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Ilmo. Sr. Pregoeiro do Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro –
PRODERJ
Ref.: Impugnação aos termos do Edital de Pregão Eletrônico para Registro de Preços n.º
001/2019
TELEMAR NORTE LESTE S.A. – em recuperação judicial, com sede na Cidade do Rio de
Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Rua do Lavradio, 71, 2º andar, Bairro Centro, inscrita no
CNPJ sob o n.º 33.000.118/0001-79, representada em conformidade com seu Estatuto Social,
simplesmente denominada Oi, vem, por seu representante legal, com fulcro no art. 18 do
Decreto n.º 5.450/2005, apresentar Impugnação aos termos do Edital em referência, pelas
razões a seguir expostas:
Razões de Impugnação
O Centro de Processamento de Dados do Estado do Rio de Janeiro – PRODERJ instaurou
procedimento licitatório na modalidade Pregão, na forma eletrônica, registrado sob o n.º
001/2019, objetivando o “Registro de Preços para a prestação dos seguintes serviços, com os
seus respectivos Lotes:
LOTE I - Rede WAN para a Rede IP Governo atualmente localizado no SERPRO – Jardim
Botânico – RJ, mas que será migrado para o novo site localizado no CICC (Centro Integrado de
Comando e Controle) na Cidade Nova - RJ, e enlaces em Unidade Especiais, Secretarias,
Órgãos do Governo Estadual e unidades descentralizadas da Rede Governo localizadas na
Capital e em municípios do Estado do Rio de Janeiro, além da Representação em Brasília,
utilizando a tecnologia IP MPLS (MultiProtocol Label Switching) com o recurso VPN (Virtual
Private Network) e/ou SD-WAN (Software-Defined Networking in a Wide Area Network);
LOTE II – Rede IP Internet Simétrica, para o Backbone da Rede Governo RJ, atualmente
localizado no SERPRO – Jardim Botânico – RJ, porém que será migrado para o novo site
localizado no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) na Cidade Nova/RJ e órgãos ou
secretarias prestadores de serviços de tecnologia; e
2
LOTE III – Rede IP Internet Assimétrica, para Secretarias e Órgãos do Governo Estadual do
RJ, e conforme as especificações contidas no Termo de Referência – Anexo I, com as
seguintes características:”
Contudo, a Oi tem este seu intento frustrado perante as imperfeições do Edital, contra as quais
se investe, justificando-se tal procedimento ante as dificuldades observadas para participar de
forma competitiva do certame.
Saliente-se que o objetivo da Administração Pública ao iniciar um processo licitatório é
exatamente obter proposta mais vantajosa para contratação de bem ou serviço que lhe seja
necessário, observados os termos da legislação aplicável, inclusive quanto à promoção da
máxima competitividade possível entre os interessados.
Entretanto, com a manutenção das referidas exigências, a competitividade pretendida e a
melhor contratação almejada, poderão restar comprometidas o que não se espera, motivo pelo
qual a Oi impugna os termos do Edital e seus anexos, o que o faz por meio da presente
manifestação.
ALTERAÇÕES A SEREM FEITAS NO EDITAL E NOS ANEXOS
1. IMPEDIMENTO À PARTICIPAÇÃO DE EMPRESAS SUSPENSAS DE LICITAR COM A ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA EM GERAL
O item 14.1, alínea “a” do Edital exige que o licitante apresente:
“Declaração de que não foram aplicadas penalidades de suspensão
temporária da participação em licitação e impedimento de contratar e a
declaração de inidoneidade para licitar e contratar por qualquer Ente ou
Entidade da Administração Federal, Estadual, Distrital e Municipal cujos
efeitos ainda vigorem, na forma do Anexo VII – Declaração de inexistência
de Penalidade;”
A seu turno, o item 7.2.1 do Edital prevê que “Não será admitida a participação de licitantes
suspensos temporariamente pela Administração Estadual Direta e Indireta, nos termos do
inciso III, do art. 87 da Lei n.º 8.666/93”.
Ou seja, verifica-se que o item 14.1, alínea “a” do Edital está conflitante com o item 7.2.1 do
Edital, haja vista que este último estabelece como condição de participação que somente as
empresas que estiverem suspensas de licitar e contratar com a Administração Estadual estarão
3
impedidas de participar do certame, em estrita observância ao que prevê o art. 87, III da lei nº
8666/93.
Com efeito, o art. 87, inciso III, da Lei n.º 8.666/1993 prevê, dentre as modalidades de
penalidades em caso de inexecução total ou parcial do contrato, a suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração.
Diante do acima exposto, faz-se necessário esclarecer que os conceitos de Administração e
Administração Pública são distintos, nos termos dos incisos XI e XII do art. 6º da Lei de
Licitações, in verbis:
“Art. 6o - Para os fins desta Lei, considera-se:
XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as
entidades com personalidade jurídica de direito privado sob controle do
poder público e das fundações por ele instituídas ou mantidas;
XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a
Administração Pública opera e atua concretamente;”
Da análise dos dispositivos legais, verifica-se que as expressões “Administração Pública” e
“Administração” são distintas.
Nesse sentido, importante citar a lição de Marçal Justen Filho a respeito do tema:
“Administração Pública: A expressão é utilizada em acepção ampla e não
deve ser identificada com ‘Poder Executivo’. Indica as pessoas de direito
público que participam de uma contratação, ainda quando esta contratação
se efetive através de órgãos do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.
Além da chamada ‘Administração Direta’ (União, Estados e Distrito Federal,
Municípios), a expressão também abrange a ‘Administração Indireta’
(autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista). Além
disso, as ‘fundações’ instituídas ou mantidas com recursos públicos ou
outras pessoas de direito privado sob controle estatal estão abarcadas no
conceito.”
“Administração: A expressão isolada é utilizada para identificar a unidade
específica que, no caso concreto, está atuando. A distinção entre
4
Administração Pública e Administração é utilizada em algumas passagens
na disciplina da Lei n.º 8.666. A hipótese de maior relevância encontra-se no
art. 87, incs. III e IV, a propósito das sanções de suspensão temporária do
direito de licitar ou de contratar e de declaração de inidoneidade.”1
Da mesma forma entende Jessé Torres Pereira:
“A distinção, para os fins de aplicação desta lei, entre Administração e
Administração Pública encontra importantes aplicações. Ilustre-se com a
intrincada questão de estabelecer-se a extensão das penalidades de
suspensão e de declaração de inidoneidade, ambas acarretando a
supressão temporária do direito de participar de licitações e de contratar.
Tratando-se de suspensão, a supressão se dá em face da Administração;
na hipótese de inidoneidade, o cumprimento da punição é em face da
Administração Público.”2
Este entendimento foi ratificado em recentes decisões do Plenário do Tribunal de Contas da
União, segundo o qual os efeitos jurídicos da referida sanção está adstrita ao órgão que a
aplicou. Nesse sentido, destaca-se:
“- ACÓRDÃO Nº 266/2019 - TCU - Plenário
“9.3. dar ciência à Defensoria Pública da União, com fundamento no art. 7º
da Resolução-TCU 265/2014, para que sejam adotadas medidas internas
com vistas à prevenção de ocorrências semelhantes acerca da inabilitação,
no Pregão Eletrônico 83/2018, da licitante Portal Turismo e Serviços
EIRELI, em desconformidade com a legislação em vigor e o entendimento
deste Tribunal (Acórdãos 3.243/2012, 3.439/2012, 2.242/2013, 3.645/2013,
504/2015 e 1.764/2017), no sentido de que a suspensão do direito de
licitar prevista no inciso III do art. 87 da Lei 8.666/1993 produz efeitos
apenas em relação ao órgão ou entidade contratante que aplicou a
penalidade;”
“DATA: 13/02/2019
ASSUNTO: SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
ACÓRDÃO 269/2019 - PLENÁRIO
1 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 15ª ed. São Paulo: Editora Dialética, 2012, p. 142. 2 PEREIRA JUNIOR, Jessé Torres. Comentários à lei das licitações e contratações da administração pública. 7 ed. Rio de Janeiro: Editora Renovar, 2007, p. 125.
5
Dar ciência à Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, com fundamento
no art. 7º da Resolução – TCU 265/2014, acerca das seguintes falhas (…),
para que sejam adotadas medidas internas com vistas à prevenção de
ocorrência de outras semelhantes:
1. a interpretação dada ao art. 7º da Lei 10.520/2002 afronta a
jurisprudência do TCU, a qual é no sentido de que as sanções previstas
nesse dispositivo se limitam ao ente federado sancionador (Acórdãos
2.242/2013, 2.081/2014 e 2.530/2015, todos do Plenário deste Tribunal,
entre outros);
2. a interpretação dada ao art. 38, inciso II, da Lei 13.303/2016 está
equivocada, uma vez que o impedimento de participar de licitações em
razão desse dispositivo se refere tão somente a sanções aplicadas
pela própria entidade, e não a sanções aplicadas por outra empresa
pública ou sociedade de economia mista.”
Vale mencionar que este já era o entendimento “histórico” do Tribunal de Contas da
União, conforme se nota dos acórdãos nº 1.727/2006-1ª Câmara, nº 2.617/2010-2ª Câmara, nº
1.539/2010-Plenário e da Decisão nº 352/98-Plenário.
Assim, ao apresentar comparativo entre a sanção de suspensão do direito de
licitar/impedimento de contratar e a declaração de inidoneidade, defende que a Administração
é entendida, pela definição constante do inciso XI do art. 6º do diploma legal em comento,
como sendo o órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a Administração Pública
opera e atua concretamente – vale dizer, o órgão público. Já a Administração Pública é
definida como sendo o universo de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, nos termos do inciso XII do art. 6º da Lei n.º 8.666.
Portanto, requer seja alterado o item 14.1, alínea “a” do Edital, para que a declaração exigida,
com relação a penalidade de suspensão temporária do direito de licitar e contratar seja
somente com relação a Administração e não com a Administração Pública em geral, a fim de
evitar interpretações conflitantes.
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2. EXIGÊNCIA DE HABILITAÇÃO EXCESSIVA
O item 15.2.1, alínea “a” do Edital exige a apresentação de cédula de identidade e CPF dos
sócios ou diretores. No entanto, esta exigência vai além do rol previsto nos artigos 27 a 31 da
Lei n.º 8.666/93.
Vale destacar que os documentos exigíveis para a habilitação estão indicados no art. 27 da Lei
8.666/933 e somente podem se referir à habilitação jurídica, qualificação técnica,
qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal e trabalhista e cumprimento do
disposto no inciso XXXIII do art. 7º da CF/88. São, portanto, os requisitos de habilitação
previstos no art. 27 da Lei n.º 8.666/93 são numerus clausus.
Com efeito, o elenco dos arts. 28 a 31 da Lei de Licitações deve ser pautado como máximo, ou
seja, o Edital não poderá exigir mais do que ali previsto.
Ora, a atividade licitatória deve necessariamente sujeitar-se ao disposto na ordem jurídica, em
observância ao princípio da legalidade.
É dever da Administração, ao realizar procedimentos licitatórios, exigir documentos de
habilitação compatíveis com o ramo do objeto licitado, especialmente aqueles que comprovem
a qualificação técnica e a capacidade econômico-financeiro dos licitantes, nos termos do art.
37, inciso XXI, da Constituição Federal4.
Logo, as exigências habilitatórias não podem ultrapassar os limites da razoabilidade, além de
não ser permitido o estabelecimento de cláusulas desnecessárias e restritivas ao caráter
competitivo. Devem restringir-se apenas ao necessário para o cumprimento do objeto licitado.
Certamente não é o caso da exigência habilitatória prevista no item 15.2.1, alínea “a” do Edital,
a qual não guarda compatibilidade com o objeto licitado, razão pela qual é totalmente
dispensável.
Nesse sentido é o entendimento do Tribunal de Contas da União:
“No certame licitatório, os documentos que podem ser exigidos quanto à
habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeiro,
3 A Lei n.º 8.666/93 é adota subsidiariamente na presente licitação, nos termos do artigo 9 da Lei n.º 10.520/02 (“Aplicam-se subsidiariamente, para a modalidade de pregão, as normas da Lei n.º 6.666, de 21 de junho de 1993), bem como do Preâmbulo do ato convocatório. 4 “Art. 37 (...) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (...)” (grifamos)
7
regularidade fiscal e prova de cumprimento do disposto no inciso XXX III do
art. 7° da Constituição Federal estão adstritos aqueles previstos nos artigos
27 a 31 da Lei no 8.666/1993.” (Acórdão 2056/2008 Plenário)
Como visto, deve-se agir com cautela na fase de habilitação, a fim de não incidir em exigências
exacerbadas, desarrazoadas, e afastar a verdadeira competição. Ad argumentadum tantum, a
prevalecer tal exigência, estar-se-á impedindo a participação de diversos potenciais licitantes.
