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Identificar os principais riscos para a implantação do “Programa Minha Casa Minha Vida” nos
grandes centros urbanos analisados sob o ponto de vista da Gestão de Riscos dezembro/2015
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
Identificar os principais riscos para a implantação do “Programa
Minha Casa Minha Vida” nos grandes centros urbanos analisados
sob o ponto de vista da Gestão de Riscos.
Adílson Sussumo Fukuda – [email protected]
MBA em Gerenciamento de Projetos
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Curitiba, Paraná, 04 de fevereiro de 2015
Resumo
Num cenário com boas perspectivas econômicas, porém com fortes contradições sociais,
entre eles, a demanda excessiva por habitação, o Governo Federal lançou o maior
Programa de Habitação Popular e de Interesse Social da história do país, que é o
Programa Minha Casa Minha Vida, tendo como objetivo zerar a demanda habitacional de
aproximadamente 5,8 milhões de moradias, através das Faixas I, II e III deste Programa;
vale lembrar que o Brasil precisará construir cerca de 28 milhões de moradias para
eliminar o déficit habitacional até 2020.
É preciso compreender o mercado habitacional e suas nuances, processos construtivos
modernos e diferenciados atentando aos prazos, custos e qualidade destes projetos,
relação com o agente financeiro, órgãos e concessionárias públicas, legislações
brasileiras pertinentes, parcerias firmadas com as diferentes esferas de governos e,
principalmente os riscos a ele inerentes.
Este artigo tem como principal objetivo identificar os riscos impactantes para a
viabilização e implantação de empreendimentos habitacionais, nos grandes centros
urbanos, inseridos no Programa Minha Casa Minha Vida, instituído pelo Governo Federal
e, analisá-los sob a ótica da gestão de riscos através das técnicas de Ishikawa e Diagrama
de Probabilidade X Impacto.
Para o desenvolvimento e levantamento de dados deste artigo foram realizadas entrevistas
com 03 (três) construtoras que atuam na região de Curitiba bem como, aplicado um
questionário tendo como objetivo mapear quais as maiores necessidades para a
implantação do Programa Minha Casa Minha Vida.
Palavras-chave: Gerenciamento de Riscos, Gerenciamento de Projetos, Técnicas de
Análise de Riscos e Parceria.
Identificar os principais riscos para a implantação do “Programa Minha Casa Minha Vida” nos
grandes centros urbanos analisados sob o ponto de vista da Gestão de Riscos dezembro/2015
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
1. Contextualização da Habitação no Brasil
Democratizar o acesso à habitação para as camadas mais carentes da população tem sido
um dos maiores desafios enfrentados por diferentes governos ao longo dos anos no Brasil
(PENNA; SOUZA, 2012).
Em 2009 o Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV foi lançado através da Lei N°
11.977, de 07 de julho de 2009 com a finalidade de criar mecanismos de incentivo,
produção e aquisição de novas unidades habitacionais, propondo a redução em 14% do
déficit habitacional do país e, para isso previa um investimento na ordem de R$ 34 bilhões
para a construção de 1,0 milhão de moradias priorizando famílias pertencentes à Faixa I.
Segundo dados do SindusCon-SP e Instituto Brasileiro de Economia da FGV (2009) o
déficit por unidades habitacionais é de 5,8 milhões de moradias.
ONDE O DÉFICIT É MAIOR
UNIDADE DA FEDERAÇÃO DÉFICIT ABSOLUTO DÉFICIT RELATIVO
São Paulo 1.127.096 8,20%
Rio de Janeiro 537.695 9,60%
Pará 509.779 23,10%
Minas Gerais 444.209 6,70%
Maranhão 429.011 22,70%
Bahia 410.700 8,90%
Ceará 352.861 13,40%
Pernambuco 273.816 9,90%
Amazonas 251.404 25,40%
Rio Grande do Sul 205.391 5,40%
Brasil 5.808.547 9,30% Tabela 01: Síntese dos Indicadores Sociais 2009. Rio de Janeiro: IBGE, 2009.
