Impactos Ambientais Causados Pela Construção de Rodovias

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    IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA CONSTRUO DE RODOVIAS

    Rita Santos Sampaio1 Paulo Csar Raimundo Brito2

    RESUMO: O artigo discute os impactos ambientais gerados na construo de Rodovias, estas causadoras de enormes impactos, desde o planejamento at a sua construo e uso, o que mostra a grande necessidade de identificar esses impactos e adequar a sua construo aos conceitos de conscincia ambiental. A construo de rodovias necessita de licenciamento ambiental por causar alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente. Este procedimento trata de exigncias para a construo, instalao, ampliao e funcionamento de atividades que utilizem recursos ambientais que possam causar poluio ou degradao ambiental, com o objetivo de analisar os impactos definindo medidas corretivas. A partir das pesquisas bibliogrficas e estudos em campo realizados em uma rodovia (Linha Verde-BA-099), concluindo que, apesar da importncia e das tentativas de reduo dos impactos ambientais causados pela construo e uso das rodovias, existe ainda a falta de comprometimento por partes dos rgos responsveis pela fiscalizao da Legislao Ambiental, das empresas construtoras e tambm da populao prvia e posteriormente inserida.

    Palavras chave: Meio Ambiente; Impacto Ambiental; Licenciamento Ambiental; Rodovias.

    INTRODUO Quando o assunto meio ambiente, o mais comum buscar uma associao com a gua, a terra e a diversidade biolgica que nos envolve, nas mais diferentes manifestaes da vida.

    O destino da Humanidade um assunto gerador de grandes debates, pois a relao do homem e do meio ambiente nos remete a repensar no futuro do planeta, com atitudes profissionais conscientes

    Embora se admita que o conhecimento tenha avanado em relao ao prprio conceito de Natureza, da Engenharia e que a viso integrada do Universo necessria, continua-se a enxergar o mundo atravs de forma a separar, radicalmente, o homem da Natureza. A Natureza segmentada de acordo com sua utilidade e, por isso, transformada em coisa. Este processo gera uma mentalidade que entende a natureza como mais um dos objetos de que se pode dispor, artificializando-a. A partir da, a Natureza vista enquanto um produto da ao humana, um produto da tcnica. Este conceito transforma, a tal ponto, o olhar sobre a interao entre o homem e o meio que comea a haver um questionamento acerca dos limites e, conseqentemente, da definio de tais conceitos.

    O meio ambiente, ultimamente, passou a ser preocupao constante de todos, pois a ameaa existente hoje incomoda e faz reagir o instinto de sobrevivncia dos seres vivos.

    1 Concluinte do curso de graduao em Engenharia Civil da UCSal - Universidade Catlica do Salvador. Email: [email protected] 2 Professor Paulo Csar Raimundo Brito graduado em Geologia pela UFBA Universidade Federal da Bahia, Mestre em

    Geocincia da UFBA e Professor do curso de Engenharia Civil da UCSal Universidade Catlica do Salvador. Email: [email protected].

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    A questo ambiental vem sendo considerada como cada vez mais urgente e importante para a Sociedade, inclusive no Brasil, a partir do Evento ECO-92 3, no Rio de Janeiro, pois o futuro da Humanidade depende da relao estabelecida entre a Natureza e o uso, pelo homem, dos recursos naturais disponveis.

    IMPACTO AMBIENTAL

    Segundo a Resoluo CONAMA 01/1986, Impacto Ambiental :

    Segundo a Norma ISO 14001 4, Impacto Ambiental :

    Juridicamente, o conceito de impacto ambiental refere-se exclusivamente aos efeitos da ao humana sobre o meio ambiente. Portanto, fenmenos naturais como tempestades, enchentes, incndios florestais por causa natural, terremotos e outros, apesar de provocarem as alteraes ressaltadas no caracterizam um impacto ambiental.

    TIPOS DE IMPACTOS

    Os principais impactos ao meio ambiente, tanto positivos como negativos, decorrentes da implantao de estradas, podem ser definidos de acordo com as reas de influncia.

    No meio socioeconmico, ocorrem conflitos de ocupao do solo, alteraes nas atividades econmicas das regies por onde a rodovia passa, segurana do trfego, rudo, emisses atmosfricas e desapropriaes que podem afetar a sade humana, uso indevido da faixa de domnio como construes, escavaes e depsito de lixo.

    No meio bitico, h risco de atropelamento de animais, impedimento de intercmbio ecolgico por corte das reas, reduo da cobertura vegetal, incndios nas faixas de domnio e poluio em ambiente aqutico.

