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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO FINANCEIRA Por: Josias Leonardo Dias Orientador Prof. Ana Cristina Guimarães Rio de Janeiro

Importnacia FC como instrumento Gestão Financeira

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    A IMPORTNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO

    INSTRUMENTO DE GESTO FINANCEIRA

    Por: Josias Leonardo Dias

    Orientador

    Prof. Ana Cristina Guimares

    Rio de Janeiro

  • 2 2005

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    A IMPORTNCIA DO FLUXO DE CAIXA COMO

    INSTRUMENTO DE GESTO FINACEIRA

    Apresentao de monografia Universidade

    Candido Mendes como condio prvia para a

    concluso do Curso de Ps-Graduao Lato

    Sensu em Auditoria e Controladoria.

    Por: Josias Leonardo Dias

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    Ao Deus Eterno, por ter me dado

    condies de faze-lo, a minha esposa

    - Rosangela, que teve muita

    pacincia . A minha filha Josylane que

    tanto colaborou, incentivando a

    realizao deste trabalho.

  • 4

  • 5

    DEDICATRIA

    Dedico esta monografia aos meus filhos

    Josylane, Thiago, Andr e minha

    querida esposa Rosangela Lamblet, que

    tanto colaborou para sua realizao.

  • 6

    RESUMO

    O fluxo de caixa apresenta-se como ferramenta de gesto que

    permite planejar e controlar as entradas e sadas de recursos, bem como a

    aplicao de possveis excessos de caixa ao longo de um perodo.

    Figura como parte integrante deste processo, o planejamento

    financeiro, que tem objetivo reunir os meios de pagamento e delinear as

    quantias vultuosas, para ocasies mais favorveis, permitindo adequar as

    aplicaes de curto prazo, com enfoque na liquidez e rentabilidade.

    Apresenta-se como instrumento de anlise para o usurio

    externo da informao e de base de apoio no processo decisrio, permitindo

    ao gestor saber qual o melhor momento de obter um emprstimo ou detectar

    insuficincia de recursos.

    Poder ser apresentada pelo mtodo direto ou indireto, ficando a

    critrio da empresa definir aquele que melhor satisfazer as suas necessidades

    informativas.

  • 7

    METODOLOGIA

    O trabalho apresentara em todo o seu seguimento uma pesquisa

    bibliogrfica exploratria. Ser utilizado como recurso realizao de uma

    reviso bibliogrfica sobre o assunto em questo, utilizando livros, revistas,

    artigos cientficos, internet e bibliotecas tais como: Ivo Magalhes de Oliveira-

    Conselho Regional de Contabilidade RJ e Biblioteca Central Universidade

    Candido Mendes RJ.

  • 8

    SUMRIO

    FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTOS 3 DEDICATRIA 4 RESUMO 5 INTRODUO 12 CAPTULO I - O fluxo de caixa como ferramenta de gesto e liquidez

    13

    CAPTULO II - O fluxo de caixa como ferramenta de planejamento 16

    CAPTULO III O fluxo de caixa aplicado na empresa 25

    CAPITULO IV Mtodos e formas de apresentao dos fluxos de caixa

    49

    CONCLUSO

    60

    REFERNCIAS

    61

    NDICE 63

    FOLHA DE AVALIAO 65

  • 9

    ndice de Tabelas

    TABELA 1 Balano Patrimonial levantado em : 38

    TABELA 2 Demonstrao do Resultado para o exerccio findo em 31-

    12-x5 39

    TABELA 3 Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido

    para o exerccio em 31-12-x6

    39

    TABELA 4 Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos

    para o exerccio findo em 31-12-x6

    40

    TABELA 5 Movimentao do Capital Circulante Liquido

    40

    TABELA 6 Demonstrao das Entradas e Sadas em 31-12-X6 41

    TABELA 7 Transformao do Resultado Econmico em

    Resultado Financeiro 42

    TABELA 8 Gerao Bruta de Caixa

    43

    TABELA 9 Gerao Operacional de caixa 43

  • 10 TABELA 10 -Gerao Bruta de Caixa 43

    TABELA 11 Gerao Corrente de Caixa

    44

    TABELA 12 Gerao Operacional de Caixa

    44

    TABELA 13 Demonstrao do Fluxo Lquido de Caixa

    45

    TABELA 14 Demonstrao do Fluxo de Caixa obtido pelo mtodo

    direto 53

    TABELA 15 Demonstrao do Fluxo de Caixa obtido pelo mtodo

    indireto 55

    TABELA 16 -Demonstrao do Fluxo de Caixa mtodo direto

    58

    TABELA 17 Conciliao do Resultado lquido com o caixa lquido

    das atividades operacionais 59

    TABELA 18- Demonstrao do Fluxo de Caixa mtodo indireto 60

  • 11

    ndice de Figuras

    Figura 1 Modelo Notas Explicativas Mtodo Direto

    57

    Figura 2 Modelo Notas Explicativas Mtodo indireto 59

  • 12

  • 13

    ndice de Abreviaturas

    CCL Capital Circulante Lquido

    CDB Certificado de Depsito Bancrio

    CRCSP Conselho Regional de Contabilidade de So Paulo

    CVM Comisso de Valores Mobilirios

    DFC Demonstrao do Fluxo de Caixa

    DOAR Demonstrao de origens e Aplicao de Recursos

    DRE Demonstrao do Resultado do Exerccio

    FAS Financial Accounting Standards

    FASB Financial And Accounting Standards Board

    IASC International Accounting Standards Committee

    IBRACON Instituto Brasileiro de Contadores

    RDB Recibo de depsito Bancrio

    ROI Return On Investment

    SFAS Statement Of Financial Accounting Standards

  • 14

    INTRODUO

    Numa conjuntura econmica globalizada, onde as pessoas e empresas,

    buscam informaes com objetivo de movimentar seus investimentos, leva os

    gestores das empresas a buscarem alternativas que ofeream condies

    favorveis de solvncia e liquidez. O Fluxo de Caixa apresenta-se como

    ferramenta indispensvel ao processo decisrio. Atravs dele possvel ao

    administrador programar suas entradas e sadas de caixa, bem como verificar

    os excessos ou buscar recursos no momento necessrio, medir a capacidade

    de gerao de caixa, administrar o seu disponvel, favorecendo ao

    administrador acompanhar as fases da gesto empresarial. Neste contexto,

    torna-se imprescindvel o papel da contabilidade, enquanto provedora de

    informaes que auxiliam no processo de tomada de deciso, dentro da

    empresa, assim como ao usurio externo, como fonte de anlise atravs de

    seus demonstrativos.

    O objetivo deste trabalho no esgotar o assunto, mais sim, evidenciar

    o fluxo de caixa como ferramenta de planejamento e gesto financeira, que

    quando colocados em prtica, contribuem para o alcance das metas

    estabelecidas.

    Assim, este trabalho est dividido em quatro partes. A primeira mostra

    o fluxo de caixa como ferramenta de gesto e liquidez. A segunda apresenta o

    fluxo de caixa como ferramenta de planejamento. A terceira trata do fluxo de

    caixa aplicado na empresa. A quarta identifica mtodos e formas de

    apresentao da demonstrao dos fluxos de caixa.