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD)
O PMCMV possui as seguintes FAIXAS e valores:
→ FAIXA I – Para famílias com renda bruta até R$ 1.600,00 – Valor da unidade 64 mil;
→ FAIXA II – Para famílias com renda bruta até R$ 3.275,00 – Valor da unidade até 100 mil;
→ FAIXA III – Para famílias com renda bruta de R$ 3.275,00 até R$ 5.000,00 – Valor da unidade
até 145 mil.
Identificar os principais riscos para a implantação do “Programa Minha Casa Minha Vida” nos
grandes centros urbanos analisados sob o ponto de vista da Gestão de Riscos dezembro/2015
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O componente para o sucesso deste Programa resulta na parceria entre a união, estados,
municípios, movimentos sociais e empresas empreendedoras. O PMCMV prevê a
participação de estados e municípios oferecendo contrapartida financeira através de
parcerias firmadas com empresas empreendedoras, infraestrutura para o empreendimento
com a execução de pavimentação de ruas, redes de água, esgoto e energia elétrica, doação
de terrenos para a construção de empreendimentos habitacionais e desoneração fiscal
através da redução de impostos e taxas de serviços.
O Programa determina uma especificação mínima através de memorial descritivo prévio
contendo as descrições dos componentes das unidades, área interna mínima dos cômodos e,
condições à acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais - PNE,
aquecimento solar/ térmico, vagas de estacionamento e paisagismo, entre outras.
A tipologia pode ser na forma de casas ou apartamentos.
A seguir a relação dos diversos planos habitacionais e o número de unidades já construídas
no Brasil ao longo dos anos.
Tabela 02: Número de moradias construídas por Planos Habitacionais.
Fonte: Penna, Cristina Della – Tendências do mercado de habitação econômica e de interesse social. Ed. O
Nome da Rosa, 2012.
2. Introdução
De acordo com o PMBOK, 5° edição do ano de 2013, define riscos de um projeto como
sendo um evento ou condição incerta que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou
negativo em um ou mais objetivos do projeto tais como escopo, cronograma, custo e
qualidade. Um risco pode ter uma ou mais causas e, se ocorrer, pode ter um ou mais
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impactos. Uma causa para os riscos pode ser entendida como uma condição potencial que
pode vir a causar a possibilidade de resultados positivos ou negativos, podendo ser, entre
outras, a demora na emissão do alvará de construção do empreendimento.
Risco, de uma forma bem simplista, também pode ser entendido como tudo aquilo que deu
errado no projeto.
Gerenciamento de riscos são a formulação e implementação de medidas e procedimentos
técnicos e administrativos, que têm por finalidade prevenir, controlar ou reduzir os riscos
existentes, de modo a torná-los toleráveis (BOTELHO, 2005).
A gestão de riscos prevê as atividades que se fazem necessárias para o gerenciamento dos
riscos de um projeto, que são:
→ Planejamento do Gerenciamento dos Riscos;
→ Identificação dos Riscos;
→ Análise Qualitativa dos Riscos;
→ Análise Quantitativa dos Riscos;
→ Planejamento de respostas aos Riscos e,
→ Controle dos Riscos do Projeto.
O objetivo principal da gestão de riscos de um projeto é aumentar a probabilidade e
impacto dos eventos positivos, bem como a redução da probabilidade e o impacto dos
eventos negativos do projeto. Vale ressaltar que riscos mensurados de forma errônea,
podem vir, caso aconteçam, afetar o desempenho, positivamente ou negativamente de um
projeto.
Os riscos podem ser causados por Agentes Internos ou por Agentes Externos. Os externos
podem ser entendidos como más condições financeiro-econômicas do Brasil, uma vez que
grande parte dos imóveis são financiados por bancos públicos, excesso de exigências das
concessionárias públicas de água, esgoto e energia elétrica para a aprovação de projetos,
demora na emissão de alvarás de construção e licenciamentos ambientais e, os internos
podem ser entendidos como sendo deficiências no ambiente da organização, falta de
experiência na condução do gerenciamento do projeto e vários projetos sendo tratados de
forma simultânea, entre outras.
A figura abaixo apresenta uma visão geral do gerenciamento de riscos de um projeto.
