12
Boletim j Manual de Procedimentos Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Depósito fechado a ICMS - Armazém-geral ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 40/2014 Rio Grande do Sul / a Federal IPI Reparo de produto por defeito de fabricação - Tratamento fiscal 01 / a Estadual ICMS Importação 04 / a IOB Setorial Estadual Apícola - Tributação do ICMS nas operações com mel 09 / a IOB Comenta Federal Simples Nacional - Informação sobre a incidência de tributos nos documentos fiscais - Critérios opcionais 09 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Industrialização por encomenda - Amostra grátis 10 ICMS/RS Base de cálculo reduzida - Medicamentos similares 10 Consignação mercantil - Mercadorias sujeitas ao regime de substitui- ção tributária - Inaplicabilidade 10

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Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

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Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Depósito fechado

a ICMS - Armazém-geral

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 40/2014

Rio Grande do Sul

/a FederalIPIReparo de produto por defeito de fabricação - Tratamento fiscal . . . 01

/a EstadualICMSImportação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB SetorialEstadualApícola - Tributação do ICMS nas operações com mel . . . . . . . . . . . 09

/a IOB ComentaFederalSimples Nacional - Informação sobre a incidência de tributos nos documentos fiscais - Critérios opcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB Perguntas e RespostasIPIIndustrialização por encomenda - Amostra grátis . . . . . . . . . . . . . . . 10

ICMS/RSBase de cálculo reduzida - Medicamentos similares . . . . . . . . . . . . . 10Consignação mercantil - Mercadorias sujeitas ao regime de substitui-ção tributária - Inaplicabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : reparo de produto por defeito de fabricação.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2257-6

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-10019 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

40-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 RS

IPI

Reparo de produto por defeito de fabricação - Tratamento fiscal SUMÁRIO 1. Introdução 2. Não incidência 3. Suspensão do IPI na saída de peças e partes para

aplicação por concessionários ou representantes 4. Peças e partes destinadas a concessionários e

representantes 5. Procedimentos na remessa e na entrada do produto 6. Procedimentos fiscais na saída do produto 7. Considerações sobre o ICMS 8. Modelos

1. IntRoduçãoOs fabricantes, por ocasião da venda

de seus produtos, por determinação legal, concedem aos adquirentes a garantia de funcionamento por prazo determinado e, nessa garantia, assu- mem o compromisso de repará- -los se, no prazo convencionado, ocorrer defeito técnico que impeça o perfeito funcionamento do produto.

Examinaremos, neste texto, os pro- cedimentos a serem observados na prática de opera-ções de reparo de produto por defeito de fabricação, com fundamento no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010)

2. não InCIdênCIa Não se enquadra no conceito de industrialização,

para efeito de cumprimento das obrigações relativas ao IPI, portanto não se sujeita à incidência desse imposto a operação de reparo de produto com defeito de fabrica-ção, inclusive mediante a substituição de peças e partes, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, devido à garantia dada pelo fabricante.

Note-se que a não inclusão no conceito de indus-trialização está condicionada a que a operação seja executada gratuitamente em virtude da garantia dada e dentro do prazo nela especificado.

(RIPI/2010, art. 5º, caput, XII)

2.1 termo de garantia contratual

Apesar de a norma não estar contida na legislação do IPI, cabe ressaltar que, de acordo com o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, a garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.

O termo ou equivalente deve esclarecer de maneira adequada as condições gerais

da garantia, como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada.

Como mencionado no item anterior, se as operações de reparo forem realizadas

dentro do prazo de garantia estabelecido no referido termo,

não estarão sujeitas à incidência do IPI. Consequentemente, se ocorrerem

após o prazo fixado para a garantia, estarão sujeitas à incidência do IPI normalmente, pois deixam de ser gratuitas.

(Lei nº 8.078/1990, art. 50; RIPI/2010, art. 35, caput, II)

3. SuSPEnSão do IPI na Saída dE PEçaS E PaRtES PaRa aPlICação PoR ConCESSIonáRIoS ou REPRESEntantES

Poderão sair com suspensão do IPI as peças e partes destinadas ao reparo de produto com defeito de fabricação quando a operação for efetuada gratui-tamente, por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante, desde que o reparo seja feito dentro do prazo de garantia concedido.

a Federal

Poderão sair com suspensão do IPI

as peças e partes destinadas ao reparo de produto por defeito de

fabricação quando a operação for efetuada gratuitamente, por concessionários ou

representantes, em face de garantia dada pelo fabricante, desde que o reparo

seja feito dentro do prazo de garantia concedido

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40-02 RS Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

O contribuinte deve observar que, após o venci-mento do prazo de garantia concedido pelo fabricante, estarão sujeitas à incidência do IPI não só as peças e partes novas, mas também as renovadas.

