Upload
trinhtu
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
I Congresso Internacional sobre Investigação em Arte
18 e 19 de Maio
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
A.
- Agradecimento convite para estar presente
- A relevância do Congresso e do esforço para o
concretizar
- A relevância da criação do Observatório em Artes
B.
- O papel do MC neste domínio – diferente do
Ministério da Ciência e Ensino Superior, diferente das
Universidades e Centros de Investigação, mas
articulável;
- Promover as competências, presença e
relevância dos criadores e programadores
culturais na investigação artística na óptica do
“objecto de cultura, do objecto artístico” e não
do “objecto de ciência”;
-
- necessidade de sofisticar intervenções já existentes
e criar novas);
2
- suporte ao trabalho de investigação dos artistas;
- suporte ao aperfeiçoamento técnico dos artistas e
programadores;
- criação de portaria para a área da experimentação
artística (investigação? experimentação?)
C.
De algum modo todo este I Congresso Internacional
sobre Investigação em Arte está dominado por duas
sombras:
Ludwig Wittgenstein (e falo do seu Tratado Lógico-
Filosófico , 1ªedição em1921) e James Joyce (e
falo do seu Ulisses dado por completo também em
1921).
Os dois são fundadores do modo de olhar as palavras
na contemporaneidade e o certo é que as palavras
“investigação em arte”, a proposição “investigação
em arte” são por si um problema, como bem se
3
caracterizou e desenvolveu de forma diversa e plural
ao longo destes dois dias.
Parto nesta comunicação do solipsismo (solipsismo,
do latim solus ipse, designa a doutrina fi losófica que
reduz toda a realidade ao sujeito pensante), dizia,
parto do solipsismo gnoseológico de Wittgenstein na
interpretação sintética que dele faz Bertrand Russell:
“Que o mundo é o meu mundo manifesta-se no facto
de os l imites da minha linguagem (a única l inguagem
que eu compreendo) indicarem os l imites do meu
mundo” .1
Será a l inguagem e os seus l imites o tema essencial
do “Tractatus Logico-Philosophicus” .2
Cito o Tratado: “ Podemos compreender dois nomes
sem saber se designam a mesma coisa ou duas coisas
diferentes? Podemos compreender uma proposição,
em que ocorrem dois nomes, sem saber se têm a
mesma denotação ou denotações diferentes?” (…).
Paradoxalmente, e no mesmo tempo, James Joyce,
que detestava Russell, revoluciona, monumentaliza a
capacidade de proposição, leva o solipsismo à
fronteira da sua negação pelo seu poder pessoal de 1 (Prólogo ao Trat.) 2 (M. S. Lourenço)
4
l inguagem, que é quase que um modo de a
transcender, na transmutação do seu Ulisses em
percurso urbano quotidiano meta-histórico, com um
final desesperadamente feliz.
A sombra na qual estamos é propositiva. Podemos
tornar comum, partilhar, um sentido para as palavras
“Investigação” e “Arte” para a proposição
“Investigação em Arte?”
Platão, na República, considera a Arte como elemento
útil à cidade desde que contribua para uma ideal
imagem do Belo, estável, imutável. Toda a arte que
este objectivo não prossiga, é nociva.
No Ocidente, este patamar declarativo, é marca que
desde Aristóteles e na discussão do papel da mimésis
em Platão e no seu discípulo até à
Contemporaneidade ficou firme no inconsciente do
debate conceptual, marcou o exercício do poder
político e religioso, afirmou escolas artísticas e o seu
contrário.
Kant discutia o problema do juízo estético,
nomeadamente no que ao Belo e no Sublime concerne
e tal problema era decisivo na primeira parte da
5
“Crítica do Juízo” 3 onde se considera que o “génio é
a faculdade das ideias estéticas”.
