Upload
donhi
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Matemática Básica
Humberto José Bortolossi
Departamento de Matemática Aplicada
Universidade Federal Fluminense
Parte 6
Parte 6 Matemática Básica 1
A função raiz quadrada
Parte 6 Matemática Básica 2
A função raiz quadrada
f : [0,+∞) → [0,+∞)x �→ y = f (x) = x2
� Já demonstramos que f : [0,+∞) → [0,+∞) é injetiva.
� Já mencionamos que f : [0,+∞) → [0,+∞) é sobrejetiva (a prova destefato requer ferramentas de análise).
� Logo f : [0,+∞) → [0,+∞) é bijetiva e, portanto, inversível.
� A função inversa f−1 de f é denominada função raiz quadrada. Usaremosa notação √
x
para representarf−1(x).
� Note então que, se a ≥ 0, então√
a é o único número real ≥ 0 que, elevadoao quadrado, dá o número real a.
Parte 6 Matemática Básica 3
Explicando. . .Se a ≥ 0, então
√a é o único número real ≥ 0 que, elevado ao quadrado, dá o número
real a.
f : [0,+∞) → [0,+∞)x �→ y = f (x) = x2
f−1 : [0,+∞) → [0,+∞)x �→ y = f−1(x) =
√x
� a ≥ 0, pois como vamos calcular√
a = f−1(a), a deve estar no domínio de f−1, queé igual ao contradomínio de f , o qual, por sua vez, é igual ao intervalo [0,+∞).
�√
a é único, pois se não fosse único, f−1 não seria uma função.
�√
a ≥ 0, pois√
a = f−1(a) pertence ao contradomínio de f−1, que é igual aodomínio de f , o qual, por sua vez, é igual ao intervalo [0,+∞).
�√
a elevado ao quadrado é igual ao número real a, pois
(√
a)2 = (f−1(a))2 = f (f−1(a)) = (f ◦ f−1)(a) = a.
Parte 6 Matemática Básica 4
A função raiz quadrada
(Ir para o GeoGebra)
Parte 6 Matemática Básica 5
Propriedades
� ∀a ∈ R,√
a2 = |a|.
� ∀a, b ≥ 0,√
a · b =√
a ·√
b e ∀a, b ≤ 0,√
a · b =√−a ·
√−b.
� ∀a ≥ 0, ∀b > 0,√
ab=
√a√b
e ∀a ≤ 0, ∀b < 0,√
ab=
√−a√−b.
� A função raiz quadrada é crescente: ∀a, b ≥ 0, a < b ⇒ √a <
√b.
� ∀a, b ≥ 0,√
a + b ≤ √a +
√b.
Parte 6 Matemática Básica 6
Propriedade: demonstração
∀a ∈ R,√
a2 = |a|.
Demonstração. Considere o número p = |a|. Como vimos, p = |a| ≥ 0. Vale tambémque p2 = |a|2 = a2. De fato: se a ≥ 0, então |a|2 = |a| · |a| = a ·a = a2 e, se a < 0, então|a|2 = |a| · |a| = (−a) · (−a) = a2. Como
√a2 é o único número real ≥ 0 que elevado ao
quadrado é igual a a2, segue-se que√
a2 = p = |a|.
Parte 6 Matemática Básica 7
Propriedade: demonstração
∀a, b ≥ 0,√
a · b =√
a ·√
b e ∀a, b ≤ 0,√
a · b =√−a ·
√−b.
Demonstração. Considere o número p =√
a · √b. Note que p =√
a · √b ≥ 0 comoproduto de dois números ≥ 0. Vale também que p2 = (
√a · √b)2 = a · b. De fato:
p2 = (√
a ·√
b)2 = (√
a)2 · (√
b)2 = a · b.
Como√
a · b é o único número real ≥ 0 que elevado ao quadrado é igual a a · b, segue-se que
√a · b = p =
√a · √b. A demonstração de que ∀a, b ≤ 0,
√a · b =
√−a · √−bfica como exercício.
Parte 6 Matemática Básica 8
Propriedade: demonstração
∀a ≥ 0, ∀b > 0,√
ab=
√a√b
e ∀a ≤ 0, ∀b < 0,√
ab=
√−a√−b.
Demonstração. Considere o número p =√
a/√
b. Note que p =√
a/√
b ≥ 0 comodivisão de um número ≥ 0 por um número > 0. Vale também que p2 = (
√a/
√b)2 =
a/b. De fato:
p2 =
(√a√b
)2
=(√
a)2
(√
b)2=
ab.