Ante o exposto, requer a exclusão da exigência prevista no item 15.2.1, alínea “a” do Edital,
para que não seja exigida das licitantes a apresentação da cédula de identidade e CPF dos
sócios ou dos diretores, posto que não está relacionada diretamente com a execução do
objeto, bem como vai além do rol previsto nos itens 27 a 31 da Lei n.º 8.666/93.
3. DA EXIGÊNCIA DE ÍNDICES
O item 15.4, alíneas “b.1”, “b.2” e “b.3” do Edital determinam como condição de habilitação a
comprovação da capacidade econômico-financeira por via da apresentação de Índices de
Liquidez Geral, Liquidez Corrente e Endividamento.
Não obstante, verifica-se que a exigência insculpida no item em comento afronta
flagrantemente o artigo 31, § 2º, da Lei 8.666/93, que dispõe sobre a alternatividade para
cumprimento de tal exigência de qualificação econômica, ‘in verbis’:
“art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira
limitar-se-á:
(...)
§ 2º A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de
obras e serviços, poderá estabelecer, no instrumento convocatório da
licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou
garantias previstas no §1º do art. 56 desta Lei, como dado objetivo de
comprovação da qualificação econômica-financeira dos licitantes e para
efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente
celebrado.” (grifos nossos)
Com relação à alternatividade da exigência prevista no § 2º, o TCU assim se manifesta:
8
“De fato, compulsando o § 2º do artigo 31 da Lei 8.666/93, verifica-se que
o dispositivo faz referência a capital mínimo ou patrimônio líquido
mínimo. A exigência de capital social integralizado extrapola o previsto na
Lei, conforme já assentado em deliberações desta Corte, a exemplo dos
Acórdãos 1871/2005, 170/2007 e 113/2009, todos do Plenário.” (grifo
nosso) (Acórdão 1533/2011 - Plenário)
É certo que a exigência do § 2º do artigo 37 da Lei de Licitações tem por finalidade impedir o
possível fracasso da contratação da licitante vencedora do certame. No entanto, a previsão de
alternatividade de comprovação da capacidade econômico-financeira se dá no sentido de que
não tornar tal exigência um fator de impedimento de participação na licitação. Ademais,
observa-se ainda que tais índices não são os únicos elementos capazes de averiguar a
qualificação econômico-financeira das empresas interessadas em acorrer ao certame.
Nesse sentido, o item 7.2 da IN/MARE n.º 5/1995, prevê que as empresas, quando de suas
habilitações em licitações públicas, que apresentarem resultado igual ou menor do que 1
(um ) em qualquer um dos índices seguintes: Liquidez Geral (LG), Solvência Geral (SG) e
Liquidez Corrente (LC), deverão comprovar, considerados os riscos para administração
e, a critério da autoridade competente, o capital mínimo ou patrimônio líquido mínimo,
na forma e limites permitidos pela Lei nº 8.666/1993.
Dessa forma, a Contratada não pretende furtar-se da obrigação de comprovação da
capacidade econômico-financeira para participação da licitação. O que se almeja aqui é que tal
exigência seja feita de acordo com os limites estritamente legais. Frise-se que a forma como tal
exigência é feita no Edital é desproporcional e incompatível com a realidade do setor de
telecomunicações
Assim, o percentual do índice para aferição da situação financeira das empresas deverá
necessariamente ajustar-se a essa realidade, pois não resta a menor dúvida de que a atual
exigência não é razoável e não corresponde à realidade de praticamente todas as licitações
compatíveis com a ora impugnada, afinal pretende que as licitantes tenham um grau de
Solvência Geral (SG) superior à realidade do mercado dos dias de hoje.
Ademais, o índice em questão não teria o condão de ser determinante na consecução do
objeto contratado, ora vê-se que não existe relação entre a capacidade, eficiência e qualidade
da empresa em realizar os serviços definidos. Com isso, fortifica-se o argumento de que a sua
exigência é desnecessária e desproporcional.
Noutro giro, verifica-se que, por se impossibilitar a alternatividade na comprovação da
capacidade econômico-financeira torna o procedimento licitatório desnecessariamente mais
9
formalista, fato que não se coaduna com a celeridade do Pregão. Ademais, o próprio inciso XXI
do artigo 37 da CF/88 determina que somente devem ser toleradas “exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”.
Dessa forma, pode-se afirmar que a atuação da Administração na fase de habilitação deve ser
pautada de forma a não incorrer em rigorismos inúteis e excessivos, que apenas afastam os
participantes e restringem a competição do certame, gerando e última análise prejuízos à oferta
do melhor preço para a Administração.
De todo o exposto, requer a adequação do item 15.4, alíneas “b.1”, “b.2” e “b.3” do Edital, de
forma que possibilite que a comprovação da qualificação econômico-financeira seja feita por
meio dos referido Índices ou, ALTERNATIVAMENTE, por meio de comprovação de capital mínimo
ou patrimônio líquido mínimo não superior a 10% (dez por cento) do valor estimado da
contratação, nos termos do artigo 31, § 2°, da Lei 8666/93 e ao item 7.2 da IN/MARE n.º
5/1995.
4. DESNECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO DOS TERMOS DE ABERTURA E DE ENCERRAMENTO DAS
SOCIEDADES ANÔNIMAS
O item 15.4, alínea “b” do Edital exige, a título de habilitação, a apresentação de:
“Balanço Patrimonial e Demonstrações Contábeis do último exercício social,
desde que já exigíveis e apresentados na forma da lei, incluindo Termo de
Abertura e Encerramento do livro contábil, que comprovem a boa
situação financeira da empresa. Quando encerrados há mais de três meses
da data da apresentação da proposta, admitir-se-á atualização de valores,
por índices oficiais, sendo vedada a substituição das demonstrações
financeiras por balancetes ou balanços provisórios. O licitante deverá
comprovar que dispõe dos índices econômico-financeiros mínimos previstos
a seguir:.”
Não obstante ao examinar o art. 31 da Lei de Licitações, verifica-se que ao arrolar os
documentos passíveis de serem exigidos pela Administração, o legislador denotou o caráter
restritivo da interpretação a ser conferida aos seus diversos incisos quando fala em “limitar-se-
á”. Esta a dicção do dispositivo legal, senão vejamos:
“Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômica financeira
limitar-se-á a:
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I – balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício
social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa
situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes
ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais
quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da
proposta (...);”
Ou seja, não há previsão legal para a exigência de apresentação de Termo de Abertura e
Encerramento.
Mesmo que o órgão insista em manter tal requisito, cumpre salientar o disposto no art. 1.181
do Código Civil:
"Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o
caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no
Registro Público de Empresas Mercantis."
Inicialmente, cumpre destacar que o Livro Diário é obrigatório apenas para as Sociedades
Limitadas. Ademais, nota-se no texto legal que há uma exceção ("Salvo disposição especial de
lei ... ").
Dessa forma, o procedimento descrito no art. 1.181 não será obrigatório quando houver
disposição especial em lei.
Destarte, cabe observar que as sociedades anônimas são regidas por legislação específica -
Lei Federal nº 6.404/76 - que estabelece procedimentos e formalidades distintas para tais
sociedades.
Os artigos 176, § 1º e 289, § 5º do referido diploma legal, deixam evidente a formalidade que
deve ser seguida pelas sociedades anônimas, qual seja, a elaboração das demonstrações
financeiras - balanço patrimonial e demonstrativo de resultados - que deverão estar publicados
e registrados na Junta Comercial. Esta é a formalidade exigida para as S/As, nos termos da
legislação vigente:
“Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
11
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação
dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
(...)
Art. 289. As publicações ordenadas pela presente Lei serão feitas no órgão
oficial da União ou do Estado ou do Distrito Federal, conforme o lugar em
que esteja situada a sede da companhia, e em outro jornal de grande
circulação editado na localidade em que está situada a sede da companhia.
(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
§ 5º Todas as publicações ordenadas nesta Lei deverão ser arquivadas no
registro do comércio.”
Com efeito, a apresentação da publicação em Diário Oficial das Demonstrações Contábeis
previamente arquivadas na Junta Comercial (passaram pelo crivo do registro comercial à luz da
Lei 6.404/76) com a assinatura dos membros da Diretoria, Conselho de Administração,
Conselho Fiscal e do contador responsável é suficiente para ilidir qualquer suspeita de
falsificação/fraude dos documentos apresentados, mostrando-se desnecessária a
apresentação dos Termos de Abertura e Encerramento dos Livros Fiscais.
Cumpre ressaltar que a 4ª Edição do Manual de Licitações e Contratos – Orientações e
Jurisprudência do TCU, é expresso quanto a diferença que deverá ser estabelecida entre a
comprovação econômico-financeira das Sociedades Anônimas, senão vejamos:
“Estabelece a Lei nº 8.666/1993 que o balanço patrimonial e as
demonstrações contábeis devem ser apresentadas na “forma da lei”.
Quanto à elaboração desses documentos, as normas relativas variam em
função da forma societária adotada pela empresa. Assim, dependendo do
tipo de sociedade, deverão ser observadas regras específicas para a
validade desses demonstrativos.
Caberá ao ato convocatório da licitação disciplinar o assunto.
Para sociedades anônimas, regidas pela Lei nº 6.404/1976, o balanço
patrimonial e as demonstrações contábeis do último exercício social devem
ter sido, cumulativamente:
• registrados e arquivados na junta comercial;
• publicados na imprensa oficial da União, ou do Estado, ou do Distrito
Federal, conforme o lugar em que esteja situada a sede da companhia;
12
• publicados em jornal de grande circulação editado na localidade em que
esteja situada também a sede da companhia.
Com relação às demais empresas, o balanço patrimonial e as
demonstrações contábeis devem constar das páginas correspondentes do
Livro Diário, devidamente autenticado na Junta Comercial da sede ou do
domicílio do licitante (ou em outro órgão equivalente), com os competentes
termos de abertura e de encerramento”
Portanto, para as S/As não há necessidade da apresentação dos termos de abertura e
encerramento, vez que a formalidade legal exigida para este tipo de sociedade estabelece a
apresentação do balanço patrimonial e demonstrativo de resultados publicado e arquivado
(registrado) no registro do comércio (Junta Comercial).
Diante do exposto, a Oi requer a exclusão da exigência contida no item 15.4, alínea “b” do
Edital.
5. PAGAMENTO VIA NOTA FISCAL COM CÓDIGO DE BARRAS
O item 20.3 do Edital, a Cláusula Décima Segunda, parágrafo segundo da Ata de Registro de
Preços e a Cláusula Nona das Minutas dos Contratos estabelecem que o pagamento deverá
ser realizado por meio de crédito em conta corrente.
Ocorre que tal sistema de pagamento encontra-se em dissonância com o procedimento de
pagamento adotado relativamente aos serviços de telecomunicações, uma vez que esses são
pagos mediante apresentação de fatura (nota fiscal com código de barras), ou mediante
SIAFI nos casos de órgãos vinculados à Administração Pública Federal, como é o caso
da ANATEL.
Como é cediço, o SIAFI é um sistema informatizado que controla a execução orçamentária,
financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública direta federal, das
autarquias, fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que
estiverem contempladas no orçamento fiscal e (ou) no orçamento da seguridade social da
União.
Assim, as unidades gestoras registram seus documentos (empenho, ordem bancária etc.) e o
SIAFI efetua automaticamente todos os lançamentos contábeis necessários para se ter
conhecimento atualizado das receitas, despesas e disponibilidades financeiras do Tesouro
Nacional.
13
Com efeito, esse sistema de faturamento e cobrança, o qual permite o reconhecimento rápido e
eficiente do pagamento, é baseado em código de barras.
Qualquer outra forma de pagamento, como o depósito em conta corrente previsto no Edital,
causará transtornos ao sistema de contas a receber da empresa de telecomunicações
contratada.
Ademais, a Oi utiliza o sistema de faturamento, por meio de Nota Fiscal/Fatura, emitida com
código de barras para pagamento, em apenas uma via, modelo 22, em razão das várias
vantagens que essa forma de pagamento proporciona.
Tal sistema proporciona vantagens à empresa prestadora dos serviços, haja vista que reduz a
inadimplência e garante a satisfação do cliente.
Ante o exposto, para a melhor adequação do instrumento convocatório à realidade do setor de
telecomunicações, requer a alteração do item 20.3 do Edital, da Cláusula Décima Segunda,
parágrafo segundo da Ata de Registro de Preços e da Cláusula Nona das Minutas dos
Contratos, a fim de permitir que o pagamento seja realizado mediante autenticação de código
de barras, facilitando, assim, o reconhecimento eficiente do pagamento.
6. GARANTIAS À CONTRATADA EM CASO DE INADIMPLÊNCIA DA CONTRATANTE
O item 20.8 do Edital, a Cláusula Décima Segunda, parágrafo sétimo da Ata de Registro de
Preços e a Cláusula Nona, parágrafo sétimo das Minutas dos Contratos dispõem que no caso
de atraso no pagamento a ser efetuado pela contratante a contratada, os cálculos dos valores
devidos deverão observar as regras ali traçadas.
