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II Semana de Economia Política UFC-UECE ”Opressões e Luta de Classes”: Uma homenagem a Rosa Luxemburgo ISSN 2317-0832 Volume 1, 2ª Edição, 2013. Fortaleza - Ceará II Semana de Economia Política “Opressões e Luta de Classes”: Uma homenagem a Rosa Luxemburgo ISSN 2317-0832

II Semana de Economia Política · A Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) foi criada em junho de 1996, durante a realização do I Encontro Nacional de Economia Clássica

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II Semana de Economia Política UFC-UECE ”Opressões e Luta de Classes”: Uma homenagem a Rosa Luxemburgo

ISSN 2317-0832 Volume 1, 2ª Edição, 2013.

Fortaleza - Ceará

II Semana de Economia Política

“Opressões e Luta de Classes”:

Uma homenagem a Rosa Luxemburgo

ISSN 2317-0832

II Semana de Economia Política UFC-UECE ”Opressões e Luta de Classes”: Uma homenagem a Rosa Luxemburgo

ISSN 2317-0832 Volume 1, 2ª Edição, 2013.

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EXPEDIENTE

• NOME: SEMANA DE ECONOMIA POLÍTICA UFC-UECE. • TEMA: “OPRESSÕES E LUTA DE CLASSES”: UMA HOMENAGEM A ROSA LUXEMBURGO • EDIÇÃO: II. • VOLUME: 1. • REALIZAÇÃO: 9, 10, 11 E 12 DE OUTUBRO DE 2013 (TOTAL: 32 HORAS DE ATIVIDADES). • ORGANIZADOR: VIÈS – NÚCLEO DE ECONOMIA POLÍTICA DA UFC; • APOIO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ. • RESPONSÁVEIS: FABIO MAIA SOBRAL; TAINÃ ALCANTARA DE CARVALHO. • CONTATO: FABIO MAIA SOBRAL (e-mail: [email protected]) TAINÃ ALCANTARA DE CARVALHO (e-mail: [email protected]) NÚCLEO DE ECONOMIA POLÍTICA (e-mail: [email protected]).

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Não nos falta nada, minha mulher, meu filho a não ser o que através de nós cresce

para sermos livres como os pássaros:

só o tempo!

Rosa Luxemburgo

1. Instituição Proponente

O atual Viès - Núcleo de Economia Política, surgiu da expansão das atividades do Grupo de Economia Política (Gepol) criado em 2010 como um Programa vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da UFC. Aos poucos percebeu-se a necessidade de expandir as atividades, sempre com a consciência de que qualquer iniciativa realmente transformadora teria que levar em consideração a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. Iniciaram-se as atividades do Grupo com um grupo de extensão que abordava fundamentalmente os autores clássicos do Pensamento Econômico. No semestre seguinte criou-se mais um grupo de estudos, que abordava autores e temas mais contemporâneos.

Dado o fato de que o principal público participante das atividades do Grupo ser de alunos dos primeiro semestres, que ainda não possuem sólida formação acadêmica, percebeu-se a necessidade de tratar a temática da Economia Política a partir de abordagens alternativas aliadas aos encontros semanais de debates de textos. Com isso em mente, desde o início das atividades do Núcleo, desenvolve-se a iniciativa Cine Gepol, que exibe periodicamente documentários recentes relacionados aos assuntos tratados no Núcleo.

Dado o sucesso das atividades desenvolvidas e a ampla adesão dos alunos, tanto do curso de Ciências Econômicas como de outros cursos de graduação e inclusive de pós-graduação, decidiu-se reestruturar o Grupo de Economia Política e expandir suas atividades, o que acabou por gerar o Viès – Núcleo de Economia Política. Além dos já tradicionais grupos de estudo, o Cine Gepol (agora Cine Viès), o Viès passou a ofertar cursos de Extensão, promover debates sistemáticos expor a evolução das pesquisas realizadas por meio do Viès Debates e ampliar seu contato com a sociedade e com a própria Academia com o Ciclo de Conferências sobre Economia Política e a atuar diretamente em comunidades carentes por meio do Grupo de Apoio a Empreendimentos Solidários. Recentemente, o Viès foi cadastrado junto ao CNPq como grupo de pesquisa.

Para garantir que os objetivos da expansão das atividades fossem plenamente atingidos, o Viès incorporou mais professores à equipe de trabalho: atualmente conta com 7 professores. O próximo passo será a ampliação da equipe de bolsistas ligados ao Viès.

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As atividades do Viès já beneficiaram mais de 300 pessoas. Já se podem ver resultados dos esforços do Viès, além da mais ampla e sólida formação intelectual dos alunos, como publicações dos membros em Congressos e Encontros nacionais e internacionais.