    No meio fsico, retirada de solos, instabilidade de taludes, terraplenagem, emprstimos, bota-foras, degradao de reas de canteiro de obras, rebaixamento de lenis fretico e assoreamento de terrenos naturais so os impactos mais comuns.

    3. CLASSIFICAO DOS IMPACTOS

    3 Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro, para buscar meios de conciliar o desenvolvimento scio-econmico com a conservao e proteo dos ecossistemas da Terra. 4 ISO 14001 uma srie de normas desenvolvidas pela Internacional Organization for Standardization (ISO) e que estabelecem diretrizes sobre a rea de gesto ambiental dentro de empresas.

    qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: I - a sade, a segurana e o bem estar da populao; II - as atividades sociais e econmicas; III - a biota; IV - as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; e V - a qualidade dos recursos ambientais.

    qualquer modificao do meio ambiente, adversa ou benfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou servios de uma organizao.

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    Segundo Spadotto (2002), os impactos ambientais podem ser classificados segundo alguns critrios:

    Ordem: diretos ou indiretos;

    Valor: positivo ou negativo;

    Dinmica: temporrio, cclico, permanente;

    Espao: local, regional;

    Tempo: curto, mdio ou a longo prazo;

    Plstica: reversvel ou irreversvel.

    Os impactos, na dimenso ecolgica, tambm podem ser classificados segundo o compartimento afetado: solo, gua, planta e atmosfera.

    CAUSAS DE IMPACTOS AMBIENTAIS

    Para Cunha e Guerra (2000), os impactos ambientais so, na grande maioria, causados pelo avano das novas tecnologias, com o rpido crescimento da populao e as necessidades de novas construes, principalmente de infra-estrutura, pois o crescimento desordenado que vem ocorrendo sem infra-estrutura adequada para receb-lo contribuiu bastante para vrios danos ambientais observados atualmente.

    J Sewell (1978), fala sobre os resduos slidos provenientes de indivduos, municpios e indstrias estabelecidas que representam uma praga visvel e durvel sobre a paisagem. Automveis jogados fora entulham as ruas e campos. O lixo abandonado ao longo das rodovias. E despejos de lixo abertos so usados pelas municipalidades, contrariamente s regras aceitas de sade pblica e esttica, fazendo mal vista e causando odores para os cidados nas vizinhanas. Ele coloca os impactos ambientais como conseqncia de falta de educao ambiental humana, como jogar lixo nas ruas, resduos slidos de obras sem o devido tratamento.

    A RODOVIA

    As rodovias tm como finalidade interligar regies para o transporte de bens e de pessoas. considerada um elemento linear que se estende por vrias regies, e estas apresentam diferentes caractersticas (Geolgicas, Climticas, Econmicas, Sociais, Polticas e Ambientais).

    Pelo lado positivo, as rodovias contribuem com o desenvolvimento socioeconmico das regies por onde passam. Todavia, consequentemente, o impacto ambiental inevitvel na construo ou ampliao de rodovias, bem como a sua manuteno.

    Segundo Costa e Figueiredo (2001), o desenvolvimento rodovirio no Brasil comeou praticamente a partir da dcada de 40, com a criao do Fundo Rodovirio dos Estados e Municpios, pelo Decreto-Lei 2.615 de 21 de setembro de 1940. Todavia, seu progresso foi, a princpio, bastante lento, s aumentando em definitivo aps o Decreto-Lei 8.463, de 27 de dezembro de 1945, conhecido como Lei Joppert, que criou o Fundo Rodovirio Nacional, reorganizou o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem e possibilitou a

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    criao dos Departamentos de Estradas de Rodagem estaduais DERs, a exemplo do existente na Bahia, DERBA Departamento de InfraEstrutura de Transportes da Bahia.

    O histrico dos transportes terrestres, no mundo, ajuda a explicar a importncia do assunto e os problemas envolvidos com a evoluo da construo de estradas. Para execuo e construo de rodovias necessrio que se conhea as tecnologias necessrias para a execuo do projeto e a rea onde ser implantado, para que esta seja ecologicamente correta.

    Costa e Figueiredo (2001), falam ainda que a implantao de uma rodovia, especialmente quando h necessidade de ocupao de grandes reas, pode apresentar impactos ambientais significativos.

    Apesar da otimizao dos sistemas rodovirios encurtar distncias, melhorando o desenvolvimento socioeconmico da regio, a expanso urbana junto com crescimento desordenado gera tambm uma sria consequncia da implantao da estrada, um bom exemplo a Linha Verde (Trecho da BA-099), que aps sua construo foram criadas diversos conjuntos habitacionais, grandes empresas, hotis, destruindo grande parte da Mata Atlntica do local e um aumento de emisses de gases poluentes devido ao intenso fluxo de veculos que circulam, por se tratar de uma rodovia que liga dois estados brasileiros e por estar situada entre praias do litoral baiano.