Não obstante, cumpre trazer à baila o art. 54 da Lei n.º 8.666/1993, que estabelece a aplicação
supletiva dos princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado no
âmbito dos contratos administrativos. Adiante, verifica-se que o art. 66 da Lei de Licitações
determina que “o contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as
cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de
sua inexecução total ou parcial”.
Nesse sentido, verifica-se que o eventual descumprimento da obrigação de pagamento da
Contratante deverá gerar as devidas consequências. No caso em quadra, caracteriza-se a
mora por parte da Contratante. Em assim sendo, deverá ressarcir a Contratada no que tange
aos ônus de mora, a saber: juros moratórios, multa moratória e correção monetária.
14
Verifica-se que a necessidade premente de ressarcimento baseia-se no fato de que não pode a
Contratada suportar o atraso do pagamento das parcelas sob pena de desequilíbrio da relação
contratual. Ademais, a mora da Administração culminada com a não incidência dos encargos
devidos gera incondicionalmente o locupletamento sem causa desta.
Por fim, verifica-se que os percentuais referentes à multa e juros moratórios devem se dar,
respectivamente, à razão de 2% (dois por cento) sobre o valor da fatura e 1% (um por cento)
ao mês. A correção monetária deve se operar com base no IGP-DI, índice definido pela FGV. A
razão pela fixação de tais parâmetros se dá na prática usual do mercado em geral, incluindo o
de telecomunicações. Verifica-se que, impostos valores aquém do exposto, pode-se gerar para
a Administração situação de flagrante desequilíbrio, influenciando, em última análise, no
equilíbrio econômico-financeiro da Contratada.
Sobre o tema, o Tribunal de Contas da União assim se manifestou:
“(...) 1.5 Em seu voto que fundamentou o Acórdão 1931/2004-Plenário, o
Relator, Excelentíssimo Senhor Ministro Walton Alencar Rodrigues, ao
analisar a pretensão do Órgão de não pagar a atualização monetária à
empresa contratada, assim discorre: Essa solução, além de não se
harmonizar com o princípio jurídico que veda o enriquecimento sem causa à
custa alheia, aplicável às relações jurídicas de toda a espécie, não se
conforma com a Constituição Federal (art. 37, inciso XXI) e com a Lei
8.666/93 (art. 3º), que determinam a manutenção das condições efetivas da
proposta nas contratações realizadas pelo poder público. 11.6 Na
sequencia, discorre sobre o índice utilizado para o cálculo da atualização
monetária: Apesar de reconhecer o direito da contratada à correção
monetária dos valores pagos em atraso pela Administração, saliento que o
critério adotado pela Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado do
Ceará não foi tecnicamente adequado. Conforme salientei no voto condutor
do Acórdão 1503/2003 - Plenário, a utilização da Taxa Referencial - TR é
devida apenas para as operações realizadas nos mercados financeiros de
valores mobiliários, seguros, previdência privada, capitalização e futuros, a
teor do disposto no art. 27, §5º, da Lei 9.069/95. Portanto, deveria o órgão
responsável ter aplicado a variação dos índices contratualmente
estabelecidos (colunas da Fundação Getúlio Vargas), os quais melhor
refletem a evolução de preços dos insumos envolvidos no objeto da
contratação. 11.7 Naquele caso, havia sido paga a atualização monetária
calculada pela Taxa Referencial - TR, entendendo o Relator que deveria ser
utilizado o índice da Fundação Getúlio Vargas, que 'melhor reflete a
evolução de preços dos insumos envolvidos no objeto da contratação'. (...)
15
1.10 Quanto ao pagamento de juros, ainda no voto mencionado,
destacamos os trechos que seguem: (...) Com relação ao cabimento dos
juros moratórios, entendo oportuno tecer algumas considerações. (...) Como
tal, negar à empresa contratada a composição de perdas e danos
decorrentes de mora da própria Administração atentaria contra o primado da
justiça que arrosta o enriquecimento sem causa, mesmo que essa exigência
não esteja prevista em lei ou em disposição contratual. (...)”.(AC-1920-
09/11-1 Sessão: 29/03/11 Grupo: I Classe: II Relator: Ministro
UBIRATAN AGUIAR - Tomada e Prestação de Contas - Iniciativa Própria)
Pelo exposto, faz-se necessária a alteração do item 20.8 do Edital, da Cláusula Décima
Segunda, parágrafo sétimo da Ata de Registro de Preços e da Cláusula Nona, parágrafo
sétimo das Minutas dos Contratos referentes ao ressarcimento relativo ao atraso no pagamento
da parcela contratada por parte do Contratante, de modo a incidir multa de 2% sobre o valor da
fatura no mês de atraso, juros de mora na ordem de 1% ao mês e a correção monetária pelo
IGP-DI.
7. DA ILEGAL PREVISÃO QUE VISA DESCONTO POR ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO
O item 20.8 do Edital, a Cláusula Décima Segunda, parágrafo sétimo da Ata de Registro de
Preços e a Cláusula Nona, parágrafo sétimo das Minutas dos Contratos preveem a
possibilidade de desconto nas faturas mensais por antecipação do pagamento, conforme
transcrição infra.
“Os pagamentos eventualmente realizados com atraso, desde que não
decorram de ato ou fato atribuível ao Contratado, sofrerão a incidência de
atualização financeira pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo do
IBGE/IPCA, e juros moratórios de 0,5% ao mês, calculado pro rata die, e
aqueles pagos em prazo inferior ao estabelecido neste Edital serão feitos
mediante desconto de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao mês pro rata
die.”
Ocorre que tal previsão vai de encontro à disposição da lei 8.666 de 1993, qual seja:
“Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com
as devidas justificativas, nos seguintes casos:
16
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para
melhor adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos
por esta Lei;
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou
serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação
técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial
atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao
cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação
de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; (grifos
nossos)
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre
os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa
remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção
do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou,
ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe,
configurando área econômica extraordinária e extracontratual. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)”
Acerca do tema o Administrativista Marçal Justen Filho nos ensina, com muita propriedade,
sobre a alteração das condições de pagamento:
“A regra da al. “c” tem de ser interpretada restritivamente, sob pena de
inconstitucionalidade. O art. 37, XXI, da Constituição Federal determina que
as contratações administrativas devem prever cláusulas que “ estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta...”.
Logo, não se pode cogitar de uma alteração acerca da forma de
pagamento. Mesmo porque a alteração seria impedida pelos princípios
da moralidade, da isonomia e da vinculação do contrato ao ato
convocatório. Se a alteração tornasse o contrato mais vantajoso, haveria
17
vício porque outros terceiros poderiam ter manifestado interesse em
participar da licitação. Se a alteração tornasse o contrato mais
desvantajoso, o próprio contratado estaria sendo prejudicado. A
interpretação é reforçada diante do disposto no art. 58, §§ 1° e 2°.
A modificação das “circunstâncias”, a que alude o texto legal, não significa a
simples conveniência da Administração. Não pode invocar ausência de
liberação de recursos ou eventos semelhantes para pleitear a alteração. A
alteração da forma de pagamento dever ser acompanhada de soluções
para assegurar a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da
contratação. As circunstâncias, a que alude o texto legal, devem ser
eventos que alterem as condições de execução ou de pagamento. A
mutação na forma de pagamento corresponderá a essas outras alterações.”
(grifos nossos)
Destacamos ainda a regra contida nos artigos 62 e 63 da Lei 4.320/64:
“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após
sua regular liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido
pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços
prestados terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do
serviço.”
Neste sentido, o Princípio da Legalidade deve ser atentamente observado pela Administração
Pública, que não pode praticar qualquer ato ou exercer qualquer atividade, salvo se houver lei
18
expressamente autorizando a prática de ato ou o desempenho de atividade. Assim, a
Administração poderá apenas praticar aqueles atos devidamente autorizados por lei.
No procedimento licitatório desenvolve-se atividade vinculada, ou seja, atividade na qual
inexiste liberdade, em regra, para a autoridade administrativa responsável pela condução da
licitação. A lei define as condições de atuação dos agentes administrativos, estabelecendo a
seqüência dos atos a serem praticados e impondo soluções excludentes de escolhas pessoais
ou subjetivas.
A lei ressalva a autonomia para a Administração definir as condições da contratação
administrativa, mas, ao mesmo tempo, estrutura o procedimento licitatório para restringir a
discricionariedade a determinadas fases ou momentos específicos.
Ainda segundo Marçal Justen Filho, reservou-se à Administração a liberdade de escolha do
momento de realização da licitação, do seu objeto, da especificação de condições de
execução, das condições de pagamento, etc., mas uma vez realizadas tais escolhas, exaure-se
a discricionariedade e caso a Administração pretenda renovar o exercício dessa faculdade,
sujeitar-se-á a refazer toda a licitação.
5Em resumo: o Poder Discricionário da Administração esgota-se com a elaboração do Edital de
Licitação. A partir daí, nos termos do vocábulo constante da própria Lei, a Administração
Pública vincula-se "estritamente" a ele.
Deve-se destacar que o Princípio da Legalidade é o mais importante a ser observado pela
Administração e do qual decorrem todos os demais, sendo essencial aos Estados de Direito e
Democrático de Direito.
É notório o conhecimento de que o Princípio da Legalidade, corolário máximo da Administração
Pública, tem interpretação distinta quando se refere à Administração ou ao Particular.
Conforme exposto anteriormente, na atividade administrativa permite-se a atuação do agente
público apenas se concedida ou deferida por norma legal, ao passo que ao particular é
permitido fazer tudo quanto não estiver proibido pela lei.
Marcos Juruena6 ao comentar tal princípio esclarece que:
“A licitação deve atender ao Princípio da Legalidade, traçando-se, na lei, o
procedimento a ser adotado, as hipóteses de sua obrigatoriedade e
dispensa, os direitos dos Licitantes, as modalidades de licitação e os
5 FILHO, Marçal Justen. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: Dialética, 2005, página 48. 6 SOUTO, Marco Juruena Vilela. Licitações & contratos administrativos. Editora Esplanada, 3ª Edição. 1999, Rio de Janeiro, páginas
19
princípios para contratação. Esclareça-se que a legalidade administrativa
mencionada no art. 37 da Constituição federal difere daquela numerada no
art. 5º da Lei Maior; enquanto este garante ao particular agir sempre que
a lei não proíba, aquela impõe à Administração só agir quando a lei
assim o permitir.”
Toda atividade administrativa vincula-se a tal princípio, que se encontra consagrado na
Constituição Federal, mais precisamente em seus artigos 5o, incisos II e XXXV, e 37. A própria
Lei n.º. 8.666/1993, ao elencar os princípios básicos aos quais a Administração deverá
observar quando de sua atuação, indicou inicialmente o referido princípio, vejamos:
“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a
Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os
princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos.”
Celso Ribeiro Bastos assim leciona sobre o princípio:
“Já quando se trata de analisar o modo de atuar das autoridades
administrativas, não se pode fazer aplicação do mesmo princípio, segundo o
qual tudo o que não for proibido é permitido. É que, com relação à
Administração, não há princípio de liberdade nenhum a ser obedecido.
É ela criada pela Constituição e pelas leis como mero instrumento de
atuação e aplicação do ordenamento jurídico. Assim sendo, cumprirá
melhor o seu papel quanto mais atrelada estiver à própria lei, cuja
vontade deve sempre prevalecer.”7
O Superior Tribunal de Justiça, assim já decidiu, observando a necessidade de atuação pela
Administração Pública limitada ao referido princípio:
“ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
AMBIENTAL. AUSÊNCIA DE ESPECIFICAÇÃO, NA ATPF, DO NÚMERO
DA NOTA FISCAL RELATIVA AO PRODUTO TRANSPORTADO.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ESTRITA. PLENA OBSERVÂNCIA.
7 BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Administrativo. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
20
1. Os atos da Administração Pública devem sempre pautar-se por
determinados princípios, entre os quais está o da legalidade. Por esse
princípio, todo e qualquer ato dos agentes administrativos deve estar em
total conformidade com a lei e dentro dos limites por ela traçados.”8
(grifo nosso).
Daí porque, mediante a republicação do Edital e a designação de nova data para a realização
do certame, a Oi solicita a V. Sª., a exclusão dessa previsão do item 20.8 do Edital, da Cláusula
Décima Segunda, parágrafo sétimo da Ata de Registro de Preços e da Cláusula Nona,
parágrafo sétimo das Minutas dos Contratos.
8. DA RAZOABILIDADE NA APLICAÇÃO DA MULTA
O item 23.9, alínea “a” do Edital, a Cláusula Vigésima Primeira, parágrafo décimo segundo,
alínea “a” da Ata de Registro de Preços e a Cláusula Décima Terceira, parágrafo sétimo, alínea
“a” das Minutas dos Contratos não fazem distinção quanto as penalidades aplicadas nos casos
de inexecução total e parcial do Contrato.
É importante ressaltar que a multa aplicada tem como base de cálculo o valor total do contrato.