Inspirados no sucesso da I Semana de Economia Política, que contou com mais de 150 participantes, e frente a essa conjuntura tão desoladora (e que exatamente por isso nos cobra reflexões e respostas) propomos a realização da II Semana de Economia Política UFC-UECE a ser realizada sob o tema “Uma homenagem a Rosa Luxemburgo”. Contribuímos assim para o fortalecimento da práxis crítica no Nordeste e para a difusão do pensamento luxemburguista no campo das Ciências Sociais Aplicadas e Humanas.

Pretendemos consolidar esse espaço tão fecundo nas discussões sobre Economia Política como referência no calendário de eventos acadêmicos no Estado do Ceará e com isso ampliar o próprio Núcleo de Economia Política, integrando estudantes e pesquisadores de novas Universidades. Cabe ressaltar o caráter estratégico da atividade proposta dado que essa pode representar uma melhoria na formação dos alunos, ampliando sua cultura geral, aumentando sua motivação, melhorando seu rendimento acadêmico, o que a médio e longo prazo acabaria por gerar profissionais melhores preparados e um ambiente de excelência acadêmica na UFC e de forma ampla na Academia brasileira.

2. Instituições Parceiras

2.1 Sociedade Brasileira de Economia Política

A Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) foi criada em junho de 1996, durante a realização do I Encontro Nacional de Economia Clássica e Política, na Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ). Ao final desse Encontro foi realizada a assembléia de fundação da SEP, que aprovou seus estatutos e elegeu sua primeira diretoria. A SEP é uma sociedade civil sem fins lucrativos, que tem por objetivo primordial garantir um espaço ampliado de discussão a todas as correntes teóricas e áreas de trabalho que entendam a economia como uma ciência inescapavelmente social e que, por isso, tenham na crítica ao mainstream seu elemento comum.

Para atingir esse objetivo, a SEP promove um Encontro anual de seus sócios e demais interessados para o debate de trabalhos afinados com o denominador comum da crítica à ciência econômica convencional. De 1998 a 2003, a SEP promoveu, paralelamente ao Encontro Nacional de Economia da ANPEC, uma Jornada de Economia Política, em que eram discutidos trabalhos referentes a um tema previamente determinado. Visando ampliar as relações internacionais, a SEP começou, a partir de 1999, a participar como observadora da ICARE (Federação Internacional de Associações para a Reforma da

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Economia). Essa instituição reúne mais de 30 entidades de economia de vários países e a SEP é uma das primeiras da América Latina que a ela se soma.

A SEP edita ainda uma revista com periodicidade semestral, que traz artigos previamente submetidos à apreciação de referees, além de resenhas e outros documentos de interesse para a sociedade.

2.2 Instituto Caio Prado Júnior (ICP)

O ICP é um centro de pesquisa, reflexão e ação educacional. Como entidade civil sem fins lucrativos, reúne professores, intelectuais e pesquisadores diferenciados no tocante à formação e às posições teórico-políticas. O ICP, com sede em São Paulo, dedica-se ao estudo de problemas sócio-econômicos, histórico-políticos e de questões relacionadas à realidade brasileira nas suas dimensões locais e internacionais e à sua vocação de espaço plural de debates e formação. Nesse escopo o foco incide sobre alguns temas centrais: as relações econômicas, direito e a justiça social, a construção e consolidação da cidadania, o Estado, suas instituições, a formação e a democracia, as formas organizativas da sociedade civil, o movimento dos trabalhadores, teoria política e social, a história política e as políticas públicas.

2.3 Centro de Estudos do Trabalho e Ontologia do Ser Social (CETROS)

O Centro de Estudos do Trabalho e Ontologia do Ser Social - CETROS é um grupo formado por professores e alunos oriundos do Centro de Estudos Sociais Aplicados e do Centro de Humanidades da UECE cujas atividades se voltam para a formação, a pesquisa e a extensão. Surgiu em 2003 como um grupo de estudos composto por alunos da disciplina de Economia Política ministrada pelo Professor Epitácio Macário no curso de Ciências Sociais. Já no segundo semestre daquele ano, o grupo seria alargado com a entrada de alunas do curso de Serviço Social, vindo a ser formalizado logo em seguida contando com a entrada de professoras deste curso. Nos primórdios do ano de 2004, os participantes decidiram nomear o grupo abrindo novas perspectivas de atuação.

2.4 Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza (ETTERN)

O ETTERN dedica-se ao estudo dos modos de apropriação do território e dos ambientes, considerando a diversidade de atores envolvidos no processo de produçao social do espaço. São discutidas, em particular, as dinâmicas conflituais que constituem sujeitos coletivos e configuram os contextos históricos em que os territórios são apropiados material e simbolicamente.

