grupo de 3 alunos

Tema : A cura de Naamã

Texto : II Reis 5:1-14

CURSO RÁPIDO DE HOMILÉTICAPreparado por: Rev. Hélio Gomes Paulo

 

I – INTRODUÇÃO

A pregação é um milagre duplo. O primeiro milagre é Deus usar um homem imperfeito, pecador e cheio de defeitos para transmitir Sua perfeita e  infalível  Palavra.  Trata-se de um Ser perfeito usando um ser  imperfeito como seu porta-voz.  Só um milagre pode tornar  isso possível.  O segundo milagre é Deus fazer com que os ouvintes aceitem o porta-voz imperfeito, 

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escutem   a  mensagem   por   intermédio   do   pecador   e,   finalmente,   sejam transformados por essa mensagem. Esse é o grande milagre da pregação.

            As técnicas são indispensáveis para uma boa pregação. Embora todas as técnicas ajudem o pregador, porém, não fazem dele um pregador. Par ser um bom pregador é preciso ter a técnica e algo mais. Esse algo mais é o milagre do Espírito Santo. O pregador deve orar, meditar e se colocar inteiramente nas mãos de Deus, para então, depois disto, pregar.            A leitura é uma parte importante do sermão. Ela deve ser bem feita, observando as pontuações estabelecidas, com suas pausas e mudança de personagem. O pregador precisa manter o contato com o público através do olhar, se fazendo próximo dos ouvintes. 

II – DEFINIÇÃO DE HOMILÉTICA             Homilética   é   a   arte   de   pregar.   Esse   termo   tem  origem  no   verbo grego homiléo, que quer dizer conversar.

 

III – REQUISITOS ESSENCIAIS DO SERMÃO            Dividem-se em dois grupos: os que são comuns a todos os discursos, a saber: ponto, unidade, ordem e movimento; e os que são peculiares ao sermão, a saber: fidelidade textual, tom evangélico e elemento didático. 

IV – QUALIDADES DO PREGADOR1 – Fidelidade a Deus;                         6 – Observação;                                     11 – Bom vocabulário;

2 – Caráter;                                         7 – Capacidade de síntese                     12 – Humildade.

3 – Entusiasmo;                                   8 – Imaginação e criatividade; 

4 – Determinação;                               9 – Memória;

5 – Sensibilidade;                                10 – Boa aparências;

 

V – O AUDIOVISUAL DO PREGADOR“O coração alegre aformoseia o rosto...” (Provérbio 15.13a)

1 – Expressão corporal;

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2 – O olhar e a expressão fisionômica: “O grande orador romano Cícero (106-43 a.C.) declarou: na locução, em seguida à voz e à eficácia, vem a fisionomia; e esta é dominada pelos olhos. O poder da expressão do olhar humano é tão grande  que,   de   certa  maneira,   ele  determina   a   expressão  do   semblante todo”;

3 – O sorriso;                                      6 – O volume;

4 – Tom de voz;                                  7 – A velocidade;

5 – A dicção (s, r, l);                           8 – A respiração.

 

VI – COMO PREGAR O QUE INTERESSA1 – Conheça seu objetivo;

2 – Conheça seus ouvintes;

-         Preparar   a   pregação   de   acordo   com   o   ambiente:   jovens,   idosos, mulheres (SAF), homens (UPH), crentes, não crentes, aniversário etc – Idade, sexo, ambiente sociocultural.

 

VII – NÃO PREGUE NO ESCURO“O melhor orador é aquele que transforma os ouvidos em olhos”

Fontes de ilustrações:

a)      A observação;

b)      A natureza (ex.: plantas, animais etc);

c)      A experiência pessoal;

d)      A experiência da Igreja;

e)      A Bíblia;

O pregador deve estar sempre atento as notícias, fatos acontecidos recentes. A ilustração é um ponto chave do sermão.

Obs: Não conte casos de pessoas, para não ferir a intimidade. Não demore muito na ilustração, ela deve ser rápida e clara.

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VIII – O QUE DEVE SER EVITADO NA PREGAÇÃOa)      Gírias;

b)      Muita gesticulação;

c)      Desrespeitar o auditório;

d)      Jogar indiretas para alguém;

e)      Tomar cuidado com a falsa humildade;

f)        A arrogância;

O púlpito é lugar de pregar a Palavra de Deus.

