14
Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 1 ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e COFINS para o consumidor Aparecida Silva Neves de Morais 1 Juliana Ramos Trindade Rosa 2 Jefferson Augusto Pessoa dos Santos 3 Lucas Cordeiro Fagundes Ribeiro 4 Norma Saraiva Soares 5 Resumo O objetivo desta pesquisa é demonstrar o impacto da exclusão do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), uma vez que a base de cálculo das contribuições é composta pelo valor do ICMS. Com base no Recurso Extraordinário nº 574.706/PR, verifica-se que a base de cálculo do PIS e da COFINS deve incidir sobre a receita bruta excluindo-se o ICMS, já que este não deve ser considerado receita, pois não representa acréscimo patrimonial para o contribuinte. O processo metodológico utilizado na pesquisa para responder ao objetivo foi de análise documental. Os resultados evidenciaram alterações no preço de vendas dos produtos, impactando diretamente o consumidor final. Palavras-chave: Base Cálculo. ICMS. PIS. COFINS. INTRODUÇÃO A carga tributária do Brasil é considerada uma das maiores da América Latina representando, aproximadamente, 32% do Produto Interno Bruto (PIB). Este valor é um indicador que expressa a quantidade de recursos que são retirados da sociedade sob a forma de tributos. São considerados no cálculo da carga tributária brasileira os pagamentos obrigatórios definidos em lei, para pessoas físicas e pessoas jurídicas, como: taxas, impostos e contribuições. (RECEITA FEDERAL, 2017; ALEXANDRE, 2015). Entretanto, a elevada carga tributária é mais perceptível pelos tributos que incidem sob o consumo: ICMS, PIS e a COFINS, o que a faz ter uma relevância significativa junto às empresas em suas transações comerciais. Martins (2003) salienta que, tais tributos oferecem os recursos necessários para produzir as atividades que se 1 Bacharel em Ciências Contábeis (2018) pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. [email protected] 2 Mestre em Administração Profissional - Gestão da Inovação e Competitividade pelo UNIPEL (2014). [email protected] 3 Bacharel em Ciências Contábeis (2017) pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix [email protected] 4 Bacharel em Ciências Contábeis (2017) pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. [email protected] 5 Mestre em Economia de Empresas - Mestrado Profissional em Economia de Empresas pela FEAD. (2009). Brasil. E-mail: [email protected]

ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 1

ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo

do PIS e COFINS para o consumidor

Aparecida Silva Neves de Morais1

Juliana Ramos Trindade Rosa2

Jefferson Augusto Pessoa dos Santos3

Lucas Cordeiro Fagundes Ribeiro4

Norma Saraiva Soares5

Resumo

O objetivo desta pesquisa é demonstrar o impacto da exclusão do Imposto sobre

Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo

do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da

Seguridade Social (COFINS), uma vez que a base de cálculo das contribuições é

composta pelo valor do ICMS. Com base no Recurso Extraordinário nº 574.706/PR,

verifica-se que a base de cálculo do PIS e da COFINS deve incidir sobre a receita

bruta excluindo-se o ICMS, já que este não deve ser considerado receita, pois não

representa acréscimo patrimonial para o contribuinte. O processo metodológico

utilizado na pesquisa para responder ao objetivo foi de análise documental. Os

resultados evidenciaram alterações no preço de vendas dos produtos, impactando

diretamente o consumidor final.

Palavras-chave: Base Cálculo. ICMS. PIS. COFINS.

INTRODUÇÃO

A carga tributária do Brasil é considerada uma das maiores da América Latina

representando, aproximadamente, 32% do Produto Interno Bruto (PIB). Este valor é um

indicador que expressa a quantidade de recursos que são retirados da sociedade sob

a forma de tributos. São considerados no cálculo da carga tributária brasileira os

pagamentos obrigatórios definidos em lei, para pessoas físicas e pessoas jurídicas,

como: taxas, impostos e contribuições. (RECEITA FEDERAL, 2017; ALEXANDRE, 2015).

Entretanto, a elevada carga tributária é mais perceptível pelos tributos que incidem

sob o consumo: ICMS, PIS e a COFINS, o que a faz ter uma relevância significativa

junto às empresas em suas transações comerciais. Martins (2003) salienta que, tais

tributos oferecem os recursos necessários para produzir as atividades que se

1 Bacharel em Ciências Contábeis (2018) pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.

[email protected]

2 Mestre em Administração Profissional - Gestão da Inovação e Competitividade pelo UNIPEL (2014).

[email protected] 3 Bacharel em Ciências Contábeis (2017) pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

[email protected] 4 Bacharel em Ciências Contábeis (2017) pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.

[email protected] 5 Mestre em Economia de Empresas - Mestrado Profissional em Economia de Empresas pela FEAD. (2009).

Brasil. E-mail: [email protected]

Page 2: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 2

encontram sob a responsabilidade do Estado, visando custear e satisfazer as

necessidades coletivas da sociedade, destacando o ICMS como maior fonte de

arrecadação.