2.5 Observatório de Políticas Públicas

O Observatório de Políticas Públicas é um programa de extensão da Universidade Federal do Ceará, compreendendo várias áreas do conhecimento, com a participação de professores, alunos e funcionários, nos diversos Centros e Faculdades. Tem como finalidades o aprimoramento do processo de planejamento e da concepção e

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implementação das políticas públicas no Ceará; o estímulo à cultura da avaliação voltada para o controle social na implementação das políticas públicas e na aplicação dos recursos públicos; a construção de uma esfera pública para o debate e a participação relacionados à problemática social, envolvendo a universidade, a sociedade e o poder público; e a melhoria das condições de vida da população cearense.

O Observatório procura cumprir assim um papel importante como um instrumento de controle social das políticas públicas, à disposição da sociedade. Para os gestores públicos, o acompanhamento e a avaliação externas poderão proporcionar subsídios que permitam, se for o caso, uma melhor qualificação de suas formulações no futuro. Já para a Universidade, proporciona-se a abertura de um amplo campo de pesquisa e de estreitamento de seus vínculos com a sociedade. Do mais, prima-se para que suas atividades se desenvolvam em sintonia com a autonomia acadêmica, em conjunto com outras instituições interessadas na compreensão das causas que aprofundam a questão social na atualidade.

Por fim, pela sua natureza, abrangência, poder de articulação e significado, como também funcionalidade sistêmica, o OPP condiz com o propósito maior de contribuir para o desenvolvimento sustentável do nosso Estado e para o aprofundamento da democracia e da cidadania.

3. Responsáveis pelo projeto

Coordenador geral: Prof. Fabio Maia Sobral – Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas, professor de Pensamento Econômico Marxista da UFC.

Vice-coordenador: André Vasconcelos Ferreira – Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor de Pensamento Econômico Clássico e Neoclássico da UFC.

4. Comissão organizadora

Dr. Fabio Maia Sobral – UFC Dr. José Levi Furtado Sampaio – UFC Dr. André Vasconcelos Ferreira – UFC Dr. Niemeyer Almeida Filho - UFU Dr. Epitácio Macário - UECE Dr. Eduardo Ferreira Chagas - UFC Dra. Maria Isabel de Araújo Furtado - UFC Dra. Francisca Silvânia de Sousa Monte - UFC Dr. Aécio Alves de Oliveira - UFC Dr. Fernando Pires - UFC Dr. Ireleno Porto Benevides - UFC Dra. Raquel Maria Rigotto - UFC Dr. Carlos Américo Leite Moreira - UFC

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Dr. Carlos Alves Nascimento - UFU Dr. Marcelo Santos Marques - IFCE Dr. Fernando Dillenburg – UFRGS Dr. Urbano Nobre Nojosa - PUC-SP Dr. Manoel Fernandes de Sousa Neto - USP Me. Marcio Ferreira Rodrigues Pereira - UFC Me. André Lima Sousa – UFC Me. Elisa Rodrigues Dassoler

5. Justificativa

Vendo retrospectivamente a crise que se inicia em idos de 2007, é possível localizar entres seus desdobramentos dois que julgamos centrais: I) tratou de jogar por terra importantes “verdades” que pareciam dogmas de fé e II) acirrou as diversas contradições do modo de produção capitalista.

O primeiro ponto torna-se sensivelmente claro se atentarmos para o fracasso da economia política neoliberal, que no início da década de 1990 proclamou-se como “caminho, verdade e vida” para os países que desejassem atingir o “progresso”. Tratava-se fundamentalmente de eliminar os excessos de ação estatal, incentivar a concorrência em todos os níveis e em breve o mercado e sua democracia meritocrática traria mais crescimento e bem-estar geral. Ora, bastava adaptar ao século XX a mesma vão invisível de Adam Smith e teríamos em breve o “progresso” que as mais diversas ideologias “coletivistas” teriam tentando implementar por meio da mão de ferro do Estado.

A verdade é que “se a essência e a aparências das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária”. Não demorou muito para que uma vez posta em prática as recomendações dos deuses neoliberais de Mont-Pelerin, suas contradições viessem a tona. O primeiro sintoma fez-se sentir nas periferias do modo de produção capitalista: a abertura das contas de capitais; a estratégia de crescimento com poupança externa; privatizações; eliminações de regulações acabaram por acentuar sua dependência frente ao centro e por fragilizar ainda mais suas economias (já debilitadas após o choque dos juros americanos e, no caso dos países latino-americanos, a crise da dívida). A partir da metade da década de 1990 assistiremos incontáveis crises econômicas nas periferias, ligadas fundamentalmente às políticas neoliberais de desregulação e financeiração: México (1995); Leste Asiático (1997); Rússia (1998) e Brasil (1998).