(RIPI/2010, art. 35, caput, II, e art. 43, caput, XIII; Ato Declara-tório Normativo CST nº 9/1983)

3.1 Estorno de crédito O contribuinte deverá anular, mediante estorno na

escrita fiscal, o valor do crédito do IPI relativo a matérias--primas, produtos intermediários e material de emba-lagem empregados na industrialização dos produtos saídos do estabelecimento industrial para fins de reparo de produto devido à garantia dada pelo fabricante e dentro do prazo fixado, com a suspensão do imposto.

Note-se que, se houver mais de uma aquisição de insumos e não for possível determinar qual corresponde ao estorno, este deverá ser calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, caput, I, “b”, § 1º)

4. PEçaS E PaRtES dEStInadaS a ConCESSIonáRIoS E REPRESEntantESNa saída de peças e partes com destino a conces-

sionários ou representantes para utilização no reparo de produto em virtude de garantia dada pelo fabricante, o contribuinte deverá emitir nota fiscal, na qual fará constar, além dos requisitos normalmente exigidos, a expressão: “Saído com Suspensão do IPI - Art. 43, XIII do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, art. 43, caput, XIII, e art. 415, caput, III)

5. PRoCEdIMEntoS na REMESSa E na EntRada do PRoduto Na entrada do produto a ser reparado, deverão ser

adotados os procedimentos mencionados nos subitens seguintes.

Notas(1) O contribuinte obrigado à emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) deve

observar as disposições contidas no Ajuste Sinief nº 7/2005 e no Manual de Orien-tação do Contribuinte, versão 5.0, aprovada pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012, em especial, as orientações expressas em seu Anexo I, que trata do leiaute do referido documento fiscal.

(2) O Protocolo ICMS nº 42/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização da NF-e, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e operações com os destinatá-rios que especifica, teve sua vigência adiada pelo Protocolo ICMS nº 173/2012, com efeitos desde 1º.01.2014.

(3) O disposto no referido protocolo não se aplica (Protocolo ICMS nº 42/2009, cláusula quarta):

a) ao microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006;

b) às operações realizadas por produtor rural não inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

5.1 Remessa efetuada por contribuinte

O contribuinte do IPI que enviar produto a ser repa-rado deverá emitir nota fiscal para acompanhar o trânsito da mercadoria, a qual será lançada no livro Registro

de Entradas pelo estabelecimento fabricante que tiver concedido a garantia, observado o descrito no item 2.

NotaAs regras de Escrituração Fiscal Digital (EFD) constam do Ajuste Sinief nº

2/2009, do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as especificações técni-cas para a geração dos arquivos da EFD e do Guia Prático da EFD, versão 2.0.14.

As operações de entrada e de saída de produtos deverão ser registradas nos campos próprios dos registros adequados, tais como os do Bloco de Abertura e de Encerramento e, especificamente, do Bloco “C”, Registros C 170, dentre outros.

(RIPI/2010, arts. 396, caput, I, 444, caput, I, 456 e 457; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Guia Prático da EFD, versão 2.0.14)

5.2 Remessa efetuada por não contribuinte

No caso de produto enviado para reparo por par-ticulares ou pessoas jurídicas não obrigadas à emissão de documentos fiscais, o estabelecimento fabricante que tiver fornecido a garantia deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A (para documentar a entrada dos produ-tos no estabelecimento), e efetuar o seu lançamento no livro Registro de Entradas.

Destaque-se que, se o estabelecimento fabricante assumir o encargo de transportar o produto, a referida nota fiscal servirá para acobertar o trânsito até o seu estabelecimento.

NotaExaminar nota inserida no subitem 5.1, que traz esclarecimentos sobre a EFD.

(RIPI/2010, arts. 434, caput, I, 435, caput, I, 456 e 457)

6. PRoCEdIMEntoS FISCaIS na Saída do PRoduto

A saída do produto reparado do estabelecimento que tiver fornecido a garantia deverá ser acobertada por documento fiscal, sem lançamento do imposto, no qual deverá constar a indicação dos dados da nota fiscal emi-tida por ocasião do recebimento do produto para o reparo.

Note-se que deverá ser estornado o crédito relativo às partes e às peças empregadas no reparo, conforme mencionado no subitem 3.1.

(RIPI/2010, art. 407, caput, IV, § 1º)

6.1 Retorno do mesmo produto

Ressalte-se que o produto saído do estabelecimento, a título de retorno de conserto, deve ser o mesmo remetido para esta finalidade. No caso de retorno de outro produto, esta saída deverá ser normalmente tributada pelo IPI.