 

IX – SERMÕES QUE ATRAPALHAM O CULTO      Sermão sedativo (faz dormir);

      Sermão insípido (sem sabor);

      Sermão  indiscreto (fala  de coisas apropriadas para qualquer  ambiente, menos para a igreja, onde as pessoas estão famintas do pão da vida);

      Sermão reportagem (fala de tudo, menos da Bíblia);

      Sermão marketing (é usado para promover e divulgar projetos da igreja);

      Sermão metralhadora (atira para todos os lados).

 

X – PARTES CONSTITUTIVAS DO SERMÃOTrata-se das divisões do sermão ou das partes de que ele se compõe.

1)      Exórdio (introdução);

2)      Exposição (explicação, narração);

3)      Proposição (tema);

4)      Argumentação (demonstração);

5)      Peroração (conclusão).

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XI – SERMÃO PROPRIAMENTE DITOSermão de 20min.

Modelo: Introdução (3min.);

               Desenvolvimento (15min.);

               Conclusão (2min.).

 

XII – INTRODUÇÃO

Você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão.

     A introdução é o aperitivo da refeição;

     A introdução deve ganhar a simpatia do ouvinte e despertar interesse pelo tema, desafiando o pensamento do ouvinte. Se o pregador não conseguir isso na introdução é quase impossível consegui-lo depois;

Obs.: Evite falatórios ou anúncios. Evite longas histórias. Seja claro e objetivo, evitando piadas, expressões rotineiras etc.

 

XIII – CONCLUSÃO

É a sobremesa do sermão. Um bom almoço termina com uma excelente sobremesa, dando um toque final no almoço, deixando um sabor delicioso na boca.

     Não anuncie a conclusão;

     Tenha cuidado para não se alongar muito;

     Conclua na hora certa;

     Não inclua matéria estranha.

 

XIV – CORPO DO SERMÃO

     Unidade absoluta;

     A escolha de um tema exige bastante estudo:

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Escolha do texto sobre o qual você deseja falar (não escolha textos complicados);

Faça uma boa pesquisa sobre este assunto;

Estabeleça a idéia central, única, que vai governar a construção do sermão;

     Tenha propósitos claros;

     Divisões paralelas;

     Progressão das idéias.

Obs.: Nunca deixe de fazer um esboço do sermão.

 

XV – TIPOS DE SERMÃO1) Sermão temático (falar em cima de um tema);2) Sermão textual (usar o texto);3) Sermão expositivo (usar o texto fazendo todo o levantamento); Obs.: Quando escolher um texto, leia algumas capítulos antes e alguns capítulos depois. Não fale o que o texto não fala. Familiarizar-se com texto, lendo-o várias vezes, destacando, principalmente, os verbos, sujeitos e termos de ligação.

 

XVI – COLOQUE O SERMÃO NO DIA-A-DIA DAS PESSOAS

Com linguagem atual, realismo, coerência e objetividade;

Certo pregador falava em um acampamento de jovens sobre “auto-estima em Cristo”. Ele desenvolveu a idéia de que uma palavra de elogio e apreciação faz bem e desenvolve a auto-estima. Na aplicação final, distribuiu etiquetas adesivadas e pediu que cada jovem escrevesse ali algo de bom que apreciava em algum amigo presente. Foi uma aplicação fortíssima. Depois, num apelo bem descontraído, pediu que os jovens se levantassem e colocassem as etiquetas na camisa do amigo a quem o elogio se referia. Com descontração e alegria os jovens tocaram elogios entre si. O pastor que estava presente recebeu um elogio bem humorado de um rapaz. O jovem brincalhão colocou nele um adesivo que dizia: “pastor, aprecio muito a sua filha”. 

XVII – TIPOS DE APLICAÇÃOa)      Direta;

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b)      De interrogação;

c)      Aplicação indireta;

d)      Testemunho pessoal.