    A escolha pelo transporte rodovirio traz diversas conseqncias ambientais. Pois o impacto da construo das estradas est associado grande quantidade de gases poluentes liberados pelos automveis (ver Figura 01) e abandono de resduos deixados pela obra.

    PROVVEIS IMPACTOS DA RODOVIA AO MEIO AMBIENTE

    Os impactos ambientais da construo de uma rodovia podem ser:

    Ecolgicos e visuais;

    Relocao ou interrupo de atividades;

    Impactos na qualidade do ar: emisso de gases poluentes;

    Impactos sonoros;

    Impactos na qualidade da gua: contaminao por leo de mquinas e resduos abandonados;

    79,5% Rodovias

    13% Transporte areo

    7% Hidrovias 0,5% Ferrovias

    Figura 01 Emisses de gases poluentes no mundo Fonte: Adaptao de Atlas do meio ambiente, 2008

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    Impactos de construo: corte de reas de proteo;

    Impactos adversos: impactos no mensurveis inicialmente, mas que podem ocorrer aps a construo e incio do uso desde que no sejam obedecidos critrios de segurana.

    A construo de rodovias apresenta inmeros impactos sobre o meio ambiente, como desmatamentos, perda da diversidade biolgica, a alterao do sistema natural de drenagem e a degradao do solo. Esses efeitos ocorrem devido ao abandono das reas lindeiras s rodovias aps a obra, sem o tratamento que deveria ser feito para recuperar as reas degradadas, e tambm sem servios de manuteno das estradas.

    comum ver resduos abandonados ao trmino da construo de uma rodovia como latas, restos de materiais usados na construo, leo de mquinas e tambm os resduos jogados por pessoas no decorrer de estradas: garrafas plsticas, de alumnio, sacos plsticos, dentre outros, jogados nos acostamentos e que adentram nas florestas. sabido que esses materiais para serem degradados completamente demoram dezenas e at centenas de anos, acumulando-se nas florestas modificando o habitat e causando srios impactos ambientais, devido falta de educao da populao e falta de comprometimento dos rgos responsveis pela fiscalizao da populao e empresas que causam danos ambientais.

    Na construo de qualquer rodovia inevitvel que ocorra algum tipo de dano ao Meio Ambiente (MA), por isso, h a necessidade de Compensao das reas degradadas, sendo importante que o senso de preservao inicie junto com qualquer pensamento de mudana do MA.

    Ainda hoje, possvel ver aes que prejudicam o meio ambiente feitas involuntariamente e, s vezes, voluntariamente pelas pessoas. Um exemplo tpico a embalagem de alimentos jogada pela janela do carro. Deix-los jogado na natureza algo extremamente danoso. Uma lata de alumnio ou uma garrafa de Pet podem demorar 500 anos na decomposio. O vidro, muito mais. Alm disso, essa decomposio faz a natureza absorver produtos qumicos e outras substncias sintticas que no faziam parte da sua composio geolgica original, prejudicando solos e lenis freticos. Alm do lixo de quem passa pela rodovia, muitos moradores prximos das rodovias aproveitam as estradas para se livrar de outros lixos de grande volume como entulhos de construes, mveis velhos, pneus. Esses resduos trazem conseqncias nefastas. Em primeiro lugar, pode causar acidentes ao motorista que passa na estrada. Nos canteiros, pode obstruir o fluxo das chuvas. Se houver restos de alimentos, pode atrair animais que cruzam as pistas e so atropelados e, muitas vezes, mortos. Enfim, sempre h conseqncias negativas quando so tomadas essas atitudes.

    IMPACTOS POSITIVOS

    A construo de rodovias apresenta impactos positivos, como a gua canalizada que pode ser utilizada pela populao, a rodovia pode ser utilizada como barreira de incndio, o controle de eroso pode ser melhorado e a interligao da rodovia com vilas, vilarejos com as quais ela cruza traz benefcios socioeconmicos na regio.

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    Alm disso, a construo de rodovias traz facilidade de acesso educao de melhor nvel em outras localidades, acesso rede de sade hospitalar, desenvolvimento do comrcio, agricultura e indstria, aumenta o nvel de emprego, entre outros.

    IMPACTOS NEGATIVOS

    Apesar dos inmeros impactos positivos, os impactos negativos so considerados os mais preocupantes devido aos grandes problemas que vem causando.

    Os impactos negativos conseqentes da construo de uma rodovia so complexos e dificilmente conseguem ser quantificados, estes devem ser monitorados constantemente, pois, caso se tornem significativos, devem ser mitigados, pois os riscos de acidentes naturais ou antrpicos, tornam-se grandes e preocupantes.