  • 15

    CAPITULO I

    O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE GESTO E

    LIQUIDEZ

    1.1 Conceito

    O fluxo de caixa compreende a representao dinmica da

    situao financeira de uma empresa, podendo denominar-se ao conjunto de

    ingressos e desembolsos de numerrios ao longo de um perodo determinado

    considerando todas entradas de recursos e aplicaes no ativo. ZDANOWICZ

    (1989).

    O fluxo de caixa destaca-se como instrumento de planejamento e

    controle financeiro, sendo indispensvel como instrumento de gesto

    gerencial, no processo de tomada de deciso financeira.Trata-se de um

    instrumento que relaciona os ingressos e sadas (desembolso) de recursos

    financeiros de uma organizao. O fluxo de caixa reflete as vrias

    movimentaes financeiras da empresa em determinado perodo de tempo e

    administrar o fluxo de caixa significa preservar a liquidez da empresa. ASSAF

    NETO e SILVA (1997).

    Para os autores Yoshitake e Hoji (1997) o fluxo de caixa um

    esquema que representa os benefcios e dispndios do caixa ao longo do

    tempo. Num fluxo de caixa, temos pelo menos uma sada e pelo menos uma

  • 16 entrada (ou vice-versa). Numa operao financeira ocorre uma entrada e sada

    de recursos; entretanto numa aplicao significa desembolsar com

    possibilidade de retorno depois de algum tempo. Portanto essas operaes

    referem-se a fluxo de caixa.

    Segundo Matarazzo (1998), o fluxo de caixa pode ser definido

    como movimento de caixa onde se pode visualizar as entradas e sadas de

    caixa, verificando sobras ou falta de caixa, permitindo ao gestor programar

    com antecedncia a solicitao de aplicao de recursos.

    Campos Filho (1999), cita vrios autores que fazem um alerta

    destacando a importncia do fluxo de caixa e o cuidado de basear o processo

    decisrio somente nos demonstrativos contbeis.

    Como entender a lgica de um administrador ou investidor que

    utiliza no processo de deciso inicial de investimentos, tcnicas sofisticadas

    de avaliao com base nos fluxos de caixa, considerando o valor do dinheiro

    no tempo, aplicando conceitos como valor liquido, taxa de retorno, ndice de

    lucratividade... e depois, nas fases da operao e controle, passa a medir o

    desempenho dos investimentos com base em lucros contbeis e taxas

    histricas tipo ROI. Figurativamente, seria o mesmo que esse administrador ou

    investidor estivesse comparando laranjas com mas e, pior, pesando as

    laranjas e contando as mas. FALCINI (1992).

    A est um dos problemas no reino do (Grupo) Itamarati. Seus

    negcios no geram caixa. Nem mesmo uma srie de prejuzos to nociva

    para empresa quanto a falta de fluxo de caixa, diz um banqueiro paulista. E os

    negcios do Olacyr (de Moraes) so frgeis neste ponto. EXAME (1996).

  • 17 H muito tempo se conhece que uma empresa pode operar sem

    lucros por muitos anos, desde que possua um fluxo de caixa adequado. O

    oposto no verdade. De fato, um aperto na liquidez costuma ser mais

    prejudicial do que um aperto nos lucros. DRUCKER (1992).

    possvel que uma empresa apresente lucro lquido e um bom

    retorno sobre investimento e ainda assim v a falncia. O pssimo fluxo de

    caixa o que acaba com a maioria das empresas que fracassam.

    GOLDRATT e COX (1990 p. 45).

    Portanto, percebe-se que os autores concordam que o fluxo de

    caixa um instrumento de gesto financeira no qual possvel planejar e

    controlar as entradas, sadas, tomadas ou aplicaes de recursos ao longo de

    um perodo, servindo como ferramenta gerencial no processo decisrio.

  • 18

    CAPITULO II

    O FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO

    2.1 Planejamento como mecanismo de processo

    decisrio

    O processo de planejamento do fluxo de caixa se constitui em

    implantar uma estrutura de informaes na qual possibilite ao gestor planejar

    os ingressos e desembolsos de caixa. Desta forma o administrador financeiro

    ter de forma pratica condies de satisfazer as necessidades financeiras e

    futuras da empresa. O fluxo de caixa um dos instrumentos que apresenta

    grande eficincia no planejamento e controle financeiros, sendo possvel ser

    elaborado de formas diferentes. O fluxo de caixa projetado pode ser

    apresentado de forma genrica pela seguinte operao:

    SFC = SIC + I D

    Onde:

    SFC = Saldo Final de Caixa;

  • 19 SIC = Saldo Inicial de Caixa;

    I = Ingressos;

    D = Desembolsos.

    Desta forma, o fluxo de caixa o instrumento que o administrador

    financeiro se utiliza com objetivo de apurar se o saldo de caixa adicionado ao

    somatrio de ingressos, menos o somatrio de desembolsos em certo

    perodo, apresentar sobra de caixa ou escassez de recursos financeiros pela

    empresa. Em havendo excedentes financeiros, cabe ao administrador

    financeiro dar a destinao eficiente dos mesmos. Tendo conhecimento de

    possvel falta de recursos, possibilitar ao gestor obter em fontes menos

    onerosas no mercado.

    Ressaltando que tanto na capitao quanto na aplicao de

    recursos financeiros pela empresa, dever ser fixado, considerando

    antecipadamente entre outros fatores, o prazo da operao. Por exemplo,

    aplicao de recursos no mercado aberto (fundo de aplicaes financeiras) o

    administrador dever levar em considerao no s a taxa de juros a ser paga

    pela instituio financeira, bem como a segurana da operao e o perodo

  • 20 que o excedente ser aplicado, pois a empresa dever entender que no se

    trata de operao para especulao de mercado. ZDANOWICZ (1989).

    Portanto, Gitman (1997, p. 586) assim afirma:

    O planejamento de caixa a espinha dorsal da

    empresa. Sem ele no se saber quando haver caixa

    suficiente para sustentar operaes ou quando se

    necessitar de financiamentos bancrios. Empresas

    que constantemente tenham falta de caixa e que

    necessitem de emprstimos de ltima hora podero

    perceber como difcil encontrar um banco que as

    financie.

    Observa-se que para Zdanowicz (1989) o planejamento constitui-se

    em implantar uma estrutura de informaes onde o administrador tem a

    possibilidade de gerir as necessidades financeiras da empresa, bem como

    reconhecer a falta ou excedente de caixa. Para Gitman (1997), o planejamento

    de caixa considerado como elemento central para a organizao, a no

    utilizao desta ferramenta torna-se impossvel adequar a sustentabilidade das

    operaes e a possvel captao de recursos. Portanto, conclui-se que as

    opinies dos autores convergem para a necessidade do planejamento de

    caixa e sua importncia no processo decisrio.

    2.2 - A Importncia do Planejamento

  • 21 importante o fluxo de caixa porque tem capacidade de mostrar

    antecipadamente as necessidades de recursos para atender o pronto

    pagamento dos compromissos assumidos pela empresa, com prazos certos

    para serem soldados. Assim sendo o administrador estar apto planejar

    com a devida antecedncia, as situaes anormais de caixa que podero

    ocorrer em conseqncia de fatores cclicos de receita ou aumento no

    volume de pagamentos. Dentre os vrios papeis importantes desempenhados

    pelo fluxo de caixa, acrescenta-se o que o possibilita evitar a programao de

    desembolsos vultuosos para perodos em que os ingressos orados sero

    pequenos por questes de mercado, por exemplo.