Conforme a Norma Brasileira de Contabilidade TG 16 (NBC TG 16), os estoques são

ativos mantidos para revendas no curso normal dos negócios, seja em processo de

transformação para vendas ou na forma de materiais para uso consumo ou na

utilização de ativos na produção de um novo produto. A NBC TG 16 evidencia ainda

que o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos

de importação e outros tributos, exceto os recuperáveis perante o fisco, que por sua

vez, impactam diretamente na formação de preço dos produtos e serviços. Ou seja, o

ICMS, PIS e a COFINS não compõem o valor do estoque, logo, são recolhidos ao

erário quando houver a circulação de mercadorias. Nesse sentido, tal incidência causa

uma alteração no nível de produção e circulação dos produtos e serviços.

Dessa forma, a Lei complementar nº 87 de 13 de setembro de 1996, prevê a

incidência do ICMS sobre as operações de circulação de mercadorias, prestação de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e serviços de comunicação. O

ICMS incide, em cada uma das etapas da circulação da mercadoria, sob o valor

agregado ao preço da mercadoria ou serviço, sendo que o consumidor final arcará

com todo o custo no momento da aquisição da mercadoria. (AMORIM, 2007).

O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (COFINS) são contribuições incidentes sobre o faturamento cuja

arrecadação é devida aos cofres públicos da União. Por sua vez, o Imposto de

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) compõe a base de cálculo do

PIS/COFINS, já que estes são calculados com base no preço da mercadoria que

contempla o próprio ICMS. Nesse sentido, sempre que uma empresa efetua uma venda

de mercadoria ocorre, a incidência do ICMS sobre o PIS/COFINS, caracterizando, o

que as empresas alegam de bitributação, ou seja, a tributação do PIS/COFINS em

uma base que contempla ICMS. (FABRETTI, 2009)

O Supremo Tribunal Federal (STF) vinha altercando desde o final da década de 90, a

não inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, nesses quase vinte

anos de discussão, milhares de empresas acionaram a justiça, buscando o que julgam

por direito, excluir o ICMS do cálculo do PIS e COFINS, mas, somente em 15 de

março de 2017 o Supremo Tribunal Federal (STF), definiu como inconstitucional o

ICMS compor a base de cálculo do PIS e da COFINS, no Recurso Extraordinário nº

574.706/PR, o entendimento firmado no julgamento pelos Ministros da Suprema Corte,

concluindo que a parcela do tributo estadual ICMS, representa um mero ingresso às

contas caixa ou contas transitórias, o qual é repassado para o fisco estadual. Estima-

se que tal exclusão causará um impacto superior a 250 bilhões aos cofres públicos.

(ACORDÃO, 2017); (AGUIAR, 2015).

Diante deste contexto da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS, este

trabalho buscou responder à seguinte questão: Qual o impacto da exclusão do ICMS

da base de cálculo do PIS/COFINS terá para o consumidor?

Page 3: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 3

Dentro dessa perspectiva definiu-se o objetivo de levantar os impactos causados pela

exclusão do ICMS, bem como comparar os valores das notas fiscais com e sem o

ICMS na base de cálculo do PIS/COFINS para responder à questão.

A metodologia utilizada na pesquisa para responder ao objetivo foi análise

documental, que se deu por meio de documentos fiscais de janeiro a dezembro de

2017. Esta é uma pesquisa de natureza teórica e empírica. A partir da análise dos

dados, espera-se que a pesquisa contribua suprindo as lacunas de entendimento sobre

os impactos causados pela exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS, a

partir da análise de um empreendimento comercial por meio de dados primários cuja

empresa é vinculada ao regime de tributação não cumulativo, optante do Lucro Real.

Segundo as Normas Brasileiras da Contabilidade TG 16 (NBC TG 16), os estoques

compõem a formação do preço de venda de mercadorias. Ao considerar o ICMS na

base de cálculo do PIS e COFINS, aufere mercadorias mais caras para o consumidor

final. Desta forma, este trabalho torna-se relevante para a sociedade por demonstrar

como a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS impacta diretamente o

nível de preços dos produtos no mercado.

Para a academia, esta pesquisa torna-se relevante por discorrer sobre um assunto que

ainda não é voltado ao comércio em geral, todavia, poderá impactar caso venha ser

aplicado de forma abrangente e justifica-se ainda pelo interesse dos autores em

agregar maior valor intelectual, proporcionando um melhor desenvolvimento acadêmico

e profissional.

Este estudo está dividido em cinco seções. A primeira seção apresenta o referencial

teórico, que aborda os principais conceitos e aspectos relacionados a informações

sobre os impostos estudados na pesquisa. Na segunda seção encontra-se a descrição

da metodologia utilizada para a realização do artigo. A terceira seção é a introdução

que contextualiza o tema e abordagem do objetivo e justificativa da pesquisa, ao

passo que, os resultados e discussões bem como as considerações finais são

apresentados nas duas últimas seções.