    Alm disso, existem ainda os efeitos regionais como mudanas nas condies de vida das reas afetadas. Essas mudanas dependem do potencial de desenvolvimento da regio, alguns exemplos so os movimentos migratrios, crescimento descontrolado da populao, etc.

    Outros exemplos de impactos negativos causados so os impactos localizados como:

    Efeitos na aparncia da paisagem

    Impactos causados por estradas que cortam ecossistemas, como florestas e matas ciliares existentes e mudanas no micro clima

    Demanda de espao fsico (corte e aterro) Eroso e mudanas na estrutura do solo

    Efeitos no balano hdrico

    Efeitos em locais povoados e cidades

    Impactos nocivos da falta de manuteno

    Remoo de vegetao e danos a fauna

    Dentre os danos causados fauna, o mais preocupante o atropelamento e mudanas na vida dos animais, como por exemplo, retirada da vegetao das margens que inibe a presena da fauna, regulao do transporte de gros por aves, rpteis e mamferos, material reflectante e inibidor colocados s margens da rodovia.

    As melhores solues para esses problemas seriam: a construo de tneis para animais ou para trfego em reas de maior risco, conhecidos como faunodutos; reduo da velocidade de circulao com sonorizadores, impedimento temporrio (perodos de reproduo) com desvios por rotas alternativas; sinais indicadores de reas de maior proteo/cuidado; construes de valas ou barreiras nas estradas como grades metlicas, cordes de vegetao, impedindo a passagem de animais, em reas crticas; transporte direto de animais e criao de habitats para translocao de espcies.

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    Alm disso, conscientizao pblica, educao ambiental, realizao de campanhas na imprensa, moderao da velocidade, cumprimento dos sinais de advertncia, utilizao de transportes alternativos, retirada dos cadveres da pista, impedindo a aproximao de outros animais e reflorestamento das reas degradadas, dentre outras solues, podem ser tomadas como meios de evitar danos significativos a fauna na regio por onde a rodovia passa.

    Essas medidas, mesmo representando custos adicionais, so vistas pela Sociedade como uma compensao pelo dano ao meio ambiente, pois minimizam problemas para as obras e algumas delas influenciam diretamente na segurana da rodovia.

    AVALIAO DE IMPACTOS

    Conforme se pode encontrar em Spadotto (2002), a avaliao de impactos ambientais um instrumento de poltica ambiental, formado por alguns procedimentos, podendo assegurar, desde o inicio da obra, que se faa uma analise dos impactos que podero surgir buscando alternativas.

    No Brasil, a Constituio Federal de 5 de outubro de 1988, Captulo VI, do Meio Ambiente, Art. 225. 1., item IV exige, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental...

    Os mtodos de avaliao dos impactos ambientais so instrumentos utilizados para coletar, analisar, avaliar, comparar e organizar informaes qualitativas e quantitativas sobre os impactos ambientais originados da atividade modificadora do meio ambiente, e no enfoque deste trabalho, a construo de rodovias.

    Para que o empreendimento impactante venha a ser implantado conforme a Legislao Brasileira faz-se necessrio o Licenciamento Ambiental que autoriza a construo do empreendimento e expedido pelo rgo ambientalista (municipal, estadual e/ou federal) afeto rea envolvida.

    Os principais documentos empregados em Processo de Licenciamento Ambiental, no Brasil, so o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e RIMA (Relatrio de Impacto Ambiental), sendo estes instrumentos importantes para a aplicao dos princpios de desenvolvimento sustentvel e da preveno (ver Figura 02).

    O EIA uma avaliao preliminar, necessria para realizao de qualquer obra ou atividade que possam ser impactantes, e visa diagnosticar a viabilidade de sua realizao, com a finalidade de evitar danos ou, pelo menos, compensar os problemas ambientais que possam decorrer da obra.

    O RIMA, realizado aps o EIA, nele apresentada a concluso do estudo, em linguagem acessvel, para facilitar a anlise por parte do pblico interessado

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    As discusses acerca da importncia dos EIA/RIMA levam a uma importante concluso: que preciso conhecer em profundidade as reas que podero ser atingidas, para que as decises sobre os traados, tecnologias de construo e limite de trfego, possam ser tomadas com propriedade.

    Os citados EIA/RIMA precedem ao Licenciamento Ambiental, sendo este exigido em qualquer obra e previsto no Artigo 10 da Lei 6938/81 de Poltica Nacional do Meio Ambiente.