 

XVIII – APROVEITE O MEDOA) PesquisaUma pesquisa feita pela revista Veja, com três mil pessoas, com o título: “de que você tem mais medo?”, revelou o seguinte:Falar   em   público:   41%;  medo   de   altura:   32%;   insetos:   22%;   problemas financeiros: 22%; águas profundas: 22%; doença: 19%; morte: 19%; viagem aérea:   18%;   solidão:   14%;   cachorro:   11%;  dirigir   ou  andar  de   carro:   9%; escuridão: 8%; elevadores: 8% e escada rolante: 5%

 

B) Como lidar com o medo       Lembre-se de que você não é o único;

       Não tenha medo do medo. Se não tiver medo do medo, você terá um medo a menos. Isto é, o medo se reduz pela metade. Basta pôr na cabeça que o medo faz parte da natureza humana;

       Aproveite seu medo. O medo e o nervosismo indicam que o seu corpo está se preparando para entrar em ação;

       Resolva correr o risco. Não tenha medo de fracassar. Diz um pensamento: “o risco do fracasso é o preço do sucesso”. Só obtém sucesso quem corre o   risco   de   fracassar.   E   se   cometer   alguns   erros   ou  mesmo   chegar   a fracassar  algumas  vezes,  qual  é  o  problema? Perder  uma batalha  não significa perder a guerra. Tente outra vez. Assuma o fato de que falar é importante e necessário para você, ainda que cometa erros;

       Abraão Lincoln é um exemplo típico de sucesso construído em cima de fracassos:

-         Perdeu o emprego em 1832;

-         Derrotado na legislatura de Linois em 1834;

-         Fracassou nos negócios pessoais em 1833;

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-         Morre-lhe a eleita do coração em 1835;

-         Sofreu de uma enfermidade em 1836;

-         Derrotado novamente na legislatura de Linois em 1838;

-         Derrotado na indicação para o Congresso em 1844;

-         Perdeu a segunda indicação em 1848;

-         Derrotado para o Senado em 1854;

-         Derrotado para a indicação de vice-presidente em 1856;

-         Novamente derrotado para o Senado em 1858;

-         Eleito presidente dos Estados Unidos em 1860!

 

C) Use a descontração         Alguns   exercícios   antes   de   falar   podem   ajudar.   Use   a   respiração 

profunda, várias vezes;

         Procure descontrair os ouvintes usando uma boa pitada de humor;

         Conta-se que Abraão Lincoln estava muito nervoso ao participar de um debate político. Seu oponente, que o antecedeu, acusou-o com sarcasmo de ter duas caras. Assim que o rival terminou, Lincoln levantou-se para falar. Como tinha a fama de ser muito feio, Lincoln começou o discurso com   estas   palavras:   “acham   vocês   que   se   eu   tivesse   duas   caras   iria aparecer em público  logo com essa?” A risada foi  geral,  e,  dizem, que Lincoln começou a ganhar o debate com essa frase;

         Prepare-se.  O melhor remédio contra o medo e o nervosismo é estar bem-preparado e saber o que vai dizer;

         Mantenha pensamentos  positivos.  O auditório  não está  ali  para vê-lo fracassar,  mas,   sim,   para   ouvi-lo.   Se   não   acreditassem  em   você,   não ficariam para escutá-lo;

         Seja perseverante. O exemplo mais clássico é o de Demóstenes. Conta-se que a primeira vez em que ocupou uma tribuna deixou-a sob as vaias da platéia,   porque   tinha   cacoetes   e   problemas   de   dicção.  Mas,  mesmo 

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derrotado pela tribuna, não foi derrotado por si mesmo. Para corrigir os cacoetes, discursava em casa com uma espada pendurada apontada para o ombro, e cada vez que o ombro se erguia nevorsamente, era ferido pela espada, até que o reflexo condicionado corrigiu o defeito. Para corrigir a dicção, discursava com a boca cheia de seixos (fragmento de pedra ou roxa), para aprender a controlar a língua. Não foi por acaso que se tornou o maior orador de todos os tempos;

         Esteja aberto as críticas e persevere até o fim.

 

Referências bibliográficas

Marinho, Robson Moura. A Arte de Pregar: a comunicação na homilética. 1ª edição, São Paulo-SP, Vida Nova, 1999, 192p.

 

Gouveia,   Herculano.   Jr. Lição   de   Retórica   Sagrada.   Seminário   do   Sul, Campinas, São Paulo-SP, 1974, 99p.

 

Anexo

Sermão desenvolvido pelo Rev. Hélio Gomes Paulo.