METODOLOGIA DA PESQUISA

Conforme descreve Beuren (2014) a organização da metodologia da pesquisa deve

considerar diferentes técnicas ou recursos utilizados para o seu desenvolvimento, a fim

de alcançar o objetivo determinado ou prenunciado. Nesta mesma linha, os autores

Fonseca (2017) e Andrade (2002), enfatizam que a pesquisa científica resulta de uma

investigação ou exame minucioso e aprofundado, tendo como finalidade solucionar um

problema, valendo-se de métodos científicos. Para o alcance deste, a pesquisa

caracteriza-se como documental, ao passo que, foram analisados, documentos que

ainda não receberam tratamento analítico podendo, dessa forma, ser adaptado de

acordo com o objetivo da pesquisa conforme pontua Gil (2002).

O presente estudo, ainda, tem caráter qualitativo. De acordo com Beuren (2014), este

tipo de pesquisa se configura em qualitativa quando visa destacar características não

observadas por meio de um estudo quantitativo, ou seja, deve-se considerar como

forma adequada para conhecer a natureza de um fenômeno social ainda inexistente e,

corroborando com o conceito de população ou universo descrito pelos autores

Page 4: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 4

Lakatos Marconi (2008), como todos os elementos diferentes que possuem clara

semelhança nas características para determinado estudo. Logo, esta pesquisa terá

como universo o consumidor.

A unidade amostral deste trabalho compreendeu as notas fiscais que continham

produtos com tributação direta de PIS e da COFINS, excluindo as demais notas que

continham produtos com alíquota zero, monofásico, produtos suspensos da

contribuição e substituição tributária. Para uma melhor análise, as notas fiscais

selecionadas foram somadas de acordo com o período de apuração. Os quadros a

seguir representam os totais por operações.

Tabela 01- Total Notas Fiscais de compras 2017

2017/Compra VL. Total Produto BC ICMS ICMS PIS COFINS

Janeiro 6137,40 6137,40 1104,73 101,25 466,44

Fevereiro 8484,28 8484,28 1527,17 139,99 644,80

Março 9629,18 9629,18 1733,24 158,89 731,83

Abril 4460,36 4460,36 802,87 73,19 337,05

Maio 7550,70 7550,70 1153,78 124,59 573,86

Junho 10266,86 10266,86 1848,03 169,41 780,27

Julho 13456,80 13456,80 2422,22 222,04 1022,72

Agosto 13977,52 13260,60 2288,74 230,61 1062,26

Setembro 9933,65 9933,35 1788,02 163,91 754,93

Outubro 13925,93 13132,75 2184,18 229,74 1058,40

Novembro 8862,51 8362,58 1392,29 146,19 673,35

Dezembro 10978,81 10978,81 1976,18 181,18 834,00

TOTAL 117664,00 115653,67 20221,45 1940,99 8939,91

Fonte: Elaboração própria (2018)

Tabela 02 - Total Mensal Notas Fiscais Vendas 2017

2017/Vendas VL.Total

Produto

BC. ICMS ICMS PIS COFINS

Janeiro 9090,10 6443,00 1159,74 149,99 690,85

Fevereiro 3907,10 2217,92 399,23 64,47 296,94

Março 1937,00 1937,00 348,66 31,96 147,21

Abril 2923,81 683,56 123,04 48,24 222,21

Maio 3978,30 2187,94 393,83 65,64 302,35

Junho 2732,80 594,10 106,94 45,09 207,69

Julho 8387,00 8387,00 1509,66 138,39 637,41

Agosto 4473,60 1768,30 318,29 73,81 339,99

Setembro 10227,10 10227,10 1840,88 168,75 777,26

Outubro 11860,02 3450,92 621,17 195,69 901,36

Novembro 8032,10 4358,73 784,57 132,53 610,44

Dezembro 13441,01 3845,90 692,26 221,78 1021,52

TOTAL 80989,94 46101,47 8298,26 1336,33 6155,24

Fonte: Elaboração própria (2018)

Page 5: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 5

As respectivas notas fiscais foram colhidas de uma sociedade empresária de comércio,

e para a análise, optou-se por selecionar 4 notas de cada mês, perfazendo um total

de 48 notas fiscais de compra e 48 notas fiscais de venda, totalizando, portanto, 96

notas fiscais analisadas.

REFERENCIAL TEÓRICO

A seguir, serão apresentadas as teorias que embasam o entendimento da situação

problemática levantada. Tal fundamentação teórica passa pelas conceituações de

autores, normas e leis relacionadas aos tributos, com ênfase para o ICMS e suas

especificidades, foco deste trabalho.

Tributo

O Código Tributário Nacional define tributo em seu artigo 3º como sendo toda

prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa evidenciar,

exceto em unidade de bens diversos do dinheiro, e de caráter provido do ato ilícito,

violando ou causando danos a outrem, devida ao Estado ou a entidades não estatais

cujas finalidades são de interesse público, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa a qual o tributo esteja vinculado. (SABBAG, 2014).

Em conformidade, Fabretti (2009) e Martins (2003) definem que o tributo possui o

objetivo de arrecadar recursos financeiros para os cofres públicos visando custear e

satisfazer as necessidades coletivas da sociedade, resguardando o conceito de tributo

como sendo pagamento obrigatório em moeda com o qual se extingue a obrigação

tributária.