    O Licenciamento Ambiental um procedimento administrativo pelo qual o rgo ambiental competente licencia a localizao, instalao, ampliao e a operao de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental. (Resoluo CONAMA 237/97 Conselho Nacional do Meio Ambiente)

    Fica entendido que Licenciamento Ambiental trata de exigncias para a construo, instalao, ampliao e funcionamento de obras ou atividades que utilizem recursos ambientais que possam causar poluio ou degradao ambiental.

    Recentemente, com todos esses problemas de aquecimento global e degradao do meio ambiente que vem preocupando consideravelmente, estradas so construdas colocando o conceito da conscincia ambiental em primeiro plano, desde o projeto at a manuteno. Essas estradas so projetadas no somente para oferecer segurana e conforto aos usurios, mas tambm, para minimizar os impactos de sua construo ao meio ambiente.

    Atualmente, essas chamadas Estradas Ecolgicas esto mais comuns no Brasil. Mas, desde 1986, preciso obter autorizao do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) antes de construir qualquer rodovia no Brasil.

    Mas h problemas com estradas ditas ecolgicas, como o caso da Linha Verde inaugurada na dcada de 1990 construda para ligar Salvador, na Bahia, a Aracaju em Sergipe, passando por praias do litoral do nordeste. Construda e administrada pelo Governo da Bahia, a rodovia colocou em risco rea de Proteo Ambiental (APA) ao longo do seu trajeto e prejudicou a subsistncia das comunidades vizinhas. E para garantir a sustentabilidade existe um preo, por isso, a grande maioria das estradas ecolgicas so pedagiadas, ou seja, cobram valor significativo para ida e volta de veculos transeuntes.

    Figura 02 Diretrizes para elaborao do EIA e RIMA Fonte:www.grupoescolar.com

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    Uma forma de minimizar os impactos ambientais promover o florestamento das reas lindeiras s rodovias, tendo em vista o papel da cobertura vegetal no controle do fluxo de gua e da eroso do solo, na manuteno da diversidade biolgica e na integrao da rodovia paisagem local. A manuteno de vegetao nas reas adjacentes s estradas tambm colabora significativamente para a segurana do trnsito evitando deslizamentos e abertura de buracos.

    A determinao legal do poder pblico de promover o florestamento dessas reas fundamental para que essa ao seja incorporada ao planejamento da construo de estradas e expanso do sistema virio brasileiro. Essas medidas reduzem os gastos pblicos com recuperao de rodovias, bem como, aumentam as condies de segurana e conforto nas estradas.

    Assim, como est percebido, os impactos ambientais causados pela construo de uma rodovia podem ainda gerar srias conseqncias prejudiciais como a perda de terras agricultveis poludas com leo e outros resduos originados das mquinas e do canteiro de obra, o aumento do desmatamento pela migrao da populao para reas nas proximidades da estrada, eroso do solo com possveis deslizamentos de terra, transmisso de doena com a contaminao da gua e do solo dentre outras conseqncias que estes impactos causam populao, fauna e flora.

    Portanto, para Moliterno (2008), existem razes suficientes para a Sociedade se precaver quanto aos efeitos ambientais decorrentes da construo de uma rodovia. Fossem os impactos de menor alcance, obras civis de rodovias no seriam includas na Resoluo CONAMA 237/97, como necessrias de licenas ambientais.

    ESTUDO DE CASO: LINHA VERDE (TRECHO DA BA-099) A BA-099 uma rodovia estadual da Bahia, que liga a cidade de Lauro de Freitas (na Regio Metropolitana de Salvador) s praias do Litoral Norte do estado, terminando na divisa da Bahia com Sergipe.

    A rodovia est informalmente dividida em Estrada do Coco: trecho inicial que vai do Aeroporto Internacional de Salvador at a Praia do Forte, e Linha Verde: trecho que vai da Praia do Forte, no municpio de Mata de So Joo, at Mangue Seco, em Jandara, no limite com Sergipe (ver Figura 03).

    A rodovia, aps construo em 1994, foi privatizada, e a concesso dada CLN (Concessionria Litoral Norte). A empresa promoveu sua duplicao, com a ajuda do Governo Federal e Estadual. Algumas das principais obras realizadas

    Figura 03 Mapa extenso da BA-099 Fonte: Guia do Litoral

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    foram a ponte sobre o Rio Joanes e os equipamentos de sinalizao do pedgio, construdo na altura do acesso para a cidade de Camaari.

    atravs dessa rodovia, tecnicamente muito bem construda em projeto de rodovia asfltica, que se tem acesso aos pontos tursticos da Costa dos Coqueiros, entre elas esto Arembepe, Praia do Forte, Imbassa, Porto de Saupe, Massarandupi, Subama, Baixio, Barra do Itariri, Stio do Conde, Costa Azul, Itacimirim, Guarajuba e Saupe. Alm de dar acesso s belas praias e outros recantos da Natureza, o nome se refere ao fato de a rodovia ter sido uma das primeiras no Pas construda a partir de estudos de impacto ambiental, conhecida como Estrada Ecolgica.

