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Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde Oficina 1 Redes de Atenção à Saúde Guia do Tutor/Facilitador Belo Horizonte, 2008.

Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária à … · Michael Andrade Molinari Coordenador de Educação Continuada - SEDU/ESP-MG ... veículos para transporte das equipes

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Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais

Implantação do Plano Diretorda Atenção Primária à Saúde

Oficina 1

Redes de Atenção à Saúde

Guia do Tutor/Facilitador

Belo Horizonte, 2008.

Escola de Saúde Pública do Estado de Minas GeraisAv. Augusto de Lima, 2.061 - Barro Preto - BH - MG CEP: 30190-002 - www.esp.mg.gov.br

Rubensmidt Ramos RianiDiretor Geral da Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais

Tammy Angelina Claret MonteiroSuperintendente de Educação da ESP-MG

Onofre Ricardo de Almeida MarquesSuperintendente de Pesquisa ESP-MG

Adilson Meireles PachecoSuperintendente de Planejamento, Gestão e Finanças ESP-MG

Geraldo Ernesto FisherCoordenador de Educação Profissional - SEDU/ESP-MG

Patricia FalcãoCoordenadora de Educação Superior - SEDU/ESP-MG

Michael Andrade MolinariCoordenador de Educação Continuada - SEDU/ESP-MG

Patrícia da Conceição ParreirasCoordenadora do Núcleo de Gestão Pedagógica SEDU/ESP-MG

Thiago Augusto Campos HortaCoordenador do Núcleo de Planejamento em Educação para Saúde - SEDU/ESP-MG

Revisão Técnico-Pedagógica:Agda Soares MartinsCláudia Tavares do AmaralConceição Aparecida GonçalvesPatrícia da Conceição ParreirasThiago Augusto Campos HortaWagner Fulgêncio Elias

Editora Responsável: Adriana Santos

Capa: Fred Lima

Diagramação e Impressão: Gráfica Expressa

Secretaria de Estado de Saúde de Minas GeraisRua Sapucaí, 429 – CEP: 30150-050 – Belo Horizonte-MGwww.saude.mg.gov.br

Elaboração do Plano Diretor da Atenção Primária à saúde

Eugênio Vilaça MendesConsultor da Secretaria de Estado de Saúde

Maria Emi ShimazakiConsultora Técnica

Marco Antônio Bragança de MatosSuperintendente de Atenção à Saúde

Denise Figueiredo MedradoTécnica da Gerência de Atenção Primária à Saúde

Fernando Antônio Gomes LelesEmpreendedor PúblicoGerente Adjunto do Projeto Estruturador Saúde em Casa

Ignez Helena Oliva Perpétuo Profa. Associada UFMG - CEDEPLARDepartamento de Demografia

Laura Lídia Rodrigues WongProfa. Associada UFMG - CEDEPLARDepartamento de Demografia

Luciana Maria de MoraesTécnica da Assessoria de Normalização

Maria Rizoneide Negreiros de Araújo Gerente de Atenção Primária à Saúde

Marli Nacif de SousaTécnica da Gerência de Atenção Primária à Saúde

Wagner Fulgêncio EliasTécnico da Assessoria de Normalização

I34 IMPLANTAÇÃO do Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde: Redes de Atenção à Saúde/ Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais - Belo Horizonte: ESPMG, 2008.

Conteúdo: Oficina I - Redes de Atenção à SaúdeGuia do Participante

1.Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde - Implantação 2.Redes de Atenção à Saúde3.Atenção Primária à Saúde I. Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais

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AGRADECIMENTOS

ÀSecretariaMunicipaldeItabiraeatodososprofissionaisdaAtençãoPrimáriadessemunicípiopelacolaboraçãonavalidaçãodestePlanoDiretordaAtençãoPrimáriaàSaúde,pormeiodopilotorealizadonasUnidadesdeSaúdedoProgramadeSaúdedaFamília. ÀsSecretariasMunicipaisdetodososmunicípiosdasmicrorregiõesdeMontesClaros-BocaiúvaeJanaúba-MonteAzuledomunicípiodeUberlândia,bemcomoaosprofissionaisdaAtençãoPrimáriadessesmunicípios,ondefoirealizadaaprimeirafasedeimplantaçãodoPlanoDiretordaAtençãoPrimáriaàSaúde.

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APRESENTAÇÃO

OsprojetosprioritáriosqueestãosendoimplantadosemtodooestadopelaSecretariadeEstadodeSaúdedeMinasGeraistemumgrandeobjetivo,estabelecido no modelo de gestão estratégica do Governo, o “Estado paraResultados”:avidasaudávelparatodaapopulaçãomineira,comoumbenefíciodiretoeclaramenteperceptível. Estesprojetossearticulamentresiparapossibilitarodesenvolvimentodaestratégiamaior,aconstruçãoderedesdeatençãoàsaúdenosterritóriossanitários,capazdeidentificaranecessidadedesaúdedapopulaçãoadscritaedeprestarumaassistênciacontínuaeintegral. Assim,osprojetosSaúdeemCasa,Pro-Hosp,SUSFácil,TransporteemSaúde,FarmáciadeMinaseGestãoRegionaldoSUS,entreoutros,estãofortalecendoamalhadepontosdeatençãoeimplantandosistemasdeapoio,logísticos e de governança para as redes prioritárias Viva Vida, Urgência eEmergência,HiperDiaeMaisVida,querepresentamumarespostaconsistenteedequalidadeparaamulherecriança,paraocidadãoemsituaçãodeurgência,para o usuário com doenças cardiovasculares e diabetes e para o idoso,respectivamente. Alémdisso,umamploprojetode inovaçãotecnológicadaráqualidadee agilidade na assistência: o Prontuário Eletrônico de Saúde da Família, oSistemaInformatizadodeAcolhimentoeClassificaçãodeRiscoemUrgênciaeEmergência,oCallCentereaTelemedicina. O Saúde em Casa pode ser considerado âncora deste conjunto deprojetos,porseuobjetivoprimordialde fortalecimentodaAtençãoPrimáriaàSaúde.Através dele, já foi ultrapassadaamarcade 3.500equipes dePSF,construídasquase800unidadesbásicasdesaúde,distribuídoscercade860veículosparatransportedasequipesdesaúdeemensalmenterepassadoumincentivo financeiro para as equipes de todos os municípios, melhorando aestruturaeascondiçõesdetrabalho. Agora, com o Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde, quer-seagregarqualidadeàsaçõesdesaúdequebeneficiamapopulação.Trata-sedeumconjuntodedezoficinasdecapacitaçãodosprofissionaisdasequipesdesaúde,comimplantaçãodelinhas-guiasdeatençãoàsaúdeedeinstrumentosdediagnósticodasituaçãodesaúde,programaçãoemonitoramentodeações,alémdeoutrosinstrumentosdegestão. Seráimplantadoatravésdeumacooperaçãotécnico-educacionalentreaEscoladeSaúdePúblicadeMinasGerais(ESP-MG)eaUniversidadeEstadualdeMontesClaros–UNIMONTES-,aUniversidadeFederaldeJuizdeFora–UFJF - eUniversidadeFederal deUberlândia –UFU -, alcançando nestaprimeiraetapa484municípiosdenovemacrorregiõesdoEstado. Éumprojetoinovadoreaudacioso,comoqualqueremoscumprironossocompromissodeproporcionarumavidasaudávelacadaumdosmineiros.

MarcusViníciusCaetanoPestanadaSilvaSecretáriodeEstadodeSaúdeeGestordoSUSdeMinasGerais

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SUMÁRIO

PARTE 1: Plano Diretor da Atenção primária à Saúde....................................9INTRODUÇÃO.....................................................................................................111.AESTRATÉGIADEIMPLANTAÇÃODOSAÚDEEMCASA:OPLANODIRETORDAATENÇÃOPRIMÁRIAÀSAÚDE................................131.1.ASITUAÇÃODESAÚDEEMMINASGERAIS...........................................131.2.ASITUAÇÃODAATENÇÃOPRIMÁRIAÀSAÚDEEMMINASGERAIS....131.3.OPLANODIRETORDAATENÇÃOPRIMÁRIAÀSAÚDEEMMINAS GERAIS.............................................................................................................. 152.AOPERACIONALIZAÇÃODOPLANODIRETORDAATENÇÃOPRIMÁRIAÀSAÚDE–FASEII..............................................................................................172.1.OBJETIVOGERAL......................................................................................172.2.OBJETIVOSESPECÍFICOS.......................................................................182.3.ESTRATÉGIAS............................................................................................182.3.1.AparceriacomUniversidades..................................................................182.3.2.OpapeldasGerênciasRegionaisdeSaúde-GRS.................................192.3.3.OsFacilitadoresdasoficinasdeimplantaçãoPD/APS............................212.3.4.OsParticipantesdasoficinasdeimplantaçãodoPD/APS.......................222.3.5.AComissãoCoordenadoraMicrorregionaldoPD/APS............................222.3.6.Asoficinas:................................................................................................232.3.7.AinstitucionalizaçãodoPD/APS..............................................................282.3.8.AMetodologiaPedagógicautilizadaparaasOficinasdeimplantação doPD/APS..........................................................................................................292.3.8.1.OCurrículoIntegradocomoCaminhoMetodológico............................293.ORIENTAÇõESOPERACIONAISPARAOTUTOR/FACILITADOR...........33

PARTE 2: As Redes de Atenção primária à Saúde....................................351.OBJETIVOSDAAPRENDIZAGEM................................................................372.PLANODEESTUDOEPROGRAMAÇÃO....................................................371° Dia ................................................................................................................412° Dia ................................................................................................................63MaterialdeApoio(Slides)...................................................................................117

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Parte 1Plano Diretor

da Atenção Primária à Saúde

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INTRODUÇÃO

O atual sistema de saúde no nosso estado, salvo exceções, aindacaracteriza-seporumsistema fragmentadodeatençãoàsaúde,voltadoparaascondiçõesagudas,comAtençãoPrimáriaàSaúdedebaixaresolubilidadeequalidade. Tal afirmação pode ser evidenciada pelas longas filas de espera nasunidadesbásicasdesaúde,pronto-atendimentosepronto-socorrosporurgênciasnãorespondidas,poucaênfasenocuidadodascondiçõescrônicaseumnúmerosignificativodeinternamentossensíveisàscondiçõesambulatoriais. Paraoenfrentamentodosproblemasdesaúdequeafligemapopulação,aSecretariadeEstadodaSaúdedeMinasGeraisaceitouodesafiodesedeslocarparamaispróximodoscidadãos-ouseja,ondeaspessoasvivem–eemparceriaconstruirumnovocaminhoqueiniciacomumplanejamentolocal–feitocomosprofissionaisnos seus territóriosdeatuaçãoe responsabilidadedosgestores,nosseusmunicípios. OPlanoDiretor daAtençãoPrimária àSaúde se caracteriza comoumesforçoconjuntodeprofissionais,gestoresecidadãosnofortalecimentodaAtençãoPrimária à Saúde, através do planejamento, organização, operacionalizaçãoe monitoramento de ações que visam resultados concretos na melhoria dosindicadoresdesaúde,naqualidadeenaresolubilidadedaassistênciaàsaúde. Como estratégia educacional para a sua implantação, o Plano DiretordaAtençãoPrimáriaàSaúdeconta comumconjuntode10oficinasque sãorealizadasnosmunicípiosemicrorregiõesetemcomopúblico-alvo,profissionaisqueatuamnaAtençãoPrimáriaegestoresdesaúde. Nãosetratadetreinamentotradicional,massimdeoficinasconstituídasdeperíodosdeconcentraçãoededispersão.Osperíodosdeconcentraçãosãopresenciais – paraaquisiçãode conhecimentose habilidades - e a dispersão– para aplicação prática dos conteúdos assimilados - ocorre no território deresponsabilidadedaequipedesaúde. EstaprimeiraoficinanosdáavisãodasfunçõesdaAtençãoPrimáriaàSaúde-decoordenação,deresponsabilizaçãoederesoluçãodosproblemasdesaúde–edoseupapelfundamentaldamudançademodelodeatençãoàsaúde:aorganizaçãodasredesdeatençãoàsaúde,voltadatantoparaascondiçõesagudasequantoparaascrônicas.

AEquipedeElaboração

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1. A ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DO SAÚDE EM CASA: O PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - PD/APS1.

1.1. A SITUAÇÃO DE SAÚDE EM MINAS GERAIS

A análise situacional da saúde em Minas Geraismostra uma população num processo de envelhecimentomuitorápido.Em2006,9%dapopulaçãomineira,1.800.000habitantes,eracompostaporpessoasdemaisde60anos;em 2025, esse percentual será de aproximadamente 15%.Esseincrementoaceleradodosidosostemduasimplicaçõesprincipais:oaumentodoscustosdosistemapúblicodesaúdeeoincrementodasdoençascrônicas. Além disso, uma analise epidemiológica, realizadaatravésdoestudodacargadasdoençasmostraqueelasecompõede:15%pordoenças infecciosas, 10%por causasexternas,9%porcondiçõesmaternasouperinataise66%pordoenças crônicas. Essa situação epidemiológica é definidacomo de dupla carga das doenças porque, de um lado,persistemasdoenças infecciosase,deoutro,háuma fortepredominância relativa das condições crônicas que já sãoresponsáveispor2/3dacargadasdoençasnoestado. Umasituaçãodesaúdecaracterizadapeladuplacargadadoençaexige,comorespostaconseqüente,aestruturaçãodosistemadesaúdesobaformaderedesdeatençãocomumcentrodecomunicaçãonaatençãoprimáriaàsaúde. Essa é a razão pela qual o Plano de Governo deMinas Gerais, para o período de 2007 a 2010, coloca,como prioridades, a implantação das redes de atenção àsmulhereseàscrianças(VivaVida),deatençãoàsurgênciaseemergências,deatençãoàsdoençasdoaparelhocirculatórioe diabetes (Hiperdia) e de atenção aos idosos (MaisVida).E como um dos projetos estruturantes, organizador dessasredestemáticas,oSaúdeemCasa,cujoobjetivoémelhoraraqualidadedaatençãoprimáriaàsaúdenoestado.

1.2. A SITUAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MINAS GERAIS

A política da atenção primária à saúde em MinasGeraisvemsendoimplantadaatravésdoProgramadeSaúdedaFamília(PSF).Em2006oestadotinha3.470equipes,oquesignificaumacoberturanominalde61,5%dapopulaçãomineira.EmtermosdapopulaçãoSUSdependente,ouseja,descontadosos25%quetêmcoberturaporplanosprivadosdesaúde,acoberturasobepara82,0%dessapopulação.Ouseja,abatalhadaquantidadedePSFestáganhanoestado.Oqueconta,agora,édarqualidadeaestaquantidade. Um dos indicadores mais robustos para medir aqualidade da atenção primária à saúde são as condiçõessensíveisàatençãoambulatorial.EmMinasGerais,33%dasinternaçõeshospitalaresdoSUSsãoporessascondições,oquesignificaumenormedesperdícioderecursos,jáqueelascustam,anualmente,maisde100milhõesdereais.1EugenioVilaçaMendes

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Odiagnósticodasituaçãodaatençãoprimáriaàsaúdenoestadorevelagravesproblemas. Um problema de base decorre da representação daatençãoprimáriaàsaúde,determinadapelomodelohierárquicodoSUS.Aconcepçãovigentedeumsistemapiramidalcomníveisdecomplexidadequevãodaatençãobásicaàmédiaealtacomplexidade,éteoricamenteinsustentávelporquepartede um suposto equivocado: o de que a atenção primária àsaúdeémenoscomplexaqueasatençõesdemédiaealtacomplexidades. As tecnologias mais com-plexas estão na atenção primáriaàsaúde;elassãomenosdensasemenoscustosas,massãoasmaiscomplexasnumsistemadesaúde.Essa visão hierárquica, além deconceitualmenteequivocada,deter-mina, no operacional, resultadosdesastrosos, expressos na banalização da atenção primáriaàsaúde,aproximando-adeumaatençãoprimitivaquepodeser feita compoucos recursos e ofertada, especialmente, aregiõesepopulaçõesmaispobres. Um segundo problema reside na forma em que osistema de saúde é operacionalizado no estado, como umsistema fragmentado, em que cada parte não se comunicaadequadamente com as outras e onde a atenção primáriaà saúde não pode desempenhar seu papel fundamental decoordenar,comocentrodecomunicação,osfluxosecontra-fluxos das pessoas e das coisas ao longo do contínuo deatenção. Umterceiroproblema,estreitamentearticuladocomafragmentação,residenoprivilegiamentodascondiçõesagudasemrelaçãoàscondiçõescrônicas.Essemodelodeatençãoà saúde, numa situação de dupla carga das doenças, temresultadosmuitodesfavoráveisporqueascondiçõescrônicas,que são responsáveis por 2/3 da carga das doenças, nãorespondembemaele.Porisso,oSUSvem,noPaíseemnossoestado,perdendoabatalhadasdoençascrônicas,apesardegastoscrescentesnocontroledessasenfermidades.Éprecisoreverter esse modelo e instituir um outro, voltado para aatençãoconcomitanteàscondiçõescrônicas e agudas, as redes deatençãoàsaúde.Essas redesdeatençãoàsaúdesóserãoefetivasseorganizadassobacoordenaçãodaatençãoprimáriaàsaúde.Essaé a razão pela qual o programade governo de Minas Gerais, noperíodo 2007/2010, coloca comoprioridadesas redesdeatençãoàsmulhereseàs crianças(VivaVida),arededeatençãoàsurgênciaseemergências,arededeatençãoàhipertensãoeaodiabetes(Hiperdia)earededeatençãoaos idosos(MaisVida).Todasessasredesdevemser coordenadas por umaatenção primária à saúde dequalidade. Umquartoproblema importanteeraa inexistênciade

É preciso reverter esse modelo e instituir um outro, voltado para a atenção concomitante às condições crônicas e agudas, as redes de atenção à saúde.

As tecnologias mais complexas estão na atenção primária saúde; elas são menos densas e menos custosas, mas são as mais complexas num sistema de saúde.

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diretrizes clínicas com base em evidências. Nesse sentido,aSecretariadeEstadodeSaúdedeMinasGeraiselaborouepublicouasdiretrizesclínicasreferentesàmulher,criança,adolescente, idosos, hipertensão, diabetes, tuberculose,hanseníase,HIV/Aids,saúdebucalesaúdemental. Um quinto problema, demonstrado pelo processo decertificaçãodasunidadesbásicasdesaúde,estánaprecáriainfra-estrutura física dessas unidades, seja em termos deconstrução, seja em termos de equipamentos e materiaispermanentes. Um sexto problema localiza-se na fragilidade dosistemadeeducaçãopermanente.Esseprocessosefazdeformafragmentada,comcursostemáticosmuitofracionadose sem suporte de boas práticas de educação de adultos.Há um enorme gasto de tempo dos profissionais e derecursosfinanceiros,semumacontra-partidadeefetividadeeducacional. Porfim,masnãomenosimportante,hásériosproblemasnas relações de trabalho e no emprego dos profissionaisexpressosnaprecarizaçãodosvínculos,emaltosturnovers,em salários desiguais e que prejudicaram fortemente osmunicípiosmaispobres.

1.3. O PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MINAS GERAIS

Diantedodiagnósticorealizado,aSecretariadeEstadodeSaúdeelaborouumarespostaorgânicaquesematerializanumPlanoDiretordaAtençãoPrimáriaàSaúde.Ao fazê-loprocurou refletir sobre qual é o papel do governo estadualnumcampoderesponsabilidadeinequívocadosmunicípios.Edescobriuonichodeatuaçãodoestado,emconjuntocomoMinistériodaSaúdeeasSecretariasMunicipaisdeSaúde,reforçandoofederalismosanitáriobrasileiroquesebaseianofederalismocooperativo,enelevemseinserindo. EstapropostafoiconcebidanoraciocíniobásicodequeosproblemasdaatençãoprimáriaàsaúdeemMinasGeraissãoproblemascomplexosequeassituaçõesquemanifestamproblemas complexos – ao contrário do senso comum quebusca sempre soluções simples e rápidas -, só podem serrespondidas, comconseqüência, por soluções complexasesistêmicas. O Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde é aestratégiadeimplantaçãodoprojetoestruturantedogovernodo estado, o Saúde em Casa.Como solução complexa integraum conjunto de mais de três dezenasdesoluções tecnológicasdesenvolvidas no período de2003/2007. Seu objetivo-sínteseé o de reduzir as internações porcondições sensíveis à atençãoambulatorial para 28% em 2010eparaumvalorentre16%a21%em2023,deacordocomoscenáriosmais favorávelemaisdesfavorável.

O Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde é a estratégia de implantação do projeto estruturante do governo do estado, o Saúde em Casa.

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OPlanoDiretordaAtençãoPrimáriaàSaúde,enquantoestratégia de implantação do projeto Saúde emCasa, serádesenvolvido, com base no Manual daAtenção Primária àSaúde,emcadaumadasmicrorregiõessanitáriasdeMinasGerais,numaaçãocoordenadadaSecretariadeEstadodeSaúdeedasSecretariasMunicipaisdeSaúde.Ametodologiadeimplantaçãoseráatravésdeoficinaseducacionais,elaboradascombasenosprincípiosandragógicosdaeducaçãodeadultos.Esse processo educacional partirá da formação de agentesmultiplicadoreseterminaránarealizaçãodasoficinasemcadaumadas5.009UnidadesBásicasdeSaúdedoestado. AsintervençõesdoPlanoDiretordaAtençãoPrimáriaàSaúdeenvolvemaçõesintegradasnasdiversasáreasemqueosproblemassemanifestam:

•AnormalizaçãodaatençãoprimáriaàsaúdeatravésdoManualdaAtençãoPrimáriaàSaúde;• O diagnóstico local da atenção primária à saúde: osprocessosdeterritorialização,ocadastramentodasfamíliasporriscossócio-sanitárioseadefiniçãodasituaçãolocal;•Aorganizaçãodosprocessosdetrabalho,oqueenvolveosprocessosdehumanizaçãoeacolhimentodosusuários,aorganizaçãodaatençãoprogramadapor ciclosdevidae com base em riscos e a organização da atenção àsurgênciasporgrausderisco;•Aorganizaçãodavigilânciaemsaúdeatravésdasaçõesdeatençãoprimáriaemvigilânciaepidemiológica,vigilânciasanitáriaevigilânciaambiental;•AimplantaçãodossistemaslogísticoscomoocartãoSUS,oprontuáriofamiliareletrônico,asrelaçõescomosistemadetransportesanitárioecomacentralderegulação;• A implantação do sistema de apoio diagnóstico eterapêutico;•A implantação do sistema de assistência farmacêutica,tanto nos ciclos logísticos quanto no uso racional dosmedicamentos;• A implantação do programa de qualidade da atençãoprimáriaàsaúdecomoprocessodecertificaçãodasequipesecomasoficinasdequalidade;•Oincentivofinanceiroparacusteiodasequipesdesaúdedafamíliadeacordocomosíndicesdenecessidadesdosmunicípios;• Os investimentos em infra-estrutura física e emequipamentos.•OfortalecimentodocontrolesocialpelosConselhosLocaisdeSaúde.•Aimplantaçãodagestãodaclínica,atravésdaelaboraçãoeimplantaçãodaslinhas-guiacomautilizaçãodatecnologiadegestãodepatologia-oqueimplicaaprogramaçãoporriscos,ocontratodegestão,osistemademonitoramentoeletrônico, a educação permanente dos profissionais daatençãoprimáriaedeeducaçãoemsaúdedosusuários–edatecnologiadeauditoriaclínica.•AavaliaçãodoPlanoDiretordaAPS,atravésdaaplicaçãodeumalinhadebase,daavaliaçãodeprocessoseresultados

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edaavaliaçãodasopiniõesdeprofissionaiseusuários.• O Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde serámonit orado por um sistema construídoapartirdeumalinhade base, através de mediçõestemporárias.

O Saúde em Casa, comsua estratégia do Plano Diretorda Atenção Primária, numa açãocooperativadoMinistériodaSaúde,daSecretariadeEstadodeSaúdee das Secretarias Municipais de Saúdeobjetivadarumchoquedequalidade na atenção primária àsaúdeemMinasGerais.

2. A OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – FASE II2

Aoperacionalizaçãodoconjuntodeações integradasdo Plano Diretor daAPS será realizada em duas grandesetapas. Esta primeira etapa se refere à realização de dezoficinassobreosseguintestemas:redesdeatençãoàsaúde,análisedaAPS,diagnóstico localemunicipal,aassistênciafarmacêutica,aprogramação localemunicipal,acolhimentoe classificação de risco, prontuário da família, abordagemfamiliar, monitoramento e contrato de gestão. Na segundaetapa, ainda em elaboração, serão operacionalizadas asdemaisações. AimplantaçãodoPD/APSjáfoirealizada,naFase1,nosmunicípiosdeItabiraeUberlândiaenasmicrorregiõesdeMontesClaros/BocaiúvaeJanaúba/MonteAzul,envolvendocercade200equipesdesaúdedafamíliade28municípios. Na Fase 2, o PD/APS será implantado em 9macrorregiões (Norte, Jequitinhonha, Nordeste, Sudeste,LestedoSul,CentroSul,TriânguloNorte,NoroesteeOeste),através de parceria com a Escola de Saúde Pública doEstadodeMinasGerais (ESP-MG)queexecutaráasaçõeseducacionaisdeformadescentralizadaatravésdeCooperaçãoTécnicoEducacionalcomaUniversidadeEstadualdeMontesClaros–UNIMONTESecomasUniversidadesFederaisdeJuizdeForaeUberlândia. AFase3,cominícioprevistoparajunho/08,beneficiará4macrorregiões–Centro,Sul,LesteeTriânguloSul-,atravésdaparceriacomnovasuniversidades.

2.1. OBJETIVO GERAL

Assessorar as Secretarias Municipais de Saúde dosmunicípiosdasmacrorregiõesNorte,Nordeste,Jequitinhonha,Sudeste,LestedoSul,CentroSul,TriânguloNorteeOestenareorganizaçãodosistemamunicipaldesaúde,comvistasà consolidaçãodosistema integradodeserviçosdesaúde,atravésdofortalecimentodaAPSedaconstruçãodasredes

O Saúde em Casa, com sua estratégia do Plano Diretor da Atenção Primária, numa ação cooperativa do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde objetiva dar um choque de qualidade na atenção primária à saúde em Minas Gerais.

2SES/ESP-MG

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integradasdeatençãoàsaúde.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Implantaros instrumentosdenormalizaçãodaSES/MG:ManualdaAtençãoPrimáriaàSaúde,ProntuáriodeSaúdedaFamília,Linhas-GuiasdeAtençãoàSaúde.• Implantar os demais instrumentos degestãoda clínica:diagnósticolocal,programaçãolocalemunicipal,protocolodeclassificaçãoderisco,contratodegestãoesistemademonitoramento.

2.3. ESTRATÉGIAS

2.3.1. A parceria com Universidades

A Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) estabeleceu Cooperação Técnico Educacional com asuniversidades regionais: Universidade Estadual de MontesClaros – UNIMONTES - e com as Universidades Federaisde Juiz deFora –UFJF - eUberlândia –UFU - que serãoresponsáveis pela implantação do PD/APS nas seguintesmacrorregiõesdoEstado:

Foramselecionados2tutoresuniversitáriosparacada

Uberlândia – UFU - que serão responsáveis pela implantação do PD/APS nas seguintes

macrorregiões do Estado:

UNIVERSIDADE MACRORREGIÃO

UNIMONTES Norte

NordesteJequitinhonha

UFJF Sudeste

Leste do SulCentro Sul

UFU Triângulo Norte

NoroesteOeste

Foram selecionados 2 tutores universitários para cada microrregião localizada nas

macrorregiões relacionadas. Cada tutor será responsável por:

Uberlândia – UFU - que serão responsáveis pela implantação do PD/APS nas seguintes

macrorregiões do Estado:

UNIVERSIDADE MACRORREGIÃO

UNIMONTES Norte

NordesteJequitinhonha

UFJF Sudeste

Leste do SulCentro Sul

UFU Triângulo Norte

NoroesteOeste

Foram selecionados 2 tutores universitários para cada microrregião localizada nas

macrorregiões relacionadas. Cada tutor será responsável por:

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microrregiãolocalizadanasmacrorregiõesrelacionadas.Cadatutorseráresponsávelpor:

• atuar de maneira integrada com o técnico da GRSdesignadoparaamicrorregião;•participar integralmentedasoficinasdecapacitaçãodostutoresetécnicosdaGRS;• planejar as atividades de capacitação dos facilitadoresjuntamentecomotécnicodaGRSesubmeteràapreciaçãodocoordenadordauniversidade;•responsabilizar-seporummesmogrupodefacilitadores,deumamesmamicrorregião,durantetodoopercursodasoficinas;•conduzirasoficinasdecapacitaçãodosfacilitadoresnasmicrorregiões,conformeoplanejado;• avaliar o processo de capacitação dos discentes(facilitadores) conforme estabelecido na proposta deimplantaçãodoPD/APS;• emitir relatório de avaliação, ao final de cada oficina,conformeorientaçãodoCoordenadorGeral;• supervisionar a realização das oficinas de replicaçãonosmunicípios,asatividadesdoperíododedispersãoeaimplantaçãodosinstrumentosdoPD;•identificareventuaisproblemasrelacionadosàmetodologiaduranteoprocessodecapacitaçãoeimplantaçãoebuscarsoluçõesadequadas;• avaliar o cumprimento das metas definidas no planodiretor;•informaraoCoordenadorGeralsobreodesenvolvimentodasatividadesdoperíododedispersão,atravésderelatóriospadrão;• integrar a Comissão Coordenadora Microrregional deImplantaçãodoPD/APS;• participar dos momentos de avaliação dos tutores nauniversidadedeorigem.

SeráindicadoumrepresentantedauniversidadecomoCoordenadorGeraldostutoresuniversitários.OCoordenadorGeraldeveráatuaremconsonânciacomaESP-MGecomacoordenaçãodoProgramaSaúdeemCasa.

2.3.2. O papel das Gerências Regionais de Saúde - GRS

A GRS se responsabilizará, juntamente com auniversidade regional, pela implantação do PD/APS nosmunicípios das macrorregiões definidas para a Fase 2 deimplantaçãoqueselocalizemnasuaáreadeabrangência. Deverá indicar 1 (um) técnico, preferencialmenteligado à Coordenação da Atenção Básica e a outrosprogramasrelacionadosàAtençãoPrimáriaàSaúde,queseresponsabilizaráporcadamicrorregião. OtotaldetécnicosaseremindicadosporcadaGRS,assimcomoasmicrorregiõesdeatuaçãoemacrorregiõeseuniversidadescorrespondentes,será:

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Cadatécnicoseráresponsávelpor:

• atuar junto às CIBsmicrorregionais, garantindo espaçoparadiscussãoedeliberaçãosobreaimplantaçãodoPD,assim como discussão e encaminhamentos necessáriospararesoluçãodeeventuaisproblemas;•acompanharainstitucionalizaçãodoPDnosmunicípios,garantindoumaboacompreensãodapropostaporpartedosecretárioeprefeitomunicipaleaadesãopormeiodeumaresoluçãomunicipalquetratedaimplantaçãodoPD;•definironúmerodefacilitadorespormunicípioeplanejarasatividadesdecapacitaçãodos facilitadores juntamentecomostutoresuniversitários;•garantirlocaladequadoeequipamentosnecessáriosparaarealizaçãodasoficinasdefacilitadores;•garantiradistribuiçãodomaterialdidáticoeinstrumentosdoPDproduzidospelaESP-MGparatodososmunicípios;•atuardemaneiraintegradacomostutoresuniversitáriosdesignadosparaamicrorregião;•participar integralmentedasoficinasdecapacitaçãodos

2.3.2. O papel das Gerências Regionais de Saúde - GRS

A GRS se responsabilizará, juntamente com a universidade regional, pela

implantação do PD/APS nos municípios das macrorregiões definidas para a Fase 2 de

implantação que se localizem na sua área de abrangência.

Deverá indicar 1 (um) técnico, preferencialmente ligado à Coordenação da

Atenção Básica e a outros programas relacionados à Atenção Primária à Saúde, que se

responsabilizará por cada microrregião.