Corroborando, Machado (2014) define tributo como sendo a parcela obrigatória devida

pelo contribuinte determinada em lei, ou seja, o dever de pagar o tributo decorre

independente de sua escolha, onde o Estado recolhe sua parcela sobre a receita do

patrimônio dos indivíduos, fundamentado em lei fazendo valer seu poder fiscal,

embasado por normas do direito público, constituídos do direito tributário.

Faturamento

O Faturamento é o valor total das operações negociadas e realizadas pelo

contribuinte, sendo ele oriundo da venda de mercadorias tanto a prazo quanto à vista.

Para que o montante seja considerado receita deve haver a incorporação de valor

monetário que integre como fonte de riqueza aumentativa, o patrimônio, devendo ser

excluídas as entradas de caráter provisório que o estabelecimento receba em nome de

terceiros, o Estado. (ALEXANDRE, 2015; CALMON, 2011).

Ponderando Fabretti (2009) destaca que o conceito técnico de faturamento está

inteiramente ligado a obtenção de receitas através das vendas de bens ou nasce da

prestação de serviço, e que advém da legislação comercial que decorre do ato de

emitir faturas, ou seja, somente aquele que está autorizado a emitir faturas, é o

comerciante que pratica atos de comércio estando em conformidade com a Lei nº

5.474, de 18 de julho de 1968, uma vez que, somente aquele que exerce com

habitualidade, transações comerciais detém a autorização para emitir o título de

crédito denominado duplicata em uma transação comercial.

Page 6: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 6

Impostos sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações

de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação: ICMS

Os impostos são recursos necessários para produzir as atividades que se encontram

sob a responsabilidade do Estado. Entretanto, a elevada Carga Tributária Brasileira é

mais perceptível pelos tributos que incidem sobre o consumo e serviço, tendo o ICMS

como a maior fonte de arrecadação ao erário, ou seja, é fonte de receita dos

Estados e do Distrito Federal. (FERREIRA, 2015)

Conforme a Lei Complementar nº 87, de 13 de Setembro de 1996, conhecida como

Lei Kandir, o ICMS é de competência de cada Estado e do Distrito Federal, agregando

mais quatro impostos em sua base, reformando o antigo ICM (Imposto de Circulação

de Mercadoria) incluindo a letra S de Serviço que contempla o transporte entre

municípios e entre Estados, conforme descreve os autores Costa Rodrigues (2016) e

Amorim (2007), o imposto tem como incidência principal as operações relativas à

circulação de mercadorias, inclusive, em estabelecimentos que tem como atividade fim

o fornecimento de alimentos e bebidas, serviços interestaduais e intermunicipais,

serviço de comunicação e energia elétrica.

Por sua vez, o mesmo não incide sobre as operações que destinem transação de

mercadorias ao exterior, livros, jornais ou similares, apresentação em mídias

eletrônicas, saída de mercadorias do estabelecimento prestador de serviços alcançado

por tributação municipal, dentre outros. (IUDICIBUS, MARION, 2010).

Contudo, a base de cálculo do ICMS é composta pelo montante que se constitui dos

valores recebidos ou debitados pelo adquirente ou pelo remetente, como frete,

seguros, juros, acréscimo ou outra despesa; destaca-se, que a sua base não inclui o

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) quando a operação se dá por meio de

contribuintes e relativa a produtos destinados a industrialização conforme a pondera

Fabretti, (2009).

A tabela a seguir tem o objetivo demonstrar a base de cálculo do ICMS, a qual é

composta pelos seguintes valores: valor total dos produtos, valor do frete, valor do

seguro e outras despesas acessórias, considerando a alíquota de 18%.

Tabela 03- Demonstração destaque da nota fiscal

BASE CÁLCULO ICMS VALOR ICMS BASE CÁLCULO ICMS

ST

VALOR ICMS

ST

VALOR TOTAL

PROD.

4.265,00 767,7 0 0 3.750

VALOR FRETE VALOR

SEGURO

OUTRAS DESPESAS VALOR IPI VALOR TOTAL

NOTA

500 4,55 10,45 0 4.265,00

Fonte: Elaboração própria (2018).

Não Cumulatividade

Carraza (2011) define a não cumulatividade do ICMS como o princípio tributário, onde

o Estado deve instituir e regulamentar, sobretudo, assegurar que a cadeia produtiva

do ICMS sobre os produtos não tenha acréscimo em cada uma das transações

comerciais. Entre outras palavras, Amorim (2007) descreve que a não cumulatividade

Page 7: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 7

do ICMS permite que o crédito fiscal das compras de bens e serviços seja deduzido

nas saídas das mercadorias, resultando e traduzindo-se na garantia de que a

cobrança do imposto não será cumulativa, podendo ser compensado o valor devido

em cada operação com o valor cobrado nas transações anteriores preservando a sua

essencialidade.

Corroborando, Machado (2014) cita que ao final da apuração, se deve verificar o valor

correspondente que cabe aos cofres públicos, uma vez que cada compra tributada

resulta em registro de crédito sobre o valor pago desta transação comercial. Logo,

quando essa mercadoria é destinada ao consumidor final tem-se o registro do débito

para com os cofres públicos. Em suma, o imposto poderá ser seletivo em função da

essencialidade das mercadorias e dos serviços vinculados a este.