    Essas estradas so projetadas no somente para oferecer segurana e conforto aos usurios, mas tambm para minimizar os impactos de sua construo ao meio ambiente.

    Segundo Capelas, para uma rodovia ser considerada ecolgica precisa preservar a flora e a fauna da regio, protegendo os mananciais, respeitando as comunidades que vivem ao longo dele e at utilizar matria prima reciclada na construo. H dezenas de estradas brasileiras com iniciativas que vo desde a utilizao de asfalto produzido com borracha at a preocupao com a construo de passagem para os animais, os faunodutos.

    Como possvel ver na Figura 04, na Linha Verde, no existem protees contra a passagem de animais para a pista, colocando em risco a vida dos animais e da populao transeunte.

    Alm disso, outros conceitos de Estrada ecolgica no so observados na Linha Verde, como, por exemplo, reposio da vegetao dos taludes retirados para corte da rodovia, locais adequados para destino de lixos e resduos slidos, problemas estes que pode ser observados e ilustrados pelas Figuras a seguir, obtidas at o km 58 da Linha Verde, no municpio de Mata de So Joo.

    A implantao de cobertura vegetal nos taludes um meio de minimizar os impactos causados pelo corte de terra, essa reposio de vegetao feita por meio de plantio de

    Figura 04 Linha Verde: Ausncia de telas de proteo, ou faunodutos. Obtida no Km 84 em 18/11/2009

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    espcies botnicas gramneas, podendo esse plantio ser realizado por revestimento com grama em placas, ou por jateamento das sementes que germinaro nos taludes. Este procedimento impede o surgimento de processos erosivos pela ao de guas pluviais, processo este que pode ser visto na Figura 05.

    Os lixos e resduos abandonados na pista, mostrados pelas Figuras 06 e 07, causam impactos ao Meio Ambiente, esses formam um conjunto de efeitos deteriorantes do meio local, como comprometimento da paisagem, do trfego de pedestres e animais, multiplicao de vetores de doenas. Esses fatos mostram tambm a falta de responsabilidade da populao usuria das rodovias e a falta de fiscalizao do cumprimento das leis ambientais por parte do Estado.

    Figura 05 Eroso do solo dos taludes sem vegetao. Obtida no Km 60 em 18/11/2009

    Figura 06 Lixo abandonado na pista. Obtida no Km 29 em 18/11/2009

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    Entre os impactos ambientais negativos, que podem ser originados a partir do lixo urbano produzido, esto os efeitos decorrentes da prtica de disposio inadequada de resduos slidos s margens das rodovias. Essas prticas habituais podem provocar, entre outras coisas, contaminao de corpos dgua, assoreamento, enchentes, proliferao de vetores transmissores de doenas, tais como ces, gatos, ratos, baratas, moscas, vermes, entre outros. Some-se a isso a poluio visual, mau cheiro e principalmente contaminao do Meio Ambiente.

    Mas, como j citado anteriormente, h muitos problemas com algumas estradas ditas ecolgicas, como o caso Linha Verde, definida pelo rgo ambientalista estadual IMA Instituto do Meio Ambiente , pois a rodovia colocou em risco a rea de Proteo Ambiental Litoral Norte (APA/LN), ao longo do seu trajeto.

    Considerando que a implantao da Linha Verde acarretaria relevantes impactos ambientais nos ecossistemas locais e modificaes importantes no contexto scio-econmico e cultural da regio, o Governo do Estado criou, em 1992, a rea de Proteo Ambiental do Litoral Norte (APA/LN), como instrumento da Poltica Nacional de Meio Ambiente adequado para o ordenamento ecolgico-econmico desta poro litornea.

    A APA do Litoral Norte compreende uma faixa litornea com 10 km de largura e 142 km de extenso, ao longo da Linha Verde. Com 142.000 ha, abrange pores territoriais dos municpios de Mata de So Joo, Entre Rios, Esplanada, Conde e Jandara, contemplando cenrios de rara beleza.

    A APA/LN apresenta uma rica variedade de ecossistemas e paisagens naturais, em que se destacam: remanescentes de Mata Atlntica, matas ciliares, restingas, dunas, praias, recifes coralneos, reas midas (brejos e lagoas) e manguezais em seis esturios.