O total de técnicos a serem indicados por cada GRS, assim como as microrregiões

de atuação e macrorregiões e universidades correspondentes, será:

UNIVERSIDADE MACRORREGIÃO MICRORREGIÃO GRS

2 Januária

5 Montes ClarosNORTE DE MINAS

1 Pirapora

JEQUITINHONHA 2 Diamantina

1 Diamantina

3 Pedra AzulNORDESTE

4 Teófilo Otoni

UNIMONTES

2 18 6

2 Leopoldina

3 Juiz de Fora

1 Manhumirm

SUDESTE

2 Ubá

1 Manhumirm

UFJF

LESTE DO SUL 2 Ponte Nova

2 BarbacenaCENTRO SUL

1 São João Del Rei

3 14 7

1 Ituiutaba TRIÂNGULO DO

NORTE 2 Uberlândia

1 Patos de Minas NOROESTE

1 Unaí

OESTE 6 Divinópolis

UFU

3 11 5

Cada técnico será responsável por:

atuar junto às CIBs microrregionais, garantindo espaço para discussão e

deliberação sobre a implantação do PD, assim como discussão e

encaminhamentos necessários para resolução de eventuais problemas;

acompanhar a institucionalização do PD nos municípios, garantindo uma boa

compreensão da proposta por parte do secretário e prefeito municipal e a

adesão por meio de uma resolução municipal que trate da implantação do PD;

definir o número de facilitadores por município e planejar as atividades de

capacitação dos facilitadores juntamente com os tutores universitários;

garantir local adequado e equipamentos necessários para a realização das

oficinas de facilitadores;

garantir a distribuição do material didático e instrumentos do PD produzidos

pela ESP-MG para todos os municípios;

atuar de maneira integrada com os tutores universitários designados para a

microrregião;

participar integralmente das oficinas de capacitação dos tutores e técnicos da

GRS;

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tutoresetécnicosdaGRS;•responsabilizar-seporummesmogrupodefacilitadores,deumamesmamicrorregião,durantetodoopercursodasoficinas;•colaborarnaconduçãodasoficinasdecapacitaçãodosfacilitadoresnasmicrorregiões,conformeoplanejado;• supervisionar a realização das oficinas de replicaçãonosmunicípios,asatividadesdoperíododedispersãoeaimplantaçãodosinstrumentosdoPD;• identificar eventuais problemas e dificuldadesrelacionadasaoprocessodeimplantaçãoebuscarsoluçõesadequadas;• avaliar o cumprimento das metas definidas no planodiretor;• integrar e coordenar a Comissão CoordenadoraMicrorregionaldeImplantaçãodoPD/APS;• participar dosmomentos de avaliação dos técnicos naGRSdeorigem.

O Coordenador da Atenção Básica responderá portodaaGRS,atuandoemconsonânciacomaESP-MGecomacoordenaçãodoProgramaSaúdeemCasa.

2.3.3. Os Facilitadores das oficinas de implantação PD/APS

Os facilitadoresdasoficinasserãocapacitadospelostutores das universidades e pelos técnicos da GRS paraconduzir as oficinas de capacitação dos profissionais dasequipesdesaúdedosmunicípios. Onúmerodefacilitadoresserádefinidodeacordocomonúmerodeequipesdesaúdedosmunicípios,sendoque,minimamente,1(um)facilitadorpormunicípio. O número de facilitadores por turma de capacitaçãonãodeveultrapassar40profissionais.Ofacilitadordeve:

•serumtécnicomunicipalcomatuaçãodiretanaassistência,oucomatuaçãononívelgerencialdasecretariamunicipal;• ser de nível superior, preferencialmente das áreas demedicina,enfermagemeodontologia;•sercapazdeconduziroficinasdetrabalhoesupervisionarasatividadesdoperíododedispersãonosmunicípios;•sercapazdetrabalharemequipe.

OfacilitadorassinaráumTermodeCompromissopeloqual se compromete a:

•participar integralmentedasoficinasdecapacitaçãodosfacilitadores;• planejar e executar a replicação das oficinas a nívelmunicipal, responsabilizando-se pelo mesmo grupo deequipes e profissionais durante todo o percurso dasoficinas;• reportar-se ao Coordenador Municipal para questõesgerenciais;• reportar-se ao Tutor universitário para questõesmetodológicas;•informaroCoordenadorMunicipalsobreodesenvolvimentodasoficinas,atravésderelatóriospadrão;•supervisionarasatividadesdoperíododedispersãodas

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equipeseaimplantaçãodosinstrumentosdoPD/APS;• identificar eventuais problemas durante o processo deimplantaçãoebuscarsoluçõesadequadas;• avaliar o cumprimento das metas definidas no planodiretor;•informaroCoordenadorMunicipalsobreodesenvolvimentodasatividadesdoperíododedispersão,atravésderelatóriospadrão;•participardosmomentosdeavaliaçãodaimplantaçãodoplanodiretor.

Entre os profissionais facilitadores domunicípio seráindicado um como Coordenador Municipal da implantaçãodoPD/APS.OCoordenadorMunicipal integraráaComissãoCoordenadoraMicrorregionaldeImplantaçãodoPD/APS.Seresponsabilizará, entre outras coisas, pela apresentação aoConselhoMunicipaldeSaúdedoprocessodeimplantação.

2.3.4. Os Participantes das oficinas de implantação do PD/APS

Poderão participar das oficinas municipais todos ostécnicoscomatuaçãodiretaouindiretanaAtençãoPrimáriado município:

•Profissionaisdasequipesdesaúdedafamíliaedeunidadesdesaúdeconvencionais:médicos,enfermeiros,dentistas,técnicosdeenfermagem,THD,ACD,ACS,profissionaisdeoutrasáreas.•GerentesdasUBS.• Técnicos do nível central: coordenadores da atençãobásica,planejamento,educaçãopermanenteeoutrasáreasafins.Osparticipantesdeverão:•formargruposde30a40participantesporoficina;•participarintegralmentedetodasasoficinasdecapacitação,mesmoquandocumpriremcargahoráriadetrabalhomenordoqueaduraçãodiáriadaoficina;• se responsabilizar pela implantação, nos períodos dedispersão,dosinstrumentosdoPD,conformeasorientaçõesespecíficasdecadaoficina.

2.3.5. A Comissão Coordenadora Microrregional do PD/APS

Será constituída uma Comissão CoordenadoraMicrorregionalcomosseguintesintegrantes:•ostutoresuniversitáriosresponsáveispelaoficina;•otécnicodaGRSdesignadoparaamicrorregião;•ocoordenadormunicipaldecadamunicípiodamicrorregião. OtécnicodaGRSseráoresponsávelpelaconduçãodostrabalhosdacomissão,devendo:

•planejarecoordenarosencontrosperiódicosdaComissão,quepoderãoacontecerduranteaoficinamicrorregional;• monitorar a implantação do PD/APS namicrorregião eapresentaroconsolidadoousistematizaçãomicrorregional

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referente a cada um dos produtos no início de cadaoficina;•informaraESP-MGeaCoordenaçãodoProjetoSaúdeemCasasobreosresultadosapurados;• apresentar os resultados à CIBmicro a cada oficina,favorecendo a apropriação pelos seus integrantes doprocessodeorganizaçãodaAPS.

AComissãodeveráelaborarumplanodetrabalhoparaimplantação do PD para cada microrregião, considerandoas peculiaridades de cada uma, fazendo monitoramentodeste plano em encontros regulares durante a oficina decapacitaçãodosfacilitadores.

2.3.6. As oficinas:

Serão realizadas oficinas macrorregionais paracapacitação dos tutores e técnicos da GRS; oficinasmicrorregionaisparacapacitaçãodosfacilitadoreseoficinasmunicipaisparacapacitaçãodostécnicosdosmunicípios. Serão10oficinasemcadaumdosníveis,comcargahoráriade16horasparacadaoficina,cumprindoumtotalde160horaspresenciais,eumperíododedispersãodecercade2mesesentreumaoficinaeasubseqüente.

OTutor /Facilitador /TécnicoMunicipal receberáacertificação, após concluída a Qualificação e deverá tera freqüênciamínima de 75%em cadaOficina e por cadamodalidade[ConcentraçãoeDispersão]parasuaobtenção,conformepodeserverificadonoquadroaseguir:

T

F

E

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 ...

UniversidadeOficinaparaTUTORES

OfT-1 DT-1 OfT-2 DT-2 OfT-3 DT-3 OfT-4 DT-4 OfT-5 DT-5

MicrorregiãoOficinapara

FACILITADORESOfF-1 DF-1 OfF-2 DF-2 OfF-3 DF-3 OfF-4 DF-4 OfF-5 DF-5

MunicípioOficinaparaEQUIPES

OfE-1 DE-1 OfE-2 DE-2 OfE-3 DE-3 OfE-4 DE-4 OfE-5 DE-5

Of. OficinadecapaticaçãodosTutores(16h)

DT Realizaçãodasoficinasmicrorregionaisdecapacitaçãodosfacilitadores

Supervisão -oficinasmunicipaisdecapacitaçãodasequipes

-implantaçãodosinstrumentosgerenciais

Of. OficinadecapaticaçãodosFacilitadores(16h)

DF Realizaçãodasoficinasmunicipaisdecapacitaçãodasequipes

Supervisão(16h):implantaçãodosinstrumentosgerenciais

Of. OficinadecapacitaçãodasEquipes(16h)

DE Implantaçãodosinstrumentosgerenciais

OcupaçãodosTUTORESacada2meses:16horaspresenciaisparaseremcapacitados16horaspresenciaisparacapacitaçãodosfacilitadores16horasdesupervisão

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OconteúdodasOficinas,seusrespectivosobjetivoseprodutosrequeridossãoosseguintes:

OBJETIVOS

PRODUTOS

OFICINA 1ASREDESDEATENÇÃOÀSAÚDE

•ApresentaçãodoPlanodeGovernoecarteiradeprojetosSES/MG•Apresentaçãodosmódulosdocurso•Fundamentaçãoteóricasobreredesdeatençãoàsaúde• Exercício sobre a modelagem das redes de atenção:análisedasituaçãodesaúde,pontosdeatenção,sistemasdeapoio,sistemaslogísticos,sistemadegovernança•Planejamentodainstitucionalizaçãoeoperacionalizaçãodasoficinasnamicrorregião(FONTE: Comitê deAssuntos Estratégicos da SES/MG(2005)

•ApresentaçãodoPlanodeGovernoecarteiradeprojetosdaSES/MG•Definiçãodocoordenadormunicipal•Apresentaçãodocursoparaasequipesecoordenaçõesda SMS, Prefeito e gabinete e Conselho Municipal deSaúde(CMS)•Publicaçãodaresoluçãomunicipal•ConstituiçãodaComissãoCoordenadoraMicrorregionaldeimplantaçãodoPD/APS

Diretor da Atenção Primária

à Saúde, na condição de

Facilitador.

Técnicos

Municipais

Qualificação para

Implantação do Plano

Diretor da Atenção Primária

à Saúde.

75% 160 160 320

O conteúdo das Oficinas, seus respectivos objetivos e produtos requeridos serão

são os seguintes:

OFICINA 1

AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

OBJETIVOS

z Apresentação do Plano de Governo e carteira de projetos SES/MG z Apresentação dos módulos do curso z Fundamentação teórica sobre redes de atenção à saúde z Exercício sobre a modelagem das redes de atenção: análise da situação de

saúde, pontos de atenção, sistemas de apoio, sistemas logísticos, sistema de governança

z Planejamento da institucionalização e operacionalização das oficinas na microrregião

(FONTE: Comitê de Assuntos Estratégicos da SES/MG (2005))

PRODUTOS

z Apresentação do Plano de Governo e carteira de projetos da SES/MG z Definição do coordenador municipal z Apresentação do curso para as equipes e coordenações da SMS, Prefeito e

gabinete e Conselho Municipal de Saúde (CMS) z Publicação da resolução municipal z Constituição da Comissão Coordenadora Microrregional de implantação do

PD/APS

OFICINA 2

A ANÁLISE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNICÍPIO

OBJETIVOS

z

Alinhamento conceitual sobre a APS z Verificação da aplicação dos princípios da APS pelas equipes de saúde:

? Primeiro contato ? Longitudinalidade ? Integralidade da atenção ? Coordenação ? Centralização na família

FUNÇÃO CERTIFICADO FREQUENCIACARGA HORÁRIA

Concentração Dispersão Total

Tutor

Facilitador

TécnicosMunicipáis

Qualificação para implantação

do Plano Diretor da Atenção

Primária à Saúde, na condição

de Tutor.

Qualificação para implantação

do Plano Diretor da Atenção

Primária à Saúde, na condição

de Facilitador.

Qualificação para implantação

do Plano Diretor da Atenção

Primária à Saúde.

75% 160 160 320

75% 160 160 320

75% 160 160 320

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OFICINA 2AANÁLISEDAATENÇÃOPRIMÁRIAÀSAÚDENOMUNICÍPIO

OFICINA 3ODIAGNÓSTICOLOCAL

OBJETIVOS

O DIAGNÓSTICO

LOCAL

PRODUTOS

PRODUTOS

•AlinhamentoconceitualsobreaAPS• Verificação da aplicação dos princípios daAPS pelasequipesdesaúde:

•Primeirocontato•Longitudinalidade•Integralidadedaatenção•Coordenação•Centralizaçãonafamília•Orientaçãocomunitária•PlanodefortalecimentodaAPSnomunicípio

•Aterritorialização•Ocadastramentodasfamílias•Olevantamentodosproblemasdasfamílias•Aclassificaçãofamiliarporgrauderisco•AanálisesituacionaldaAtençãoPrimáriaàSaúde:

•Perfilterritorial-ambiental•Perfildemográfico•Perfilsócio-econômico•Perfilepidemiológico•Perfilassistencial

•Repassedaoficinaparaasequipesdesaúde•Análise daAPS, utilizando amatriz de itens de verifi­caçãodosprincípiosdaAPS(análise localporequipeeconsolidadosmunicipal)•PlanodefortalecimentodaAPS,utilizandomatrizdeitenscríticos,objetivos,ações,prazos,responsáveiserecursosnecessários(planoslocaisemunicipais)•Sistematizaçãodaanáliseedoplanodefortalecimentoanívelmicrorregional•ApresentaçãoeaprovaçãodaCIBmicro

•Repassedaoficinaparaasequipesdasaúde•Caracterizaçãoeapropriaçãodaáreade responsabili­dade,segundooprocessodeterritorialização•Elaboraçãodomapainteligente•Cadastrodasfamíliasdaáreaderesponsabilidade•Classificaçãodasfamíliasporgrauderisco• Diagnóstico local da área de responsabilidade dasequipesdesaúde(5perfis)•ApresentaçãoeaprovaçãododiagnósticopeloSecretárioMunicipaldeSaúdeepeloCMS•Sistematizaçãododiagnósticoanívelmicrorregional

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OFICINA 4AASSISTÊNCIAFARMACÊUTICA

OBJETIVOS

PRODUTOS

•Alinhamentoconceitualsobreassistênciafarmacêutica• Qualificação da prescrição, dispensação, informaçãopara o paciente e monitoramento terapêutico•Aclínicafarmacêutica•Ousodemedicamentos

•Repassedaoficinaparaasequipesdesaúde•Planodeorganizaçãodaassistênciafarmacêutica•Sistematizaçãoanívelmicrorregional

OFICINA 5PROGRAMAÇÃOLOCALEMUNICIPAL

OBJETIVOS

PRODUTOS

•Ahumanizaçãoeoacolhimentodosusuários•Aatençãoprogramadaàsfamíliasporciclodevida•Aplanilhadeprogramação•Aprogramaçãodaassistênciafarmacêutica•Aprogramaçãodoapoiodiagnóstico•Aagendadaequipedesaúde

•Repassedaoficinaparaasequipesdesaúde•Elaboraçãodaprogramaçãodeaçõesporciclodevidae/oucondiçãocrônica,utilizandoaplanilhaeletrônicadeprogramação•DefiniçãodoscritériosgeraisenormasdomunicípioparaelaboraçãodaagênciadesaúdedasequipesnasUBS•ElaboraçãodasagênciasporUBS•Apresentação e aprovação da programação e agendapeloSecretárioMunicipaldeSaúdeepeloCMS•Sistematizaçãodaprogramaçãoanívelmicrorregional

OFICINA 6AORGANIZAÇÃODAATENÇÃOÀDEMANDAESPONTÂNEA

OBJETIVOS

PRODUTOS

•Critériosparaidentificaçãodossinaisdealerta•Classificaçãoderiscodosusuários•AimplantaçãodoProtocolodeTriagemdeManchester:formaçãodosprofissionais,espaço físicoefluxosdeat­endimento,medicamentoseequipamentosnecessários.

•Repassedaoficinaparaasequipesdesaúde•ImplantaçãodoAcolhimentocomClassificaçãodeRisconasUBS•CapacitaçãodasequipesnautilizaçãodoprotocolodeManchester•Sistematizaçãododiagnósticoanívelmicrorregional

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OFICINA 7OPRONTUÁRIODAFAMÍLIA

OBJETIVOS

PRODUTOS

•Conceito,funções,aspectosético-legais•OManualdoProntuáriodeSaúdedaFamília•Objetivo,funcionalidade,estrutura

•Repassedaoficinaparaasequipesdesaúde•Implantaçãodosformuláriosdoprontuáriodesaúdedafamília:

•Cadastrofamiliar•Acompanhamentofamiliar•Primeiraconsultaeconsultasubseqüentedacriança,adolescente,adulto,gestanteeidoso•Atendimento de urgência, avaliação e classificaçãoderisco,consultaetratamento•Avaliaçãoclínicaemonitoramentoindividual

•Sistematizaçãoanívelmicrorregional

OFICINA 8AABORDAGEMFAMILIAR

OBJETIVOS

PRODUTOS

•Arelaçãoequipe-família•Ociclodevidadafamília•Practice,Firo,ConferênciaFamiliar•Genograma

•Repassedaoficinaparaasequipesdesaúde• Implantação dos instrumentos de abordagem familiar,minimamenteogenograma•Sistematizaçãoanívelmicrorregional

OFICINA 9OMONITORAMENTO

OBJETIVOS

PRODUTOS

• Alinhamento conceitual sobre monitoramento e av­aliação•Aresponsabilizaçãodaequipe•Aplanilhademonitoramento•AlinhadebasedoPD/APS•Opactopelasaúde

•Repassedaoficinaparaasequipesdesaúde•Definiçãodaestratégiademonitoramento•Implantaçãodaplanilhademonitoramento•Sistematizaçãoanívelmicrorregional

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OFICINA 10OCONTRATODEGESTÃO

OBJETIVOS

PRODUTOS

•Alinhamentoconceitualsobrecontratosdegestão•Ociclodacontratação•Acontratualizaçãodasequipesdesaúde•Osistemadeincentivos

•Repassedaoficinaparaasequipesdesaúde•Aprovação com relação à implantação do contrato degestão•Definiçãodomodelodecontratualizaçãoeestratégiadeimplantação•Implantaçãodocontratodegestão•Sistematizaçãoanívelmicrorregional

Nosperíodosdedispersão,os facilitadoreseospar-ticipantescumprirãoastarefasespecíficasdecadaetapa:

•noperíododedispersãodasoficinasmicrorregionais,osfacilitadoresdeverãorealizarasoficinasmunicipais,segundocronogramaelocaldefinidosnoiníciodopercurso;•noperíododedispersãodasoficinasmunicipais,ostécnicosdosmunicípiosdeverãorealizaras tarefasespecíficasdecada oficina que dizem respeito à mobilização (de todaa equipe, daSMS, de outras secretariasmunicipais, dosconselhos locais oumunicipais de saúde) e implantaçãodosinstrumentosdoPD.

Aprimeiraatividadedaoficinaserásempredestinadaà apresentação do trabalho realizado durante o período dedispersão.Aúltimaatividadecorresponderáaoplanejamentodoperíododedispersãosubseqüente.

2.3.7. A institucionalização do PD/APS

ApropostadoPDdeveráserapresentadaediscutidanaCIBmicrorregional comoaestratégiade implantaçãodoprojeto Saúde em Casa, em cumprimento do Item 2.5 doTermodeCompromissosassinadopelosGestoresMunicipaisdeSaúde com estaSecretaria deEstado deSaúde, que épartedaResoluçãoSESno661,de22demarçode2005. ACIBdeveráaprovarumadeliberaçãosobreaimplan-tação do PD/APS nosmunicípios damicrorregião e deveráfazerumaavaliaçãosistemáticadasaçõesprogramadas. Osgestoresdeverãocomprometer-secomaliberaçãodos profissionais designados como facilitadores para par-ticipaçãonasoficinasmicrorregionaisenasoficinasmunicipais,assim como deverão comprometer-se com a liberação dosprofissionais das equipes de saúde para participação nasoficinasdereplicação. Alémdisso,devehaverumcompromissodosgestoresdemanteremoquadrodeprofissionais,pelomenosduranteoperíododeimplantaçãodoPD.

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A participação dos profissionais nas oficinas decapacitaçãonãodeverá,emmomentoalgum, interromperoatendimentonasUBS. O PD deverá também ser apresentado ao prefeitomunicipaleaocorpotécnicodasecretariamunicipaldesaúdeeoutrassecretarias,sendoesclarecidasegarantidastodasascondiçõesparaasuaoperacionalização. A seguir, o PD deve ser apresentado, discutido e aprovadopeloConselhoMunicipaldeSaúde,sendoesclarecidooseupapelfundamentalparaesclarecimentoàpopulaçãore-sidente nas áreas de abrangência dasUBS quanto à novaformadeorganizaçãodaassistência. Também os Conselhos Locais de Saúde devem seresclarecidoseenvolvidosnasaçõesdeimplantaçãodoPD. O secretário municipal de saúde deverá publicaruma resolução sobre a implantação do PD no município,indicandoocoordenadormunicipal,garantindoaparticipaçãodosprofissionaisnasoficinasmicrorregionaisemunicipaisedeterminandoaaplicaçãodetodososinstrumentosgerenciaisnoâmbitodeatuaçãodasequipesdesaúde,deacordocomasorientaçõesdasoficinas.

2.3.8. A Metodologia Pedagógica utilizada para as Oficinas de implantação do PD/APS

A estrutura das Oficinas tem como princípio aarticulaçãoteoriaeprática,ensinoeserviço.Suaorganizaçãoestá sustentada na interdisciplinaridade e tem como eixostransversais,aética,oprocessosaúde/doença,acomunicação,otrabalhodeequipeeaaçãoeducativa. Asatividadesdeensino-aprendizagemsãorealizadasem(2)doismomentosdenominadosperíodosdeconcentraçãoedispersão:

• O período de concentração - constituído por situaçõesde reflexão sobre a prática – onde os participantesdesenvolvem as seqüências das oficinas para criar,aprofundar, acrescentar e sistematizar o conhecimentoteóricoquesustentaapráticadosTécnicosMunicipaisdeSaúde.• O período de dispersão é o momento pedagógico dereorganização do processo de trabalho e caracteriza-secomo efetivo exercício da função, considerando que aformação do participante acontece neste momento, emserviço.•AdispersãoéodesenvolvimentodosconteúdosdasOficinasdos Tutores / Facilitadores no território, culminando naconstrução/desenvolvimentodosinstrumentosgerenciais.

2.3.8.1. O Currículo Integrado como Caminho Metodológico

Nos anos de 1990, a noção de competência seapresenta como o elemento provocador demudanças e/ouinstabilidade nas relações curriculares. Em contraposiçãoà noção de disciplinas, a noção de competência deveriaimplicararesoluçãodeproblemaseumaaçãovoltadapararesultados,oquelevariaaorganizaçãodocurrículoquenão

É necessário estudar e propor encaminhamentos necessários ao envolvimento, à construção e à sistematização do coletivo que se pretenda atender. Embora estejamos advogando uma abrangência coletiva ao trabalho, é preciso destacar que a adesão deve ser voluntária, pois não se faz mudança por decreto.(PIMENTA, ANASTASIOU, 2002. p. 110)

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seapoiavaaumconjuntodeconhecimentossistematizados,esim,aumlevantamentodecompetênciasquesustentariamos conhecimentos necessários para o seu desenvolvimento(RAMOS,2005). Acríticaàtransmissãodeconteúdostambémserefletena noção de competência, já que a referida estaria maiscentrada na aprendizagem do que no ensino, oferecendoespaçopara a construçãode conhecimentos.Deste debateinicialéquesurgemos“chavões”pedagógicoscomoPedagogiadeProjetosePedagogiadaProblematização. Na área da saúde, a adoção do Currículo Integrado(integraçãodarelaçãoensino-serviço)estáalémdasimplesnoçãodecompetência.SegundoRamos,aidéiadeCurrículoIntegradodeveestarconstantementevinculadaàfinalidadedaformação,ouseja,“possibilitaràspessoascompreenderemarealidadeparaalémdesuaaparênciafenomênica”(2005:114).Nestaperspectiva,osconteúdosdeensinosãoconceitoseteorias que constituem síntese da apropriação histórica darealidadematerialesocialpelohomem. Ainda segundo Ramos (2005), alguns pressupostosfilosóficos fundamentam a organização curricular nessaperspectiva:

1.Ohomem,umserinseridodentrodeumcontextosocialerelacional,influenciaeéinfluenciadopelomeioambienteemquevivedentrodeumcontextosocial/políticoeeconômico.Ohomemcomoumserativo,capazdesersujeitodesuaprópria ação.Assim, “[...] a história do conhecimento é ahistóriadoprocessodeapropriaçãosocialdospotenciaisdanaturezaparaoprópriohomem,mediadapelotrabalho”(2005:114).2.Arealidadeconcretaéumatotalidade,síntesedemúltiplasrelações.Assimcompreendemosorealcomototalidade.3. Compreensão do conhecimento como produção dopensamento pelo qual se apreende e se representam as relaçõesqueconstituemeestruturamarealidadeobjetiva.

O caminho metodológico adequado para propiciarao educando autonomia diante das demandas da realidade (integraçãoensino-serviço)precisasereminentementeativoe participativo, pois uma metodologia passiva do tipo sóexpositivanãooportunizaaoeducandoatuarsobreoobjeto(realidade, problemas e demandas) tornando-o apenasrepetidordeprocedimentoseaçõespreviamentedelineadas. AmetodologiaadotadaparaasOficinasdeImplantaçãodoPD/APS(ensino-serviço)fundamenta-seemumaconcepçãode aprendizagem geradora de reflexões, que possibilita aoaluno/profissionalcriarhipótesesdesoluçãoparaproblemas,deformacontextualizada,tornando-ocapazdeconstruiroseuconhecimentodeacordocomademandadesuarealidade. DonaldShon(2000)temsidoumdosgrandesautoresdaatualidadequetrabalhamoconceitodeprofissionalreflexivo.Porém, este não é um conceito novo nomeio educacional.Outros autores, como John Dewey (1859-1952) e PauloFreire (1921-1997) abordaramestasmesmasquestões.Emseu conceito de profissional reflexivo, Shon (2000) propõeumaepistemologiadapráticae sintetizao seupensamentopedagógico defendendo que a formação do profissional do

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futurodeveincluirumfortecomponentedereflexãoapartirdesituaçõespráticas reais.Segundoesteautor,aviapossívelparaumprofissionalsesentircapazdeenfrentarassituaçõessemprenovasediferentescomquevaidepararnavidareal,éconhecê-lasapartirdaatividadeprática. Freire (1997), também aponta um pensar, umindagar constante como uma qualidade indispensável aoprofissional.Assim,oprocessodereflexãodoprofissionalseinicianoenfrentamentodedificuldadesque,normalmenteocomportamentorotineirodeatuaçãonãodácontadesuperar.Ainstabilidadegeradaperanteumasituaçãoleva-osaanalisarassuasexperiências,asdoscolegasebuscarnovasrespostas.Porém,nãosetrataderejeitaroconhecimentoanterior,teóricoesistematizado,massim,apartirdeumquestionamentodarealidade prática, buscar teorias e experiências anterioresquepossamsustentaraindagaçãoedirecioná-laparanovasrespostas. Problematizar a realidade permite integrar teoria àpráticasocial.Apartirdaidentificaçãodeproblemaspode-seavançarnoprocessoreflexivo,tendocomobaseateoriapara,assim,ampliaracompreensãodoproblema,elaborarsoluçõescontextualizadas, exercitando, desta forma, a autonomiadepensamentoeatomadadedecisõesnosdiversoscontextosem que se atua. Além disso, proporciona também umaadequaçãodoqueseaprendeàsnecessidadesedemandasdeumcontexto,tornandoaaprendizagemsignificativaparaoaluno. Nestepercursometodológicodeensino-aprendizagemo educador deve perceber o educando de forma a integraro cognitivo, o afetivo e o psicomotor, priorizando a escutaem detrimento da emissão de informações, organizandoo processo dialógico com base no respeito e aceitação dooutro,facilitandoainclusãoeaintegração,motivandoparaabuscadosaberexpressonasdimensõesdosaber-conhecer,saber-fazer, saber-ser e conviver. Isto possibilita avançarautonomamente no exercício da convivência solidária e dajustiçacomprometidacomaconstruçãodacidadania. O percurso metodológico a partir de um CurrículoIntegradosedaránaseqüênciaabaixo:1º) Acolhimento–organizaocenárioparaaprendizagemepreparaoparticipanteparaomomentopresenteatravésdaestimulação,motivaçãoesensibilização, integrando-onumatarefacomum.Éomomentoemquesecriamasbasescomasquaissequertrabalhar,pondoemmovimentoasemoçõeseacompreensãocapazesdecriarnoeducandoointeressepelosaber-conhecer,saber-fazeresaber-sereconviveremfunçãodosobjetivoseducacionais propostos -momentodeconcentração;2º) Reflexão sobre a prática–trazparaoinstanteossaberesenvolvidos na temática que se quer trabalhar,mobilizando-seconhecimentosprévios,destacandoassimilaridadeseasdiferenças no grupo, enriquecendo o debate -momento deconcentraçãoedispersão;3º) Identificação de problemas e limites da prática – esta éafasedeidentificaçãodeproblemassubjetivoseobjetivosqueconfiguramasituaçãoproblemaqueenvolveotemado

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estudo-momentosdedispersãoeconcentração;4º) Teorização – onde se avança na busca de informaçãoparacompreendermaisprofundamenteasituaçãoproblema,gerando uma reflexão que integra teoria e prática.É nessemomentoondea teoriaapareceefetivamentecomprometidacom a solução e transformação da prática - momento deconcentração;5º) Sistematização – é o momento da articulação coletivade idéias, saberes, valores através do agrupamento edesvelamento de inter-relação entre estes, fazendo emergirumnovosentidoparaaprática-momentodeconcentração;6º) Construção de soluções–esseéummomentoondesereservaaoeducandoaoportunidadedeexercitaroaprendido,construindosoluçõesparaoproblemavisandoatransformaçãodaprática-momentodedispersão;7º) Avaliação da ação transformada – é a fase deconsolidação do aprendido e da adequação exeqüível deformacriativa,atravésdaanálisedosmomentosvividos,daqualidadedasaçõesdesenvolvidasedosentirdaspessoasenvolvidas-momentodeconcentraçãoedispersão(CEARÁ,2005:15-16). EstepercursometodológicoérepresentadodaseguinteformanaaplicaçãodeumCurrículoIntegrado:

Nosmomentoscitadosserãoutilizadasprioritariamentetécnicas e dinâmicas grupais, tais como: dinâmicas deaprendizagem, reflexão, integração e conhecimento, bemcomo,vivências,técnicasdetrabalhoemgrupos,taiscomo:simulações, debates, exposições dialogadas, estudos decasos,estudobibliográficoeescritaindividualecoletiva. Entendemosqueoêxitodesseprocessodependedeuma condução didático-pedagógica, isto é, da capacidadedoeducadordemanejarotrabalhogrupalsemabandonarorespeitoàsindividualidadesdecadaeducando,garantindooenvolvimentoeaparticipaçãodetodos. EsteGuiadestina-seàformaçãodoTutor/Facilitadorda Implantação do Plano Diretor da Atenção Primária àSaúde.Dopontodevistapedagógico,estáfundamentadoemconcepçõesfilosóficascrítico-reflexivasque têmcomoeixosnorteadores:

•Aprenderaaprenderqueenglobaaprenderaconhecer,aprenderafazereaprenderaser;• A autonomia e o discernimento, no âmbito de suacompetência,paraassegurara integralidade,aeqüidade,a qualidade e a humanização das ações prestadas aoindivíduo,àfamíliaeàcomunidade;•Aintegraçãoteoriaeprática;

Prática

Reflexão/problematizaçãodaprática

Teoria

Reorganizaçãodaprática= Currículo ensino-serviço.

33

• A articulação do processo ensino-aprendizagem e dotrabalhoemsaúde;•Atitudese valoreséticosorientadosparaa cidadania eparaasolidariedade.

3. Orientações Operacionais para o Tutor / Facilitador

A condução das oficinas será de responsabilidadedo tutor universitário para as oficinas microrregionais e dofacilitadorparaasoficinasmunicipais. Asoficinasdeverãoserrealizadasemlocaladequado,comsalasdeapoiopararealizaçãodosgrupos. Omaterial necessário para as oficinas - computadoredatashow(sedisponível),flip-chart,papelkraft,pincéisecalculadora – serão providenciados pelos coordenadoresmicrorregionalemunicipal. Serãoutilizadosguiasdeestudoespecíficos:oguiadofacilitadoreoguiadoparticipante.Oguiadofacilitador,alémdoconteúdodoguiadoparticipante,apresentaorientaçõessobreas várias atividades das oficinas, comentários, referênciasbibliográficas e dicas para o facilitador. A elaboração eimpressãodosguiasdeestudoseráderesponsabilidadedaESP-MG.