    O planejamento do fluxo de caixa possibilita ao administrador

    financeiro visualizar valores que permitam a aplicaao a curto prazo com

    base na liquidez, na rentabilidade e nos prazos de resgate. Diante disto, o

    fluxo de caixa de vital importncia para a boa sade econmica-tcnico-

    financeira e administrativa das empresas, sejam elas micro, pequenas,

    mdias ou grandes, a tal ponto, que algumas instituies de crdito exigem a

    sua apresentao antes mesmo de oferecerem crdito aos seus clientes.

    ZDANOWICZ (1989).

    Neste contexto, nota-se que o fluxo de caixa tem a capacidade de

    sintetizar os meios de pagamento e recebimentos bem como delinear certos

    desembolsos de quantias mais vultosas em ocasies no favorveis. Permiti

  • 22 ainda direcionar aplicaes de curto prazo com enfoque na liquidez,

    rentabilidade e prazos, sendo assim Assaf Neto e Silva (1997, p: 37) afirmam:

    Uma adequada administrao do fluxo de caixa

    pressupe a obteno de resultados positivos para

    empresa, devendo ser focalizada como um

    seguimento lucrativo para seus negcios. A melhor

    capacidade de gerao de recursos de caixa promove,

    entre outros benefcios a empresa menor necessidade

    de financiamento dos investimentos em giro, reduzindo

    seus custos financeiros.

    2.3 Prazo de Planejamento do Fluxo de Caixa

    O perodo ideal para planejamento do fluxo de caixa depende do

    tamanho e ramo de atividade da empresa. Geralmente quando as atividades

    no esto permeadas de constantes mudanas, a tendncia para

    estimativas de curto prazo (dirio, semestral ou mensal), enquanto as

    empresas que matem um volume de vendas estvel, preferem projetar o fluxo

    de caixa para perodos mais longos (mensal, trimestral ou semestral). A

    finalidade do planejamento tambm influi no perodo coberto pelo mesmo. A

    exemplo de um programa de investimentos macio por parte da empresa,

    torna necessrio um planejamento rico em detalhes, referente em um prazo

    menor, do que o normalmente utilizado com objetivo de aproximar e dar uma

  • 23 idia da projeo dos saldos mensais durante o exerccio social. Como toda

    empresa tem necessidades variadas em termos financeiros, precisa estimar

    com prazos variveis, de acordo com as respectivas finalidades. importante

    a empresa realizar um planejamento com no mnimo trs meses. O fluxo de

    caixa mensal dever se transformar em semanal e este em dirio.

    O modelo dirio mostrar a posio dos recursos em funo dos

    ingressos e dos desembolsos de caixa, e constitui-se em poderoso

    instrumento de planejamento e de controle financeiro para empresa.

    O planejamento do fluxo de caixa a longo prazo, no requer a

    apresentao onde se demonstre com riqueza de detalhes informaes at

    aqui j mencionadas, pois tem como prioridade apenas relacionar alteraes

    significativas nos futuros saldos de caixa da empresa. Conforme os planos e

    aes aprovadas pela cpula diretiva, devero resultar de expanso ou

    modernizao da capacidade de produo e, a comercializao, lanamento

    de produtos novos e crescimento desejado da empresa dentro de um ou trs

    anos, ou em futuro um pouco mais distante. Tem por finalidade apresentar as

    possibilidades de gerao de caixa e suas disponibilidades, ou a obteno de

    recursos materiais a manuteno em curso de tudo que foi planejado para um

    perodo alongado. Devero projetar em que pocas as disponibilidades

    podero diminuir, para que o gestor financeiro fique apto a:

  • 24 a) incluir no planejamento de caixa a quantidade necessria de

    emprstimo ou financiamento com que a empresa necessita a curto, mdio e

    longo prazo;

    b) prever aumento de capital social, aproveitando de reservas e

    subscrio de novas aes;

    c)analisar quais os efeitos que esta poltica de obteno de

    recursos, trar na estrutura do capital da empresa;

    d) mostrar as prioridades para alta administrao dos projetos que

    podero ser executados de acordo com os planos e quais no sero realizados

    no momento e at aqueles alterados e quais devero ser totalmente

    abandonados.

    Mesmo que se queira e se disponha de tcnicos mais experientes,

    difcil conseguir estimativa com grande nvel de detalhamento e exatas, dado ao

    fato de serem projees para um futuro distante. Principalmente por se tratar de

    estimativas feitas por outros departamentos e principalmente em virtude de no

    ter nascido ainda o homem dotado da prescincia, para saber com certeza e

    suficiente antecedncia, as mudanas que ocorrero nas condies econmicas

    e como podero influenciar na situao da empresa e que fatores novos tero que

    contar nos prximos meses e muito menos nos prximos anos.ZDANOWICZ

    (1989).

  • 25 Na viso de Yoshttake e Hoji (1997), o fluxo de caixa geralmente

    elaborado para o perodo de um exerccio social e dentro dele dividido em

    semestre, trimestre ou ms, de acordo com a estimativa de cada empresa.

    Sob a abordagem de longo prazo, prpria do planejamento estratgico,

    algumas empresas projetam seus fluxos de caixa para um perodo que variam

    de trs a cinco anos. Olhando para o lado operacional o fluxo de caixa de curto

    prazo mais conhecido como previso de caixa ou projeo de fluxo de caixa

    e pode ser preparado para um perodo que varia de um a trs meses. As

    informaes podem ser apresentadas por dia para

    os primeiros 15 dias ou 30 dias e por semana ou quinzena para o restante do

    perodo.

    Do ponto de vista de controle e feedback (realimentao das

    informaes), o fluxo de caixa deve ser periodicamente atualizado. A projeo

    do fluxo de caixa deve ser constantemente verificada e ajustada, com base no

    fluxo de caixa real e nas variaes ocorridas anteriormente projetadas, com

    objetivo de chegar ao mais prximo possvel da realidade. Esses

    procedimentos so teis e necessrios para que o fluxo de caixa atinja sua

    inteno, ou seja, de um instrumento eficaz no processo de gesto financeira.

    Observa-se que para Zdanowicz (1989), a formulao de prazo

    depende do tamanho, ramo e do nvel de atividade da empresa. Se atividades

    com poucas mudanas a curto prazo, o fluxo pode ser: dirio, semestral e

    mensal; atividades com volume de vendas estvel de longo prazo, o fluxo pode

    ser: mensal, bimestral e semestral. Atividades variadas de prazos variveis, o

  • 26 fluxo pode ser: no mnimo trs meses, semanal e dirio. J para

    Yoshitake (1997), considera-se o perodo de um exerccio social, que

    subdivide em semestre, trimestre e ms, de acordo com as estimativas da

    empresa. Sua abordagem de longo prazo considerada como planejamento

    estratgico que varia de trs a cinco anos. No curto prazo operacional, para

    um perodo de um a trs meses, podendo ser apresentado por dia, semana,

    quinzena ou restante do perodo.

    Portanto conclui-se que as opinies so divergentes, dependendo

    da gesto aplicada a cada empresa, levando-se em considerao suas

    caractersticas e formulao de estratgia financeira no curto e longo prazo.