Nesse sentido, manifestou-se a Secretaria da Re-ceita Federal do Brasil (RFB), por meio da Solução de Consulta a seguir transcrita:

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 397 de 26 de Setembro de 2006ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPIEMENTA: CONSERTO. PRODUTOS USADOS. DEVOLUÇÃO. PRODUTO ORIGINAL. Só estão excluídas do campo de inci-dência do IPI as operações de conserto, restauração e recondi-cionamento de produtos usados, quando executadas por enco-menda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais

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40-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

produtos. O produto consertado, restaurado ou recondicionado restituído ao encomendante deve ser o originalmente entregue por ele. Se o produto consertado, restaurado ou recondicionado devolvido não for o produto original entregue pelo encomen-dante, sua saída constituirá fato gerador do IPI, quando a ope-ração nele executada for caracterizada como industrialização.

(Solução de Consulta RFB nº 397/2006)

6.2 Estorno do crédito - Escrituração

O valor relativo às partes e às peças empregadas no reparo, devidamente apurado, deverá ser escriturado no livro Registro de Apuração do IPI, no item “010 - Estorno de Créditos”, discriminando-se a sua origem.

(RIPI/2010, arts. 477 e 478)

6.2.1 EFd

O estorno do crédito referido do subitem anterior será feito mediante o preenchimento dos campos relativos aos registros E520, item 05 e E530 (Ajustes da Apuração do IPI), do bloco E (Apuração do ICMS e do IPI).

(Guia Prático da EFD, versão 2.0.14)

7. ConSIdERaçõES SoBRE o ICMS

Quanto ao tratamento fiscal relativo ao ICMS nas operações de conserto de produto em garantia, deverá ser observada a legislação da Unidade da Federação onde se realizar a operação.

8. ModEloS

A seguir, demonstramos a forma de emissão de NF-e, e respectivo Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), relativamente à entrada no estabele-cimento industrial de produto remetido para conserto em garantia por pessoa jurídica e o respectivo retorno do produto consertado ao remetente.

8.1 Entrada de produto em garantia para conserto

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40-04 RS Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

8.2 Retorno de conserto em garantia

N

a EstadualICMS

Importação1. IntRodução

Podemos definir a operação de importação como um processo comercial e fiscal que consiste em trazer um bem (produto/serviço) do exterior para o país de destino.

Esse processo ocorre a partir da realização de atividades burocráticas ligadas ao órgão competente do país de destino, denominado “desembaraço aduaneiro”.

Abordaremos, neste texto, os principais aspectos relativos a essa operação com base na Lei Complemen-tar nº 87/1996 e na legislação estadual, de acordo com as normas previstas no RICMS-RS/1997.

2. ContRIBuIntEContribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica,

que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:

a) importe mercadorias ou bens do exterior, qual-quer que seja a sua finalidade;

b) adquira, em licitação, mercadorias ou bens apre-endidos ou abandonados.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 4º, parágrafo único, I e III; RICMS-RS/1997, Livro I, art. 12)

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40-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

3. InCIdênCIaNa importação, a incidência do ICMS ocorre na

entrada de mercadorias ou bens realizada por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habi-tual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, bem como sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 2º, § 1º, I e II; RICMS--RS/1997, Livro I, art. 2º, IV)

4. não InCIdênCIaO imposto não incide sobre a operação ou pres-

tação que envolva livro, jornal ou periódico ou o papel destinado à sua impressão.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 3º, I; RICMS-RS/1997, Livro I, art. 11, II)

5. Fato gERadoRNa importação, o fato gerador ocorre no momento do

desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens e no rece-bimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior.

Na hipótese de desembaraço aduaneiro, a entrega de mercadoria ou bem por depositário deverá ser auto-rizada pelo órgão responsável do desembaraço, feita mediante exibição do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro.

Em caso de entrega de mercadoria ou bem antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo a autoridade respon-sável exigir a comprovação do pagamento do imposto.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 12, IX, X e §§ 2º e 3º; RICMS-RS/1997, Livro I, art. 4º, VI, nota, e VII, Livro III, art. 9º, III e IV)

6. loCal da oPERaçãoO local da operação ou da prestação, para os efeitos

da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, tratando-se de mercadorias ou bens impor-tados do exterior, é:

a) o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física;b) o do domicílio do adquirente, quando não esta-

belecido;c) aquele onde seja realizada a licitação, no caso

de arrematação de mercadoria ou bem importa-dos do exterior e apreendidos ou abandonados.

Nos casos de serviços prestados ou iniciados no exterior, considera-se como local da prestação o do estabelecimento ou do domicílio do destinatário.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 11, I, “d”, “e”, “f”, e IV; RICMS-RS/1997, Livro I, art. 6º, I, “c”, III e IV, art. 7º)

7. CálCulo do IMPoSto7.1 Base de cálculo

A base de cálculo do imposto é:a) na hipótese do desembaraço aduaneiro de mer-

cadorias ou bens importados do exterior, a soma das seguintes parcelas:a.1) o valor de mercadoria ou bem constante

dos documentos de importação;

a.2) o Imposto de Importação (II);a.3) o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);a.4) o Imposto sobre Operações de Câmbio (IOF);a.5) quaisquer outros impostos, taxas, contri-

buições e despesas aduaneiras;b) na hipótese do recebimento, pelo destinatário, de

serviço prestado no exterior, o valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização.

