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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL HUGO PANTOJA HAGMANN BENTES CÁLCULO DE DEFORMAÇÕES ATRAVÉS DO MÉTODO DE CORRELAÇÃO DE IMAGENS FORTALEZA 2010

HUGO PANTOJA HAGMANN BENTES - DEECC - Departamento de ... · Método de Correlação de Imagens pode ser aplicado em ensaios de laboratórios visando à caracterização de materiais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL

HUGO PANTOJA HAGMANN BENTES

CÁLCULO DE DEFORMAÇÕES ATRAVÉS DO MÉTODO DE CORRELAÇÃO DE IMAGENS

FORTALEZA

2010

ii

HUGO PANTOJA HAGMANN BENTES

CÁLCULO DE DEFORMAÇÕES ATRAVÉS DO MÉTODO DE CORRELAÇÃO DE IMAGENS

Monografia submetida à Coordenação do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil. Orientadora: Prof. D. Sc Tereza Denyse P. Araújo

FORTALEZA 2010

B419c Bentes, Hugo Pantoja Hagmann Cálculo de deformações através do método de correlação de imagens / Hugo Pantoja Hagmann Bentes. – Fortaleza, 2010.

63 f. il.; color. enc.

Orientadora: Profa. Dra. Tereza Denyse Pereira de Araújo Monografia (graduação) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Tecnologia. Depto. de Engenharia Estrutural e Construção Civil, Fortaleza, 2010.

1. Edifícios-especificações 2. Construção-correlação de imagens I. Araújo, Tereza Denyse Pereira de Araújo (orient.) II. Universidade Federal do Ceará – Graduação em Engenharia Civil. III. Título

CDD 620

iv

RESUMO

Na engenharia é de extrema importância o conhecimento do comportamento dos materiais quando submetidos a situações de uso. Um parâmetro de difícil obtenção, devido a sua pequena magnitude, é a deformação. O objetivo do presente trabalho será o cálculo e análise de deformações através do método de correlação de imagens. O método consiste na determinação do campo de deslocamentos realizando-se uma comparação entre duas imagens fotográficas obtidas em instantes diferentes de um ensaio. A obtenção dos deslocamentos é feita através do nível de cinza de diversos pontos de uma imagem e a deformação é obtida através de diferenciação discreta. Neste caso, será analisado um corpo de prova de concreto submetido à compressão axial e uma viga de concreto armado submetida à flexão. Através dos resultados obtidos, determinar-se-ão os parâmetros elásticos do material de forma pontual e identificar-se-ão regiões de fissuração que podem ocasionar a ruína do mesmo.

Palavras-chaves: Deslocamentos, Deformações, Pixel.

v

AGRADECIMENTOS

A DEUS pela vida e por tudo de bom que me propiciou e por ter me ajudado a

conquistar meus objetivos

Aos meus pais e meu irmão que mesmo estando distantes fisicamente, me deram amor

e apoio para encarar os desafios da vida.

Ao Reynaldo e Amanda que foram os meus irmãos durante esta estada em Fortaleza.

Ao tio Miguel e tia Zilma que me forneceram a oportunidade de morar e estudar no

Ceará

A todos os meus amigos do Acre que me propiciaram momentos de felicidades

durante as minhas férias.

Ao professor Hiluy que me deu a oportunidade de estudar na França e me apoiou

durante todo aquele período.

A todos os amigos que fiz durante a minha morada na França que tornaram aquele

período inesquecível.

A todos os amigos que fiz no Ceará, especialmente, Márcio, Isael, Cristóvao e William

que foram os maiores parceiros durante estes 5 anos.

A todos os amigos do meu prédio que foram as pessoas que me receberam de braços

abertos.

Ao professor Georg Koval que me auxiliou na disciplina de PRT no INSA de

Strasbourg e foi um grande colaborador para a realização deste trabalho.

Ao professores Joaquim e Magnólia pelo aprendizado fornecido nas aulas e no estágio.

Ao Ricardo e Marcelo pelo apoio durante o meu estágio na TUTTI Engenharia.

A todas as pessoas do CTE Strasbourg que me orientaram e me receberam de braços

abertos no período em que trabalhei lá.

À professora Tereza Denyse por ter me orientado durante esta monografia.

Ao Geovani por ter manipulado os equipamentos do laboratório de materiais da UFC e

ao Everton por ter cedido, gentilmente, a câmera fotográfica para a obtenção das fotos.

Aos professores que de forma direta ou indireta contribuíram para minha formação

pessoal e profissional.

A todos que contribuíram diretamente ou indiretamente para este trabalho.

Ao Ceará que me recebeu de braços abertos e fez este período inesquecível.

vi

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

1.1 MOTIVAÇÃO .................................................................................................................... 1 1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 2

1.2.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 2 1.3 OBJETIVO ESPECÍFICOS .................................................................................................... 2 1.4 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ................................................................................................ 2

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 3

2.1 DEFORMAÇÃO ................................................................................................................. 3 2.2 DEFORMAÇÕES PRINCIPAIS E CÍRCULO DE MOHR. ........................................................... 6 2.3 TEORIAS DE FALHA .......................................................................................................... 8 2.4 COEFICIENTE DE POISSON ................................................................................................ 9 2.5 CONCRETO ..................................................................................................................... 10 2.6 VELOCÍMETRO POR CORRELAÇÃO DE IMAGENS (CIV) .................................................. 11

2.6.1 Escala de cinza ..................................................................................................... 11 2.6.2 ZOI – Zona de interesse ....................................................................................... 12 2.6.3 Parâmetros de Entrada ........................................................................................ 16

3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 17

4 ENSAIOS ......................................................................................................................... 18

4.1 COMPRESSÃO AXIAL ...................................................................................................... 18 4.1.1 Compressão axial: fase elástica ........................................................................... 21 4.1.2 Compressão axial: fase plástica ........................................................................... 26 4.1.3 Compressão axial: Ruptura .................................................................................. 30

4.2 FLEXÃO PURA ................................................................................................................ 34

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 41

APÊNDICE A – CONVERSOR DE IMAGENS EM ESCALA DE CINZA .................... 42

APÊNDICE B – CÁLCULO DE DEFORMAÇÕES PRINCIPAIS NO MATLAB ......... 43

APÊNDICE C – CÁLCULO DE DEFORMAÇÕES E DESLOCAMENTOS NO MATLAB ................................................................................................................................. 49 

