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O contexto de crise do governo Bolsonaro já vinha se desenrolando desde antes da pandemia
do coronavírus. O processo de desmantelamento das instituições, que é anterior ao governo,
foi reforçado ainda mais a partir de 2019 e fica visível agora com esta pressão adicional.
Um dos recortes importantes da governança de terras é que esta lente traz a análise da
interação de diversas instituições no que se refere aos direitos e usos relacionados à terra [1].
Esta arquitetura institucional pode ser alterada e, de um dia para o outro, haver o
afrouxamento ou extinção, por exemplo, da fiscalização dos desmatamentos ilegais na
Amazônia - ou ainda, vendo por outro lado, a facilitação da regularização fundiária urbana para
fins sociais.
1 1 D E M A I O D E 2 0 2 0 | E D I Ç Ã O 5
A Newsletter Oficial do Instituto Governança de Terras
IGTNEWSIGTNEWS
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIAEM TERRAS PÚBLICAS
ESTADUAIS
MEIO AMBIENTE E CRISEINSTITUCIONAL
COVID-19 E AS PERIFERIASBRASILEIRAS
N E S T A E D I Ç Ã O
AÇÕES “CASADAS” PODEMPREJUDICAR OS DIREITOSTERRITORIAIS DOS POVOS
INDÍGENAS
Meio ambiente e crise institucional
ESCRITO POR VITOR BUKVAR
Quando um governo exonera gestores e diretores capacitados na área e os substitui por
profissionais que não são especialistas no assunto, isso representa uma ruptura institucional
negativa: a função para qual aquela instituição ou órgão se propunha foi subvertida e agora
terá outra linha de atuação. Este é o caso, por exemplo, dos diversos órgãos ambientais que
estão sendo subvertidos através de exonerações pelo ministro do meio ambiente [2,3,4]. O
desmonte da arquitetura institucional que propunha crescimento econômico com equidade e
sustentabilidade significa a supressão destes valores e deixa um vazio no seu lugar.
Isto representa não uma mudança de orientação com pensamento estratégico, mas sim um
cancelamento de qualquer plano de longo prazo, dado a incerteza provocada por estas ações.
Este é um dos piores tipos de mudança institucional porque implode todos os delicados e
demorados arranjos entre diversos atores - muitas vezes antagonistas, mas que optaram por
negociar um caminho comum. Este tipo de mudança é como se quiséssemos fazer uma reforma
utilizando os materiais da própria fundação da casa, o que, convenhamos, não é um caminho
sustentável.
"QUANDO UM GOVERNO EXONERA GESTORES E DIRETORES
CAPACITADOS NA ÁREA E OS SUBSTITUI POR PROFISSIONAIS QUE
NÃO SÃO ESPECIALISTAS NO ASSUNTO, ISSO REPRESENTA UMA
RUPTURA INSTITUCIONAL NEGATIVA"
Regularização fundiária em terras públicas estaduais
ESCRITO POR GABRIEL PANSANI SIQUEIRA
A regularização fundiária no bioma amazônico é uma pauta no mínimo complexa, considerando
que pode ser associada ao desmatamento ilegal (ou combate a este), grilagem de terras,
direitos constitucionais de moradia, entre outros elementos centrais à vida em sociedade.
Grande parte dessa competência é de responsabilidade federal, cuja administração é pautada
pela Lei 13.465/2017, que poderá sofrer alterações caso a MP 910 seja votada, mas que não se
aplicam quando as terras públicas são estaduais.
Ainda existem muitas áreas públicas de competência dos estados, cuja responsabilidade de
administração e destinação são dos governos estaduais. Porém, é notável a diferença entre
arcabouços legais que pautam esse processo nos diferentes estados amazônicos, sendo que
muitos deles tem alterado essas estruturas no período mais recente.
Alguns estados da Amazônia Legal possuem legislações antigas que são atualizadas por
instrumentos legais mais recentes, como o caso do Amapá e do Maranhão, este último que
mantém sua Lei de Terras de 1991 (1) atualizada pela Lei Estadual nº 10.398 (2) de 2015 e outras
Instruções Normativas, sendo a última de 2019 (3). Outros, possuem legislações mais recentes
como Acre e Roraima, que se espelharam na estrutura federal, e o Amazonas, que apesar de
possuir uma estrutura recente, destituiu o Instituto de Terras do estado (4) em 2015, algo
preocupante considerando o tamanho de suas áreas públicas estaduais.