Freud dizia: “ No meu parecer, o conceito de que os
fenómenos da evolução cultural podem interpretar-se
em função de um super-ego, ainda promete revelar
novas inferências (…). Se a evolução da cultura tem
transcendentes analogias com a evolução do
indivíduo e emprega os mesmos recursos que esta,
não será justificado o diagnóstico de que muitas
culturas - ou épocas culturais, ou talvez a
Humanidade inteira – se terão tornado “neuróticas”
sob a pressão das ambições culturais?” 4
Ortega e Gasset 5 considera que a Arte, na 2ª metade
do século XIX, ainda procurava respostas para a
Humanidade, na sequência da derrocada da religião e
do relativismo científico e que por essa via, teria
algo de transcendente.
Mas reconhece, em 1925, que no primeiro quartel do
século XX, “a arte é (para os artistas) uma coisa sem
transcendência”. Di-lo com alguma amargura mas sem
rejeitar que essa tábua rasa, esse começar
3 (A Filosofia Crítica de Kant” – Giles Deleuze) 4 (Freud, o Mal-Estar na Cultura”, págs 132, 133) 5 (A desumanização da Arte e Outros Ensaios da Estética)
6
revolucionário, possa ser um espaço de construção já
que considera como inviável um retorno ao passado.
Volto à questão da linguagem – Walter Benjamim, no
início da década de 30, escreve que “todas as
manifestações de vida intelectual do homem podem
ser concebidas como uma espécie de linguagem (…).
Adorno na sua teoria estética, escrita durante os
anos 60, inacabada e publicada em 1971, um ano
após a sua morte, usa a l inguagem para dizer que há
um “tempo estético” e um “tempo empírico”. E mais
à frente: “As obras de arte não devem ser
compreendidas pela estética como objectos
hermenêuticos na situação actual. Haveria que
apreender a sua ininteligibil idade”.
Numa entrevista dada em 1967, Michel Foucault,
falando de “As palavras e as coisas”, de 1966, e
antecipando “A Arqueologia do Saber”, de 1969,
dizia:
“As ciências humanas apareceram desde finais de
século XIX presas a uma dupla obrigação, uma dupla
postulação simultânea, a da Hermenêutica, ou da
interpretação, ou da exigência: é preciso entender o
sentido que se oculta; a outra: é preciso formalizar,
7
encontrar o sistema, a invariante estrutural, a rede
der simultaneidades. Ora estas duas questões
pareciam afrontar-se de maneira privilegiada nas
ciências humanas, a ponto de termos a impressão
que é preciso que elas sejam isto ou aquilo,
interpretação ou formalização. O que empreendi foi
precisamente a pesquisa arqueológica daquilo que
tenha tornado possível aquela ambiguidade”.
Fiz algumas referências ao problema da linguagem na
perspectiva da fi losofia, da l iteratura, da psicanálise.
Recuando agora 50 anos, falo do problema da
linguagem na perspectiva de certos artistas: Marcel
Duchamp iniciara uma revolução na linguagem
artística da qual ainda hoje muita arte ainda é só
citação e pouca, interpretação, em 1913, no Armory
Show, com “ Nu descendant un escalier” e,
principalmente, em 1917 com os primórdios do
“ready made”.
Salto, de novo, para a frente, para 1960, data em
que muitos julgavam-no já morto, facto que só
ocorreria em 1968, com 81 anos de idade.
Duchamp, decide, em 1960, assinar reproduções de
obras originais suas fora do mercado, colocando mais
8
uma vez problemas significativos: o que é um
original, o que é uma cópia?
A questão, atendendo às características do trabalho
anterior do artista e à sua paragem prolongada como
criador, é pertinente, pois não se tratava de uma
mera questão de impressão l itográfica ou de
múltiplos num acto de produção imediata.
Nos anos 50, o trabalho de John Cage e Merce
Cunningham foram decisivos no desenvolvimento da
música e da dança, demonstrando, como em outros
momentos, com outros protagonistas, o poder da
investigação, da experimentação nas artes
performativas.