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1- Deformação normal média....................................................................................... 3 Figura 2.2 – Deformação Cisalhante .......................................................................................... 4 Figura 2.3 – Estado geral de tensões .......................................................................................... 4 Figura 2.4 – Deformação Cisalhante .......................................................................................... 5 Figura 2.5 – Estado plano de deformações ................................................................................. 7 Figura 2.6 – Círculo de Mohr ..................................................................................................... 7 Figura 2.7 – Envoltória de Rankine ............................................................................................ 8 Figura 2.8 – Envoltória de Mohr ................................................................................................ 9 Figura 2.9 – Escala de Cinza .................................................................................................... 11 Figura 2.10 – Imagem original ................................................................................................. 12 Figura 2.11 – Imagem codificada ............................................................................................. 12 Figura 2.12 – ZOI (Zone of interest) ........................................................................................ 13 Figura 2.13 – ZOI em uma imagem ......................................................................................... 13 Figura 2.14 – Comparação de ZOI da imagem original com a transformada. ......................... 14 Figura 2.15 – Cálculo do subpixel. ........................................................................................... 15 Figura 2.16 – Parâmetros do cálculo de deslocamentos ........................................................... 16 Figura 3.1 – Cálculo das deformações ..................................................................................... 17 Figura 4.1 – Corpo-de-prova e eixos coordenadas adotados .................................................... 18 Figura 4.2 – Imagem de referência ........................................................................................... 19 Figura 4.3 – Imagem transformada com compressão de 1% .................................................... 19 Figura 4.4 – Imagem transformada com compressão de 1% .................................................... 20 Figura 4.5 – Deslocamento horizontal ...................................................................................... 20 Figura 4.6 – Deslocamento vertical .......................................................................................... 21 Figura 4.7 – Região de análise do corpo-de-prova. .................................................................. 22 Figura 4.8 – Deslocamento horizontal ...................................................................................... 23 Figura 4.9 – Deformação horizontal ......................................................................................... 23 Figura 4.10 – Deformação principal 1 ...................................................................................... 24 Figura 4.11 – Deslocamento vertical ........................................................................................ 24 Figura 4.12 – Deformação vertical ........................................................................................... 25 Figura 4.13 – Deformação principal 2 ...................................................................................... 25 Figura 4.14 – Coeficiente de Poisson ....................................................................................... 26 Figura 4.15 – Região de análise – fase plástica ........................................................................ 27 Figura 4.16 – Deslocamento horizontal .................................................................................... 28 Figura 4.17 – Deformação Horizontal ...................................................................................... 28 Figura 4.18 – Deformação Principal 1...................................................................................... 29 Figura 4.19 – Deslocamento vertical ........................................................................................ 29 Figura 4.20 – Deformação vertical ........................................................................................... 30 Figura 4.21 – Deformação principal 2 ...................................................................................... 30 Figura 4.22 – Região de análise – Ruptura ............................................................................... 31 Figura 4.23 – Fissuras 1 e 2 ...................................................................................................... 31 Figura 4.24 – Fissura 1 ............................................................................................................. 32 Figura 4.25 – Fissura 2 ............................................................................................................. 32 Figura 4.26 – Deformação horizontal com as fissuras 1 e 2 ..................................................... 33 Figura 4.27 – Ruptura ............................................................................................................... 33 Figura 4.28 – Deformação vertical ........................................................................................... 34 Figura 4.29 – Modelisação da viga ........................................................................................... 34 Figura 4.30 – Diagrama de momento fletor ............................................................................. 35 Figura 4.31 – Região de análise e ruptura ................................................................................ 35 

viii

Figura 4.32 – Deformação horizontal com 1 tonelada ............................................................. 36 Figura 4.33 – Deformação horizontal com 2 toneladas. ........................................................... 37 Figura 4.34 – Deformação horizontal com 5 toneladas. ........................................................... 38 

ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Funções de forma ................................................................................................. 15 Tabela 4.1 – Relação foto/carregamento .................................................................................. 36 

1

1 INTRODUÇÃO

1.1 Motivação

 

Em várias aplicações no âmbito da fotogrametria digital, faz-se necessária a

localização do ponto semelhante em uma ou mais imagens através da superposição de

imagens. Nesta base consiste a medição de deslocamentos através de imagens.

O desenvolvimento de técnicas confiáveis de medição dos campos de

deslocamentos é primordial quando se deseja caracterizar os comportamentos mecânicos de

estruturas usadas na Engenharia Civil. (HILD, 2003, p. 01)

Desde a década de 80, graças ao progresso tecnológico e ao desenvolvimento das

máquinas fotográficas, o método de correlação de imagens pôde se desenvolver. Atualmente,

a técnica mais utilizada e mais precisa consiste em calcular os deslocamentos através de

algoritmos de correlação de imagens (AREELIS, 2003, p. 01)

O uso de tratamento de imagens para medição de deslocamentos já é bem

difundido no ramo de mecânica dos fluidos, mas pode ser igualmente adaptada à mecânica

dos sólidos (HILD, 2003, p. 01). Os deslocamentos são obtidos através de uma comparação

entre fotos obtidas em momentos diferentes de um ensaio.

Método de Correlação de Imagens pode ser aplicado em ensaios de laboratórios

visando à caracterização de materiais de engenharia civil (ensaio de compressão axial, ensaio

de tração, ensaio de fissuração, ensaio de flexão, etc). Este método não destrutivo e sem

contato permite determinar deslocamentos em tempo real na estrutura em análise de forma

rápida, precisa e pouco onerosa exigindo somente uma câmera fotográfica e um computador.

2

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste trabalho é verificar a eficiência do método de correlação de

imagens para o cálculo de deformações do concreto quando submetido a ensaios mecânicos.

1.3 Objetivos específicos

Este trabalho limita-se na análise experimental de corpo de prova de concreto

simples e de viga de concreto armado quando submetidos ao ensaio de compressão axial e

flexão simples, respectivamente. Esta análise é feita através da determinação do campo de

deslocamento através da correlação de duas imagens em estágios diferentes do ensaio. Para o

concreto simples submetido à compressão, identifica-se as regiões de fissuras e será calculado

o coeficiente de Poisson do material através da relação entre deformações horizontais e

verticais. No caso da viga submetida à flexão, os valores de deformação vertical são

calculados pelo algoritmo e são comparados com os valores obtidos através da NBR 6118

(ABNT,2003).

1.4 Organização do texto

O presente relatório está estruturado em 5 capítulos sendo que no primeiro

encontra-se uma breve descrição das atividades executadas e motivações para este trabalho;

no segundo consta a revisão bibliográfica necessária para o estudo e análise dos resultados.

No terceiro capítulo, há uma descrição dos ensaios executados, bem como as limitações dos

métodos. No quarto capítulo consta uma breve descrição dos ensaios, apresentação e

discussões dos resultados. No quinto capítulo consta a conclusão comentando os resultados

obtidos, limitações e sugestões para estudos futuros.

3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Deformação

Deformação é a mudança na forma e tamanho de um corpo quando uma força é

aplicada no mesmo (HIBBELER, 2000). No caso dos materiais utilizados na engenharia civil,

essas deformações dificilmente são perceptíveis a olho nu. No estado geral de

tensão/deformação, um elemento pode estar submetido a deformações normais ou de

cisalhamento.

Deformação normal média (Figura 2.1) é um parâmetro adimensional

correspondente ao alongamento ou a contração de um elemento por unidade de comprimento

(HIBBELER, 2000).

Figura 2.1- Deformação normal média

Neste caso, a deformação uniaxial, ε, é obtida através da razão da variação do seu

comprimento pelo comprimento inicial.

ε = ΔL/L0 (2.1)

ΔL é a variação do comprimento do elemento, ou seja, a variação entre o comprimento final

(Lf) e o inicial (L0).

A deformação cisalhante média (γ) é a mudança de ângulo (Figura 2.2) ocorrida

entre dois segmentos de retas originalmente perpendiculares entre si (HIBBELER, 2000). O

ângulo é denotado por γ e medido em radianos.

4

Figura 2.2 – Deformação Cisalhante

Fonte: HIBBELER (2000)

lim

(2.2)

Inicialmente, o desenvolvimento das equações é realizado em termos de tensões,

(equações 2.3 e 2.4) cuja situação é análoga para a deformação

σ = Eε (2.3)

τ = Gγ (2.4)

Onde σ, τ, E e G são tensões normais, cisalhantes, módulo de elasticidade ou Young e módulo

cisalhante, respectivamente.

Um elemento infinitesimal possui o seguinte estado geral de tensão ilustrado na

Figura 2.3.

Figura 2.3 – Estado geral de tensões

5

Escrevendo este estado de tensão sob forma matricial tem-se o tensor de tensão de

Cauchy.

(2.5)

Para a deformação pode-se usar os deslocamentos considerando um elemento

infinitesimal de dimensões x, y e z, a deformação é obtida a partir da variação dos

deslocamentos u, v e w, nas direções x, y e z, respectivamente. Então:

εx = ∂u/∂x (2.6)

εy = ∂v/∂x (2.7)

εz = ∂w/∂z (2.8)

Onde u é o deslocamento na direção x, v é o deslocamento na direção y, w é o deslocamento

na direção z e εx, εy, εz são as deformações normais na direção x, y, z, respectivamente.

No caso de uma imagem numérica não há uma função contínua, mas diversos

pontos que possuem diferentes deformações e somente duas dimensões, pois é possível

avaliar as deformações no plano da imagem somente:

εx = ∆u/∆x (2.9)

εy = ∆v/∆y (2.10)

Onde ∆u é a diferença entre valores dos deslocamentos calculados em dois pontos adjacentes

na direção x e ∆v é o correspondente na direção y.