Para além desses, o maior destaque vai para os estados que reestruturaram as leis sobre
regularização fundiária no ano de 2019, como foi o caso do Mato Grosso (5), Tocantins (6) e o
Pará (7). Sendo que esse último talvez tenha sido o mais criticado pela falta de diálogo com a
sociedade civil (8). Sobre o tema, vale a leitura do relatório sobre transparência dos dados
fundiários nos estados da Amazônia Legal do Imazon (2018) (9).
Em contexto de coronavírus, a preocupação
por medidas preventivas e higiene
aumentou drasticamente no mundo com o
objetivo de conter a pandemia. Todavia,
devem ser consideradas algumas
especificidades nesse processo, como o
acesso à recursos que impeçam a
contaminação pelo vírus. Um exemplo disso
são as recomendações da OMS (Organização
Mundial da Saúde) sobre as medidas básicas
de higiene, como lavar bem as mãos com
água e sabão (1). Contudo, o acesso à água é
uma realidade distante para um número
considerável de brasileiros ainda hoje,
especialmente nas cidades.
Atualmente, o Brasil tem 6.329 favelas com
cerca de 13,6 milhões de residentes, com
recorrentes falhas no abastecimento de
água (2). Nesse contexto, as recomendações
primárias da OMS se tornam impraticáveis.
Especialmente ao considerarmos que a
propagação do COVID-19 é feita por
gotículas que ficam suspensas no ar, em ou
superfícies (3), algo agravado pelo ambiente
extremamente precário e espacialmente
restrito dessas moradias informais.
Uma das maiores dificuldades para fornecer
o serviço de saneamento em favelas e
ocupações é a ausência de regularização
fundiária desses imóveis (4). Nas regiões
periféricas, a negligência do Estado é algo
histórico, pois serviços públicos básicos não
chegam da maneira que deveriam. Segundo
o estudo do Trata Brasil, 90% do esgoto
dessas favelas e ocupações informais são
jogados sem tratamento, diretamente no
meio ambiente (5).
Visto o descaso governamental para com
estes locais, as populações das favelas e
periferias têm se mobilizado e criado
medidas para prevenir o coronavírus. Posto
isso, fica o dilema imposto por órgãos
federais de “salvar a vida” ou “salvar a
economia”, porém, como fica esse debate
para aqueles que tem o valor de suas vidas
negligenciadas pelo Estado?
Mais uma vez a desigualdade histórica se faz
presente ao termos estas populações
violentadas e negligências de diferentes
formas, sem receber o apoio de instituições
da saúde e da presidência.
Covid-19 e as Periferias Brasileiras
ESCRITO POR MARINA LANGE E DELAÍDE PASSOS
Diversos estudos têm demonstrado a
importância da implementação da
governança fundiária tendo como base de
sustentação um cadastro estruturado e
transparente (1,2,3 e 4). Contudo, da
necessidade à realização há um longo
caminho, que nem todos querem percorrer,
porque locupletam com a falta de
informação e utilizam da violência e
subterfúgios para apropriar ilegalmente as
terras públicas.
A Instrução Normativa da FUNAI (IN) nº
9/2020 (5), altera o regime administrativo
da “Declaração de Reconhecimento de
Limites em relação a imóveis privados” e
possibilita a grilagem. Esse documento
tinha o objetivo de certificar que o imóvel
rural limítrofe a terra indígena respeitava a
linha de divisa existente. A nova IN limitou
a declaração somente para imóvel rural
lindeiro a terra indígena homologada. Nos
237 processos de demarcação de terra
indígena pendentes de homologação, o
confinante não precisa da declaração visto
que a divisa “não existe para o mundo
administrativo”. A situação fica mais grave
porque a mesma norma administrativa pre-
vê a retirada do Sistema de Gestão
Fundiária (Sigef) todas terras indígenas não
homologadas.
Se analisarmos a “limpeza da base do Sigef”
com vários comandos normativos previstos
na Medida Provisória (MP) 910/2019 (da
regularização fundiária) a situação fica
muito grave. Podemos citar três exemplos
da MP que colocam em risco centenas de
terras indígenas ainda não homologadas,
ou seja, as delimitadas, as declaradas, as
que não tem Estudos Antropológicos de
Identificação e Delimitação ou não foram
aprovadas o Relatório Circunstanciado.
O primeiro comando é o que reconhece o
corte raso ocorrido até 2018, ou seja, quem
desmatou terra indígena não homologada
até 2018 pode solicitar a regularização
fundiária. Segundo é o que amplia a
dispensa de licitação para as ocupações, de
1.500 hectares para 2.500 hectares. O
terceiro comando dispensa a vistoria para
os imóveis com áreas equivalente até 15
módulos fiscais. Sem vistoria e informação
na base oficial a grilagem está assegurada.