  • 27

    CAPITULO III

    O FLUXO DE CAIXA APLICADO NA EMPRESA

    3.1 Aspectos introdutrios da DFC A Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR)

    um demonstrativo que detm um grande valor informativo e foi objeto de

    grande elogio por vrios especialistas, entretanto com o passar do tempo,

    alguns problemas surgiram, tais como: a) de difcil compreenso para os

    usurios que no detm grande conhecimento na rea contbil, por ser o

    capital circulante liquido um conceito que evidencia a diferena algbrica entre

    ativos de natureza financeira, tal como caixa, com ativo de natureza tambm

    financeira, entretanto oriundos de direitos referentes venda de bens e

    servios, como duplicatas a receber, somados com ativos no financeiros

    como estoque, deduzidos de valores de passivos circulantes (obrigaes em

    curto prazo). b) carncia dos usurios das demonstraes financeiras terem a

    possibilidade de analisar as diferenas entre o lucro lquido e as relaes entre

    recebimento e pagamento. c) carncia dos usurios das demonstraes

    financeiras poderem avaliar a performance da empresa de liquidar seus

    passivos, pagar dividendos e a necessidade de financiamento. d) carncia

  • 28 dos usurios das demonstraes financeiras terem a possibilidade de medir a

    capacidade da empresa de gerar um saldo positivo no fluxo de caixa.

    Para corresponder a essas carncias, de se ter uma demonstrao

    com fluxos absolutamente financeiros e de fcil compreenso, o FASB 95

    determinou a substituio da Demonstrao de Origens e Aplicao de

    Recursos (DOAR) pela Demonstrao do Fluxo de

    Caixa (DFC) entendendo que a demonstrao do fluxo financeiro da empresa

    utilizado com as demais demonstraes possibilita ao usurio condies de

    avaliar a capacidade de gerao de caixa futuro e de corresponder as suas

    obrigaes. O demonstrativo de fluxo de caixa passou a ser pea

    indispensvel nas demonstraes financeiras para todas empresas, exceto

    aquelas sem fins lucrativos. Esto elencados nesta demonstrao os

    recebimentos e pagamentos de caixa que so oriundos das atividades

    operacionais, de investimento e de financiamento, os quais se apresentam de

    modo a conciliar as variaes dos valores de caixa do comeo com o do final

    do perodo. Guimares et al (1997).

    Segundo Iudcibus e Marion (1999 ) no por muito tempo tm-se

    observado um grande interesse dos usurios pelo conhecimento do fluxo de

    caixa das organizaes. O interesse justifica-se pela maior facilidade no

    entendimento das informaes que enfocam com clareza o caixa. Este fato,

    aliado ao desconhecimento demonstrado por um numero grande de usurio no

    entendimento das informaes baseadas no capital circulante liquido, levaram

    muitos pases a substiturem as Demonstraes de Fluxos de CCL (

    Demonstrao de origens e Aplicaes de Recursos) por outras que refletem

    as movimentaes ocorridas no caixa das organizaes.

  • 29 Na viso de Campos Filho (1999), decorridos 12 anos em que foi

    aprovado o modelo pelo Comit de Padres de Contabilidade Financeira

    (FASB), dos Estados Unidos, por quatro votos a trs, devemos reconhecer a

    forma simples deste modelo, por permitir um fcil entendimento pelo usurio

    da informao e ao mesmo tempo, a qualidade das informaes obtidas.

    Na avaliao dos autores citados, observa-se que a DFC tem como

    uma de suas finalidades a de disponibilizar informaes que possibilitem um

    fcil entendimento pelo usurio da informao e ao mesmo

    tempo, a qualidade das informaes citadas, focando com clareza o caixa.

    Permite ainda ao usurio avaliar a capacidade de gerao de caixa futuro e

    de corresponder as suas obrigaes.

    3.2 Demonstrao do Fluxo de Caixa Segundo Critrios

    Gerais do FASB

    Depois de vrios anos de estudo, o Financial Accounting Standards

    Board FASB (Comit de Normas de Contabilidade Financeira dos Estados

    Unidos) Atravs da Statement Of Financial Accouting Standards SFAS

    (Pronunciamento de Normas de Contabilidade Financeira) n 95, de novembro

    de 1987, passou a exigir a apresentao da Demonstrao do Fluxo de Caixa,

    em substituio Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos, com

    base nas demonstraes financeiras encerradas aps o dia 15 de julho de

    1988, pelas empresas com fins lucrativos. Este divide o demonstrativo em trs

    grandes grupos, conforme elecam Yoshitake e Hoji (1997): Atividade

    Operacionais, Atividades de Investimento e Atividades de Financiamento.

  • 30 No Brasil, de acordo com Junior (2003 p. 43) a demonstrao de

    fluxo de caixa pode ser divulgada como informao suplementar (parecer de

    orientao CVM n 24/92 e NPC Ibracon n 20).

    O anteprojeto de alterao da Lei n 6.404/76, prev a adoo da

    Demonstrao do Fluxo de Caixa (DFC), de conformidade com as principais

    prticas internacionais em substituio da Demonstrao de Origem e

    Aplicaes de Recursos (DOAR). Internet (acesso 08/02/05 CVM)

    Segundo Iudcibus et al (2000), o objetivo principal da DFC prover

    informao de relevncia sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro,

    de uma empresa, resultante de um determinado perodo. As informaes

    disponibilizadas pela DFC, concomitantemente as demais demonstraes,

    quando analisadas em conjunto, podem permitir que investidores, credores e

    outros usurios avaliem: a) o volume de fluxos lquidos positivos de caixa que a

    empresa ser capaz de gerar; b) a capacidade de a empresa pagar seus

    compromissos, pagar dividendos e retornar emprstimos obtidos; c) a

    capacidade de liquidez, solvncia e fluidez financeira da empresa; d) a taxa

    obtida na converso de lucro em caixa; e) a capacidade operacional de outras

    empresas, por eliminar os efeitos de certos tratamentos contbeis para

    mesmas operaes e eventos; f) o grau de exatido das estimativas passadas

    de fluxos futuros de caixa; g) as aes e efeitos, sobre a posio financeira da

    empresa, das transaes de investimentos e de financiamentos etc.

    Frezatti (1997, p. 38 ) comenta, sua viso est ligada necessidade

    externa, ou seja, seu foco principal o acionista, que pode ou no dispor de

    outras informaes para o processo de tomada de decises.

    Para atender sua finalidade, o modelo de DFC adotado deve

    atender aos seguintes requisitos: mostrar o efeito peridico das

    transaes de caixa segregadas por atividades operacionais, atividades de

  • 31 investimento e atividades de financiamento, nesta ordem; mostrar

    separadamente, em Notas Explicativas que referencie na DFC, as operaes

    de investimento e financiamento que afetam a posio patrimonial da

    empresa, mas no causam impacto diretamente nos fluxos de caixa no

    perodo; conciliar o lucro lquido como o caixa liquido gerado ou consumido

    nas atividade operacionais. Para elaborao da Demonstrao de Fluxo de

    Caixa, a definio de caixa passa a ter uma viso maior de forma que

    contemple os investimentos qualificados como equivalentes-caixa. Isto ocorre

    porque em qualquer gesto existe a possibilidade da empresa aplicar

    tempestivamente as sobras provenientes de caixa em investimentos de curto

    prazo, para evitar possveis perdas a que estariam

    sujeitas se expostas em contas no remuneradas. Assim as disponibilidades

    compreendem o caixa disponvel, ou seja, os recursos em moeda ou em conta

    corrente e as aplicaes em investimentos de curto prazo ou seja

    equivalentes-caixa.