A deformação cisalhante altera somente a forma do material mantendo o seu

volume constante. Trabalhando-se em um elemento de dimensão infinitesimal, este pode se

deformar conforme é mostrado na Figura 2.4.

Figura 2.4 – Deformação Cisalhante

Fonte: MORAIS

6

Considerando pequenas deformações, tem-se:

εxy = DD’/AD = ∂u/∂y (2.11)

εyx = B’B/AB = ∂v/∂x (2.12)

É conveniente trabalhar com um valor de deformação cisalhante que é o valor

médio, dado por:

εmédio =1/2(∂u/∂y + ∂v/∂x) (2.13)

No caso de uma imagem numérica onde os elementos são discretizados considera-

se a deformação cisalhante igual a:

εxy = 1/2(∆u/∆y + ∆v/∆x) (2.14)

Realizando-se a transformação do tensor de tensão de Cauchy para o tensor de

deformação tem-se a seguinte matriz:

(2.15)

2.2 Deformações principais e círculo de Mohr.

Como dito anteriormente, um elemento quando submetido a um carregamento, ele

está submetido a tensões e deformações que podem ser normais e cisalhantes. No entanto,

existem 3 planos mutuamente perpendiculares nos quais o cisalhamento é nulo estado de

deformação/tensão no qual o cisalhamento é nulo. Esses planos são denominados planos

principais cujas deformações/tensões são denominadas principais. Para um estado de plano

tem-se situação ilustrada na Figura 2.5.

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8

2.3 Teorias de falha

Quando da elaboração de um projeto com um material específico, o engenheiro

deve estabelecer um limite superior para o estado de tensão que defina a falha do material. Se

o material é dúctil, geralmente a falha é especificada pelo início do escoamento; se o material

é frágil, ela é especificada pela fratura (HIBBELER, 2000).

Segundo a teoria de falha, um material dúctil falhará devido a tensão/deformação

de cisalhamento máxima e um material frágil pela tensão/deformação normal máxima.

Considerando o concreto como um material frágil, este pode ser analisado por

duas teorias de falha: a de Rankine e a de Mohr.

A teoria de Rankine é aplicável a materiais que possuem comportamentos

semelhantes quando submetidos à compressão e tração. Esta teoria foi estabelecida através de

um ensaio de tração e de torção. No caso do ensaio de tração, constatou-se que a fratura

ocorre quando a tensão normal atinge o limite de resistência (σr). No ensaio de torção

verificou-se que a fratura ocorre devido à tração máxima que está a 45° em relação à direção

do cisalhamento. Além disso, experimentos mostraram que durante a torção a resistência do

material não é afetada pela presença da tensão de compressão principal (HIBBELER, 2000).

Logo, a tensão de tração necessária para fraturar um corpo será aproximadamente a mesma

necessária para fraturar um corpo-de-prova sob tração simples. Com isso, a envoltória de

ruptura é um quadrilátero delimitado pelas tensões principais máximas e mínimas, como

mostrado na Figura 2.7 onde σ1 e σ2 são tensões principais e σr é a tensão resistente.

Figura 2.7 – Envoltória de Rankine

Já a teoria de Mohr é aplicável quando os comportamentos dos materiais é

diferente quando submetidos à tração e compressão como no caso de solos e concreto. A

teoria de Mohr é aplicada através da realização de três ensaios: compressão, tração e torção. O

9

ensaio de compressão e tração permite estabelecer os limites de resistência a compressão e

tração, respectivamente. Com o ensaio de torção determina-se a resistência ao cisalhamento

máxima. Com estes ensaios, a envoltória fica como mostrada na Figura 2.8.

Figura 2.8 – Envoltória de Mohr

Onde σ é a tensão normal e τ é a tensão de cisalhamento.

As circunferências A, B e C são as circunferências referentes aos ensaios de

tração, cisalhamento puro e compressão, respectivamente.

Em relação às deformações, a situação se diferencia devido ao efeito do

coeficiente de Poisson que obriga ter deformações nos 3 planos. Neste trabalho a ruptura será

baseada na envoltória de Mohr, ou seja, a ruptura ocorrerá devido aos efeitos de tensões

principais.

2.4 Coeficiente de Poisson

Quando um corpo deformável é submetido a uma força axial, no caso de

compressão ele tanto se contrai longitudinalmente (εlong) como se alonga lateralmente (εlat)

(HIBBELER, 2000). No século XIX, o cientista francês S.D. Poisson percebeu que a relação

entre as deformações verticais e horizontais de um corpo quando submetido a uma carga axial

é constante. Este coeficiente é denominado coeficiente de Poisson (υ) que é uma característica

intrínseca do material.

υ = -εlat/εlong (2.18)

10

O coeficiente de Poisson é um parâmetro adimensional cujo valor é compreendido

entre 0 e 0,5. No caso do concreto, o coeficiente de Poisson está em torno de 0,2 (MEHTA &

MONTEIRO, 1994, p.43).

Para um estado de tensão triaxial, as deformações normais podem ser expressas

através da lei de Hooke generalizada, dada por:

1/ (2.19)

1/ (2.20)

1/ (2.21)

Estas equações são válidas para um material linear, ou seja, para pequenas

deformações.

2.5 Concreto

O concreto é, depois da pedra, madeira e argila, um dos materiais de construção

mais antigos que a humanidade conhece. Concreto de Cimento Portland é um material

composto que consiste essencialmente de um meio contínuo, dentro do qual estão

mergulhadas partículas ou fragmentos de agregados. No concreto de cimento hidráulico, o

meio aglomerante é formado por uma mistura de cimento hidráulico e água (MEHTA &

MONTEIRO, 1994, p.08). Os agregados são compostos por agregado graúdo e miúdo,

usualmente, brita e areia, respectivamente.

Quando recém-misturado, deve oferecer condições tais de plasticidade que

facilitem as operações de manuseio indispensáveis ao lançamento nas formas, adquirindo,

com o tempo, pelas reações que então se processarem entre aglomerante e água, coesão e

resistência.

A resposta do concreto às tensões aplicadas não depende somente do tipo de

solicitação, mas também de como a combinação de vários fatores afeta a porosidade dos

diferentes componentes estruturais do concreto (MEHTA & MONTEIRO, 1994, p.47). Esses

fatores contribuem para que o concreto não seja um material homogêneo e não isotrópico o

que resulta em regiões de fragilidade devido a falhas de interação entre a pasta de cimento e

seus agregados. Todos esses fatores afetam a transmissão de tensões e, por conseqüência, de

deformações.

11

2.6 Velocímetro por Correlação de Imagens (CIV)

A técnica do Velocímetro por Correlação de Imagens (Correlation Image

Velocimetry) permite determinar o campo de deslocamentos em pixels entre duas imagens

representando o mesmo objeto em estágios diferentes.

Em informática e em foto numérica, uma imagem é constituída de um conjunto de

elementos chamado pixel. O pixel é uma unidade de superfície que permite definir a base de

uma imagem numérica, ou seja, o pixel é o menor elemento constituinte de uma imagem. A

unidade de medida mais comum é o megapixel que corresponde a uma superfície de

1000x1000pixel.

2.6.1 Escala de cinza

Uma imagem numérica pode ser considerada como uma matriz de pixels

distribuídos em um eixo cartesiano X,Y. Em uma imagem colorida, a cada pixel está

associada uma cor que possui três componentes de nível de brilho (vermelho, verde, azul),

variando-se a intensidade de cada componente são obtidas diversas cores. No entanto, no

cálculo de deslocamentos é conveniente trabalhar com uma imagem em preto e branco

reduzindo as componentes de brilho a uma que é denominada escala de cinza. Os valores na

escala de cinza variam no intervalo de 0 (preto) a 255 (branco) como mostrado na Figura 2.9.

Figura 2.9 – Escala de Cinza

A transformação de uma imagem colorida para a codificação na escala de cinza é

realizada através de um algoritmo baseado na transformada de Sobel criado no pacote

computacional Matlab fornecido pelo professor Georg KOVAL do Instituto Nacional de

Ciências Aplicadas de Strasbourg. O algoritmo converte uma imagem colorida (Figura 2.10)

para uma imagem em escala de cinza (Figura 2.11) eliminando a coloração e destacando o

nível de brilho.