No que se refere ao disposto na letra “a.1”, esclare-cemos que o preço de importação expresso em moeda estrangeira será convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do II sem qual-quer acréscimo ou devolução posterior se houver varia- ção da taxa de câmbio até o pagamento efetivo do preço.

O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do II, nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 13, V e VI, art. 14; RICMS--RS/1997, Livro I, art. 16, III)

7.2 alíquotaNa operação de importação, será aplicada a alíquota

interna do Estado de destino da mercadoria. Portanto, no Rio Grande do Sul, as alíquotas internas são: 25%, 20%, 18%, 17% (regra geral), 13% e 12%.

(RICMS-RS/1997, Livro I, arts. 28 e 29, II)

7.3 ExemploCom a finalidade de elucidar o cálculo das opera-

ções de importação de mercadorias, adotamos o exem-plo a seguir, considerando que a mercadoria importada é tributada à alíquota de 17%.

Mercadoria: Classificação fiscal 6601.10.00 - Guarda-sol de jardima) valor da mercadoria(US$ 444,03 - taxa de câmbio para a conversão do dólar em 04.09.2014 - R$ 2,2521) R$ 1.000,00b) Imposto de Importação (20%) R$ 200,00c) IPI (“a” + “b” x 5%) R$ 60,00d) alíquota do PIS - 1,65% R$ 16,50e) alíquota Cofins - 7,6% R$ 76,00f) taxa Siscomex R$ 20,00g) base de cálculo do ICMS (“a” + “b” + “c” + “d” + “e” + “f” + quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras)/(1 - alíquota do ICMS sendo 17%) R$ 1.653,62h) valor do ICMS (“g” x alíquota 17%) R$ 281,12Valor total da nota fiscal R$ 1.372,50

Notas(1) Os valores constantes no quadro anterior são hipotéticos e com base na

legislação tributária vigente da data de simulação do cálculo. Em vista disso, o contribuinte deverá, sempre, observar a classificação fiscal e a tributação aplicável à mercadoria efetivamente importada, no momento de ocorrência do fato gerador.

(2) Os valores constantes das letras “b”, “c”, “d” e “e” foram obtidos pelo simulador de cálculo da importação do site da Receita Federal (www.receita.fa-zenda.gov.br).

8. CRédIto FISCalO imposto é não cumulativo, compensando-se o que

for devido em cada operação relativa à circulação de mer-cadorias ou prestação de serviços de transporte interesta-dual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.

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40-06 RS Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Para esta compensação, fica assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao Ativo Permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.

(Lei Complementar nº 87/1996, art. 19 e art. 20, §§ 1º e 3º; RICMS-RS/1997, Livro I, arts. 30 e 31, II, “a”, 1, 2 e § 4º)

9. REColhIMEntoNas importações, para que a mercadoria seja liberada

e transportada até o estabelecimento importador, é exigida a comprovação do pagamento do ICMS ou, então, a com-provação de que a mercadoria não está sujeita ao imposto.

A comprovação de que a mercadoria não está sujeita à tributação, em decorrência de isenção, diferimento, utilização do crédito acumulado ou por qualquer outro motivo ocorre através da Guia para Liberação de Mercadoria Estrangeira sem Comprovação do Recolhimento do ICMS (GLME).

O ICMS deve ser pago no momento da ocorrência do fato gerador, ou seja, no desembaraço aduaneiro, tanto na importação de mercadorias ou bens quanto nas arrematações em leilão e nas aquisições em licitação pública de mercadorias apreendidas e abandonadas.

Esse pagamento deve ser feito separadamente, utilizando-se a Guia Nacional de Recolhimentos Estaduais (GNRE) ou a modalidade autoatendimento, devendo a guia ou o comprovante acompanhar a mercadoria, juntamente com o documento fiscal próprio, para fins de trânsito e, quando for o caso, de aproveitamento de crédito fiscal pelo destinatário.

A guia de recolhimento ou o comprovante de autoatendimento atestam a arrecadação do imposto e devem, juntamente com a nota fiscal e a documentação aduaneira, acompanhar o trânsito das mercadorias até o estabelecimento do importador.

O documento a ser apresentado ao órgão responsá-vel pelo desembaraço aduaneiro será:

a) na hipótese em que o pagamento do imposto deva ser feito no momento da ocorrência do fato gerador, a GNRE ou o comprovante de pagamen-to por autoatendimento, ou, se o contribuinte efe-tuar a compensação com saldo credor, a GLME;

b) na hipótese de a operação de importação de mer-cadoria ou bem não estar sujeita ao pagamento do imposto no momento do desembaraço aduaneiro em que ocorrer isenção, não incidência, diferimen-to, concessão de sistema especial de pagamento, decisão judicial ou qualquer outro motivo, a GLME, a ser emitida por ocasião do despacho aduanei-ro, obedecidas as instruções baixadas pela Re-ceita Estadual, deverá ser visada pela Fiscaliza-ção de Tributos Estaduais, não tendo o visto efeito homologatório da desoneração tributária.