De plano já se observa uma aplicação desproporcional e irrazoável, pois nos casos de
inexecução parcial, a multa deve ter como base de cálculo o valor mensal ou o percentual
inadimplido.
Como se sabe, a atividade administrativa exige prestígio aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade.
Para José dos Santos Carvalho Filho, “razoabilidade é a qualidade do que é razoável, ou seja,
aquilo que se situa dentro dos limites aceitáveis, ainda que os juízos de valor que provocaram
a conduta possam dispor-se de forma um pouco diversa”9.
O princípio da regra da razão expressa-se em procurar a solução que está mais em harmonia
com as regras de direito existentes e que, por isso, parece a mais satisfatória, em atenção à
preocupação primária da segurança, temperada pela justiça, que é a base do Direito.
8 Superior Tribunal de Justiça, REsp 9985174 Recurso Especial 2007/0211094-8, Relator (a) Denise Arruda. 9 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 24. Ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2011, p. 36.
21
A Administração Pública está obrigada a adotar a alternativa que melhor prestigie a
racionalidade do procedimento e de seus fins.
Nesse sentido, Marçal Justen Filho ensina que:
“O princípio da proporcionalidade restringe o exercício das competências
públicas, proibindo o excesso. A medida limite é a salvaguarda dos
interesses públicos e privados em jogo. Incumbe ao Estado adotar a medida
menos danosa possível, através da compatibilização entre os interesses
sacrificados e aqueles que se pretende proteger.”10
O princípio da razoabilidade deve ser observado pela Administração Pública à medida que sua
conduta se apresente dentro dos padrões normais de aceitabilidade. Se atuar fora desses
padrões, algum vício estará, sem dúvida, contaminando o comportamento estatal. Não pode,
portanto, existir violação ao referido princípio quando a conduta administrativa é inteiramente
revestida de licitude.
Com efeito, o princípio da razoabilidade se fundamenta nos princípios da legalidade e da
finalidade, como ensina Celso Antônio Bandeira de Mello:
“A Administração Pública, ao atuar no exercício de discrição, terá que
estabelecer critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com
o senso normal de pessoas equilibradas e respeitosa das finalidades que
presidiram a outorga da competência exercida.
(...)
Com efeito, o fato de a lei conferir ao administrador certa liberdade (margem
de discrição) significa que lhe deu o encargo de adotar, ante a diversidade
de situações a serem enfrentadas, a providência mais adequada a cada
qual delas. Não significa, como é evidente, que lhe haja outorgado o poder
de agir ao sabor exclusivo de seu líbito, de seus humores, paixões
pessoais, excentricidades ou critérios personalíssimos, e muito menos
significa que liberou a Administração para manipular a regra de Direito de
maneira a sacar dela efeitos não pretendidos nem assumidos pela lei
aplicanda. Em outras palavras: ninguém poderia aceitar como critério
exegético de uma lei que esta sufrague as providências insensatas que o
administrador queira tomar; é dizer, que avalize previamente condutas
10 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 14. Ed. São Paulo: Editora Dialética, 2010, p. 78.
22
desarrazoadas, pois isto corresponderia a irrogar dislates à própria regra de
Direito.”11
Logo, quando se pretender imputar à conduta administrativa a condição de ofensiva ao
princípio da razoabilidade, terá que estar presente a ideia de que a ação é efetiva e
indiscutivelmente ilegal. Inexiste, por conseguinte, conduta legal vulneradora do citado
princípio.
Assim, o princípio da razoabilidade acarreta a impossibilidade de impor consequências de
severidade incompatível com a irrelevância de defeitos. Sob esse ângulo, as exigências da Lei
ou do Edital devem ser interpretadas como instrumentais.
Desta forma, requer a alteração do item 23.9, alínea “a” do Edital, da Cláusula Vigésima
Primeira, parágrafo décimo segundo, alínea “a” da Ata de Registro de Preços e da Cláusula
Décima Terceira, parágrafo sétimo, alínea “a” das Minutas dos Contratos, de modo que a base
de cálculo para a aplicação da multa, nas hipóteses de inexecução parcial, seja o valor mensal
ou percentual da parcela inadimplida e não o valor total do Contrato.
9. DAS PENALIDADES EXCESSIVAS
O item 23.9, alíneas “a” e “f” do Edital, a Cláusula Vigésima Primeira, parágrafo décimo
segundo, alíneas “a” e “f” da Ata de Registro de Preços e a Cláusula Décima Terceira,
parágrafo sétimo, alíneas “a” e “f” das Minutas dos Contratos determinam a aplicação de
multas que extrapolam o limite de 10% (dez por cento) sobre o valor do contrato estabelecido
pelo Decreto n.º 22.626/33, em vigor conforme Decreto de 29 de novembro de 1991. A fixação
de multa nesse patamar também ofende a Medida Provisória n.º 2.172/01 (e suas reedições),
aplicável a todas as modalidades de contratação, inclusive aquelas firmadas entre particulares
e Administração Pública.
O art. 87, inciso III, da Lei de Licitações determina que na hipótese de inexecução total ou
parcial do contrato a Administração poderá aplicar a sanção de “multa, na forma prevista no
instrumento convocatório ou no contrato”. Ocorre que não há no dispositivo em questão
qualquer limite à aplicação da multa, o que gera, automaticamente, sua interpretação
indissociável com o princípio da proporcionalidade, conforme se observa do entendimento de
Marçal Justen Filho sobre o tema:
11 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 28 ed. São Paulo: Editora
Malheiros. 2010, p. 108.
23
“Então, o instrumento jurídico fundamental para elaboração de uma teoria
quanto às sanções atinentes à contratação administrativa reside na
proporcionalidade. Isso significa que, tendo a Lei previsto um elenco de
quatro sanções, dotadas de diverso grau de severidade, impõe-se adequar
as sanções mais graves às condutas mais reprováveis. A reprovabilidade
da conduta traduzir-se-á na aplicação de sanção proporcionada
correspondente”12 (grifo nosso)
Nesse sentido, deve-se guardar a proporcionalidade entre o fato gerador da sanção e o
quantum a ser exigido, como bem alinhava o art. 2º, parágrafo único, inciso VI, da Lei n.º
9.784/1999, por exigir “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias para o atendimento
do interesse público”.
Não é o que se observa no caso em questão. A multa definida no percentual acima exposto
gera para a Contratada gravame completamente desproporcional, ferindo os princípios da
proporcionalidade e da própria legalidade.
A doutrina alemã do princípio da proporcionalidade, amplamente aceita e praticada no sistema
jurídico brasileiro, traz como método de sua aplicação a análise de seus três sub-princípios:
adequação (Geeignetheit), necessidade (Notwendigkeit) e proporcionalidade em sentido estrito
(Verhältnismäßig im engeren Sinn). O pressuposto da adequação determina que a medida
aplicada deve guardar relação entre meio e fim, de modo que seja a mais adequada para a
resolução da questão. A necessidade diz respeito à escolha da medida menos gravosa para
atingir sua efetividade. E, por fim, a proporcionalidade em sentido estrito é a ponderação entre
o meio-termo e a justa-medida da ação que se deseja perpetrar, verificando-se se a medida
alcançará mais vantagens que desvantagens.
Tal princípio é reconhecido e definido por José dos Santos Carvalho Filho da seguinte forma:
“Segundo a doutrina alemã, para que a conduta estatal observe o princípio
da proporcionalidade, há de revestir-se de tríplice fundamento: 1)
adequação, significando que o meio empregado na atuação deve ser
compatível com o fim colimado; 2) exigibilidade, porque a conduta deve ser
necessária, não havendo outro meio menos gravoso ou oneroso para
alcançar o fim público, ou seja, o meio escolhido é o que causa o menor
prejuízo possível para os indivíduos; 3) proporcionalidade em sentido
12 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 14. Ed. São Paulo:
Editora Dialética, 2010, p. 884.
24
estrito, quando as vantagens a serem conquistadas superarem as
desvantagens.”13 (grifo nosso)
No presente caso, verifica-se que a sanção de multa fixada no referido percentual até se
encaixam no primeiro pressuposto, sendo adequadas ao cumprimento de seu fim. No entanto,
o mesmo não se pode dizer quanto à necessidade. A quantidade fixada à título de multa é
medida completamente desnecessária para punir o descumprimento da regra do Edital, uma
vez que poderia causar menor prejuízo para o particular e mesmo assim atingir o fim desejado.
Entende-se que a aplicação de multa com fito pedagógico pode ser entendida como razoável,
mas a sua definição em patamares elevados torna a sanção desnecessária. Isso porque
existem meios menos gravosos, mas mesmo assim a Administração optou pela escolha do pior
método.
Por fim, verifica-se que a sanção aplicada à Contratada não preenche também o pré-requisito
da proporcionalidade em sentido estrito. É flagrante que o presente percentual de multa pune a
Contratada sobremaneira, excedendo-se desarrazoadamente quando se observa o fato que a
ensejou. É perfeita a aplicação da metáfora de Jellinek que “não se abatem pardais disparando
canhões”.
Observa-se, portanto, que a Administração, ao fixar a penalidade em comento, descumpriu
completamente o princípio da proporcionalidade, sendo necessária a revisão de tal medida.
Cumpre ainda ressaltar que não quer a Contratada se eximir do cumprimento das sanções
estabelecidas se de fato viesse a descumprir o contrato e dar ensejo a rescisão deste. Pede-se
apenas que estas sejam aplicadas de forma proporcional ao fato que as ensejou.
Noutro giro, verifica-se que o próprio STJ reconheceu que diante do caráter vago do art. 87 da
Lei de Licitações, a Administração deve-se balizar pelo princípio da proporcionalidade:
“Mandado de Segurança. Declaração de Inidoneidade. Descumprimento do
Contrato Administrativo. Culpa da Empresa Contratada. Impossibilidade de
Aplicação de Penalidade mais Grave a Comportamento que não é o mais
Grave. Ressalvada a aplicação de Outra Sanção pelo Poder Público.
Não é lícito ao Poder Público, diante da imprecisão da lei, aplicar os
incisos do artigo 87 sem qualquer critério. Como se pode observar pela
leitura do dispositivo, há uma gradação entre as sanções. Embora não
esteja o administrador submetido ao princípio da pena específica, vigora no
Direito Administrativo o princípio da proporcionalidade.
13 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 24ª Ed. rev., ampl. e atual. Rio de
Janeiro: Lumen Júris Editora, 2011, p. 38.
25
Não se questiona, pois, a responsabilidade civil da empresa pelos danos,
mas apenas a necessidade de imposição da mais grave sanção a
conduta que, embora tenha causado grande prejuízo, não é o mais
grave comportamento.” (MS n.º 7.311/DF)
Vê-se que tal entendimento corrobora o que fora acima alinhavado, demonstrando que a
fixação da sanção, bem como o quantum referente à multa deve ocorrer tendo como base o
princípio da proporcionalidade.
Por todo o exposto, requer a adequação do item 23.9, alíneas “a” e “f” do Edital, da Cláusula
Vigésima Primeira, parágrafo décimo segundo, alíneas “a” e “f” da Ata de Registro de Preços e
da Cláusula Décima Terceira, parágrafo sétimo, alíneas “a” e “f” das Minutas dos Contratos,
para que as multas aplicadas observem o limite de 10% (dez por cento) sobre o valor do
contrato.
10. VALOR DA GARANTIA
O item 25.1 do Edital, a Cláusula Vigésima Segunda da Ata de Registro de Preços e a Cláusula
Décima das Minutas dos Contratos estipulam que a garantia a ser apresentada deverá
corresponder ao percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor do contrato.
Todavia, o artigo 56, § 2º, da Lei 8.666/1993 estipula que a garantia exigida não excederá a 5%
(cinco por cento) do valor total do contrato.
Como se sabe, a atividade administrativa exige prestígio aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade.
Para José dos Santos Carvalho Filho, “razoabilidade é a qualidade do que é razoável, ou seja,
aquilo que se situa dentro dos limites aceitáveis, ainda que os juízos de valor que provocaram
a conduta possam dispor-se de forma um pouco diversa14”.
O princípio da regra da razão se expressa em procurar a solução que está mais em harmonia
com as regras de direito existentes e que, por isso, parece a mais satisfatória, em atenção à
preocupação primária da segurança, temperada pela justiça, que é a base do Direito.
A Administração Pública está obrigada a adotar a alternativa que melhor prestigie a
racionalidade do procedimento e de seus fins.
Nesse sentido, Marçal Justen Filho ensina que:
14 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 24. Ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2011, p. 36.
26
“O princípio da proporcionalidade restringe o exercício das competências
públicas, proibindo o excesso. A medida limite é a salvaguarda dos
interesses públicos e privados em jogo. Incumbe ao Estado adotar a medida
menos danosa possível, através da compatibilização entre os interesses
sacrificados e aqueles que se pretende proteger15.”