Tais crises vistas pela ótica dos países centrais representavam o arquejar das políticas “populistas” e a solução para elas estava fundamentalmente em ampliar a dose do remédio ortodoxo. Dessa forma, a economia política neoliberal seguiu abrindo caminho por toda a década de 1990, destruindo as sociedades periféricas, concentrando renda, retirando direitos e gerando um crescimento econômico nos centros sustentado

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em grande parte pela financeirização. O problema econômico central de depressões econômicas estava basicamente eliminado.

Em 2003, Robert Lucas, professor da Universidade de Chicago e ganhador do Nobel Memorial Prize in Economics de 1995, pronunciou discurso presidencial na reunião anual da American Economic Association. Depois de explicar que a macroeconomia começara como resposta à Grande Depressão, ele declarou que era hora de a disciplina avançar: o “principal problema de depressões foi resolvido, para todos os propósitos práticos”. (KRUGMAN, 2009, pág. 9)

Foi preciso que em 2001 houvesse a crise das “ponto com” para chamar atenção para o fato de que a base econômica do modo de acumulação neoliberal era extremamente instável e socialmente regressiva. Mas com o 11 de setembro e a consequente retomada da economia de guerra americana, as economias centrais logo conseguiram se recuperar, mas o gérmen da instabilidade econômica seguia intacto e mesmo se aprofundava, com os crescentes déficits públicos e no balanço de pagamentos.

O teatro desmoronou em setembro de 2008 quando o gigante Lehman Brothers foi à falência empurrado pelo derretimento dos títulos imobiliários “subprime”. A partir daí o que se viu foi uma verdadeira histeria sobre o futuro do próprio capitalismo. O governo Bush, em um de seus últimos atos, despejou mais de 700 bilhões de dólares para salvamento dos bancos e a administração Obama nacionalizou (!) entre outras companhias a GM. O então primeiro ministro britânico Gordon Brown iniciou peregrinação por todo o mundo angariando a bagatela de 1 trilhão de dólares para reativar o comércio internacional. Na Europa os mais diversos governos seguiram o exemplo americano e ampliaram seu endividamento para salvar seus respectivos sistemas bancários e reativar suas economias.

O que parecia uma retomada do velho keynesianismo em breve se mostraria no fundo como mais uma fonte de crises. Endividados e tolhidos em suas opções de política econômica os países europeus passaram a sofrer com a desconfiança de seus credores quanto a sua capacidade de pagamento. Vendo os juros de suas dívidas soberanas dispararem, diversos países viram-se insolventes e tendo que solicitar resgates ao Banco Central Europeu e ao FMI. Começava aí o calvário de alguns milhões de pessoas.

O que se mostrava até o momento, uma Europa que caminhava paulatinamente para uma ampla integração econômica e política revelou-se uma construção conservadora em que também havia um centro e uma periferia. Os países resgatados vivem na pele o que outrora fora imposto à América Latina durante a década de 1980 como forma de solução de da crise da dívida. As políticas de ortodoxas de ajustamento estrutural envolvem fundamentalmente os seguintes termos: submissão das despesas públicas ao controle dos Organismos Internacionais (a famosa “troika”: FMI, BCE e Comissão Europeia) e consequente perda da soberania nacional, cortes de investimentos para honrar

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pagamento dos juros das dívidas soberanas, reformas conservadoras (retirada de direitos trabalhistas, demissões, diminuição de aposentadoria e pensões) e privatizações. O resultado dessa combinação letal é o estado de semi convulsão social pelo qual passam alguns países europeus.

Vê-se aí o avançar da xenofobia (vide a expulsão de ciganos pelos governos Sarkozy e Berlusconi1), a exclusão social das juventudes que sofrem com o desemprego estrutural2 e o recrudescimento da extrema direita3. É importante também não se perder de vista que toda essa deterioração no centro se faz sem que o drama das periferias do capitalismo tenha melhorado, havendo mesmo amplas evidências da crescente barbarização das relações sociais nessas regiões (eliminação das juventudes, higienização social dos grandes centros urbanos, homofobia e generalização do machismo).

Dentro desse cenário tão confuso e desalentador que ganha sentido o segundo aspecto salientado inicialmente: o acirramento das contradições do capitalismo. Se por um lado as medidas de austeridade tomadas pelos governos apontam para a precarização e a ultraexploração do trabalhadores também desperta sua consciência de classe, ao uni-los nas reivindicações. Um pode reconhecer ao outro como pertencente a uma classe e lutar por um objetivo comum e já não mais como um concorrente no mercado de trabalho.