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grandes centros urbanos analisados sob o ponto de vista da Gestão de Riscos dezembro/2015
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Figura 01: Visão Geral do Gerenciamento de Riscos.
Fonte: PMBOK – 5° edição (2013, p.312)
Os riscos conhecidos podem ser identificados, analisados e passíveis ao planejamento das
respostas; já os riscos desconhecidos não sofrem este processo de gerenciamento. O gerente
do projeto, juntamente com as partes interessadas, deve designar uma reserva de
contingência em caso do risco se manifestar.
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grandes centros urbanos analisados sob o ponto de vista da Gestão de Riscos dezembro/2015
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Existem riscos os individuais e o risco geral do projeto, que consiste na incerteza do projeto
como um todo e representa porção maior que a soma dos riscos individuais.
Aqueles fatores de risco, com uma probabilidade muito baixa e um impacto muito baixo,
podem ser ignorados. Mesmo que eles ocorram, a gerência do projeto terá condições de
lidar com eles sem prejudicar o orçamento e o prazo do projeto (ALENCAR, SCHMITZ,
2005).
Riscos Positivos podem ser estudados como fonte de oportunidades e os riscos negativos
representam as ameaças ao projeto, devendo ser identificados, analisados qualitativamente
e quantitativamente e com planejamento de respostas aos mesmos.
Cada projeto possui uma forma particular de se tratar os riscos e o sucesso do mesmo está
associada à forma proativa na abordagem destes riscos.
3. Planejamento do Gerenciamento dos Riscos
O planejamento do gerenciamento dos riscos de um projeto nada mais é do que o processo
de definição de como conduzir as atividades deste projeto. Este planejamento é de extrema
importância para a aceitação e apoio das partes interessadas com o propósito de garantir
que o gerenciamento de riscos seja aprovado, mantido e executado.
O fluxo do processo prevê três etapas: Entradas, Ferramentas e Técnicas e Saídas.
→ Entradas: Plano de Gerenciamento do Projeto;
Termo de Abertura do Projeto;
Registro dos Interessados;
Fatores Ambientais da empresa e documentos, processos, lições aprendidas,
Manuais, formulários-padrão e histórico de outros projetos já implantados.
→ Ferramentas e Técnicas: Técnicas Analíticas, matrizes, gráficos, pontuação dos riscos;
Opinião especializada de técnicos e consultores e reuniões.
→ Saídas: Plano de Gerenciamento de Riscos, com responsabilidades, prazos e custos.
Quando se fala em riscos é importante mencionar o conceito de probabilidade, impacto e
matriz de probabilidade e impacto.
- Probabilidade: É a chance de o risco ocorrer num determinado tempo ou ocasião. Como
ele não é determinístico deve-se mensurá-lo através de probabilidade. Ex. Existe a
probabilidade de chover 40% durante a execução da obra.
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- Impacto: Em caso da ocorrência do risco qual é o impacto que o mesmo causará sobre o
projeto ou parte dele?
- Matriz de Probabilidade e Impacto: É uma rede que tem como meta o mapeamento da
probabilidade da ocorrência de cada risco potencial e seu impacto nos objetivos do projeto.
Os riscos podem ter a seguinte gradação: Alta, Moderada ou Baixa.
Figura 02: Fluxo do Planejamento dos Riscos do Projeto.
Fonte: PMBOK – 5° edição (2013, p.313)
4. Identificação dos Riscos
Não basta somente identificar os riscos, é necessário documentá-los e conhecer suas
características com o fim de propor ações que venham no encontro de minimizá-los.
Para planejar um projeto e identificar seus riscos devem ser reunidas as principais pessoas
da empresa relacionadas ao projeto, ou seja, as que têm as informações necessárias e as que
decidem (FINOCCHIO, 2013).
O fluxo do processo prevê três etapas: Entradas, Ferramentas e Técnicas e Saídas.
