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Escola EB2/3 Napoleão Sousa Marques Humberto Delgado & Músicas do 25 de Abril

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trabalho de história

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Escola EB2/3 Napoleo Sousa Marques

Humberto Delgado

&

Msicas do 25 de Abril

Trabalho realizado por: Tatiana Alexandra Silva FernandesN: 20 Turma: 605

ndice

1Escola EB2/3 Napoleo Sousa Marques

1Humberto Delgado

1&

1Msicas do 25 de Abril

2ndice

3I.Introduo

3II.A vida do General

4III.Oposio ao regime de Salazar

5IV.Msicas do 25 de Abril

6XVII.Depois da revoluo

6Os Portugueses que viviam nas colnias, sofreram alguns confrontos violentos com os habitantes das colnias e cerca de 500000 porque tinham de regressar a Portugal

8XVIII.Concluso

9XIX.Bibliografia

I. IntroduoNeste trabalho irei abordar sobre quem foi o general Humberto Delgado e qual o seu papel alterar o regime imposto pelo governo de Salazar em Portugal, contextualizando a sua vida, a sua progresso profissional e todos passos tomados por este general e que o tornaram to conhecido. Irei tambm falar sobre as msicas que indicaram aos militares e intervenientes no golpe militar do 25 de Abril, o momento em deviam agir para derrubar a ditadura.II. A vida do General

O general Humberto Delgado (Fig.1) nasceu em 1906 em Boquilobo, freguesia de Brogueira, concelho de Torres Novas, distrito de Santarm. Frequentou o Colgio Militar entre 1916 e 1922. Em 1925 entrou na Escola Prtica de Artilharia, em Vendas Novas. Participou no movimento militar de 28 de Maio de 1926, que derrubou a Repblica Parlamentar e implantou a Ditadura Militar que, poucos anos mais tarde, em 1933, iria dar lugar ao Estado Novo liderado por Salazar.

Durante muitos anos apoiou as posies oficiais do regime salazarista, particularmente o seu anticomunismo.

Em 1941, Humberto Delgado, assumiu publicamente as suas simpatias para com a Alemanha Nazi, publicando dois artigos na Revistas Ar onde afirmou: O ex-cabo, ex-pintor, o homem que no nasceu em leito de renda amolecedor, passar Histria como uma revelao genial das possibilidades humanas no campo poltico, diplomtico, social, civil e militar, quando vontade de um ideal se junta a audcia, a valentia, a virilidade numa palavra. Representou Portugal nos acordos secretos com o Governo Ingls sobre a instalao das Bases Aliadas nos Aores durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1944 foi nomeado Diretor do Secretariado da Aeronutica Civil.

Entre 1947 e 1950 representou Portugal na Organizao da Aviao Civil Internacional, sediada em Montreal, Canad.

Foi Procurador Cmara Corporativa entre 1951 e 1952.

Em 1952 foi nomeado adido militar na Embaixada de Portugal em Washington e membro do comit dos Representantes Militares da NATO. Promovido a general na sequncia da realizao do curso de altos comandos, onde obteve a classificao mxima, passa a Chefe da Misso Militar junto da NATO.

Regressado a Portugal foi nomeado Diretor-Geral da Aeronutica Civil.III. Oposio ao regime de Salazar

Depois de ter regressado a Portugal, aceita o convite da oposio para se candidatar Presidncia da Repblica (Fig.2), tendo como concorrentes, o Dr. Arlindo Vicente (que vir a desistir a seu favor), e o Contra-Almirante Amrico Toms. Imprime campanha um ritmo vivo, manifestando-se decididamente contrrio continuao de Salazar frente do Governo - quando questionado, publicamente, sobre as suas intenes quanto a Salazar na eventualidade de vencer as eleies, responde secamente "Obviamente, demito-o!", o que equivalia a uma declarao de guerra ao regime. Esta frase incomodou os mais conservadores dos seus apoiantes, mas incendiou os espritos das massas populares que o vitoriaram durante a campanha. Apesar do apoio popular, os resultados eleitorais oficiais atribuem-lhe a derrota. Convencido de que o regime no poder ser derrubado pelas urnas, procura atrair as chefias militares para um golpe de Estado, ficando desiludido pela falta de recetividade ao seu apelo. Considerando-se em perigo parte para o exlio onde, rodeado de colaboradores, d cobertura Operao Dulcineia, desencadeada pelo seu aliado Capito Henrique Galvo (outro dissidente do regime), que consiste na captura do paquete Santa Maria (batizado "Santa Liberdade"), que ser utilizado como veculo de propaganda que atrair as atenes da opinio pblica internacional para a situao poltica no pas. A sua tendncia para privilegiar a soluo militar para o derrube do regime leva-o a planear e executar uma nova tentativa revolucionria, com a colaborao de conspiradores militares e civis - tomando de assalto o quartel de Beja (Ano Novo 1961-1962, ptria conquista dos pontos fulcrais do Pas. Falhando a revolta, o General, que entrara clandestinamente em Portugal, volta a atravessar a fronteira, para nunca mais regressar ptria.O seu isolamento proporciona, em 1965, a montagem de uma armadilha fatal: crendo vir ao encontro de conspiradores do interior que partilhariam as suas ideias, Delgado dirige-se fronteira de Badajoz, sendo a assassinado por um comando da PIDE. Os seus autores viro a ser levados a juzo aps a revoluo de 25 de Abril de 1974. Aps a restaurao da democracia, promovido postumamente a marechal, o seu corpo ser trasladado com todas as honras para o Panteo Nacional..