Fabretti (2009) destaca que se os créditos forem iguais aos débitos, não haverá

créditos transferidos para o próximo período de apuração nem débitos a serem

recolhidos ao erário. Caso as operações sejam isentas da tributação ou não incidência

na venda do produto, o mesmo terá a anulação do crédito anterior de outras

operações, isto posto que, o ICMS possui função fiscal, sendo o imposto com a maior

fonte de receita dos Estados e do Distrito Federal e a recuperação dos créditos

tributários, se torna uma alternativa considerável para reduzir custos tributários

abordado por Gouveia (2001).

Programa de Integração Social: PIS e Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social: COFINS

O Programa de Integração Social (PIS) criado na década de 70, conforme a redação

dada pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, Art. 239, § 3º deste

artigo, teve com o objetivo de integrar os funcionários para o desenvolvimento das

organizações, com distribuição de quotas de participação em espécie desse fundo.

Anos mais tarde, no final da década de 80 a Constituição Federal modificou o

objetivo dessa contribuição que passou a financiar o programa de seguro-desemprego

e o abono do salário mínimo. (IUDICIBUS, MARION, 2010).

Gouveia (2001) ressalta que na mesma década de 80 foi criado o FINSOCIAL, que

tinha como finalidade custear os investimentos de assistência à: alimentação,

habitação popular, saúde, educação e amparo ao pequeno agricultor. Entretanto, partir

da década de 90 foi substituído pela Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (COFINS) instituída pela Lei Complementar nº 70, de 30 de

dezembro de 1991; salienta se que a contribuição, atualmente, é regida pela Lei nº

9.718/1998, sendo subsidiado por todo corpo social, ou seja, pessoas jurídicas de

direito privado em geral, inclusive, as pessoas a elas equiparadas pela legislação do

Imposto de Renda.

Base de cálculo PIS e COFINS

Em conformidade, a Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, a base de cálculo do

PIS e da COFINS é apurada com base no faturamento mensal, a qual é auferida pela

organização. Entende-se como total das receitas geradas independente da sua

denominação ou classificação contábil conforme descreve Fabretti (2009).

Page 8: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 8

Com efeito, os Dispositivos legais, a Lei n° 10.637, de 30 de dezembro de 2002, art.

3°, inciso II; Lei n° 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 3°, inciso II, não integra a

base de cálculo do PIS/COFINS, receitas isentas, não alcançadas pela incidência da

contribuição ou sujeitas à alíquota zero, tais como às não operacionais, venda dos

produtos derivados de petróleo e gás natural, produtos ou bens submetidos à

incidência monofásica da contribuição, vendas canceladas e aos descontos

incondicionais concedidos reversão de provisões e recuperação de créditos baixados

como perda, que não representem ingresso de nova receita, o resultado positivo da

avaliação pelo custo de aquisição que tenham sido computados como receita.

Contudo, a Emenda Constitucional nº 47, de 5 de Julho de 2005,

altera os art. 195 da Constituição Federal, para dispor sobre a Previdência Social,

conforme descreve o, § 9º onde as contribuições sociais previstas no inciso I do

caput deste artigo, poderão apresentar alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas,

em razão da atividade econômica geradora de riqueza, da utilização intensiva de mão-

de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

Em conformidade, se destacam as alíquotas aplicadas para o Regime Cumulativo e

Não Cumulativo apresentadas no quadro abaixo ainda pelos dispositivos da Lei nº

10.637/02 para PIS e Lei nº 10.833/03 para COFINS:

Quadro 01 - Alíquotas PIS e COFINS

Regime Cumulativo Regime Não Cumulativo

Empresas optantes pelo regime de

tributação Lucro Presumido

a) Alíquota cumulativa: PIS 0,65%;

COFINS 3%.

Empresas optantes pelo regime de tributação

Lucro Real

b) Alíquota não - cumulativa: PIS

1,65%; COFINS 7,60%

Fonte: Elaboração própria (2018)

No entanto, Calmon (2014) ressalta que a não cumulatividade do PIS e da COFINS,

não possui a mesma característica do ICMS citado no tópico acima, já que é

determinada em Lei e não pela Constituição, como o caso do ICMS. Trata-se dos

cálculos em que os impostos serão submetidos na sua apuração, ou seja, como

apurar o imposto devido com o aproveitamento do valor de certas despesas feitas

pelos contribuintes, como por exemplo: aquisição de bens para ativo fixo, aquisição

de insumos e até algumas despesas financeiras. Em outras palavras, Fabretti (2009)

considera que a base de cálculo passou a ser mais sofisticada.

DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Haja vista a considerável extensão da presente pesquisa optou-se por colher tais

dados no período de um ano, delimitando a amostra entre janeiro a dezembro do

ano 2017, com o intuito de obter um percentual do impacto da exclusão do ICMS da

base de cálculo dos tributos supracitados. Foram analisadas 96 notas fiscais e

recalculadas. Por este motivo optou-se por realizar um estudo amostral, ou seja,

utilizar frações de um universo da pesquisa, uma amostragem (BEUREN, 2014).