12

Figura 2.10 – Imagem original

Figura 2.11 – Imagem codificada

2.6.2 ZOI – Zona de interesse

O velocímetro por correlação de imagens aplicada a uma imagem em preto e

branco consiste na comparação entre os valores de escala de cinza de cada pixel constituinte

de duas imagens, a primeira chamada de referência e a segunda de transformada, obtidas em

intervalos de tempo diferentes de um experimento. Como os valores de escala de cinza estão

compreendido somente entre 0 e 255 e uma imagem possui milhares de pixels, logo, haverá

diversos pixels com o mesmo valor de escala de cinza o que acarretaria em resultados

errôneos, para resolver esse problema é necessário a introdução do conceito de ZOI. A sigla

ZOI, do inglês Zone of Interest, é uma região com a quantidade de pixels conhecida cujo

centro é a origem dos vetores i e j.

13

Figura 2.12 – ZOI (Zone of interest)

Figura 2.13 – ZOI em uma imagem

Com a introdução do conceito de ZOI, a análise das imagens continua sendo de

pixel a pixel de uma ZOI de referência e de uma ZOI transformada, no entanto, o campo de

deslocamento obtido seria referente à ZOI, em outras palavras, teoricamente, o algoritmo

pesquisaria em uma determinada região da imagem transformada a ZOI semelhante a uma

ZOI de referência (Figura 2.14).

14

Figura 2.14 – Comparação de ZOI da imagem original com a transformada.

No caso real, devido a diversos fatores como defeito de textura do material e

interferência de luminosidade não se encontra uma ZOI exatamente semelhante. Para

solucionar esse problema, utiliza-se um processo de minimização baseado na técnica de

mínimos quadrados lineares.

A técnica dos mínimos quadrados foi introduzida por Carl Friedrich Gauss

(OLIVEIRA FILHO, 2009) e consiste em um somatório do quadrado da diferença de diversos

valores de forma a calcular uma diferença global usualmente denominada de resíduo como

mostrado na equação abaixo.

, , , ∑ ∑ , , (2.22)

Onde A e B são as metades das dimensões da ZOI, dx e dy são deslocamentos da ZOI

transformada em relação à referência, x e y são coordenadas do centro da ZOI de referência, i

e j são vetores com origem no centro das ZOI’s e ƒ1 e ƒ2 são funções de escala de cinza da

imagem, respectivamente, de referência e transformada e M é a função resíduo.

Portanto, a análise consiste em procurar a ZOI transformada que possui menor

resíduo variando dx e dy. Em outras palavras, o algoritmo pesquisará a ZOI mais semelhante

na imagem transformada e, no fim, será associado um valor de dx e dy em pixels para a ZOI

de referência

Até o presente momento, os campos de deslocamentos obtidos possuem uma

precisão máxima de um pixel. Visando atingir o nível fracionário de pixel, denominado

subpixel, é necessário transformar o resíduo em uma função contínua, derivando-a e

igualando a zero.

15

Figura 2.15 – Cálculo do subpixel.

Sendo P0 o valor de escala de cinza do pixel e P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8

valores conhecidos da vizinhança espaçados de um pixel (Figura 2.15) então se tem a função

resíduo da seguinte maneira:

Mc (α, ω) = M (dx+ α, dy+ω) (2.23)

Mc (α, ω) = N0*P0 + N1*P1 + N2*P2 + N3*P3 + N4*P4 + N5*P5 + N6*P6 + N7*P7 +

N8*P8 (2.24)

Onde N0, N1, N2, N3, N4, N5, N6, N7, N8 são funções de formas de seus

respectivos pontos; α e ω são deslocamentos fracionários horizontais e verticais,

respectivamente. As funções de forma N são mostradas na tabela a seguir:

Tabela 2.1 – Funções de forma

P (α,ω) Nn

0 0 (1- α 2)(1- ω 2)1 (-1,-1) (1- α)(1- ω)αω/4

2 (0,-1) -(1- α 2)(1- ω)ω/23 (+1,-1) -(1+ α)(1- ω)αω/4

4 (-1,0) -(1- α)(1- ω 2)α/2

5 (+1,0) (1+ α)(1- ω 2)α/26 (-1,+1) -(1- α)(1+ ω)αω/4

7 (0,+1) (1- α 2)(1+ ω)ω/28 (+1,+1) (1+ α)(1+ ω)αω/4

Os valores dos deslocamentos fracionários α, ω são obtidos por diferenciação

parcial:

0 (2.25)

16

0 (2.26)

Por conseqüência, o deslocamento final D é a soma da parte inteira com a parte

fracionária.

DX = dx + αc (2.27)

DY = dy + ωc (2.28)

2.6.3 Parâmetros de Entrada

Existem três parâmetros que influenciam na identificação da ZOI equivalente na

imagem transformada: tamanho da ZOI, zona de procura e distância entre centros de ZOI

(Figura 2.16)

O tamanho da ZOI influencia diretamente na precisão dos resultados, pois mais

pixels serão comparados e a identificação da ZOI será mais eficiente. A zona de procura

define a área de varredura do algoritmo, se esse parâmetro não for bem dimensionado é

possível que o algoritmo encontre uma ZOI que não é a semelhante, mas é aquela que, na

região de varredura, mais se assemelha a ZOI de referência. A distância dos centros de ZOI

implica diretamente na quantidade de resultados obtidos, ou seja, quanto menor a distância de

ZOI, mais valores de deslocamentos serão calculados. Esses parâmetros não podem ser

exageradamente dimensionados, pois a execução do algoritmo será lenta ou, às vezes,

inexequível.

Figura 2.16 – Parâmetros do cálculo de deslocamentos

3 M

uma

para

imag

uma

some

deslo

emul

tama

fotos

conte

serão

realiz

dime

finita

uma

deslo

norm

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LOGIA

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ão calculad

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e vários po

Através de

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F

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e tempo co

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17

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e entrada o

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7

e

o

s

e

r

e

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o

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o

e

r

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s

o

e

s

18

4 ENSAIOS

Os ensaios mecânicos executados é o de compressão axial de um corpo de prova

cilíndrico de concreto simples e de flexão pura em uma viga de concreto armado.

4.1 Compressão axial

O ensaio de compressão axial foi realizado no laboratório de engenharia civil do

Institute National des Sciences Appliquées de Strasbourg e a câmera fotográfica foi

programada para a obtenção de imagens em intervalos de 10 segundos totalizando 24 fotos. A

primeira foto foi obtida quando o carregamento era nulo e a última foto na ruptura. Utilizou-

se um corpo-de-prova cilíndrico de concreto simples, com resistência característica de 40

MPa, cujas dimensões são 16 cm de diâmetro e 32 cm de altura. O corpo-de-prova e os eixos

de coordenadas x, y são mostrados na Figura 4.1.

Figura 4.1 – Corpo-de-prova e eixos coordenadas adotados

O corpo-de-prova foi carregado até a sua ruptura e durante este processo

considerou-se o comportamento do concreto em duas fases: elástica e plástica. Em ambas as

etapas foram calculadas as deformações horizontais, verticais e principais. A deformação

principal 1 corresponde à deformação principal maior, ou seja, de maior valor relativo o que

no caso corresponde à tração. A deformação principal 2 é a menor, ou seja, menor valor

relativo correspondendo a compressão.

19

Observa-se que os resultados das deformações são dependentes dos campos de

deslocamentos obtidos. Todo aparelho de medição de engenharia possui uma precisão ou uma

margem de erro e para verificar esta precisão é realizado um teste com uma imagem com

dimensão de 1000 x 591 pixels (Figura 4.2). Neste teste compara-se uma imagem com ela

mesma comprimida em 1% na direção horizontal (Figura 4.3) através do software Paint o que

corresponde a um deslocamento de 10 pixels.