Como√
a/b é o único número real ≥ 0 que elevado ao quadrado é igual a a/b, segue-se que
√a/b = p =
√a/
√b. ∀a ≤ 0, ∀b < 0,
√a/b =
√−a/√−b fica como exercício.
Parte 6 Matemática Básica 9
Propriedade: demonstração
A função raiz quadrada é crescente: ∀a, b ≥ 0, a < b ⇒ √a <
√b.
Demonstração. Sejam a, b ≥ 0 com a < b. Note que b > 0,√
b > 0, b − a > 0 e√b +
√a > 0. Uma vez que
(b − a) = (√
b −√a) · (
√b +
√a),
podemos escrever que √b −√
a =b − a√b +
√a.
Assim,√
b − √a > 0 como divisão de dois números > 0. Em particular,
√a <
√b.
Naturalmente, vale também que se 0 ≤ a ≤ b, então√
a ≤ √b.
Parte 6 Matemática Básica 10
Propriedade: demonstração
∀a, b ≥ 0,√
a + b ≤ √a +
√b.
Demonstração. Sejam a, b ≥ 0. Inicialmente, observe que a + b ≥ 0 e√
a +√
b ≥ 0como soma de dois números ≥ 0. Note também que
√a · √b ≥ 0 como produto de dois
números ≥ 0. Agora
0 ≤ √a ·
√b ⇒ 0 ≤ 2 · √a ·
√b ⇒ a + b ≤ a + 2 · √a ·
√b + b ⇒ a + b ≤ (
√a +
√b)2.
Como 0 ≤ a + b ≤ (√
a +√
b)2, usando a propriedade anterior, concluímos que
√a + b ≤
√(√
a +√
b)2.
Mas, pela primeira propriedade,√(√
a +√
b)2 = |√a +√
b| = √a +
√b.
Portanto, vale que√
a + b ≤ √a +
√b.
Parte 6 Matemática Básica 11
Propriedade: demonstração
∀a, b ≥ 0,√
a + b ≤ √a +
√b.
Observação. Note que, na expressão acima, nem sempre vale a igualdade! Tome, porexemplo, a = 9 e b = 16:
√a + b = 5 < 7 = 3+4 =
√a+
√b. Quando vale a igualdade?
Resposta:
a, b ≥ 0 e√
a + b =√
a +√
b ⇔ a = 0 ou b = 0.
Parte 6 Matemática Básica 12
Exercício
As funções f (x) =
√x − 1x − 2
e g(x) =√
x − 1√x − 2
são iguais?
Resposta. As funções não são iguais, pois possuem domínios diferentes. Note, porexemplo, que 0 pertence ao domínio de f , mas 0 não pertence ao domínio de g.Os domínios naturais (efetivos) das funções f e g são dadas, respectivamente, por:
Df = (−∞, 1] ∪ (2,+∞) e Dg = (2,+∞).
Note, contudo, que restritas ao conjunto A = Df ∩ Dg = (2,+∞), as duas funções sãoiguais:
f∣∣∣∣(2,+∞)
= g∣∣∣∣(2,+∞)
.
Parte 6 Matemática Básica 13
A distância euclidiana entre dois pontosno plano
Parte 6 Matemática Básica 14
A distância euclidiana entre dois pontos no plano
(Ir para o GeoGebra)
Parte 6 Matemática Básica 15
A equação do círculo no plano
Parte 6 Matemática Básica 16
A equação do círculo no planoO círculo de centro em (4, 3) e raio 1 é o conjunto de todos os pontos (x , y) noplano cuja distância até o centro (4, 3) é igual ao raio 1.
−2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1
2
3
4
5
0
x
y
1
(4, 3)
(x , y)
Parte 6 Matemática Básica 17
A equação do círculo no planoO círculo de centro em (4, 3) e raio 1 é o conjunto de todos os pontos (x , y) noplano cuja distância até o centro (4, 3) é igual ao raio 1.
d((x , y), (4, 3)) = 1 ⇔√(x − 4)2 + (y − 3)2 = 1
⇔(√
(x − 4)2 + (y − 3)2)2
= 12
⇔ (x − 4)2 + (y − 3)2 = 1.
Parte 6 Matemática Básica 18
Funções reais cujos gráficos sãosemicírculos
Parte 6 Matemática Básica 19
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 6 Matemática Básica 20
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 6 Matemática Básica 21
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 6 Matemática Básica 22
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 6 Matemática Básica 23
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 6 Matemática Básica 24
Funções reais cujos gráficos são semicírculos
Moral: o gráfico de y = f (x) =√
a2 − x2 é o semicírculo superior decentro na origem e raio |a|.