Page 9: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 9

Após a tabulação das informações, foi possível verificar nas amostras coletadas os

valores de PIS e da COFINS sob as alíquotas de 1,65 e 7,60, tanto nas entradas

quanto nas saídas, bem como os respectivos valores de ICMS, demonstrado

anteriormente nas tabelas 1 e 2; tendo em vista as identificações e as análises das

notas fiscais colhidas no período de janeiro a dezembro de 2017, foram separadas de

acordo com a ordem anual, sendo então, separadas e agrupadas mensalmente por

compra e venda.

Após a verificação e análise, iniciou se os cálculos da exclusão do ICMS da base de

cálculo do PIS e COFINS considerando alíquota de 18% para o ICMS, alíquota de

1,65% para o PIS e alíquota 7,6% para a COFINS. Conforme é descrito por Machado

(2014) a alíquota é utilizada habitualmente para indicar o percentual a ser aplicado

sobre a base de cálculo, para determinar o valor do tributo, ou seja, este percentual

que nos indica imposto devido conforme apresentado nas tabelas1 e 2.

Isto posto que, o produto possui em seu valor final o percentual de 27,25% de

imposto embutido nas mercadorias, ou seja: (18% ICMS + 9,25% PIS/COFINS), assim

sendo, as tabelas 4 e 5 demonstram a base de cálculo do PIS e da COFINS

expurgando o ICMS de suas respectivas bases de cálculo, as tabelas apresentam

também o valor total dos produtos recalculados, tanto nas aquisições de mercadorias

para revendas, sobretudo nas vendas diretas para consumidor final:

A tabela 4 representa o valor total mensal das aquisições de mercadorias para

revendas.

Tabela 04 – Exclusão ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS – Compra 2017

2017 VL. Total

Produto

ICMS BC PIS/COFINS PIS COFINS VL. Prod.

Recalculado

Janeiro 6137,40 1104,73 5032,67 83,04 382,48 6035,23

Fevereiro 8484,28 1527,17 6957,11 114,79 528,74 8343,02

Março 9629,18 1733,24 7895,94 130,28 600,09 9468,83

Abril 4460,36 802,87 3657,49 60,35 277,97 4388,44

Maio 7550,70 1153,78 6396,92 105,55 486,17 7443,97

Junho 10266,86 1848,03 8418,83 138,91 639,83 10095,92

Julho 13456,80 2422,22 11034,58 182,07 838,63 13232,74

Agosto 13977,52 2288,74 11688,78 192,86 888,35 13765,86

Setembro 9933,65 1788,02 8145,63 134,40 619,07 9768,28

Outubro 13925,93 2184,18 11741,75 193,74 892,37 13723,90

Novembro 8862,51 1392,29 7470,22 123,26 567,74 8733,97

Dezembro 10978,81 1976,18 9002,63 148,54 684,20 10796,37

TOTAL 117664,00 20221,45 97442,55 1607,80 7405,63 115796,53

Fonte: Elaboração própria (2018)

A tabela 5 representa o valor total mensal das vendas, onde os impostos são

repassados para o consumidor final.

Tabela 05 – Exclusão ICMS da base de cálculo PIS e COFINS – Vendas 2017

Page 10: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 10

2017 VL. Total Produto ICMS BC. PIS/COFINS PIS COFINS VL. Prod. Recalculado

Janeiro 9090,1 1159,74 7930,36 130,85 602,71 8982,82

Fevereiro 3907,1 399,23 3507,87 57,88 266,6 3870,17

Março 1937 348,66 1588,34 26,21 120,71 1904,75

Abril 2923,81 123,04 2800,77 46,21 212,86 2912,43

Maio 3978,3 393,83 3584,47 59,14 272,42 3941,87

Junho 2732,8 106,94 2625,86 43,33 199,57 2722,91

Julho 8387 1509,66 6877,34 113,48 522,68 8247,36

Agosto 4473,6 318,29 4155,31 68,56 315,8 4444,16

Setembro 10227,1 1840,88 8386,22 138,37 637,35 10056,82

Outubro 11860,02 621,17 11238,85 185,44 854,15 11802,56

Novembro 8032,1 784,57 7247,53 119,58 550,81 7959,53

Dezembro 13441,01 692,26 12748,75 210,35 968,9 13376,98

TOTAL 80989,94 8298,26 72691,68 1199,41 5524,27 80222,35

Fonte: Elaboração própria (2018)

Após recalcular as notas fiscais de compra, foi possível comparar seus valores antes e

depois da exclusão do ICMS da base das contribuições nas transações comerciais, de

mercadorias destinadas a revendas, houve uma redução de:

Valor do PIS e COFINS: 1867,47 sendo que:

"1,65% PIS": 333,19

"7,6% COFINS": 1534,28

Houve uma redução de: 17,16 % no valor das contribuições.