Preparação:•Olocalescolhidodeveestarorganizadodeformaadequadapara receberosparticipantes.Devemserprovidenciadosespaçosparaqueosgrupos realizemsuasatividadesdeformaconfortável,semprejuízoparaosoutrosgrupos.•Os recursosnecessários (blocodeanotações,canetas,calculadora, computador, data-show ou outro materialpara exposição dos temas) devem ser providenciadospreviamente.

Para iniciar a oficina:• Dê as boas-vindas aos participantes, inicie a conversafalandoqueestaéaprimeiradeumconjuntode10Oficinas:RedesdeAtençãoàSaúde,AnálisedaAPS,DiagnósticoLocal, A assistência farmacêutica, Programação Locale Municipal, A organização da atenção à demandaespontânea, Prontuário da Família, Abordagem FamiliarMonitoramento,ContratodeGestão.• Esclareça que durante esse intervalo (período deDispersão)osprofissionaisparaquemseestárealizandoa oficina serão responsáveis por levar essas novasinformaçõesaosdemaisprofissionaisdesuaequipeederealizarasatividadesprevistasemcadamódulo.Deixebemclaroquetrata-sedeumaoficinaenãodeumcursoteóriconaqualseráimplantadaumanovapropostadetrabalho.• Apresente os objetivos da oficina e sua programação,ressaltandoquenesseprimeiromóduloserãotrabalhadososconceitosbásicossobreasRedesdeAtençãoàSaúde• Aproveite a oportunidade para salientar os horáriosdefinidos na programação reforçando a necessidade decumpri-losconformeprevisto.

34

•Tenhaocuidadodepassaralistadefreqüência(manhãetarde),afimdesefazeroregistrodeformacorreta.Aslistasde presença deverão ser entregues ao Coordenador daMicrorregionalaofinaldosegundodiadaOficina,assinadapeloTutor/Facilitador.

Pararealizaçãodostrabalhosemgrupoedasplenárias:•Dividaosgruposaleatoriamentedeformaquecadagrupotenha de 6 a 8 participantes. Como sugestão, pode-senumerarcadagrupo(ex.grupo1,2,3e4)ecadapessoana seqüência (1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4...).Todasaspessoasquereceberamonúmero4seagruparãoparaformaressegrupoeassimpordiante.•Orienteosgruposasempreescolheremumcoordenadoreumrelatorparasistematizarasdiscussõesesuaapresen-tação.Devehaveralternâncianestespapéisdentrodogrupo.Ocoordenadortemafunçãodeorientaresistematizarasdiscussões,observandoaadequaçãoaotemaequestõespropostaseotempodefinidoparacadaatividade.• Os grupos devem responder às questões propostas,anotandoasconclusõesdadiscussãoparaapresentaçãoemplenária.•Naplenária,disponhaosparticipantesdemaneiraafacilitarodiálogoentreeles,preferencialmenteemsemi-círculo.• O relator deve apresentar as discussões do grupo,colocando-se de pé, diante de toda a turma e com umaposturapersuasiva.Deveserobjetivoerespeitarotempoprogramado.• Caso a atividade possua mais de uma questão a serdiscutida,cadagrupopoderáserencarregadoderesponderumaresposta,maséimportantedeixarclaroquetodasasquestõesdevemserdiscutidaspelogrupo.

Parte 2As Redes de Atenção à Saúde

REFERÊNCIAS:HAYDT,ReginaCéliaCazaux.Curso de Didática Geral.7.ed.SãoPaulo:Ática,2004.327p.MASETTO, Marcos Tarciso. Competência Pedagógica do Professor Univer-sitário.SãoPaulo:Summus,2003.194p.PIMENTA,SelmaGarrido;ANASTASIOU,LéadasGraçasCamargos.Docência no ensino superior.SãoPaulo:Cortez,2002.279p.

35

Parte 2As Redes de Atenção à Saúde

36

37

1. OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM

Ao final desta oficina espera-se que os participantestenhamalcançadoosseguintesobjetivos:•RelacionarasexpectativasenecessidadesdosparticipantescomopropósitodasoficinasdoPD/APS.•CompreenderoPlanodeGovernodeMinasGeraisparaaSaúde2007-2010comoorientadorparaoPD/APS.• Assinar o termo de compromisso para participar do PD/APS.•Compreenderafundamentaçãoteóricaqueorientaodesenhoeaoperacionalizaçãodasredesdeatenção:

Compreender a organização dos sistemas de atenção àsaúde;Compreenderosfundamentosquedãobaseàconstruçãoderedesdeatençãoàsaúde;Compreender os elementos que constituem uma rede de atençãoàsaúde;

•Compreenderosmodelosdeatençãoàsaúdedasredesdeatençãoàsaúde;•Utilizaroprocessodemodelagemdas redesdeatençãoàsaúde.•CompreenderapropostadeimplantaçãodaRededeAtençãoàSaúdenamicrorregião.•Planejaroperíododedispersão.

2. PLANO DE ESTUDO E PROGRAMAÇÃO

Esta Oficina tem uma carga horária de 16 horas,distribuídasem:atividadesdegrupo,discussõesemplenária,exposições dialogadas e orientações para o período dedispersão.Vejaaseguiraprogramaçãodasatividades:

pp

p

38

PRIMEIRO DIA

Tempo estimado

Horáriodefinido

Atividade Metodologia

30 min. Atividade I - Abertura - Saudações e apresentações

dos participantes.

1h45 Atividade II - Expectativa

dos participantes

Dinâmica de grupo:

preenchimento das fichas

15 min. Intervalo

Atividade III - Apresentação

do Plano Diretor da

Atenção Primária à Saúde

Exposição dialogada

Correlação do PD/APS

com as expectativas de

Identificação Móvel com

as Fichas

1h30

45 min. Atividade IV - Os sistemas

de atenção à Saúde

Exposição dialogada

INTERVALO

1h30 Atividade V - Os

Fundamentos da

construção e os elementos

constituitivos das redes de

atenção à saúde

Exposição dialogada

15 min. Intervalo

45 min. Atividade V - Continuação

Os Fundamentos da

construção e os elementos

constituitivos das redes de

atenção à saúde

Plenária / Apresentação

dos grupos

45 min. Atividade VI - Os modelos

da atenção à saúde

Exposição dialogada

EstudoDirigido

39

SEGUNDO DIA

Tempo estimado

Horáriodefinido

Atividade Metodologia

2h15 Atividade VII - A rede de

atenção à Saúde da

Mulher e da Criança -

Vida a Vida.

15 min. Intervalo

45 min. Atividade IV - Continuação

O desenho da rede de

atenção de urgência

e emergência

Apresentação em

plenária do relato

dos grupos

INTERVALO

Atividade VIII - O

acolhimento com

classificação de risco

Exposição dialogada45 min.

Atividade IX - O desenho

da rede de atenção de

urgência e emergência

Exposição dialogada45 min.

� Estudo dirigido 1 -

trabalho em grupo

� Apresentação do relato

dos grupos e discussão

em plenária

15 min. Intervalo

1h Atividade X - A identificação

dos sistemas de apoio e

sistemas logísticos

Preenchimento de

Matriz

45 min. Atividade XI - O plano de

trabalho para o período

de dispersão

Trabalho em grupo

Relato das propostas

e discussões em plenária

30 min. Atividade XII - Avaliação da oficina

Encerramento

40

41

1º Dia ATIVIDADE I – SAUDAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS PARTICIPANTES

Tempoestimado:30minutos

Objetivo: Saudar e proceder à apresentação dos participantes,procurandoidentificaronome,aprofissão,olocaldetrabalhoeomunicípio.

Desenvolvimento:OTutor/Facilitadorpoderásolicitarqueogrupofaçaumsemi-círculoparaquefavoreçaavisualizaçãodetodosparticipantesaoseapresentarem.

ATIVIDADE II – EXPECTATIVAS DOS PARTICIPANTES

Tempoestimado:1horae45minutos

Objetivo: Identificar as expectativas dos participantes em relação àsoficinas do Plano Diretor daAtenção Primária à Saúde doestadodeMinasGerais.

Desenvolvimento:•Formargruposcomnomáximo10participantes,mesclandoascategoriasprofissionaiseoslocaisdeorigem.• Escolher um coordenador das discussões e também umrelatordasconclusõesdogrupo.•DistribuirasFichasaosparticipantes.•Solicitarparacadaparticipanteescreverdemaneirasucinta,nasfichas,assuasexpectativasemrelaçãoàsoficinasdoPlanoDiretordaAtençãoPrimáriaàSaúde(temasdeinteressequegostariaquefossemabordados,preocupaçõesedificuldadesemrelaçãoàAtençãoPrimáriaàSaúde competênciasquegostariadeadquiriretc.).Tempomáximode5minutos.•Lerasfichasediscutirascontribuiçõesdecadaparticipanteeconsensuarasexpectativasnogrupo.Tempomáximode45minutos.•Apresentarasconclusõesdecadagruponaplenária.Tempomáximoparacadarelatorde10minutos.•Estabelecerconsenso,apartirdasapresentaçõesdetodososgrupos.•Recolherasfichas.

Papel do Relator do grupo

O Relator deve anotar as manifestações dos participantes, alertar quando as repetições se fizerem presentes, organizar as idéias e as primeiras conclusões de tal forma que facilite a elaboração de um relatório final. (MASETTO, 2003)

Apresentação Inicial

Masetto (2003) explica que a técnica de apresentação tem como objetivos:Colaborar para que membros de um grupo que vão trabalhar juntos durante certo tempo se conheçam em um clima confortável;Preparar o grupo para um relacionamento vivo, mais favorável à aprendizagem e participação.

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Papel do Coordenador do grupo

O Coordenador deve estar atento para que todos possam se manifestar e a palavra não seja monopolizada por um ou alguns membros do grupo. Ele deve administrar o tempo dado para evitar que este se esgote e o grupo não chegue ao objetivo esperado. Quando necessário, o coordenador deve cortar a palavra de um, estimular outro a participar, e evitar repetições. Deve responder às questões ou dar as respostas esperadas, embora possa e deva participar também como outro membro qualquer do grupo.(MASETTO, 2003)

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ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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ATIVIDADE III: APRESENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Tempoestimado:45minutos

Objetivo: ApresentaroconteúdodoPlanoDiretordaAtençãoPrimáriaàSaúde,asoficinaseseusconteúdos.

Desenvolvimento:• Esta atividade deverá cumprir o seguinte objetivo deaprendizagem: realizar alinhamento conceitual sobre PlanoDiretordaAPS.•Aseguir, inicieaexposiçãoutilizandoosslidesdoarquivoPowerPointPlanoDiretordaAPS(comumtotalde37slides)ecomente-os.• Esclareça que após a exposição dialogada, haverá umadinâmica para correlacionar o Plano Diretor APS com asexpectativasdaatividadeI.•OTutor /Facilitador faráumParalelodasExpectativasdoParticipante com aApresentação do Plano Diretor visandomostrarcomooPlanoDiretorrespondeàsexpectativas.DeveráexplicitaremqualOficinaserácontempladaaexpectativa.•Asexpectativasquenão foremcontempladasdeverãoserencaminhadas para a Coordenação da Microrregional doPD/APS,quemobilizarásuaequipeparaesclarecertodasasquestõeseretornaromaisbrevepossível.

ATIVIDADE IV - OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Tempoestimado:45minutos

Objetivo: Compreender a organização dos sistemas de atenção àsaúde.

Desenvolvimento:•InicieaexposiçãoutilizandoosslidesdoarquivoPowerPointOssistemasdeatençãoàsaúde(comumtotalde14slides)ecomente-os.

TEXTO DE APOIO I

OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE 2

Os sistemas de atenção à saúde são definidos pelaOrganizaçãoMundialdaSaúdecomooconjuntodeatividadescujo propósito primário é promover, restaurar e manter as

É importante que leia anteriormente a Parte I deste Guia sobre o Plano Diretor da

Atenção Primária à Saúde.

2 Texto do livro: MENDES,E.V. - SUS, MUDAR PARA AVANÇAR (NO PRELO)

Não se esqueça que a participação dos profissionais

é muito importante para o processo de aprendizagem.

Assim como é impossível capacitar um Profissional de

qualquer área numa palestra, o mesmo ocorre na preparação

da docência, embora se possam obter, em encontro ou palestras,

aspectos, análises e informações significativas para a formação

dos sujeitos na direção das alterações necessárias.

(PIMENTA, ANASTASIOU, 2002. p. 110)

Tenha em mente que os comentários não esgotam o

assunto e que a exposição é enriquecida quando são utilizados

exemplos da realidade local.

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ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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Não se esqueça que a participação dos profissionais

é muito importante para o processo de aprendizagem.

Tenha em mente que os comentários não esgotam o

assunto e que a exposição é enriquecida quando são utilizados

exemplos da realidade local.

Assim como é impossível capacitar um Profissional de

qualquer área numa palestra, o mesmo ocorre na preparação

da docência, embora se possam obter, em encontro ou palestras,

aspectos, análises e informações significativas para a formação

dos sujeitos na direção das alterações necessárias.

(PIMENTA, ANASTASIOU, 2002. p. 110)

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saúdedeumapopulação(WorldHealthOrganization,2000).Daí que os sistemas de atenção à saúde são respostassociais, organizadas deliberadamente, para responder àsnecessidades,demandaserepresentaçõesdaspopulações,emdeterminadasociedadeeemcertotempo. Os sistemas de atenção à saúde apresentam osseguintesobjetivos:I.Oalcancedeumnívelótimodesaúde,distribuídodeformaeqüitativa;II.Agarantiadeumaproteçãoadequadadosriscosparatodososcidadãos;III.Oacolhimentohumanizadodetodososcidadãos;IV.Agarantiadaprestaçãodeserviçosefetivosedequalidade;V.Agarantiadaprestaçãodeserviçoscomeficiência(Mendes,2002). Ossistemasdeserviçosdesaúdepodemapresentar-se,napráticasocial,pormeiodediferentesformasorganizacionais.Naexperiênciainternacionalcontemporânea,atipologiamaisencontradaédesistemasfragmentadoseredesdeatençãoàsaúde. Ossistemas fragmentadosdeatençãoàsaúde, forte-mentehegemônicos,sãoaquelesquese(des)organizamatra-vésdeumconjuntodepontosdeatençãoàsaúdeisoladoseincomunicadosunsdosoutroseque,porconseqüência,sãoincapazesdeprestarumaatençãocontínuaàpopulação.Emgeral, nãoháumapopulaçãoadscrita de responsabilização.Neles,aatençãoprimáriaàsaúdenãosecomunicafluidamentecomaatençãosecundáriaàsaúdee,essesdoisníveis,tam-bémnãosecomunicamcomaatençãoterciáriaàsaúde.Dife-rentemente,osmodelos integradosdeatençãoàsaúdesãoaquelesorganizadosatravésdeumaredeintegradadepontosdeatençãoàsaúdequeprestaumaassistênciacontínuaeinte-gralaumapopulaçãodefinida,comcomunicaçãofluidaentreosdiferentesníveisdeatençãoàsaúde. Além da organização por componentes isolados oupor uma rede integrada - o que caracterizamais fortementeos nomesde fragmentaçãoe de redes de atençãoà saúde-,essasformasalternativasdeorganizaçãodossistemasdeatençãoàsaúdeapresentamoutradiferençamarcante,dadapelosfundamentosconceituaisassustentam. Nosmodelos fragmentados de atenção à saúde, vigeuma visão de uma estrutura hierárquica, definida por níveisde “complexidades” crescentes, e com relações de ordem egrausdeimportânciaentreosdiferentesníveis.Estaconcepçãode sistema hierarquizado, organizado por níveis de atençãosegundoumacomplexidadecrescente,temsériosproblemas.Elafundamenta-senumconceitodecomplexidadeequivocado,ao estabelecer que a atenção primária à saúde é menoscomplexadoqueaatençãonosníveissecundárioeterciário.Tal visão distorcida de complexidade leva, consciente ouinconscientemente,aumabanalizaçãodaatençãoprimáriaàsaúdeeaumasobrevalorização,sejamaterial,sejasimbólica,das práticas que exigemmaior densidade tecnológica e quesãoexercitadasnosníveissecundárioeterciáriodeatençãoàsaúde. Nas redes de atenção à saúde, essa concepçãode hierarquia é substituída pela de poliarquia e o sistemaorganiza-sesobaformadeumaredehorizontaldeatenção

44

àsaúde.Assim,nasredesdeatençãoàsaúdenãoháumahierarquiaentreosdiferentespontosdeatençãoàsaúde,masaconformaçãodeumaredehorizontaldepontosdeatençãoà saúdededistintas densidadestecnológicas, sem ordem e semgrau de importância entre eles.Todos os pontos de atenção àsaúdesãoigualmenteimportantespara que se cumpram os obje­tivos das redes de atenção àsaúde. Apenas se diferenciampelas diferentes densidades tec-nológicas que caracterizam osdiversos pontos de atenção àsaúde. A figura a seguir procura ilustrar essa mudança deum sistema hierárquico, nos níveis de atenção primária,secundária e terciária à saúde, para uma rede horizontalintegrada,organizadaapartirdeumcentrodecomunicação,opontodaatençãoprimáriaàsaúde,representadopelocírculocentral.

A figura acima aponta para mudança radical daorganizaçãodossistemasdeatençãoàsaúdequenãopodeselimitaraumainversãodestessistemas,comoépropostofreqüentemente.Porquenãose trata,apenas,de inverteraformapiramidal,masdesubvertê-la,substituindo-aporumaoutraformaorganizacional,dequalidadeinteiramentedistinta,aredepoliárquicadeatençãoàsaúde. Ademais,odilemaentreossistemas fragmentadoseasredesdeatençãoàsaúdecontémdoismodosalternativosde organizar os serviços de saúde: sistemas voltados paraa atenção às condições agudas, inerentes à fragmentação,ousistemasvoltadosparaaatençãoàscondiçõesagudasecrônicas,asredesdeatençãoàsaúde.Emgeral,ossistemasfragmentados de atenção à saúde focam-se na atenção àscondiçõesagudas;aocontrário,asredesdeatençãoàsaúdevoltam-se para as condições crônicas, mas atendendo,

A.C.

MédiaComplexid.

Atenção Primária

APS

FIGURA 1: DO SISTEMA PIRAMIDAL HIERÁRQUICO PARA A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE POLIÁRQUICA

Assim, nas redes de atenção à saúde não há uma hierarquia entre os diferentes pontos de atenção à saúde, mas a conformação de uma rede horizontal de pontos de atenção à saúde de distintas densidades tecnológicas, sem ordem e sem grau de importância entre eles.

45

sistemas voltados para a atenção às condições agudas e crônicas, as redes de

atenção à saúde. Em geral, os sistemas fragmentados de atenção à saúde focam-

se na atenção às condições agudas; ao contrário, as redes de atenção à saúde

voltam-se para as condições crônicas, mas atendendo, concomitantemente, às

condições agudas.

Uma análise mais detalhada das diferenças entre os sistemas fragmentados

e as redes de atenção à saúde é feita na tabela a seguir:

TABELA 1: AS CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS E DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

CARACTERÍSTICA SISTEMA FRAGMENTADO REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

Forma de organização Hierarquia Poliarquia

Coordenação da atenção Inexistente Feita pela atenção primária

Comunicação entre os

componentes

Inexistente Feita por sistemas logísticos

eficazes

Foco Nas condições agudas por

meio de unidades de pronto

atendimento

Nas condições agudas e crônicas

por meio de uma rede integrada d

pontos de atenção à saúde

Objetivo Objetivos parciais de diferentes

serviços e resultados não

medidos

Objetivos de melhoria da saúde de

uma população com resultados

clínicos e econômicos medidos

População Voltado para indivíduos

isolados

População adscrita dividida por

subpopulações de risco e sob

responsabilidade da rede

Sujeito Paciente que recebe

prescrições dos profissionais de

saúde

Agente co-responsável pela própria

saúde

A forma da ação do sistema Reativa, acionada pela

demanda dos pacientes

Proativa, baseada em planos de

cuidados de cada usuário realizado

conjuntamente pelos profissionais e

pelos usuários

Ênfase das intervenções Curativas e reabilitadoras sobre

doenças ou condições

estabelecidas

Promocionais, preventivas,

curativas, cuidadoras, ou

reabilitadoras sobre determinantes

sociais da saúde, sobre fatores de

risco e sobre as doenças ou

condições estabelecidas

Modelo de atenção Fragmentado por ponto de

atenção à saúde, sem

estratificação de riscos e

voltado para as doenças ou

condições estabelecidas

Integrado, com estratificação dos

riscos, e voltado para os

determinantes sociais da saúde, os

fatores de riscos e as doenças ou

condições estabelecidas

Planejamento Planejamento da oferta,

definido pelos interesses dos

prestadores

Planejamento da demanda definido

pelas necessidades de saúde da

população adscrita

Ênfase do cuidado Nos profissionais de saúde,

especialmente nos médicos

Na relação entre equipes

multiprofissionais e os usuários e

suas famílias e com ênfase no

autocuidado orientado

Conhecimento e ação

clínicas

Concentradas nos profissionais,

especialmente médicos

Partilhado por equipes

multiprofissionais e usuários

Tecnologia de informação Fragmentada, pouco acessível

e com baixa capilaridade nos

componentes das redes

Integrada a partir de cartão de

identidade dos usuários e dos

prontuários eletrônicos e articulada

em todos os componentes da rede

Organização territorial Territórios político-

administrativos definidos por

lógica política

Territórios sanitários definidos pelos

fluxos sanitários da população em

busca de atenção

Sistema de financiamento Financiamento por

procedimentos em pontos de

atenção à saúde isolados

Financiamento por valor global ou

por capitação da rede

Participação social Participação social passiva e a

comunidade vista como

cuidadora

Participação social ativa por meio

de conselhos de saúde com

presença na governança da rede

As lógicas subjacentes aos sistemas alternativos são dadas pelas singularidades da

atenção às condições agudas e crônicas. Dadas essas características singulares das

condições agudas e crônicas, seus manejos, pelos sistemas de saúde, são inteiramente

diversos. Um dos problemas centrais da crise dos modelos de atenção à saúde

contemporânea consiste no enfrentamento das condições crônicas na mesma lógica das

condições agudas, ou seja, através de tecnologias destinadas a responder aos momentos

agudos dos agravos – na maioria das vezes momentos de agudização das condições

crônicas, autopercebidos pelas pessoas -, através da atenção à demanda espontânea,

concomitantemente,àscondiçõesagudas. Umaanálisemais detalhada das diferenças entre ossistemasfragmentadoseasredesdeatençãoàsaúdeéfeitanatabelaaseguir:

46

condições estabelecidas

Modelo de atenção Fragmentado por ponto de

atenção à saúde, sem

estratificação de riscos e

voltado para as doenças ou

condições estabelecidas

Integrado, com estratificação dos

riscos, e voltado para os

determinantes sociais da saúde, os

fatores de riscos e as doenças ou

condições estabelecidas

Planejamento Planejamento da oferta,

definido pelos interesses dos

prestadores

Planejamento da demanda definido

pelas necessidades de saúde da

população adscrita

Ênfase do cuidado Nos profissionais de saúde,

especialmente nos médicos

Na relação entre equipes

multiprofissionais e os usuários e

suas famílias e com ênfase no

autocuidado orientado

Conhecimento e ação

clínicas

Concentradas nos profissionais,

especialmente médicos

Partilhado por equipes

multiprofissionais e usuários

Tecnologia de informação Fragmentada, pouco acessível

e com baixa capilaridade nos

componentes das redes

Integrada a partir de cartão de

identidade dos usuários e dos

prontuários eletrônicos e articulada

em todos os componentes da rede

Organização territorial Territórios político-

administrativos definidos por

lógica política

Territórios sanitários definidos pelos

fluxos sanitários da população em

busca de atenção

Sistema de financiamento Financiamento por

procedimentos em pontos de

atenção à saúde isolados

Financiamento por valor global ou

por capitação da rede

Participação social Participação social passiva e a

comunidade vista como

cuidadora

Participação social ativa por meio

de conselhos de saúde com

presença na governança da rede

As lógicas subjacentes aos sistemas alternativos são dadas pelas singularidades da

atenção às condições agudas e crônicas. Dadas essas características singulares das

condições agudas e crônicas, seus manejos, pelos sistemas de saúde, são inteiramente

diversos. Um dos problemas centrais da crise dos modelos de atenção à saúde

contemporânea consiste no enfrentamento das condições crônicas na mesma lógica das

condições agudas, ou seja, através de tecnologias destinadas a responder aos momentos

agudos dos agravos – na maioria das vezes momentos de agudização das condições

crônicas, autopercebidos pelas pessoas -, através da atenção à demanda espontânea,

sistemas voltados para a atenção às condições agudas e crônicas, as redes de

atenção à saúde. Em geral, os sistemas fragmentados de atenção à saúde focam-

se na atenção às condições agudas; ao contrário, as redes de atenção à saúde

voltam-se para as condições crônicas, mas atendendo, concomitantemente, às

condições agudas.

Uma análise mais detalhada das diferenças entre os sistemas fragmentados

e as redes de atenção à saúde é feita na tabela a seguir:

TABELA 1: AS CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS E DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

CARACTERÍSTICA SISTEMA FRAGMENTADO REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

Forma de organização Hierarquia Poliarquia

Coordenação da atenção Inexistente Feita pela atenção primária

Comunicação entre os

componentes

Inexistente Feita por sistemas logísticos

eficazes

Foco Nas condições agudas por

meio de unidades de pronto

atendimento

Nas condições agudas e crônicas

por meio de uma rede integrada d

pontos de atenção à saúde

Objetivo Objetivos parciais de diferentes

serviços e resultados não

medidos

Objetivos de melhoria da saúde de

uma população com resultados

clínicos e econômicos medidos

População Voltado para indivíduos

isolados

População adscrita dividida por

subpopulações de risco e sob

responsabilidade da rede

Sujeito Paciente que recebe

prescrições dos profissionais de

saúde

Agente co-responsável pela própria

saúde

A forma da ação do sistema Reativa, acionada pela

demanda dos pacientes

Proativa, baseada em planos de

cuidados de cada usuário realizado

conjuntamente pelos profissionais e

pelos usuários

Ênfase das intervenções Curativas e reabilitadoras sobre

doenças ou condições

estabelecidas

Promocionais, preventivas,

curativas, cuidadoras, ou

reabilitadoras sobre determinantes

sociais da saúde, sobre fatores de

risco e sobre as doenças ou

As lógicas subjacentesaos sistemasalternativos sãodadaspelassingularidadesdaatençãoàscondiçõesagudasecrônicas.Dadasessascaracterísticassingularesdascon-diçõesagudasecrônicas,seusmanejos,pelossistemasdesaúde,sãointeiramentediversos.Umdosproblemascentraisda crise dos modelos de atenção à saúde contemporâneaconsistenoenfrentamentodascondiçõescrônicasnamesmalógicadascondiçõesagudas,ouseja,atravésdetecnologiasdestinadasaresponderaosmomentosagudosdosagravos–namaioriadasvezesmomentosdeagudizaçãodascondiçõescrônicas,autopercebidospelaspessoas-,atravésdaatençãoàdemandaespontânea,principalmente,emunidadesdepron-toatendimentooudeinternaçõeshospitalaresdeurgênciaouemergência. E desconhecendo a necessidade imperiosa deumaatençãocontínuanosmomentossilenciososdosagravosquandoascondiçõescrônicas insidiosamenteevoluem.Éoquesevênafiguraaseguir:

Afiguraanteriormostraocursohipotéticodaseveridadede uma doença em uma pessoa portadora de uma doençacrônica.A região inferior, da base do gráfico até a linhaA,representa, num determinado tempo, o grau de severidadedadoençaquepodesergerido rotineiramentepelaatençãoprimária à saúde; o espaço entre a linhaA eB representa,emdeterminadotempo,ograudeseveridadedadoençaquepodeserenfrentadopelaatençãoambulatorialespecializada;

ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA

TEMPO

B1

INTERNAÇÃOHOSPITALAR

ATENÇÃO HOSPITALAR

ATENÇÃOPRIMÁRIA

B

A1

A

ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA

TEMPO

B1

INTERNAÇÃOHOSPITALAR

ATENÇÃO HOSPITALAR

ATENÇÃOPRIMÁRIA

B

A1

A

FIGURA 2: AS LÓGICAS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS

47

finalmente,oespaçosuperioràlinhaBrepresenta,emdeter-minadotempo,ograudeseveridadedadoençaquenecessitade internação hospitalar. Suponha-se que se represente aatençãoaumportadordediabetes.Pela lógicadaatençãoàscondiçõesagudas,essapessoaquandosesentemalouquandoagudizasuadoença,acionaosistemaeéatendida,noprontoatendimentoambulatorial(pontoX);numsegundomomento, descompensa e é internada num hospital (pontoY).Contudo,nosintervalosnãotemumaatençãocontínuaeproativasobacoordenaçãodaequipedaatençãoprimáriaàsaúde.Essesistemadeatenção–osistemafragmentadodeatençãoàscondiçõesagudas-,aofinaldeumperíodolongode tempo, determinará resultados sanitários desastrosos.Esse portador de diabetes caminhará, com o passar dosanos, inexoravelmente, para uma retinopatia, para umanefropatia, paraaamputaçãodeextremidadesetc.A razãodisso é que esse sistema só atua sobre as doenças econdiçõesjáestabelecidas,emmomentosdemanifestaçõesclínicas exuberantes, auto-percebidas pelos “pacientes”,desconhecendoosdeterminantessociais,osfatoresderiscose os riscos fisiológicos. Por isso, é imprescindível mudar,radicalmente essa lógica, implantando-se uma rede deatençãoàsaúdeque,alémderesponderaosmomentosdeagudizaçãodascondiçõescrônicasnasunidadesdeprontoatendimento ambulatorial e hospitalar, faça um seguimentocontínuo e proativo dos portadores de condições crônicas,sobacoordenaçãodaequipedaatençãoprimáriaàsaúdeecomoapoiodosserviçosdeatençãosecundáriae terciáriada rede de atenção, atuando, equilibradamente, sobre osdeterminantes,sobreosriscose,também,sobreosdanosedoenças. Ainda que os resultados do sistema fragmentado deatençãoàscondiçõesagudassejamdesastrosos,elecontacomoapoiofortedosdecisorespolíticosedapopulaçãoemgeralqueésuagrandevítima. Osresultadosdessaformadeatençãodascondiçõescrônicas através de modelos de atenção à saúde voltadosparaaatençãoaeventosagudossãodramáticos.Tome-seoexemplododiabetesnosEstadosUnidos:háoitomilhõesdeportadoresdediabetescomdiagnósticodadoençaeoutrostantos sem diagnóstico; 35% dos portadores de diabetesdesenvolvem nefropatias, 58% doenças cardiovasculares e30%a70%neuropatias;osportadoresdediabetestêmcincovezesmais chancesqueosnãoportadoresdediabetesdeapresentarumacidentevascularcerebral;aproximadamente15% dos portadores de diabetes sofrem algum tipo deamputação de extremidade; há 144.000mortes prematurasdeportadoresdediabetes,umaperdade1.445.000anosdevidaprodutivaeumaincapacitaçãototalde951.000pessoas;aprodutividadeanualésetemildólaresmenornosportadoresde diabetes em relação aos não portadores de diabetes;um portador de diabetes tem o dobro de possibilidade de aposentar-seprecocementequeumnãoportadordediabetes;acargaeconômicaanualdodiabetesfoiestimadaemtorno

48

de 90bilhõesdedólares;eumportadordediabetescustaanualmente,aosistemadeserviçosdesaúde,11.157dólarescomparadocom2.604dólaresparanãoportadoresdediabetes(Barr,BouwmaneLobeck,1996). Outro dado quemostra a irracionalidade da atençãoaosportadoresdediabetesatravésdemodelosfragmentadosdeatençãoàsaúde,voltadosparaascondiçõesagudas,estánofatodequeocustodeumúnicoepisódiodeinternaçãopordiabetescorrespondeaumaatençãocontínuaambulatorialde10a20deportadoresdediabetesduranteumano(England,GranteSancho,1997). Arazãodessesprecáriosresultadosestánumcompletodivórcio entre uma situação epidemiológica de dupla cargadasdoenças,comaltaprevalênciadecondiçõescrônicaseumsistemadeatençãofragmentado,voltadoparaaatençãoàscondiçõesagudas. A incoerência entre a situaçãode saúdemineira e osistemafragmentadodeatençãoàsaúdepraticadoconfiguraacrisefundamentaldosistemadesaúdenoestado.Essacrisesóserásuperadacomasubstituiçãodosistemafragmentadoporredesdeatençãoàsaúde. As redes de atenção à saúde são organizações poli-árquicasdeumconjuntodeserviçosdesaúdequepermitemofertarumaatençãocontínuaeintegraladeterminadapopu-lação,coordenadapelaatençãoprimáriaàsaúde,prestadanotempocerto,nolugarcerto,comocustocertoecomaqualidadecertaecomresponsabilidadesanitáriaeeconômicasobreestapopulação. Desta definição emergem os conteúdos básicosdas redes de atenção à saúde: têm uma responsabilidadessanitárias e econômicas inequívoca por sua população; sãoorganizadas sem hierarquia entre os pontos de atenção àsaúde;implicamumcontínuodeatençãonosníveisprimário,secundárioeterciário;implicamaatençãointegralcominter-venções promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras,reabilitadorasepaliativas;operamsobcoordenaçãodaatençãoprimáriaà saúde;eprestamatençãooportuna,em tempoelugarescertosecomaqualidadecerta. As redes de atenção à saúde constituem-se de trêselementos fundamentais: umapopulação, componentes dasredes e modelo de atenção àsaúde. A população de respon-sabilidadedasredesviveemter-ritóriossanitáriossingulares,or-ganiza-sesocialmenteemfamíliaseécadastradaeregistradaemsub-populaçõesporriscossócio-sanitários. Oscomponentesdasredesdeatençãoàsaúdesão:ospontosdeatençãoàsaúde;ocentrodecomunicaçãolocalizadonaatençãoprimáriaàsaúde;ossistemasdeapoio(sistemadeassistência farmacêutica,sistemadeapoiodiagnósticoeterapêuticoesistemasdeinformaçãoemsaúde);ossistemaslogísticos (cartão de identificação dos usuários, prontuárioeletrônicoúnico,centralderegulaçãoesistemadetransporte

As redes de atenção à saúde constituem-se de três elementos fundamentais: uma população, compo-nentes das redes e modelo de atenção à saúde.