Parte 6 Matemática Básica 25
Funções da forma f (x) = xn, com n ∈ N
Parte 6 Matemática Básica 26
Funções da forma f (x) = xn, com n ∈ N
f : R → R
x �→ y = f (x) = xn
Importante: se n ∈ N, xn é uma notação para x · x · · · · · x︸ ︷︷ ︸n fatores
.
Propriedades:(1) ∀x ∈ R, ∀n,m ∈ N, xn · xm = xn+m.
Prova:xn · xm = x · x · · · · · x︸ ︷︷ ︸
n fatores
· x · x · · · · · x︸ ︷︷ ︸m fatores
= x · x · · · · · x︸ ︷︷ ︸n+m fatores
= xn+m.
(2) ∀x ∈ R, ∀n,m ∈ N, (xn)m = xn·m.Prova: exercício!
Parte 6 Matemática Básica 27
Funções da forma f (x) = xn, com n ∈ N
f : R → R
x �→ y = f (x) = xn , com n um número par.
(1) A função f é par.
(2) A função f é crescente em [0,+∞).Prova: use a identidade
an − bn = (a − b)(an−1 + an−2b + · · ·+ abn−2 + bn−1).
(3) A imagem de f é o intervalo [0,+∞). Prova: será feita nadisciplina de cálculo.
Parte 6 Matemática Básica 28
Funções da forma f (x) = xn, com n ∈ N
f : R → R
x �→ y = f (x) = xn , com n um número ímpar.
(1) A função f é ímpar.
(2) A função f é crescente em R = (−∞,+∞).Prova: use a identidade
an − bn = (a − b)(an−1 + an−2b + · · ·+ abn−2 + bn−1).
(3) A imagem de f é R = (−∞,+∞). Prova: será feita nadisciplina de cálculo.
Parte 6 Matemática Básica 29
Proposição
Seja f : R → R definida por
y = f (x) = xn, com n ∈ N.
(a) Se 0 < x < 1, então xn+1 < xn.(b) Se x > 1, então xn+1 > xn.
Demonstração. Se 0 < x < 1, então 0 · x < x · x < 1 · x , isto é,0 < x2 < x . Agora, se 0 < x2 < x , então 0 · x < x2 · x < x · x ,isto é, 0 < x3 < x2. Prosseguindo com este raciocínio, concluímosque 0 < xn+1 < xn, para todo n ∈ N. Isto demonstra a parte (a). Aparte (b) fica como exercício.
Parte 6 Matemática Básica 30
Revisão: funções da forma x elevado a n
Parte 6 Matemática Básica 31
A função raiz n-ésima
Parte 6 Matemática Básica 32
A função raiz n-ésima: caso n par
f : [0,+∞) → [0,+∞)x �→ y = f (x) = xn , com n par.
� Já demonstramos que f : [0,+∞) → [0,+∞) é injetiva.
� Já mencionamos que f : [0,+∞) → [0,+∞) é sobrejetiva (a prova destefato requer ferramentas de análise).
� Logo f : [0,+∞) → [0,+∞) é bijetiva e, portanto, inversível.
� A função inversa f−1 de f é denominada função raiz n-ésima. Usaremosas notações
n√
x e x1/n
para representarf−1(x).
� Note então que, se n é par e a ≥ 0, então n√
a é o único número real ≥ 0que, elevado a n, dá o número real a.
Parte 6 Matemática Básica 33
A função raiz n-ésima: caso n ímpar
f : (−∞,+∞) → (−∞,+∞)x �→ y = f (x) = xn , com n ímpar.
� Já demonstramos que f : (−∞,+∞) → (−∞,+∞) é injetiva.
� Já mencionamos que f : (−∞,+∞) → (−∞,+∞) é sobrejetiva (a provadeste fato requer ferramentas de análise).
� Logo f : (−∞,+∞) → (−∞,+∞) é bijetiva e, portanto, inversível.
� A função inversa f−1 de f é denominada função raiz n-ésima. Usaremosas notações
n√
x e x1/n
para representarf−1(x).
� Note então que, se n é ímpar e a ∈ R, então n√
a é o único número realque, elevado a n, dá o número real a.
Parte 6 Matemática Básica 34
A função raiz n-ésima
(Ir para o GeoGebra)
Parte 6 Matemática Básica 35
Cuidado!
Se n é par,o domínio de f (x) = n
√x = x1/n é [0,+∞).