Nesse contexto é importante notar como a atualidade da obra de uma importante revolucionária polonesa: Rosa Luxemburgo. Expoente da Segunda Internacional na qual combatera o revisionismo e oportunismo de Eduard Bernstein, Rosa notabilizou-se pela precisão cirúrgica com que conseguia aliar um amplo conhecimento teórico acerca do funcionamento da economia capitalista4 e como suas contradições se refletiam na vida dos trabalhadores e trabalhadoras com um compromisso político inarredável com o socialismo revolucionário.

Rosa também foi uma das primeiras teóricas socialistas a abordar a questão das opressões: I) exortou a luta feminista como central no programa socialista, defendendo o voto feminino5; II) convocou as juventudes a se engajarem na revolução socialista6 e

1<http://www.cartacapital.com.br/internacional/expulsao-de-ciganos-berlusconi-apoia-sarkozy/> Visualizado em 19/05/13. 2<http://portal.mte.gov.br/imprensa/oit-divulga-relatorio-sobre-desemprego-entre-jovens-no-mundo/palavrachave/oit-relatorio-desemprego.htm> Visualizado em 19/05/13. 3 <http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/partido-aurora-dourada-cria-rede-de-medicos-neonazistas-na-grecia,2706a798579dc310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html> Visualizado em 19/05/13. 4 Rosa aos 27 anos já era Doutora em Economia tendo defendido a tese “O desenvolvimento industrial da Polônia.” (SCHÜTRUMPF, 2007) 5 “Atrás do trono e do altar, bem como da escravização política do gênero feminino, escondem-se hoje os piores e mais brutais representantes da exploração e da servidão do proletariado. A monarquia e a falta

de direitos da mulher tornaram-se as ferramentas mais importantes da dominação de classes

capitalistas.” (LUXEMBURGO, 2012, Vol. I, pág. 446) 6 “A juventude trabalhadora principalmente é convocada para essa grande tarefa. Como geração futura, ela formará, com toda certeza, o verdadeiro fundamento da economia socialista. E precisa mostrar já,

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III) relacionou a opressão racial e étnica como elemento estrutural da própria expansão capitalista7.

Também atual são suas formulações acerca do papel a ser desempenhado pelas organizações políticas revolucionárias, assunto esse em que se notabilizou pelas polêmicas que travara com Lenin que a acusara de “espontaneísta”. O fracasso das tentativas de revolução socialistas inspiradas nos moldes bolcheviques, marcadas pelo “centralismo-democrático” e pela ideia de “partido de vanguarda” trazem a tona o fato de que tal concepção redundou em burocratização e manutenção das mesmas relações sociais de exploração e alienação.8

5.1 As vicissitudes da acumulação de capital

Uma das grandes contribuições de Rosa Luxemburgo deu-se no campo do estudo das condições de reprodução e acumulação de capital, notabilizando-se seu livro “A Acumulação de capital: contribuição ao estudo econômico do imperialismo” de 1913. (LUXEMBURGO, 1985).

Nesse livro, Rosa realiza um apanhado da abordagem teórica de Smith, Quesnay e Marx acerca da acumulação de capital. Após concluir que os dois primeiros autores não resolvem corretamente a questão da acumulação, Rosa se debruça sobre a análise de Marx e também a ponta problemas nela.

...ela [Rosa Luxemburgo] passa a tratar o esquema de reprodução ampliada como se fosse a teoria de acumulação de Marx. E aqui surge, para ela a questão central: o esquema de reprodução ampliada mostra as condições materiais necessárias para que haja a acumulação, mas estas condições não suficientes, ou seja, falta demonstrar a existência de uma demanda crescente para absorver a produção crescente resultante da acumulação de capital. (MIGLIOLI, 1979, pág. 97)

Os trabalhadores não estariam aptos a responder por essa parcela, pois só podem gastar, no máximo, seus salários e esses que são função da acumulação e não o inverso. Tampouco poderiam os capitalistas responder por essa demanda crescente pois o consumo capitalista não seria suficiente para sustentar a reprodução ampliada.

como portadora do futuro da humanidade, que está à altura dessa grande tarefa. Existe todo um velho

mundo ainda pro destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos,

não é verdade? Nós conseguiremos!” (LUXEMBURGO, 2011, Vol. II, pág. 279) 7 “Assim como a produção capitalista não pode limitar-se às riquezas naturais e às forças produtivas das zonas temperadas, necessitando para seu desenvolvimento, pelo contrário, de todos os tipos de terra e de

clima, da mesma forma só a força de trabalho da raça branca não lhe basta. Para o aproveitamento das

regiões onde a raça branca não tem condições de trabalhar, o capital necessita de outras raças. (...) A

indústria algodoeira inglesa, na qualidade de primeiro ramo produtivo autenticamente capitalista, teria

sido impossível sem o algodão dos Estados do sul dos Estados Unidos, como também sem os milhões de

africanos que foram transportados para a América para fornecer a mão-de-obra para as plantações...” (LUXEMBURGO, 1985, pág. 249) 8 Ainda que Rosa dirigisse severas críticas aos bolcheviques jamais deixou de respeitá-los e destacar seu papel ao lado da classe trabalhadora. As críticas mais incisivas de Rosa encontram-se em: “Questões de organização da social-democracia russa” (LUXEMBURGO, 2011, Vol. I, pág. 151) e “A Revolução Russa” (LUXEMBURGO, 2011, Vol. II, pág. 175)