A entrega realizada pelo depositário de mercadoria ou bem importados depositados em recinto alfandegado

só será feita depois de apresentado um dos documen-tos relacionados nas letras “a” ou “b” deste tópico. A inobservância dessa exigência implica ao depositário, na condição de responsável, a obrigação de pagar o imposto incidente nas operações, sem prejuízo da apli-cação das penalidades decorrentes do descumprimento das obrigações tributárias determinadas na legislação.

Tratando-se das importações a seguir, o imposto:a) será recolhido no prazo previsto no RICMS-RS/1997,

Apêndice III, Seção I, item II, na importação de trigo e de triticale, realizada pela Conab/PGPM;

b) poderá ser pago em até 12 parcelas, mensais e consecutivas, vencendo a 1ª delas 30 dias após a ocorrência do fato gerador do imposto, na impor-tação, por empresa portuária, de guindaste portu-ário autopropulsado, montado sobre pneus, com acionamento diesel-elétrico, com lança treliçada com ponto de articulação em torre vertical e ca-bina de operador suspensa na torre, marca Gott-wald, modelo HMK 300E, classificado no código 8426.1.00 da NBM/SH-NCM, que não possua si-milar nacional devidamente comprovado, desti- nado ao aparelhamento do porto de Rio Grande.

O ICMS correspondente à diferença, se houver, decor-rente do desconhecimento de algum dos valores componen-tes da base de cálculo (subtópico 7.1), será recolhido na data:

a) em que for conhecido o montante dessa diferen-ça, quando o imposto deva ser pago no momen-to da ocorrência do ato gerador;

b) prevista para o pagamento do débito relativo à importação, nos demais casos.

Ressalta-se que o importador poderá, desde que autorizado pelo Fisco, recolher o ICMS devido na importação no menor prazo previsto no RICMS-RS/1997, Apêndice III, Seção I, ou, na sua falta, no prazo autori-zado para o contribuinte em outro sistema especial de pagamento. Para isso, o contribuinte deverá requerer o sistema especial de pagamento do imposto, observando--se o procedimento previsto na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo VI, Seção 5.0. O ofício que autoriza essa forma de pagamento deve ser apresentado ao órgão responsável pelo desembaraço aduaneiro ou ao depositário de recinto alfandegário, conforme o caso.

(RICMS-RS/1997, Livro I, art. 47, § 1º, “c”, “e”, § 2º, e art. 50, IV; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo VI, Seção 5.0)

10. dESonERação do PagaMEntoPara que a mercadoria ou o bem possa ser desem-

baraçado sem o pagamento do imposto devido na impor-tação, em razão de isenção, não incidência, diferimento, compensação com saldo credor, concessão de sistema especial de pagamento, decisão judicial ou por qualquer outro motivo, será comprovado mediante apresentação da GLME, devendo ser observado o seguinte:

a) o Fisco da Unidade da Federação do importador de-verá inserir o visto no campo próprio da GLME, sen-

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40-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 RS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

do esta condição indispensável, em qualquer caso, para a liberação de mercadorias ou bens importados;

b) o depositário do recinto alfandegado do local onde ocorrer o desembaraço aduaneiro, depois de colocado o visto da GLME da Unidade Fede-ração do importador, efetuará o registro da entre-ga da mercadoria no campo 8 da GLME.

O visto na GLME será requerido pelo próprio contri-buinte ou, desde que previamente autorizado por esse:

a) pelo responsável pela escrita fiscal que detenha a guarda dos livros fiscais;

b) pelo procurador do contribuinte, desde que este-ja cadastrado como despachante aduaneiro em sistema da Receita Estadual;

c) por outra pessoa física, desde que autorizada pelo contribuinte, a critério do Fisco.

A GLME é o documento que deverá ser exibido à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) para a libe-ração de bens ou mercadorias importados do exterior, nos termos da Lei Complementar nº 87/1996, art. 12, §§ 2º e 3º. Os procedimentos para emissão da GLME estão disciplinados pela Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo VI, item 4.4.

(Convênio ICMS nº 85/2009, cláusula terceira e § 1º; RICMS--RS/1997, Livro I, art. 47, nota 4, “b”; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo VI, item 4.4)

11. oBRIgaçõES aCESSóRIaSOs importadores, como contribuintes do imposto

que são, devem cumprir as obrigações acessórias previstas no RICMS-RS/1997, relacionadas à emissão de nota fiscal e escrituração de livros fiscais, entre outras.