Figura 4.2 – Imagem de referência

Figura 4.3 – Imagem transformada com compressão de 1%

Para calcular os deslocamentos em todos os ensaios são utilizados o tamanho de

ZOI de 128 pixels, zona de procura de 40 pixels e espaçamento de ZOI de 32 pixels. A zona

de procura de 40 pixels é adequada para este teste, pois ela permite uma procura de 20 pixels

20

a partir da origem da ZOI e o deslocamento máximo na foto é de 10 pixels. A Figura 4.4

mostra os vetores de deslocamentos obtidos:

Figura 4.4 – Imagem transformada com compressão de 1%

A Figura 4.5 e Figura 4.6 mostram a magnitude dos deslocamentos horizontais e

verticais, respectivamente. O valor máximo do deslocamento horizontal na região analisada é

de 8 pixels, ou seja, inferior a 10 pixels como esperado. Em relação ao deslocamento vertical,

se o algoritmo houvesse 100% de precisão, o resultado seria nulo, pois se trata de uma

compressão horizontal. No entanto, houve valores de deslocamento vertical em torno 0,04

pixel, logo, a margem de erro utilizando os parâmetros de ZOI adotado é de 0,1 pixel.

Figura 4.5 – Deslocamento horizontal

21

Figura 4.6 – Deslocamento vertical

4.1.1 Compressão axial: fase elástica

Para análise da fase elástica, considerou-se um intervalo entre a foto inicial e a

sétima foto de um total de 24, ou seja, correspondente a aproximadamente a um terço da carga

de ruptura o que é válido, pois se considera que o concreto tenha um comportamento linear

até atingir 50% da carga de ruptura (ABNT,2003, p.24). Para evitar interferências do efeito de

bordo do corpo-de-prova trabalhou-se com a região de análise no centro deste como mostrado

na Figura 4.7.

resul

de an

seja,

que m

comp

Estes

deslo

4.8)

de u

marg

impr

onde

A F

ltados do cá

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recisa. Logo

e há uma for

Figura 4.8

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eformações

al, o efeito

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a ZOI adja

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o, conclui-se

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Figura 4

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2 x 10-4 e 6

s negativas.

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ão pequeno

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e que as def

ença de core

4.7 – Região d

deslocamen

horizontal o

ações está re

x 10-4. No

Estes resu

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de -0,25 pix

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Figura 4.9

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tido, pois,

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deslocamen

a entre o de

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ecisamente

22

mostra os

os na região

de claro, ou

na cor azul

no caso da

rregamento.

a entre os

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slocamento

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deformação

em regiões

2

s

o

u

l

a

.

s

a

o

a

o

s

23

Nos deslocamentos horizontais observa-se uma diferença entre comportamentos

da região A, B e C. A região C possui pequena magnitude nos deslocamentos horizontais, isso

ocorre por causa do atrito existente entre a parte inferior do corpo de prova e a prensa que

impede que o corpo de prova se expanda lateralmente. Este atrito vai sendo reduzido na

medida que se distancia da parte inferior da prensa, já que as tensões normais vão reduzindo,

aumentando os valores de deslocamentos como na região A e B.

Figura 4.8 – Deslocamento horizontal

Figura 4.9 – Deformação horizontal

A Figura 4.10 mostra os resultados da deformação principal 1 que é a de maior

valor relativo, ou seja, tração. Os resultados são semelhantes aos da Figura 4.9 como já era de

se esperar, pois o plano vertical é plano principal de deformação. O cálculo das deformações

24

principais possui a mesma imprecisão que o cálculo das deformações horizontais e os

resultados com precisão desejada possuem valores entre 2 x 10-4 e 4 x 10-4.

Figura 4.10 – Deformação principal 1

A Figura 4.11 mostra o deslocamento vertical e pode-se constatar que a região

inferior do corpo de prova possui valores de maior magnitude, já que a parte móvel da prensa

é a parte inferior. Com isso, pode-se notar a uniformização dos deslocamentos localizados no

mesmo plano horizontal de acordo que se analisa a parte superior do corpo de prova chegando

de forma aproximadamente uniforme entre 1 e 1,2 pixel.

Na Figura 4.12 e Figura 4.13 são mostradas as deformações verticais e principais,

respectivamente, nelas pode-se observar um comportamento semelhante entre si com

concentrações de deformações (região A) na base do corpo de prova por volta de 10 x 10-4, o

que indica que esta região tem potencial para levar o corpo de prova à ruína. Na região

central, a deformação vertical gira em torno de 2 x 10-4 e 4 x10-4.

Figura 4.11 – Deslocamento vertical

25

Figura 4.12 – Deformação vertical

Figura 4.13 – Deformação principal 2

A Figura 4.14 mostra o valor do coeficiente de Poisson obtido pelo algoritmo.

Para esta análise é importante escolher uma região central que não esteja sofrendo efeito das

bordas da prensa. Na região A observa-se que o coeficiente de Poisson está compreendido

entre 0,1 e 0,18. A NBR 6118 adota o coeficiente de Poisson igual a 0,2 para carga inferior

50% da carga de ruptura. Este valor é obtido em uma região acima de A, o que indica que a

face inferior da prensa influencia significativamente nos resultados. Na análise deste

parâmetro, deve-se levar também em consideração o efeito radial da peça que distorce o valor

da deformação horizontal já que esta possui uma componente fora do plano da figura que não

pode ser calculada.

pelo

empí

4.1.2

de su

Nest

Na

domínio s

íricas, logo,

2 Compres

A fa

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a etapa, os p

fase elástic

subpixel qu

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ssão axial: f

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Figura 4.14 –

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o os mesmos

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e a vigésim

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26

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Figura 4.17

rmação de

nu. Observ

a Figura 4.1

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Figura 4.16

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7 e Figura

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12 da fase

que reforça a

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, Figura 4

e principai

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a entre os

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4.18 dest

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m que esta

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s, respectiv

erior a marg

deslocamen

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que esta regi

ão de análise

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s semelhant

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a Figura 4.1

havia uma

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– fase plástica

o os deslo

Os deslocam

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17 e Figura

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a

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uma conce

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4.18 é a me

ção de defo

peça.

27

horizontais,

rizontais já

fluencia nas

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no 1 x 10-3.

entração de

er visível a

esma região

ormação de

7

,

á

s

s

.

e

a

o

e

Fi

F

igura 4.16 – D

Figura 4.17 – D

Deslocamento

Deformação H

horizontal

Horizontal

28

8

defor

defor

em t

6118

que é

4.17,

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A F

rmação ver

rmação prin

orno de -2

8 para o con

é uma regiã

, Figura 4.1

orpo de prov

Figura 4.19

rtical e def

ncipal possu

x 10-3 que

ncreto em co

ão de conce

18 e Figura

va.

F

, Figura 4

formação p

uem compo

é exatame

ompressão a

entração de

4.12. Com

F

Figura 4.18 – D

.20 e Figu

principal, re

ortamentos s

nte o valor

axial. Desta

deformaçã

isso, pode-

Figura 4.19 –

Deformação P

ura 4.21 mo

espectivame

similares co

r da deform

aca-se a regi

o que se sit

-se concluir

Deslocamento

Principal 1

ostram o d

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om deforma

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r que a regi

o vertical

deslocamen

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ma adotado

gura 4.20 e F

ma região A

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29

nto vertical,

vertical e a

gião central

o pela NBR

Figura 4.21

A da Figura

ou a ruptura

9

,

a

l

R

a

a

30

Figura 4.20 – Deformação vertical

Figura 4.21 – Deformação principal 2

4.1.3 Compressão axial: Ruptura

A ruptura foi considerada uma foto antes da ruína total do material, ou seja, 10

segundos antes da ruptura. A região de análise (Figura 4.22) é a mesma da fase elástica e

plástica, com uma verificação a olho nu, destacaram-se duas fissuras as quais são indicadas na

Figura 4.23

Figgura 4.22 – Re

Figura 4.2

egião de anális

23 – Fissuras

se – Ruptura

1 e 2

31

32

Figura 4.24 – Fissura 1

Figura 4.25 – Fissura 2

A Figura 4.26 mostra a deformação horizontal e nela se destacam as fissuras 1 e 2

com deformações em torno de 14 x 10-3. Observa-se também que é criado um caminho em

azul claro que ligam estas duas fissuras indicando que haverá o deslizamento nesta superfíce

que provocará a ruptura do material.