→ Entradas: Planos de Gerenciamento de riscos, custos, cronograma, qualidade e RH;
Linha de base do escopo;
Estimativas de duração e custos das atividades;
Registro das partes interessadas;
Documentos do projeto e aquisições e,
Fatores Ambientais da empresa e documentos, processos, lições aprendidas,
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grandes centros urbanos analisados sob o ponto de vista da Gestão de Riscos dezembro/2015
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Manuais, formulários-padrão e histórico de outros projetos.
→ Ferramentas e Técnicas: Técnicas de coleta de informações e, análise das premissas;
Uso de diagramas e suas técnicas;
Análise de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças e,
Opinião especializada de técnicos e consultores e reuniões.
→ Saídas: Registro dos riscos.
Ao se identificar os riscos do projeto não significa que novos riscos possam não aparecer
durante o ciclo de vida do projeto. Muitas técnicas são recomendadas para a identificação
dos riscos inerentes a um projeto, tais como: Análise das forças, oportunidades, ameaças e
fraquezas - SWOT, Diagrama de Causa e Efeito - Ishikawa, Brainstorming, consenso de
especialistas, aplicação de entrevistas e questionários, entre outras.
Para a identificação dos riscos foram aplicadas pesquisas e entrevista a três construtoras
que constroem empreendimentos pertencentes ao Programa Minha Casa minha vida na
cidade de Curitiba. Estas empresas do ramo da construção civil viabilizam o
empreendimento desde a sua concepção, aquisição do terreno, estudos preliminares,
estudos de massa, estudos de viabilidade técnica e econômica, execução e aprovação de
projetos, aprovação de licenças ambientais junto aos órgãos competentes, trâmite junto aos
cartórios de registro de imóveis e todo o contato junto ao órgão financiador, que neste caso
é a Caixa Econômica federal - CEF.
As empresas entrevistadas realizam todas as etapas do projeto, desde os primeiros estudos,
viabilização junto à CEF e concessionárias públicas, construção do empreendimento,
habite-se e regularização final junto aos cartórios de registro de imóveis.
Abaixo o formulário da pesquisa aplicada às construtoras.
RISCOS INERENTES AO PROJETO GRADAÇÃO: 1 A 5
PONTUAÇÃO EMPRESA 1
EMPRESA 2
EMPRESA 3
1 AÇÃO DAS PREFEITURAS 5,0 5,0 5,0 15,0
2 AGENTE FINANCEIRO 4,0 3,0 3,0 10,0
3 CONCESSIONÁRIAS 3,0 3,0 5,0 11,0
4 LEGISLAÇÃO 4,0 4,0 5,0 13,0
5 TERRENOS 5,0 5,0 5,0 15,0
6 CUSTO DOS TERRENOS/ PROJETOS 5,0 5,0 5,0 15,0
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7 VALOR PAGO PARA A CONSTRUTORA 5,0 5,0 4,0 14,0
8 PARCERIAS COM O PODER PÚBLICO 3,0 3,0 4,0 10,0
9 IMPOSTOS 5,0 4,0 5,0 14,0
10 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 5,0 5,0 5,0 15,0
Tabela 03: Formulário de Pesquisa Aplicada às Construtoras.
PERTINÊNCIA VALOR
MUITO PERTINENTE 5
É PERTINENTE 4
MEDIANAMENTE PERTINENTE 3
POUCO PERTINENTE 2
NÃO É PERTINENTE 1
Através do levantamento dos riscos pode-se evidenciar a pontuação obtida e, segundo as
empresas do ramo, os maiores problemas para a implantação de empreendimentos do
Programa minha Casa Minha Vida.
