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I N F Â N C I A Educação Física Escolar 1 Educação Infantil e Ensino Fundamental I Prof. Ms. Eduardo Nascimento

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I N F Â N C I A

Educação Física Escolar 1Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Prof. Ms. Eduardo Nascimento

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Na antiguidade, os gregos utilizavam palavras

ambíguas para classificar qualquer pessoa que

estivesse num estágio entre a infância e a velhice,

não havendo, portanto, um conceito para designar

a infância  ou mesmo uma diferenciação nas

etapas do seu desenvolvimento.

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Nessa época não existia

restrições morais, ocorrendo

a prática do infanticídio. As

crianças tinham acesso a

todas as informações e

atividades do mundo adulto,

podendo casar ou morrer em

batalha muito cedo.

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Já na idade média (período da história da Europa entre os séculos V e XV) o comportamento era caracterizado pela infantilidade entre todas as idades.

Nesse período, a infância durava até os sete anos de idade, pois a partir daí a criança passa a compreender o que os adultos dizem.

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Na idade média, as crianças são vistas como adultos em miniatura e os adultos, tratando-as sem discriminação e sem pudor.

Dessa forma, o desenvolvimento da criança ocorria através das relações que eram estabelecidas com os mais velhos.

As atitudes dos adultos eram refletidas nas atitudes das crianças.

(ARIÈS, 1981)

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O primeiro sentimento que surge em relação a infância é a “paparicação”. Ele surge no meio familiar, na companhia das crianças pequenas.

As pessoas não hesitam mais em admitir o prazer provocado pelas maneiras das crianças pequenas, o prazer que sentem em paparicá-las.

No fim do século XVI e sobretudo no século XVII, alguns consideravam insuportável a atenção (“paparicação”) que se dispensava então às crianças.

(ARIÈS, 1981)

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O segundo sentimento da infância a surgir e desenvolver-se foi a tomada de consciência da inocência e da fraqueza da infância. Este veio de uma fonte exterior a família.

Foram os eclesiásticos, os homens da lei e os moralistas do século XVII que primeiro deram-se conta da necessidade de uma atenção especial a infância.

(ARIÈS, 1981)

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No século XVIII a família passa a reunir os

dois elementos antigos associados a um terceiro

e novo elemento: a preocupação com a higiene e

a saúde física.

(ARIÈS, 1981)

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Em 1850, o mundo, que era um só, virou dois: o das crianças e o dos adultos.

É nele que se falam sobre diferenças entre classes sociais, morte, doença, violência, dinheiro e, o segredo mais bem guardado, o sexo.

De assuntos como esses, as crianças deveriam ser poupadas, em nome de uma infância sadia.

(Urbim, 2009)

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A partir de 1850, tem início o auge do conceito da infância.

As crianças têm roupas, brincadeiras, linguagem e até uma psicologia feita sob medida.

São idealizadas como um tesouro que devia ser preservado ao máximo.

(Urbim, 2009)

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É só na Idade Moderna, com a Revolução Industrial

e o Iluminismo, que as crianças passaram a ser

vistas como um ser social, assumindo um papel

central nas relações familiares e na sociedade,

tornando-se um ser de respeito, com características

e necessidades próprias. (ARIÈS, 1981)

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É durante o processo de aquisição do conhecimento que ela deve ser vista como um ser pleno, cabendo à ação pedagógica reconhecer suas diferenças e construir sua identidade pessoal.

Para isso, é preciso pensar em formas lúdicas e criativas que possam estimular a criatividade e a imaginação da criança.

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É através do lúdico que podemos fazer isso, pois é através da brincadeira que a criança passa a conhecer a si mesma e o mundo que faz parte.

Brincar caracteriza a educação infantil, afinal é brincando que a criança conhece a si e ao mundo.

O brinquedo ajuda na assimilação das regras de convivência e de comportamento.

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Com o sucesso da TV, na década de 50, tem

início o esvaziamento do conceito de infância.

A partir daí, as crianças voltam partilhar de

informações destinadas aos adultos, deixando

a proteção do mundo infantil.

(Urbim, 2009)

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A queda que começou em 1950 tem sinais

muito claros hoje: as crianças estão se

tornando adolescentes cada vez mais cedo, o

trabalho infantil, se der muito dinheiro, está

sendo valorizado e até a Turma da Mônica

precisou ficar adolescente para voltar a

vender.

(Urbim, 2009)

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Infelizmente, o Brasil só perde para a Tailândia nos altos índices de exploração sexual de crianças (a partir de 8, 10 anos de idade) e adolescentes.