Isto posto que a exclusão do ICMS nas transações comerciais para consumidor final

obteve, uma redução de:

Valor do PIS e COFINS: 767,89 sendo que:

"1,65% PIS": 136,92

"7,6% COFINS": 630,97

Houve uma redução de: 10,25 % no valor das contribuições.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme descrito, o impacto do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS é a

sobrecarga da carga tributária, considerando um preço mais próximo a realidade do

consumidor a quem arca com o ônus deste. Para o alcance do objetivo deste

trabalho, foram analisadas 96 notas, fiscais durante o ano de 2017 sendo 48 notas

de compra para revenda e 48 de vendas de mercadorias conforme demonstrado nas

tabelas 1 e 2; 4 e 5. Perfazendo essa análise, resultou o cálculo do PIS e COFINS

com e sem o ICMS integrando suas bases de cálculo, a fim de identificar o impacto

que a exclusão do ICMS do PIS e COFINS, principalmente para o consumidor final.

A pesquisa realizada demonstrou as reduções das contribuições PIS e da COFINS de

17,16% sobre as compras e 10,25% das contribuições nas vendas. Esta redução

interfere na economia financeira do contribuinte final que, ao obter uma mercadoria

Page 11: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 11

mais barata, apresenta um poder de compra maior. Ainda com o resultado das

análises, foi possível perceber que a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e

da COFINS causa impacto sobre tudo, na gestão fiscal das empresas. Tendo em vista

que a exclusão do tributo da base de cálculo do PIS e da COFINS pode ser

considerada como avanço para a diminuição da carga tributária incidente sobre o

consumo, já que a parcela é retirada em forma de tributos da sociedade e destinada

ao Estado.

Por fim, ressalta-se que a presente pesquisa foi um importante instrumento de análise

e estudo da legislação fiscal tributária, demonstrando a responsabilidade do Contador

diante do excesso de normas e leis. Sendo assim, o profissional Contábil deve fazer

um acompanhamento regular das modificações do texto legal para uma melhor

aplicação das mesmas; e, para estudos posteriores, recomenda-se, que sejam

realizadas outras pesquisas abrangendo um período maior e com outras variáveis para

a confirmação dos resultados apresentados neste estudo, bem como, o impacto que

tal exclusão teria na formação do custo do produto o que possibilitaria uma redução

ainda maior em seu preço final.

Contudo, esperamos que muito em breve a modulação dos embargos venha ser

aplicada de forma abrangente a todas as empresas que tenham em sua atividade final

a circulação de mercadorias, não somente para as empresas que possuem os

recursos para tal benefício. Vale ressaltar que os resultados obtidos neste trabalho

são limitados quanto ao período e à metodologia aplicada, pois podem variar com a

análise de outro período ou com a aplicação de outros métodos de análise.

Conclui-se que a alta concentração de tributos indiretos traz baixa transparência na

formação de preços de produtos e insumos, dificultando a competição baseada em

eficiência, causando assim elevada carga tributária, que, por conseguinte gera

deformações no modelo de negócio idealmente desejado pelas empresas, quando se

faz ou se tem, uma composição fidedigna e legal de preço, auxilia na estratégia de

vendas, compras e como consequência impacta no lucro que é gerado pelo

consumidor final que, ao obter um produto com um custo menor, aumenta seu poder

de compra, aquecendo a economia e a dinamização do mercado.

ICMS: Impacts of the exclusion of the PIS

and COFINS calculation basis for the consumer

Abstract

The objective of this research is to demonstrate the impact of the exclusion of the Tax

on Operations Related to the Circulation of Goods and Services (ICMS) from the

calculation basis of the Social Integration Program (PIS) and the Contribution for Social

Security Financing (COFINS), once that the basis of calculation of the contributions is

composed by the value of ICMS. Based on Extraordinary Appeal No. 574.706 / PR it

was verified that the calculation base of PIS and COFINS should be based on gross

revenue, excluding ICMS, since this should not be considered as revenue, since it does

not represent an increase in equity for the taxpayer. The methodological process used

in the research to respond to the objective was documental analysis. The results

showed changes in the sales price of the products, directly impacting the final

consumer.

Page 12: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 12

Keywords: Base Calculus. ICMS. PIS. COFINS.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Hugo Silva. A Inconstitucionalidade da Inclusão do ICMS na base de cálculo

do PIS e COFINS. Monografia. Brasília, 2015.

ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 9. ed. São Paulo: Método, 2015.

AMORIM, João. ICMS Questões Controvertidas doutrina e jurisprudência: Niterói, RJ:

Impetus, 2007.

ANDRADE, Maria Margarida. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação:

noções práticas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria

e prática. São Paulo: Atlas, 2006 9ª reimpressão 2014.

BRASIL, Carga tributária no Brasil, 2015. Análise por tributos e Base de Incidência.

Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/receitadata/estudos-e-tributarios-

e-aduaneiros/estudos-e-estatisticas/carga-tributaria-no-brasil/ctb-2015.pdf> Acesso em:

16 de set. 2017.

BRASIL. EMENTA: Recurso extraordinário com repercussão geral. exclusão do ICMS na

base de cálculo do PIS e COFINS. Definição de faturamento. apuração escritural do

icms e regime de não cumulatividade. Recurso provido. Disponível em:

<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incide

nte=2585258&numeroProcesso=574706&classeProcesso=RE&numeroTema=69>Acesso: 05

de Out. 2017.

