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ICMS/SC REMESSA PARA TESTE Disposições gerais ROTEIRO 1. INTRODUÇÃO 2. CONCEITO 3. INCIDÊNCIA DO ICMS 4. TRIBUTAÇÃO 4.1 Operação interna 4.2 Operação interestadual 5. DIREITO À CRÉDITO 6. EMISSÃO DE DOCUMENTO FISCAL 7. BASE DE CÁLCULO 8. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 8.1 Emissão de documento fiscal 9. SIMPLES NACIONAL 1. INTRODUÇÃO A presente matéria tem o intuito de esclarecer o procedimento referente à remessa para teste, visto que não há procedimento específico na legislação catarinense. A remessa para teste é um procedimento comum entre os contribuintes, pois se trata de operação com finalidade de conhecimento da mercadoria. Portanto, esta matéria abordará os aspectos gerais, com a finalidade de trazer o tratamento tributário e forma de emissão da nota fiscal. 2. CONCEITO

ICMS - Remessa Para Teste

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ICMS/SC

 

 

REMESSA PARA TESTEDisposições gerais

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO

2. CONCEITO

3. INCIDÊNCIA DO ICMS

4. TRIBUTAÇÃO

    4.1 Operação interna

    4.2 Operação interestadual

5. DIREITO À CRÉDITO

6. EMISSÃO DE DOCUMENTO FISCAL

7. BASE DE CÁLCULO

8. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

    8.1 Emissão de documento fiscal

9. SIMPLES NACIONAL  

1. INTRODUÇÃO

A presente matéria tem o intuito de esclarecer o procedimento referente à remessa para teste, visto que não há procedimento específico na legislação catarinense.

A remessa para teste é um procedimento comum entre os contribuintes, pois se trata de operação com finalidade de conhecimento da mercadoria. Portanto, esta matéria abordará os aspectos gerais, com a finalidade de trazer o tratamento tributário e forma de emissão da nota fiscal.

2. CONCEITO

De acordo com o Dicionário Priberam (http://www.priberam.pt/dlpo/teste), testar significa submeter a teste ou experiência, ou seja, experimentar. Pôr-se à prova. Submeter-se a avaliação, ou seja, avaliar.

Dessa forma, entende-se por remessa para teste a operação interna ou interestadual realizada pelo contribuinte com a finalidade de experimentar ou avaliar o produto antes da efetiva aquisição.

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3. INCIDÊNCIA DO ICMS

De acordo os artigos 1º e 3º do RICMS/SC, o imposto tem como fato gerador a circulação de mercadoria, momento no qual haverá a incidência do ICMS na saída da mercadoria do estabelecimento do contribuinte.

Art. 1º O imposto tem como fato gerador:

I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular

A remessa para teste tem como fato gerador a circulação da mercadoria. Portanto, haverá a tributação normalmente.

4. TRIBUTAÇÃO

4.1. Operação interna

Conforme mencionado acima, haverá a tributação normalmente em razão da circulação da mercadoria. Dessa forma, em relação à tributação nas operações internas, em regra geral, será utilizada a alíquota de mercadoria de acordo com a NCM, conforme previsto no artigo 26 do RICMS/SC.

4.2. Operação interestadual

Em relação às operações interestaduais, a alíquota dependerá do Estado de destino, conforme determina o artigo 27 do RICMS/SC.

Dessa forma, deverá ser utilizada a alíquota de 12%, quando o destinatário estiver localizado nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Deverá ser utilizada a alíquota de 7% quando o destinatário estiver localizado nos demais Estados e no Distrito Federal.

Tratando-se de operações interestaduais realizadas com mercadorias importadas, deverá ser utilizada a alíquota de 4%, observados os requisitos do inciso IV do artigo 27 do RICMS/SC.

5. DIREITO A CRÉDITO

Conforme observado anteriormente, a operação de remessa para teste será tributada normalmente, de acordo com a NCM ou em operações interestaduais de acordo com o Estado de destino.

Portanto, em relação ao crédito do imposto, conforme o princípio da não-cumulatividade, previsto nos artigos 28 e 29 do RICMS/SC, havendo saída devidamente tributada, poderá o contribuinte que recebeu a mercadoria em remessa para teste, creditar-se do imposto anteriormente cobrado.

Nos casos em que não haja saída devidamente tributada da remessa para teste, não poderá o contribuinte apropriar-se do crédito do ICMS, conforme previsto nos artigos 28 e 29 do RICMS/SC.

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6. EMISSÃO DE DOCUMENTO FISCAL

A nota fiscal de remessa para teste deverá ser emitida com destaque do ICMS, conforme mencionado anteriormente, observadas as hipóteses em que o produto ou a operação do contribuinte estejam amparadas por algum incentivo fiscal. Neste caso, deverá o contribuinte indicar no campo "Informações Complementares" do documento fiscal o dispositivo legal de que trata o benefício fiscal utilizado.

A nota fiscal deverá ser emitida da seguinte forma:

a) Destinatário: devem ser preenchidos os dados da empresa que receberá o bem ou mercadoria para análise;

b) Natureza da Operação: “Remessa para Teste”;

c) CFOP : 5.949, (operações internas) – 6.949, (operações interestaduais);

d) Tributação: Com destaque do imposto, se devido.

e) CST: 00 – tributada integralmente

f) Base de Cálculo: o valor da operação.

7. BASE DE CALCULO

Em regra geral, de acordo com o artigo 9º, inciso I do RICMS/SC, a base de cálculo será o valor da operação.

Porém, conforme artigo 11 do RICMS/SC, na falta do valor de que trará o artigo 9º, inciso I do RICMS/SC, deverá o contribuinte utilizar o preço corrente da mercadoria, ou de seu similar, no mercado atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador.

8. SIMPLES NACIONAL

Em se tratando das empresas optantes pelo Simples Nacional, a Lei Complementar 123/2006 dispõe sobre normas gerais referente a um tratamento diferenciado e favorecido.

Desta forma, conforme o  artigo 23 da Lei Complementar 123/2006, as microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional..

As empresas optantes pelo Simples Nacional, conforme previsto no artigo 18, § 4º, inciso I da Lei Complementar 123/2006, tributa apenas de houver a receita decorrente das revendas. Portanto, nas remessas para testes, como não ocorrem receitas, ou seja, vendas, não haverá a utilização da alíquota do Simples Nacional.

8.1. Emissão do documento fiscal

Quanto à emissão do documento fiscal, deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) Natureza da operação: “Remessa para Teste”;

b) CFOP: 5.949/6.949;

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c) CSOSN: 400 - Não tributada pelo Simples Nacional

d) Destinatário: devem ser preenchidos os dados da empresa que receberá o bem ou mercadoria para análise.

9. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Em relação à substituição tributária, de acordo com o artigo 11 do Anexo 3 do RICMS/SC, deverá ser recolhido o ICMS devido por substituição tributária nos casos em que houver operações subseqüentes.

Portanto, nas remessas para teste, não ocorrendo operações subsequentes, não haverá a incidência do ICMS devido por substituição tributária.

Não sendo esse o caso, deverá ser recolhido o ICMS por substituição tributária normalmente de acordo com o NCM da mercadoria em questão. Ca

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