49

sanitário);eosistemadegovernança. Omodelodeatençãoàsaúdeéosistemalógicoquepermitefuncionamentodasredesdeatençãoàsaúde.

Referências

BANCOMUNDIAL.Enfrentando o desafio das doenças não transmissíveis no Brasil.Brasília,BancoMundial/UnidadedeGerenciamentodoBrasil,2005.BARR,C.E.,BOUWMAN,D.I.&LOBECK,F. -Diseasestateconsiderations. In:TODD,W.E.&NASH,D.–Disease management:asystemsapproachtoimprovingpatientsoutcomes.Chicago,AmericanHospitalPublishingInc.,1996.ENGLAND,R.,GRANT,K.&SANCHO, J. -Health sector reform: a toolkit forcommunication.London,InstituteforHealthSectorDevelopment,1997.MENDES,E.V.Os sistemas de serviços de saúde:oqueosgestoresdeveriamsabersobreessasorganizaçõescomplexas.Fortaleza,EscoladeSaúdePúblicadoCeará,2002.

ATIVIDADE V – OS FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO E OS COMPONENTES DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Tempoestimado:2horase15minutos

Objetivos: ApresentarosfundamentosparaaconstruçãodasRedesdeAtençãoàSaúde,assimcomoseuscomponentes.

Desenvolvimento:• Inicie a exposição utilizando os slides do arquivo PowerPointRedesdeAtençãoàfamília(comumtotalde56slides)ecomente-os.•Apósaexplanação,dividaosparticipantesemgrupos,solicitequeescolhamumcoordenadoreumrelator,parafazeremumaatividadeemgrupo.•Solicitequeosparticipantes, emgrupos, leiamo seguintetexto: OS FUNDAMENTOS PARAA CONSTRUÇÃO E OSELEMENTOSCONSTITUTIVOSDASREDESDEATENÇÃOÀSAÚDENOSUS.Este textodeveráser lidoemvozalta,dandooportunidadeparatodososparticipantesdogrupo.• Após a leitura solicite aos participantes que façam umadiscussão do texto e depois respondam as seguintesquestões:

1. Em seumunicípio, na suamicrorregião, o sistema deserviçosdesaúdeestáorganizadoemrededeatençãoàsaúde?Comente.2.Aatençãoprimáriaàsaúdecumpreosseuspapéisnarededeatenção?3.Oshospitaisestãoorganizadosedimensionadosdeformaaatenderosprincípiosdoacesso,economiadeescalaedeescopo?Justifique.4.Ossistemasdeapoioe logísticosestãoorganizadosedimensionadosadequadamente?Justifique.5. Em sua microrregião ou na macrorregião, para aorganização das redes de atenção, os conceitos de inte-

Tenha em mente que os comentários não esgotam o assunto e que a exposição é enriquecida quando são utilizados exemplos da realidade local.

Aula Expositiva

Para Haidt (2004, o, 154) existem duas formas de desenvolver uma aula expositiva:• Exposição dogmática De acordo com essa posição, a mensagem transmitida não pode ser contestada, devendo ser aceita sem discussões e com a obrigação de repeti-la, por ocasião das provas de verificação.•Exposição aberta ou dialogada Nesta posição a mensagem apresentada pelo professor é simples pretexto para desencadear a participação dos alunos, podendo haver, assim, contestação, pesqusia, discussão. É nesse sentido que hoje se entende o método expositivo nos domínios da educação.

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Trabalho em GrupoHaidt (2004, p. 183) explica que, em termos didáticos, os principais objetivos do trabalho em equipe são: a) facilitar a construção do conhecimento; b) permitir a troca de idéias e opiniões; c) possibilitar a prática da cooperação para conseguir um fim comum.

Não se esqueça que a participação dos profissionais é muito importante para o processo de aprendizagem.

50

graçãohorizontaleverticalsãoaplicáveis?6.Comoéaatuaçãodosistemadegovernançavigente?Ele enfrenta adequadamente os problemas de saúdeexistentes?Justifique.7. Quais são os elementos constitutivos das redes deatençãoàsaúde.Comentecadaumdeles.

Cadarelatorterá5minutosparaaapresentaçãodasconclusõesdogrupoemplenária.

TEXTO DE APOIO I

OS FUNDAMENTOS PARA A CONSTRUÇÃO E OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS3

1. Os fundamentos para a construção das redes de atenção à saúde Asredesdeatençãoàsaúde,comooutrasformasdeprodução econômica, podem ser organizadas em arranjosprodutivoshíbridosquecombinamaconcentraçãodecertosserviçoscomadispersãodeoutros.Emgeral,osserviçosdeatençãoprimáriaàsaúde,devemserdispersos;aocontrário,serviços de maior densidade tecnológica, como hospitais,unidadesdeprocessamentodeexamesdepatologiaclínica,equipamentos de imagem etc, tendem a ser concentrados(WorldHealthOrganization,2000). O modo de organizar asredesdeatençãoàsaúdedefineasingularidadedeseusprocessosdescentralizadoresfrenteaoutrossetores sociais. Os serviços desaúde estruturam-se numa redede pontos de atenção à saúde,composta por equipamentos de diferentes densidades tecnológi-cas que devem ser distribuídosespacialmente, de forma ótima.Essa distribuição ótima vai re-sultaremeficiência,efetividadeequalidadedosserviços. Economiadeescala,graudeescassezderecursoseacessoaosdiferentespontosdeatençãoàsaúdedeterminam,dialeticamente,alógicafundamentaldaorganizaçãoracionaldasredesdeatençãoàsaúde. Osserviçosquedevemserofertadosdeformadispersasãoaquelesquenãosebeneficiamdeeconomiasdeescala,para os quais há recursos suficientes e em relação aosquaisadistânciaé fator fundamentalparaaacessibilidade;diferentemente,osserviçosquedevemserconcentradossãoaqueles que se beneficiam de economias de escala, paraos quais os recursos sãomais escassos e em relação aosquaisadistânciatemmenorimpactosobreoacesso(Mendes,2001). As economias de escala ocorrem quando os custosmédiosdelongoprazodiminuem,àmedidaemqueaumentaovolumedasatividadeseoscustosfixossedistribuempor

Os serviços de saúde estruturam-se numa rede de pontos de atenção à saúde, composta por equipamentos de diferentes densidades tecnológicas que devem ser distribuídos espacialmente, de forma ótima. Essa distribuição ótima vai resultar em eficiência, efetividade e qualidade dos serviços.

3MENDES, E.V. – As redes de atenção à saúde. Belo Horizonte, mimeo, 2008.

51

um maior número dessas atividades, sendo o longo prazoumperíodode temposuficienteparaque todosos insumossejamvariáveis.Aseconomiasdeescalasãomaisprováveisdeocorrerquandooscustosfixossãoaltosrelativamenteaoscustosvariáveisdeprodução,oqueécomumnosserviçosdesaúde.AteoriaeconômicaassumequeasrelaçõesentrecustosmédiosetamanhodecertosequipamentosdesaúdetendemaassumirumaformadeU.Assim,aumentosdeescalaimplicamfontesadicionaisdecustos,detalformaquealémdeum determinado volume crítico, os custosmédios de longoprazo começam a elevar-se, configurando uma situação dedeseconomiadeescala.Portanto,abuscadeescalaéumacondiçãoimprescindívelparaumsistemadesaúdeeficiente. Um exame da literatura universal identificou, apro-ximadamente, cem estudos que mostram evidências deeconomias de escala em hospitais. E revelaram que aseconomiasdeescalasópodemserencontradasemhospitaisdemaisde100leitos,queotamanhoótimodoshospitaispodeestarentre100a450leitosequeasdeseconomiasdeescalavãotornar-seimportantesemhospitaisdemaisde650leitos(Aletras,JoneseSheldon,1997). Outrofatorimportanteparaodesenvolvimentodasredesdeatençãoàsaúdeéadisponibilidadeouograudeescassezdos recursos. Recursos muito escassos, sejam humanos,sejamfísicos,devemserconcentrados;aocontrário,recursosmenosescassosdevemserdesconcentrados.Porexemplo,é comum concentrarem-se osmédicos superespecializadose desconcentrarem-se osmédicos de família que sãomaisnumerosos. Umdosobjetivosfundamentaisdosserviçosdesaúdeéaqualidade.Osserviçosdesaúdetêmqualidadequandosãoprestadosemconsonânciacompadrõesótimospré-definidos;são submetidos a medidas de performance nos níveis deestrutura,processoseresultados;sãoofertadosparaatenderàsnecessidadesdosusuários;implicamprogramasdecontrolede qualidade; são segurosparaosprofissionaisdesaúdee para os usuários fazem-sede forma humanizada; e sa-tisfazem às expectativas dosusuários (Dlugacz, Restifo &Greenwood(2004). Uma singularidadedos serviços de saúde éque parece haver uma re-lação estreita entre escalae qualidade, ou seja, entrequantidadeequalidade.Estarelaçãoestaria ligadaaumacrença generalizada de queserviços de saúde ofertadosem maior volume são maisprováveisdeapresentarme-lhor qualidade; nessas con-dições,dentreoutrasrazões,os profissionais de saúde

Um dos objetivos fundamentais dos serviços de saúde é a qualidade. Os serviços de saúde têm qualidade quando são prestados em consonância com padrões ótimos pré-definidos; são submetidos a medidas de performance nos níveis de estrutura, processos e resultados; são ofertados para atender às necessidades dos usuários; implicam programas de controle de qualidade; são seguros para os profissionais de saúde e para os usuários fazem-se de forma humanizada; e satisfazem às expectativas dos usuários (Dlugacz, Restifo & Greenwood (2004).

52

estariammelhorcapacitadosarealizarosserviçosdesaúde(Bunker, Luft e Enthoven, 1982). Por isso, os compradorespúblicosdesaúde,devemanalisarotamanhodosserviçoseovolumedesuasoperaçõescomoumaproxydequalidade. NaHolanda, a busca de escala e qualidade levou àregionalizaçãoeconcentraçãodecertosserviçosdesaúde.Por exemplo, cirurgias cardíacas abertas só podem serrealizadasemhospitaisquefaçam,nomínimo,600operaçõesanuais(BantaeBos,1991).NoReinoUnido,bemcomonamaioriadospaísesricos,háumacrescenteconcentraçãodehospitais,embuscadeescalaequalidade(Ferguson,SheldonePosnett,1997).NoBrasilverificou-seumaassociaçãoinversaentre volumedecirurgias cardíacase taxasdemortalidadeporessascirurgias(Noronhaetalii,2003). Diante dessas evidências, as redes de atenção àsaúde devem configurar-se em desenhos institucionais quecombinem elementos de concentração e de dispersão dosdiferentespontosdeatençãoàsaúde. Contudo,essesfatoresdevemestaremequilíbriocomocritériodoacessoaosserviços.Oacessoaosserviçosdesaúdeestáemfunçãodequatrovariáveis:ocustodeoportunidadedautilizaçãodosserviçosdesaúde;aseveridadepercebidadacondiçãoquegeraanecessidadedebuscadosserviços;aefetividadeesperadadosserviçosdesaúde;eadistânciados serviços de saúde. Outras condições sendo iguais,quantomaiorocustodeoportunidade,menoraseveridadedacondição,menosclaraapercepçãodaefetividadeemaioradistância,menorseráoacessoaosserviçosdesaúde. Uma revisão sobre o acesso aos serviços de saúdemostrou algumas evidências (Carr-Hill, Place e Posnett,1997):autilizaçãodaatençãoprimáriaàsaúdeésensívelàdistância,tantoparapopulaçõesurbanasquantorurais,sendoissoparticularmenteimportanteparaserviçospreventivosouparaomanejodedoençasemestágiosnãosintomáticos;háevidênciadeumaassociaçãonegativa,tambémparaserviçosdeurgênciaeemergência;nãoháevidênciadeassociaçãoentredistânciaeutilizaçãodeserviçosderadioterapiaedeseguimento de câncer de mama; não há associação entredistânciaeaacessibilidadeaserviçoshospitalaresagudos. Portanto,odesenhoderedesdeatençãoàsaúdefaz-se,sobreosterritóriossanitários,combinando,dinamicamente,deumlado,economiadeescala,escassezrelativaderecursosequalidadedosserviçose,deoutro,oacessoaosserviçosde saúde.A situação ótima é dada pela concomitância deeconomias de escala e serviços de saúde de qualidadeacessíveisaoscidadãos.Quandoseder–comoemregiõesdebaixadensidadedemográfica -,oconflitoentreescalaeacesso, prevaleceo critério doacesso.Assim,dopontodevistaprático,emalgumasregiõesbrasileiras,asmicrorregiõesestarãodefinidasporpopulaçõessubótimas;assim,também,certosserviçosoperarãoemdeseconomiasdeescalaporquenão se pode sacrificar o direito do acesso aos serviços desaúdeacritérioseconômicos. Naconstruçãoderedesdeatençãoàsaúdedevemserobservadososconceitosde integraçãohorizontalevertical.

53

São conceitos que vêm da teoria econômica e que estãoassociadosàscadeiasprodutivas. A integração horizontalse dá entre unidades produtivasiguais, com o objetivo de aden-sar a cadeia produtiva, e dessaforma, obter ganhos de escalae, conseqüentemente, maior pro-dutividade. É o caso das fusõesde bancos ou de provedores deInternet. Aintegraçãovertical,aocontrário,sedáentreunidadesprodutivas diferentes para configurar uma cadeia produtivacommaioragregaçãodevalor.Éocasodeumaempresaquecomeçacomamineraçãodeferro,depoisagregaaproduçãodegusa,depoisaproduçãodeaçoetc. Nodesenvolvimentodasredesdeatençãoàsaúdeosdoisconceitosseaplicam. Aintegraçãohorizontalqueobjetivapromoveroaden-samentodacadeiaprodutivadasaúde,sefazpordoismodosprincipais:afusãoouaaliançaestratégica.Afusãosedáquandoduasunidadesprodutivas,porexemplo,doishospitais,sefun-demnumsó,aumentandoaescalapelosomatóriodosleitosdecadaqualediminuindocustos,aoreduziraumsóalgunsserviços administrativos anteriormente duplicados, comoaunidadedegestão,a cozinha,a lavanderiaetc.Aaliançaestratégica se faz quando, mantendo-se as duas unidadesprodutivas,osserviçossãocoordenadosdemodoaquecadaumaseespecializenumacarteiradeserviços,eliminando-seaconcorrênciaentreeles.Porexemplo,quandodoishospitaisentramemacordoparaqueassuascarteirasdeserviçosnãosejamconcorrentes,mascomplementares,deformaaqueoqueum fazooutronão fará.Emgeral,haverá também,naaliançaestratégica,ganhosdeescalaemaiorprodutividade. A integração vertical, nas redesdeatençãoà saúde,se faz através de um sistema de comunicação fluido entreasdiferentesunidadesprodutivasdessa rede. Isso significacolocarsobamesmagestão, todosospontosdeatençãoàsaúde,desdeaatençãoprimáriaàatençãoterciáriaàsaúde,e comunicá-los através de sistemas logísticos potentes.Na integração vertical há uma formaespecial, na saúdedegeraçãodevaloremcadanódarededeatenção,oqueseaproximadoconceitodevaloragregadodaeconomia.

2. Os elementos constitutivos das redes de atenção à saúde As redes de atenção à saúde constituem-se detrês elementos: a população, a estrutura operacional ou oscomponentesdasredesdeatençãoàsaúdeeomodelodeatençãoàsaúde.

2.1. A população Não há possibilidade de se estruturar uma rede deatençãoàsaúdesemumapopulaçãoadscrita.Estapopulação,nasredesdeatençãoàsaúdeprivadasoupúblicas,organizadas

A integração horizontal que objetiva promover o adensamento da cadeia produtiva da saúde, se faz por dois modos principais: a fusão ou a aliança estratégica.

54

pelo princípio da competição gerenciada, prescindem delocalizaçãoemterritóriossanitários;aocontrário,asredesdeatençãoàsaúde,organizadaspeloprincípiodacooperaçãogerenciada,exigematerritorialização,ouseja,aconstruçãodeespaços/população,comoéocasodoSUS. Nestas últimas, a população de responsabilidadedas redesdeatençãoàsaúdeviveem territóriossanitáriossingulares,organiza-sesocialmenteemfamíliaseécadastradae registrada em sub-populações por riscos sócio-sanitários.Assim,apopulaçãototalderesponsabilidadedeumarededeatençãoàsaúdedevesertotalmenteconhecidaeregistradanum sistema de informação potente. Mas não basta oconhecimentodapopulaçãototal:eladevesersubdivididaemsubpopulaçõesporfatoresderiscoeestratificadaporriscosemrelaçãoàscondiçõesdesaúdeestabelecidas.

2.2. A estrutura operacional das redes de atenção à saúde Aestruturaoperacionaldasredesdeatençãoàsaúdematerializa-seemcincocomponentes:ospontosdeatençãoàsaúdesecundáriose terciários; ocentrodecomunicaçãolocalizadonaatençãoprimáriaàsaúde;ossistemasdeapoio;ossistemaslogísticos;eosistemadegovernançadarede.Éoquesevênafiguraaseguir,comaexceçãodosistemadegovernançaqueincidesobretodososoutroscomponentes.

2.3. Os pontos de atenção à saúde secundários e terciários Osnósdasredesdeatençãoàsaúdeconstituem-sedospontosdeatençãoàsaúdequesãooslugaresinstitucionais,ondeseofertamserviçosdeatençãosecundáriae terciária,produzidos através de uma função de produção singular.Sãoexemplos de pontos de atençãoà saúde: as unidadesambulatoriaisespecializadas;oscentrosdeapoiopsicossocial;as residências terapêuticas; os centros de especialidadesodontológicas, o centros ambulatoriais especializados, oscentros de enfermagem, os lares abrigados, os centros deconvivência para idosos, os centros de atenção paliativaetc. Os hospitais, como organizações de alta densidadetecnológicaecomoorganizaçõescomplexas,podemabrigardistintospontosdeatençãoàsaúde:oambulatóriodeprontoatendimento, a unidade de cirurgia ambulatorial, o centrocirúrgico, a maternidade, a unidade de terapia intensiva, a

RT: rede temática

sistemas logísticos; e o sistema de governança da rede. É o que se vê na figura a

seguir, com a exceção do sistema de governança que incide sobre todos os outros

componentes.

RT: rede temática

2.3.Os pontos de atenção à saúde secundários e terciários

Os nós das redes de atenção à saúde constituem-se dos pontos de atenção à

saúde que são os lugares institucionais, onde se ofertam serviços de atenção

secundária e terciária, produzidos através de uma função de produção singular. São

exemplos de pontos de atenção à saúde: as unidades ambulatoriais especializadas;

os centros de apoio psicossocial; as residências terapêuticas; os centros de

especialidades odontológicas, o centros ambulatoriais especializados, os centros de

enfermagem, os lares abrigados, os centros de convivência para idosos, os centros

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

RT

1

RT

2

RT

3

RT

4

RT

5

Sistemas de Apoio

Diagnóstico

Sistemas de Assistência

Farmacêutica Sistemas de

Informação em Saúde

Sistemas de

Transporte Sanitário

Sistemas Acesso

Regulado

Prontuário Único

Cartão de Identificação

dos Usuários

sistemas logísticos; e o sistema de governança da rede. É o que se vê na figura a

seguir, com a exceção do sistema de governança que incide sobre todos os outros

componentes.

RT: rede temática

2.3.Os pontos de atenção à saúde secundários e terciários

Os nós das redes de atenção à saúde constituem-se dos pontos de atenção à

saúde que são os lugares institucionais, onde se ofertam serviços de atenção

secundária e terciária, produzidos através de uma função de produção singular. São

exemplos de pontos de atenção à saúde: as unidades ambulatoriais especializadas;

os centros de apoio psicossocial; as residências terapêuticas; os centros de

especialidades odontológicas, o centros ambulatoriais especializados, os centros de

enfermagem, os lares abrigados, os centros de convivência para idosos, os centros

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

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Sistemas de Apoio

Diagnóstico

Sistemas de Assistência

Farmacêutica Sistemas de

Informação em Saúde

Sistemas de

Transporte Sanitário

Sistemas Acesso

Regulado

Prontuário Único

Cartão de Identificação

dos Usuários

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unidadedehospital/diaeoutros.

2.4. A atenção primária à saúde Ocentrodecomunicaçãodarededeatençãoàsaúdeéonó intercambiadornoqualsecoordenamosfluxoseoscontra-fluxos do sistema de serviços de saúde, constituídopelaatençãoprimáriaàsaúde(unidadeouequipedeatençãoprimáriaàsaúde).Paradesempenharseupapeldecentrodecomunicaçãoda redehorizontal de uma rededeatençãoàsaúde,aatençãoprimáriaàsaúdedevecumprirtrêspapéisessenciais(Mendes,2002b):opapelresolutivo,oderesolvera grandemaioria dos problemasde saúdedapopulação; opapel organizador, relacionado com sua natureza de centrodecomunicação,odecoordenarosfluxosecontra-fluxosdaspessoaspelosdiversospontosdeatençãoà saúde;eoderesponsabilização,odeco-responsabilizar-sepelasaúdedoscidadãos em quaisquer ponto de atenção à saúde em queestejam.

2.5. Os sistemas de apoio Ossistemasdeapoiosãooslugaresinstitucionaisdasredesonde seprestamserviços comunsa todosos pontosde atenção à saúde, nos campos do apoio diagnóstico eterapêutico, da assistência farmacêutica e dos sistemas deinformaçãoemsaúde.Osubsistemadeapoiodiagnósticoeterapêuticoenvolveosserviçosdediagnósticopor imagem,os serviços de medicina nuclear diagnóstica e terapêutica,a eletrofisiologia diagnóstica e terapêutica, as endoscopias,a hemodinâmica e a patologia clínica (anatomia patológica,genética,bioquímica,hematologia,imunologiaemicrobiologiaeparasitologia). O subsistema de assistência farmacêutica envolveuma organização complexa exercitada por um grupo deatividadesrelacionadascomosmedicamentos,destinadasaapoiarasaçõesdesaúdedemandadasporumacomunidadeenglobando, portanto, intervenções relativas à programaçãode medicamentos, à aquisição de medicamentos, ao arma-zenamentodosmedicamentos,àdistribuiçãodosmedicamentos,à dispensação dos medicamentos e à farmacoeconomia,bem como ações de uso racional como os protocolos demedicamentos, a dispensação farmacêutica, a atenção far-macêutica, a conciliação de medicamentos, a adesão aostratamentosmedicamentosos e a farmacovigilância.Os sis-temasdeinformaçãoemsaúdeenglobamdiferentesbancosdedadosnacionais,regionaiselocais.

2.6.Os sistemas logísticos Um quarto componente das redes de atenção àsaúdesãoossistemaslogísticos.Ossistemaslogísticossãosoluçõestecnológicas,fortementeancoradasnastecnologiasde informação,quegarantemumaorganizaçãoracionaldosfluxosecontra-fluxosdeinformações,produtoseusuáriosnasredesdeatençãoàsaúde.Osprincipaissistemas logísticosdasredesdeatençãoàsaúdesãooscartõesdeidentificaçãodos usuários, os sistemas e acesso regulado à atenção àsaúde, osprontuários clínicoseos sistemasde transportes

56

sanitários. Oquintocomponentedasredesdeatençãoàsaúdesãoossistemasdegovernançadasredes.Agovernançadaredeenvolveadefiniçãodeumainstitucionalidadedegestãoeousoinstrumentosgerenciais.Agovernançadaredeéoarranjoorganizativo interinstitucional que permite a governança detodososcomponentesdasredesdeatençãoàsaúde,deformaagerarumexcedentecooperativoentreosatoressociaisemsituaçãoeaobter resultadossanitáriosefetivoseeficientesnasregiõesdesaúde(macroemicrorregiões).

2.7. O modelo de atenção à saúde O modelo de atenção à saúde é um sistema lógicoque organiza o funcionamento das redes de atenção àsaúde, articulando, de forma singular, as relações entre oscomponentesda redeeas intervençõessanitárias,definidoem função da visão prevalecente da saúde, das situaçõesdemográfica e epidemiológica e dos determinantes sociaisdasaúde,vigentesemdeterminadotempoeemdeterminadasociedade.

ReferênciasALETRAS,V.,JONES,A&SHELDON,T.A–Economiesofscaleandscope. In:FERGUSON,B.,SHELDON,T.A&POSNETT,J.–Concentration and choice in health care.London,FinancialTimesHealthcare,1997.BANTA, H.D. & BOS, M. – The relation between quantity and quality with coronary artery bypass surgery.HealthPolicy,18:1-10,1991.BUNKER,J.P.,LUFT,H.S.&ENTHOVEN,A–Should surgery be regionalised? SurgicalClinicsofNorthAmerica,62:657-668,1982.CARR-HILL,R.,PLACE,M.&POSNETT,J.–Accessandtheutilizationofhealthcareservices. In:FERGUSON,B.,SHELDON,T.A&POSNETT,J.–Concentration and choice in health care.London,FinancialTimesHealthcare,1997.DLUGACZ, Y.D., RESTIFO,A. & GREENWOOD,A. – The quality handbook for health care organizations: amanager´s guide to tools andprograms.SanFranscisco,JohnWiley&Sons,2004.FERGUSON,B.,TREVOR,AS.&POSNETT,J.– Introduction. In:FERGUSON,B., TREVOR, A S. & POSNETT,J. (Editors) – Concentration and choice in healthcare.London,FTHealthcare,1997.MENDES,E.V. –Os grandes dilemas do SUS.Salvador,CasadaQualidade,TomoII,2001.MINISTÉRIODASAÚDE–A regionalização da saúde:versãopreliminarparadiscussãointerna.Brasília,mimeo,2004.NORONHA, J.C. de –Avaliação da relação entre volume de procedimentos ea qualidade do cuidado: o caso da cirurgia coronariana.Cadernos de Saúde Pública,19:1781-1789,2003.WORLD HEALTH ORGANIZATION – The world health report 2000: healthsystems,improvingperformance.Geneva,WHO,2000.

57

Tenha em mente que os comentários não e sgotam o assunto e que a exposição é enriquecida quando são utilizados exemplos da realidade local.

Para subsídio, torna-se necessária a leitura do Texto de Apoio.

ATIVIDADE VI: OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Tempo estimado: 45 minutos

Objetivos: Compreenderoterceiroelementoconstitutivodasredesquesãoosmodelosdeatençãoàsaúde.

Desenvolvimento:•InicieaexposiçãoutilizandoosslidesdoarquivoPowerPointModelosdeAtençãoàSaúdeecomente-os.•Apósaexposiçãodialogada,concluaaatividadechamandoaatençãoparaospontosimportantesdosmodelosdeatençãoàsaúdeesublinheaimportânciadacompreensãodomodelodeatençãoàscondiçõescrônicasqueestásendopropostonaSecretariadeEstadodeSaúdedeMinasGerais.• Em seguida, encerre as atividades do dia, fazendo umaexplanação sucinta dos temas abordados e um brevecomentáriosobreaprogramaçãododiaseguinte:arededeatençãoVivaVidaedeUrgênciaeEmergência.• Após a explanação, esclareça as dúvidas advindas dosparticipantese informe-osquenodiaseguinte iniciarãocomumestudodirigidosobreotemaexplanado.

TEXTO DE APOIO I

O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE

O modelo de atenção à saúde é um sistema lógicoque organiza o funcionamento das redes de atenção àsaúde, articulando, de forma singular, as relações entre oscomponentes da redee as intervenções sanitárias, definidoem função da visão prevalecente da saúde, das situaçõesdemográfica e epidemiológica e dos determinantes sociaisdasaúde,vigentesemdeterminadotempoeemdeterminadasociedade(Mendes,2007a). Osmodelosdeatençãoàsaúdesão,emgeral,aplicadosàscondiçõescrônicas.Há,naliteraturainternacional,muitosdeles: o modelo da atenção crônica (chronic care model)(Wagner,1998);omodelodoscuidados inovadoresparaascondiçõescrônicas(OrganizaçãoMundialdaSaúde,2003);omodeloexpandidodaatençãoàscondiçõescrônicas(MinistryofHealth, 2003); omodelodeatençãosocial eà saúdedoServiçoNacionaldeSaúdedoReinoUnido(ScotlandHealthWhitePaper,2003);omodelodaKaiserPermanente;omodeloEverCare, o modelo Pfizer, o modelo de fortalecimento,omodelo da atenção guiada emuitos outros (Sing eHam,2006). Contudo,pelasevidênciasdisponíveis,destacam-setrêsmodelos:odaatençãocrônica,odoscuidadosinovadoresparaascondiçõescrônicaseodaKaiserPermanente. O modelo seminal é o da atenção crônica do qual

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

58

derivam quase todos os demais. Os componentes destemodelo,definidoscombaseemevidências,são:osrecursoseaspolíticascomunitárias,aorganizaçãodaatençãoàsaúde,odesenhodosistemadeprestaçãodeserviços,oautocuidadoapoiado, o sistemade apoio às decisões e os sistemas deinformações clínicas.Para se implantar, comsucesso, umarededeatençãoàsaúde,mudançasdevemserfeitasnessesseis componentes. Esse modelo tem sido exaustivamenteavaliado. Uma revisão sistemática desenvolvida pela Colabo-raçãoCochranesobrecentenasdeartigos,sugeriuumefeitosinérgicoquandooscomponentesdomodelosãocombinadose um estudo avaliativo da Rand Corporation, realizado emmaisde40organizaçõesque implementaramomodelonosEstadosUnidos,concluiuqueelelevaamelhoresprocessoseresultadosdaatençãoàsaúde,incluindoresultadosclínicos,satisfação dos pacientes e custos (Shortell et al., 2004);além disso, uma meta-análise (Tsai et al., 2005) feita com112 estudos, concluiu que a adoção de, pelo menos, umdos componentes domodelo da atenção crônica promovemelhoriasnosprocessoseresultadosdaatençãoemasma,diabetes,insuficiênciacardíacaedepressão. AOrganizaçãoMundialdaSaúde (2003)preconizaomodelodoscuidadosinovadoresparaascondiçõescrônicas,com suas origens no modelo de atenção às condiçõescrônicas,masquesepropõeamelhoraraatençãoàsaúdeem trêsníveis: onívelmicro (indivíduose famílias), onívelmeso(organizaçõesdesaúdeecomunidade)eonívelmacro(políticas de saúde). Há evidências de que a aplicação domodelodoscuidadosinovadoresparaascondiçõescrônicastem impacto em alguns processos e resultados sanitários(SingeHam,2006). O modelo da Kaiser Permanente, desenvolvido,também,apartirdomodelodeatençãoàscondiçõescrônicas,conhecidocomoapirâmidedaKaiser,estratificaaspessoasque usam a rede de atenção à saúde, em três níveis decomplexidade:onível1,70a80%deportadoresdedoençassimplesqueutilizamintensivamenteoautocuidadoapoiado;onível2,portadoresdedoençascomplexasquesãocuidadospelatecnologiadediseasemanagement;eonível3,portadoresde doenças dealta complexidadeque são cuidados comatecnologiadegestãodecaso(casemanagement).OmodelodaKaiserPermanentepromoveamelhoriadaqualidadedevidadospacientesediminuiasinternaçõeshospitalareseastaxasdepermanêncianoshospitais (Wallace,2005;SingeHam,2006). Aindaqueessesmodelosnãotenhamsidoaplicados,integralmente, na realidade brasileira, muitos de seuselementos estão presentes na experiência bem sucedidade implantação de redes de atenção à saúde nomunicípiodeCuritiba.Umestudoavaliativo doBancoMundial (WorldBank, 2006) procurou entender porque este municípioobtevemelhoresresultadosemrelaçãoaoutrasdezcidadesbrasileirasdeperfisdemográficoesanitáriosemelhantes.Os

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resultados desse estudo, confrontados com osmodelos deatençãoàscondiçõescrônicasecomapirâmidedaKaiser,mostrammuitoselementoscomuns. Apartirdassemelhançasdessestrêsmodelos,Mendes(2007a) desenvolveu um modelo de atenção às condiçõescrônicasparaseraplicadonoSUSquetemsidodiscutidonapropostaderedesdeatençãoàsaúdedeMinasGerais.Estemodeloestárepresentadonafiguraaseguir:

Figura3:Modelodeatençãoàscondiçõescrônicas

Omodelodeatençãoàscondiçõescrônicas,estrutura-se em cinco níveis e em três componentes articulados:a população, os focos das intervenções de saúde e asintervençõesdesaúde. Noprimeironível,opera-secomapopulação totaldeumarededeatençãoàsaúde,comofoconosdeterminantessociaisdasaúdeepormeiodeintervençõesdepromoçãodasaúde.Osdeterminantessociaisdasaúdesãoconceituadoscomo as condições sociais em que as pessoas vivem etrabalhamouascaracterísticassociaisdentrodasquaisavidatranscorre,ouseja,comoascausasdascausas(ComissiononSocialDeterminantsofHealth,2007). Osprincipaisdeterminantessociaisdasaúdeaseremconsideradossão:aacumulaçãoderiscosnocursodavida,oemprego,arenda,aeducação,araça/etnicidade,acoesãosocial,oambiente,alocalizaçãogeográfica,osestilosdevida,aviolênciaeaalimentaçãoetêmcomopanodefundoaquestãodaeqüidade(WorldHealthOrganization,2003;Victora,2006).Asintervençõesdepromoçãodasaúdeapresentamsinergiasentresi,oquesignificaquedevemserrealizadassobaformade projetos intersetoriais, sustentados pela vigilância dosdeterminantessociaisdasaúde. Nosegundonível,opera-secomumasubpopulaçãodapopulaçãototalqueestásubmetidaaalgumdefatorderisco,entendidocomoumacaracterísticaouatributocujapresençaaumenta a possibilidade de apresentar uma condição desaúde. Os principais fatores de riscos para as condiçõescrônicas são: a idade, o tabagismo, o gênero, o sobrepesoouobesidade,osexo inseguro,ousoabusivodedrogas,o

sido discutido na proposta de redes de atenção à saúde de Minas Gerais. Este

modelo está representado na figura a seguir:

Figura 3: Modelo de atenção às condições crônicas

Fonte: Mendes (2007a)

O modelo de atenção às condições crônicas, estrutura-se em cinco níveis e em

três componentes articulados: a população, os focos das intervenções de saúde e as

intervenções de saúde.