33

Figura 4.26 – Deformação horizontal com as fissuras 1 e 2

Figura 4.27 – Ruptura

A Figura 4.28 mostra as deformações verticais imediatamente antes da ruptura e

pode-se observar que o corpo sofre deformações na parte inferior que causaram a ruptura e a

parte superior permanece aproximadamente estático.

34

Figura 4.28 – Deformação vertical

Na análise da fase plástica e na ruptura pôde-se notar que o algoritmo foi eficiente

na identificação de fissuras e previsão de falhas. Com isso, conclui-se que o algoritmo é mais

eficiente quanto maior for a diferença entre os deslocamentos, ou seja, quanto maior seja o

deslocamento relativo entre as ZOI’s.

4.2 Flexão pura

O ensaio de flexão pura foi realizado no laboratório de materiais da UFC em uma

viga em concreto armado com seção 15cm x 15cm com um comprimento de 50cm e um vão

de 45cm. A viga é composta por 2 vergalhões de 6,3mm na parte inferior e 2 vergalhões

5,0mm na parte superior com estribos de 5,0mm com espaçamento de 10cm. Este ensaio tem

como objetivo analisar o comportamento de uma viga quando submetida a duas cargas

pontuais aplicadas a 15 cm dos apoios de forma a produzir uma região central onde só haja

flexão. As configurações são mostradas na Figura 4.29.

Figura 4.29 – Modelisação da viga

Esta forma de carregamento foi escolhida, pois o diagrama de momento fletor

possui um formato trapezoidal acarretando em uma região entre as cargas P’s onde há um

35

momento máximo constante e esforço cisalhante nulo, ou seja, haverá uma região

intermediária submetida à flexão pura como mostrado na Figura 4.30.

Figura 4.30 – Diagrama de momento fletor

Devido à estrutura da prensa, pôde-se analisar somente uma região restrita da viga

mostrada na Figura 4.31. Esta figura também mostra a região que ocasionou a ruína da viga,

imediatamente abaixo da carga pontual P. As imagens foram obtidas a cada acréscimo de uma

tonelada de carregamento exercido pela prensa até a ruptura com a carga de 5 toneladas (2P).

Figura 4.31 – Região de análise e ruptura

36

Tabela 4.1 – Relação foto/carregamento

Foto Carga (t)Imagem 0001 0Imagem 0002 1Imagem 0003 2Imagem 0004 3Imagem 0005 4Imagem 0006 5

A Figura 4.32 mostra as deformações horizontais comparando a Imagem 0001 e

Imagem 0002, ou seja, quando a viga está submetida a uma força resultante (2P) de 1

tonelada. Até esta etapa pode-se assumir que o aço está trabalhando em conjunto com o

concreto, em outras palavras, a deformação na face do concreto analisada é a mesma do aço.

Observa-se que nas fibras inferiores da peça, a deformação de tração está entre 1 e 0,5 x 10-3,

logo, o aço ainda está trabalhando no trecho linear já que o patamar de escoamento para o aço

CA-50 é de 2,07 x 10-3. Neste caso, a linha neutra encontra-se na altura de 2100 pixel,

aproximadamente, e os valores de deformação acima destas giram em torno 0,5x 10-3. Vale

salientar que neste ensaio, os valores de compressão têm a tendência de ser menos precisos

que os de tração já que são valores menores, mais uniformes que a tração devido à resistência

do concreto a compressão que é bem mais elevada que à tração.

Figura 4.32 – Deformação horizontal com 1 tonelada

A Figura 4.33 mostra as deformações horizontais comparando a Imagem 0001 e

Imagem 0003, ou seja, quando a viga está submetida a uma força resultante de 2 toneladas.

Observa-se que quase toda a região de análise está submetida à tração com valores em torno

de 1 x 10-3, ou seja, o aço ainda não entrou em escoamento, mas o concreto já está fissurado

na parte inferior já que a NBR 6118 admite uma deformação máxima do concreto de 1,5 x 10-

4. A linha neutra neste estágio encontra-se em torno da coordenada 2100 tendo subido 150

37

pixels em relação a linha neutra quando a viga estava submetida a um carregamento de 1

tonelada. A parte comprimida do concreto possui uma deformação em torno de 0,75 x 10-3.

É importante salientar que a parte comprimida do concreto não está limitada pela

coordenada 2250 pixels e existe ainda concreto acima desta coordenada que não foi excluída

da região de análise, pois como houve perturbações no momento de obtenção das imagens,

então, em algumas fotos houve uma grande translação da viga em relação à imagem de

referência o que fez com que uma ZOI de referência estivesse na superfície da viga e sua

transformada fora dela o que provocou resultados errôneos e que prejudicariam a

representação das deformações nas figuras.

Figura 4.33 – Deformação horizontal com 2 toneladas.

A Figura 4.34 mostra a deformação horizontal com 5 toneladas. Neste caso nota-

se uma concentração de deformação na região entre a coordenada vertical 1800 e 1950 pixels

com valor de 6 x 10-3 o que indica o escoamento do aço e surge a fissura que provoca a ruína

da peça. Nesta etapa, a peça já não possui um comportamento linear e, assim, cria-se uma

região inteiramente tracionada em azul claro indicando a tendência de separação das regiões

adjacentes.

Analisando-se a região de fissuração, percebe-se que ela surge imediatamente

abaixo da região de aplicação da carga (Figura 4.31), ou seja, na região limite onde o

cisalhamento e a flexão são máximos e coexistem.

tendê

tracio

causo

é imp

lado

Ana

ência de sub

onado. O al

ou a ruína e

portante sal

da mesma j

alisando os

bir com o a

lgoritmo tam

e a região de

lientar as li

já que houv

Figura 4.3

estágios de

aumento da

mbém foi c

e separação

imitações c

ve uma difer

34 – Deforma

e carregame

carga fazen

capaz de de

o das partes

omo o fato

rença de com

ção horizonta

ento perceb

ndo com qu

etectar a reg

integrantes

de soment

mportament

al com 5 tonela

be-se que a

ue o concret

gião de surg

da viga. No

te estudar a

to entre as d

adas.

linha neut

to fique cad

gimento da

o entanto, n

a metade da

duas faces d

38

ra possui a

da vez mais

fissura que

neste ensaio

a viga e um

da viga.

8

a

s

e

o

m

39

5 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos mostram que a técnica de medição de deformações através

de correlação de imagens é uma ferramenta confiável para a caracterização e estudo do

comportamento dos materiais de engenharia levando em consideração a limitação do mesmo.

No ensaio de compressão, percebe-se que a precisão diminui quando a

deslocamento relativo entre as ZOI’s adjacentes está no nível subpíxel devido à aproximação

do seu procedimento de cálculo. Este problema ocorreu principalmente na análise de

deformações com baixo carregamento, ou seja, quando o material possui uma característica

aproximadamente linear. Entretanto, muitos valores foram coerentes e estavam de acordo com

valores obtidos na literatura.

O algoritmo foi bastante eficiente na detecção de regiões de fissuração tanto no

ensaio de compressão axial como na flexão. As regiões nas quais se concentravam as maiores

deformações na fase linear foram as que causaram a ruína das peças.

O método foi importante também para determinar a propagação dos

deslocamentos no caso do ensaio de compressão axial e pôde se observar claramente que os

deslocamentos eram reduzidos à medida que se distanciava da face inferior.

Em relação ao ensaio de compressão axial, a limitação importante foi o efeito

radial do corpo de prova. Quando submetido à compressão, a deformação horizontal possui

direção tangencial o que, fatalmente, cria uma componente fora do plano da imagem que não

pode ser detectado pela foto. Este efeito alterou sensivelmente o coeficiente de Poisson que

pode ser calculado com melhor eficiência através de um ensaio de compressão diametral.

Em relação ao ensaio de flexão, é importante destacar que foi analisado o

comportamento da face exposta da viga em concreto armado, partindo do princípio que ele

seja semelhante para as partes internas da seção o que não é verdade já que a ruptura da outra

face é diferente. Outra limitação importante do ensaio de flexão foi a impossibilidade de

medir a flecha máxima devido a torre de reação da prensa.

