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I ENCONTRO DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS DOS
AÇORES, MADEIRA, CANÁRIAS E CABO VERDE
12 / 17 DE SETEMBRO DE 2000
- CISTICERCOSE BOVINA -
Trabalho elaborado por:
José Manuel da Fonseca
Teresa Spínola
A CISTICERCOSE BOVINA IDENTIFICADA
NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
UM PROBLEMA DE SAÚDE ANIMAL
E DE SAÚDE PÚBLICA
CICLO DE VIDA DA TAENIA SAGINATA
ESCOLEXLIGADO AOINTESTINO DELGADO
INGESTÃO
CIRCULAÇÃO
ADULTOSNO INTESTINODELGADO
OVOSNAS FEZES
INGESTÃO DE OVOSEMBRIONADOS OU DE PROGLOTIS
AS ONCOSFERASPENETRAM NO
INTESTINO
CISTICERCUSNO MUSCULO
(ESTADO INFECTANTE)
PROGLOTISGRÁVIDO
(ESTADO DE DIAGNÓSTICO)
INSPECÇÃO SANITÁRIA
-Nas rezes suspeitas são praticadas incisões ao nível das massas
musculares e orgãos de localização preferencial do parasita,
tais como:
- coração;
- cabeça (masséteres externos e internos);
- língua;
- diafragma;
- músculos que recobrem o peritoneu;
- esófago;
- músculos do pescoço e perna.- Todos os cortes são efectuados por forma a não desvalorizar as carcaças.
- É efectuada sistematicamente a pesquisa de presença eventual de Cisticercose Bovina, por corte do coração.
CRITÉRIOS NA DECISÃO SANITÁRIA
1 – Rejeição Total
a) Presença de quistos viáveis qualquer que seja a sua intensidade, devidamente confirmada pelo Laboratório.
b) Detecção generalizada e intensa de quistos, em processo degenerativo
2 – Rejeição Parcial
• Presença de quistos, em processo degenerativo, de forma pontual.
• Localização somente na(s) víscera(s).
AC – Animais oriundos da Região Autónoma dos Açores com estadias inferiores às 18 semanas.
ACT - Animais oriundos da Região Autónoma dos Açores com estadias superiores às 18 semanas.
TRR – Animais nascidos na Região Autónoma da Madeira.
EVOLUÇÃO DA CISTICERCOSE BOVINA ENTRE 1993 E 2000
Nº Animais Nº Animais % Animais Nº Rejeitados % / N.º Animais % / N.º Animais
Anos Abatidos Rejeitados Rejeitados Cisticercose Abatidos Nº % Rejeitados AÇ. CONT. U.E.(HOL)
1993 7.503 131 1.74% 71 0.94% 226 3.01% 54.1% 6.164 0 0
1994 6.611 156 2.35% 73 1.10% 131 1.98% 46.7% 5.621 2 67
1995 5.657 88 1.55% 32 0.56% 128 2.26% 36.3% 4.148 212 307
1996 5.936 97 1.63% 52 0.87% 169 2.84% 53.6% 5.749 4 200
1997 6.447 134 2.07% 80 1.24% 317 4.91% 59.7% 5.995 118 100
1998 6.253 162 2.59% 80 1.27% 298 4.76% 49.3% 5.512 108 327
1999 6.499 120 1.84% 62 0.95% 201 3.09% 51.6% 5.598 267 121
2000 2.704 53 1.96% 26 0.96% 110 4.06% 49.0% 2.454 73 80
(1ºSem.)
Nº Animais /Entradas na RegiãoNº Animais Detectados
N.º Animais Abatidos Açores Continente Holanda1993 7.503 6.1641994 6.611 5.621 2 671995 5.657 4.148 212 3071996 5.936 5.749 4 2001997 6.447 5.995 118 1001998 6.253 5.512 108 3271999 6.499 5.598 269 121
2000 (1º Sem.) 2.704 2.454 73 80
7.503
6.1646.611
5.621
2 67
5.657
4.148
212307
5.936 5.749
4200
6.4475.995
118 100
6.253
5.512
108 327
6.499
5.598
269 121
2.7042.454
73 80
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 (1ºSem.)
RELAÇÃO DOS ABATES COM AS ENTRADAS DE BOVINOS NA R.A.M.