    Considera-se equivalentes-caixa investimentos de liquidez rpida,

    conversveis em uma quantia de moeda e que apresentam risco pequeno de

    modificao no valor. A definio apresentada adotada pelo Iasc. Ela se

    identifica com a usada pelos norte-americanos. Consideramos que somente

    os investimentos resgatveis em at trs meses em relao a sua aquisio

    qualificam-se na definio de equivalentes-caixa. Tomamos como exemplo um

    ttulo do governo federal com prazo e vencimento de trs meses, ou de trs

    anos, mas comprado trs meses antes de sua maturidade, equivalente-

    caixa. Entretanto, um ttulo do governo comprado h trs anos no se

    transforma em equivalente-caixa quando estiverem faltando trs meses para

    seu vencimento. Apesar do significado investimentos de curto prazo parea

    bastante claro, persistem problemas de interpretao sobre quais

    investimentos tem rpida liquidez e, portanto sejam considerados equivalente-

  • 32 caixa. Os norte-americanos (Fasb) requerem a evidenciao, em Notas

    Explicativas, dos critrios considerados pela empresa na definio de suas

    aplicaes em equivalentes-caixa. O Iasc pede a descrio dos prprios

    investimentos e no dos critrios em Notas Explicativas.

    No Brasil, as aplicaes financeiras no mercado primrio em ttulos

    de renda fixa, pblicos ou privados, por um prazo de at 90 dias contratados a

    partir da data de aquisio do ttulo, se enquadrariam na qualificao de

    equivalestes-caixa. Tais como, exemplo: caderneta de poupana, CDB/RDB

    prefixados, ttulos pblicos de alta liquidez etc. importante lembrar que os

    investimentos em equivalentes caixa no tem

    funo especulativa, ou seja a obteno de lucros anormais com tais

    aplicaes, mas apenas assegurar que estas sobras temporrias tero a sua

    remunerao correspondente ao valor em moeda corrente no mercado.

    IUDCIBUS et al (2000).

    Na opinio de Yoshitake e Hoji (1997), para a elaborao da

    Demonstrao de Fluxo de Caixa, precisam ser considerados, alm do caixa

    (valores em moeda corrente ou depositados nos bancos), os itens

    equivalentes-caixa . Estes so os investimentos altamente lquidos que :

    a)pode ser imediatamente convertido em caixa;

    b) tem prazo e vencimento de at trs meses aps a data da

    demonstrao e que apresentam um pequeno risco de alterao em seu valor em

    decorrncia da variao nas taxas de juros.

    Observa-se que para Iudicibus e Marion (1999), a DFC permite uma

    conciliao mais elaborada de planejamento financeiro de forma que evite

    excesso de caixa e que se mantenha o montante necessrio para fazer face

    aos compromissos assumidos. Propicia ainda saber qual a melhor poca para

  • 33 se buscar um emprstimo para cobrir uma possvel insuficincia de fundos,

    bem como quando aplicar no mercado financeiro o excesso de recurso. Por

    meio do conhecimento do que aconteceu no passado, possvel ao

    administrador fazer uma boa projeo do fluxo de caixa futuro. A comparao

    entre o fluxo de caixa projetado com o real, mostra as variaes ocorridas, que

    na maioria da vezes, indicam as deficincias nas projees. Essas variaes

    so bons argumentos para o aperfeioamento de futuras projees do fluxo de

    caixa.

    As Demonstraes Contbeis, com exceo do Balano

    Patrimonial, so tidas como dinmicas por apresentarem a movimentao dos

    fluxos. A Demonstrao de Resultado do Exerccio e a Demonstrao

    do Patrimnio Lquido refletem, fluxos econmicos que esto relacionados a

    movimentao da riqueza. A Demonstrao do Fluxo de Caixa e a DOAR,

    evidenciam-se com o fluxos financeiros, por delinear a circulao do

    dinheiro ocorrido nas empresas. A diferena manifesta-se no enfoque que

    dado nos relatrios. A Doar indica folga financeira de curto prazo(sobra

    verificada de ativo circulante sobre passivo circulante, ou inverso. J a DFC

    demonstra a origem e aplicao de todo o dinheiro que se movimentou em

    determinado perodo de tempo e o resultado deste fluxo. O caixa, envolve as

    contas Caixa (dinheiro) e Bancos, por este motivo, sugere-se que o titulo mais

    adequado para esta demonstrao seria Demonstrao de fluxo disponvel.

    A anlise paralela da DFC e da Demonstrao de resultado pode

    elucidar situaes de contraste sobre como uma empresa pode ter um lucro

    aprecivel e estar co um caixa baixo, no permitindo liquidar seus

    compromissos, ou ainda, em algumas situaes, o porque de uma empresa

    ter prejuzo em um perodo e apresentar um saldo de caixa aumentado.

  • 34 importante citar a diferena que existe entre a DFC e o instrumento financeiro,

    que utilizado no ambiente interno das organizaes que reflete as

    movimentaes de caixa, previstas para acontecer em um perodo de tempo

    estabelecido, O fluxo de caixa projetado. Este fluxo elaborado geralmente

    por um perodo curto. Na literatura, alguns autores os tratam como Fluxo de

    Caixa, o que cria para os que no detm amplo conhecimento contbil-

    financeiro um certo tipo de confuso.

    Na viso de Matarazzo (1998), a Demonstrao do Fluxo de Caixa

    tem por objetivo mostrar: possibilidade de investimentos; apresentar-se como

    instrumento de medio e controle ao longo de um perodo de decises

    importantes tomadas na empresa, com reflexos financeiros; medir a situao

    atual e futura do caixa na empresa, com a finalidade de evitar

    situao de liquidez; dar conhecimento de que excessos temporrios de caixa

    esto sendo devidamente aplicados. Para o autor, dependendo da utilidade

    que se proponha obter, existem duas demonstraes do fluxo de caixa a

    saber:

    Demonstrao das Entradas e Sadas de caixa DESC

    Demonstrao do Fluxo Lquido de Caixa DFLC

    A demonstrao de Entradas e Sadas, tem por finalidade elucidar a

    movimentao entre as entradas e sadas de caixa, possibilitando ao gestor

    definir com antecedncia, se a empresa deve ou no tomar ou aplicar recursos.

    A DESC , um instrumento de gesto, que no se deve abrir mo,

    indispensvel. incabvel uma empresa operar sem ter a DESC atualizada

    mensalmente. A DESC uma demonstrao elaborada para perodos curtos,

    abrangendo os prximos 30 dias dia a dia, os prximos trs meses ms a

    ms e os prximos anos ano a ano. A DESC passada apresenta-se como

  • 35 instrumento a ser observado como objeto de comparao com a anteriormente

    prevista e assim permitir o aperfeioamento da tcnica de elaborao da DESC

    e melhor aproximao das previses. A DESC possibilita a anlise das causas

    refletidas na posio do caixa da empresa, citando como exemplo: se h falta

    de recursos, porque isto esta acontecendo? Pode se observar que existem

    vrias causas.