 

1ª Coríntios 12.12-27

Introdução:   Valorização   do   corpo.   Importância   da   saúde:   academia, caminhada,  dietas  etc.  Há também a valorização da beleza  (aparência).  A pessoa é valorizada pelo que aparenta;

Explicação:

        Paulo pega a figura do corpo humano (pessoa) para ilustrar a unidade na Igreja,   “assim  também com respeito  a  Cristo”   (v.12);  este  não  divide, congrega, em Cristo somos unidos;

        A questão do corpo (e suas partes) é importante para a teologia de Paulo, no   sentido   de   instruir   uma   Igreja   com   sérias   dificuldades   de relacionamentos;

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        A   cidade   de   Corinto   segue   uma   relação   hierárquica:   autoridade   e subordinação.  Qualquer   alteração   era   considerada   revolta.   O   homem determinava a religião da esposa, filhos e escravos;

        O cristianismo muda essas relações e traz a valorização das pessoas e suas relações. A comunidade cristã sofre tensões diante do esforço de fazer todas as pessoas parte do corpo de Cristo;

 

Tema: “Nós fazemos parte do corpo de Cristo” 

1 – Porque fomos incluídos neste corpo

        Houve uma inclusão das pessoas na Igreja, quando foram batizadas, quer judeus, quer gregos (v.13);

        Deus  nos   incluiu  e  não  nos  excluiu.  No  entanto,  parece  que  nós  nos excluímos (quando nos afastamos da Igreja);

        Paulo coloca a questão do batismo como entrada no corpo de Cristo (na Igreja). Calvino diz: “através do batismo somos enxertados no corpo de Cristo, de modo a vivermos unidos e nutrindo-nos de uma só vida”;

        Ele está falando do batismo de crentes, o qual se torna eficaz pela ação da graça   do   Espírito.   Contudo,   para   que   ninguém   suponha   que   isso   é efetuado pelo símbolo externo, o apóstolo acrescenta que ele é obra do Espírito santo;

        A questão fundamental é que somos unidos a Cristo, pela inclusão em seu corpo (a Igreja). Por isso, devemos permanecer unidos (incluídos) e não excluídos (afastados);

2 – Embora sejamos diferentes

        O corpo  é  um organismo  vivo,   contendo  muitas  partes  distintas,   que unidas umas as outras fazem parte do todo; muitos e diferentes, porém iguais diante de Deus. A diferença não nos exclui da comunidade, mas precisa completar e enriquecer;

        Como pessoas temos nossas diferenças. Como criaturas de Deus somos iguais. Diferentes   em   funções   desempenhadas, mas   iguais   na fé 

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partilhada.  Se   fossemos  iguais,  onde estaria  a  diferença.  Ser  diferente também é normal (Propaganda da síndrome de Dwal);

        Convivemos com pessoas: com suas histórias, suas angústias, seus sonhos etc. Cada sonho vivido junto, na comunidade, torna-se real;

        No v. 18 Paulo diz que “mas Deus dispôs os membros...” Ele é quem fez a boca, a mão etc. Deus, através do Espírito é quem nos deu o dom para trabalhar na Igreja. Essas diferenças não podem nos atrapalhar. Qualquer membro  que  fica  descontente  com sua  própria  posição  está   travando guerra com Deus. Devemos aceitar sua vontade e fazer a nossa função: quer seja de boca, mão, pé, olho, coração etc. Cada membro deve viver contente com sua posição e não com inveja ou dizendo que não faz parte do corpo (da Igreja) (v.15 “não sou do corpo...”);

 

3 – Para cooperar com este corpo

        Enquanto   a   Igreja   existir   os   membros   devem   cooperar   com   o   seu desenvolvimento (crescimento);

        O corpo é único (v.20) e deve haver cooperação para ter desenvolvimento (v.21), pois um precisa do outro;

        Os membros inferiores são tão necessários quanto os superiores (v.24). Os membros devem cooperar uns com os outros (v.25);

        Ex.: o cérebro emite uma ordem para os pés andarem, as mãos pegarem o alimento, a boca mastigar, o estômago digerir, as veias conduzirem o alimento e nutrir todo o corpo. Se o pé não quiser fazer, a mão não pegar, a boca não comer etc., todo o corpo sofre (v.26);

        A Igreja caminha quando todas as partes se movimentam e colaboram neste   andar.   Quando   um   sofre   todos   sofrem   e   não   torcem   pelo sofrimento do outro.

 

Conclusão        Revisão do tema e dos pontos;

        Aplicação: Qual é a sua função no corpo? Seja qual for, coopere sempre

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