Ainda há melhorias a ser feitas no algoritmo como o aumento da precisão

subpixel, talvez utilizando outras funções de forma ou adaptando-as de acordo com o ensaio a

ser executado. Além disso, no caso da flexão, houve rotação das partículas que compõem a

viga o que para ser obter um resultado melhor exigiria uma rotação da ZOI o que não é

previsto no algoritmo.

Mesmo com as limitações, o método de correlação de imagens possui uma boa

eficiência, por exemplo, no caso das imagens obtidas no ensaio de compressão axial a

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precisão foi de 0,1 pixel que, na escala real, é equivalente a 0,01mm. Além disso, esta

precisão pode ser ajustada com a aproximação da câmera fotográfica ao objeto em análise, o

que acarretará no aumento da relação pixel/mm, ou com aumento da resolução da máquina ou

com o aumento do tamanho da ZOI, o que despende de maior tempo para o cálculo dos

deslocamentos e melhorias menos significativas. Ou seja, diferentemente de aparelhos de

medidas convencionais, o método de correlação de imagens tem precisão ajustável por

diferentes variáveis.

O método de correlação de imagens é uma ferramenta de medição sem contato,

que não destrói o aparelho de medição, de baixo custo e, com a evolução da tecnologia das

máquinas fotográficas, tende a ser cada vez mais preciso o que pode torná-lo uma ferramenta

importante para a caracterização de materiais.

41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118 – Projeto de

estruturas de concreto – Procedimento, 2003.

AREELIS. Vélocimétrie par Intercorrélation d'Images de Particules, Technopôle du

Madrillet , 2003. Disponível em : http://eric.rouland.free.fr/piv.pdf , 1 : 3.

HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais, 3.º Ed., Editora Livros Técnicos e

Científicos, 2000. HILD, F. Identification du comportement mécanique des materiaux et de la rupture des

structures à l’aide de méthodes optiques, 2003, Notas de Aulas IPSI – Laboratoire de

Mécanique et Technologie de l’Université de Paris – France. Disponível em:

http://www.holo3.com/UserFiles/File/Publication1_FH.pdf

MORAIS, W.A. Tensões e deformações, Universidade Santa Cecília. Disponível em:

http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo8/Capitulo1-parte1.pdf

MEHTA,P.K; MONTEIRO,P. Estrutura, propriedades e materiais, São Paulo: Ed. Pini,

1994

OLIVEIRA FILHO,K, S. Mínimos Quadrados, 2009, Universidade Federal do Rio Grande

do Sul. Disponível em: http://astro.if.ufrgs.br/minq/minq.htm

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APÊNDICE A – CONVERSOR DE IMAGENS EM ESCALA DE CINZA

O algoritmo compilado no Matlab, feito pelo professor-doutor do INSA de

Strasbourg Georg Koval, responsável pela conversão de imagens coloridas em imagens

codificadas em escala de cinza.

% programa para fazer a conversao de fotos coloridas em fotos preto e branco clear j0=126; jf=215; for j=j0:jf str=int2str(j); if j<10 I=imread(['DSC_000',str,'.jpg']); else if j<100 I=imread(['DSC_00',str,'.jpg']); else if j<1000 I=imread(['DSC_0',str,'.jpg']); else I=imread(['DSC_',str,'.jpg']); end end end J= rgb2gray(I); str=int2str(j-j0+1); if (j-j0+1)<10 imwrite(J,['Image000',str,'.JPG'],'Quality',100); else if (j-j0+1)<100 imwrite(J,['Image00',str,'.JPG'],'Quality',100); else imwrite(J,['Image0',str,'.JPG'],'Quality',100); end end end

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APÊNDICE B – CÁLCULO DE DEFORMAÇÕES PRINCIPAIS NO MATLAB

O algoritmo compilado no Matla, feito pelo aluno Hugo Pantoja Hagmann Bentes,

responsável pela organização dos campos de deslocamentos calculados, cálculo das

deformações principais e representações gráficas das mesmas.

%Cálculo do círculo de Mohr clear %dimensões da foto L=4368; H=2912; %zona de desenho a=2000; b=1900; c=800; d=700; %Leitura do arquivo de deslocamentos load disp13.dat displ=disp13; xo=displ(:,1); yo=displ(:,2); % Determinação das imagens x=xo; y=yo; nfotos=1; fotoinicial=13; fotofinal=fotoinicial+nfotos-1; %Inicializando variaveis DX=[]; DY=[]; sizex=size(x); sizey=size(y); %sizedx=size(dx); %sizedy=size(dy); sizedx=sizex; sizedy=sizey; %Calculo da dimensão das matrizes n=1; m=1; for i=1:(sizex(1,1)-1) if (x(i+1)==x(i)) n=n+1; else n=1; m=m+1; end

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end delta=1e-10; lx=x(n+1)-x(1); ly=y(2)-y(1); %Looping de correlação de fotos e organização de vetores for i=fotoinicial:fotofinal str=int2str(i); displ=load(['disp',str,'.dat']); dx=displ(:,3); dy=displ(:,4); DX=[DX,dx]; DY=[DY,dy]; %pe=ponto esquerdo inferior for i=1:(sizex(1,1)-n-1) pe=1+(fix((y(i)-yo(1))/ly))+(fix((x(i)-xo(1))/lx)*n); A=pe; B=pe+1; C=pe+n; D=pe+n+1; YPA=((pe-(fix((pe-delta)/n))*n-1))*ly+yo(1); XPA=(fix((pe-delta)/n))*lx+xo(1); YPB=YPA+ly; XPB=XPA; YPC=YPA; XPC=XPA+lx; YPD=YPB; XPD=XPA+lx; FMA=(1-((x(i)-XPA)/lx))*(1-((y(i)-YPA)/ly)); FMB=(1-((x(i)-XPA)/lx))*((y(i)-YPA)/ly); FMC=((x(i)-XPA)/lx)*(1-((y(i)-YPA)/ly)); FMD=((x(i)-XPA)/lx)*(((y(i)-YPA)/ly)); ux(i)=FMA*dx(A)+FMB*dx(B)+FMC*dx(C)+FMD*dx(D); uy(i)=FMA*dy(A)+FMB*dy(B)+FMC*dy(C)+FMD*dy(D); x(i)=x(i)+ux(i); y(i)=y(i)+uy(i); end end %Deformação horizontal defx dx=x-xo; dy=y-yo; for i=(n+1):(sizex(1,1)) if ((i==1)||(i>(sizex(1,1)-n))) defx(i)=0; else defx(i) = (dx(i+n)-dx(i-n))/(2*lx); end end

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%Deformação vertical defy for i=1:(sizey(1,1)) if ((i==1)||(i>(sizey(1,1)-1))) defy(i)=0; else defy(i) = (dy(i+1)-dy(i-1))/(2*ly); end end deslocx=x-xo; deslocy=y-yo; %Cisalhamento %Matriz CisalhamI for i=1:(sizex(1,1)) if ((i<=n)||(i>(sizey(1,1)-n))) defxy(i)=0; else defxy(i) = (dx(i+1)-dx(i-1))/(2*ly); end end %Matriz CisalhamII for i=1:(sizex(1,1)) if ((i<=n)||(i>(sizey(1,1)-n))) defyx(i)=0; else defyx(i) = (dy(i+n)-dy(i-n))/(2*lx); end end Cixy=(1/2)*(defxy + defyx); %Coeficiente de Poisson sizedefx=size(defx); sizedefy=size(defy); for i=1:sizedefx(1,2) if defy(i)==0; v(i)=0; else v(i)=(abs(defx(i)))/(abs(defy(i))); end