O princípio da razoabilidade deve ser observado pela Administração Pública à medida que sua
conduta se apresente dentro dos padrões normais de aceitabilidade. Se atuar fora desses
padrões, algum vício estará, sem dúvida, contaminando o comportamento estatal. Não pode,
portanto, existir violação ao referido princípio quando a conduta administrativa é inteiramente
revestida de licitude.
Com efeito, o princípio da razoabilidade se fundamenta nos princípios da legalidade e da
finalidade, como ensina Celso Antônio Bandeira de Mello:
“A Administração Pública, ao atuar no exercício de discrição, terá que
estabelecer critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com
o senso normal de pessoas equilibradas e respeitosa das finalidades que
presidiram a outorga da competência exercida.
(...)
Com efeito, o fato de a lei conferir ao administrador certa liberdade (margem
de discrição) significa que lhe deu o encargo de adotar, ante a diversidade
de situações a serem enfrentadas, a providência mais adequada a cada
qual delas. Não significa como é evidente, que lhe haja outorgado o poder
de agir ao sabor exclusivo de seu líbito, de seus humores, paixões
pessoais, excentricidades ou critérios personalíssimos, e muito menos
significa que liberou a Administração para manipular a regra de Direito de
maneira a sacar dela efeitos não pretendidos nem assumidos pela lei
aplicanda. Em outras palavras: ninguém poderia aceitar como critério
exegético de uma lei que esta sufrague as providências insensatas que o
administrador queira tomar; é dizer, que avalize previamente condutas
desarrazoadas, pois isto corresponderia a irrogar dislates à própria regra de
Direito16.”
15 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 14. Ed. São Paulo: Editora Dialética, 2010, p. 78.
16 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 28 ed. São Paulo: Editora Malheiros. 2010, p. 108.
27
Logo, quando se pretender imputar à conduta administrativa a condição de ofensiva ao
princípio da razoabilidade, terá que estar presente a ideia de que a ação é efetiva e
indiscutivelmente ilegal. Inexiste, por conseguinte, conduta legal vulneradora do citado
princípio.
Assim, o princípio da razoabilidade acarreta a impossibilidade de impor consequências de
severidade incompatível com a irrelevância de defeitos. Sob esse ângulo, as exigências da Lei
ou do Edital devem ser interpretadas como instrumentais.
Desta feita, a apresentação de garantia equivalente ao percentual máximo permitido em Lei
não é razoável, razão pela qual se requer a modificação do item 25.1 do Edital, da Cláusula
Vigésima Segunda da Ata de Registro de Preços e da Cláusula Décima das Minutas dos
Contratos, para que a garantia exigida não corresponda ao limite máximo de 5% (cinco por
cento).
11. REAJUSTE DOS PREÇOS
Tendo em vista que o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal determina a manutenção do
equilíbrio econômico-financeiro dos contratos firmados com a Administração Pública, a Lei n.º
8.666/93 disponibilizou instrumentos aptos a recompor o eventual desequilíbrio entre as
vantagens e os encargos originalmente pactuados.
Assim, para a recomposição da equação econômico-financeira, surgiram diversas figuras,
dentre elas o reajuste.
O reajuste nada mais é do que a indexação do valor da remuneração devida ao particular a um
índice de variação de custos. É alteração dos preços para compensar (exclusivamente) os
efeitos das variações inflacionárias, mantendo o valor da moeda, sem o que haveria
desequilíbrio econômico, com prejuízo de uma das partes.
A Lei n.º 8.666/93, em seu inciso XI do art. 40, determina a obrigatoriedade do Edital conter,
dentre outros, “o critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para
apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do
adimplemento de cada parcela”.
Da mesma forma, o inciso III do art. 55 da referida Lei elenca como cláusula necessária em
todo contrato a que estabeleça “o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base
e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a
data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento”.
28
É obrigatória, portanto, a inclusão de cláusula de reajuste, não sendo uma mera faculdade da
Administração.
Para Marçal Justen Filho:
“O reajuste de preços se configura, então, como uma solução destinada a
assegurar não apenas os interesses das licitantes, mas também da própria
Administração. A ausência de reajuste acarretaria ou propostas destituídas
de consistência ou a inclusão de custos financeiros nas propostas – o que
produziria ou a seleção de proposta inexequível ou a distorção da
competição.”17
A presente licitação tem como objeto a prestação de serviços de telecomunicações, os quais
são regidos pela Lei n.º 9.472/97 (Lei Geral de Telecomunicações).
Assim, as operadoras de serviços telefônicos submetem-se às disposições editadas pela
ANATEL, a qual determina, no inciso VII do art. 19 da Lei n.º 9.472/97 (Lei Geral de
Telecomunicações), que compete à Agência “controlar, acompanhar e proceder à revisão de
tarifas dos serviços prestados no regime público, podendo fixá-las nas condições previstas
nesta Lei, bem como homologar reajustes.”
Os serviços telefônicos podem ser remunerados por meio da cobrança de tarifas ou de preços.
A remuneração acontecerá pela cobrança de tarifas quando o serviço telefônico for prestado
em regime público, por meio de Concessão. Por sua vez, a cobrança pelos serviços de
telecomunicações prestados em regime privado acontecerá por meio de preços.
Ressalte-se que apenas o Serviço Telefônico Fixo Comutado – STFC poderá ser prestado em
regime público, por meio de Concessão do Poder Concedente. Assim, as concessionárias são
remuneradas pela cobrança de tarifas, conforme acima explicado.
Ante o exposto, requer a adequação da Cláusula Nona, parágrafo décimo terceiro das Minutas
dos Contratos, de modo que o reajuste dos preços seja realizado da seguinte forma:
“A Contratada poderá reajustar os preços de cobrança dos serviços a cada
12 meses, a contar da data de assinatura do presente instrumento,
considerando seu valor básico o atualizado até esta data, devendo ser
utilizado como índice de reajuste o IGP-DI”.
17 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 14. Ed. São Paulo: Editora
Dialética, 2010, p. 558.
29
12. DA EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO POR PARTE DA CONTRATADA
A Cláusula Décima Sexta das Minutas dos Contratos prevê o seguinte:
“Constitui cláusula essencial do presente contrato, de observância
obrigatória por parte da CONTRATADA, a impossibilidade, perante o
CONTRATANTE, de opor, administrativamente, exceção de
inadimplemento, como fundamento para a interrupção unilateral do serviço.”
Ou seja, da leitura da referida Cláusula, verifica-se que a Contratada não poderá opor exceção
de inadimplemento como fundamento para suspensão dos serviços.
Ocorre que tal previsão viola flagrantemente o previsto na lei nº 8666/93, no seu artigo
78, XV, in verbis:
“XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas
destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública,
grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o
direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que
seja normalizada a situação;”
Da leitura do dispositivo legal transcrito acima, verifica-se clara violação ao princípio da
legalidade.
Nesse sentido, vale mencionar que o princípio da legalidade é elemento basilar do regime
jurídico-administrativo, considerado a “diretriz básica da conduta dos agentes da
Administração” (CARVALHO FILHO, 2011, p. 18). Nesse sentido, é considerado como aspecto
indissociável de toda a atividade administrativa, vinculando as ações do administrador à lei,
sendo decorrência direta do Estado Democrático de Direito.
Dessa forma, não pode o administrador furtar-se ao cumprimento da lei. Mais que isso, sua
liberdade de ação deverá ser balizada inexoravelmente por texto legal. Celso Antônio Bandeira
de Mello (2011, p. 108) define com clareza que “o princípio da legalidade, no Brasil, significa
que a Administração nada pode fazer senão o que a lei determina”. Com isso, verifica-se que a
liberdade administrativa diferencia-se da civil por ser positiva, ou seja, a lei define claramente
os limites da atuação do administrador, enquanto a segunda é negativa, sendo legal todas as
ações que não contrariem a lei.
30
O objetivo direto de tal princípio é impedir que prevaleça a vontade pessoal do administrador.
Vinculando-se diretamente ao princípio da impessoalidade, o princípio da legalidade garante
uma atuação isenta e objetiva por parte da Administração, garantida sua atuação em direção à
supremacia do interesse público.
Vê-se, portanto, que qualquer ação que não esteja estritamente dentro da esfera legal deve ser
desconsiderada e expurgada da esfera administrativa. É nesse sentido que se permite o
afastamento de atos administrativos que não estejam em conformidade com a lei, pois “(...) só
é legítima a atividade do administrador público se estiver condizente com o disposto na lei”.
(CARVALHO FILHO, 2011, p. 18).
Diante do exposto, impõe-se a adequação da Cláusula Décima Sexta das Minutas dos
Contratos, em obediência ao princípio da legalidade, de modo que seja excepcionada a
hipótese prevista no art. 78, XV da Lei nº 8666/93, sob pena de violação do princípio da
legalidade.
13. DOS PONTOS TÉCNICOS
Após a análise criteriosa das especificações do objeto, requeremos a avaliação de alguns
pontos técnicos, para que as empresas interessadas possam atender as necessidades da
Administração Pública da forma esperada, bem como formular corretamente os preços a serem
apresentados no certame.
13.1 OBJETO, ÓRGÃOS PARTICIPANTES, ÓRGÃOS ADERENTES,
QUANTIDADE E LOCAL DE ENTREGA – Item 2.3 – pág. 3
“2.3. A empresa vencedora do Lote I será responsável pela integração física
e lógica com os serviços prestados dos Lotes I e II, implementando gestão
técnica integrada dos mesmos;”
Conforme item 2.3 a vencedora do Lote I será responsável pela integração dos serviços
prestados pelos Lotes I e II, porém deve-se levar em consideração que podemos ter licitantes
distintos que sejam vencedores de cada lote, impossibilitando assim que uma licitante tenha
acesso a rede WAN da outra.
Mediante ao exposto acima e as restrições citadas, entendemos que não deverá ocorrer esta
obrigatoriedade de integração.
31
Gostaríamos de confirmação do entendimento.
13.2 OBJETO, ÓRGÃOS PARTICIPANTES, ÓRGÃOS ADERENTES, QUANTIDADE E
LOCAL DE ENTREGA – Item 2.6 – pág. 3
“2.6 - Observar que a Licitante deverá se comprometer com o atendimento
eventual de expansão de bandas de comunicação bem como, a adição de
futuros sítios (unidades descentralizadas e sede) durante a vigência do
contrato, nas mesmas condições técnicas e de preços oferecidos para o objeto
do Edital, respeitados os limites legais e técnicos, bem como os prazos
estipulados no “Encarte Níveis Mínimos de Serviço”.;”
Considerando que não são informados os endereços de instalação, o seu atendimento
dependerá de estudo de viabilidade técnica da Operadora, não representando uma
obrigatoriedade de atendimento.
Solicitamos confirmar o nosso entendimento.
13.3 UNIDADES ESPECIAIS – Item 2.9 – pág. 5 - TERMO DE REFERÊNCIA
“2.9. As Unidades Especiais da Rede Governo comtemplam os seguintes
sites:
Palácio Guanabara: Rua Pinheiro Machado, SN, Laranjeiras, Rio de Janeiro
– RJ.
Palácio das Laranjeiras: Rua Paulo Cesar de Andrade, 407, Laranjeiras, Rio
de Janeiro – RJ.;”
A topologia apresentada no item 1.2 do Termo de Referência dispõe que a Sede da Proderj
será uma unidade Especial, porém, no item 2.9, também do Termo de Referência, informam
somente como unidades especiais os Palácios Guanabara e das Laranjeiras.
Com isso, solicitamos que seja esclarecido em quais das informações devemos nos basear
para atendimento das unidades especiais.
13.4 CIRCUITOS TEMPORÁRIOS DE ACESSO À INTERNET– Item 3.2 – pág. 6 - TERMO
DE REFERÊNCIA
32
“3.2. Dentre as tecnologias a serem utilizadas para o provimento do circuito
temporário poderá ser considerada a utilização de serviço de banda larga,
como ADSL, na inviabilidade do atendimento temporário através de conexões à
internet com banda garantida, mas com a disponibilidade de IP fixo.;”
Considerando que não são informados os endereços de instalação, o seu atendimento
dependerá de estudo de viabilidade técnica da Operadora, não representando uma
obrigatoriedade de atendimento.
Solicitamos confirmar o nosso entendimento.
13.5 OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA - Item 14.6 – pag. 18 - TERMO DE REFERÊNCIA
“14.6. A CONTRATADA deverá enviar mensalmente, para cada link
contratado, um relatório com as seguintes informações:
Identificação do link
Nome da CONTRATANTE
Endereço (Logradouro, número e CEP) Ponta A o Endereço
(Logradouro, número e CEP) Ponta B o Velocidade do link
Tipo do Link (Rede Governo, IP simétrico ou IP assimétrico)
Média de uso no período em Mbps
Média de uso no período contabilizando apenas dias úteis e horário
comercial de 9:00 as 18:00 em Mbps.
Disponibilidade do link em %.
Erros e retransmissões em %.
Média de latência no período em milissegundos.
Média de latência no período contabilizando apenas dias úteis e horário
comercial de 9:00 as 18:00 em milissegundos.