    Por isto o autor prope um modelo indito, a Demonstrao do

    Fluxo Lquido de Caixa, que evidencia o efeito de cada item do caixa, bem como

    da necessidade de capital de giro (decorrente do nvel de estocagem, prazos

    concedidos aos clientes e recebidos de fornecedores), crescimento ou

    diminuio de atividades, aplicao em investimentos ou diminuio de

    imobilizado, captao ou pagamento de financiamento, aportes de capital ou

    distribuio de dividendos etc... Sintetizando, enquanto a DESC o

    instrumento de trabalho a DFLC o instrumento de anlise.

    A Demonstrao do Fluxo Lquido de Caixa permiti extrair

    importantes informaes sobre o comportamento financeiro da empresa no

    exerccio. MATARAZZO ( 1998, p.371).

    Ainda segundo Matarazzo (1998), a Demonstrao do Fluxo

    Liquido de Caixa pode ser elaborada a partir das demonstraes financeiras

    publicadas pelas Sociedade Annimas, construda de modo que possibilite uma

    serie de relaes e avaliaes referentes a capacidade de pagamento da

    empresa e a gesto financeira, sendo portanto til no ambiente interno e externo

    da empresa. Apresenta-se nesta demonstrao, a capacidade financeira da

    empresa de: autofinanciamento das operaes; grau de dependncia do

    sistema bancrio de curto prazo; condies de produo de recursos para

  • 36 manter e aumentar o nvel de investimentos; pagamento de dvidas bancrias de

    curto e longo prazo. De acordo com o autor outras informaes podem ser

    abstradas da DFLC, tais como:

    O que causou mudanas na situao financeira da empresa?

    Onde foi aplicado o lucro gerado pelas operaes?

    Para onde foi destinado os novos emprstimos?

    Como foi possvel a empresas distribuir dividendos depois de ter sofrido prejuzo

    no exerccio?

    Como a empresa mantm seus pagamentos em dia se os resultados vem sendo

    negativo?

    Como esta sendo financiado o crescimento da empresa?

    Com que recurso a empresa pagou antecipadamente emprstimos de longo

    prazo?

    Onde foi aplicado as receitas de venda de imobilizado?

    Os recursos produzidos pelas operaes foram suficientes?

    Por que a empresa necessitou de emprstimos se seu lucro mais a depreciao

    so maiores que aos investimentos em imobilizado?

    A poltica de investimentos utilizada pela empresa apropriada?

    A poltica de distribuio de dividendos concilivel com a gerao de

    recursos?

  • 37

    Exemplo Simplificado da DFLC:

    Tabela 1 - Balano Patrimonial Levantado em:

    CIA LQUIDA

    31.12.X5 31.12.X6

    ATIVO

    CIRCULANTE

    Disponvel 100 220

    Dupl. a Receber 1.800 2.030

    Estoques 1.400 1.185

    Soma 3.300 3.435

    PERMANENTE

    Imobilizado

    Custo 2.800 3.145

    Depreciao (600) (1.200)

  • 38 SOMA 2.200 1.945

    TOTAL DO ATIVO 5.500 5.380

    PASSIVO

    CIRCULANTE

    Fornecedores 1.100 1.400

    Emprstimos bancrios 400 370

    SOMA 1.500 1.770

    EXIG. LONGO PRAZO

    Financiamentos 500 660

    PATRIMONIO LQUIDO

    Capital 2.000 2.150

    Lucros Acumulados 1.500 800

    SOMA 3.500 2.950

    TOTAL DO PASSIVO 5.500 5.380

    Fonte: (MATARAZO, Dante C. 1998, p. 372).

    Tabela 2 - Demonstrao do Resultado Para

    o Exerccio Findo em 31-12-x5

    VENDAS LQUIDAS 9.000

    Custo das Mercadorias Vendidas (6.700)

    Lucro Bruto 2.300

    DESPESAS OPERACIONAIS

    Administrativas 2.200

    Depreciao do Exerccio 600

    Prejuzo Operacional (500)

    Prejuzo Lquido (500)

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 373).

  • 39

    Tabela 3 - Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido

    para o Exerccio Findo em 31-12-x6

    CAPITAL LUCROS

    ACUMULADOS

    TOTAL

    Saldo Inicial 2.000 1.500 3.500

    Aumento de

    Capital

    150 - 150

    Prejuzo - (500) (500)

    Dividendos

    Pagos

    - (200) (200)

    Saldo Final 2.150 800 2.950

    Fonte: (MATARAZO, Dante C.1998, p.373).

    Tabela 4 - Demonstrao das origens e Aplicaes de Recursos

    para Exerccio Findo em 31-12-x6

    ORIGENS

    Das Operaes

    Prejuzo do Exerccio (500)

    Depreciao do Exerccio 600 100

    Dos Acionistas

    Aumento de Capital 150

    De Terceiros

    Financiamento de longo prazo 160

  • 40 TOTAL DAS ORIGENS 410

    APLICAES

    Dividendos (200)

    Aquisio de imobilizado (345)

    Reduo do Capital Circulante Lquido (135)

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C.1998, p. 374)

    Tabela 5 - Movimentao do Capital Circulante Lquido

    INICIAL FINAL VARIAES

    Ativo Circulante 3.300 3.345 145

    Passivo Circulante (1.500) (1.170) (270)

    Capital Circulante

    Lquido

    1.800 1.665 (135)

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C.1998, p. 374)

    Neste exemplo apresentado uma empresa que apesar de ter em

    sua demonstrao prejuzo, assim mesmo distribuiu dividendos com base nos

    lucros acumulados anteriores. Alm disso, a empresa realizou

    investimentos no Ativo Imobilizado e pagou dvidas de curto prazo. Mesmo

    assim, o seu Caixa aumentou! Como foi possvel isto?

    Tabela 6 - Demonstrao das Entradas e Sadas de Caixa

    Para o Exerccio Findo em 21-12-x6

    ENTRADAS(provenientes de)

    Vendas 8.770

    Aumento de Capital 150

  • 41 Aumento de Financiamento de Longo Prazo 160

    SOMA 9.080

    SADAS(para pagamento de)

    Custo de Mercadorias Vendidas(Fornecedores) 6.185

    Despesas Administrativas 2.200

    Emprstimos Bancrios 30

    Dividendos 200

    Aquisio de Imobilizado 345

    SOMA 8.960

    Aumento do Saldo de Caixa SOMA 120

    + Saldo Inicial de Caixa 100

    = Saldo Final de Caixa 220

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C.1998, p. 375)

    Segundo Matarazzo (1998), observando a Demonstrao de

    Entrada e Sadas de Caixa, pode-se visualizar as fontes de caixa e seus usos,

    todavia no se responde a questes j formuladas anteriormente. A resposta

    pode ser apresentada na demonstrao seguinte que transforma o resultado

    econmico (lucro ou prejuzo) em resultado financeiro (caixa).