11.1 Emissão de nota fiscalO contribuinte deverá emitir nota fiscal de entrada

relativamente a mercadorias e bens importados para acobertar o transporte desde o local de desembaraço até o estabelecimento do emitente.

O documento de desembaraço não será exigido para acobertar o transporte das mercadorias até o esta-belecimento do importador caso a Secretaria da Receita Federal autorize a sua entrega antecipada.

Ainda em relação ao transporte da mercadoria, é necessário que a DI e o documento do desembaraço sigam juntamente com a nota fiscal relativa à entrada.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 26, I, “e” e nota 3)

11.2 Escrituração fiscalAs notas fiscais relativas à importação de mercado-

rias devem ser escrituradas no livro Registro de Entradas, preenchendo-se os campos próprios e observando-se, quando for o caso, o direito ao crédito do ICMS, con-forme a destinação destas.

Ressaltamos quanto a obrigatoriedade de exigência de adoção da Escrituração Fiscal Digital (EFD),observando-se, para tanto, os procedimentos previstos na Instrução Nor-mativa em fundamento.

(RICMS-RS/1997, Livro II, arts. 152 a 153-A; Instrução Norma-tiva DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo LI)

12. PRodutoS SujEItoS à SuBStItuIção tRIButáRIaO estabelecimento importador deve observar o

tratamento tributário aplicável previsto na legislação para a mercadoria importada, a qual poderá atribuir a este importador a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido nas subsequentes saídas tributadas, na qualidade de substituto tributário.

(RICMS-RS/1997, Livro III)

13. outRaS hIPótESES dE IMPoRtaçãoEntre outras hipóteses, podemos citar a remessa de

mercadoria para fins de conserto no exterior.Ao receber em retorno a mercadoria remetida anterior-

mente ao exterior para fins de conserto, reparo ou industrializa-ção, o contribuinte deverá emitir nota fiscal para documentar a entrada, com o destaque do imposto, se devido, calculado sobre a base de cálculo prevista no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 16, III, nota 4, e citada no subitem 8.1 deste texto.

Essa nota fiscal conterá, além dos requisitos legal-mente exigidos, no campo “Informações Complemen-tares”, a indicação de que se trata de retorno de bem remetido ao exterior para conserto, reparo, restauração ou industrialização, conforme o caso, bem como o número, a data e o valor constantes da nota fiscal de saída.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 26, I, “e” e nota 2)

14. tRanSPoRtE da MERCadoRIaNa hipótese de a mercadoria importada não ser trans-

portada de uma só vez, o contribuinte deverá observar os procedimentos para a emissão da nota fiscal aplicável no transporte parcelado de mercadoria importada.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 26, I, “e”, nota 1, “b”)

14.1 Entrega da mercadoria importada em estabelecimento de terceiros

Se a mercadoria importada, arrematada em leilão ou adquirida em concorrência promovida pelo Poder Público for entregue em outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiro, sem transitar pelo estabelecimento do impor-tador ou arrematante, localizados neste ou em outro Estado, devem ser observados os seguintes procedimentos:

a) emitir nota fiscal relativa à entrada simbólica pelo total das mercadorias importadas ou arrematadas, de acordo com o disposto no RICMS-RS/1997, Li-vro II, art. 26, I, “e” e nota 1, “a”; essa nota conte-rá, além dos requisitos legalmente exigidos para a operação, no campo “Informações Complementa-res”, a observação “Sem validade para o trânsito”, bem como o número, a série e a data da nota fiscal de saída da mercadoria, real ou simbólica;

b) emitir nota fiscal para documentar a saída da mer-cadoria, real ou simbólica, que deverá conter, além das indicações exigidas pela legislação, no campo “Informações Complementares”, o número, a sé-rie e a data da nota fiscal relativa à entrada cita-

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40-08 RS Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

da na letra “a” anterior; ocorrendo a saída real da mercadoria, na nota fiscal, no citado campo, de-verão constar, ainda, a identificação da repartição aduaneira onde se processou o desembaraço, o número e a data do documento do desembaraço; essa nota fiscal, juntamente com o documento do desembaraço, deve acobertar o transporte das mercadorias até o estabelecimento destinatário.

Na hipótese de parte da mercadoria ser fisicamente transportada para o estabelecimento do importador ou licitante, devem ser observados os procedimentos para a emissão da nota fiscal relativa ao transporte parcelado, previsto no RICMS-RS/1997, Livro II, art. 26, I, “e”, nota 1, “b”.