Valor em reais
Atendeu o acordo de nível de serviço previsto no contrato (Sim ou
Não).”
Entendemos que podemos atender esta solicitação através os relatórios mensais
disponibilizados pelo sistema de Gerência de Rede, dispensando o envio mensal do relatório
em questão.
Gostaríamos de confirmação do entendimento.
33
13.6 SUPORTE ASSISTIDO DE GERÊNCIA DE REDE E SEGURANÇA – Item 19.1 – pág.
28 - TERMO DE REFERÊNCIA
“18.1. A CONTRATADA deverá prover suporte assistido de Gerência
de Rede e Segurança em regime de 24 (vinte e quatro) horas por dia, 7
(sete) dias por semana, todos os dias do ano.”
Entendemos que o Suporte Assistido será disponibilizado unicamente para a PRODERJ, sendo
que os outros órgãos e secretarias do estado do Rio serão atendidos por este NOC.
Gostaríamos de confirmação do entendimento.
13.7 GESTÃO E GOVERNANÇA DO OBJETO CONTRATADO – Item 20.10 – pág. 33 -
TERMO DE REFERÊNCIA
“20.10. A CONTRATADA fornecerá toda infraestrutura necessária para
monitoração dos servidores e serviços relacionados ao suporte assistido de
gerência de rede e segurança;”
O texto “infraestrutura necessária” não detalha qual escopo ou ferramentas serão utilizadas
para uma monitoração de servidores, onde estes também não foram listados neste termo de
referência, sendo assim solicitamos que este detalhamento seja disponibilizado.
Solicitamos a readequação do ato convocatório nesses termos.
13.8 GESTÃO E GOVERNANÇA DO OBJETO CONTRATADO – Item 20.28 – pág. 35 e 36
“Instalar, configurar, administrar e manter a solução de Gerenciamento e
Correlação de Eventos de Segurança (em inglês SIEM - Security Information
and Event Management) para as estações, servidores e demais componentes
da solução, garantindo atualizações periódicas e adequações de configurações
conforme orientação PRODERJ...
Atuar em conjunto com as equipes de segurança para criação, customização e
correlação de regras de Gerenciamento e Correlação de Eventos de
Segurança (em inglês SIEM - Security Information and Event Management)
para o suporte assistido de gerência de rede e segurança;..”
34
Os quadros deste item, onde estão correlacionados as atividades do serviços de suporte
assistido de gerência de rede e segurança da contratada, informam que deve ser instalado e
configurado um SIEM para este projeto, considerando o alto custo desta solução de
Gerenciamento e Correlação de eventos de Segurança, temos os seguintes questionamentos:
a) O SIEM citado é de propriedade do PRODERJ e a contratada irá apenas instalar,
configurar e administrar?
b) Dado que estações e servidores não fazem escopo do objeto deste edital,
entendemos que deveremos efetuar o Administrar o SIEM do PRODERJ apenas
para os links (MPLS e IP) do site principal do mesmo, o nosso entendimento
está correto?
13.9 OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA – Item 13.3 – pág. 16
“• Para cada instalação de circuito de dados, utilizar equipamentos novos
de primeira utilização que atendam integralmente os requisitos técnicos
estabelecidos neste Termo de Referência e todos os seus encartes
técnicos, bem como realizar a substituição de qualquer componente
sempre que solicitado pela CONTRATANTE, com a devida justificativa
técnica;”
Encarte I – Rede IP Governo
“20.2. Para cada instalação de circuito de dados, utilizar
equipamentos atualizados tecnologicamente em sua última versão, não
podendo estar em situação de End-of-Life ou End-of-Sale, estarem sendo
suportados e recebendo atualizações de segurança do fabricante, e que
atendam integralmente os requisitos técnicos estabelecidos no Termo de
Referência e este Encarte Técnico, bem como realizar a substituição de
qualquer componente sempre que solicitado pela CONTRATANTE, com a
devida justificativa técnica;”
Entendemos que equipamentos já instalados que atendam as especificações da Rede MPLS e
que estejam com End-of-Support previstos somente para prazo superior ao de vigência do
contrato poderão ser aceitos sem que haja penalidades e/ou multas.
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
35
13.10 INTRODUÇÃO E REQUISITOS DA TECNOLOGIA SD-WAN – Itens 1.5 e 23.5 - pág. 4
e 67, respectivamente - ENCARTE I
“1.5. Caso a CONTRATADA opte por utilizar um modelo de rede
hibrida, SD-WAN e MPLS, deverá fornecer solução técnica que utilize
apenas um equipamento concentrador, e não dois equipamentos distintos.”
“23.5. Serão aceitas redes híbridas agregadas ou segregadas, ou
seja, um equipamento concentrador SDWAN e um equipamento
concentrador MPLS distintos entre si e conectados para formar uma rede
híbrida. A solução não necessariamente deverá ser uma rede puramente
MPLS ou uma rede puramente SD-WAN, desde que atendam aos
requisitos especificados no Termo de Referência,Encartes e Anexos;”
Entendemos conforme o item 23.5 que será possível a utilização de um equipamento
concentrador para MPLS e outro para SDWAN.
Gostaríamos da confirmação odo entendimento.
13.11 ESPECIFICAÇÕES BÁSICAS DA REDE IP MPLS e SD-WAN – Item 4.1 – pág. 7 -
ENCARTE I
“4.1. As Redes IP MPLS e/ou SD-WAN deverão permitir a criação de
múltiplas redes virtuais (VRFs) ou túneis criptográficos/VPN, sendo que
cada VRF ou túnel VPN deverá ser logicamente do tipo “Full Mesh”,
permitindo que os sites pertencentes a uma mesma VRF e/ou túnel VPN,
se comuniquem entre si, sem a necessidade de comutação através de um
nó central;”
Entendemos que a comunicação “Full Mesh” são atributos intrínsecos de uma solução MPLS e
que estes atributos não se aplicam a uma solução SD-WAN, onde as remotas se comunicam
com a concentradora através de túneis, tendo assim uma comunicação “Hub and Spoke”.
Deste modo, poderemos considerar o atendimento através de SDWAN com túneis “Hub and
Spoke” para o concentrador SDWAN.
Gostaríamos de confirmação do entendimento.
36
13.12 REQUESITOS GERAIS DO CPE – Item 8.1 – pág 11 - ENCARTE I
“8.1. Atenderem totalmente aos recursos solicitados, apresentando total
compatibilidade e interoperabilidade, evitando-se problemas futuros na
Rede do Governo, deste modo devendo ser do mesmo fabricante;”
Considerando a fato de estarmos com tecnologias distintas, MPLS e SDWAN, e face a
economicidade, solicitamos que sejam aceitos equipamentos de fabricantes distintos.
Solicitamos a readequação desse item.
13.13 ROTEADORES DATA CENTER – Item 9.1 – pág. 12 - ENCARTE I
“Os roteadores atualmente existentes poderão ser mantidos por um
período de até 3 meses, quando então, deverão ser substituídos por
equipamentos que contemplem as especificações detalhadas abaixo, e que
estejam em conformidade com os requisitos especificados no item 8 e
todos os seus subitens, em função da necessidade de atualização
tecnológica da Rede IP Governo.”
Caso os roteadores existentes no Datacenter estejam dentro do período de vida útil, que
atendam as especificações técnicas requeridas no encarte técnico e visando apresentarmos
uma proposta comercial que reflita em economicidade para o governo do rio de janeiro,
entendemos que será possível utilizar os roteadores atuais e existentes na PRODERJ como
concentradores desta solução.
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
13.14 EQUIPAMENTOS ROTEADORES – itens 10.1.1.12 e 10.1.1.13 – pág. 37 - ENCARTE I
“10.1. Características Comuns a Todos Tipos:
10.1.1.12. Deverá suportar a inclusão de módulo de interface E1 Clear-
Channel, taxas de 2 Mbps;
10.1.1.13. Deverá suportar no mínimo 4 interfaces E1 Clear-Chanel;”
Considerando que:
37
1- Estas interfaces são normalmente utilizadas em projetos de voz para interligação as
centrais públicas de telefonia.
2- Tipo de interface que só será utilizada em situação específica.
3- O suporte a interfaces E1 somente é disponível em roteadores de porte muito maior
que o adequado para atender as velocidades dos circuitos contratados.
4- Considerando que mesmo os roteadores que possuam suporte à E1, somente
roteadores de porte muito superior possuem condição de suportarem o mínimo de 4
interfaces E1.
5- Os requisitos acima aumentam absurdamente os custos dos roteadores.
Face ao exposto entendemos que não será obrigatório o fornecimento de roteadores com
suporte a estas interfaces, sendo solicitados com as interfaces quando necessário.
Gostaríamos de confirmação do entendimento.
13.15 EQUIPAMENTOS ROTEADORES – itens 10.1.5.14 – pág. 41 - ENCARTE I
“10.1. Características Comuns a Todos Tipos:
10.1.5. Segurança – Rede MPLS:
10.1.5.14 Deve suportar as funcionalidades de "Stateful Firewall", baseado em
zonas de segurança, caso esta funcionalidade seja ativada através de licença
de software, não existe a necessidade de fornece-la inicialmente.”
“15.1 A solução de segurança deverá ser baseada em hardware do tipo appliance, com
recursos de Next Generation Firewall (NGFW), além de console de gerenciamento e
monitoração;”
Entendemos que não é obrigatório que os roteadores fornecidos possuam suporte a Stateful
Firewall, considerando o altíssimo custo de licenciamento da funcionalidade de firewall em
roteadores, como também a possibilidade de utilizarmos equipamentos específicos para
segurança, conforme item 15.1, que atendem normalmente aos requisitos de segurança de
forma mais eficaz e eficiente do que o licenciamento desta funcionalidade nos roteadores.
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
13.16 EQUIPAMENTOS ROTEADORES – item 10.1.6 e subitens – pág. 41 - ENCARTE I
“10. EQUIPAMENTOS ROTEADORES
38
10.1. Características Comuns a Todos Tipos:
10.1.6. Segurança – Rede SD-WAN:
10.1.6.1. Deve possuir funcionalidades de "Stateful Firewall" e Firewall
baseado em aplicações de camada 7 do modelo OSI;
10.1.6.2. Deve possuir funcionalidade de IPS (Intrusion Prevention
System) (Não aplicável ao Roteador TIPO IV);
10.1.6.3. Deve suportar a funcionalidade de filtro de URL (Não aplicável
ao Roteador TIPO IV);
10.1.6.4. Deve suportar a funcionalidade de AntiMalware (Não aplicável
ao Roteador TIPO IV);”
“4.6. O hardware dos roteadores fornecidos (CPEs e Centrais) poderá ser único para
suportar o funcionamento tanto na Rede IP MPLS como na Rede SD-WAN;”
“23.5. Serão aceitas redes híbridas agregadas ou segregadas, ou seja, um
equipamento concentrador SDWAN e um equipamento concentrador MPLS distintos
entre si e conectados para formar uma rede híbrida. A solução não necessariamente
deverá ser uma rede puramente MPLS ou uma rede puramente SD-WAN, desde que
atendam aos requisitos especificados no Termo de Referência, Encartes e Anexos;”
Entendemos que não é obrigatório que os roteadores fornecidos possuam suporte a SDWAN,
considerando que conforme os itens 4.6 e 23.5, caracterizando que os equipamentos que
estejam na solução MPLS, não necessariamente deverão ter uma solução de SD-WAN
embarcada e também aos elevadíssimos custos de soluções SDWAN embarcada em
roteadores e obtenção de uma solução mais vantajosa para administração pública.
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
13.17 EQUIPAMENTOS ROTEADORES – item 10.2.1.2 – pág. 45 - ENCARTE I
“10.2.1.2. Deve possuir, no mínimo, 1 (uma) interfaces Gigabit Ethernet SFP, esta
interface poderá ser compartilhada com uma das interfaces Gigabit Ethernet exigidas
no item anterior;”
Entendemos que não é obrigatório que os roteadores Tipo I possuam interface SFP de um
1Gb, considerando que o roteador a especificação do roteador Tipo I para circuitos até 30M, e
as interfaces SPF normalmente são utilizadas para possibilitar interfaces óticas para circuitos
com velocidade superior a 1Gb.
39
Também a manutenção deste item elevaria absurdamente os custos desnecessariamente e
obtenção da proposta mais vantajosa para administração pública.
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
13.18 EQUIPAMENTOS ROTEADORES – - Itens 10.3.1.2, 10.3.1.3, 10.4.1.2 E 10.4.1.3 – pág.
45 e 46 - ENCARTE I
“10.3.1.2. Deve suportar a inserção de interfaces analógicas (FXS ou FXO) e digitais de
voz (E1);”
“10.3.1.3. Deve suportar no mínimo 4 interfaces de Voz analógicas FXO;”
“10.4.1.2. Deve suportar a inserção de interfaces analógicas (FXS ou FXO) e digitais de
voz (E1);”
“10.4.1.3. Deve suportar no mínimo 4 (quatro) interfaces de Voz digitais E1;”
Entendemos que não é obrigatório que os roteadores possuam suporte para interfaces de voz
devendo ser fornecidos caso necessário para implantação de solução de voz. Deste modo os
roteadores serão trocados caso necessário. Este esclarecimento se fundamenta nos seguintes
itens.