Causada pela cultura de violação infantil aliada à pobreza e defrontada com o turismo fundado em uma base erótica, típica de países tropicais como o Brasil.

Fortaleza/CE, Natal/RN, Salvador/BA, Belém/PA, Manaus/AM e Rio de Janeiro/RJ são as capital que concentram o turismo sexual.

(Carta Capital, 2013)

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Estágios de Desenvolvimento da Criança

Jean Piaget

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Outra preocupação que surge na modernidade é com relação aos estágios do desenvolvimento da criança. Tais como:

Estágio sensório- motor

       Estágio pré- operatório

Estágio das operações concretas

Estágio das operações formais

(Piaget, 1989 )

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Estágio sensório- motor (dos 0 aos 18/24 meses)caracterizado pela ausência da função semiótica em que a criança não tem a capacidade de representar mentalmente os objetos.

Estágio pré- operatório (dos 2 aos 7 anos ) a criança não adquiriu ainda a capacidade de colocar-se no lugar do outro, não possuindo o pensamento da irreversibilidade.

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Estágio das operações concretas (dos 7 aos 11/12 anos) é um nível mental em que o indivíduo intervém nos raciocínios privados e nas trocas cognitivas. A linguagem passa a ser fundamental nesse processo.

Estágio das operações formais (dos 11/12 aos 15/16 anos) nesse estágio a criança já pensa em soluções através de hipóteses e não apenas observando a realidade. É nesse estágio que ela atinge o padrão intelectual que terá na idade adulta.

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O desenvolvimento e o processo de aprendizagem estão ligados ao meio social em que a criança vive e tem acesso aos materiais culturais.

E é na escola que ela que ela vivenciará trocas de experiências e aprendizagem ricas em afetividade e descobertas.

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Fases do Desenvolvimento Motor

David Gallahue

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FASE DOS MOVIMENTOS REFLEXOS

A partir da 8ª semana de vida intra-uterina até o

4º mês de nascimento, os movimentos que

compõem o repertório motor do ser humano são

de natureza predominantemente, reflexiva.

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FASE DOS MOVIMENTOS RUDIMENTARES

De 1 a 2 anos de idade, são as primeiras formas

de movimentos voluntários que permitem o

controle postural, movimentos de manipulação e

locomoção.

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FASE DOS MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS

De 2 a 7 anos de idade, a criança adquire uma

série de movimentos que ampliam sua capacidade

de atuação no ambiente. Nesta fase ela passa por

mudanças graduais que podem levá-la a atingir

formas de movimento bem eficientes e

comparáveis à execução de movimentos do

adulto.

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FASE DE COMBINAÇÃO DE MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS

Dos 7 aos 12 anos, há um aumento da capacidade

de combinação dos movimentos como uma melhora

NA EXECUÇÃO DOS MESMOS. NESTA FASE ELA

TAMBÉM SELECIONA AS FORMAS DE

COMBINAÇÕES MAIS EFICIENTES, para

execução de movimentos mais complexos e

específicos.

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FASE DOS MOVIMENTOS CULTURALMENTE DETERMINADOS

Após o atingir ao nível da fase anterior, nesta fase

haverá uma melhora considerável no domínio das

habilidades e um contínuo refinamento das

habilidades especificas, com melhor controle

motor.

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É IMPORTANTE SABER, QUE O PROCESSO DE

DESENVOLVIMENTO, DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ

A MORTE, DEVE REPRESENTAR PARA A CRIANÇA

A POSSIBILIDADE DE DESEMPENHAR,

COMPREENDER E ACEITAR SEU PRÓPRIO RÍTMO

DE VIDA. 

FASES DO DESENVOLVIMENTO SEGUNDO DAVID GALLAHUE

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Ampulheta heurística, como um processo fase estágio descontínuo e sobreposto.‑  (David Gallahue)

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Referências bibliográficas:

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1981.

CRAIDY, Carmem; KAERECHERO, Gládis E. Educação infantil pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.

FAZOLO, Eliane; CARVALHO, Maria Cristina; LEITE, Maria Isabel; KRAMER, Sonia. História e política da educação infantil. Sonimar C. de Faria; in: Educação infantil em curso. Rio de Janeiro: Editora Ravil, 1997. (p. 09 a 37).

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GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J.C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001.

PIAGET, Jean. Psicologia e Epistemologia. Lisboa: Dom Quixote, 1989.

POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância. Rio de Janeiro: Graphia, 1999.

URBIM, Emiliano. O fim da infância (1850-2009). Revista Super Interessante. Disponível no site:http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/historia-infancia-502839.shtml