BRASIL, Normas Brasileiras de Contabilidade. Disponível em:

<http://www.portalcfc.org.br/wordpress/wpcontent/uploads/2012/12/NBC_TG_GERAL_CO

MPLETAS_271112.pdf> Acesso em: 30 Mai. 2019.

BRASIL, Planalto. Lei Complementar nº 87, de Setembro de 1996. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm> Acesso em: 16 de Out. 2017.

BRASIL, Planalto. Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.833.htm> Acesso em: 16 de set.

2017.

BRASIL, Planalto. Lei nº 5.474, de 18 de julho de

1968<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5474.htm>Acesso em: 25 Jun. 2019.

BRASIL, Planalto. Lei nº 10.637, de 30 de Dezembro 2002. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10637.htm.> Acesso em: 16 de Set.

2017.

BRASIL, Planalto. Emenda Constitucional nº 47, de 5 de Julho de 2005. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm> Acesso

em: 16 de Out. 2017.

Page 13: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 13

BRASIL, Planalto. Lei nº 9.718, de 27 de Novembro de 1998. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9718compilada.htm> Acesso em: 16 de Out.

2017.

BRASIL, Planalto. Lei Complementar nº 70, de 30 de Dezembro de 1991. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp70.htm> Acesso em: 16 de Out. 2017.

BRASIL, Planalto. Lei Complementar nº7, de 7 Setembro de 1970. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp07.htm> Acesso em: 16 de Out. 2017.

BRASIL, Recurso Extraordinário com repercussão Geral. Disponível

em:<https://www.conjur.com.br/dl/acordao-icms-nao-integra-base-calculo.pdf>Acesso em:

15 set. 2018

BRASIL, Planalto. Lei nº 10.637, de 30 de Dezembro 2002. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10637.htm.> Acesso em: 16 de set.

2017.

BRASIL, Planalto. Emenda Constitucional nº 47, de 5 de Julho de 2005. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm> Acesso

em: 16 de Out. 2017.

BRASIL, Planalto. Lei nº 9.718, de 27 de Novembro de 1998. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9718compilada.htm> Acesso em: 16 de Out.

2017.

BRASIL, Planalto. Lei Complementar nº 70, de 30 de Dezembro de 1991. Disponível em:

<http://http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp70.htm> Acesso em: 16 de

Out. 2017.

BRASIL, Planalto. Lei Complementar nº7, de 7 Setembro de 1970. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp07.htm> Acesso em: 16 de Out. 2017.

BRASIL, Planalto. Lei Complementar nº 87, de Setembro de 1996. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm> Acesso em: 16 de Out. 2017

CALMON, Sacha Navarro Coelho. Curso de Direito Tributário Brasileiro: 13ª.ed. rev. Rio

de Janeiro: Forense, 2014.

CALMON. Sacha Navarro Coelho. O ICMS não integra a base de cálculo do

PIS/COFINS

– ADC Nº 18. Revista Eletrônica de Direito Tributário. ABDF. Número 4. Rio de Janeiro.

2011. Disponível em:

http://www.abdf.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=184:volume-1-

numero-04-ano-2011&catid=37:anteriores&Itemid=39> Acesso em: 15 set. 2018.

http://www.abdf.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=178

CARRAZZA, Roque Antônio. ICMS. 15. ed. rev. e ampl, São Paulo: Malheiros, 2011

CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 16 ª. ed. rev. e

ampl, São Paulo: Malheiros, 2001.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5 ª. ed. São Paulo:

Prentice Hall, 2002.

COSTA, Alexandre Freitas; RODRIGUES, Raphael Silva. Tributação Sobre o Consumo. 1

ª. ed. Minas Gerais: D Plácido, 2016.

Page 14: ICMS: Impactos da exclusão da base de cálculo do PIS e

Revista Tecer - Belo Horizonte – vol. 12, nº 22, maio de 2019 14

FABRETT, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária: 11ª. ed. rev. São Paulo Atlas,

2009.

FABRETTI, Láudio Camargo. Direito Tributário Aplicado: Impostos e Contribuições das

Empresas. 2 ª. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

FERREIRA, Domine Castro. A Carga Tributária Indireta e os Seus Efeitos Sobre a

Consciência Fiscal do Contribuinte. 79f.Monografia (Especialização). Instituto Brasiliense

de Direito Público. Brasília: IDP/EDB, 2015.

FONSECA, João José Saraiva da Fonseca. Apostila de metodologia da pesquisa

científica. Ceará, 2017.

IUDÍCIBUS, Sergio de. MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial: 9 ª.ed. São Paulo:

Atlas S.A, 2010.

MACHADO, Hugo de Brito. Curso Direito Tributário. 35ª.ed. rev. amp. São Paulo.

Malheiros Editores, 2014.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia

científica: 6ª.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MARTINS, Sergio Pinto. Manual de direito tributário. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI,

TCC, monografias, dissertações e teses. 2. ed. rev. São Paulo: Pioneira, 2001.

SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2014

Recebido em 08/09/2018

Aprovado em 04/12/2019