Nesse caso, a transmissão de propriedade da mercadoria importada é considerada quando a DI for transferida a terceiro, salvo se:

a) na hipótese de sucessão legal, o novo importa-dor comprovar a condição de sucessor anterior, dele havendo assumido o ativo e o passivo;

b) tratando-se de mercadoria considerada abando-nada (Decreto-lei nº 37/1966, art. 58), for compro-vada a concordância com a transferência por parte do exportador do estrangeiro, por via bancária;

c) na hipótese de transferência realizada até 30 dias após a chegada da mercadoria no País, for comprovada a conformidade expressa do primi-tivo importador e da autoridade judicial compe-

tente, se este se encontrar sob regime de con-cordata ou falência, e a anuência do exportador do estrangeiro, por via bancária.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 26, I, “e”; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XI, Seção 13.0)

15. SIMPlES naCIonalOs contribuintes optantes pelo Simples Nacional reco-

lherão o ICMS devido por ocasião do desembaraço aduanei- ro na forma da legislação aplicável aos demais contribuintes.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 1º, XIII, “d”)

16. ContRolE daS oBRIgaçõES RElatIvaS ao ICMS na lIBERação daS MERCadoRIaS IMPoRtadaSA entrega das mercadorias ao importador ou ao seu

representante depende da anuência do Fisco gaúcho, desde que sejam cumpridas as obrigações relativas ao ICMS e às disposições contidas na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo VI, Seção 4.0.

Esses procedimentos serão formalizados no site www.sefaz.rs.gov.br.

(Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo VI, itens 4.1 a 4.3 e 4.6)

17. danFEUtilizando os valores mencionados no quadro

exemplificativo do subtópico 7.3, demonstramos o Danfe emitido na operação de exportação direta.

N

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40-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 RS

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Manual de Procedimentos

a IOB SetorialEStadual

Apícola - Tributação do ICMS nas operações com mel

Em 2012, segundo dados do IBGE, a produção de mel foi fortemente afetada devido à falta de floração consequente da seca, o que levou a extinção desta atividade em muitas áreas. A produção de mel de abelha teve redução de 19,3% entre os anos de 2011 e 2012.

A variação no valor de produção também foi negativa (- 3,6%), mas proporcionalmente menor, isto porque houve o aumento dos preços do produto que passaram de R$ 5,96 o quilo, em 2011, para R$ 7,11, em 2012. Ressalta-se a grande queda de produção nos Estados do Nordeste do País, sobretudo no Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia. As Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste aumentaram suas produções em 2012, mas em volume insuficiente para compensar as quedas do Nordeste e do Norte do País.

Os Estados do Rio Grande do Sul (20,2%), Paraná (16,4%) e Santa Catarina (13,1%) foram aqueles com maiores produções de mel em 2012. Não obstante, os 3 municípios com as maiores produções estão localizados no Sul: Bom Retiro (SC), Ortigueira (PR) e Içara (SC).

No aspecto tributário, o mel é uma das mercadorias que podem compor a cesta básica de alimentos para fins de aplicação do benefício da base de cálculo, conforme disposto no art. 10, § 10, e no item XIX do Apêndice I da Lei nº 8.820/1989. Entretanto, o mel não foi incluído entre os produtos da cesta básica de alimentos do Rio Grande do Sul, para os quais se aplica a redução de base de cálculo prevista no inciso II do art. 23 do Livro I, relacionados no Apêndice IV do RICMS/RS.

Dessa forma, nas saídas de mel, o contribuinte gaúcho deverá aplicar sobre o valor da base de cálculo a alíquota de 17%, nas operações internas e nas interes-taduais destinadas a pessoas não contribuintes.

É de 12% ou de 7% a alíquota aplicada nas ope-rações interestaduais realizadas entre contribuintes do imposto, de acordo com o Estado destinatário.

Os estabelecimentos industriais ou comerciais, nas aqui-sições de mel puro recebido diretamente do produtor, têm o direito ao crédito presumido de valor resultante da aplicação do percentual de 10% sobre o valor da base de cálculo.

Nas saídas internas de mel puro do estabelecimento do produtor rural com destino a consumidor final, a base de cálculo é reduzida para 41,176%. Em substituição a essa redução, o produtor rural pode optar pela aplicação do percentual de 7% sobre o valor integral da base de cálculo (RICMS-RS/1997, Livro I, art. 23, XXXI).

O contribuinte gaúcho que adquirir mel de abelha bene-ficiado da Empresa Integração Brazilian Honey & Co. Ltda., inscrita no CNPJ sob o nº 11.201.805/0001-10 e no Cadastro de Contribuintes do Estado do Piauí sob o nº 19.471.265-6, deve observar a restrição ao crédito do imposto destacado no documento fiscal de aquisição, que fica limitado a 0%, de 23.03.2010 a 22.03.2019, e a 3,6%, de 23.03.2019 a 22.03.2022. Essa limitação ao crédito se deve ao benefício de dispensa de pagamento do imposto concedido por aquele Estado, em desacordo com a Lei Complementar nº 24/1975.