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Dado que a solução para a questão não parte dos agentes internos do sistema, a resposta para a questão por Rosa teria de ser exógena ao seu modelo. Uma possível solução seria o aumento populacional, mas esse argumento também é logo rechaçado.

... a população (...) como um todo se compõe de trabalhadores e capitalistas. Os trabalhadores, embora seu número seja crescente, continuarão a consumir apenas o que recebem como salário, e não é o aumento do montante de salários que estimulará a elevação da produção, mas sim esta que, ao crescer, gerará maior volume de emprego e força de trabalho e, consequentemente, maior montante de salários. Por outro lado, o acréscimo da classe capitalista servirá apenas para absorver a parte consumível da mais-valia que aumenta juntamente com a mais-valia total. Assim, o problema persiste: quem comprará a parte não consumida (...) da mais-valia total? (MIGLIOLI, 1979, pág. 108)

Outra solução logo descartada por Rosa é a de exportação dessa mais-valia por meio do comércio exterior. Essa solução poderia representar uma solução só do ponto de vista de um país, mas ao abrangermos o espectro da nossa análise para todo o sistema capitalista, tratar-se-ia simplesmente de uma circulação dentro do sistema capitalista. Quando um país exporta para outro a parte de sua mais-valia não consumida internamente, ele estará resolvendo seu problema particular, mas agravando o problema de realização no outro país (MIGLIOLI, 1979).

A solução dessa questão para Rosa estaria na relação do modo de produção capitalista com seus “mercados externos”, mercados em que o modo de produção capitalista não seja dominante e que funcionariam como uma demanda exógena.

Do ponto de vista da produção capitalista o mercado interno é mercado capitalista, uma vez que essa produção é consumidora de seus próprios mercados e fonte geradora de seus próprios elementos de produção. Mercado externo é para o capital o meio social não-capitalista que absorve seus produtos e lhe fornece elementos produtivos e força de trabalho. (LUXEMBURGO, 1985, pág. 251)

É importante reconhecer a originalidade de Rosa nessa formulação pois lança luz num aspecto até então pouco explorado que é a questão espacial9 da acumulação de capital. O desenvolvimento desigual longe de ser um empecilho age mesmo como motor de acumulação de capital dos países capitalistas. Dessa perspectiva, um modo de produção globalizado e integrado representa por um lado um aumento do mercado consumidor, mas por outro bem pode representar o fim dessa demanda exógena e minar a acumulação de capital.

Também põe em evidência a questão política da ação do capitalismo contra as formações econômicas pré-capitalistas e as “economias naturais” chamando atenção para a violência10 para eliminá-las e conformá-las às suas necessidades.

9 Basta ver o título do capítulo em que Rosa enuncia essa tese: “A reprodução do capital e seu meio”. 10 “O capital não conhece outra solução senão a da violência, um método constante da acumulação capitalista no processo histórico, não apenas por ocasião de sua gênese, mas até mesmo hoje.” (LUXEMBURGO, 1985, pág. 255)

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Para existir e poder desenvolver-se o capitalismo necessita de um meio ambiente constituído de formas não-capitalistas de produção. Mas, não é qualquer forma aleatória que o satisfaz. Ele necessita de camadas sociais não-capitalistas como mercado, para colocar sua mais-valia, delas necessita como fontes de aquisição de seus meios de produção e como reservatório de força de trabalho para seu sistema salarial. (LUXEMBURGO, 1985, pág. 253)

Longe de ser uma análise cuja evolução do capitalismo invalidaria, as formulações teóricas de Rosa seguem atuais e influenciando análises correntes. É o caso por exemplo de David Harvey (2001) que, claramente influenciado pela concepção de imperialismo estabelecida por Rosa, formula o conceito de “ordenação espaçotemporal” para compreender as crises capitalistas e seus desdobramentos.