    Os principais conflitos ambientais nessa rea so: ocupao desordenada do solo, falta de saneamento bsico, impactos ambientais causados por reas de plantao de pinus e

    Figura 07 Resduos de construo sem o devido destino. Obtida no Km 36 em 18/11/2009

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    eucalipto, intensificao indiscriminada da pecuria, pesca predatria e degradao dos manguezais, turismo predatrio nos distritos litorneos.

    Segundo Diniz (2007), as reas de preservao das tartarugas marinhas do Projeto Tamar, da PETROBRS, so as mesmas ocupadas pelo Ecoresort Praia do Forte, Iberostar, Reserva Imbassa, Reta Atlntica e o Complexo Turstico Saupe, construdos aps a implantao da rodovia. Esses empreendimentos, alm de ocuparem as reas de desova das tartarugas, ao serem instalados, chocam-se com as populaes tradicionais que vo perdendo cada vez mais os seus espaos e recursos naturais para a sua sobrevivncia. Esses empreendimentos nacionais e internacionais promovem maior degradao ambiental que as comunidades tradicionais, que passam a encarar os recursos naturais da rea como perdidos para suas populaes.

    Um dos maiores e preocupantes impactos causados pela construo da Linha Verde foi a conseqente construo de hotis e reas tursticas, como foi o caso do Iberostar, que com a construo da rede de hotis causou danos ao ecossistema e populao existente no local e, como mostra a Figura 08, obras ao longo da rodovia ainda so constantes.

    Mas, em 2004, a obra do complexo hoteleiro Iberostar no foi aceita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), pois este mantm na mesma rea o Projeto Tamar, de proteo s tartarugas. O Ibama exigiu uma readequao do projeto original, depois de concluir que, da forma e no espao que foi concebido, a construo iria afetar gravemente o j ameaado processo de desova das tartarugas.

    Mas, apesar das restries, o Complexo Hoteleiro Iberostar e muitos outros hotis construdos a margem da Linha Verde causaram impactos ao meio ambiente, afetando principalmente a populao local.

    Figura 08 Construes e conseqente desmatamento nas reas lindeiras rodovia. Obtida no Km 54 em 18/11/2009

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    E assim, o principal problema causado populao foi que, a lagoa utilizada pela comunidade de Campinas de Au da Torre, logo aps Praia do Forte, em Mata de So Joo, a 60 km de Salvador, ficou contaminada com dejetos sanitrios vindos do alojamento dos funcionrios da construo do Complexo Hoteleiro Iberostar. Segundo moradores, ...alm de exalar forte mau cheiro, a lagoa apresenta uma crosta verde na superfcie, cuja espessura chega a lembrar um gramado. (Fonte: A tarde, 24 de maro de 2006).

    Os moradores contam que alm da poluio das guas pela construo de Resorts ao longo da rodovia, a abertura da Linha Verde secou muitas nascentes diminuindo a gua que abastecia a comunidade, isso devido ao assoreamento dos crregos devido as eroses dos taludes que se encontram sem proteo vegetal e dos bota-foras.

    A Lei de Crimes Ambientais 9605/98, em seu Artigo 54, tipifica como crime ambiental:

    As estradas ecolgicas, a exemplo a Linha Verde, com sua funo de minimizar os impactos ao meio ambiente, causando o menor nmero e intensidade de impactos possveis no tem cumprido este papel. Sendo comuns os problemas j citados anteriormente, ao longo da rodovia, evidenciando tambm o descuido por parte dos construtores, dos responsveis pela fiscalizao e tambm pela populao transeunte. Mas esses impactos, muitas vezes, no so visveis para quem trafega pela regio, em alguns trechos da rodovia, como o trecho ilustrado pela Figura 09.

    causar poluio de qualquer natureza em nveis tais que resultem ou possam resultar em danos sade humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruio significativa da flora.

    Figura 09 Trecho genuinamente ecolgico da Linha Verde, no mbito da APA Litoral Norte. Obtida no Km 80 em 18/11/2009

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    METODOLOGIA

    A elaborao do trabalho, sobre o tema abordado no Artigo, foi feita, primeiramente, com leitura e anlise documental a partir de pesquisas exploratrias bibliogrficas, essa leitura reflexiva do material adequado para atingir o objetivo da pesquisa, foi feita buscando entender e dominar melhor o assunto a ser estudado para assim o trabalho comear a ser escrito.

    Alm das pesquisas bibliogrficas foram feitas coletas de informaes no local utilizado como estudo de caso, Linha Verde (BA-099), construda como Estrada Ecolgica e que causou danos considerveis ao meio ambiente e conseqentes problemas populao local.