1- Os roteadores que suportam interfaces de voz normalmente são de porte superior ao
necessário ao atendimento das velocidades solicitadas.
2- O desuso de interfaces FXS e FXO face às novas tecnologias e, levando aos
fabricantes não mais disponibilizarem estas interfaces.
3- A elevação dos custos desnecessariamente e obtenção de proposta uma proposta
mais vantajosa para a administração pública.
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
13.20 EQUIPAMENTOS ROTEADORES – Itens 10.2.3, 10.3.4, 10.4.4 e subitens – pág. 45,
46 e 47 - ENCARTE I
“10.2.3. Desempenho – Rede SD-WAN:”
“10.2.3.1.Deve ser fornecido com capacidade de no mínimo 50 (cinqueta) Mbps de
criptografia;”
“10.3.4. Desempenho – Rede SD-WAN:”
“10.3.4.1.Deve ser fornecido com capacidade de no mínimo 50 (cinqueta) Mbps de
criptografia”
40
“10.4.4. Desempenho – Rede SD-WAN:”
“10.4.4.1. Deve ser fornecido com capacidade de no mínimo 500 (quinhetos) Mbps de
criptografia”
“10.5.4. Desempenho – Rede SD-WAN:”
“10.5.4.1. Deve ser fornecido com capacidade de no mínimo 2 (dois) Gbps de
criptografia”
4- Entendemos que não é obrigatório que os roteadores atendam aos requisitos acima,
exceto se os roteadores forem equipamentos únicos tanto para MPLS quanto para
SDWAN. Pois, leva à elevação dos custos desnecessariamente e obtenção de
proposta uma proposta mais vantajosa para a administração pública.
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
13.21 ESPECIFICAÇÕES DE QoS DA REDE IO GOVERNO - Item 14.4.1 – pág. 50 -
ENCARTE I
“14.4.1. Supervisão de Rede: aplicações de monitoramento e controle da rede, que
deverão ser priorizadas acima de todas as outras a fim de garantir a disponibilidade de
recursos para as intervenções preventivas ou corretivas que se façam necessárias ao
seu correto funcionamento, tais como, por exemplo: Telnet, SSH, SNMP, NTP, syslog e
Radius;”
Visando evitar alta customização da solução que acarretaria em aumento de custos do projeto
e impacto operacional, entendemos que a CoS de Supervisão de Rede pode ser absorvida por
um outra CoS (Crítico ou Prioritário).
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
13.22 SNOC - Itens 15.2, 15.23.1 e 16.2 – pág. 51 e 53.
“15.2. A solução de segurança do PRODERJ, especificada no item 9.2, e o serviço de
Gerenciamento de Segurança deverá ser complementado com a implantação de um
41
SNOC (Security and Network Operation Center), contendo as ferramentas de hardware
e software necessárias ao devido monitoramento, detecção e tratamento dos
incidentes, que serão instaladas no Datacenter do PRODERJ e operadas por equipe
alocada nas dependências da autarquia, com os perfis especificados no item 18 do
Termo de Referência, não restringindo quanto à existência de outra estrutura adicional
nas dependências da CONTRATADA;”
“15.23.1. Prioridade 1: Indisponibilidade de componentes críticos do serviço, criação e
alteração de regras: no máximo em até 2 horas;“
“16.2. O serviço de gerência de rede integrada deverá ser parte do SNOC (Security
and Network Operation Center), contendo as ferramentas de hardware e software
necessárias ao devido monitoramento, detecção e tratamento dos incidentes, que
serão instaladas no Datacenter do PRODERJ e operadas por equipe alocada nas
dependências da autarquia, com os perfis especificados no item 18 do Termo de
Referência, não restringindo a existência de outra estrutura adicional nas dependências
da CONTRATADA”
Solicitamos que as ferramentas de softwares necessárias para monitoração, detecção e
tratamentos de incidentes possam estar instaladas nos Datacenter das Contratadas, sendo que
a operação, monitoramento e tratamento de incidentes serão tratadas localmente pelas
equipes alocadas nas dependências do PRODERJ.
Esta solicitação traz as seguintes vantagens:
1- Redução dos gastos em equipamentos e licenças adicionais, levando uma redução dos
valores das propostas para Administração Pública.
2- Irá gerar economia de espaço e energia no Datacenter do Proderj.
3- Facilita a atuação conjunta entre o SOC da Contratada e o SNOC nas dependências do
Proderj.
4- Gestão do SLA por parte da CONTRATADA, com o seguinte escopo abaixo:
42
SERVIÇOS
SOLICITAÇÕES
ABERTAS EM
HORÁRIO COMERCIAL
(9 ÀS 19HS)
SOLICITAÇÕES
ABERTAS EM DIAS
NÃO ÚTEIS
Indisponibilidade total de componentes críticos do serviço 2 HORAS 2 HORAS
Indisponibilidade parcial de componentes críticos do serviço 4 HORAS 8 HORAS
Criação, alteração ou exclusão de regras, Firewall, IPS, Filtro de Conteúdo,
Controle de Aplicação e Antivírus 12 HORAS 24 HORAS
Criação, alteração ou exclusão de regras, de VPN Site-to-site / Client-to-
Client 36 HORAS 72 HORAS
Analise Investigação / troubleshooting Firewall e IPS/IDS 72 HORAS 72 HORAS
Requisições de relatórios ou alterações de configurações e mudanças que
não impactem na disponibilidade do ambiente 72 HORAS 72 HORAS
Analise Investigação / troubleshooting Anti-vírus de Gateway / Malware 120 HORAS 120 HORAS
Solicitamos a readequação do Edital nos termos acima.
13.23 SERVIÇO DE GERÊNCIA DE REDE INTEGRADA - Itens 16.4 e 16.10 – pág.54 -
ENCARTE I
“16.4. A Solução de Gerência da Rede deverá ter como base a plataforma Open-
Source, sem qualquer necessidade de licenciamento para seu pleno funcionamento, e
poderá usar como painel de controle ou backend a ferramenta de monitoramento nativa
da CONTRATANTE;”
Considerando a quantidade de físicos do certame, uma plataforma Open-Source possui
limitações e não possui a robustez necessária para suportar esse quantitativo. Sendo assim,
solicitamos que o fornecimento dessa categoria (Open-Source) de plataforma não seja
obrigatório, e sim opcional.
Solicitamos a readequação do Edital nos termos acima.
13.24
“16.10. A solução fornecida deve permitir acesso a todos os recursos e módulos
através de única autenticação, sem a necessidade de realizar outros logins para
acessar qualquer outro recurso de gerenciamento;”
Entendemos que o item se refere ao Sistema de Gerenciamento de rede já fornecido pela
Operadora.
43
Solicitamos a confirmação do entendimento.
13.25 SNOC – Itens 16.25 – pág. 56 - ENCARTE I
“16.25 Os dados gerados pela solução de segurança deverão ser exportáveis para
formato compatível com as soluções de gestão mantidas pelo PRODERJ (Zabbix,
OTRS, OCOMON, OSSIM);”
As soluções de Gestão de Segurança/Eventos, normalmente são baseadas nos fabricantes
dos equipamentos como também em software proprietários com a garantia de suporte das
empresas, portanto solicitamos que seja flexibilizada a obrigatoriedade que os dados gerados
pela Solução de Segurança sejam exportáveis para formato compatível Zabbix, OTRS,
OCOMON, OSSIM, dado que estes formatos irão encarecer a absurdamente o preço final da
proposta a ser apresentada.
Requeremos a reanálise desse ponto.
13.26 PRAZO DE ATENDIMENTO A NOVOS ENDEREÇOS (PAN) – Item 17.14.1 - pág. 59 -
ENCARTE I
“17.14.1. Para Rede IP Governo o prazo de Atendimento a Novos Endereços será de
45 dias;”
Dado o quantitativo de links simétricos que estão sendo licitados, é inviável tecnicamente para
a contratada e também para a contratante que todos os links sejam ativados em até 45 dias.
Solicitamos alterar o prazo de uma ativação para até 90 dias por link.
Solicitamos a reanálise desse ponto.
13.27 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DO ACESSO VIA SATÉLITE - Itens 22.9.7 e 22.9.9 – pág.
65 e 66 - ENCARTE I
“22.9.7. Características básicas do serviço a ser prestado:
IP MPLS com acesso satélite, qualidade de serviço e perfil de tráfego;
Três perfis de tráfego: D (dados), DV (dados e voz), DVV (dados, voz e/ou vídeo);
Antenas de 1.2m;
Cobertura Nacional;
Operação em Banda Ku;
44
Utilização da tecnologia VSAT (TDMA) banda larga bidirecional.”
“22.9.9. O serviço ofertado pela CONTRATADA deverá atender aos seguintes Perfis
de Tráfego.
Perfil D: 100% de tráfego de dados;
Perfil DV: 70% de tráfego de dados e 30% de tráfego de voz. Podendo através ser
disponibilizados até 2 canais de voz;
Perfil DVV: 70% de tráfego de dados, 30% de tráfego de voz e/ou vídeo;
Neste perfil a velocidade deverá ser no mínimo de 4 Mbps, podendo ser
disponibilizados até 5 canais de voz de 28Kbps ou um canal de voz e um de vídeo
de 128Kbps.”
Dado as novas tendências de satélite no mercado e as velocidades dos links solicitados no
edital, entendemos que podemos atender alguns links com satélite utilizando banda KA ou
banda KU, sendo de responsabilidade da contratada definir qual tecnologia utilizar desde que
atenda as especificações encarte técnico.
Gostaríamos da confirmação do entendimento.
13.28 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS – Item 3.21 - pág. 7 - ENCARTE II
“3.21. A latência máxima entre o roteador de acesso e o Backbone da
CONTRATADA deve ser de 25ms;”
Entendemos que a latência solicitada é referente ao acesso entre o roteador no ambiente do
cliente até primeiro elemento de roteamento do Backbone IP da CONTRATADA.
Solicitamos que esta latência máxima seja alterada para 100ms.
13.29 TEMPO DE RETARDO (RTT) - Item 12.9 – pág. 32 - ENCARTE II
“12.9. Para os Serviços de Acessos à Internet o Tempo de Retardo deverá
atender aos limiares abaixo, considerando a medição ao primeiro elemento
de roteamento do Backbone IP da CONTRATADA.”
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Entendemos que a latência solicitada é referente ao acesso entre o roteador no ambiente do
cliente até primeiro elemento de roteamento do Backbone IP da CONTRATADA. Solicitamos
que esta latência máxima seja alterada conforme parâmetros apresentados no lote 1 (vide
tabela abaixo).
Solicitamos a readequação nos termos acima.
13.29 PRAZO DE REPARO (PR) - Item 12.10 – pág. 33 - ENCARTE II
“12.10.Para os Serviços de Acesso à Internet o Prazo de Reparo deverá
atender o limiar abaixo..”
Considerando que a distribuição dos links IP ocorre em quase todos os municípios do estado
do RJ, solicitamos alterar o tempo de reparo conforme os prazos de reparo do lote 1 (vide
tabela abaixo).
Solicitamos a readequação nos termos acima.
13.30 PRAZO DE ALTERAÇÃO DE TRESMISSÃO DE UM ENLACE (PAT) - Item 12.11 –
pág. 33 - ENCARTE II
46
“12.11.Para os Serviços de Acesso à Internet o Prazo de Alteração de
Transmissão de um Enlace deverá atender ao limiar abaixo.”
Considerando que a distribuição dos links IP ocorre em quase todos os municípios do estado
do RJ, solicitamos alterar o PAT conforme os prazos de reparo do lote 1 (vide tabela abaixo).
Solicitamos a readequação nos termos acima.
13.31 PRAZO DE ATENDIMENTO A NOVOS ENDEREÇOS (PAN) - Item 12.12 – pág. 33 -
ENCARTE II
“12.12. Para os Serviços de Acesso à Internet, o Atendimento à Novos
Endereços deverá ser de 45 dias.”
Dado o quantitativo de links simétricos que estão sendo licitados, é inviável tecnicamente para
a contratada e também para a contratante que todos os links sejam ativados em até 45 dias.
Solicitamos alterar o prazo de uma ativação para até 90 dias por link.