No primeiro nível, opera-se com a população total de uma rede de atenção à

saúde, com o foco nos determinantes sociais da saúde e por meio de intervenções de

promoção da saúde. Os determinantes sociais da saúde são conceituados como as

condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham ou as características sociais

INTERVENÇOES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

INTERVENÇÕES DE PREVENÇÃO

DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE

GESTÃO DA CONDIÇÃO

DE SAÚDE 1

GESTÃO DA CONDIÇÃO

DE SAÚDE 2

GESTÃO

DE CASO

DETERMINANTES

SOCIAIS DA SAÚDE

FATORES DE RISCOS

CONDIÇÃO DE

SAÚDE

POPULAÇÃO

TOTAL

POPULAÇÃO EM RISCO

POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO

DE SAÚDE SIMPLES

POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO DE

SAÚDE COMPLEXA

POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO DE

SAÚDE MUITO COMPLEXA

Fonte: Mendes (2007a)

60

estresse,ahipertensãoarterial, a intolerânciaàglicoseeadepressão (Brasil 2005; Organização Mundial da Saúde,2005). As principais interven-ções de prevenção dascondições de saúde são: avigilânciadosfatoresderisco;asmedidasdeprevençãoes-pecífica,comoasimunizações;orastreamentodedoenças;avigilância ativa de certas do-enças,comoocâncerdeprós-tata; os exames periódicosdesaúde;asintervençõesdemanejo do estresse; as mu-dançasdeestilodevida;eocontroledefatoresderiscopormedicamentos(Porter,2007). Até o segundo nívelnão há uma condição de saúde estabelecida. Somente apartirdoterceironíveldomodeloéquesevaioperarcomumacondiçãodesaúdecujagravidade,expressanacomplexidadeque apresenta a condição de saúde estabelecida, definiráasintervençõesdesaúde.Porisso,apartirdoterceironívelexige-seadefiniçãodesubpopulaçõesrecortadassegundoaestratificaçãoderiscosdacondiçãodesaúde,oqueconvocaastecnologiasdegestãodaclínica.Sãoduasastecnologiasdegestãodaclínicautilizadasnomodelo:agestãodacondiçãodesaúdeeagestãodecaso. No terceiro nível, opera-se com uma subpopulaçãoda população total que apresenta uma condição de saúdesimples(debaixooumédiorisco),emgeralmaisde70%dosportadoresdacondiçãodesaúde,pormeiodatecnologiadegestãodacondiçãodesaúde.Noquartonível,opera-secomumasubpopulaçãocomcondiçãodesaúdecomplexa(dealtooumuitoaltorisco),tambémpormeiodatecnologiadegestãoda condição de saúde. O que justifica esta divisão entregestãodacondiçãodesaúde1e2,éanaturezadaprovisãodo cuidado. No nível 3, vai-se operar, basicamente, com oautocuidadoapoiado;jánonível4,opera-seequilibradamenteentreoautocuidadoapoiadoeocuidadomultiprofissional.Adiagonalquecruzaafigura,desdeotopoatéasintervençõesde prevenção das condições de saúde, representa isso; oqueficaacimadalinhaécuidadomultiprofissional,oqueficaabaixoéautocuidadoapoiado. No nível 5, opera-se com uma subpopulação dapopulação total que apresenta uma condição de saúde demuitocomplexa.Essasubpopulaçãoéaquelaque,segundoaleidaconcentraçãodaseveridadedascondiçõesdesaúdeedosgastosdaatençãoàsaúde,atingede1a5%dapopulaçãototalequechegaaconsumirmaisdametadedosrecursosglobaisdeumsistemadeatençãoàsaúde(BerkeMonheint,1992).Asintervençõesemrelaçãoaessasubpopulaçãosãorealizadasporumaoutra tecnologiadagestãodaclínica,agestãodecaso.

As principais intervenções de prevenção das condições de saúde são: a vigilância dos fatores de risco; as medidas de prevenção específica, como as imunizações; o rastreamento de doenças; a vigilância ativa de certas doenças, como o câncer de próstata; os exames periódi-cos de saúde; as intervenções de manejo do estresse; as mudanças de estilo de vida; e o controle de fatores de risco por medicamentos (Porter, 2007).

61

A operacionalização desse modelo de atenção àscondiçõescrônicasexigemudançasnoscomponentesdarededeatençãoàsaúde,oqueéfeitosegundoasdiretivasdomodelodaatençãocrônica(Wagner,1998). Issosignificamudançasnasrelaçõescomacomunidade:oencorajamentodosusuáriosdas redes para participarem de programas comunitários easparceriasdarededeatençãoàsaúdecomorganizaçõescomunitárias; mudanças na organização da atenção àsaúde: o desenvolvimento de uma cultura de integração ede coordenaçãodaatençãoà saúdeea institucionalizaçãodeincentivosparaaqualidadedaatenção;asmudançasnodesenhodosistemadeprestaçãodeserviços:aclaradefiniçãodospapéisdasequipesmultiprofissionaisnaatençãoàsaúdeeaofertadegestãodecasosaportadoresdecondiçõesdesaúdemuitocomplexas;a implantaçãodesistemadeapoioàsdecisões:autilizaçãodediretrizesclínicasbaseadasemevidências,aeducaçãopermanenteparaosprofissionais,aeducaçãoemsaúdeparaosusuárioseaintegraçãodaatençãoprimária e especializada; o fortalecimento do autocuidadoapoiado:acolocaçãodousuário comoocentrodaatençãoà saúde, a elaboração colaborativa do plano de cuidadopela equipe multiprofissional e o usuário e a utilização detecnologiasdeautocuidadoapoiadocomotécnicasdesoluçãodeproblemasedefiniçãodemetasnoplanodecuidadoeseumonitoramento; asmudanças nos sistemas de informaçõesclínicas: implantaçãodeprontuárioseletrônicosque incluamplanos de cuidados, identificação de subpopulações para ocuidado proativo, provisão de alertas e lembretes para osprofissionais de saúde e usuários e compartilhamento dasinformaçõesentreaequipemultiprofissionaleousuário.

62

63

2º Dia ATIVIDADE VII: A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA – VIVA A VIDA

Tempo estimado: 2 horas e 15 minutos

Objetivo: Compreenderaformaadequadadeutilizaçãodoprocessodemodelagemdasredesdeatençãoàsaúde.

Desenvolvimento:•Soliciteaosparticipantesquedividam-seemgruposcomnomáximo10pessoasemcadagrupo;•Solicitequeescolhamumcoordenadorerelator,paracadagrupo;•SolicitealeituradoTextodeApoio1–ODimensionamentoda Rede deAtençãoMaterna e Infantil naMicrorregião deSerraNova;• Solicite que os participantes analisem as planilhas deprogramaçãomaternaeinfantileatentemparaosresultadosesperados,asatividadeseosparâmetros;• Utilizando os parâmetros das planilhas 1, 2 e 3, soliciteque os participantes preencham a 3ª coluna das planilhasde programaçãomaterna (planilha 2) e infantil (planilha 3),dimensionandoasnecessidadesdeatendimentonoano;• Cada relator terá 10 minutos para a apresentação dasconclusõesdogrupoemplenária.

MATRIZES 1 E 2 – OS PONTOS DE ATENÇÃO DA REDE MATERNO-INFANTIL (REDE VIVA VIDA)

ApartirdasdiretrizesclínicasdaSecretariadeEstado de Saúde de Minas Gerais, para o Programa Viva Vida,realizou-se o trabalho de modelagem da rede de atençãomaterno-infantilnoestadoquearticulouterritóriossanitários,níveisdeatençãoepontosdeatençãoàsaúde. Amodelagemestabeleceunoâmbitodecadaterritório–macrorregional,microrregionalemunicipal–ospontosdeatençãonecessáriosparaprestaratendimentoeacompetênciadecadaponto.VejaasMatrizes1e2aseguir:

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Lembre-se de recolher a produção de cada grupo.

64

atendimento e a competência de cada ponto. Veja as Matrizes 1e 2 a seguir:

Matriz 1 - REDE DE ATENÇÃO VIVA VIDA

NÍVEL DE ATENÇÃO

PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

TERITÓRIO SANITÁRIO

ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE

Maternidade de Alto Risco Terciária

Casa da Gestante

Unidade de Internação Pediátrica de Nível Terciário

Macrorregião

Maternidade de Alto Risco Secundária

Centro Viva Vida Unidade de Internação Pediátrica

Microrregião ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE

Maternidade de Risco Habitual Município

Parteira Tradicional Município

Unidade Básica / Equipe PSF Área de Abrangência

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Agente Comunitário de Saúde Micro-Área

Matriz1-REDEDEATENÇÃOVIVAVIDA

65

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67

TEXTO DE APOIO I

O DIMENSIONAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO MATERNA E INFANTIL NA MICRORREGIÃO DE SERRA

A microrregião de Serra Nova é composta por 20municípios que totalizam uma população de 300.000habitantes. Dosproblemasdesaúdeenfrentadospelosmunicípios,o de maior relevância é o expressivo número de mortesinfantis.Ocoeficientedemortalidadeinfantildamicrorregião–19mortesemmenoresde01anoem1.000nascidosvivos.Existe um esforço dos gestores de saúde - municipais eestaduais-paraareduçãodamortalidadeinfantil. Como estratégia de enfrentamento do problema, osgestoresoptarampor instituiragestãodaclínica.Aoaplicaros fundamentos de gestão da clínica, os gestores decidempelaconstruçãode linha-guia, fundamentadaemevidênciascientíficas, que possa orientar para a organização da redede atenção materna e infantil e, por conseguinte para aconsolidaçãodosistemaintegradodeserviçosdesaúde.

1. A rede de atenção materna e infantil A partir da linha-guia, o grupo técnico realizou amodelagemdarededeatençãomaterno-infantil.Amodelagemestabeleceu no âmbito de cada território – macrorregional,microrregionalemunicipal–ospontosdeatençãonecessáriosparaprestaratendimentoeacompetênciadecadaponto(videMatriz1)

2. A linha-guia e a planilha de programação A linha-guia também contém as planilhas deprogramação, que discriminam os resultados esperados,as principais atividades a serem operacionalizadas e osparâmetrosparadimensionaranecessidadedeatendimentonospontosdeatenção.

25a54anos70.900

40a4919.800

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Mulheres:

Parâmetros Populacionais

68

Quantitativo de puérperas 100% do total das puérperas realizam consulta de puerpério na atenção primária

6. CRIANÇA Quantitativo de recém-nascidos /município / ano Último nº de nascidos vivos disponível no SINASC

Quantitativo de crianças de risco habitual 70% do total das crianças podem ser de risco habitual

Quantitativo de crianças de risco do grupo I 10% do total das crianças podem ser de risco do grupo I

Quantitativo de crianças de risco do grupo II 20% do total das crianças podem ser de risco do grupo II

PLANILHA 2: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO À SAÚDE DA MULHER

TERRITÓRIO ATIVIDADE PARÂMETRO NECESSIDADE/ ANO

CÂNCER DA MULHER - COLO DE ÚTERO

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Realizar papanicolau nas mulheres entre 25 e 59 anos, de três em três anos, após dois resultados consecutivos sem alteração.

100% das mulheres realizando papanicolau nas Unidades Básicas, de três em três anos

Realizar colposcopia nas mulheres com papanicolau com resultado alterado

100% das mulheres com papanicolau alterado realizando colposcopia no Centro Viva Vida

Realizar biópsia nas mulheres com papanicolau com resultado alterado

100% das mulheres com papanicolau alterado realizando biópsia no Centro Viva Vida

Realizar eletrocauterização nas mulheres com biópsia alterada

70% das mulheres com biópsia alterada realizando eletrocauterização no Centro Viva Vida

CENTRO VIVA VIDA

Realizar cirúrgia de alta frequência nas mulheres com biópsia alterada

30% das mulheres com biópsia alterada realizando CAF no Centro Viva Vida

ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE

Realizar tratamento nas mulheres com biópsia alterada que necessitam de acesso a serviços de maior complexidade tecnológica

20% das mulheres com biópsia alterada refereênciadas para a atenção terciária

CÂNCER DA MULHER - MAMA

ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Realizar rastreamento, através de exame clínico de mamas, nas mulheres entre 40 e 49 anos

100% das mulheres entre 40 e 49 anos realizando exame clínico anual na atenção primária

Realizar rastreamento, através de mamografias, nas mulheres entre 50 e 69 anos; de dois em dois anos

100% das mulheres entre 50 e 69 anos realizando mamografia de rastreamento, de dois em dois anos

Realizar mamografia de confirmação de diagnóstico nas mulheres com exame clínico alterado

100% das mulheres entre 40 e 49 anos com alteração no exame clínico realizando mamografia de confirmação

CENTRO VIVA VIDA

Realizar ultrassonografia mamária nas mulheres que necessitarem

66% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de ultrasonografia mamária

TEXTO DE APOIO I

O DIMENSIONAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO MATERNA E INFANTIL NA

MICRORREGIÃO DE SERRA

A microrregião de Serra Nova é composta por 20 municípios que totalizam

uma população de 300.000 habitantes.

Dos problemas de saúde enfrentados pelos municípios, o de maior relevância

é o expressivo número de mortes infantis. O coeficiente de mortalidade infantil da

microrregião – 19 mortes em menores de 01 ano em 1.000 nascidos vivos.

Existe um esforço dos gestores de saúde - municipais e estaduais - para a

redução da mortalidade infantil.

Como estratégia de enfrentamento do problema, os gestores optaram por

instituir a gestão da clínica. Ao aplicar os fundamentos de gestão da clínica, os

gestores decidem pela construção de linha-guia, fundamentada em evidências

científicas, que possa orientar para a organização da rede de atenção materna e

infantil e, por conseguinte para a consolidação do sistema integrado de serviços de

saúde.

1. A rede de atenção materna e infantil

A partir da linha-guia, o grupo técnico realizou a modelagem da rede de

atenção materno-infantil. A modelagem estabeleceu no âmbito de cada território –

macrorregional, microrregional e municipal – os pontos de atenção necessários para

prestar atendimento e a competência de cada ponto (vide Matriz 1)

2. A linha-guia e a planilha de programação

A linha-guia também contém as planilhas de programação, que discriminam

os resultados esperados, as principais atividades a serem operacionalizadas e os

parâmetros para dimensionar a necessidade de atendimento nos pontos de

atenção.

PLANILHA 1: PARÂMETROS PARA O DIMENSIONAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO MATERNO-INFANTIL

INDICADOR PARÂMETRO 1. CÂNCER DA MULHER - COLO DE ÚTERO Quantitativo de mulheres que realizam coleta de papanicolau a cada 3 anos

33% das mulheres da faixa etária de 25 a 59 anos devem realizar coleta de papanicolau, no ano

Quantitativo de mulheres com exame papanicolau com alteração ou suspeita

1,5% das mulheres podem ter o exame de papanicolau com alteração no ano

Quantitativo de mulheres que realizam colposcopia

100% das mulheres com exame de papanicolau com alteração ou suspeita realizam colposcopia

Quantitativo de mulheres que realizam biópsia

100% das mulheres que realizam colposcopia realizam também biópsia

Quantitativo de mulheres com biópsia positiva 66% das mulheres que realizam biópsia têm biópsia com alteração

Quantitativo de mulheres que realizam 70% das mulheres com biópsia positiva fazem eletrocauterização eletrocauterização Quantitativo de mulheres que realizam cirurgia de alta frequência 30% das mulheres com biópsia positiva fazem CAF

Quantitativo de mulheres com câncer de colo de útero que necessitam de tratamento na alta-complexidade

20% das mulheres com biópsia positiva podem necessitar de tratamento na alta-complexidade

2. CÂNCER DA MULHER - MAMA Quantitativo de mulheres que realizam rastreamento através de exame clínico de mama anualmente

100% das mulheres da faixa etária de 40 a 49 anos devem realizar exame clínico de mama, no ano

Quantitativo de mulheres com exame clínico de mama alterado

17% das mulheres podem ter o exame clínico de mama alterado 100% das mulheres com exame clínico de mama alterado devem realizar mamografia imediatamente após a suspeição clínica

Quantitativo de mulheres que realizam mamografia

100% das mulheres da faixa etária de 50 a 69 anos devem realizar mamografia, de dois em dois anos

Quantitativo de mulheres com mamografia alterada

7,0% das mulheres que realizaram mamografia, podem ter alteração no resultado

Quantitativo de mulheres que realizam ultrasonografia mamária

66% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de ultrasonografia mamária

Quantitativo de mulheres que realizam biópsia excisional

34% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de biópsia excisional

Quantitativo de mulheres com câncer de mama que necessitam de tratamento na alta-complexidade

% das mulheres (ou % das mulheres com mamografia positiva) podem necessitar de tratamento na alta-complexidade (parâmetro indefinido)

3. PRÉ-NATAL

Quantitativo de gestantes / município / ano Último nº de nascidos vivos disponível no SINASC + 10%

Quantitativo de gestantes de risco habitual 85% do total das gestantes podem ser de risco habitual

Quantitativo de gestantes de alto risco 15% do total das gestantes podem ser de alto risco Quantitativo de exames para gestantes de risco habitual

100% das gestantes de risco habitual fazem 15 exames durante o pré-natal

Quantitativo de exames para gestantes de alto risco

100% das gestantes de alto risco fazem NO MÍNIMO 15 exames durante o pré-natal

Quantitativo de ultrassonografias para gestantes de alto risco

100% das gestantes de alto risco fazem 3 ultrassonografias durante o pré-natal

Quantitativo de cardiotocografias para gestantes de alto risco

100% das gestantes de alto risco fazem 2 cardiotocografias durante o pré-natal

4. PARTO Quantitativo de partos normais 75% do total de partos podem ser normais Quantitativo de partos cesáreas 25% do total de partos podem ser cesáreas Tempo médio de internamento de parto normal e cesareana Média de 3 dias

Quantitativo de necessidade de leitos gerais 2,5 a 3 leitos para cada 1.000 habitantes Quantitativo de necessidade de leitos para pré-parto no mínimo 2 leitos por sala de Parto.

Quantitativo de salas de parto Até 350 partos: 1 normal e 1 reversível (normal ou cirúrgico) Mais de 350: 2 para parto normal e 1 para cirúrgico

Quantitativo de necessidade de leitos em Unidade Recuperação (pós-cirúrgico) 2 a 3 leitos por Sala Cirúrgica

Quantitativo de leitos em Alojamento Conjunto

nº de partos / 97* ( 97 = 365 dias do ano X 80% de taxa de ocupação / 3 dias de média de permanência)

Quantitativo de leitos em Unidade Neonatal de Cuidados Progressivos 3 leitos para cada 1.000 nascidos vivos

Quantitativo de necessidade de leitos UTI neonatal 1,5 leitos para cada 1.000 nascidos vivos

Quantitativo de necessidade de leitos UTI adulto 7% do nº de leitos

5. PUERPÉRIO

Fonte: SAS/SES

69

Quantitativo de puérperas 100% do total das puérperas realizam consulta de puerpério na atenção primária

6. CRIANÇA Quantitativo de recém-nascidos /município / ano Último nº de nascidos vivos disponível no SINASC

Quantitativo de crianças de risco habitual 70% do total das crianças podem ser de risco habitual

Quantitativo de crianças de risco do grupo I 10% do total das crianças podem ser de risco do grupo I

Quantitativo de crianças de risco do grupo II 20% do total das crianças podem ser de risco do grupo II

PLANILHA 2: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO À SAÚDE DA MULHER

TERRITÓRIO ATIVIDADE PARÂMETRO NECESSIDADE/ ANO

CÂNCER DA MULHER - COLO DE ÚTERO

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Realizar papanicolau nas mulheres entre 25 e 59 anos, de três em três anos, após dois resultados consecutivos sem alteração.

100% das mulheres realizando papanicolau nas Unidades Básicas, de três em três anos

Realizar colposcopia nas mulheres com papanicolau com resultado alterado

100% das mulheres com papanicolau alterado realizando colposcopia no Centro Viva Vida

Realizar biópsia nas mulheres com papanicolau com resultado alterado

100% das mulheres com papanicolau alterado realizando biópsia no Centro Viva Vida

Realizar eletrocauterização nas mulheres com biópsia alterada

70% das mulheres com biópsia alterada realizando eletrocauterização no Centro Viva Vida

CENTRO VIVA VIDA

Realizar cirúrgia de alta frequência nas mulheres com biópsia alterada

30% das mulheres com biópsia alterada realizando CAF no Centro Viva Vida

ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE

Realizar tratamento nas mulheres com biópsia alterada que necessitam de acesso a serviços de maior complexidade tecnológica

20% das mulheres com biópsia alterada refereênciadas para a atenção terciária

CÂNCER DA MULHER - MAMA

ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Realizar rastreamento, através de exame clínico de mamas, nas mulheres entre 40 e 49 anos

100% das mulheres entre 40 e 49 anos realizando exame clínico anual na atenção primária

Realizar rastreamento, através de mamografias, nas mulheres entre 50 e 69 anos; de dois em dois anos

100% das mulheres entre 50 e 69 anos realizando mamografia de rastreamento, de dois em dois anos

Realizar mamografia de confirmação de diagnóstico nas mulheres com exame clínico alterado

100% das mulheres entre 40 e 49 anos com alteração no exame clínico realizando mamografia de confirmação

CENTRO VIVA VIDA

Realizar ultrassonografia mamária nas mulheres que necessitarem

66% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de ultrasonografia mamária

Realizar biópsia excisional nas mulheres que necessitarem

34% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de biópsia excisional

PLANILHA 3: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO À SAÚDE DA GESTANTE

TERRITÓRIO ATIVIDADE PARÂMETRO NECESSIDADE/ ANO

PRÉ NATAL

Inscrever as gestantes no pré-natal das unidades de saúde do município

100% das gestantes inscritas no pré-natal das unidades de saúde, preferencialmente, no primeiro trimestre de gestação.

Realizar consultas de pré-natal para as gestantes nas unidades de saúde do município

100% das gestantes com no mínimo 6 consultas de pré-natal nas, realizadas por médicos e enfermeiros, nas unidades básicas de saúde do município.

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Realizar exames laboratoriais para as gestantes, com coleta no município

100% das gestantes com exames laboratoriais solicitados na inscrição do pré-natal: grupo sanguíneo, fator Rh, Coombs indireto se necessário, hemograma, glicemia de jejum, VDRL, toxoplasmose, urina rotina, urocultura, colpocitologia oncótica, teste anti-HIV (após aconselhamento e consentimento), HbsAg. Na 30a semana, glicemia de jejum, VDRL e urina rotina.

Realizar mais, no mínimo, 5 consultas de alto risco

100% das gestantes de alto risco com, no mínimo, mais 5 consultas de pré-natal no Centro de Referência

Realizar ultrasonografia para as gestantes de alto risco no centro de referência microrregional

100% das gestantes alto risco com no mínimo 3 ultrasonografias realizadas no centro de referência microrregional

CENTRO VIVA VIDA

Realizar cardiotocografia para as gestantes de alto risco no centro de referência microrregional

100% das gestantes alto risco com no mínimo 2 cardiotocografias realizadas no centro de referência microrregional

PARTO

100% das gestantes de risco habitual com garantia do parto na maternidade de referência microrregional

No mínimo, 77% das parturientes com parto normal

MATERNIDADE DE RISCO HABITUAL

Realizar parto para as gestantes de risco habitual na maternidade de risco habitual

No máximo, 23% das parturientes com parto cesárea

Realizar biópsia excisional nas mulheres que necessitarem

34% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de biópsia excisional

PLANILHA 3: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO À SAÚDE DA GESTANTE

TERRITÓRIO ATIVIDADE PARÂMETRO NECESSIDADE/ ANO

PRÉ NATAL

Inscrever as gestantes no pré-natal das unidades de saúde do município

100% das gestantes inscritas no pré-natal das unidades de saúde, preferencialmente, no primeiro trimestre de gestação.

Realizar consultas de pré-natal para as gestantes nas unidades de saúde do município

100% das gestantes com no mínimo 6 consultas de pré-natal nas, realizadas por médicos e enfermeiros, nas unidades básicas de saúde do município.

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Realizar exames laboratoriais para as gestantes, com coleta no município

100% das gestantes com exames laboratoriais solicitados na inscrição do pré-natal: grupo sanguíneo, fator Rh, Coombs indireto se necessário, hemograma, glicemia de jejum, VDRL, toxoplasmose, urina rotina, urocultura, colpocitologia oncótica, teste anti-HIV (após aconselhamento e consentimento), HbsAg. Na 30a semana, glicemia de jejum, VDRL e urina rotina.

Realizar mais, no mínimo, 5 consultas de alto risco

100% das gestantes de alto risco com, no mínimo, mais 5 consultas de pré-natal no Centro de Referência

Realizar ultrasonografia para as gestantes de alto risco no centro de referência microrregional

100% das gestantes alto risco com no mínimo 3 ultrasonografias realizadas no centro de referência microrregional

CENTRO VIVA VIDA

Realizar cardiotocografia para as gestantes de alto risco no centro de referência microrregional

100% das gestantes alto risco com no mínimo 2 cardiotocografias realizadas no centro de referência microrregional

PARTO

100% das gestantes de risco habitual com garantia do parto na maternidade de referência microrregional

No mínimo, 77% das parturientes com parto normal

MATERNIDADE DE RISCO HABITUAL

Realizar parto para as gestantes de risco habitual na maternidade de risco habitual

No máximo, 23% das parturientes com parto cesárea

Realizar biópsia excisional nas mulheres que necessitarem

34% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de biópsia excisional

PLANILHA 3: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO À SAÚDE DA GESTANTE

TERRITÓRIO ATIVIDADE PARÂMETRO NECESSIDADE/ ANO

PRÉ NATAL

Inscrever as gestantes no pré-natal das unidades de saúde do município

100% das gestantes inscritas no pré-natal das unidades de saúde, preferencialmente, no primeiro trimestre de gestação.

Realizar consultas de pré-natal para as gestantes nas unidades de saúde do município

100% das gestantes com no mínimo 6 consultas de pré-natal nas, realizadas por médicos e enfermeiros, nas unidades básicas de saúde do município.

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Realizar exames laboratoriais para as gestantes, com coleta no município

100% das gestantes com exames laboratoriais solicitados na inscrição do pré-natal: grupo sanguíneo, fator Rh, Coombs indireto se necessário, hemograma, glicemia de jejum, VDRL, toxoplasmose, urina rotina, urocultura, colpocitologia oncótica, teste anti-HIV (após aconselhamento e consentimento), HbsAg. Na 30a semana, glicemia de jejum, VDRL e urina rotina.

Realizar mais, no mínimo, 5 consultas de alto risco

100% das gestantes de alto risco com, no mínimo, mais 5 consultas de pré-natal no Centro de Referência

Realizar ultrasonografia para as gestantes de alto risco no centro de referência microrregional

100% das gestantes alto risco com no mínimo 3 ultrasonografias realizadas no centro de referência microrregional

CENTRO VIVA VIDA

Realizar cardiotocografia para as gestantes de alto risco no centro de referência microrregional

100% das gestantes alto risco com no mínimo 2 cardiotocografias realizadas no centro de referência microrregional

PARTO

100% das gestantes de risco habitual com garantia do parto na maternidade de referência microrregional

No mínimo, 77% das parturientes com parto normal

MATERNIDADE DE RISCO HABITUAL

Realizar parto para as gestantes de risco habitual na maternidade de risco habitual

No máximo, 23% das parturientes com parto cesárea

Fonte: SAS/SES

Fonte: SAS/SES

70

Realizar biópsia excisional nas mulheres que necessitarem

34% das mulheres com mamografia alterada podem necessitar de biópsia excisional

PLANILHA 3: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO À SAÚDE DA GESTANTE

TERRITÓRIO ATIVIDADE PARÂMETRO NECESSIDADE/ ANO

PRÉ NATAL

Inscrever as gestantes no pré-natal das unidades de saúde do município

100% das gestantes inscritas no pré-natal das unidades de saúde, preferencialmente, no primeiro trimestre de gestação.

Realizar consultas de pré-natal para as gestantes nas unidades de saúde do município

100% das gestantes com no mínimo 6 consultas de pré-natal nas, realizadas por médicos e enfermeiros, nas unidades básicas de saúde do município.

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Realizar exames laboratoriais para as gestantes, com coleta no município

100% das gestantes com exames laboratoriais solicitados na inscrição do pré-natal: grupo sanguíneo, fator Rh, Coombs indireto se necessário, hemograma, glicemia de jejum, VDRL, toxoplasmose, urina rotina, urocultura, colpocitologia oncótica, teste anti-HIV (após aconselhamento e consentimento), HbsAg. Na 30a semana, glicemia de jejum, VDRL e urina rotina.

Realizar mais, no mínimo, 5 consultas de alto risco

100% das gestantes de alto risco com, no mínimo, mais 5 consultas de pré-natal no Centro de Referência

Realizar ultrasonografia para as gestantes de alto risco no centro de referência microrregional

100% das gestantes alto risco com no mínimo 3 ultrasonografias realizadas no centro de referência microrregional

CENTRO VIVA VIDA

Realizar cardiotocografia para as gestantes de alto risco no centro de referência microrregional

100% das gestantes alto risco com no mínimo 2 cardiotocografias realizadas no centro de referência microrregional

PARTO

100% das gestantes de risco habitual com garantia do parto na maternidade de referência microrregional

No mínimo, 77% das parturientes com parto normal

MATERNIDADE DE RISCO HABITUAL

Realizar parto para as gestantes de risco habitual na maternidade de risco habitual

No máximo, 23% das parturientes com parto cesárea

100% das necessidades de leitos com alojamento conjunto supridas pela (s) maternidade (s) de referência microrregional (ver tempo de permanência na tabela de parâmetros da SES)

100% das gestantes de alto risco com garantia do parto na maternidade de referência para alto risco macrorregional

No mínimo, 70% das parturientes com parto normal.