Na entrada de mercadorias de outro Estado trans-portadas pelo modal rodoviário, é exigido o registro de passagem em Posto Fiscal do Rio Grande do Sul, efe-tuado no Sistema de Registro de Eventos da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), observadas as instruções da Receita Estadual. No caso do mel natural, essa exigência se aplica no período de 15.11.2013 a 31.03.2015, quando o valor do documento fiscal que acobertar a operação for superior a R$ 10.000,00. A falta desse registro implica caracterização do documento fiscal como inidôneo.

(ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Pecuaria/Producao_da_Pecua-ria_Municipal/2012/ppm2012.pdf; Lei nº 8.820/1989, art. 10, § 10, e Apêndice I, item XIX; RICMS-RS/1997, Livro I, art. 23, II e XXXI, art. 33, II, art. 32, LX, Livro II, art. 13, IX e Apêndice IV; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo LXVI, item 1.1, Apêndice XXVII, item 16.1)

N

a IOB Comenta

FEdERal

Simples Nacional - Informação sobre a incidência de tributos nos documentos fiscais - Critérios opcionais

O Decreto nº 8.264/2014 regulamentou a Lei nº 12.741/2012, que dispõe sobre medidas de esclareci-

mento ao consumidor quanto à carga tributária incidente sobre mercadorias e serviços, de que trata o § 5º do art. 150 da Constituição Federal/1988.

Nas vendas a consumidor, a informação, nos docu-mentos fiscais, relativa ao valor aproximado dos tributos federais, estaduais e municipais que influem na forma-ção dos preços de mercadorias e serviços, constará de três resultados segregados para cada ente tributante,

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40-10 RS Manual de Procedimentos - Out/2014 - Fascículo 40 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

que aglutinarão as somas dos valores ou percentuais apurados em cada um.

Para esse efeito, a informação deverá ser aposta em campo próprio ou no campo “Informações Complemen-tares” do respectivo documento fiscal.

A carga tributária a ser informada, quando da venda a consumidor final, pode ser aquela pertinente à última etapa da cadeia produtiva, desde que acrescida de percentual ou valor nominal estimado a título de IPI, substituição tributária e outra incidência tributária ante-rior monofásica eventualmente ocorrida.

A forma de disponibilizar ao consumidor o valor estimado dos tributos relativamente a cada mercadoria ou serviço oferecido poderá ser feita por meio de painel afixado em local visível do estabelecimento.

Note-se que as normas previstas no citado Decreto nº 8.264/2014 são facultativas para o microempreendedor individual (MEI) a que se refere a Lei Complementar nº 123/2006, optante pelo Simples Nacional.

A microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP), optantes pelo Simples Nacional, poderão informar apenas a alíquota a que se encontram sujeitas nos termos do referido regime, desde que acrescida de percentual ou valor nominal estimado a título de IPI, substituição tributária e outra incidência tributária ante-rior monofásica eventualmente ocorrida.

(Constituição Federal/1988, art. 150, § 5º; Lei Complementar nº 123/2006; Lei nº 12.741/2012; Decreto nº 8.264/2014)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Industrialização por encomenda - Amostra grátis

1) Quais procedimentos o autor da encomenda e o industrializador devem adotar na industrialização de amostra grátis por encomenda?

Os materiais remetidos pelo encomendante, para a industrialização, sairão com suspensão do IPI, nos termos do art. 43, VI, do RIPI.

No retorno, o produto industrializado, desde que caracterizado como amostra grátis, sairá do estabeleci-mento executor da encomenda com isenção do imposto, conforme o art. 54, III, do RIPI, e Parecer Normativo CST nº 442/1971.

(RIPI/2010, arts. 43, VI, e 54, III; Parecer Normativo CST nº 442/1971)

ICMS/RS

Base de cálculo reduzida - Medicamentos similares

2) Existe redução de base de cálculo do imposto de responsabilidade do substituto tributário na saída de me-dicamentos similares?

Sim. Nas operações internas realizadas até 31.03.2015 com medicamentos similares, a base de

cálculo do imposto a ser retido pelo substituto tributário será reduzida para:

a) 41,176% do seu valor, quando o princípio ativo for amoxicilina, azitromicina, diclofenaco potás-sico, diclofenaco sódico, dipirona, fluconazol, fluoxetina, nimesulide, omeprazol, paracetamol e sinvastatina;

b) 75% do seu valor, nos demais casos, exceto quando se tratar das mercadorias que compõem a cesta básica de medicamentos referidas no art. 106 do Livro III do RICMS-RS/1997.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 105, § 2º)

Consignação mercantil - Mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária - Inaplicabilidade

3) Os procedimentos previstos para as saídas de mercadorias a título de consignação mercantil podem ser aplicados nas operações com mercadorias sujeitas ao re-gime de substituição tributária?

Não. As disposições contidas na legislação relativas às saídas de mercadorias a título de consignação mer-cantil não se aplicam às mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 58, nota do caput)