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end %Circulo de Mohr for i=1:sizex(1,1) Center(i)=(defx(i)+defy(i))/2; if defx(i)>defy(i) Radius(i) = sqrt(((((defx(i)-Center(i)).^2))+(Cixy(i).^2))); angle(i)=atan2(Cixy(i),defx(i)-Center(i)); else Radius(i) = sqrt(((((defy(i)-Center(i)).^2))+(Cixy(i).^2))); angle(i)=atan2(Cixy(i),defy(i)-Center(i)); end seno(i) = sin(angle(i)); cosseno(i) = cos(angle(i)); defpr1(i) = Radius(i) + Center(i); defpr2(i) = Center(i) - Radius(i); end %Reorganizando as matrizes XO=[]; YO=[]; DEFPR1=[]; DEFPR2=[]; V=[]; for i=2:sizex(1,1) if xo(i)~=xo(i-1) XO=[XO,xo(i-1)]; else XO=XO; end end XO=[XO,x(sizex(1,1))]; for i=1:n YO=[YO;yo(i)]; end i=1; j=1; sizedefpr1=size(defpr1); for k=1:sizedefpr1(1,2) DEFPR1(i,j)=defpr1(k); i=i+1; if k==j*n j=j+1; i=1; end end i=1; j=1;

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sizedefpr2=size(defpr2); for k=1:sizedefpr2(1,2) DEFPR2(i,j)=defpr2(k); i=i+1; if k==j*n j=j+1; i=1; end end i=1; j=1; sizev=size(v); for k=1:sizev(1,2) V(i,j)=v(k); i=i+1; if k==j*n j=j+1; i=1; end end %Representação gráfica for i=1:sizex(1,1) if ((x(i)<a)||(x(i)>(L-b))||(y(i)<c)||(y(i)>(H-d))) dx(i)=0; dy(i)=0; deslocx(i)=0; deslocy(i)=0; defx(i)=0; defy(i)=0; DEFPR1(i)=0; DEFPR2(i)=0; defpr1(i)=0; defpr2(i)=0; defpr1x(i)=0; defpr1y(i)=0; defpr2x(i)=0; defpr2y(i)=0; Cixy(i)=0; v(i)=0; V(i)=0; end end figure(1) imshow('Image0020.JPG') hold on quiver(xo,H-yo,defpr1',-defpr2') hold off figure(2) surf(XO,YO,DEFPR1) view(0,90) shading interp colorbar figure(3) surf(XO,YO,DEFPR2)

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view(0,90) shading interp colorbar figure(4) surf(XO,YO,V) view(0,90) shading interp caxis([0 0.5]) colorbar

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APÊNDICE C – CÁLCULO DE DEFORMAÇÕES E DESLOCAMENTOS NO

MATLAB

O algoritmo compilado no Matlab, feito pelo aluno Hugo Pantoja Hagmann

Bentes, responsável para cálculo e representações de deformações e deslocamentos.

%Cálculo de deformações e deslocamentos clear %dimensões da foto L=4368; H=2912; %zona de desenho a=1500; b=1400; c=400; d=200; load disp17.dat displ=disp17; xo=displ(:,1); yo=displ(:,2); % na primeira iteraçao x=xo; y=yo; nfotos=1; fotoinicial=17; fotofinal=fotoinicial+nfotos-1; %Inicializando variaveis DX=[]; DY=[]; sizex=size(x); sizey=size(y); sizedx=sizex; sizedy=sizey; %Calculo de n, m n=1; m=1; for i=1:(sizex(1,1)-1) if (x(i+1)==x(i)) n=n+1; else n=1; m=m+1; end end delta=1e-10; lx=x(n+1)-x(1); ly=y(2)-y(1); for i=fotoinicial:fotofinal

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str=int2str(i); displ=load(['disp',str,'.dat']); dx=displ(:,3); dy=displ(:,4); DX=[DX,dx]; DY=[DY,dy]; %pe=ponto esquerdo inferior for i=1:(sizex(1,1)-n-1) pe=1+(fix((y(i)-yo(1))/ly))+(fix((x(i)-xo(1))/lx)*n); A=pe; B=pe+1; C=pe+n; D=pe+n+1; YPA=((pe-(fix((pe-delta)/n))*n-1))*ly+yo(1); XPA=(fix((pe-delta)/n))*lx+xo(1); YPB=YPA+ly; XPB=XPA; YPC=YPA; XPC=XPA+lx; YPD=YPB; XPD=XPA+lx; FMA=(1-((x(i)-XPA)/lx))*(1-((y(i)-YPA)/ly)); FMB=(1-((x(i)-XPA)/lx))*((y(i)-YPA)/ly); FMC=((x(i)-XPA)/lx)*(1-((y(i)-YPA)/ly)); FMD=((x(i)-XPA)/lx)*(((y(i)-YPA)/ly)); ux(i)=FMA*dx(A)+FMB*dx(B)+FMC*dx(C)+FMD*dx(D); uy(i)=FMA*dy(A)+FMB*dy(B)+FMC*dy(C)+FMD*dy(D); x(i)=x(i)+ux(i); y(i)=y(i)+uy(i); end end %Deformação defx dx=x-xo; dy=y-yo; for i=(n+1):(sizex(1,1)) if ((i==1)||(i>(sizex(1,1)-n))) defx(i)=0; else defx(i) = (dx(i+n)-dx(i-n))/(2*lx); end end %Deformação defy for i=1:(sizey(1,1)) if ((i==1)||(i>(sizey(1,1)-1))) defy(i)=0; else defy(i) = (dy(i+1)-dy(i-1))/(2*ly); end

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end deslocx=x-xo; deslocy=y-yo; %Cisalhamento for i=1:(sizex(1,1)) if ((i<=n)||(i>(sizey(1,1)-n))) defxy(i)=0; else defxy(i) = (dx(i+1)-dx(i-1))/(2*ly); end end %Matriz CisalhamII for i=1:(sizex(1,1)) if ((i<=n)||(i>(sizey(1,1)-n))) defyx(i)=0; else defyx(i) = (dy(i+n)-dy(i-n))/(2*lx); end end Cixy=(1/2)*(defxy + defyx); sizeCixy=size(Cixy); for i=1:sizex(1,1) if ((x(i)<a)||(x(i)>(L-b))||(y(i)<c)||(y(i)>(H-d))) defx(i)=0; defy(i)=0; deslocx(i)=0; deslocy(i)=0; Cixy(i)=0; dx(i)=0; dy(i)=0; end end %Reorganizando as matrizes XO=[]; CIXY=[]; DEFX=[]; DEFY=[]; for i=2:sizex(1,1) if xo(i)~=xo(i-1) XO=[XO,xo(i-1)]; else

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XO=XO; end end XO=[XO,x(sizex(1,1))]; YO=[]; for i=1:n YO=[YO;yo(i)]; end i=1; j=1; for k=1:sizeCixy(1,2) CIXY(i,j)=Cixy(k); i=i+1; if k==j*n j=j+1; i=1; end end i=1; j=1; sizedefx=size(defx); for k=1:sizedefx(1,2) DEFX(i,j)=defx(k); i=i+1; if k==j*n j=j+1; i=1; end end i=1; j=1; sizedefy=size(defy); for k=1:sizedefy(1,2) DEFY(i,j)=defy(k); i=i+1; if k==j*n j=j+1; i=1; end end i=1; j=1; sizedeslocx=size(deslocx); for k=1:sizedeslocx(1,1) DESLOCX(i,j)=deslocx(k); i=i+1; if k==j*n j=j+1; i=1; end end i=1; j=1;

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sizedeslocy=size(deslocy); for k=1:sizedeslocx(1,1) DESLOCY(i,j)=deslocy(k); i=i+1; if k==j*n j=j+1; i=1; end end figure(1) imshow('Image0001.JPG') hold on quiver(xo,H-yo,deslocx,-deslocy) figure(2) imshow('Image0001.JPG') hold on quiver(xo,H-yo,defx',-defy') figure(3) surf(XO,YO,CIXY) view(0,90) shading interp colorbar figure(4) surf(XO,YO,DEFX) view(0,90) shading interp colorbar figure(5) surf(XO,YO,DEFY) view(0,90) shading interp colorbar figure(6) surf(XO,YO,DESLOCX) view(0,90) shading interp colorbar figure(7) surf(XO,YO,DESLOCY) view(0,90) shading interp colorbar