Em 1955, Arnold Bolde inicia a Documenta de Kassel
espaço privilegiado de apresentação da abertura
sucessiva do campo das artes visuais.
Entretanto, Joseph Beuys, cujo percurso se afirma
nos anos 60, perante a pergunta numa entrevista,
em 1976, “Considera uma universidade uma
instituição melhor que um museu?”, respondia :
9
“Sim, porque numa universidade há uma relação
interdisciplinar entre todos os campos de actividade
humana e esta relação interdisciplinar é capaz de
desenvolver um novo conceito de arte…porque é
duvidoso que os artistas possam fazê-lo. (…)
E diz mais à frente :
“Poucos artistas estão interessados num conceito
“total” de arte, que transforme museus em
universidades e equacione o conceito de criatividade
com a possibil idade de mudar o mundo. Se eu tivesse
que definir o meu conceito do sentido fundamental
de “arte” seria de que o mundo precisa de ser
desenhado pelo homem”.
Beuys defendeu nos anos 60, o conceito de Free
University, e foi, em 1979, um dos fundadores do
partido “Os Verdes” na Alemanha e a dimensão
política da Artes esteve sempre presente na sua
atitude e trabalho.
Em 1970, Pierre Boulez cria, em Paris, o IRCAM,
Institut de Recherche et Création Musical, associado
ao Centro Georges Pompidou.
10
Em 1971, surge, na área do vídeo, música, media,
artes do espectáculo e l iteratura, em Nova Yorque,
The Kitchen, fundado por Woody e Stein Vasulka.
Dez anos mais tarde, Nicholas Negroponte, cria no
MIT em Boston, o Media Lab.
Em Linz, no mesmo ano de 1980 é criado o Festival
e Projecto Ars Electrónica.
Nos anos 90, surgem projectos de cruzamento de
Arte com biotecnologia que foram denominados bio-
arte.
É também nos anos 90 que o colectivo artístico
dinamarquês Superflex procura reflectir sobre os
problemas da sustentabil idade num mundo político e
ambientalmente ameaçado.
Afirmam-se, concomitantemente, um conjunto de
projectos de “arte virtual”, ou “arte numérica” ou
“arte digital”, fazendo uso das chamadas novas
tecnologias.
Mas a Arte fez sempre uso das novas tecnologias,
dos avanços da ciência, é uma questão de relação
histórica presente nas mais diversas épocas.
11
E também todos sabemos que o suporte, a técnica, a
tecnologia e o meio não são simples ferramentas
funcionais, alteram o próprio estatuto do objecto
artístico.
D.
Apresento-vos, antes de terminar, alguns exemplos
práticos de projectos relacionados com investigação
em arte, com experimentação em arte, com os quais
estive ou estou envolvido.
Começo pela experiência da criação daquilo a que
chamei “centro de experimentação artística”, um
projecto de 1996 que negociei em 1997 e se tornou
realidade em 1999.
Problema inicial foi dar-lhe um nome. O nome, seria
proposição e por si enunciador de programa. Chamei-
lhe “lugar comum – centro de experimentação
artística”.
Mais uma vez, o problema da linguagem, encontrar
um campo a partir da l inguagem, ter na l inguagem a
representação de um campo.
Procurei jogar com o problema do tempo e do lugar.
Do lugar comum, como expressão do banal, do
12
despeito pelo saber menor, e a percepção de que o
lugar do saber comum é o lugar da cidade, da
comunidade. Aliás, desde a cidade grega à
contemporaneidade, a expressão “lugar comum”,
degradou-se enquanto sentido. A “doxa”, ancestral
semântico de “lugar comum”, significava na em
Atenas da idade clássica, “opinião” e por isso estava
no campo do humano, da participação. A doxa não se
opunha a sophia (saber) ou phronênsis (prudência),
tinha um espaço de verificação na afirmação do
indivíduo, o que nos leva, de novo, ao solipsismo
cognitivo. Nesses termos, podia também afirmar-se
como cimento social, aquilo que os cidadãos
partilhavam como saber de cada um na formação de
uma experiência comum, e com o tempo adquiriu o
sentido de conhecimento banal. Todavia, a
recuperação do sentido do comum, do que nos une
enquanto experiência cognitiva de sujeito para
sujeito, é um desafio do lugar, não só do tempo.
