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Immanuel Kant
Kant - (1724-1804)
• Kant nasceu em Königsberg, antiga Prússia, que atualmente é território Russo.
• Filho de artesãos, estudou na universidade local e se tornou professor.
• Vida extremamente metódica, nunca saiu de sua cidade natal. Dizem que ele tinha uma rotina tão rigorosa, que as pessoas acertavam seus relógios pela hora que ele saía de casa.
• Não se casou e não teve filhos.
• Influência do pensamento racionalista (poder absoluto da razão) e dos filósofos empiristas (importância da experiência e dos sentidos) e da filosofia iluminista ( crítica aos dogmas e autoritarismos).
• Para Kant, tanto a razão, quanto os sentidos são fatores fundamentais no processo de conhecimento de mundo. Não adotou uma das duas posições, pois ambas apresentavam acertos e erros e deveriam se aproximar numa nova abordagem do conhecimento.
• O "criticismo" kantiano: confluência do racionalismo (Descartes), do empirismo inglês (Hume) e a Ciência Física-Matemática de Isaac Newton. Seu contexto histórico compreende o governo de Frederico II e a Revolução Francesa.
• Aos 57 anos publicou “Crítica da razão pura”.• Todo conhecimento começa com a experiência
(empirismo), pelo contato sensível com as coisas (tato, olfato, visão, audição, paladar).
• O sujeito do conhecimento não é passivo nesse processo, ele não apreende, apenas, o conhecimento dado pelas coisas.
• Sujeito transcendental: puro, à priori, antes de qualquer experiência sensível, já possui certas faculdades que possibilitam o conhecimento.
Faculdades
1. Sensibilidade: quando representamos em nossa mente, qualquer coisa externa, essa representação feita no tempo e no espaço.
• Tempo e espaço são condições a priori, inatas e não dependem da experiência, pois são abstrações que existem fora de nós e são necessárias para o homem construir sua experiência no mundo.
• Ex: Eu penso nesta classe e a situo no tempo e no espaço.
• Fazemos isso com tudo eu pensamos. É como se o tempo e o espaço fossem um recipiente vazio, que vai sendo preenchido com alguma matéria: as sensações que se produzem em mim pelos órgãos dos sentidos são jogadas nessa vasilha (tempo e espaço), que colocam ordem na minha consciência para compreender este fato.
2. Entendimento: a faculdade humana de pensar ou de julgar.
• As categorias permitem nos permitem pensar tudo aquilo que experimentamos pelos sentidos.
• Ex: relação causa-efeito. Queimar a mão no fogo. Toquei no fogo e me queimei. Logo, o fogo queima. Para Kant, a causa não está nas coisas (fogo), mas na relação que criamos pelo nosso entendimento.
• A coisa para nós: Tudo o que conhecemos no mundo são as coisas para nós. O fenômenos, aquilo que aparece para nós já é filtrado pelas formas da sensibilidade.
• A coisa em si: númeno, coisa pensada, não pode ser percebida pela razão humana.
• Ex: a fotografia de um jantar. • As fotos registram apenas as imagens congeladas, sem o
sabor e o cheiro da comida, sem movimento e degustação.
• O jantar seria a coisa em si, o númeno e a câmera fotográfica é o sujeito com suas formas de conhecer. A imagem é a coisa para nós, o fenômeno como aparece para nós
Crítica à metafísica
• Kant afirma que não é possível conhecer aquilo que ultrapassa a experiência possível.
• O homem não pode provar que deus existe, que a alma é imortal, que o universo é infinito, que o homem é livre.
• Antinomias da razão pura: sempre aparecerá provável uma coisa, como o seu contrário (a existência e a não existência de Deus).
A razão prática• O homem tem necessidade de conhecer questões
existenciais, inerente à própria razão: De onde eu vim? Quem sou eu? O que é o infinito? Qual o sentido da vida?
• No campo prático da razão, ideias como Deus, liberdade, imortalidade devem ser tratadas como conhecimento. Esse é o campo da moral e da religião, onde ele afirma coisas que não se podem provar, são postulados práticos, moralmente necessários. Ex: livrar o homem da angústia causada pela ideia de fim absoluto após a morte.
Vontade legisladora
• Influência do pensamento de Rousseau:• A filosofia deve estar ao lado dos interesses do homem;• Liberdade: Kant acreditava que todos nós nascemos
com a capacidade de julgar o que é certo ou errado, uma lei moral universal e inata.
• Quando fazemos algo, devemos estar certos de que gostaríamos que todas as outras pessoas agissem como nós na mesma situação.
• "Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal."
Filosofia Moral
• Imperativo categórico: é uma obrigação incondicional, ou uma obrigação que temos independentemente da nossa vontade ou desejos.
• Immanuel Kant desenvolveu a filosofia moral em três obras: Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785), Crítica da Razão Prática (1788) e Crítica do Julgamento (1790).
Filosofia do esclarecimento
• Kant define a palavra esclarecimento como a saída do homem de sua menoridade, ou seja, como a incapacidade do homem de fazer uso do seu próprio entendimento.
• Permanecer na menoridade seria a escolha de não pensar, a covardia, a preguiça e o comodismo levariam o homem a permanecer na área de conforto. É cômodo que existam pessoas e objetos que pensem e façam tudo e tomem decisões em nosso lugar. Isso é a menoridade.
Principais obras
• Crítica da razão pura (1781);• Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785);• Fundamentos da metafísica da moral (1785);• Primeiros princípios metafísicos da ciência natural
(1786);• Crítica da razão prática (1788);• A Religião dentro dos limites da mera razão (1793);• A Paz Perpétua (1795);• A Metafísica da Moral (1797).
Bibliografia
• Chalita, G. Vivendo a filosofia: Ensino Médio. Ed Ática, 2011.