Capitalism can escape its own contradiction only through expanding. Expansion is simultaneously intensification (of social wants and needs, of population totals, and the like) and geographical extension. Fresh room for accumulation must exist or be created if capitalism is to survive. (HARVEY, 2001, pág. 257)

Harvey (2012) avança na questão das ordenações espaçotemporais relacionando-as com o processo de acumulação e do imperialismo. O argumento de Harvey se desenvolve em torno de algumas formulações acerca I) do papel do Estado na acumulação e II) o surgimento de um novo tipo de acumulação capitalista: a acumulação por espoliação. Para ele, ainda que o capitalismo teoricamente prescinda de um arcabouço institucional para funcionar

... a condição preferida para a atividade capitalista é um Estado burguês em que instituições de mercado e regras contratuais (incluindo as do contrato de trabalho) sejam legalmente garantidas e em que se criem estruturas de regulação para conter conflitos de classes e arbitrar entre as reivindicações de diferentes facções do capital (...). (HARVEY, 2012, pág. 80).

Harvey também parece aceitar que o avanço do capitalismo, ainda que marcado de diversas mazelas, proporcionou um avanço das bases objetivas da humanidade. Aí estaria uma das principais marcas da chamada “acumulação primitiva”, que ao abrir espaço para o avanço do capitalismo parece cumprir com sua “missão civilizatória”. O nó górdio da acumulação primitiva e da acumulação capitalista é que por seu caráter contraditório, ao desenvolver-se ela engendra forças que minam sua continuidade e fazem-se claros nas crises cíclicas próprias do capitalismo. Durante o período em que vigorou o modo de acumulação fordista, esse caráter autodestrutivo pôde ser parcialmente regulado e foi possível um avanço da condição dos trabalhadores. Mas a partir de fins da década de 1970 e o intenso processo de reestruturação produtiva, teria despontando a “acumulação por espoliação”11 12.

11

“A implicação disso é que a acumulação primitiva que abre caminho à reprodução ampliada é bem

diferente da acumulação por espoliação que faz ruir e destrói um caminho já aberto.” (HARVEY, 2012, pág. 135). 12 “Nada disso teria entretanto assumido a importância que hoje tem caso não tivessem surgido problemas crônicos de sobreacumulação de capital por meio da reprodução expandida, a que se

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O que a acumulação por espoliação faz é liberar um conjunto de ativos (incluindo força de trabalho) a custo muito baixo (e, em alguns casos, zero). O capital sobreacumulado pode apossar-se desses ativos e dar-lhe imediatamente um uso lucrativo (HARVEY, 2012, pág. 124)

Após essa análise, a conclusão de Harvey é enfática: “... a formulação de Luxemburgo tem extrema utilidade” (HARVEY, 2012, pág. 144).

A análise de Harvey é muito próximo da de Mészáros (2012), autor em que também se nota ampla influência de Rosa Luxemburgo. A categoria da “acumulação por espoliação” de Harvey, um tipo de acumulação essencialmente destrutiva, está intimamente relacionada aos “limites absolutos” de Mészáros.

Todo sistema de reprodução sociometabólica tem seus limites intrínsecos ou absolutos, que não podem ser transcendidos sem que o modo de controle prevalecente mude para um modo qualitativamente diferente. (...) Isto significa sujeitar a um escrutínio fundamental nada menos do que os princípios orientadores mais essenciais, historicamente dados de uma sociedade, e seus corolários instrumentais-institucionais, pois, sob as circunstâncias da mudança radical inevitável, eles deixam de ser os pressupostos válidos e o quadro estrutural aparentemente insuperável de toda a verdadeira crítica teórica e prática, e transformam-se em restrições absolutamente paralisantes. (MÉSZÁROS, 2012, pág. 216)

Ao debater os limites absolutos do capitalismo, Mészáros opta por evidenciar que a superação desses limites também diz respeito a questões de gênero. O resgate de Luxemburgo e sua luta pelos direitos das mulheres é claro. Longe de ser uma questão secundária, a opressão de gênero é tomada como uma questão estrutural: “Não pode haver nenhum modo de satisfazer a exigência de emancipação feminina (...) sem uma mudança

substantiva nas relações de desigualdade” (MÉSZÁROS, 2012, pág. 223). Seguramente junto à questão feminina podemos por o racismo, homofobia e a criminalização das

juventudes.Se percebermos que a evolução do processo de acumulação (seja ela primitiva ou por espoliação) se faz mediante a violência (institucionalizada, por meio do Estado, ou não) podemos ter um panorama geral da situação desses grupos.

associou uma recusa política de tentar uma solução para essas problemas por meio de reforma interna.

O aumento de importância da acumulação por espoliação como resposta a isso, simbolizado pela

ascensão de uma política internacionalista de neoliberalismo e privatização, se acha vinculado com a

visitação se surtos periódicos de desvalorização predatória de ativos numa ou noutra parte do mundo.