No máximo, 30% das parturientes com parto cesárea.

100% das necessidades de leitos supridas pela (s) maternidade (s) de referência macrorregional (ver tempo de permanência na tabela de parâmetros da SES)

100% do quantitativo necessário de leitos de UTI para as mães que precisam de cuidados intensivos, supridas pela (s) maternidade (s) de referência macrorregional

100% do quantitativo necessário de leitos de Unidade Neonatal de Cuidados Progressivos, supridas pela (s) maternidade (s) de referência macrorregional

MATERNIDADE DE REFERÊNCIA PARA ALTO RISCO

Realizar parto para as gestantes de alto risco na maternidade de referência para alto risco

100% do quantitativo necessário de leitos de UTI para recém- nascidos que precisam de cuidados intensivos, supridas pela (s) maternidade (s) de referência macrorregional

PUERPÉRIO

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Realizar consulta puerperal para as puéperas nas unidades básicas de saúde do município

100% das puéperas com no mínimo 1 consulta puerperal nas unidades de saúde do município, no período até 40 dias após o parto

PLANILHA 4: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA

TERRITÓRIO ATIVIDADE PARÂMETRO NECESSIDADE/ ANO

Inscrever os RN nas ações de puericultura no município

100% dos RN inscritos, pelos ACS, nas ações de puericultura nas unidades básicas de saúde, preferencialmente, na primeira semana após alta da maternidade.

Realizar consultas de puericultura para crianças menores de 1 ano no município

100% das para crianças menores de 1 ano com no mínimo 7 consultas de puericultura, realizadas por médicos e enfermeiros, nas unidades básicas de saúde do município

ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE

Proceder a imunização conforme o preconizado no Protocolo

No mínimo 95% das crianças inscritas imunizadas

CENTRO VIVA VIDA

Realizar consultas adicionais para as crianças menores de 1 ano de alto risco no centro de referência microrregional

100% das crianças menores de 1 ano alto risco com no mínimo 5 consultas no centro de referência microrregional

ATIVIDADE VIII: O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Tempo estimado: 45 minutos

Objetivo:

Introduzir a rede de urgência e emergência a partir da

diretriz clínica – Acolhimento com Classificação de

Risco.

Desenvolvimento:

Inicie a exposição utilizando os slides do arquivo Power Point Acolhimento

com Classificação de Risco e comente-os.

Após a explanação, esclareça as dúvidas

advindas dos participantes.

Tenha em mente que os comentários não esgotam o assunto e que a exposição é enriquecida quando são utilizados exemplos da realidade local.

Para subsidiar a atuação do Tutor/Facilitador, torna-se necessária a leitura prévia do Texto de Apoio desta atividade.

Fonte: SAS/SES

Fonte: SAS/SES

71

ATIVIDADE VIII: O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Tempo estimado: 45 minutos

Objetivo: Introduzirarededeurgênciaeemergênciaapartirdadiretrizclínica–AcolhimentocomClassificaçãodeRisco.

Desenvolvimento:•InicieaexposiçãoutilizandoosslidesdoarquivoPowerPointAcolhimentocomClassificaçãodeRiscoecomente-os.•Após a explanação, esclareça as dúvidas advindas dosparticipantes.

TEXTO DE APOIO

O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO1

OConselhoFederaldeMedicina,naResolução1451/95defineaURGÊNCIAcomo“ocorrência imprevistadeagravoà saúde comou sem risco potencial de vida, cujo portadornecessitadeassistênciamédicaimediata”eaEMERGÊNCIAcomo“constataçãomédicadeagravoàsaúdeque impliqueem risco iminente de vida, ou sofrimento intenso, exigindo,portanto,otratamentomédicoimediato”. Algumaformadetriagemsemprefoi feita em serviços de urgência eemergência em nosso meio, seguindo,no entanto, a lógica da exclusão. Tria-gemsignificaclassificaçãooupriorizaçãode itens e classificação de risco nãopressupõeexclusãoesimestratificação. A expectativa de acesso rápidoao atendimento médico é crescente em nossa população,emboraosPronto-Socorros(PS)nãodisponhamdeestruturafísica, recursoshumanosnemdeequipamentosadequadospara atendimento de tal demanda. A regulação desseatendimento como resposta à maior demanda de saúdeconstitui instrumento necessário deordenaçãoe orientaçãodaassistência. O manejo da classificação de risco requer equipesexperientes,qualificadasecapazesdeidentificarnecessidadeseprioridadesdopaciente,paraavaliaçãocorretadossinaisesintomasestabelecidosnoprotocolo.Cadaserviçodesaúdedeveráadaptaraclassificaçãocombaseemsuaexperiência,recursos, padrões de doença, dados epidemiológicose ambientais, diferenças culturais, área física, leitos deretaguardadisponíveis, riscoouexistênciadesuperlotação,usodeprotocolosetc. Oobjetivodoacolhimentocomclassificaçãoderiscoémelhoraroatendimentonasportasdeentradadeurgênciaeemergência.Paratanto,énecessário:

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

1Mafra AA, Belezia FB, Shimazaki ME, Barbosa YR, Rates SMM, Rocha MOC

Triagem significa classificação ou priorização de itens e classificação de risco não pressupõe exclusão e sim estratificação.

Para subsidiar a atuação do Tutor/Facilitador, torna-se necessária a leitura prévia do Texto de Apoio desta atividade.

Tenha em mente que os comentários não esgotam o assunto e que a exposição é enriquecida quando são utilizados exemplos da realidade local.

72

•Construirinstrumentobaseadoemsinaisdealertaouformausualdeapresentaçãodedoençasouagravosparapossibilitarclassificaçãoporgravidadeougraudesofrimento,identificandoprontamenteurgênciaseemergências-condiçõesderiscodeperderavida.•Nãoconstituir-seeminstrumentodediagnóstico.• Determinar prioridade para atendimento médico, hierarqui-zando-oconformeagravidade:quemdeveseratendidoantesequempodeaguardaratendimentocomsegurança.Considerar-se-á a expectativa do paciente e seus familiares e o tempoem que intervenção médica possibilitará melhor resultado.Reavaliaçõesestãoprevistasepoderãoalteraraclassificação.•Organizarprocessode trabalhoeespaço físicodoProntoSocorro, diminuir ocorrência de superlotação, informar ospacientes e familiares sobre expectativa de atendimento etempodeespera.• Esclarecer à comunidade a forma de atendimento nasurgênciaseemergências.•ConstituirguiadetreinamentodasequipesnaimplantaçãodaClassificaçãodeRisconasportasdeentradadeurgênciaeemergência.• Constituir documento de referência do Ministério Públicopara controle de atendimento dos casos de urgência eemergência. Como critérios de classificação deverão serconsiderados: a apresentação usual da doença, sinais dealerta,situaçãoouqueixa,intuiçãoeexperiência(aintuição,entretanto,seráusadasomenteparaaumentaraprioridade),outrosdados(sinaisvitais,saturaçãodeO2,escaladedoreescaladeGlasgow,glicemiaetc). Os resultados esperados após a implantação daclassificação de risco são: diminuição do risco de mortesevitáveis,extinçãodatriagemporporteirooufuncionárionãoqualificado,priorizaçãodeacordocomcritériosclínicosenãoporordemdechegada,obrigatoriedadedeencaminhamentoresponsável, com garantia de acesso à rede de atenção,aumento da eficácia do atendimento, redução do tempo deespera,detecçãodecasosqueprovavelmenteseagravarãose o atendimento for postergado, diminuição da ansiedadee aumento da satisfação dos profissionais e usuários, commelhoriadasrelaçõesinterpessoais,padronizaçãodedadosparaestudoeplanejamentodeações. OProcessodeAcolhimentoeClassificaçãodeRiscoserá executado por equipe formada de enfermeiro, técnicode enfermagem, auxiliar administrativo, assistente socialemédico (geralmente chefe de equipe).Haverá duas salasprópriasparaenfermagemeserviçosocial. Sãoconsideradashabilidadesimportantesacapacidadedecomunicação,boainteraçãocomosprofissionaisdasaúde,pacientes, familiares, polícia, SAMU e COBOM, paciência,trato, compreensão, discrição, habilidade organizacional,agilidade,julgamentocrítico,éticaesolidariedade. O cidadãoque chegar aoPSouProntoAtendimento(PA)seráatendidoprontamentepelaEquipedeAcolhimento.Asemergências irãoparasalaprópriaouserãopriorizadas.Aidentificaçãodagravidadeseráfeitapormarcacolorida,no

73

canto superior direito do Boletim de Emergência.Pessoasemsituaçãode urgência serão conduzidas àSaladeClassificaçãodeRisco.Asque procurarem especialidades,(odontologia, ginecologia/obstetrí-cia, otorrinolaringologia), aos res-pectivossetores. AEquipedeClassificaçãoreceberá o paciente, fará ava-liação breve da situação, e a classificará em prioridades,usando protocolo padronizado, registrará a avaliação eencaminharáopacienteao localdeatendimento.Eventuaisatrasosserãocomunicados.Reavaliaçõesestãoprevistas,jáqueaclassificaçãoédinâmica. Paraaavaliaçãodopaciente,considerar:queixa,início,evolução e duração, aparência física, resposta emocional,escaladedoreescaladecomadeGlasgow(ECG),medicaçãoatualealergias.Registrardadosvitais.Classificarprioridade.Omodelodeclassificaçãodeveráconteronomedopaciente,idade,data,horário,situação–queixa,brevehistória,observaçãoobjetiva, dados vitais, prioridade de atendimento, história dealergias, uso de medicações, medidas iniciais adotadas nocaso,reavaliações,nomedoenfermeiro,assinatura.

A expectativa de acesso rápido ao atendimento médico é crescente em nossa população, embora os Pronto-Socorros (PS) não disponham de estrutura física, recursos humanos nem de equipamentos adequados para atendimento de tal demanda.

1. A classificação de risco, segundo o protocolo de Manchester:

PRIORIDADE I - VERMELHO

RESSUSCITAÇÃO, ATENDIMENTO MÉDICO IMEDIATO COM ACIONAMENTO DE SINAL

SONORO, CUIDADO DE ENFERMAGEM CONTÍNUO.

Código de

Parada

Parada cardiorrespiratória;

Iminência de parada

Trauma Maior

Lesão grave de único ou múltiplos sistemas

Trauma craniano - ECG 3 a 9

Grande queimado: > 25% da superfície corporal queimada ou acometimento

de vias aéreas

Trauma torácico, abdominal ou craniano com: perfuração, alteração mental,

hipotensão, taquicardia, dor intensa, sintomas respiratórios.

Choque

Hipotensão (PA sistólica < 80 mmHg), taquicardia (FC> 140 bpm), bradicardia

(FC< 45 bpm) ou alteração do sensório

Palidez acentuada, pele fria, sudorese, pulso fino, síncope postural

Ventilação ou oxigenação ineficaz

Coma

Glasgow 3 a 8

Paciente irresponsivo, ou só com resposta à dor

Intoxicação exógena

Em convulsão – convulsão prolongada

Distúrbios metabólicos (hipoglicemia)

Insuficiência

Respiratória

Incapacidade de falar (frases de uma palavra)

Cianose

Letargia - confusão mental

Taquicardia - bradicardia

PA > 180/110 ou PA sistólica < 80 mmHg

FR < 10 ipm

Dispnéia extrema ou fadiga muscular

Saturação O2 < 90%

Obstrução de via aérea

74

comportamental

Cefaléia

Abstinência

Grave de

Álcool e

Drogas

Dados Vitais

Alterados

Com

Sintomas

Agitação extrema

Necessidade contenção

Possível distúrbio metabólico, doença orgânica, intoxicação

Avaliar passado de doença psiquiátrica (para uso rápido de antipsicóticos)

Início (quanto súbito), curso, duração

Rigidez de nuca

Náusea ou vômito

Alteração do estado mental

Sinais neurológicos focais (paresia, afasia)

Convulsão, coma, alucinações, confusão mental, agitação

FC menor que 50 bpm ou maior que 140 bpm

PA sistólica menor que 90 ou maior que 220 mmHg

PA diastólica maior que 130 mmHg

Temperatura axilar menor que 35 ou maior que 40°c

Febre em paciente imunocomprometido ou em paciente que não parece

estar bem

FR menor que 10 ipm

PRIORIDADE II – LARANJA

EMERGÊNCIA, ATENDIMENTO MÉDICO EM MENOS DE 15 MINUTOS, SEM SINAL

SONORO, REAVALIAÇÃO PELA ENFERMAGEM A CADA 15 MINUTOS

Trauma

Craniano

Coma: ECG entre 9 e 13

Perfuração da calota craniana

Paciente com: a) cefaléia intensa; b) perda consciência, confusão mental;

c) convulsão; d) dor

Cervical, náusea e vômito.

Trauma Grave

Dados vitais normais, estado mental normal.

Dor moderada a grave.

Sintomas graves em um sistema fisiológico principal, sinais e sintomas

menos graves em múltiplos sistemas

Ferimento extenso com sangramento ativo

Amputação

Fratura com deformidade ou sangramento, fratura de bacia

Dor Torácica

Dor Torácica Tipo Visceral

Contínua, de 30 segundos a 30 min (angina do peito) ou superior a 30 min

(infarto)

Em peso, opressão, queimação ou como desconforto

Sintomas associados: sudorese, náusea, dispnéia

Irradiações: pescoço, ombros, mandíbula, braços, dorso

CUIDADO! Doença coronariana provável

Intoxicação

Exógena

Tipo e quantidade de droga imprevisíveis

Necessidade de adoção de medidas como realização de exames

toxicológicos, monitoramento, prevenção de absorção, aumento

de eliminação e administração de antídotos

Dispnéia,

Asma Prévia

Dados vitais alterados

Risco em vias aéreas (estridor, sialorréia)

Angústia respiratória intensa, esforço muscular

Passado de asma grave

Fala entrecortada

Sat O2 menor que 92% ou Peak flow menor que 40%

Diagnóstico diferencial: asma, DPOC, edema agudo pulmão, pneumotórax,

embolia pulmonar, pneumonia

Doença

psiquiátrica

ou

Grave alteração de comportamento com risco imediato de violência

perigosa ou agressão

Risco imediato para si ou para outrem

75

PRIORIDADE IV – VERDE

MENOR URGÊNCIA, AVALIAÇÃO MÉDICA EM MENOS DE UMA HORA, REAVALIAÇÃO A

CADA UMA HORA

Trauma

Craniano

Lesão craniana menor, sem perda da consciência

Trauma de baixo impacto

Alerta (ECG=15)

Sem vômito

Sem sintomas cervicais

Acidente há mais de 6 horas

Trauma

Menor

Dados vitais normais

Trauma torácico sem dor de costela ou dispnéia

Distensões, contusões, torções

Fratura possível

Lacerações que requerem investigação, mordedura não-extensa

Dor moderada (4 – 7 / 10)

Mais de 6 horas do evento, menos que 10 dias

Doença

Psiquiátrica

Comportame

ntal

Dados vitais normais

Pensamentos suicidas

Gesticulando, mas não agitado

Sem risco imediato para si ou para outrem, com acompanhante

IVAS Congestão nasal, dor de garganta, tosse, febre, mialgia

Situações

Especiais

Idade superior a 65 anos assintomático

Deficientes físicos

Grávidas

Impossibilidade de deambulação

Retorno em período inferior a 24 horas por ausência de melhora clínica

PRIORIDADE III – AMARELO

URGÊNCIA, AVALIAÇÃO MÉDICA EM MENOS QUE 30 MINUTOS, REAVALIAÇÃO PELA

ENFERMAGEM A CADA 30 MINUTOS

Trauma

Craniano

Paciente sem perda da consciência

Alerta (ECG 14 e 15)

Cefaléia moderada (4 - 7 / 10)

Sem dor cervical

Náusea ou vômito

Trauma

Moderado

Paciente com dados vitais normais

Fraturas alinhadas, luxações, distensões, dor moderada (4 -7 / 10)

Tatuagem traumática

Ferimento menor, com sangramento compressível

Ferimento extenso por mordedura

Trauma torácico com dor leve ou moderada, sem dispnéia

Doença

Psiquiátrica

Comportame

ntal

Dados vitais normais

Agitação menos intensa, mas consciente

Risco para si ou para outrem

Estados de pânico

Potencialmente agressivo

Alucinação, desorientação

Dados Vitais

Alterados

Sem

Sintomas

FC menor que 50 ou maior que 140 bpm

PA sistólica menor que 90 ou maior que 220 mmHg

PA diastólica maior que 130 mmHg

Febre maior que 38,5°C

Situações

Especiais

Vítimas de abusos sexuais

Pacientes escoltados pela polícia

Idosos > 65 anos sintomáticos

76

PRIORIDADE V – AZUL

AUSÊNCIA DE URGENCIA, AVALIAÇÃO MÉDICA NO MESMO DIA OU NO DIA SEGUINTE

Trauma

Menor

Dor leve

Contusões

Escoriações

Ferimentos que não requerem fechamento

Mialgia

Distensões

Feridas

Limpa, sem sinais sistêmicos de infecção

Infecção local

Com necrose

Controle de úlceras crônicas

Queimaduras de 1° grau, pequenas, áreas não- críticas

IVAS e Dor

de Garganta

Queixas leves

Sem sintomas respiratórios

Dados vitais normais

Febre inferior a 39º C

Doença

Psiquiátrica

Depressão crônica ou recorrente

Problemas com a polícia

Crise social

Impulsividade

Estado mental normal

Dados vitais normais

Outras

Situações

Curativos

Trocas ou requisições de receitas

Avaliações de exames

Imunizações

Solicitações de atestados médicos

77

VERMELHO

Não será submetido à classificação de risco.

Casos de ¨ressuscitação¨ será levado para a Sala de Ressuscitação após acionamento do

sinal sonoro.

LARANJA

Irá para Sala de Emergências sem sinal sonoro ou será priorizado no consultório.

AMARELO

Aguardará atendimento médico em cadeira, em local pré-determinado.

VERDE

Aguardará atendimento médico em cadeira, mas será informado que o tempo para

atendimento será maior e que pacientes mais graves serão atendidos antes.

Em caso de superlotação, esse paciente poderá, eventualmente, ser encaminhado para a

unidade de pronto-atendimento de sua referência, após contato telefônico prévio ou por

documento escrito (a pactuar), com garantia de atendimento.

AZUL

Será orientado a procurar a unidade básica de saúde de sua referência, com encaminhamento

por escrito ou contato telefônico prévio (a pactuar), com garantia de atendimento ou será

atendido por ordem de chegada.

78

2. O

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79

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aler

ta

- Ace

sso

em m

enos

de

30

min

utos

a u

ma

estru

tura

de

aten

ção

fixa

- Tra

nspo

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m m

enos

de

60 m

inut

os a

té u

m h

ospi

tal

de re

ferê

ncia

Mic

rorr

egio

nal

Mac

rorr

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o

SA

MU

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A

Car

ro M

édic

o

Aer

onav

e

- Reg

iões

de

baix

a

dens

idad

e de

mog

ráfic

a: 1

ambu

lânc

ia p

ara

200.

000

habi

tant

es

- Reg

iões

urb

anas

: 1

ambu

lânc

ia p

ara

400.

000

habi

tant

es

- Reg

iões

rura

is:

trans

porte

em

men

os d

e 60

Min

utos

- Reg

iões

urba

nas:

trans

porte

em

men

os d

e 60

min

utos

Sup

orte

Ava

nçad

o de

Vid

a

Tran

spor

te e

ou

resg

ate

de

pess

oas

de a

cord

o

com

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de

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- Ace

sso

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enos

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60

Min

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a u

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Ref

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100

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82

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Reg

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rso

84

4. O

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ergê

ncia

NÍV

EL

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O

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Dia

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4.Ossistem

asdeapoioparaarededeurgênciaeemergência

85

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upor

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86

Ref

erên

cias

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BELO

HORIZONTE

.ProtocolodeAcolhimentoeClassificaçãodeRisco.H

ospitalM

unicipalOdilonBehrens,2005.

MANCHESTE

R.E

mergencyTriageManchesterT

riageGroup.B

MJ,2edição,2005

MINASGERAIS,S

ecretariadeEstadodaSaúde.Arededeurgênciaeemergência.C

oordenaçãode

urgênciaeemergência,2006.

5.Ossistem

aslogísticosedegestãoparaarededeurgênciaeemergência

Pronto-socorrodeHospitalM

acrorregional

Farm

acêutico

DiagnósticoeTe

rapêutico

HospitalM

acrorregional

Farm

acêutico

DiagnósticoeTe

rapêutico

5.Ossistem

aslogísticosedegestãoparaarededeurgênciaeemergência

SIST

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al

87

ATIVIDADE IX: O DESENHO DA REDE DE ATENÇÃO À URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Tempo estimado: 2 horas e 15 minutos

Objetivo: Utilizar o processo demodelagem das redes de atenção àsaúde.

Desenvolvimento:• Dividir em grupos e escolher um coordenador e umrelator;•Identificar,apartirdarealidadelocal,ospontosdeatenção,a competência de cada ponto de atenção e o territóriosanitário de abrangência de cada ponto que prestamatençãoàUE,utilizandoamatrizaseguir.•Apartirdamatrizpreenchidapelogrupo,compararcomamatrizpropostapelotextoeprocederàanálise.• Cada relator terá 10minutos para a apresentação dasconclusõesdogrupoemplenária.

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

88

NÍV

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89

ATIVIDADE X: A IDENTIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE APOIO E SISTEMAS LOGÍSTICOS

Tempoestimado:1hora

Objetivo: Identificarossistemasdeapoioesistemaslogísticosatravésdautilizaçãodematrizproposta.

Desenvolvimento:•Dividiremgruposeescolherumcoordenadoreumrelator;•Identificar,apartirdarealidadelocal,ossistemasdeapoioe sistemas logísticos, suas competências, seus territóriossanitáriodeabrangênciaemrelaçãoaatençãoàUE,utilizandoamatrizaseguir.•Apartirdamatrizpreenchidapelogrupo,compararcomamatrizpropostapelotextoeprocederàanálise.• Cada relator terá 10 minutos para a apresentação dasconclusõesdogrupoemplenária.

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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ATIVIDADE XI: O PLANO DE TRABALHO PARA O PERÍODO DE DISPERSÃO

Tempo estimado: 45 minutos

Objetivos:O trabalho de dispersão tem como objetivo geral aplicaros conteúdos apresentados nesta Oficina utilizando os ins-trumentossugeridos.

Como objetivos específicos:•DivulgaçãodoPDAPSnaSecretariaMunicipaldeSaúde,•DivulgaçãodoPDAPSparaoConselhoMunicipaldeSaúde•AssinaturadoTermodeCompromissopeloFacilitador•PublicaçãodaResoluçãoMunicipalsobreaimplantaçãodoPDAPS•RepassaroconteúdodaOficinaparatodososprofissionaisdaEquipesdeSaúde.•Desenhararededeatençãoàsaúdedamulheredacriançanosterritóriossanitários•Desenhararededeatençãoàurgênciaeemergêncianosterritóriossanitários•DocumentarasmatrizeseenviarparaaGRS•Preencheroquestionáriodeavaliaçãodoestágiodedesen-volvimentodasredesdeatençãoàsaúde•FazeroconsolidadodosdadosdamicrorregiãoeapresentarnapróximaOficina.

Desenvolvimento:Otrabalhodedispersãodeveráser realizadonoperíodode..............................a...............................Osprodutosdotrabalhodedispersãodeverãoserdesenvolvidosdaseguinteforma:

DIVULGAÇÃO DO PD/APS NA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, NO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE e ASSINATURA DO TERMO DE COMPROMISSO PELO FACILITADOR.

•Estasatividadesdeverãoser realizadaspelos facilitadoresdocurso.• O PD deverá ser apresentado ao secretáriomunicipal desaúde,aosprofissionaisdasequipesdaatençãoprimáriaeaostécnicosdonívelcentraldaSMS.•OPDdeverátambémserapresentadoaoprefeitomunicipal,gabineteeoutrassecretarias,sendoesclarecidasegarantidastodasascondiçõesparaasuaoperacionalização.•Aseguir,oPDdeveserapresentado,discutidoeaprovadopeloConselhoMunicipaldeSaúde,sendoesclarecidooseupapelfundamentalparaesclarecimentoàpopulaçãoresidentenasáreasdeabrangênciadasUBSquantoànovaformadeorganizaçãodaassistência.

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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• Também os Conselhos Locais de Saúde devem seresclarecidoseenvolvidosnasaçõesdeimplantaçãodoPD.PUBLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO MUNICIPAL SOBRE A IMPLANTAÇÃO DO PDAPS

• Esta atividade deverá ser encaminhada pelo coordenadormunicipal(umdosfacilitadoresdomunicípio).•OSecretárioMunicipaldeSaúdeouoPrefeitodeverápublicaruma resolução sobre a implantação do PD no município,indicandoocoordenadormunicipal,garantindoaparticipaçãodosprofissionaisnasoficinasmicrorregionaisemunicipaisedeterminandoaaplicaçãodetodososinstrumentosgerenciaisnoâmbitodeatuaçãodasequipesdesaúde,deacordocomasorientaçõesdasoficinas.

REPASSE DO CONTEÚDO DA OFICINA AOS PROFIS-SIONAIS DAS EQUIPES DE SAÚDE

• Esta atividade deverá ser realizada pelos facilitadores docurso.•RepassaroconteúdodaOficinaparatodososprofissionaisdasEquipesdeAtençãoPrimária.

REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA NOS TERRITÓRIOS SANITÁRIOS

•Estaatividadedeveráserrealizadapelosprofissionaisdasequipesdesaúde.•Elaboraramatrizdarededeatençãoàsaúdedamulheredacriançanosterritóriossanitários:município,microrregiãoemacrorregião. Identificarospontosdeatençãoexistentes,acompetênciadecadapontodeatençãoeoterritóriosanitárioderesponsabilidade.• As células “NECESSIDADE DE ATENDIMENTO/ANOSEGUNDO OS PARÂMETROS” e “OFERTA DE SERVIÇONOSUS” deverão ser preenchidas apenas para o nível daAtençãoPrimáriaàSaúde.•Elaborarasmatrizesdossistemasdeapoioedossistemaslogísticosexistentes.• Documentar as matrizes e enviar para a o coordenadormicrorregional(técnicodaGRS).

REDE DE ATENÇÃO À URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NOS TERRITÓRIOS SANITÁRIOS

•Estaatividadedeveráserrealizadapelosprofissionaisdasequipesdesaúde.• Elaborar a matriz da rede de atenção à urgência eemergêncianosterritóriossanitários:município,microrregiãoemacrorregião.Identificarospontosdeatençãoexistentes,acompetênciadecadapontodeatençãoeoterritóriosanitárioderesponsabilidade.• As células “NECESSIDADE DE ATENDIMENTO/ANOSEGUNDO OS PARÂMETROS” e “OFERTA DE SERVIÇO

93

NOSUS” deverão ser preenchidas apenas para o nível daAtençãoPrimáriaàSaúde.•Elaborarasmatrizesdossistemasdeapoioedossistemaslogísticosexistentes.•DocumentarasmatrizeseenviarparaaGRS

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DE DESEN-VOLVIMENTO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

•Estaatividadedeveráserrealizadapelosprofissionaisdasequipesdesaúde.• Preencher o questionário de avaliação do estágio dedesenvolvimentodasredesdeatençãoàsaúde,conformeasinstruçõesefazerainterpretaçãodosdados.•Enviaroquestionáriorespondido,coma interpretaçãodosdados,paraaGRS.

CONSOLIDADO DOS DADOS DA MICRORREGIÃO EAPRESENTARNAPRÓXIMAOFICINA.

•EstaatividadedeveráserrealizadapelosprofissionaisdasGRS.•AGRSdeveconsolidarosdadosdamicrorregiãoeapresentarnapróximaOficina.

PLANO DE TRABALHO DO PERÍODO DE DISPERSÃO:

Procedimentosparaotrabalhoemgrupo:• Dividam-se em grupos, escolham em coordenador e emrelator.•Cadagrupo,considerandoosobjetivoseprodutosdefinidosacima, deverá elaborar a programação para o período dedispersão,definindoparacadaumdosprodutosasatividadesa serem realizadas e os responsáveis, prazos e recursosnecessáriosparaasuarealização.•Utilizaraplanilha“Programaçãodoperíododedispersão”• Cada relator terá aproximadamente 10 minutos para aapresentação

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A MATRIZ DE DADOS RELACIONADOS À URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO

MUNICÍPIO

Orientações:

• Esta matriz traz os parâmetros que servirão de fonte para o preenchimento da matriz subseqüente,

nas colunas que referem à necessidade de atendimento e oferta de serviços pelo SUS.

• Para o cálculo da Situação Desejada considere a população total do município e aplique as

fórmulas dos parâmetros.

• A Situação Atual refere-se à oferta atual de serviços no município para cada indicador.

• Para este exercício é necessário apenas o preenchimento das células em branco.

INDICADOR PARÂMETRO FONTE SITUAÇÃO DESEJADA

SITUAÇÃO ATUAL

Total de consultas médicas por

habitante no ano

2 a 3 consultas médicas por hab./ano

Número de consultas médicas

básicas por habitante no ano

63% do total de consultas médicas são de consultas

básicas

Número de consultas médicas básicas de

urgência por habitante no ano

12% do total de consultas médicas são consultas

básicas de urgência

Número de consultas médicas de urgência pré-

hospitalar e trauma por habitante no ano

3% do total de consultas médicas são de urgência pré-hospitalar e trauma

Número de consultas médicas

especializadas por habitante no ano

22% do total de consultas médicas são de consultas

especializadas

Portaria 1101/GM/

2002

Número de pacientes atendidos

em unidades 24 horas não

hospitalares de atendimento às

urgências

100 pacientes/24 horas para população de 50 a 75 mil

habitantes

300 pacientes/24 horas para população de 75 a 150 mil

habitantes

450 pacientes/24 horas para população de 150 a 250 mil

habitantes

Portaria 2048/GM

A MATRIZ DE DADOS RELACIONADOS À URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO MUNICÍPIO

Orientações: •Estamatriztrazosparâmetrosqueservirãodefonteparaopreenchimentodamatrizsubseqüente,nascolunasquereferemànecessidadedeatendimentoeofertadeserviçospeloSUS.•ParaocálculodaSituaçãoDesejadaconsidereapopulaçãototaldomunicípioeapliqueasfórmulasdosparâmetros.•ASituaçãoAtualrefere-seàofertaatualdeserviçosnomunicípioparacadaindicador.•Para este exercício é necessário apenas o preenchimento das células embranco.

97

INDICADOR PARÂMETRO FONTE SITUAÇÃO DESEJADA

SITUAÇÃO ATUAL

Número de leitos de observação em

unidades 24 horas não hospitalares de

atendimento às urgências

6 leitos de observação em unidades 24 horas não

hospitalares para população de 50 a 75 mil habitantes

12 leitos de observação em

unidades 24 horas não hospitalares para população de 75 a 150 mil habitantes

18 leitos de observação em

unidades 24 horas não hospitalares para população de 150 a 250 mil habitantes

% de pacientes em leitos de

observação em unidades 24 horas não hospitalares de

atendimento às urgências

10% de pacientes em leitos de observação em unidades 24 horas não hospitalares

% de pacientes em leitos de

observação em unidades 24 horas não hospitalares

encaminhados para internamento

3 % de pacientes em leitos de observação em unidades 24 horas não hospitalares

encaminhados para internamento

Portaria 2048/GM

Número de ambulâncias por

habitante/ano

1 veículo para suporte básico à vida para 100 a

150 mil habitantes

1 veículo para suporte avançado à vida para 400 a

450 mil habitantes

Portaria 1864/GM/

Número de leitos para cada 1000

habitantes

Leitos Hospitalares Totais = 2,5 a 3 leitos para cada

1.000 habitantes

Leitos de UTI: 4% a 10% do total de Leitos

Hospitalares

Leitos em Unidades de Recuperação (pós-

cirúrgico): 2 a 3 leitos por Sala Cirúrgica

Leitos para Pré Parto: no

mínimo 2 leitos por sala de Parto

Portaria 1102/GM/

2002

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QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

1. Instruções para o uso do questionário A avaliação deve ser feita em relação ao conjuntode redes temáticas de atenção à saúde, operadas por umaorganização. Apósumaleituradoquestionárioeumabrevediscussãosobreseuconteúdo,eledeveserpreenchidoporumaequipemultiprofissionalque trabalhenas redesdeatençãoàsaúde,envolvendogestoreseprestadoresdeserviços. Estaavaliaçãoestáorientadaaproveraosgestoreseprofissionaisdesaúdeumdiagnósticodoestágioemqueseencontramasredesdeatençãoàsaúdeeadarumsentidodasmudançasparamelhoraraatençãoàsaúdenessasredes. Aofinaldoquestionário,umsistemadepontuaçãovaipermitir verificar o estágio de desenvolvimento das redes deatençãoàsaúde:redesfragmentadas,redesemestágioinicial,redesemestágioavançadoeredesintegradas.Alémdisso,osresultadosdevempossibilitara identificaçãodeáreascríticasdodesempenhodasredesdeatençãoàsaúde.Apartirdaiden-tificaçãodessasáreas,deveserinstituídoumprogramadedesen-volvimentoinstitucionaleclínicoquepermitafortalecerasredesdeatençãoàsaúdeefazercomqueelasevoluamnosentidoderedesintegradas,numdeterminadoperíododetempo. Opreenchimentodoquestionáriodeveserfeitosegundoasinstruçõesseguintes:I.preenchamcadaquestãoapósumabrevediscussãosobreela;II.paracadaquestãorespondacomumvalorquevariede0a3,sendo:o0,correspondeànãoexistênciadoqueestásendoperguntadoeo3,àsuaexistênciaemoperaçãodeformaótima;entreessesdoisextremos,existeo que está sendo questionado,mas com um funcionamentobásicoou incipiente (1)ouum funcionamento razoavelmentebom,masinsuficiente(2).