Se n é ímpar,o domínio de f (x) = n
√x = x1/n é R.
Parte 6 Matemática Básica 36
Propriedades da função raiz n-ésima para n par
� Se n é par, ∀a ∈ R,n√
an = |a|.
� Se n é par, ∀a, b ≥ 0, n√
a · b = n√
a · n√
b e ∀a, b ≤ 0, n√
a · b = n√−a · n
√−b.
� Se n é par, ∀a ≥ 0, ∀b > 0, n
√ab=
n√
an√
be ∀a ≤ 0, ∀b < 0, n
√ab=
n√−an√−b
.
� A função raiz n-ésima é crescente (n par): ∀a, b ≥ 0, a < b ⇒ n√
a <n√
b.
� Se n é par, ∀a, b ≥ 0, n√
a + b ≤ n√
a +n√
b.
Parte 6 Matemática Básica 37
Propriedades da função raiz n-ésima para n ímpar
� Se n é ímpar, ∀a ∈ R,n√
an = a.
� Se n é ímpar, ∀a, b ∈ R,n√
a · b = n√
a · n√
b.
� Se n é ímpar, ∀a ∈ R, ∀b ∈ R− {0}, n
√ab=
n√
an√
b.
� A função raiz n-ésima é crescente (n ímpar): ∀a, b ∈ R, a < b ⇒ n√
a <n√
b.
� Se n é ímpar, ∀a, b ≥ 0, n√
a + b ≤ n√
a +n√
b.
Parte 6 Matemática Básica 38
Observações
� As demonstrações destas propriedades seguem basicamente as mesmastécnicas usadas na demonstração das propriedades da função raiz quadrada.Elas ficam, portanto, como exercícios. Na última propriedade, a fórmula dobinômio de Newton pode ser útil:
(a + b)n =n∑
i=0
(ni
)an−i bi .
� Mesmo para n ímpar, devemos colocar como hipótese que a e b sejammaiores do que ou iguais a zero na desigualdade n
√a + b ≤ n
√a + n
√b
da última propriedade. De fato: se a = −1, b = −1 e n = 3, então3√−1 − 1 = − 3
√2 > −2 = 3
√−1 + −3√−1.
Parte 6 Matemática Básica 39
Mais propriedades
� Se n é par e m ∈ N, então ∀x ≥ 0, n√
xm = ( n√
x)m.
� Se n é ímpar e m ∈ N, então ∀x ∈ R, n√
xm = ( n√
x)m.
� Se m é par ou n é par, então ∀x ≥ 0, n√
m√
x = n m√
x .
� Se m e n são ímpares, então ∀x ∈ R, n√
m√
x = n m√
x .
Parte 6 Matemática Básica 40
Funções da formax elevado a menos n
Parte 6 Matemática Básica 41
Funções da forma x elevado a menos n
y = f (x) = x−n =1xn , com n ∈ N e x �= 0
(1) f é uma função par se n é um número par e f é uma funçãoímpar se n é um número ímpar.
(2) f é uma função decrescente no intervalo (0,+∞).
(3) Se 0 < x < 1, então1xn <
1xn+1 .
(4) Se 1 < x , então1
xn+1 <1xn .
Parte 6 Matemática Básica 42
Funções da forma x elevado a menos n
Parte 6 Matemática Básica 43
Funções da forma x elevado a menos n
Parte 6 Matemática Básica 44
Funções da forma x elevado a p/q(fração irredutível)
Parte 6 Matemática Básica 45
Funções da forma x elevado a p/q (fração irredutível)
y = f (x) = xp/q, com p ∈ Z−{0}, q ∈ N e p/q fração irredutível
(1) Se p > 0, q > 0 e q é par, então, por definição,
xp/q =q√
xp
para todo x ≥ 0.
(2) Se p > 0, q > 0 e q é ímpar, então, por definição,
xp/q =q√
xp
para todo x ∈ R.
Parte 6 Matemática Básica 46
Funções da forma x elevado a p/q (fração irredutível)
y = f (x) = xp/q, com p ∈ Z−{0}, q ∈ N e p/q fração irredutível
(1) Se p < 0, q > 0 e q é par, então, por definição,
xp/q =1
x−p/q =1
q√
x−p
para todo x > 0.
(2) Se p < 0, q > 0 e q é ímpar, então, por definição,
xp/q =1
x−p/q =1
q√
x−p
para todo x ∈ R− {0}.