    Em visitas ao local estudado, foram feitas observaes em campo, com o objetivo de identificar os danos causados ao meio ambiente nas reas prximas construo dessa rodovia, buscando assim fazer referncia ao que acontece com a maioria das rodovias construdas sem os devidos cuidados ao ambiente.

    Aps a coleta de dados foram relacionadas as pesquisas bibliogrficas estudadas com a visita em campo para adequar os dados obtidos com os dois instrumentos de coleta de dados, assim foi possvel estabelecer um conceito e classificao de impactos ambientais mais comuns causados pela construo de uma rodovia e que, por pequenas aes podem ser evitados, alcanando o objetivo desse estudo.

    CONSIDERAES FINAIS

    Sabemos, historicamente, que as estradas, inclusive as rodovias, simbolizam o progresso social e econmico da populao, por interligar regies dando fcil acesso ao crescimento social e econmico das regies por onde a rodovia passa.

    Notamos que o caso da Linha Verde (Trecho da BA-099), assunto enfocado nesse artigo, apesar de muito bem elaborada em termos de projeto rodovirio, causou e, consequentemente, vem causando danos ao meio ambiente e populao local.

    Apesar de ser de extrema importncia para o desenvolvimento da regio, s rodovias devem ser projetadas e executadas colocando o conceito de conscincia ambiental sempre em primeiro lugar, garantindo assim que impactos ambientais negativos ao meio ambiente e, consequentemente, populao prvia e posteriormente inserida que vive margens da rodovia, sejam evitados. Muitas rodovias, no Brasil, j esto sendo construdas como Estradas Ecolgicas, mas no sempre que os conceitos ecologicamente corretos so levados em considerao. Esse um dos principais problemas que o meio ambiente vem enfrentando com o desenvolvimento do pas, pois a construo de rodovias sem dvidas um grande progresso para as regies beneficiadas.

    A existncia de passivos ambientais 5 ocorre principalmente em rodovias antigas, implantadas h mais de 20 anos atrs, quando ainda no existia a conscincia ecolgica e

    5 Passivos ambientais so conjuntos das degradaes constitudo por externalidades geradas pela existncia da rodovia

    sobre terceiros e por terceiros sobre a rodovia.

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    as cincias ambientais, como a Engenharia ambiental, eram pouco difundidas e possuam pouca prtica nessa rea.

    Atualmente a rea ambiental est em avano, isso principalmente devido ao surgimento de legislao, profissionais tcnicos e literatura especializada no assunto. Os avanos no tratamento ambiental de rodovias tambm esto relacionados incorporao da varivel ambiental na rotina de trabalho dos rgos rodovirios, maior fiscalizao dos rgos ambientais competentes, difuso de manuais tcnicos contendo instrues ambientais para projetos e obras rodovirias, avaliao econmica das medidas de controle ambiental e quantificao dos custos ambientais de projetos, da implantao, e da manuteno de rodovias e progressiva implantao de programas de recuperao do passivo ambiental em diversas rodovias do pas.

    Para acabar com um passivo ambiental necessrio um investimento financeiro, que muitas vezes no trar nenhum benefcio a no ser o ambiental, assim, ocorre frequentemente de ningum querer assumir essa responsabilidade. Mas os agentes degradadores deviam assumir sua responsabilidade social, pois ainda que os investimentos na rea ambiental, e, portanto, o reconhecimento de seus passivos ambientais possa gerar custos diretos, com certeza em perodos futuros eles traro benefcios, j que evitaro multas e todas as demais formas de penalidades, contribuiro para a reduo de custos, para a melhoria da imagem da empresa perante a sociedade e principalmente para minimizar os impactos ambientais causados pela construo de rodovias.

    REFERNCIAS

    BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resoluo CONAMA: 237/97.

    BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resoluo CONAMA: 01/86

    BRASIL. Lei 6938/81 - Poltica Nacional de meio ambiente.

    CAPELAS, Afonso. Estradas que colocam o conceito da conscincia ambiental em primeiro plano, desde o projeto at a manuteno. Disponvel em: . Acesso em: 19 maio 2009.

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    CUNHA, Sandra Baptista e GUERRA, Antonio Jose T. Avaliao e percia ambiental. 2 ed Rio de janeiro: Bertrand Brasil. 2000.

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    DINIZ, Edite Luiz. Tapera, Pau Grande e Barreiro: uma geohistria de resistncia de comunidades tradicionais, no Litoral Norte da Bahia. Dissertao de mestrado, 2007. 168 f.: il.

    JORNAL A TARDE. Salvador, Bahia: 24 mar. 2006.

    MOLITERNO, Marcos. Licenas Ambientais para a expanso da malha rodoviria, 2008. Disponvel em: Acesso em: 07 mar. 09.

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