2. Interpretação dos resultados Oquestionáriodeavaliaçãodoestágiodedesenvolvimentodas redesdeatençãoàsaúdeestáorganizadode tal formaquepermitaidentificarumcontínuodepodesituar-seentreumsistemafragmentadoatéumaredeintegrada. Para se chegar a um resultado em relação às redesde atenção à saúde devem-se somar os escores de 0 a 3,obtidosemcadaumadasquestõesavaliativas,oquepoderá,teoricamente variar num intervalo de 0 a 516.O valor totalobtidodeveráserdivididopor148eo resultadoexpressaograudedesenvolvimentodasredesdeatençãoàsaúde.Oresultadofinaldeveráserinterpretadoassim:•Escoretotalentre0e129:incapacidadeparaaoperaçãodasredesdeatençãoàsaúde:sistemafragmentado;•Escoretotalentre130e258:capacidadebásicaparaoperaras redes de atenção à saúde: redes de atenção à saúdeincipientes;•Escoretotalentre259e387,capacidaderazoavelmenteboaparaoperarasredesdeatençãoàsaúde:redesdeatençãoà

101

saúdeavançadas;•Escore totalentre388e516,capacidadeótimaparaoperarasredesdeatençãoàsaúde: redes integradasdeatençãoàsaúde. Além desta análise quantitativa, deve-se fazer umaanálisequalitativa,selecionando-setodososescoresinferioresa3,relativosacadaumadasquestões.Essespontoscríticosdeverãoconformarumplanodedesenvolvimentoinstitucionaldasredesdeatençãoàsaúde. Essequestionáriopoderáserusadoparaavaliaçãodoestágiodedesenvolvimentodeumaredetemáticaespecífica.Nessecaso,asquestõesrelativasaospontosdeatençãoàsaúdesecundárioseterciários,deverãosermodificadaspararestringirem-sesomenteàquelesespecíficosdaredetemática.Ainterpretaçãodosresultados,também,deveráserfeitaemrelaçãoaonovonúmerodequestõestotaisqueresultaramdaadaptaçãofeita.

Questionário de avaliação do estágio de desenvolvimento das redes de atenção à saúde

Fonte: SAS/SES

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Fonte: SAS/SES

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Atividade XII: AVALIAÇÃO DA OFICINA 30 minutos

Objetivo:Aplicaroinstrumentodeavaliaçãodaoficina.

Desenvolvimento:• Entregar as Fichas deAvaliação (Modelo a ser fornecidopelaESP-MG)•Receberaavaliação,tabulareentregarosdadosconsolidadosparaoCoordenadordaUniversidade.(ModelodeTabulaçãofornecidopelaESP-MG)• O Coordenador Universitário deverá enviar os dadostabulados(conformecronogramapré-estabelecido),àESP-MGatravésdoemail:[email protected].• Caberá à ESP-MG consolidar os dados das açõeseducacionais e enviar o consolidado da avaliação para aSuperintendênciadeAtençãoàSaúde/SES.•Comentáriosfinais•DataeLocaldaPróximaOficina.•Encerramentodaoficina.

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CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

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Anexo 1

O PLANO MINEIRO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADOFernando Antônio Gomes Leles 5

“Visãosemaçãonãopassadeumsonho.Açãosemvisãoésóumpassatempo.Visãocomaçãopodemudaromundo”(JoelBarker)

Aoelegerdeterminadapessoaoupartidoparaexercerummandato,asociedadeestásinalizando,atravésdeseuvoto,suasopçõesemrelaçãoaseufuturo.Destaforma,aotomarposse, o grupo eleito deve formalizar como concretizará aspropostasquedebateuduranteoperíodoeleitoral,publicandoseusobjetivoseaformacomoconduziráaquelasociedade.Assimsendo,aotomarposse,oGovernodoEstadodeMinasGeraispublicouoPlanoMineirodeDesenvolvimentoIntegrado– PMDI, que pretende ser seu planejamento estratégico,“consolidandoumconjuntodegrandesescolhasqueorientamaconstruçãodofuturodoestado,emumhorizontedelongoprazo”. O primeiro passo foi definir como Visão de Futuro“TornarMinasomelhorEstadoparaseviver”.“TornarMinasomelhorEstadoparaseviver”ésemelhanteaumsonho.Mas,diferencia-sedosonhoporsetratardeumfuturoalcançável,possíveldesetornarrealidade.Portanto,éumavisãoinspiradoradasaçõesgovernamentais,permitindoestabelecer a direção a ser seguida, focalizar os esforços,agilizarosprocessosdecisóriosepriorizarinvestimentos. Pararesponderàquestão“Aondepodemoschegar?”,foramelaborados,comaparticipaçãodemaisde50pessoas(SecretáriosdeEstado,gerentesetécnicosdasdiversasáreasfocais,especialistas,liderançasdasociedade),“representaçõessimplificadas de trajetórias futuras da realidade” (3), tendocomohorizonteoanode2020. Estes cenários foram desenhados a partir dacompreensão das muitas transformações e gargalos aodesenvolvimento sustentável, das diversas possibilidadesque se apresentam e dos desafios a serem enfrentados.Contemplam,ainda,algumasgrandesincertezasdofuturoebuscammapearaspossíveishipótesesde combinaçãodosdiversosdeterminantesdo futuro.Foramquatrooscenárioselaborados:

• Cenário I:Conquistadomelhorfuturo;• Cenário II:Desperdíciodeoportunidades;• Cenário III:Superaçãodasadversidades;e• Cenário IV:Decadênciaeempobrecimento.

5 Fernando Antônio Gomes Leles é formado em Administração Pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro. Atualmente é o Empreendedor Público responsável pelo Projeto Estruturador Saúde em Casa.

113

simplificadasdetrajetóriasfuturasdarealidade”(3),tendocomohorizonteoanode

2020.

Estes cenários foram desenhados a partir da compreensão das muitas

transformações e gargalos ao desenvolvimento sustentável, das diversas

possibilidades que se apresentam e dos desafios a serem enfrentados.

Contemplam, ainda, algumas grandes incertezas do futuro e buscammapear as

possíveis hipóteses de combinação dos diversos determinantes do futuro. Foram

quatro os cenários elaborados:

• CenárioI:Conquistadomelhorfuturo;

• CenárioII:Desperdíciodeoportunidades;

• CenárioIII:Superaçãodasadversidades;e

• CenárioIV:Decadênciaeempobrecimento.

A figura 1 nos possibilita uma visão geral das variáveis envolvidas e dos

quatroscenários.

FIGURA 1: Cenários Exploratórios para Minas Gerais em 2020.

Fonte: Cenários Exploratórios de Minas Gerais 2007-2023

Cenários Exploratórios são importantes na medida em que propõem uma

atitudeproativaemrelaçãoaoplanejamentoeàexecuçãodaspolíticaspúblicasdo

Governo do Estado, possibilitando que os riscos sejam antecipados, que sejam

Afigura1nospossibilitaumavisãogeraldasvariáveisenvolvidasedosquatroscenários. CenáriosExploratóriossãoimportantesnamedidaemquepropõemumaatitudeproativaemrelaçãoaoplanejamentoeàexecuçãodaspolíticaspúblicasdoGovernodoEstado,possibilitando que os riscos sejam antecipados, que sejamtomadas as providências para minimizá-los e que sejamaproveitadasasoportunidades. A primeira versão do PMDI (2003) foi revisada erepublicada em fevereiro de 2007, tendo agora, comohorizonte de atuação, o período 2007-2023. Essa revisãotevecomobaseasanálisesdepesquisadoresdaFundaçãoJoãoPinheiro,técnicosdosdiversosórgãosdaAdministraçãoestadualeconsultores–todoscomconsiderávelexperiênciaeexpertisenasáreaspesquisadas.Ospapersencontram-secompilados na publicação “O estado do Estado” e revisama questão “Onde estamos?”, do planejamento estratégicoestadual. “TornarMinasomelhorEstadoparaseviver”foimantidacomoinspiraçãocentral,sendoquepropõe-se,nestasegundaetapa, o refinamento da estratégia, visando que, cada vezmais, a realidade dos mineiros esteja mais próxima destavisãodefuturo. Também os quatro Cenários Exploratórios foramrevisadoseenriquecidos,tomandocomohorizonteoano2023.Foram agregadas novas incertezas e variáveis. Contudo, éimportante ressaltarque, “na ‘vida real’,nenhumdosquatrocenáriosiráacontecerexatamentecomodescrito(...)devendoser interpretados e utilizados como uma sinalização queantecipa tendências possíveis ou prováveis, e nunca comoumaprediçãocategóricadofuturo”(3).Entretanto,“osquatrocenários são plausíveis (...), embora com maior ou menorprobabilidadedeocorrência”(3). O PMDI 2007-2023 pode ser esquematicamenterepresentadopelafigura2.

114

FIGURA 2: Relação esquemática entre as Áreas de ResultadosEstratégiasdeGovernoedeDesenvolvimentoeVisãodeFuturo.

Fonte: PMDI 2007-2023

Desta forma, o PMDI encontra-se estruturado buscandogarantiroalcancedaVisão.Destaforma,oPMDIencontra-seestruturadobuscandogarantiroalcancedaVisãodeFuturo(“Tornar Minas o melhor Estado para se viver”). Trata-se,portantodo“Comovamoschegarlá?” Para tal, estabeleceu-se uma Estratégia de Desen-volvimentoformadaporseisestratégiassetoriais(“PerspectivaIntegrada do Capital Humano”, “Investimento e Negócios”,“IntegraçãoTerritorialCompetitiva”,“SustentabilidadeAmbie-ntal”, “Rede de Cidades” e “Eqüidade e Bem-estar”), queformam o núcleo propulsor do processo de transformaçãodeMinasGerais.Aestas,soma-seumasétimaestratégia,o“EstadoparaResultados”. O “Estado para Resultados” tem por objetivo aexecuçãodetodasasestratégiasdeformaefetiva,eficienteequepromovaaplenaconexãoentreosgastospúblicoseosresultadosesperados.Estásegmentadoem11ÁreasdeResultados. As Áreas de Resultados são “áreas focais” ondeconcentram-se os esforços e recursos, visando as trans-formaçõesemelhoriasdesejadas.CadaÁreadeResultadospossuiobjetivosestratégicos,açõese resultadosfinalísticosespecíficos. AsaçõesdaSecretariadeEstadodeSaúde–SES/MGenquadram-senaÁreadeResultados“VidaSaudável”,cujosobjetivosestratégicossão:

•Universalizar oacessoàAtençãoPrimáriae reduzir asdisparidadesregionaisnoatendimentoàsaúde;•Reduziramortalidadematernaeinfantil;• Ampliar a longevidade da população com doenças doaparelhocirculatórioediabetes;

115

•Aumentaraeficiênciaalocativaeaotimizaçãodosistemadeatençãoàsaúde;•Promoverhábitosdevidasaudável;e•Ampliaroacessoaosaneamentobásico.

Buscandomonitoraroavançodestesobjetivos,foramestabelecidos Resultados Finalísticos com metas claras eambiciosas,masfactíveis,conformeaFigura3:

FIGURA 3: Resultados finalísticos da Área Estratégica Vida Saudável.

Fonte: PMDI 2007-2023

Cada Área de Resultados é composta de ProjetosEstruturadores, que são projetos de longo prazo, cujosresultados podem dar base para outros projetos tambémalcançaremseusobjetivosequepossuemummaioralcancee possibilidade de alteração da realidade. Atualmente,compõemacarteiradoGovernomineiro57projetos. SobaresponsabilidadedaSES/MGencontram-setrês:

•OSaúdeemCasa,cujoobjetivoéamelhoriadaqualidadedaAtençãoPrimáriaprestadaàsaúdedosmineiros.•OVivaVida,quepretendereduziramortalidadeinfantil,pormeiododesenvolvimentodaatençãoaopré-natal,aoparto,aopuerpério,aorecém-nascidoeàcriança.•ORegionalizaçãodaAtençãoàSaúde, que sepropõeaintensificaresseprocesso,tornandoaatençãoàsaúdeo mais próxima do cidadão, para, progressivamente,adequaraofertaeaqualidadedaatençãodemédiaealtacomplexidadeàsnecessidadesdapopulação.

TodaaEstratégiadeDesenvolvimentoéperpassadapor dois alicerces: a “Qualidade Fiscal” e a “Qualidade eInovaçãoemGestãoPública”. ConformeclaramenteexplicitadonaCartadoGover-nador(1),“pretendemosconstruirumverdadeiroEstadoparaResultados, o que significa garantir à população serviçospúblicos com alta qualidade, máximos índice de coberturaeaosmenorescustos.Subjacentesaesseobjetivo,estãoaqualidadefiscaleagestãoeficiente”. Este conjunto de estratégias e projetos compõem oPMDI,desejandoe impulsionandoamudança,comespírito

Resultados possui objetivos estratégicos, ações e resultados finalísticos

específicos.

As ações daSecretaria de Estado deSaúde – SES/MG enquadram-se na

ÁreadeResultados“VidaSaudável”,cujosobjetivosestratégicossão:

Universalizar o acesso à Atenção Primária e reduzir as disparidades

regionaisnoatendimentoàsaúde;

Reduziramortalidadematernaeinfantil;

Ampliaralongevidadedapopulaçãocomdoençasdoaparelhocirculatórioe

diabetes;

Aumentar a eficiência alocativa e a otimização do sistema de atenção à

saúde;

Promoverhábitosdevidasaudável;e

Ampliaroacessoaosaneamentobásico.

Buscando monitorar o avanço destes objetivos, foram estabelecidos

ResultadosFinalísticoscommetasclaraseambiciosas,mas factíveis, conformea

Figura3:FIGURA 3: Resultados finalísticos da Área Estratégica Vida Saudável.

Fonte: PMDI 2007-2023

'

116

renovadorecapacidadedeantecipaçãoeadaptaçãoanovassituações,mantendosempreosolhosfixosnaVisãodeFuturo:“TornarMinasomelhorEstadoparaseviver”.

REFERÊNCIAS:

1-MINASGERAIS,SecretariadeEstadodePlanejamentoeGestão,coord.Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) 2007-2023.BeloHorizonte,2007.2-MINASGERAIS, Secretaria de Estado de Planejamento eGestão, coord.O estado do Estado.BeloHorizonte,2007.3- MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, coord.Cenários Exploratórios de Minas Gerais.BeloHorizonte,2007.

117

PROJETO SAÚDE EM CASA

PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

A CARTEIRA DE PROJETOS DO PROGRAMA DE GOVERNO 2007/2010

ÁREA DE RESULTADOS DA SAÚDE

PROJETOS ESTRUTURADORES:SAÚDE EM CASAVIVA VIDAREGIONALIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE- PRÓ-HOSP- REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA- GESTÃO REGIONAL DO SUS- SUS FÁCIL- TRANSPORTE SANITÁRIO FONTE: PACTO POR MINAS (2006)

PROJETOS ASSOCIADOS:FARMÁCIA DE MINASMAIS VIDAHIPERDIA

META SÍNTESE: REDUÇÃO DAS INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS À

ATENÇÃO AMBULATORIAL EM 15% ATÉ 2010

COBERTURA PSF:

ATINGIR 75% DE COBERTURA DE PSF ATÉ 2010

ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO:

IMPLANTAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM TODAS AS MICRORREGIÕES

SANITÁRIAS ATÉ DEZEMBRO DE 2007FONTE: PACTO POR MINAS (2006)

PROJETO SAÚDE EM CASA

118

PLANO DIRETOR

DA

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

A GESTÃO DA CLÍNICA

ELABORAÇÃO DAS DIRETRIZES CLÍNICASIMPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES ATRAVÉS DA GESTÃO DE PATOLOGIA

O GERENCIAMENTO DOS RISCOSA EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAISA EDUCAÇÃO EM SAÚDE DOS USUÁRIOS DO SUSO SISTEMA DE PROGRAMAÇÃO E MONITORAMENTOO CONTRATO DE GESTÃO

FONTE: COMITÊ DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS DA SESMG (2006)

O PLANO DIRETOR DA APS

AS DIRETRIZES CLÍNICAS DA SES

119

Escolha daCONDIÇÃO ou PATOLOGIA

Análise da Situação da condição ou patologia

Busca de Evidências sobre a condição ou patologia

Elaboração da LINHA GUIA com estratificação de risco

Comunicação da Linha-Guia

Mudança de Comportamento

Profissionais: Educação

Permanente

Usuários: Educação em

Saúde

PROGRAMAÇÃO

CONTRATO DE GESTÃO

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Plano de cuidado

A IMPLANTAÇÃO DAS LINHAS GUIAS

ETAPA 1

ESTRATÉGIA:

10 OFICINAS DE 16 HORAS(TOTAL DE 169 HORAS PRESENCIAIS

OFICINAS MICRORREGIONAIS: CAPACITAÇÃO DE FACILITADORES

OFICINAS MUNICIPAIS: CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE TODAS AS EQUIPES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

PERÍODOS DE DISPERSÃO INTERCALADOS COM AS OFICINAS, PARA IMPLANTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS/PRODUTOS

O PLANO DIRETOR DA APS

AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Apresentação do Plano de Governo e carteira de projetos da SES/MG

Apresentação dos módulos do curso

Alinhamento sobre gestão da clínica

Fundamentação teórica sobre redes de atenção à saúde

Exercício sobre a modelagem das redes de atenção: análise da situação de saúde, pontos de atenção, sistemas de apoio, sistemas logísticos, sistema de governança

Planejamento da institucionalização e operacionalização das oficinas na microrregião

FONTE: COMITÊ DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS DA SESMG (2006)

OFICINA 1

120

Apresentação do Plano de Governo e carteira de projetos da SES/MG

Definição do coordenador municipal

Apresentação do curso para as equipes e coordenações da SMS, Prefeito e gabinete e Conselho Municipal de Saúde (CMS)

Publicação da resolução municipal

Constituição da Comissão Coordenadora Microrregional de implantação do PD/APS

PRODUTOS

OFICINA 1

A ANÁLISE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNICÍPIO

Alinhamento conceitual sobre a APS

Verificação da aplicação dos princípios da APS pelas equipes de saúde:

primeiro contato

longitudinalidade

integralidade da atenção

coordenação

centralização na família

oritentação comunitária

Plano de fortalecimento da APS no município

OFICINA 2

Repasse da oficina para as equipes de saúde

Análise da APS, utilizando a matriz de itens de verificação dos princípios da APS (análise local por equipe e consolidados municipal)

Plano de fortalecimento da APS, utilizando matriz de itens críticos, objetivos, ações, prazos, responsáveis e recursos necessários (planos locais e municipais)

Sistematização da análise e do plano de fortalecimento a nível microrregional

Apresentação e aprovação na CIBmicro

PRODUTOS

OFICINA 2

121

O DIAGNÓSTICO LOCAL

A territorializaçãoO cadastramento das famíliasO levantamento dos problemas das famíliasA classificação familiar por grau de risco

A análise situacional da Atenção Primária à Saúde:perfil territorial-ambientalperfil demográficoperfil sócio-econômicoperfil epidemiológicoperfil assistencial

OFICINA 3

Repasse da oficina para as equipes de saúdeCaracterização e apropriação da área de responsabilidade, segundo o processo de territorializaçãoElaboração do mapa inteligenteCadastro das famílias da área de responsabilidadeClassificação das famílias por grau de riscoDiagnóstico local da área de responsabilidade das equipes de saúde (5 perfis)Diagnóstico municipal (5 perfis)Apresentação e aprovação do diagnóstico pelo Secretário Municipal de Saúde e pelo CMSSistematização do diagnóstico a nível microrregional

PRODUTOS

OFICINA 3

122

A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Alinhamento conceitual sobre assistência farmacêutica

Qualificação da prescrição, dispensação, informação para o paciente e monitoramento terapêutico

A clínica farmacêutica

O uso racional de medicamentos

OFICINA 4

Repasse da oficina para as equipes de saúde

Plano de organização da assistência farmacêutica

Sistematização a nível microrregional

PRODUTOS

OFICINA 4

PROGRAMAÇÃO LOCAL E MUNICIPAL

A humanização e o acolhimento dos usuários

A atenção programada às famílias por ciclo de vida

A planilha de programação

A programação da assistência farmacêutica

A programação do apoio diagnóstico

A agenda da equipe de saúde

OFICINA 5

123

124

Repasse da oficina para as equipes de saúde

Elaboração da programação de ações por ciclo de vida e/ou condição crônica, utilizando a planilha eletrônica de programação

Definição dos critérios gerais e normas do município para elaboração da agenda de saúde das equipes nas UBS

Elaboração das agendas por UBS

Apresentação e aprovação da programação e agenda pelo Secretário Municipal de Saúde e pelo CMS

Sistematização da programação a nível microrregional

PRODUTOS

OFICINA 5

125

A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À DEMANDA ESPONTÂNEA

Critérios para identificação dos sinais de alerta

Classificação de risco dos usuários

A implantação do Protocolo de Triagem de Manchester: formação dos profissionais, espaço físico e fluxos de atendimento, medicamentos e equipamentos necessários

OFICINA 6

Dor intensa

Dor cardíaca

Dispnéia aguda

Pulso anormal

Dor intensa

Dor cardíaca

Dispnéia aguda

Pulso anormal

Comprometimento

vias aéreas

Respiração inadequada

Choque

Comprometimento

vias aéreas

Respiração inadequada

Choque

Dor pleurítica

Vômito persistente

História cardíaca importante

Dor moderada

Dor pleurítica

Vômito persistente

História cardíaca importante

Dor moderada

Vômito

Dor leve recente

Evento recente

Vômito

Dor leve recente

Evento recente

PROTOCOLOMANCHESTER

DOR TORÁCICA VERMELHO

AZUL

VERDE

AMARELO

LARANJA

126

Repasse da oficina para as equipes de saúde

Implantação do Acolhimento com Classificação de Risco nas UBS

Capacitação das equipes na utilização do protocolo de Manchester

Sistematização do diagnóstico a nível microrregional

PRODUTOS

OFICINA 6

O PRONTUÁRIO DA FAMÍLIA

Conceito, funções, aspectos ético-legais

O Manual do Prontuário de Saúde da Família

Objetivo, funcionalidade, estrutura

OFICINA 7

Repasse da oficina para as equipes de saúde

Implantação dos formulários do prontuário de saúde da família:Cadastro familiar

Acompanhamento familiar

Primeira consulta e consulta subsequente da criança, adolescente, adulto, gestante e idoso

Atendimento de urgência, avaliação e classificação de risco, consulta e tratamento

Avaliação clínica e monitoramento individual

Sistematização a nível microrregional

PRODUTOS

OFICINA 7

127

A ABORDAGEM FAMILIAR

A relação equipe-família

O ciclo de vida da família

Pratice, Firo, Conferência Familiar

Genograma

OFICINA 8

Repasse da oficina para as equipes de saúde

Implantação dos instrumentos de abordagem familiar, minimamente o genograma

Sistematização a nível microrregional

PRODUTOS

OFICINA 8

O MONITORAMENTO

Alinhamento conceitual sobre monitoramento e avaliação

A responsabilização da equipe

A planilha de monitoramento

A linha de base do PD/APS

O pacto pela saúde

OFICINA 9

128

Repasse da oficina para as equipes de saúde

Definição da estratégia de monitoramento

Implantação da planilha de monitoramento

Sistematização a nível microrregional

PRODUTOS

OFICINA 9

O CONTRATO DE GESTÃO

Alinhamento conceitual sobre contratos de gestão

O ciclo da contratação

A contratualização das equipes de saúde

O sistema de incentivos

OFICINA 10

Repasse da oficina para as equipes de saúde

Aprovação com relação à implantação do contrato de gestão

Definição do modelo de contratualização e estratégia de implantação

Implantação do contrato de gestão

Sistematização a nível microrregional

PRODUTOS

OFICINA 10

129

PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE –EXPOSIÇÃO DIALOGADA 2

OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

O CONCEITO E OS OBJETIVOS DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO ÀSAÚDE

• CONCEITO: OS SISTEMAS DE ATENÇÃ O À SAÚ DE SÃ O RESPOSTAS SOCIAIS, ORGANIZADAS DELIBERADAMENTE, PARA RESPONDER À S NECESSIDADES, DEMANDAS E REPRESENTAÇÕES DAS POPULAÇÕES, EM DETERMINADA SOCIEDADE E EM CERTO TEMPO

• OBJETIVOS:• O ALCANCE DE UM NÍVEL ÓTIMO DE SAÚDE, DISTRIBUÍDO DE FORMA

EQÜITATIVA; • A GARANTIA DE UMA PROTEÇÃO ADEQUADA DOS RISCOS PARA

TODOS OS CIDADÃOS; • O ACOLHIMENTO HUMANIZADO DE TODOS OS CIDADÃOS; • A GARANTIA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EFETIVOS E DE

QUALIDADE;

• A GARANTIA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COM EFICIÊNCIA

FONTE: MENDES (2002)

AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS FRAGMENTADOS E AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

SISTEMA FRAGMENTADO• ORGANIZADO POR COMPONENTES

ISOLADOS

• ORGANIZADO POR NÍVEIS HIERÁRQUICOS

• ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES AGUDAS

• VOLTADO PARA INDIVÍDUOS

• O SUJEITO É O PACIENTE

• REATIVO

• ÊNFASE NAS AÇÕES CURATIVAS

• CUIDADO PROFISSIONAL

• PLANEJAMENTO DA OFERTA

• FINANCIAMENTO POR PROCEDIMENTOS

REDE DE ATENÇÃO À SAÚDEORGANIZADO POR UM CONTÍNUO DE ATENÇÃO

ORGANIZADO POR UMA REDE POLIÁRQUICA

ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS

VOLTADO PARA UMA POPULAÇÃO

O SUJEITO É AGENTE DE SUA SAÚDE

PROATIVO

ATENÇÃO INTEGRAL

CUIDADO MULTIPROFISSIONAL

PLANEJAMENTO DA DEMANDA

FINANCIAMENTO POR CAPITAÇÃO FONTE: FERNANDEZ (2003);MENDES

(2007)

130

A FRAGMENTAÇÃO NO SUS

FONTE: MENDES (NO PRELO)

• A PEQUENA DIVERSIDADE DOS PONTOS DE ATENÇÃO ÀSAÚDE

• A PRECARIEDADE DA FUNÇÃO DE COORDENAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMUNICANDO OS DIFERENTES PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

• A ATENÇÃO ISOLADA NOS PONTOS DE ATENÇÃO SEM VISÃO SISTÊMICA, GERANDO POUCO VALOR PARA OS USUÁRIOS EM TERMOS DE UMA CONDIÇÃO OU PATOLOGIA

A CONCEPÇÃO HIERÁRQUICA DO SUS

Alta

Compl.

Média Complexidade

Atenção Básica

FONTE: MENDES (2002)

O SISTEMA FRAGMENTADO DE ATENÇÃO À SAÚDE

• A LÓGICA DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS

• SISTEMA HOSPITALOCÊNTRICO OU AGUDOCÊNTRICO?

FONTE: MENDES (NO PRELO)

131

A LÓGICA DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS

ATENÇÃ O HOSPITALAR

ATENÇÃ O AMBULATORIAL ESPECIALIZADA

ATENÇÃ O PRIMÁ RIA

A

B

INTERNAÇÃ O HOSPITALAR

SEVERIDADE DA DOENÇA

TEMPOFONTE: ADAPTADO DE EDWARDS,HENSHER & WERNEKE ( 1998)

PA AMBULATORIAL

OS RESULTADOS DO SISTEMA FRAGMENTADO DE ATENÇÃO ÀSAÚDE NO DIABETES NOS ESTADOS UNIDOS

• O MANEJO INADEQUADO DO DIABETES LEVA A 145

MIL MORTES PREMATURAS POR ANO E A 1 MILHÃO

DE INCAPACITADOS TOTAIS

• 58% DOS DIABÉTICOS DESENVOLVEM DOENÇAS

CARDIOVASCULARES

• 35% DOS DIABÉTICOS DESENVOLVEM

NEFROPATIAS FONTES: BARR et alii (1997); INSTITUTE OF MEDICINE ( 2001)

A CRISE DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS

• A INCOERÊNCIA ENTRE A SITUAÇÃO DE SAÚDE E O SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE

• A SUPERAÇÃO DA CRISE: DO SISTEMA DE ATENÇÃO ÀSAÚDE VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES AGUDAS PARA O SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS

• DO SISTEMA FRAGMENTADO PARA A REDE DE ATENÇÃO ÀSAÚDE FONTE: MENDES (NO PRELO)

132

A CRISE DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS

• A INCOERÊNCIA ENTRE A SITUAÇÃO DE SAÚDE E O SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE

• A SUPERAÇÃO DA CRISE: DO SISTEMA DE ATENÇÃO ÀSAÚDE VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES AGUDAS PARA O SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS

• DO SISTEMA FRAGMENTADO PARA A REDE DE ATENÇÃO ÀSAÚDE FONTE: MENDES (NO PRELO)

O CONCEITO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO ORGANIZAÇÕES POLIÁRQUICAS DE

UM CONJUNTO DE SERVIÇOS DE SAÚDE QUE PERMITEM OFERTAR UMA

ATENÇÃO CONTÍNUA E INTEGRAL A DETERMINADA POPULAÇÃO,

COORDENADA PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - PRESTADA NO

TEMPO CERTO, NO LUGAR CERTO, COM O CUSTO CERTO E COM A

QUALIDADE CERTA -, E COM RESPONSABILIDADE SANITÁRIA E

ECONÔMICA SOBRE ESTA POPULAÇÃO FONTE: MENDES (NO PRELO)

AS CARACTERÍSTICAS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

• RESPONSÁVEIS POR UMA POPULAÇÃO DEFINIDA

• ARTICULADAS EM TERRITÓRIOS SANITÁRIOS

• ORGANIZADAS DE FORMA POLIÁRQUICA

• ORGANIZADAS POR UM CONTÍNUO DE ATENÇÃO: PRIMÁRIA,

SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA

133

AS CARACTERÍSTICAS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

• ORGANIZADAS DE FORMA INTEGRAL: AÇÕES DE

PROMOÇÃO DA SAÚDE E DE PREVENÇÃO, CURA, CUIDADO,

REABILITAÇÃO OU PALIAÇÃO DAS DOENÇAS

• COORDENADAS PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

• ORIENTADAS PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E

CRÔNICAS

• FOCADAS NO CICLO COMPLETO DA ATENÇÃO A UMA

CONDIÇÃO OU DOENÇA FONTE: MENDES (NO PRELO)

RESULTADOS DA IMPLANTAÇÃO DE REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE NO DIABETES

• REDUÇÃO DE 50% NAS AMPUTAÇÕES DE

EXTREMIDADES

• REDUÇÃO DE 50% NAS DOENÇAS RENAIS GRAVES

• REDUÇÃO DE 60% NAS CEGUEIRAS POR

RETINOPATIAS

• REDUÇÃO DE 40% NOS DIAS PERDIDOS DE

TRABALHO FONTE: ZITTER (1996)

“O PARADIGMA DA CONDIÇÃO AGUDA PREDOMINANTE É UM ANACRONISMO. ELE FOI ELABORADO NA NOÇÃO DO SÉCULO XIX DA DOENÇA COMO UMA RUPTURA NO ESTADO NORMAL, PRODUZIDA POR UM AGENTE EXTERNO OU TRAUMA; NESTE MODELO, A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS É O QUE IMPORTA. O PROBLEMA É QUE A EPIDEMIOLOGIA CONTEMPORÂNEA MOSTRA QUE A SITUAÇÃO PREVALECENTE É DOMINADA PELAS DOENÇAS CRÔNICAS, TANTO EM TERMOS DE CUSTOS, QUANTO DOS IMPACTOS NA SAÚDE” FONTE: KANE (2003)

UMA REFLEXÃO INGLESA:

134

OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE –EXPOSIÇÃO DIALOGADA 3

OS ELEMENTOS DAS REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

• UMA POPULAÇÃO:

• A POPULAÇÃO ADSCRITA À REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

• UMA ESTRUTURA OPERACIONAL:

• OS COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

• UM MODELO LÓGICO:

• O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE

• FONTE: MENDES (NO PRELO)

OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAUDE

• OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS

• OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS

FONTE: MENDES (NO PRELO)

135

AS DIFERENÇAS ENTRE AS CONDIÇÕES AGUDAS E AS CONDIÇÕES CRÔNICAS DE SAÚDE

CONDIÇÕES AGUDAS• DURAÇÃO CURTA• MANIFESTAÇÃO ABRUPTA• AUTOLIMITADAS• DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO

USUALMENTE PRECISOS• INTERVENÇÃO USUALMENTE EFETIVA• RESULTADO: A CURA• CENTRADAS NO CUIDADO PROFISSIONAL • CUIDADO CENTRADO NO MÉDICO• CONHECIMENTO E AÇÃO CLÍNICA

CONCENTRADAS NO PROFISSIONAL

CONDIÇÕES CRÔNICASDURAÇÃO LONGAMANIFESTAÇÃO GRADUALNÃO AUTOLIMITADASDIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO USUALMENTE INCERTOSINTERVENÇÃO USUALMENTE COM ALGUMA INCERTEZARESULTADO: O CUIDADOCENTRADAS NO AUTOCUIDADO ORIENTADOCUIDADO MULTIPROFISSIONALCONHECIMENTO E AÇÃO CLÍNICA COMPARTILHADOS PELOS PROFISSIONAIS E USUÁRIOS

FONTE: VON KORFF (1997); HOLMAN & LORIG (2000); ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003); MENDES (NO PRELO)

O CONCEITO DE MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE

O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE É UM SISTEMA LÓGICO QUE ORGANIZA O FUNCIONAMENTO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE, ARTICULANDO, DE FORMA SINGULAR, AS RELAÇÕES ENTRE OS COMPONENTES DA REDE E AS INTERVENÇÕES SANITÁRIAS, DEFINIDO EM FUNÇÃO DA VISÃO PREVALECENTE DA SAÚDE, DAS SITUAÇÕES DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA E DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE, VIGENTES EM DETERMINADO TEMPO E

EM DETERMINADA SOCIEDADE

FONTE: MENDES (NO PRELO)

AS INTERRELAÇÕES ENTRE AS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS

• A MAIOR PARTE DAS CONDIÇÕES AGUDAS SÃO POR AGUDIZAÇÕES DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS: SE NÃO SE MELHORAR A QUALIDADE DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS, TRABALHA-SE ENXUGANDO GELO NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

• UMA BOA PARTE DA DEMANDA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE É DE CONDIÇÕES AGUDAS: SE NÃO ORGANIZAR A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS, CLASSIFICANDO-AS POR RISCOS, NÃO SOBRARÁTEMPO PARA A ATENÇÃO CONCOMITANTE DAS CONDIÇÕES AGUDAS NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

• UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS É A CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DAS CONDIÇÕES AGUDAS, A FIM DE QUE SE FAÇA A ATENÇÃO NO LUGAR MAIS CUSTO/EFETIVO E NO TEMPO CERTO FONTE: MENDES (NO PRELO)

136

AS VARIÁVEIS-CHAVE NOS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

• NO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS: A VARIÁVEL RISCO EM FUNÇÃO DO TEMPO E DOS PONTOS DE ATENÇÃO

• NO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS: A VARIÁVEL RISCO EM FUNÇÃO DOS PONTOS DE ATENÇÃO E DA CONCENTRAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS FONTE: MENDES (NO PRELO)

OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE NAS CONDIÇÕES AGUDAS

• THE CANADIAN EMERGENCY DEPARTMENT TRIAGE AND ACUITY SCALE (CTAS)

• AUSTRALASIAN TRIAGE SCALE (ATS)

• MANCHESTER TRIAGE SYSTEM (MTS)

• ADVANCED TRAUMA LIFE SUPORT (ATLS)

• ADVANCED CARDIAC LIFE SUPORT (ACLS)

• HOSPITAL MUNICIPAL MARIO GATTI DE CAMPINAS

• CARTILHA DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DO MS

• CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DA SECRETARIA MUNCIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE FONTE: SHIMAZAKI (2007)

O PROTOCOLO DE MANCHESTER

Amplamente usado na Europa, Reino Unido e AustráliaUsado em dezenas de milhões de pacientes em Unidades de Emergência1ª edição – 19962ª edição – 2005 Pode ser usado em qualquer ponto de atenção– Atenção Primária– Atenção Secundária– Atenção Terciária– Telefone

FONTE: MACKWAY-JONES et al. (2006)

137

RISCOS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIARISCOS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Classificação de Risco: Emergência - ressuscitação: será identificada pela cor Vermelha –

atendimento imediatíssimo em PSEmergência: será identificada pela cor Laranja – atendimento

imediato em PSUrgência Maior: será identificada pela cor Amarela – atendimento

imediato em PAUrgência Menor: será identificada pela cor Verde – atendimento

imediato em UBSEletivo: será identificada pela cor Azul – atendimento agendado

em UBS

O CONCEITO DE MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE

O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE É UM SISTEMA LÓGICO QUE ORGANIZA O FUNCIONAMENTO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE, ARTICULANDO, DE FORMA SINGULAR, AS RELAÇÕES ENTRE OS COMPONENTES DA REDE E AS INTERVENÇÕES SANITÁRIAS, DEFINIDO EM FUNÇÃO DA VISÃO PREVALECENTE DA SAÚDE, DAS SITUAÇÕES DEMOGRÁFICA E EPIDEMIOLÓGICA E DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE, VIGENTES EM DETERMINADO TEMPO E

EM DETERMINADA SOCIEDADE

FONTE: MENDES (NO PRELO)

AS INTERRELAÇÕES ENTRE AS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS

• A MAIOR PARTE DAS CONDIÇÕES AGUDAS SÃO POR AGUDIZAÇÕES DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS: SE NÃO SE MELHORAR A QUALIDADE DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS, TRABALHA-SE ENXUGANDO GELO NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

• UMA BOA PARTE DA DEMANDA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE É DE CONDIÇÕES AGUDAS: SE NÃO ORGANIZAR A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS, CLASSIFICANDO-AS POR RISCOS, NÃO SOBRARÁTEMPO PARA A ATENÇÃO CONCOMITANTE DAS CONDIÇÕES AGUDAS NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

• UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS É A CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DAS CONDIÇÕES AGUDAS, A FIM DE QUE SE FAÇA A ATENÇÃO NO LUGAR MAIS CUSTO/EFETIVO E NO TEMPO CERTO FONTE: MENDES (NO PRELO)

138

AS VARIÁVEIS-CHAVE NOS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

• NO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS: A VARIÁVEL RISCO EM FUNÇÃO DO TEMPO E DOS PONTOS DE ATENÇÃO

• NO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS: A VARIÁVEL RISCO EM FUNÇÃO DOS PONTOS DE ATENÇÃO E DA CONCENTRAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS FONTE: MENDES (NO PRELO)

OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE NAS CONDIÇÕES AGUDAS

• THE CANADIAN EMERGENCY DEPARTMENT TRIAGE AND ACUITY SCALE (CTAS)

• AUSTRALASIAN TRIAGE SCALE (ATS)

• MANCHESTER TRIAGE SYSTEM (MTS)

• ADVANCED TRAUMA LIFE SUPORT (ATLS)

• ADVANCED CARDIAC LIFE SUPORT (ACLS)

• HOSPITAL MUNICIPAL MARIO GATTI DE CAMPINAS

• CARTILHA DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DO MS

• CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DA SECRETARIA MUNCIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE FONTE: SHIMAZAKI (2007)

O PROTOCOLO DE MANCHESTER

Amplamente usado na Europa, Reino Unido e AustráliaUsado em dezenas de milhões de pacientes em Unidades de Emergência1ª edição – 19962ª edição – 2005 Pode ser usado em qualquer ponto de atenção– Atenção Primária– Atenção Secundária– Atenção Terciária– Telefone

FONTE: MACKWAY-JONES et al. (2006)

139

RISCOS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIARISCOS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Classificação de Risco: Emergência - ressuscitação: será identificada pela cor Vermelha –

atendimento imediatíssimo em PSEmergência: será identificada pela cor Laranja – atendimento

imediato em PSUrgência Maior: será identificada pela cor Amarela – atendimento

imediato em PAUrgência Menor: será identificada pela cor Verde – atendimento

imediato em UBSEletivo: será identificada pela cor Azul – atendimento agendado

em UBS

Atendimento em 240 minutos

UBSDor Abdominal em Adultos

Atendimento em 120 minutos

HPP ou UBSDor Abdominal em Adultos

Atendimento em 60 minutos.Transferência no mesmo dia (24 horas)

Hospital Microrregional ou HPP***

Dor Abdominal em Adultos

Atendimento em no máximo 10 minutosTransferência em no máximo 30 minutos

Hospital Microrregional**Dor Abdominal em Adultos

Atendimento ImediatoEm áreas remotas Transferência em no máximo 30 minutos

Hospital Microrregional ou Hospital Macrorregional*

Dor Abdominal em Adultos

Tempo IdealPonto ideal na RedeClassificação de RiscoDeterminante

*Aneurisma dissecante de aorta **Inclui PA Microrregional ***Tratamento Clínico

OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE NA EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL

• O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA

• O MODELO DA KAISER PERMANENTE

• O MODELO DOS CUIDADOS INOVADORES PARA AS CONDIÇÕES CRÔNICAS

• O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS EXPANDIDO

• O MODELO DA EVERCARE

• O MODELO DA ESCÓCIAFONTE: MENDES (2007)

140

O MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA

Comunidade

Recursos e políticas

Organização do Sistema de Saúde

Sistema de Saúde

Auto-cuidado orientado Sistema de

prestação de serviço de

saúde

Suporte de decisão

Sistema de informações

clínicas

Pacientes ativos e

informados

Equipe de saúde proativa e preparada

Resultados Clínicos e Funcionais

Interações produtivas

FONTE: WAGNER (1998)

AUTORIZAÇÃO DE USO DA IMAGEM DADA PELO AMERICAN COLLEGE OF PHYSICIANS EM DEZEMBRO DE 2007

O DESENVOLVIMENTO DO MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA

• REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA• REUNIÃO SOBRE DOENÇAS CRÔNICAS EM SEATTLE• IMPLANTAÇÃO DE UM COMITÊ DE 40 ESPECIALISTAS PARA REVISÃO E

ACONSELHAMENTO EM CONDIÇÕES CRÔNICAS• VISITAS DE CAMPO E ENTREVISTAS COM 72 BOAS PRÁTICAS DE ATENÇÃO

ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS• ANÁLISE DE SITES DE BOAS PRÁTICAS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES

CRÔNICAS• PROJETOS PILOTOS NAS ÁREAS DE ATENÇÃO AO DIABETES, À

DEPRESSÃO, ÀS ASMAS, ÀS ARTRITES, AOS IDOSOS E DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS

• REVISÃO ESTRUTURADA DO MODELO POR RENDERS (2001), WEINGARTEN (2002), BODENHEIMER(2002) E NORRIS (2002)

• APLICAÇÃO DO MODELO EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003)FONTE: DAVIS, C. – The care model. Seattle, Improving Chronic Illness Care, 2007

OS ELEMENTOS-CHAVE DO MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA

• PLANO DE CUIDADO INDIVIDUAL FEITO CONJUNTAMENTE PELOS PROFISSIONAIS E USUÁRIO

• USO DE INSTRUMENTOS DE AUTOCUIDADO ORIENTADO DESENVOLVIDOS COM BASE EM EVIDÊNCIAS

• USO INTENSIVO DE REUNIÕES DE GRUPOS DE USUÁRIOS PARA ESTÍMULO AO AUTOCUIDADO ORIENTADO

• PROFISSIONAL DE SAÚDE COMUNITÁRIA NA EQUIPE• IMPLANTAÇÃO DE PRONTUÁRIOS CLÍNICOS ELETRÔNICOS• IMPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES CLÍNICAS• EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS• EDUCAÇÃO EM SAÚDE DOS USUÁRIOS• EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE• SUPORTE DE ESPECIALISTAS PARA A EQUIPE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE• INTRODUÇÃO DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS NO PLANO ESTRATÉGICO DAS

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE• PARCERIAS COM ORGANIZAÇÕES COMUNITÁRIAS

FONTE: WAGNER (1998)

141

AS EVIDÊNCIAS SOBRE O MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA

• EFEITO SINÉRGICO POSITIVO QUANDO OS DIFERENTES COMPONENTES DO MODELO SÃO COMBINADOS

• MAIOR SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS• MAIOR SATISFAÇÃO DAS EQUIPES PROFISSIONAIS• MELHORES RESULTADOS CLÍNICOS• QUANDO APLICADO COMO PARTE DE UM PROGRAMA DE

GESTÃO DE PATOLOGIA MELHORA A QUALIDADE DA ATENÇÃO• MUITO EFETIVO NA ATENÇÃO A PORTADORES DE ASMA,

DEPRESSÃO, DIABETES E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

FONTES: McLISTER et al., 2001; WAGNER et al., 2001; ENDICOTT et al., 2003; WELLIGHAM, 2003CHIN et al., 2004; GROMEN et al., 2004; GONSET et al., 2004; OUWENS et al., 2005;

Autocuidado

Apoiado

Promoção da Saúde

Cuidado Profissional

TIPOS DE CUIDADOS NA PIRÂMIDE DA KAISER PERMANENTE

142

AS EVIDÊNCIAS SOBRE A PIRÂMIDE DA KAISER PERMANENTE

• MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS USUÁRIOS

• DIMINUIÇÃO DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES

• DIMINUIÇÃO DO TEMPO DE PERMANÊNCIA NOS HOSPITAIS

• AUMENTO DA SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS

FONTE: SINGH & HAM (2006)

FONTE: HAM (2006)

A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO APOIADO

com portadores de doenças crônicaspor poucas horas num ano...

o resto do ano estas pessoas cuidamde si mesmas...

AS EVIDÊNCIAS SOBRE O AUTOCUIDADO APOIADO

→Consultas médicas com os médicos generalistas reduzem-

se acima de 40% nos grupos de alto risco Fries J et al (1998) Reducing need and demand for medical services in high risk groups. West J Med 169: 201-207.

→ Internações hospitalares por doença de Parkinson

reduzem-se em 50%

Montgomery et al (1994) Patient education and health promotion can be effective in Parkinsons disease: a randomised control trial. The

American Journal of Medicine Vol 97: 429.

→Visitas domiciliares reduzem-se em 17% em geral Lorig et al (1985) A work place health education programme that reduces outpatient visits. Medical care 23, No 9: 1044-1054.

143

AS EVIDÊNCIAS SOBRE O AUTOCUIDADO APOIADO

→As taxas de permanência hospitalares reduzem-se

significativamente nas doenças mentais

Kennedy M (1990). Psychiatric Hospitalizations of Growers. Paper presented at the Second Biennial Conference on Community Research

and Action, East Lansing, Michigan.

→A medicação é uilizada de forma mais apropriada (por

exemplo, os esteróides na asma) Charlton et al (1990) Evaluation of peak flow and symptoms only self management plans for control of asthma in general practice BMJ 301:

1355-9.

→O absenteismo nas artrites é reduzido em 50% Fries J et al (1997) Patient education in arthritis: Randomised controlled trial of a mail delivered programme. Journal of Rheumatology 24,

No 7: 1378-1383.

FONTE: WORLD BANK (2006)

Duque de CaxiasGoiâniaFortalezaFortalezaSão LuisGuarulhos

RecifeBelém Belém São LuisFortalezaFortaleza

Belo HorizonteFortalezaDuque de CaxiasDuque de CaxiasDuque de CaxiasCampinas

GoiâniaRecifeSão LuisBelém RecifeGoiânia

Belém São LuisGuarulhosBelo HorizonteBelém Belo Horizonte

Porto AlegreDuque de CaxiasRecifePorto AlegreGuarulhosRecife

FortalezaPorto AlegreBelo HorizonteCampinasPorto AlegreBelém

CuritibaBelo HorizonteGoiâniaGoiâniaBelo HorizonteDuque de Caxias

São LuisCampinasPorto AlegreRecifeGoiâniaPorto Alegre

GuarulhosCuritibaCampinasGuarulhosCuritibaCuritiba

CampinasGuarulhosCuritibaCuritibaCampinasSão Luis

Taxa de abandono de tratamento de tuberculose

Taxa* de internação por Infecção Respiratória Aguda -IRA - em menores de 5 anos na rede SUS

Taxa de mortalidade infantil

Proporção de óbitos não fetal por causas não definidas

Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal

Média anual de consultas médicas por habitante na atenção básica

INDICADORES SELECIONADOS EM ONZE MUNICÍPIOS BRASILEIROS

AS EVIDÊNCIAS DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE EM CURITIBA

• A CONCEPÇÃO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE: O SISTEMA INTEGRADO DE SAÚDE

• AS DIRETRIZES CLÍNICAS COM BASE EM EVIDÊNCIAS

• O CARTÃO DE QUALIDADE SUS

• O PRONTUÁRIO ELETRÔNICO

• A PROGRAMAÇÃO COM BASE NAS DIRETRIZES CLÍNICAS

• O CONTRATO DE GESTÃO COM AS EQUIPES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA ÀSAÚDE

FONTE: WORLD BANK (2006)

144

AS EVIDÊNCIAS DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE EM CURITIBA

• O ACESSO REGULADO DA ATENÇÃO À SAÚDE

• O ADENSAMENTO TECNOLÓGICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

• A EDUCAÇÃO PERMANENTE

• OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

• OS CONSELHOS LOCAIS DE SAÚDE

FONTE: WORLD BANK (2006)

XXPARCERIA COM ORGANIZAÇÕES COMUNITÁRIAS

XXEDUCAÇÃO EM SAÚDE DOS USUÁRIOS

XXXEDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS

XXPROFISSIONAL DE SAÚDE COMUNITÁRIA

XXEQUIPES MULTIPROFISSIONAIS

XXSUPORTE ESPECIALIZADO À APS

XCOORDENAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

XXGESTÃO DA CLÍNICA

XXAUTOCUIDADO ORIENTADO

XXPLANO DE CUIDADO INDIVIDUAL

XXGESTÃO COLABORATIVA DO CUIDADO

XXXPRONTUÁRIOS ELETRÔNICOS

XXIDENTIFICAÇÃO DOS USUÁRIOS

XXESTRATIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO

XXXDIRETRIZES CLÍNICAS

CURITIBAKAISERMACCELEMENTO

ELEMENTOS PRESENTES NOS MODELOS DE ATENÇÃO ÀSAÚDE

FONTE: SING & HAM (2006); WORLD BANK (2006)

DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

CONDIÇÃO DE SAÚDE ESTABELECIDA

POPULAÇÃO TOTAL

POPULAÇÃO EM RISCO

POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA DE BAIXO OU MÉDIO RISCOS

POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA DE ALTO OU MUITO ALTO RISCOS

POPULAÇÃO COM CONDIÇÃO CRÔNICA MUITO COMPLEXA

FONTE: MENDES (NO PRELO)

UMA PROPOSTA DE MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS

Gestão de Caso

Gestão da Condição de Saúde-Nível 2

Gestão da Condição de Saúde - Nível 1

Intervenções de

Prevenção das Doenças

Intervenções de Promoção

da Saúde

FATORES DE RISCO

145

O CONCEITO DE DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

OS DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE SÃO AS CONDIÇÕES SOCIAIS EM

QUE AS PESSOAS VIVEM E TRABALHAM OU AS CARACTERÍSTICAS SOCIAIS

DENTRO

DAS QUAIS A VIDA TRANSCORRE

FONTE: TARLOV (1996)

OS PRINCIPAIS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

• A ACUMULAÇÃO DOS RISCOS NO CURSO DA VIDA• A RENDA• A COESÃO SOCIAL• O EMPREGO• A EDUCAÇÃO• A RAÇA/ETNICIDADE• O AMBIENTE• A VIOLÊNCIA• A LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA• OS ESTILOS DE VIDA

FONTE: WORLD HEALTH ORGANIZATION (2006)

AS INTERVENÇÕES SOBRE OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

AS INTERVENÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

AS INTERVENÇÕES INTERSETORIAIS

A PROMOÇÃO DE HÁBITOS E AMBIENTES SAUDÁVEIS

A VIGILÂNCIA DOS DETERMINANTES SOCIAIS DAS DOENÇAS

FONTE: MENDES (NO PRELO)

146

OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCOS PARA AS CONDIÇÕES CRÔNICAS

• IDADE• TABAGISMO• SOBREPESO E OBESIDADE• ALIMENTAÇÃO INADEQUADA• SEDENTARISMO• SEXO INSEGURO• USO ABUSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS• STRESS• HIPERTENSÃO ARTERIAL• INTOLERÂNCIA À GLICOSE• DEPRESSÃO

FONTE: LORIG et al (2006); MINISTÉRIO DA SAÚDE (2006)

AS INTERVENÇÕES SOBRE OS FATORES DE RISCOS

• AS INTERVENÇÕES DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS A VIGILÂNCIA DOS FATORES DE RISCOS AS INTERVENÇÕES PREVENTIVAS ESTRITAS COMO:

VACINAÇÃO O RASTREAMENTO DE DOENÇASOS EXAMES PERIÓDICOS DE SAÚDEAS INTERVENÇÕES DE MANEJO DO STRESSO CONTROLE DE FATORES DE RISCO POR:MUDANÇAS DE ESTILOS DE VIDA MEDICAMENTOS

FONTE: MENDES (NO PRELO)

AS INTERVENÇÕES SOBRE AS CONDIÇÕES OU DOENÇAS ESTABELECIDAS

• AS TECNOLOGIAS DE GESTÃO DA CLÍNICA A GESTÃO DA

CONDIÇÃO DE SAÚDE (DISEASE MANAGEMENT) A GESTÃO DE CASOS

(CASE MANAGEMENT)

FONTE: MENDES (NO PRELO)

147

O PROCESSO DA GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE

Escolha da Condição de Saúde

Análise da Situação da Condição de Saúde

Busca de Evidências sobre a Condição de Saúde

Elaboração da Linha -Guia com Estratificação de Risco

Comunicação da Linha-Guia

Mudança de Comportamento

Profissionais: Educação

Permanente

Usuários: Educação em

Saúde

Programação

Contrato de Gestão

Monitoramento e Avaliação

Plano de Cuidado

AS EVIDÊNCIAS SOBRE A GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE

HÁ EVIDÊNCIAS ROBUSTAS SOBRE O IMPACTO

FAVORÁVEL DA GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Department of Health. National Service Framework for Coronary Heart Disease. HMSO, 2000.And Doughty RN, Wright

SP, Pearl A, Walsh HJ, Muncaster S, Whalley GA et al. Randomized, controlled trial of integrated heart failure management: The Auckland Heart Failure Management Study. Eur Heart J 2002;23:139-46.And Knox D,.Mischke L. Implementing a congestive heart failure disease management program to decrease length of stay and cost. J Cardiovasc Nurs 1999;14:55-74.And Stewart S, Blue L, Walker A, Morrison C, McMurray JJ. An economic analysis of specialist heart failure nurse management in the UK; can we afford not to implement it? Eur Heart J 2002;23:1369-78.

DPOC E ASMA Bourbeau J, Julien M, Maltais F, Rouleau M, Beaupre A, Begin R et al. Reduction of hospital utilization in patients with chronic obstructive pulmonary

disease: a disease-specific self-management intervention. Arch Intern Med 2003;163:585-91.And Morrison DS,.McLoone P. Changing patterns of hospital admission for asthma, 1981-97. Thorax 2001;56:687-90.And Baker D, Middleton E, Campbell S. The impact of chronic disease management in primary care on inequality in asthma severity. J Public Health Med 2002;25:258-60.And Naish J, Sturdy P, Griffiths C, Toon P. Appropriate prescribing in asthma. BMJ 1995;310:1472.And Barbanel D, Eldridge S, Griffiths C. Can a self-management programme delivered by a community pharmacist improve asthma control? A randomised trial. Thorax 2003;58:851-4.And Griffiths C, Foster G, Barnes N, Eldridge S, Tate H, Begum S et al. Specialist nurse intervention to reduce unscheduled asthma care in a deprived multiethnic area: the east London randomised controlled trial for high risk asthma (ELECTRA) [In Process Citation]. BMJ 2004;328:144.

DIABETESRenders CM, Valk GD, Griffin S, Wagner EH, Eijk JT, Assendelft WJ. Interventions to improve the management of diabetes mellitus in primary care, outpatient and

community settings. Cochrane Database Syst Rev 2001;CD001481.And Sidorov J, Gabbay R, Harris R, Shull RD, Girolami S, Tomcavage J et al. Disease management for diabetes mellitus: impact on hemoglobin A1c. Am J Manag Care 2000;6:1217-26.And Sidorov J, Shull R, Tomcavage J, Girolami S, Lawton N, Harris R. Does diabetes disease management save money and improve outcomes? A report of simultaneous short-term savings and quality improvement associated with a health maintenance organization-sponsored disease management program among patients fulfilling health employer data and information set criteria. Diabetes Care 2002;25:684-9.And Vrijhoef HJ, Spreeuwenberg C, Eijkelberg IM, Wolffenbuttel BH, van Merode GG. Adoption of disease management model for diabetes in region of Maastricht. BMJ 2001;323:983-5.

DEPRESSÃOOslin DW, Sayers S, Ross J, Kane V, Ten Have T, Conigliaro J et al. Disease management for depression and at-risk drinking via telephone in an older

population of veterans. Psychosom Med 2003;65:931-7.And Coyne JC, Brown G, Datto C, Bruce ML, Schulberg HC, Katz I. The benefits of a broader perspective in case-finding for disease management of depression: early lessons from the PROSPECT Study. Int J Geriatr Psychiatry 2001;16:570-6.And Scott J, Thorne A, Horn P. Quality improvement report: Effect of a multifaceted approach to detecting and managing depression in primary care. BMJ 2002;325:951-4.And Roberts K, Cockerham TR, Waugh WJ. An innovative approach to managing depression: focus on HEDIS standards. J Healthc Qual 2002;24:11-64.

148

AS PRINCIPAIS INTERVENÇÕES SOBRE AS CONDIÇÕES DE SAÚDE ESTABELECIDAS

A GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDEA ELABORAÇÃO DE LINHAS-GUIA A ESTRATIFICAÇÃO POR RISCOS A ELABORAÇÃO DO PLANO DE CUIDADO DE CADA USUÁRIOO TRATAMENTO PRONTO DAS CONDIÇÕES AGUDAS O CUIDADO CONTÍNUO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS E SUAS SEQÜELAS A VIGILÂNCIA ATIVA DE CERTAS DOENÇAS A PROGRAMAÇÃO E O MONITORAMENTO DA ATENÇÃO NAPOPULAÇÃO POR RISCOS O FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE AUTOCUIDADO APOIADO, PREVISTO

NO PLANO DE CUIDADO O FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA A

COORDENAÇÃO DO CUIDADO A EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS A EDUCAÇÃO EM SAÚDE DOS USUÁRIOS

FONTE: MENDES (NO PRELO)

AS INTERVENÇÕES DE GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE

• GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE DE NÍVEL 1:

POPULAÇÃO PORTADORA DE CONDIÇÃO CRÔNICA DE

BAIXO OU MÉDIO RISCOS

• GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE DE NÍVEL 2:

POPULAÇÃO PORTADORA DE CONDIÇÃO CRÔNICA DE

ALTO OU MUITO ALTO RISCOS FONTE: MENDES (NO PRELO)

O PROCESSO DA GESTÃO DE CASO

• A SELEÇÃO DO CASO

• A IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

• A ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE

CUIDADO

• A AVALIAÇÃO DO PLANO DE CUIDADO FONTE: MENDES (2004)

149

AS EVIDÊNCIAS SOBRE A GESTÃO DE CASO

• EVITA PROBLEMAS POTENCIAIS COM MEDIDAS PREVENTIVAS

• DIMINUI AS URGÊNCIAS POR AGUDIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS

• DIMINUI AS INTERNAÇÕES HOSPITALARES• EVITA AS INTERNAÇÕES SOCIAIS• PROVÊ UM CONTACTO HUMANO E DURADOURO COM AS

PESSOAS PORTADORAS DE CONDIÇÕES MUITO COMPLEXAS

• MONITORA AS INTERVENÇÕES MÉDICAS REDUZINDO OS EVENTOS ADVERSOS

• AUMENTA A SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS FONTES:; BARNABEI et al.(1998); ALLIOTA (2001)

AS INTERVENÇÕES SOBRE AS CONDIÇÕES DE SAÚDE ESTABELECIDAS

A GESTÃO DE CASO

A IDENTIFICAÇÃO DOS PORTADORES DE DOENÇAS OU CONDIÇÕES MUITO COMPLEXAS A CAPACITAÇÃO DOS GESTORES DE CASO A ELABORAÇÃO DO PLANO DOS CUIDADOS PARA CADA

USUÁRIO EM COLABORAÇÃO COM O USUÁRIO E SUA FAMÍLIA A IMPLEMENTAÇÃO E MONITORAMENTO DO

PLANO DOS CUIDADOS

FONTE: MENDES (NO PRELO)

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

150

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Conselho Federal de Medicina – CFM, resolução 1451/95 define:

URGÊNCIA: ¨ocorrência imprevista de agravo àsaúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata¨.

EMERGÊNCIA: ¨constatação médica de agravo àsaúde que implique em risco iminente de vida , ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, o tratamento médico imediato¨.

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Pontos relevantes

a organização das formas de acessoa identificação dos casos de urgência ou

emergência a priorização dos casos de emergência e

urgência a identificação e a definição da competência

dos pontos de atenção

URGÊNCIA X EMERGÊNCIA CLÍNICA

Identificação dos casos

através do gerenciamento da queixaidentificação dos sinais de alerta =

emergência - urgência

151

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Classificação de Risco – Sinais de Alerta: é um processo dinâmico de identificação dos

usuários que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento

URGÊNCIA E EMERGÊNCIASão objetivos da identificação dos Sinais de Alerta:

Humanizar e personalizar o atendimentoAvaliar o usuário logo na sua chegadaDescongestionar as UBS, PS, PAReduzir o tempo para o atendimento, fazendo com que o

usuário seja visto precocemente de acordo com a sua gravidade

Determinar a área de atendimento primário, devendo o usuário ser encaminhado ao setor ou ponto de atenção adequado

Informar o tempo de esperaRetornar informações a usuário/familiares

OS PROTOCOLOS CLÍNICOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

CanadenseAmericanoManchester(Inglês)Australásia

152

EMERGENCY TRIAGEMANCHESTER TRIAGE GROUP

Amplamente usado na Europa, Reino Unido e AustráliaUsado em dezenas de milhões de pacientes em Unidades de Emergência1ª edição – 19962ª edição – 2005 Pode ser usado em qualquer ponto de atenção

Atenção PrimáriaAtenção SecundáriaAtenção TerciáriaTelefone

DOR ABDOMINAL

Problema recente

VômitoVERDE

Dor leve recente

Dor moderada

Febre alta

Vômito persistente

História de vômito agudo de sangue

Fezes enegrecidas ou vermelhas

Irradiação para ombro

AMARELO

Possível gravidez

Febre alta

Sangramento vaginal e > 20 semanas de gravidez

Evacuação de sangue vivo ou escurecido

Vômito de sangue

Dor irradiando para o dorso

LARANJA

Dor intensa

Choque

Respiração inadequadaVERMELHO

Comprometimento vias aéreas

Dor

abdominal

adultos

153

Atendimento em 240 minutos

UBSDor Abdominal em Adultos

Atendimento em 120 minutos

HPP ou UBSDor Abdominal em Adultos

Atendimento em 60 minutos.

Transferência no mesmo dia (24 horas)

Hospital Microrregional ou HPP***

Dor Abdominal em Adultos

Atendimento em no máximo 10 minutos

Transferência em no máximo 30 minutos

Hospital Microrregional**Dor Abdominal em Adultos

Atendimento Imediato

Em áreas remotas Transferência em no máximo 30 minutos

Hospital Microrregional ou Hospital Macrorregional*

Dor Abdominal em Adultos

Tempo IdealPonto ideal na RedeClassificação de RiscoDeterminante

*Aneurisma dissecante de aorta

**Inclui PA Microrregional

***Tratamento Clínico

URGÊNCIA E EMERGÊNCIAClassificação de Risco:

Prioridade 1 – Emergência: ressuscitação: será identificada pela cor Vermelha – atendimento imediatíssimo em PS

Prioridade 2 - Emergência: será identificada pela cor Laranja – atendimento imediato em PS

Prioridade 3 – Urgência Maior: será identificada pela corAmarela – atendimento imediato em PA

Prioridade 4 – Urgência Menor: será identificada pela corVerde – atendimento imediato em UBS

Prioridade 5 – Eletivo: será identificada pela cor Azul –atendimento agendado em UBS