Parte 6 Matemática Básica 47
Exemplos
x5/3 =3√x5, ∀x ∈ R. x3/8 =
8√x3, ∀x ≥ 0.
x−5/4 =1
x5/4 =1
4√
x5, ∀x > 0.
x−2/3 =1
x2/3 =1
3√
x2, ∀x �= 0.
Parte 6 Matemática Básica 48
Funções da forma x elevado a p/q (fração irredutível)
Por que a definição exige que a fração p/q seja irredutível?
3/2 = 6/4 mas
2√x3 está definida para x ≥ 0
enquanto que
4√x6 está definida para x ∈ R.
Parte 6 Matemática Básica 49
E potências irracionais?
Parte 6 Matemática Básica 50
Como calcular f (x) = x√
2 para x = 3?
Resposta: use aproximações racionais (cada vez melhores) de√
2!
Aproximação de√
2 Aproximação de 3√
2
1.4 31.4 = 375 = 4.6555367217460790 . . .
1.41 31.41 = 3141100 = 4.7069650017165727 . . .
1.414 31.414 = 3707500 = 4.7276950352685357 . . .
1.4142 31.4142 = 370715000 = 4.7287339301711910 . . .
1.41421 31.41421 = 3141421100000 = 4.7287858809086143 . . .
Parte 6 Matemática Básica 51
Aplicações de Leis de Potência
Parte 6 Matemática Básica 52
A Lei de Zipf
http://www.uff.br/cdme/desktop/lpp/lpp-br.html
Parte 6 Matemática Básica 53
A Lei de Zipf: “Dom Casmurro” de Machado de Assis(A)
Posição (x) Frequência (y) Palavra1 2684 que2 2490 a3 2186 e4 1970 de5 1671 o6 1531 não...
......
26 341 Capitu...
......
141 56 Bentinho...
......
9262 1 zanguei9263 1 zás9264 1 zeloso
(B)x = log(x) y = log(y) Palavra0,00000. . . 3,42878. . . que0,30103. . . 3,39619. . . a0,47712. . . 3,33965. . . e0,60205. . . 3,29446. . . de0,69897. . . 3,22297. . . o0,77815. . . 3,18497. . . não
......
...
1,41497. . . 2,53275. . . Capitu...
......
2,14921. . . 1,74818. . . Bentinho...
......
3,96670. . . 0,00000. . . zanguei3,96675. . . 0,00000. . . zás3,96679. . . 0,00000. . . zeloso
Frequência das palavras em “Dom Casmurro” de Machado de Assis.
Parte 6 Matemática Básica 54
A Lei de Zipf: “Dom Casmurro” de Machado de Assis
y = 3,837 − 1,005 x ⇒ ln(y) = 3,837 − 1,005 ln(x) ⇒ y = 6870,684 x−1,005
Parte 6 Matemática Básica 55
A Lei de Zipf: “Romeo and Juliet” de Shakespeare(A)
Posição (x) Frequência (y) Palavra1 708 and2 688 the3 586 I4 540 to5 464 a6 396 of...
......
11 296 Romeo...
......
22 178 Juliet...
......
3781 1 yoke3782 1 yon3783 1 youngest
(B)x = log(x) y = log(y) Palavra0,00000. . . 2,85003. . . and0,30103. . . 2,83758. . . the0,47712. . . 2,76789. . . I0,60205. . . 2,73239. . . to0,69897. . . 2,66651. . . a0,77815. . . 2,59769. . . of
......
...
1,04139. . . 2,47129. . . Romeo...
......
1,34242. . . 2,25042. . . Juliet...
......
3,57760. . . 0,00000. . . yoke3,57772. . . 0,00000. . . yon3,57783. . . 0,00000. . . youngest
Frequência das palavras em “Romeo and Juliet” de William Shakespeare
Parte 6 Matemática Básica 56
A Lei de Zipf: “Romeo and Juliet” de Shakespeare
y = 3,674 − 1,070 x ⇒ ln(y) = 3,674 − 1,070 ln(x) ⇒ y = 4726,348 x−1,070
Parte 6 Matemática Básica 57
Leis de Potência
Parte 6 Matemática Básica 58
Leis de Potência
Parte 6 Matemática Básica 59
Voos de Levy
Parte 6 Matemática Básica 60
Voos de Levy
Parte 6 Matemática Básica 61
Voos de Levy
Parte 6 Matemática Básica 62
Leis de Potência
Cuidado: alguns fernômenos são, outros não são descritos por uma lei de potência!
Clauset, Shalizi and Newman: Power-Law Distributions in Empirical Data.SIAM Review, Vol. 51, No. 4, pp. 661-703, 2009.
Parte 6 Matemática Básica 63