    Tabela 7 Transformao do Resultado Econmico em

    Resultado Financeiro

    PREJUIZO (500) 100

    + Depreciao 600

    + Aumento de Fornecedores 300

    + Reduo de Estoques 215 285

    - Aumento de Dupl. a Receber (230) (30)

  • 42 - Reduo de Emprstimo Bancrio

    + Aumento de Capital 150

    - Aumento de imobilizado (345) (395)

    - Dividendos (200) 160

    + Aumento Financiamento longo prazo 120

    Aumento do Saldo de Caixa

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 376).

    Essa demonstrao da transformao do Resultado Econmico em

    Resultado Financeiro nada mais do que a DFLC Demonstrao do Fluxo

    Lquido de Caixa, precisando apenas de ser revestida de uma forma mais

    explicativa nas quais so apresentados os itens: a) Gerao Bruta de Caixa; b)

    Gerao Operacional de Caixa; c) Gerao Corrente de Caixa, onde:

    3.2.1 Gerao Bruta de Caixa

    O ajuste do lucro por despesa no desembolsveis sinaliza o

    montante de caixa produzido pelas atividades econmicas, ou seja, pelas

    atividades comerciais.

    Figura 8 Gerao Bruta de Caixa

    Prejuzo (500)

    (+) Depreciao 600

    Gerao Bruta de Caixa 100

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 376).

    3.2.2 Gerao Operacional de Caixa

  • 43 A comparao das variaes dos itens de Ativo Circulante

    Operacional e do Passivo Circulante Operacional refletem a variao da NCG

    Necessidade de Capital de Giro. Somando a variao da NCG Gerao

    Bruta de Caixa obtm-se a Gerao Operacional de Caixa, de forma que o

    resultado apresentado o do caixa gerado pelas atividades comerciais,

    somadas aos investimentos operacionais e fontes operacionais.

    Tabela 9 Gerao Operacional de Caixa

    INICIAL FINAL VARIAO

    Fornecedores 1.100 1.400 300

    (-) Dupl. a Receber 1.800 2.030 (230)

    (-) Estoques 1.400 1.185 215

    NCG 2.100 1.815 285

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 376)

    Tabela 10 Gerao Bruta de Caixa

    Gerao Bruta de Caixa 100

    + Variao NCG 285

    Gerao Operacional de Caixa 385

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p.377)

    3.2.3 Gerao Corrente de Caixa

    Somando-se gerao operacional de caixa a variao dos

    emprstimos bancrios de curto prazo, obtm-se a gerao corrente de caixa,

    cujo o objeto o caixa gerado pelas atividades de curto prazo.

    Tabela 11 Gerao Corrente de Caixa

  • 44 INICIAL FINAL VARIAO

    Emprstimo Bancrio 400 370 (30)

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p.377)

    Tabela 12 Gerao Operacional de Caixa

    Gerao Operacional de Caixa 385

    (-) Reduo de Emprstimo Bancrio 30

    Gerao Corrente de Caixa 355

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C. 1998, p. 377)

    Aps as informaes anteriores, possvel a elaborao da DFLC

    completa:

    Tabela 13 Demonstrao do Fluxo Lquido de Caixa

    CIA LQUIDA

    RESULTADO DO EXERCCIO (500)

    (-) Ajustes (despesas e receitas no caixa)

  • 45 Depreciao 600 100

    GERAO BRUTA DE CAIXA 100

    Variao da NCG 300

    Variao de Outros Passivos Operacionais 0

    Variao de Clientes (230)

    Variao Estoques 215 285

    GERAO OPERACIONAL DE CAIXA 385

    Variao de Emprstimos Bancrios de Curto

    Prazo

    (30)

    GERAO CORRENTE DE CAIXA 355

    Variao dos Itens Permanentes de Caixa

    Aumento de Capital 150

    Dividendos (200)

    Acrscimo no imobilizado (345) (39

    5)

    Variao de Itens no Correntes

    Aumento de Financiamento de Longo prazo 160 160

    GERAO LQUIDA DE CAIXA 120

    + Saldo Inicial de Caixa 100

    = Saldo Final de Caixa 220

    Fonte: (MATARAZZO, Dante C.1998, p. 378)

    Percebe-se, que na avaliao de Iudicibus et al (2000), a

    Demonstrao do Fluxo de Caixa apresenta-se como ferramenta que tem por

    objetivo oferecer ao usurio, informaes que evidencie a movimentao dos

    pagamentos e recebimentos de uma empresa. Permite ainda quando analisada

  • 46 em conjunto com outras demonstraes, visualizar : a capacidade de gerao

    de caixa; a capacidade da empresa pagar seus compromissos; a capacidade

    de liquidez e solvncia, dentre outras... observa-se que para sua elaborao, a

    viso do caixa, torna-se ampliada para que de certa forma, contemple os

    investimentos que so qualificados como equivalentes-caixa ou seja,

    investimentos de rpida converso em moeda que apresente um pequeno risco

    de alterao no valor, neste item convergindo tambm com a opinio dos

    autores YOSHITAKE e HOJI (1997).

    J para Iudicibus e Marion (1999), a Demonstrao do Fluxo de

    Caixa permite ao gestor ter uma viso mais trabalhada de planejamento

    financeiro de forma que observe a movimentao de recursos, evitando

    excessos de caixa, mantendo o montante adequado de recursos para fazer face

    aos compromissos assumidos, saber qual a melhor poca de buscar um

    emprstimo e coibir uma possvel insuficincia de fundos, bem como a

    aplicao no mercado financeiro dos possveis excessos. Objetiva-se tambm

    como instrumento de comparao entre o fluxo de caixa projetado com o real, a

    fim de ser evidenciado as variaes ocorridas no perodo, servindo estas como

    argumento para a melhoria nas futuras projees.

    Observa-se que para Matarazzo (1998), com relao a

    Demonstrao do Fluxo de Caixa, concorda com os autores j citados no que se

    refere ao objetivo ou seja: mostrar as possibilidades de investimentos;

    apresentar-se como instrumento de medio e controle; medir a situao atual e

    futura, com a finalidade de evitar situao de iliquidez; dar conhecimentos de

    excessos. Porm, dependendo da utilidade, ele prope

    duas demonstraes que so a DESC e DFLC. A Desc, elaborada como

    instrumento de gesto interna, onde so registradas as entrada e sadas, para

    um perodo curto, servindo tambm como instrumento de anlise das causas

    refletidas na posio do caixa. Atravs da DFLC, ele prope um modelo que

  • 47 considera indito onde procura evidenciar o efeito de cada item do caixa, dando

    enfoque em determinar a necessidade de capital de giro, observando o nvel de

    estocagem, prazos concedidos a clientes e recebidos de fornecedores,

    crescimento ou diminuio de atividades, aplicao em investimentos ou

    diminuio do imobilizado, etc... Sendo sua elaborao a partir das

    Demonstraes Financeiras publicadas pelas Sociedades Annimas e

    construda de modo que permita uma serie de avaliao referentes a

    capacidade financeira e gesto da empresa, com a finalidade de atender ao

    ambiente interno e externo.