15 PONTOS
AÇÃO DAS PREFEITURAS
DEMORA NA APROVAÇÃO DOS PROJETOS ARQUITETÔNICOS
DEMORA NA EMISSÃO DO ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO
EXCESSO DE BUROCRACIA PARA A VISTORIA E EMISSÃO DE HABITE-SE
POUCO PARTICIPA DOS EMPREENDIMENTOS DO PMCMV
POUCO INCENTIVO FISCAL
AÇÃO DAS COHAB'S INSATISFATÓRIA
PARCERIAS FIRMADAS COM AS EMPRESAS NÃO CUMPRIDAS
TERRENOS/CUSTO TERRENOS
EXISTEM POUCAS ÁREAS PARA A IMPLANTAÇÃO DE CONDÔMÍNIOS RESIDENCIAIS
TERRENOS MUITO CAROS E NÃO VIABILIZAM OS EMPREENDIMENTOS POPULARES
AS ÁREAS QUE EXISTEM POSSUEM GRAVES PASSIVOS AMBIENTAIS, TAIS COMO NASCENTES, CÓRREGOS, RIOS, DECLIVIDADE ACENTUADA, BOSQUE E ÁRVORES
ÁREAS SEM ACESSO IMPLANTADO: REDE DE ÁGUA, ESGOTO E DRENAGEM E PAVIMENTAÇÃO PRECÁRIA E INEXISTENTE
ÁREAS SEM INFRAESTRUTURA NO ENTORNO: FALTAM ESCOLAS, CRECHES, POSTOS DE SAÚDE E LINHAS DE ÔNIBUS PRÓXIMO AOS EMPREENDIMENTOS
É NECESSÁRIO PROMOVER MELHORIAS NO TERRENO
REGULARIZAÇÃO DO TERRENO: SUBDIVISÃO, UNIFICAÇÃO, LOTEAMENTO
LICENCIAMENTO DEMORA NA EMISSÃO DAS LICENÇAS PRÉVIA, INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO
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AMBIENTAL EXCESSO DE BUROCRACIA REFERENTE À DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
O PRAZO PARA CONSEGUIR AS LICENÇAS AMBIENTAIS CHEGA A 1 ANO
AS ÁREAS POSSUEM GRAVES PASSIVOS AMBIENTAIS, TAIS COMO NASCENTES, CÓRREGOS, RIOS, DECLIVIDADE ACENTUADA, BOSQUE E ÁRVORES
FALTA COMPROMISSO DOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS EM AGILIZAR OS PROCESSOS
14 PONTOS
VALOR PAGO PARA AS CONSTRUTORAS
O VALOR PAGO PARA AS CONSTRUTORAS, CONFORME PREVÊ O PMCMV, É DE: - FAIXA I - R$ 64.000,00 - FAIXA II - ATÉ R$ 100.000,00 - FAIXA III - ATÉ R$ 145.000,00
FAZ PARTE DESTE VALOR TODO O CUSTO NECESSÁRIO PARA A IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO: HABITAÇÃO, INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS DE LAZER
O VALOR NÃO É REAJUSTÁVEL
INCLUI INFRAESTRUTURA EXTERNA AO EMPREENDIMENTO
IMPOSTOS
CARGA TRIBUTÁRIA MUITO ALTA
DIMINUIÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS, TAXAS DE SERVIÇOS PODERIAM SER ISENTAS
INTENSIFICAÇÃO DE FISCALIZAÇÕES TRABALHISTAS
13 PONTOS
LEGISLAÇÃO
PLANO DIRETOR MAIS RESTRITIVO
AS NORMAS E LEIS RESTRINGEM MAIS O PROJETO E EXIGEM MAIORES CUSTOS
LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
NORMA DE DESEMPENHO NBR 15.575
MAIOR EXIGÊNCIA CONTRATUAL
NORMAS DE ACESSIBILIDADE
ADEQUAÇÃODO PROJETO PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS
11 PONTOS
CONCESSIONÁRIAS
O PRAZO PARA A APROVAÇÃO DOS PROJETOS É MUITO DEMORADO
EXCESSO DE BUROCRACIA
NÃO HÁ ISENÇÃO DE TAXAS
O CORPO DE BOMBEIROS NÃO É CONCLUSIVO NAS VISTORIAS PARA HABITE-SE
O CUSTO PARA A IMPLANTAÇÃO DAS REDES DE ÁGUA, ESGOTO E DRENAGEM É POR CONTA DA CONSTRUTORA
EXISTEM PARCERIAS MAS AINDA SÃO MUITO "TÍMIDAS"
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NECESSIDADE DO ESTADO PREFEITURA COMPLEMENTAR O VALOR PAGO PELO AG. FINANCEIRO
10 PONTOS
AGENTE FINANCEIRO
O PRAZO PARA A APROVAÇÃO DOS PROJETOS É DEMASIADAMENTE DEMORADO
EXCESSO DE BUROCRACIA
NÃO HÁ ISENÇÃO DE TAXAS
O VALOR NÃO É REAJUSTÁVEL
AS REGRAS MUDAM NO MEIO DO JOGO
MUITAS NORMAS QUE ENCARECEM O CUSTO DO PROJETO
VÁRIAS ÁREAS DENTRO DA CEF COM DIVERSOS PONTOS DE VISTA SOBRE MESMO ASSUNTO