N.º Animais Abatidos Açores Continente Holanda
% de Casos Detectados % de Rejeitados Totais1993 3,01% 0,94%1994 1,98% 1,10%1995 2,26% 0,56%1996 2,84% 0,87%1997 4,91% 1,24%1998 4,76% 1,27%1999 3,09% 0,95%
2000(1ºSem 4,06% 0,96%3,01%
0,94%
1,98%
1,10%
2,26%
0,56%
2,84%
0,87%
4,91%
1,24%
4,76%
1,27%
3,09%
0,95%
4,06%
0,96%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000(1ºSem)
PERCENTAGEM DOS REJEITADOS E DOS DETECTADOS COM CISTICERCOSE EM RELAÇÃO AOS ABATES
- Matadouros da R.A.M. -
% de Casos Detectados % de Rejeitados Totais
N.º Total de Rejeitados N.º Total de Rejeitados/Cisticercose1993 131 711994 156 731995 88 321996 97 521997 134 801998 162 801999 120 62
2000(1ºSem 53 26
131
71
156
73
88
32
97
52
134
80
162
80
120
62
53
26
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
1993 1995 1997 1999
RELAÇÃO DOS REJEITADOS E OS REJEITADOS POR CISTICERCOSE- Matadouros da R.A.M. -
N.º Total de Rejeitados N.º Total de Rejeitados/Cisticercose
ANO Nº CASOS
1999 Nº AC ACT Nº AC ACT TRR Nº AC ACT TRR
Jan. 13 8 7 1 5 3 - 2 1 1 - -
Fev. 9 6 6 - 3 1 - 2 1 - - 1
Mar. 12 10 9 1 2 - 1 1 2 - 1 1
Abr. 10 4 4 - 6 1 1 4 3 1 - 2
Mai. 7 4 3 1 3 - 1 2 1 - - 1
Jun. 10 4 3 1 6 - 5 1 4 - 3 1
Jul. 21 9 6 3 12 2 8 2 6 1 5 -
Ago. 27 12 5 7 15 4 8 3 3 1 1 1
Set. 33 19 16 3 14 2 6 6 4 1 1 2
Out. 11 7 7 - 4 1 1 2 4 3 - 1
Nov. 19 10 7 3 9 1 5 3 7 4 2 1
Dez. 30 15 13 2 15 4 7 4 9 5 4 -
TOTAL 202 108 86 22 94 19 43 32 45 17 17 11
EXPLORAÇÕES PARTICULARES REJEIÇÕES TOTAIS
MAPA MENSAL DOS CASOS POR CISTICERCOSE
MAPA MENSAL DOS CASOS CISTICERCOSE
ANO Nº CASOS
2000 (1º Sem.) Nº AC ACT Nº AC ACT TRR Nº AC ACT TRR
Jan. 7 5 3 2 2 - 1 1 1 - - 1
Fev. 10 8 7 1 2 - 1 1 1 1 - -
Mar. 21 17 17 - 4 - 1 3 4 2 - 2
Abr. 28 19 16 3 9 2 5 2 2 2 - -
Mai. 28 22 9 13 6 - 4 2 14 4 9 1
Jun. 16 13 2 11 3 - 2 1 1 - 1 -
TOTAL 110 84 54 30 26 2 14 10 23 9 10 4
EXPLORAÇÕES PARTICULARES REJEIÇÕES TOTAIS
Número de Casos Detectados TRR e AC e suas Percentagens em relação ao Número de Animais Abatidos
- Matadouro do Funchal -
Nº CASOS % / % / Nº CASOS % / % /
DETECTADOS Nº ANIMAIS Nº TOTAL DETECTADOS Nº ANIMAIS Nº TOTAL
TOTAL Aç. TRR U.E. TRR TRR ABATE AC AC ABATE
1999 5.011 4.208 800 3 32 4,0 0,63 105 2,49 2,09
2000 2.161 1.931 227 21 10 4,4 0,46 56 2,92 2,59
(1º Sem.)