IV. Msicas do 25 de AbrilA Rdio portuguesa teve no dia 25 de abril o seu momento alto, sem a colaborao da rdio era possvel que o regime ainda durasse mais algum tempo e o pas continuasse mergulhado na longa noite da ditadura.

A colaborao entre revoltosos e a rdio comea muito antes do dia 25 de Abril de 1974. Os contactos so feitos entre militares e jornalistas de vrias emissoras, preparando-se tudo para que a revoluo resultasse. Cinco minutos antes das 23h, do dia 24 de Abril de 1974, na rdio Alfabeta dos Emissores Associados de Lisboa, o locutor de servio - Joo Paulo Dinis - "lanou" a msica "E depois do adeus" de Paulo de Carvalho. Era o sinal para as tropas avanarem.

Na Rdio Renascena a gravao do alinhamento, que viria a ser o sinal para o desencadear das operaes, foi feita na tarde do dia 24 de Abril, por Leite de Vasconcelos, para ser emitida no Programa Limite, que era realizado em direto, mas algumas partes eram previamente gravadas. Era numa dessas gravaes que estava a senha - a primeira quadra da msica Grndola, Vila Morena(Fig.3), de Zeca Afonso. Passavam vinte minutos da meia-noite, quando a gravao foi difundida.

Grndola vila morena

terra da fraternidade

O povo quem mais ordenaDentro de ti cidade Esta segunda senha confirmou a primeira. A partir daqui todo o movimento era irreversvel. O Rdio Clube Portugus transformado no posto de comando do Movimento das Foras Armadas, por este motivo a emissora fica conhecida como a "Emissora da Liberdade".

Aos Microfones do Rdio Clube Portugus, Joaquim Furtado l o primeiro comunicado s 04h26:

Aqui posto de comando do Movimento das Foras Armadas.

As Foras Armadas portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a mxima calma.

Esperando sinceramente que a gravidade da hora que vivemos no seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos ao bom senso do comando das foras militares no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Foras Armadas. Tal confronto, alm de desnecessrio, s poder conduzir a srios prejuzos individuais, que enlutariam e criariam divises entre portugueses, o que h que evitar a todo o custo.

No obstante a expressa preocupao de no fazer correr a mnima gota de sangue de qualquer portugus, apelamos para o esprito cvico e profissional da classe mdica, esperando a sua ocorrncia aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaborao, o que se deseja sinceramente desnecessria.

Graas a esta colaborao entre a rdio, os militares e o povo, o golpe militar correr pacificamente, no havendo necessidade de recorrer violncia, e assim a ditadura teve o seu fim.V. ConclusoCom a realizao deste trabalho fiquei a saber a vida do General Humberto Delgado e todos os esforos que ele fez para derrubar o regime de Salazar, e que perdeu a sua vida por ser um lutador e opositor desse regime opressor em que Portugal vivia nessa poca.

Aprendi tambm que para se dar a revoluo do 25 de abril foi planeado um golpe militar, e para haver coordenao entre as tropas e o povo, a rdio teve um papel muito importante, onde ao lanar as msicas E depois do Adeus, e Grndola Vila Morena que serviram de senha para os militares saberem quando podiam agir.

VI. Bibliografia1- Eliseu Alves, Ana Silva, Manuela Mendes, Snia Botelho, Saber em aco, Histria e geografia de Portugal, Porto Editora, pgina 141

2- Ftima Costa, Antnio Marques, Histria e Geografia de Portugal - 6. Ano , Porto Editora, pginas 3- http://oficinadahistoriad.blogspot.pt/2010/04/humberto-delgado.html

Figura 1- General Humberto Delgado

Figura 3- Imagem alusiva msica Grandola Vila Morena.

Figura 2- General Humberto Delgado na sua campanha contra o regime.