Ações “casadas” podem prejudicar os direitos
territoriais dos povos indígenas
ESCRITO POR JOSÉ HEDER BENATTI
"UTILIZAM DA VIOLÊNCIA E
SUBTERFÚGIOS PARA APROPRIAR
ILEGALMENTE DAS TERRAS
PÚBLICAS"
R E D A Ç Ã O
Buscamos a defesa dos direitos sociais relacionados àposse e à propriedade da terra, em condições deigualdade, por meio da proteção e garantias dadas peloestado de direito. Estímulo ao desenvolvimentosustentável por meio da adequada Governança deTerras. Promoção da ética, da paz, da cidadania, dosdireitos humanos, da democracia e de outros valoresuniversais.
O que é o IGT?
A IGTNews será o novo periódico do IGT, que surgiucom o objetivo de concretizar um veículo decomunicação para proporcionar uma leitura crítica doseventos contemporâneos ligados às questões fundiáriasdo Brasil e no mundo.
O que é o IGT News?
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F i c h a T é c n i c a
R E F E R Ê N C I A S
Meio ambiente e crise institucional1 - FERNANDES, Vitor Bukvar; REYDON, Bastiaan Philip. A governança de terras e o desenvolvimento
econômico. Em: REYDON, B.P.; FERNANDES, V.B.; BUENO, A.P.S.; SIQUEIRA, G.P. Governança de Terras:
da teoria à realidade brasileira. Brasília: FAO/SEAD, 2017.
2 – FOLHA DE S. PAULO. Ricardo Salles exonera diretor de proteção ambiental do Ibama. Folha de S. Paulo,
14 de Abril de 2020. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/04/ricardo-salles-
exonera-diretor-de-protecao-ambiental-do-ibama.shtml. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
3 – ESTADÃO CONTEÚDO. Salles decide militarizar Ministério do Meio Ambiente. Exame, 19 de Abril de 2019.
Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/salles-decide-militarizar-ministerio-do-meio-ambiente/. Acesso
em: 10 de Maio de 2020.
4 – PARAGUASSU, L.; SPRING, J. Salles muda estrutura do ICMBio e abre chefia de unidade de conservação
a pessoas de fora do órgão. Extra, 14 de Fevereiro de 2020. Disponível em:
https://extra.globo.com/noticias/brasil/salles-muda-estrutura-do-icmbio-abre-chefia-de-unidade-de-conservacao-
pessoas-de-fora-do-orgao-24249215.html. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
Regularização fundiária em terras públicas estaduais1 - MARANHÃO. Lei nº 5.315, de 23 de Dezembro de 1991. Dispõe sobre terras de domínio do Estado e dá
outras providências. Disponível em: http://www.iterma.ma.gov.br/files/2017/01/Lei-Estadual-n%C2%BA-5.315-
Lei-de-Terras-do-Estado-do-Maranh%C3%A3o.pdf . Acesso em: 11 de Maio de 2020
2 – MARANHÃO. Lei nº 10.398, de 29 de Dezembro de 2015. Acrescenta o § 3º ao art. 13, da Lei nº 5.315, de
23 de dezembro de 1991, que dispõe sobre terras de domínio do Estado do Maranhão. Disponível em:
http://sapl.al.ma.leg.br:8080/sapl/sapl_documentos/norma_juridica/195_texto_integral. Acesso em: 10 de Maio
de 2020.
3 – MARANHÃO. Instrução Normativa nº 2, de 01 de Novembro de 2019. Estabelece as normas e
procedimentos para a regularização fundiária de terras rurais registradas em nome do Estado do Maranhão a
serem adotadas pelo Instituto de Colonização e Terras do Maranhão - ITERMA. Disponível em:
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=384562. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
4 – AMAZONAS. Lei nº 4163, de 09 de Março de 2015. Dispõe sobre a estrutura administrativa do Poder
Executivo, define os órgãos e entidades que o integram, o seu quadro de cargos de provimento em comissão e
funções gratificadas, e dá outras providências. Disponível em:
https://sapl.al.am.leg.br/media/sapl/public/normajuridica/2015/8617/8617_texto_integral.pdf. Acesso em: 10 de
Maio de 2020.
5 – STAMM, Marco. Governo sanciona lei que altera o Código de Terras e facilita regularização fundiária.
Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, 14 de Novembro de 2019. Gabinete do deputado Dilmar
Dal’Bosco. Disponível em: https://www.al.mt.gov.br/midia/texto/52/deputado/governo-sanciona-lei-que-altera-
codigo-de-terras-e-facilita-regularizacao-fundiaria/visualizar. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
6 – KÁSSIA, Melânia. Governo sanciona Lei de Regularização Fundiária e entrega veículos de combate àsqueimadas. Portal Tocantins, 08 de Agosto de 2019. Disponível em:
R E F E R Ê N C I A Shttps://portal.to.gov.br/noticia/2019/8/8/governador-sanciona-lei-de-regularizacao-fundiaria-e-entrega veiculos-
de-combate-as-queimadas/. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
7 – PARÁ. Lei nº 8.878, de 8 de Julho de 2019. Dispõe sobre a regularização fundiária de ocupações rurais e
não rurais em terras públicas do estado do pará, revoga a lei nº 7.289, de 24 de julho de 2009 e o decreto-lei nº
57, de 22 de agosto de 1969. Disponível em: http://www.iterpa.pa.gov.br/sites/default/files/lei_no8.878-
2019.pdf. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
8 - BRITO, B. 2019. Nota Técnica sobre o Projeto de Lei Estadual nº 129/2019 que altera as regras para
regularização fundiária no Pará. Belém: Imazon. Disponível em: https://imazon.org.br/publicacoes/nota-tecnica-
sobre-o-projeto-de-lei-estadual-no-129-2019-que-altera-as-regras-para-regularizacao-fundiaria no-para/. Acesso
em: 10 de Maio de 2020.
9 – Cardoso Jr., Dário. Transparência de órgãos fundiários estaduais na Amazônia Legal. / Dário Cardoso Jr.,
Rodrigo Oliveira, Brenda Brito. – Belém, PA: Imazon, 2018. Disponível em:
https://imazon.org.br/PDFimazon/Portugues/livros/Transparencia%20Orgaos%20Fundiarios%20Amazonia%20Le
gal.pdf. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
Covid-19 e as Periferias Brasileiras1 – MONTEIRO, N. Et al. Saúde anuncia orientações para evitar a disseminação do coronavírus. Ministério da
Saúde, 13 de Março de 2020. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46540-saude-
anuncia-orientacoes-para-evitar-a-disseminacao-do-coronavirus. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
2 – FERREIRA, L. ‘Somos excluídos’: prevenção ao corona ‘esquece’ favelas sem saneamento. UOL, 17 de
Março de 2020. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/17/somos-
excluidos-prevencao-ao-corona-esquece-favelas-sem-saneamento.htm. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
3 – ANSEDE, M. Como o novo coronavírus se propaga? El país, 20 de Março de 2020. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-03-20/como-o-novo-coronavirus-se-propaga.html. Acesso em: 10 de Maio
de 2020.
4 – VELASCO, C. Perda por falta de saneamento em favelas chega a R$ 2,5 bilhões ao ano. G1, 16 de Maio de
2016. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/05/perda-por-falta-de-saneamento-em-favelas-
chega-r-25-bilhoes-ao-ano.html. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
5 – VELASCO, C. Perda por falta de saneamento em favelas chega a R$ 2,5 bilhões ao ano. G1, 16 de Maio de
2016. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/05/perda-por-falta-de-saneamento-em-favelas-
chega-r-25-bilhoes-ao-ano.html. Acesso em: 10 de Maio de 2020.
Ações “casadas” podem prejudicar os direitos territoriais dos povos indígenas1 - BENATTI, José Heder. Direito de propriedade e proteção ambiental no Brasil: apropriação e uso dos
recursos naturais no imóvel rural. Belém: NAEA/UFPA, Tese de doutorado, 2003.
2 - GUEDES, Sebastião Neto Ribeiro e REYDON, Bastiaan Philip. Direitos de Propriedade da Terra Rural no
Brasil: uma proposta institucionalista para ampliar a governança fundiária. RESR, Piracicaba-SP, Vol. 50, N° 3,
p. 525-544, Jul/Set, 2012.
3 - REYDON, Bastiaan Philip; BUENO, Ana Paula da Silva e SIQUEIRA, Gabriel Pansani. Histórico e dinâmica
dos diferentes cadastros de terras do Brasil. Governança de terras: da teoria à realidade brasileira, Brasília:
FAO/SEAD. 2017, pp. 127-160.
4 - TRECCANI, Girolamo Domenico. Violência e grilagem: instrumentos de aquisição da propriedade da terra no
Pará. Belém: UFPA-ITERPA, 2001.
5 - BRASIL. Instrução Normatina nº 9, de 16 de Abril de 2020. Disciplina o requerimento, análise e emissão da
Declaração de Reconhecimento de Limites em relação a imóveis privados