13.32 SOBRE O ATENDIMENTO VIA SATÉLITE - ENCARTE II
Dado o quantitativo de links simétricos que estão sendo licitados e que a tabela endereços do
“Anexo II_Local_de_Prestacao_dos_Servicos_de_Internet” lista vários sites em zonas rurais,
rodovias e estradas, sendo que todos estes pontos estão afastados dos centros urbanos dos
municípios do estado do Rio de Janeiro, torna quase inviável tecnicamente o atendimento por
meio terrestre para todos os sites. Diante do exposto, solicitamos que para até 15% dos sites
solicitados e que estejam caracterizados como Zonas rurais, Fazendas, Rodovia e Estradas ,
47
seja permitido o atendimento com acesso via satélite (banda Ka ou Ku), assim como permitido
nos links solicitados no Encarte 1, com os principais parâmetros descritos abaixo:
Prazo de instalação: 60 dias
Prazo de reparo: < 7h
Latência: < 1000ms
Requeremos a reanálise desse ponto nos termos acima.
13.33 SERVIÇO DE SEGURANÇA GERENCIADA (MSS) - ENCARTE II
Considerando que este lote abrange especificamente acesso a internet e que dessa maneira
os órgãos que aderirem a esta SRP e que não possuírem qualquer serviço de segurança
gerenciada em teus respectivos ambientes, estarão expostos a ataques externos e sem
qualquer controle de tráfego da internet contratada, sugerimos a inclusão do serviço MSS neste
encarte utilizando o mesmo escopo da Solução de Segurança Gerenciada descrita no Encarte
Técnico I e categorizando conforme abaixo:
“..SEC-TIPO I: Serviço de Segurança Gerenciada para circuitos com velocidades de
até 30Mbps.;
SEC-TIPO II: Serviço de Segurança Gerenciada para circuitos com velocidade de até
50Mbps.;
SEC-TIPO III: Serviço de Segurança Gerenciada para circuitos com velocidade de até
200Mbps.;
SEC-TIPO IV: Serviço de Segurança Gerenciada para circuitos com velocidade de até
4Gbps...”
Solicitamos a reanálise desse ponto.
13.34 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS – Item 3.12.4 - pág. 4 - ENCARTE III
“3.12.4. Tempo máximo total de latência para resposta à internet de 80
milissegundos (latência considerando os links de acesso e o link de saída à
internet).;
Entendemos que a latência solicitada é referente ao acesso entre o elemento de rede instalado
no ambiente do cliente até primeiro elemento de roteamento do Backbone IP da
CONTRATADA. Solicitamos que esta latência máxima seja alterada conforme parâmetros
apresentados no lote 1 (vide tabela abaixo).
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Solicitamos a readequação do Edital nos termos acima.
13.35 SOLICITAÇÃO DE SERVIÇOS – Itens 7.11.5, 7.11.6 e 7.11.7 - pág. 11 - ENCARTE III
“7.11.5. As Solicitações de Serviços serão efetuadas através de Portal
Web, providenciado pela CONTRATADA. O Portal WEB deverá estar
disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, com geração de número de
identificação;”
“7.11.6. Este Portal WEB deve estar disponível em 30 dias corridos após
assinatura do primeiro contrato;”
“7.11.7. Enquanto o portal WEB não estiver disponível a CONTRATADA
deverá disponibilizar um endereço de e-mail para registro das solicitações
de serviços;”
Visto que a solução de IP Assimétrico visa à disponibilização de acesso à internet de maior
economicidade, solicitamos que seja alterada a obrigatoriedade de termos um portal Web para
solicitação de serviços, como também através de e-mail, por implicar em customizações entre
sistemas para abertura de serviços.
Assim, conforme previsto no item 8.1, solicitamos que os serviços sejam solicitados através do
número 0800.
13.36 SERVIÇO DE GERÊNCIA - Itens 8.1 e 9.1 - pág. 11, 12 e 13 - ENCARTE III
“8.1. A CONTRATADA deverá disponibilizar um número único nacional não
tarifado (0800) para abertura de chamados de suporte técnico, como
também o Serviço de Gerência fornecido pela CONTRATADA deverá ser
capaz de gerenciar os níveis de serviços acordados;”
“9.2. O modelo de prestação de serviços conterá, ainda, processos de
trabalho que especificam como os serviços serão prestados, incluindo
atividades a serem demandadas pelo CONTRATANTE, tais como abertura
de chamados técnicos para resolução de problemas e de consulta a
informações, e aquelas a serem desenvolvidas pró-ativamente pela
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CONTRATADA, por meio do serviço de gerência da rede. A prestação dos
serviços englobará prazos e condições da entrega da solução, incluindo
requisitos de implantação e migração da solução;”
A Solução de Gerência de Rede implica no fornecimento de elemento de rede específico
(roteador ou outro) visando a Gerência do Desempenho do Circuito, aumentando os custos e
reduzindo a economicidade da solução.
Assim, solicitamos que sejam alterados os itens acima retirando-se a exigência do serviço de
Gerência de Rede para o Serviço de Acesso à Internet Assimétrico.
13.37 REQUISITOS DO SERVIÇO DE SUPORTE TÉCNICO – Itens 8.10, 8.11 e 8.11.1 -
pág. 12 - ENCARTE III
“8.10. Abertura e fechamento de chamados serão efetuados através de
Portal Web, providenciado pela CONTRATADA. O Portal WEB deverá
estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, com geração de
número de protocolo de atendimento, o qual só poderá ser fechado após
confirmação com o responsável pela abertura;”
“8.11. Este Portal WEB deve estar disponível em 30 dias corridos após
assinatura do contrato;”
“8.11.1. Enquanto o portal WEB não estiver disponível a CONTRATADA
deverá disponibilizar um endereço de e-mail para registro de chamados;”
Considerando que a solução de IP Assimétrico visa à disponibilização de acesso à internet de
maior economicidade, solicitamos que seja alterada a obrigatoriedade de termos um portal
Web para solicitação de suporte técnico, pois além das customizações de sistemas implica em
novo elemento de rede conforme colocado anteriormente.
Assim, conforme previsto no item 8.1, solicitamos que os serviços de Suporte Técnico sejam
solicitados através do número 0800.
13.38 NÍVEIS MÍNIMOS DE SERVIÇOS (NMS) – Item 7.11.8 – pág. 11 - ENCARTE III
“7.11.8. Prazo de Reparo (PR)
50
Para os Serviços de Acesso à Internet Assimétrica o Prazo de Reparo
deverá atender o limiar abaixo.
”
Dado que os locais de instalação dos links IP deste lote abrangem quase todos os municípios
do estão do Rio de Janeiro.
Solicitamos um prazo de reparo para 8 horas na região metropolitana e 12 horas no interior.
13.39 NÍVEIS MÍNIMOS DE SERVIÇOS (NMS) – Item 7.11.9 – pág. 11 - ENCARTE III
“7.11.9. Prazo de Alteração de Transmissão de um Enlace (PAT) Para os
Serviços de Acesso à Internet Assimétrica o Prazo de Alteração de
Transmissão de um Enlace deverá atender ao limiar abaixo.”
”
Considerando que a distribuição dos links IP ocorre em quase todos os municípios do estado
do RJ, solicitamos alterar o PAT conforme os prazos do lote 1 (vide tabela abaixo).
Solicitamos a readequação desse ponto nos termos acima.
13.40 NÍVEIS MÍNIMOS DE SERVIÇOS (NMS) – Item 7.11.10 – pág. 11 - ENCARTE III
“7.11.10. Prazo de Atendimento a Novos Endereços (PAN)
51
7.11.10.1. Para os Serviços de Acesso à Internet o Atendimento a
Novos Endereços deverá ser de 45 dias.”
Dado o quantitativo de links assimétricos que estão sendo licitados, é inviável tecnicamente
para a contratada e também para a contratante que todos os links sejam ativados em até 45
dias.
Solicitamos alterar o prazo de uma ativação para até 90 dias por link.
13.40 SOBRE O ATENDIMENTO AS LOCALIDADES REQUERIDAS COM VELOCIDADES
ABAIXO DAS SOLICITADAS - ENCARTE III
Analisando os locais e as velocidades requeridas no arquivo “06122019_160934Anexo
VI_Local_de_Prestacao_dos_Servicos_de_Internet_Assimetrica.pdf” solicitamos que poderá
ser aceito sem que haja penalidades e/ou multas o fornecimento da maior velocidade possível,
caso não haja viabilidade para atendimento na velocidade requerida para cada site.
Solicitamos a reanálise desse item.
13.41 SOBRE A COBRANÇA ABERTA DE ITENS - TABELA DE PREÇOS
Visto que roteadores, firewalls, serviço de gerência, segurança, etc. possuem tarifas de
impostos diferentes dos circuitos propriamente ditos, para assegurar a correta tributação e a
transparência na precificação, solicitamos que seja apresentada planilha de formação de
preços com campos separados para os serviços de gerência, aluguel de roteadores, firewalls,
Instalação e assinatura do circuito.
Porém, caso não seja possível a apresentação de nova planilha de formação de preços,
entendemos que a administração aceitará em sua fatura a cobrança aberta em subitens
conforme exposto acima, sem que isso cause nenhum acréscimo na fatura, somente o
desmembramento dos itens que comporão o preço do link informado na planilha de formação
de preços, Ex.: Apresentado o preço de R$ 1.000,00 o valor mensal do link na planilha de
preços, porém, na fatura será apresentado R$ 700,00 para o Circuito, R$ 200,00 para o CPE e
R$ 100,00 para Gerência.
Solicitamos a reanálise desse item.
52
13.42 TABELA DE PREÇOS
Identificamos nos itens referentes aos locais do Encarte 1 que há velocidades não
especificadas na Proposta de Preços. Além disso, o quantitativo para os Encartes 1 e 3 está
superior ao quantitativo das respectivas Propostas de Preços, como pode ser observado nas
planilhas abaixo:
ENCARTE I ENCARTE II ENCARTE III Tabela de Endereços
Tabela de Cotação
Tabela de Endereços
Tabela de Cotação Tabela de Endereços Tabela de Cotação
Velocidade Qtde Velocidade Qtde
Velocidade Qtde Velocidade Qtde
Velocidade Qtde Velocidade Qtde
2 Gbps 3 4Gbps 11 1G 4 2G 11 50M 115 50M 115
1 Gbps 8 2Gbps 13 2G 1 1G 10 35M 12 35M 12
500 Mbps 2 1Gbps 35 200M 6 500M 12 25M 7 25M 7
200 Mbps 8 500M 27 100M 22 200M 30 15M 187 15M 186
100 Mbps 63 200M 42 50M 6 100M 50 10M 40 10M 29
50 Mbps 16 100M 75 30M 110 50M 110 5M 222 5M 207
30 Mbps 127 50M 80 10M 93 30M 67 Total 583 Total 556
20 Mbps 57 30M 330 Total 242 10M 68
10 Mbps 495 20M 142 Total 358
6 Mbps 101 10M 355
4 Mbps 1.626 6M 254
1 Mbps 12 4M 664
256 Kbps 1 Total 2028
Total 2519
53
Diante do exposto, solicitamos que seja readequada as quantidades da proposta de preços ou
dos quantitativos referentes aos locais.
13.45 FATURAMENTO - TERMO DE REFERÊNCIA
21.2. A CONTRATADA deverá disponibilizar, mensalmente, o espelho da fatura
detalhando os serviços referentes somente ao mês anterior, por meio
eletrônico, em 10 (dez) dias úteis antes do faturamento para conferência e
atesto.
Diante do art. 66 da Lei de Licitações determina que “o contrato deverá ser executado fielmente
pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada
uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial”.
Nesse sentido, verifica-se que o eventual descumprimento da obrigação da disponibilidade
prévia das faturas para análise.
Assim, poderemos realizar os atestes necessários após a emissão das faturas e os
questionamentos respondidos e discrepância de valores ressarcidos em conta futura quando a
ocorrência.
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Solicitamos a readequação do item nos termos acima.
13.46 RESPONSABILIDADE SOCIAL – TERMO DE REFERÊNCIA
24.1. A CONTRATADA se obriga a fornecer sem custos, circuitos e serviços para o
PRODERJ, de valor total correspondente a 2% (dois por cento) do faturamento anual,
de todos os Contratos aderentes a este Registro de Preços - RP, para atender às
ações de inclusão digital do Governo do Estado do Rio de Janeiro;
Não obstante, cumpre trazer à baila o art. 54 da Lei n.º 8.666/1993, que estabelece a aplicação
supletiva dos princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado no
âmbito dos contratos administrativos. Adiante, verifica-se que o art. 66 da Lei de Licitações
determina que “o contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as
cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de
sua inexecução total ou parcial”. No caso em quadra, caracteriza-se por parte da Contratante
como serviço Social somente serviços instalados e não o ressarcimento em crédito ou
desconto do faturamento total.
A obrigatoriedade baseia-se no fato de que pode a Contratada deverá contribuir com o cunho
Social e mantendo o equilíbrio econômico-financeiro da Contratada.
Solicitamos a reanálise do item acima exposto.
Pedido
Para garantir o atendimento aos princípios norteadores dos procedimentos licitatórios, a Oi,
requer que V. Sª julgue motivadamente a presente Impugnação, no prazo de 24 horas,
acolhendo-a e promovendo as alterações necessárias nos termos do Edital e seus anexos, sua
consequente republicação e suspensão da data de realização do certame.
Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2019.
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