Nº ANIMAIS ABATIDOS
1999/2000 TRR ACTFunchal 18 13C. de Lobos 4 8R. Brava 4Ponta do Sol 2Calheta 2São Vicente 8Santana 9 12Machico 1 13Santa Cruz 8 46
PROVENIÊNCIA DOS ANIMAIS COM BRINCOS DA TERRA E DOS AÇORES COM MAIS DE 18 SEMANAS ABATIDOS NO MATADOURO DO FUNCHAL
-1999 e 1ºSem.2000 -
4 2 1
8
28
13
18
9 8
13
12
4
46
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
Funchal C. de Lobos R. Brava Ponta do Sol Calheta São Vicente Santana Machico Santa Cruz
TRR ACT
CORAÇÃO CABEÇA LÍNGUA CARCAÇA1993 226 47 121994 131 4 11995 128 26 161996 169 17 9 71997 317 15 141998 298 4 231999 163 14 8 57
2000(1.ºSem. 85 11 8 44
226
47
12
131
41
128
2616
169
179 7
317
15 14
298
423
163
148
57
85
11 8
44
0
50
100
150
200
250
300
350
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000(1.ºSem.)
REJEIÇÕES PARCIAIS - Matadouros da R.A.M. -
CORAÇÃO CABEÇA LÍNGUA CARCAÇA
(+) = + de (-) = - de 18 semanasSão Miguel 33 65Santa Maria 5 2Pico 10 10Graciosa 7 3Faial 5 15Terceira 7São Jorge 1 2Flores 1Flores/Corvo 1
Detectados 202Rejeitados Total 45Açores Detectad 108Açores Rejeitad 17
65
210
3
157
2 1 1
33
5 10 7 5 10
10
203040
5060
70
São
Mig
uel
Sant
a M
aria
Pico
Gra
cios
a
Faia
l
Terc
eira
São
Jorg
e
Flor
es
Flor
es/C
orvo
- 1999 - RELAÇÃO DOS CASOS REGISTADOS POR ILHA E O PERÍODO DE
18 SEMANAS- Matadouro do Funchal -
(+) = + de 18 semanas (-) = - de 18 semanas
202
45
108
17
0
50
100
150
200
250
De t e c t a dos Re je it a dos Tot a l Aç ore sDe t e c t a dos
Aç ore sReje it a dos Tot a l
(+) = + de 18 semana(-) = - de 18 semanasSão Miguel 16 32Santa Maria 10 13Pico 10 4Graciosa 5 2Terceira 4São Jorge 1Flores 3
Detectados 110Rejeitados 24Açores De 84Açores Rej 9
32
13
4 2 4 116
10 105 3
0
10
20
30
40
50
São
Mig
uel
Sant
a M
aria
Pico
Gra
cios
a
Terc
eira
São
Jorg
e
Flor
es
- 2000 - RELAÇÃO DOS CASOS REGISTADOS POR ILHA E O PERÍODO DE
18 SEMANAS- Matadouro do Funchal -
(+) = + de 18 semanas (-) = - de 18 semanas
110
24
84
9
0
20
40
60
80
100
120
140
De t ec t ados Re je it ados Tot a l Aç oresDe t ec t ados
Aç oresRe je it ados Tot a l
Graciosa 5
Flores/Corvo1
Terceira 11
São Jorge 3
Faial 15
Pico14
São Miguel 97
Santa Maria 15
Mapa da Região Autónoma dos Açores
CONCLUSÕES- A Cisticercose Bovina representa na Região Autónoma da
Madeira, uma afecção de elevada prevalência, com excepção à Ilha do Porto Santo.
- A parasitose ocasiona nefastas repercussões económicas à pecuária madeirense e desestimula a já débil produção bovina (características do seu desenvolvimento e ao inexpressivo quadro clínico).
-A abrangência concelhia e a envolvência do homem no ciclo da teníase permite avaliá-la e enquadrá-la na esfera da Saúde Pública, acrescido do eventual recrudescimento dos abates clandestinos.-A distribuição, pelas peças anatómicas do cisticercus não difere do universalmente descrito para o tipo de exploração regional (estabulação fixa).
- Considerando o critério das 18 semanas, a contribuição de animais infectados oriundos da Região Autónoma dos Açores, é efectiva.
- As acções passam obrigatoriamente pelos inspectores sanitários de ambas as Regiões Autónomas, redobrando a atenção para esta parasitose.
- A problemática da Cisticercose é ainda uma nebulosa que requer a multiplicação e cruzamento de esforços na mira do entendimento claro e preciso da sua evolução, com a definição de medidas de controlo, no âmbito da Higiene Pública Veterinária e da Saúde Animal.