PARCERIAS COM O PODER PÚBLICO
PRATICAMENTE INEXISTENTE
AS POUCAS QUE EXISTEM AINDA SÃO MUITO "TÍMIDAS"
NÃO ISENÇÃO DE TAXAS
NÃO HÁ PRIORIDADE PARA ANÁLISE DE PROJETOS
PLANO DIRETOR MAIS RESTRITIVO
4. Análise dos Riscos
Torna-se um processo de priorização dos riscos para posterior análise. O maior benefício,
além de se ter conhecimento dos possíveis e futuros riscos, é capacitar os integrantes do
projeto para reduzir o nível das incertezas e focar o risco principal, aquele de maior
prioridade, probabilidade e impacto.
a) Análise de causas através do Diagrama de Causa e Efeito
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b) Determinação da Probabilidade, Impacto e Definição do Tratamento
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RISCO GERAL DO PROJETO: TERRENOS
5. Conclusão
Após os estudos e técnicas aplicadas, este artigo conclui que o risco principal para a
viabilização e implantação, nos grandes centros urbanos, de empreendimentos do Programa
Minha Casa Minha Vida é TERRENO.
Dentre todos os riscos identificados o terreno possui, caso a probabilidade aconteça e, seu
impacto é altíssimo, riscos enormes do projeto sucumbir, pelos seguintes motivos:
→ Existem pouquíssimos terrenos na cidade de Curitiba com potencial para implantar
projetos do Programa Minha Casa Minha Vida;
→ As poucas áreas que existem são muito afastadas e não possuem infraestrutura, tais
como redes de água, esgoto e drenagem, pavimentação e iluminação pública;
→ As áreas disponíveis são muito caras e não viabilizam empreendimentos populares;
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→ As áreas existentes possuem passivos ambientais muito sérios, o que dificulta a
aprovação das licenças ambientais;
→ Muitas destas áreas precisam passar por regularizações, tais como aprovação de
loteamento, desmembramentos, unificações e subdivisões, entre outras.
A importância do gerenciamento de riscos de um projeto é suma, pois através dele é
possível identificar os riscos potenciais ao projeto, planejar, analisá-los e eleger o risco
principal. Após esta fase de diagnóstico, deve-se fazer o monitoramento dos riscos e,
realizar e programar um plano de ação com o intuito de minimizá-los.
Permite uma melhor alocação de recursos financeiros e humanos, para que as ações sejam
realizadas dentro dos prazos previstos e, servir de ferramenta para uma tomada de decisões
para a seleção correta de uma ação ou de um curso de ações.
Referências
ALENCAR, Antônio Juarez, SCHMITZ, Elber Assis. Análise de Risco em Gerência de
Projetos. Editora Brasport, 2005.
BOTELHO, Alexandre. Introdução ao Gerenciamento de Riscos. Departamento de
Análise de Riscos, AON RISK SERVICES, 2005.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Minha Casa Minha Vida – Moradia para as
famílias, Renda para Trabalhadores e Desenvolvimento para o Brasil, 2011.
FINOCCHIO, José Jr. PM Visual – Planejando Projetos em 8 horas. Revista mundo
PROJECT MANAGEMENT, São Paulo, Ano 10, nº 60, p. 20-27, dez/2014 à
jan/2015.
PENNA, Cristina Della, MELO, Roberto de Souza Tula. Tendências do mercado de
habitação econômica e de interesso social. São Paulo: Ed. O Nome da Rosa, 2012.
PMBOK, Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, Project
Management Institute, 2013.