Tal remete para a questão da presença,
independentemente da fisicalidade ou do contacto
remoto, virtual, on-line. No tempo em que se pensava
que o tempo tinha encurtado, que a distância deixava
de importar, chamar o lugar foi-me importante. E aí
13
dar espaço livre à experimentação artística, num
encontro entre múltiplas artes, na perspectiva da
multidisciplinaridade, da interdisciplinaridade e da
transdisciplinaridade, reconhecendo nos três
propósitos validade e percebendo que nenhum deve
anular os outros dois.
Este foi o programa inicial de um projecto que
permitiu a investigação pura em arte, sem obrigação
de apresentação de resultado aplicado.
Apresento-vos algumas imagens para melhor
compreensão do que estou a dizer.
E.
Termino a minha apresentação.
14
Onde me atrevi a colocar algumas dúvidas e
apresentar alguns projectos realizados ou em
realização.
Julgo que fazem parte das perplexidades que ao
longo destes dois dias se abordaram sobre o campo
de possibil idade de uma investigação em arte.
Abusando do título e do sentido de um livro de Pedro
Proença, a “Arte esteve a ser olhada ao
microscópio”.
E relembro José Bragança de Miranda, no seu livro
“Traços – Ensaios de Crítica de Cultura”, a propósito
de Paul Ricoeur:
“ A imaginação é constitutiva de experiência”.
Certamente que nestes dois dias a experiência
constituíu-se a partir da vossa imaginação. E que se
compendiaram caminhos, perplexidades, articulações.
Certamente as sementes crescerão, deixarão raízes,
farão sínteses, talvez passíveis de foto sínteses, de
oxigénios vários, l ibertadores.
Assim todos esperamos.
Obrigado
Conselho Consultivo: Alberto Carneiro, Alfredo Bruto da Costa, António Barros, António Pinto Ribeiro, Carlos Fogaça, Delfim Sardo, Fernando Pinto Amaral, Gabrie la Vaz Pinheiro, Isabel Garcia, João Paulo Cotrim, José A ntónio Tenente, José Bragança de Miranda, José Machado Pais, José Manuel Constantino, Manuel Braga da Cruz, Manuel Falcão, Manuel Graça Dias, Manuel Reis, Marco Sousa Santos, Mário Laginha, Miguel Abreu, Nuno Artur Silva, Pedro Cabrita Reis, Robert Palmer, Roberto Carneiro, Roy Ascott,Vitor Pomar. Colaboradores Permanentes: Adriana Sá, António Jorge Gonçalves, Augusto Alves da Silva, João Chambel, João Fiadeiro, João Garcia Miguel, João Paulo Fe liciano, João Rodeia, Jorge Silva, José Vi ana, Luis Urbano, Marília Maria Mira, Mi guel Azguime, Nuno Rebelo, Pedro Gadanho Grupo Programador: Alexandre Melo, António Saraiva, Carlos Guerreiro, Marta Anjos, Paulo Gouveia, Patrícia Gouveia. Direcção Geral e Programação: Jorge Barreto Xavier
VICTOR NUBLA "CLAURIAUDIÊNCIAS" Entre os dias 20 de Junho e 4 de Julho, decorreu o Clauriaudiências III, um encontro exper imental de artistas sonoros organ izado conjuntamente pelo CPAI e Gracia Territori Sonor. O encontr o, dirigido pelo compositor e artista multimédia catalão Victor Nubla, contou com a participação de outros artistas sonoros: Io Casino, Anton Ignorant, Francisco López, Kas per Toeplitz y Noé Cornago. Tal como nas s ituações anteriores, ocorridas em Montesquiu e Hangar, o Clauriaudiências III foi um encontro dedicado a reflectir e experimentar sobre a criação musical contemporânea. O resultado do Clauriaudiências teve expressão na preparação da edição de um CD de obras originais, e um texto sobre arte sonora, produto do resultado realizado durante o encontro.