Esse parece ser o cerne da prática imperialista contemporânea. Em suma, a burguesia norte-americana

redescobriu aquilo que a burguesia britânica descobriu nas três últimas décadas do século XIX,

redescobriu que, na formulação de Arendt, ‘o pecado original do simples roubo’, que possibilitara a

acumulação original do capital, ‘tinha eventualmente de se repetir para que o motor da acumulação não

morresse de repente’. Se assim é, o ‘novo imperialismo’ mostra não passar da revisitação do antigo, se

bem que num tempo e lugar distintos” (HARVEY, 2012, pág. 148).

II Semana de Economia Política UFC-UECE ”Opressões e Luta de Classes”: Uma homenagem a Rosa Luxemburgo

ISSN 2317-0832 Volume 1, 2ª Edição, 2013.

Fortaleza - Ceará

Fonte: WAISELFSZ (2012)

II Semana de Economia Política UFC-UECE ”Opressões e Luta de Classes”: Uma homenagem a Rosa Luxemburgo

ISSN 2317-0832 Volume 1, 2ª Edição, 2013.

Fortaleza - Ceará

Fonte: WAISELFSZ (2012)

De acordo com Waiselfsz (2012), em 2010 foram mortos 139,1% mais negros que brancos (em 2002 foram 45,8% e em 2006, 82,7%). A situação dos jovens também é alarmante, sendo sua taxa de homicídio é 156% maior que a taxa de homicídio dos não-jovens. A taxa de homicídio das mulheres também tem evoluído ao longo do tempo, saltando de 2,3 homicídios por grupo 100.000 pessoas para 4,4 homicídios. Levando em consideração também a violência econômica contra esse grupos (altos índices de desemprego e discriminação salarial) é notória a opressão contra eles. Ainda que sem contar com dados mais robustos, os fatos nos mostram a escalada da violência contra homossexuais e o desrespeito do projeto neodesenvolmentista contra os indígenas.

6. Objetivos

6.1 Objetivo geral

Organizar a II Semana de Economia Política da UFC como espaço de discussões e proposições da Universidade e da sociedade civil organizada sobre Economia Política e temas relacionados.

6.2 Objetivos específicos

• Fornecer subsídio para os debates acerca dos problemas sócio-econômicos contemporâneos;

• Promover o intercâmbio de conhecimento e experiências com outras Faculdades, Universidades e Institutos de Pesquisa;

• Promover o aprimoramento e difusão de teorias econômicas críticas;

• Ampliar os debates no meio acadêmico acerca de temas ligados à Economia Política, visando a pluralidade de interpretações e posicionamentos;

• Contribuir na formação acadêmica ampla e plural do corpo discente a partir do desenvolvimento de pesquisas;

• Integrar os corpos docente e discente;

• Estimular a publicação e participação em eventos;

• Favorecer a indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão.

7. Atividades

• Comunicação Oral

• Mini-cursos

• Conferências

• Lançamento de Livros

II Semana de Economia Política UFC-UECE ”Opressões e Luta de Classes”: Uma homenagem a Rosa Luxemburgo

ISSN 2317-0832 Volume 1, 2ª Edição, 2013.

Fortaleza - Ceará

8. Referências bibliográficas

HARVEY, David. Spaces of capital. New York: Routledge, 2001

______. O novo imperialismo. São Paulo: Edições Loyola, 2012

KRUGMAN, Paul. A crise de 2008 e a economia da depressão. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009

LOUREIRO, Isabel (org.). Rosa Luxemburgo: Textos escolhidos, vol. I e II. São Paulo, Editora Unesp, 2011.

LUXEMBURG, Rosa. Questões de organização da social-democracia russa In: LOUREIRO, Isabel (org.). Rosa Luxemburgo: Textos escolhidos, vol. I, p. 151-177. São Paulo, Editora Unesp, 2011.

______. A Revolução Russa. In: LOUREIRO, Isabel (org.). Rosa Luxemburgo: Textos escolhidos, vol. II, p. 175-213. São Paulo, Editora Unesp, 2011.

______. A socialização da sociedade. Rosa Luxemburgo: Textos escolhidos, vol. II, p. 275-281. São Paulo, Editora Unesp, 2011.

______. A proletária. Rosa Luxemburgo: Textos escolhidos, vol. I, p. 493-497. São Paulo, Editora Unesp, 2011.

______. A Acumulação de Capital. São Paulo: Nova Cultural, 1985

SCHÜTRUMPF, Jörn. Rosa Luxemburg o el precio de la libertad. Berlim: Dietz Berlin, 2007

WAISELFSZ, Julio Jacobo. Mapa da violência 2012 os novos padrões da violência homicida no Brasil. Insituto Sangari: São Paulo, 2012