PETER HULTON, "REFLEXÕES SOBRE A PERFORMANCE" Análise de composição coreográfica
4 a 10 de Abril, uma co-produção do CPAI e CEM. Estágio direccionado a profissionais nas artes performativas com trabalho de autoria próprio e necessidade de reconsiderar o processo de composição. O estágio destinou-se à produção f inal de traba lho prático e os participantes foram encorajados a trabalhar a solo ou com os outros dentro do grupo. Peter Hulton é director da Unidade de Documentação de Actividades Artísticas (Arts Documentation Unit) e Investigador Honorário da Universidade de Exter, Reino Unido. É também um dos Directores do Festival Internacional de Worksh ops, em Londres e director consultivo do "Performance Research Journal". Chefiou o Departamento de Teatro e Dança da Escola Superior de Artes de Dartington e leccionou em universidades da Índia e Coreia. Dirigiu um workshop sobre "Teatro e Comunidades" organizado pelo Council of Europe.
WorkShop Bioarte Marta de Menezes e Joe Davis 13 a 17 de Maio 10
A biologia moderna oferece a oportunidade de criar arte usando materiais e técnicas biológicas como art-medium. Estamos a testemunhar o nascimento de uma nova forma de produção artística: arte criada em tubos de ensaio, no interior de laboratórios usados como estúdios de arte. Neste workshop os "b io-artistas" Joe Davis (MIT, Boston) e Marta de Menezes (Imperial College, Londres) apresentaram o campo da arte biológica, com particular ênfase nos trabalhos que têm vindo a desenvolver. Os participantes tiveram ainda oportunidade de experimentar o uso de biologia como art-medium em colaboração com os artistas, bem como com cientistas no Instituto Gulbenkian de Ciência.
SEMINÁRIO com ROY ASCOTT "ART, TECHNOLOGY CONSCIOUSNESS AND MOIST MEDIA" Sábado, 24 de Junho Seminário de e ntrada livre sobre a interacção entre a Arte, a Ciência e a Tecno logia, e discussão sobre as nossas assumpções sobre a "realidade". Uma co-produção Lugar Comum / CEM ROY Ascott é, a nível mundial, uma das figuras mais importantes na reformulação e reposicionamento da cultura contemporânea tendo em conta a sua interacção com as novas tecnologias. Desde os anos sessenta que vem assumindo academicamente a s ua posição presente: o pos itivismo a nível da interacção, comunicação, colaboração e conexão das diversas formas culturais - um mundo sem limites nem fronteiras. Roy Ascott, profes sor do Gwe nt College of Hi gher Education, é ainda o fundador do Centre for Advanced Inquiry in the Interactive Arts - CAiiA / Star, uma plataforma de investigação nas artes interactivas (mestrado). Roy Ascott é consu ltor do Lugar C omum, mas também do Ars Eletronica e de empresas como a Telecom Japão e Brasil.
WORKSHOP "ARS ELECTRÓNICA" ARS ELECTRONICA - o MUSEU DO FUTURO, Áustria Tema: Real life - Art online 26 a 30 de Junho O Centro Europeu de Multimédia Ars Electrónica, em Linz, Áustria, existe há 2 anos e é uma das pr incipais referências a nível mundial na área da electrónica e multimédia. O workshop “Real Life-Art online” contou com a participação directa do director do Ars Centre, Gerfried Stocker e do director criativo do Festival Ars Electronica, Horst Hortner, também director do LAB do Ars Electronica e responsável pelos "Artists in Residence". A realização deste Workshop / seminário permitiu fazer a apresentação em Portuga l do C entro Ars Eletronica, dos seus serviços relativos aos "Artists in Residence" assim como do FESTIVAL realizado pelo Centro, o mais importante na área da cultura e novos medias, e do seu prémio - o "Óscar" do multimédia - especificando o seu propósito e as classes nomeadas.
WORKSHOP "KUNST UND TECHNIK" “Augmented Reality” - a ligação entre a realidade material e a realidade virtual, com Jan Edler e Tim Edler O conceito operativo deste workshop é, como muitos outros conceitos e t ermos semelhantes, fortemente dominado por um ponto de vista técnico. Realidade virtual-acrescentada e realidade material-real. Posicionamo-nos no futuro e tent amos olhar para trás. O lhamos para o actual uso dominante do espaço virtual e percebemos que é basicamente, uma tentativa de copiar o mundo material. Vemos o mesmo para as t elecomunicações. O acesso ilimitado a outras pessoas é sempre marcad o por estereotipos comunicacionais, usando o te lefone e o computador e, ainda assim, as pessoas sentem-se isoladas. Neste workshop procurou -se desenvolver a i niciativa e a força visionária para compreender o verdadeiro carácter e o verdadeiro potencial do virtual – acrescentado – e da realidade material.
ARTE DIGITAL, INTERA CTIVIDADE E C RIAÇÃO SONORA: Workshop de Instalações Interactivas Sergi Jordà e Cristina Casanova Workshop sobre tecnologias digitais destinado a músicos, artistas sonoros, artistas visuais, pintores, escultores, vídeocriadores, escritores, guionistas, programadores informáticos criativos.
RE.AL, Companhia João Fiadeiro Lab9 – Projectos em Movimento 18 de Agosto a 3 de Setembro 2000 Foram realizadas “Conferências – demonstração” dos grupos de trabalho e comunicações dos observadores, nos dias 2 e 3 de Setembro
Encontros Intermédia, uma iniciativa do Lugar Comum autoria e direcção de Adriana Sá, 14-20h.
Os Encontros Intermedia ofere ceram um conjunto de espectáculos intermedia (que integram áreas artísticas como som, movimento, vídeo, artes visuais, etc.) e proposições teóricas eventualmente relacionadas, fornecendo material para discussão pública. Procuram-se articular complexidades, mantendo o s seus contornos indeterminados. A perspectiva deste projecto implica um posicionamento para além da n ecessidade de categorização, afirmando uma filosofia de produti vidade através da tr oca inter-pessoal/ colectiva/ pública. Media é aqui considerado simplesmente como medium, i.e., qualquer ferramenta de trabalho ou expressão. Da lista de participantes constou o s performers Adriana Sá, Al exandra Bachzetsis, Ella R aidel, Isabelle Schad, Ludger Lamers , Toshio Kaj iwara, Phill Niblock, Jens Brand, Sam Ashley e os oradores Bragança de Miranda, Rui Eduardo Paes e Fernandes Dias.
Workshop Closing the Loop 01 (CTL 01), Tina Auer and Tim Boykett, (Time’s Up)
Em CTL 01 an alisou-se o indivíduo enquanto unidade biomecânica. Utilizando métodos i novadores na medição das actividades cerebrais, pulso, respiração, resistência da pele e actividade muscular dos indivíduos, os orientadores do workshop procederam a uma transformação dessa informação em som e imagem em "real time" e manipulação da mesma através de processos de feed-back. Partindo de três eixos fundamentais, Biomecânica, percepção e controlo, analisaram-se as var iações comportamentais dos indivíduos quando se altera um dos eixos.
Workshop Travail d'étude sur le temps et en particulier sur l'éphémère Robert Cahen 12 >> 15
Este workshop baseo u-se no estudo sobre o tempo, na ideia de efémero. Partindo do conceito de cartas-postais vídeo estudado por Cahen em projectos anteriores, pretendeu-se que os part icipantes consiguissem construír pequenos poemas com imagem e som sobre um espaço a filmar. Destinou-se essencialmente a videastas e dividiu-se nas seguintes etapas. 1) apresentação do traba lho do videasta (percurso e temáticas), incluíndo a projecção dos trabalhos do autor L’invitation au voyage, Juste le temps, Mo nteverset mer de glace, Karine, Chili Impressions, 7 visions fugitives, le 2eme. jour e les cartes postales video. 2) discussão dos projectos vídeo e definição de pontos de filmagem; 3) visita aos locais de filmagem e filmagem; 4) montagem e sonorização do filme.
CORPOS ON LINE Co-Produção Fórum Dança, shinkansen London, Lugar Comum, Clube Português de Artes e Ideias. Workshop para novas artes performativas e especialistas de novos media, para explorar e investigar o uso potêncial da telamática em comparação com apresentações ao vivo. Os artistas, som, movimento e imagem, os artistas e técnicos, trabalham em rede d e forma a criar um traba lho conjunto a ser transmitido entre dois lugares do Lugar Comum. Cada dia o grupo tem a possibilidade de explorar formas telemáticas com interacções físicas e virtuais do corpo e ju ntar-se para debat e antes de regressar aos estúdios para retocar o resu ltado do seu trabalho. Telemática é a técnica de telecomunicação mais utilizada em negócios para conferências de vídeo, uma transmissão simultânea e em tempo rea l de mater ial audio-visual, permitindo uma comunicação intimista entre espaços distantes.
PROGRAMA REDE DE RESIDÊNCIAS: EXPERIMENTAÇÃO ARTE | CIÊNCIA E TECNOLOGIA O Programa Rede de Residências: Experimentação Arte | Ciência e Tecnologia resulta da cooperação entre a DGArtes/Ministério da Cultu ra e a Ciência Viva, e visa a criação de uma plataforma comum de trabalho e investigação entre artistas e cientistas.
Os objectivos deste programa são proporcionar aos artistas a exploração de territórios artísticos e estéticos com as ferramentas próprias da investigação científica e tecnológica; e aos cientistas a exploração de territórios científicos com as ferramentas próprias da investigação artística e estética. Este programa implica a realização de residências artísticas num conjunto de entidades científicas de acolhimento, onde se desenvolverão projectos artísticos de carácter experimental e transdisciplinar nas áreas de Arquitectura, Artes Visuais, Dança, Design, Música, Teatro e actividades pluridisciplinares, utilizando meios, ferramentas, materiais e processos
É
A REDE - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC) - Instituto de Engenharia Biomédica (INEB – Porto) - Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) - Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) - Departamento de Física da Universidade de Aveiro (DFUA) - Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) - Instituto de Sistemas e Robótica (ISR - Lisboa)
A Nova École des Maîtres É um cu rso de formação teatral avançada que oferece uma ocasião de aperfeiçoamento a ac tores com idades compreendidas entre os 24 e os 32 anos. É promovido por quatro países europeus – Bélgica, França, Itália e Portugal – com o o bjectivo de relacionar jovens actores, formados nos conservatórios e escolas superiores de teatro da Europa e já exercendo uma actividade profissional, com encenadores de renome a nível internacional. Pretende-se dar vida a u ma experiência de trabalho fortemente assente na confrontação e troca de experiências sobre métodos e práticas de encenação, partindo de textos, línguas e linguagens artísticas diferentes, num curso composto por ateliers itinerantes com a duração de cerca de um mês.
International Residency for Emerging Playwrights & Directors – Royal Court Theatre Neste encontro os dramaturgos de diferentes países dos diversos continentes têm possibilidade de trabalhar, durante quatro semanas e em regime intensivo, com reputados dramaturgos, encenadores e actores, e trocarem experiências ou iniciarem projectos com os outros
Os Concursos de Apoios Pontuais a abrir no dia 20.05.09 têm como objecto de apoio, entre outros, a experimentação bem como as residências artísticas e a formação artística e técnica.