    3.3 Classificao das atividades segundo FASB

    3.3.1 Atividades Operacionais

    Engloba todas a atividades relacionadas com a produo, entrega

    de bens e servios bem como outros que no se identificam com as atividades

    de investimentos e financiamentos, normalmente relaciona-se com as

    transaes que so apresentadas atravs da DRE. Entradas: a) recebimentos

    pela venda de mercadorias e servios a vista, ou das duplicatas correspondente

    as vendas a prazo. Incluem os recebimentos de duplicatas emitidas das vendas

    a prazo de curto e longo em bancos;b ) recebimento de juros sobre as

    aplicaes financeiras e pelos emprstimos concedidos; c)dividendos

    recebidos pela participao no patrimnio de outras sociedades; d)outro

    recebimento no enquadrado nas transaes definidas como

    atividades de investimento ou financiamento, tais como: indenizaes por

    sinistro, com exceo daquelas diretamente relacionadas com as atividades de

    investimento ou financiamento, como o sinistro em uma edificao, por exemplo;

    o reembolso de fornecedores.Sadas: a) pagamentos a fornecedores referentes

  • 48 ao fornecimento de matria-prima para a produo ou de bens para revenda.

    Nas compras a prazo, o pagamento do principal dos ttulos de curto ou longo

    prazos referente a compra; b) pagamentos de servios prestados por terceiros

    e aos fornecedores de insumos utilizados na produo; c) pagamento dos

    impostos, multas, alfndega, taxas e outros tributos aos governos, federal,

    estadual e municipal; d) pagamentos de juros nas operaes de financiamentos

    obtidos.

    3.3.2 Atividades de Investimentos

    Esta atividade normalmente mantm vinculo com aumento e

    diminuio com os ativos de longo prazo destinados a produo de bens e

    servios. Incluem-se a concesso e recebimento de emprstimos, a aquisio

    e venda de instrumentos financeiros e patrimoniais de outras empresas e a

    compra e venda de imobilizado.Entradas:a) recebimento de valores referentes

    ao principal dos emprstimos concedidos e ou venda desses ativos a outras

    organizaes, com exceo de ativos financeiros classificados como

    equivalentes-caixa; b) recebimento pela negociao de ttulos de investimento

    em outras organizaes; c) recebimento pela negociao de participaes em

    outras organizaes; d) recebimento de investimento pela participao de

    organizaes investidas em outras; e) recebimento pela venda de imobilizado

    e ativos fixos que so explorados na produo.Sadas: a) desembolso de

    emprstimo concedido e pagamento pela compra de ttulos de investimentos

    de outras empresas; b) pagamento pela compra de ttulos patrimoniais de

    outras empresas;c) pagamento no ato

    da compra ou em ocasio prxima a data de vencimento , de terrenos,

    edificaes ou outros ativos fixos, explorados pela produo.

  • 49 3.3.3 Atividades de Financiamento

    Referem-se aos emprstimos que credores e investidores fazem a

    organizao. Compreende a obteno de recursos feitos pelos proprietrios

    do negocio bem como o pagamento a estes de retorno sobre seus

    investimentos ou do prprio retorno do investimento; abrange tambm a

    captao de emprstimo junto a financiadores e a amortizao ou liquidao

    destes; e a obteno e pagamento de recursos de longo prazo. Entrada: a)

    alienao de aes emitidas; b) emprstimos captados no mercado, via

    emisso de letras hipotecarias, notas promissrias, ttulos da divida ou outros

    instrumentos, de curto ou longo prazo; c) recebimento de doaes de carter

    definitivo ou temporrio, que por ordem dos doadores, tem a finalidade estrita

    de adquirir, construir ou expandir a planta instalada, a includos os

    equipamentos ou outros ativos de longa durao utilizados na produo.

    Sadas: a) pagamento de dividendos ou outras distribuies aos proprietrios,

    inclusive o resgate de aes da prpria empresa; b) pagamento dos

    emprstimos captados no mercado, com exceo dos juros; c) pagamento do

    principal contratado para aquisio de imobilizado adquirido a prazo.

    Iudicibus(1999).

    J Falcini (1995) classifica os Fluxos de Caixa segundo FASB da

    seguinte forma:

    Atividade de Investimento

    Fundos de caixa despendidos para: 1) compra de ativos

    imobilizados(inclusive juros e despesas capitalizados); 2) compras de novos

    negcios e empresas; 3) compra de debntures e investimentos financeiros de

    longo prazo(no relaciona aplicaes de caixa); 4) compra de aes de outras

    empresas, inclusive investimentos avaliados pelo mtodo de equivalncia

  • 50 patrimonial; 5) emprstimos concedidos a outras entidades; 6) aquisio por

    transferncia de debntures de outras entidades; Fundos de caixa recebidos

    de: 7) alienao de ativos imobilizados; 8) alienao de parte dos negcios

    como uma subsidiaria ou diviso; 9) recebimento do principal relativo a

    emprstimos feitos a outras entidades; 10) alienao, por transferncia, de

    debntures de outras entidades; 11) alienao de debntures ou aes de

    outras entidades( no inclui aplicaes de caixa).

    Atividades de Financiamento

    Fundos de caixa despendidos para: a) rendimento pago

    aos proprietrios na forma de dividendos ou outras distribuies; b)

    pagamento de recursos tomados por emprstimos, bem como emprstimos

    de curto e longo prazo, alm das obrigaes de leasing de capital e resgate

    de debntures; c) recompra de aes prprias e outros ttulos de emisso

    prpria relativos ao patrimnio liquido. Fundos de caixa recebidos de : d)

    aes emitidas; e) debntures subscritas, hipotecas e emprstimos de curto e

    longo prazo.

    Atividade Operacional

    Fundos de caixa recebidos de : I) alienao de produtos ou

    servios; II) rendimentos recebidos sobre os emprstimos feitos a

    terceiros(juros) e sobre investimentos em aes(dividendos), incluindo os

    dividendos recebidos daqueles investimentos avaliados atravs do mtodo

  • 51 de equivalncia patrimonial: III) todas e quaisquer negociaes no definidas

    como atividades de investimento ou financiamento, incluindo o recebimento de

    valores oriundos de decises judiciais ou legais, valores de

    indenizaes de seguros no relacionados diretamente as atividades de

    investimento ou financiamento e devoluo de pagamento ou adiantamento

    feitos a fornecedores, por exemplo. Fundos de caixa pagos referentes a : IV)

    compra de materiais para produo ou para revenda; V) salrios e encargos

    sociais dos funcionrios contratados; VI) juros adicionados aos emprstimos;

    VII) impostos, multas e outras despesas obrigadas por Lei; VIII) materiais e

    servios despendidos na produo; IX) todas e quaisquer transao no

    definida como atividade de investimento ou financiamento, inclusive os

    pagamentos referentes a aes judiciais, doaes e devoluo de pagamento

    a clientes, por exemplo.

    Percebe-se, que as opinies dos autores citados, convergem para

    um mesmo objetivo, ou seja, elucidar quais sejam os componentes que

    figuram nas atividades operacionais, de investimentos e de financiamento.

  • 52

    CAPITULO IV

    MTODOS DE APRESENTAO DA DEMONSTRAO DOS FLUXOS DE CAIXA

    4.1 Mtodo Direto Segundo Iudcibus et al (2000), o mtodo direto consiste em

    demonstrar os recebimentos e pagamentos pelo valor bruto dos principais

    elementos contidos nas atividades operacionais, tais como o recebimento de

    vendas de produtos e servios e os pagamentos a fornecedores e

    empregados.

    Para Yoshitake e Hoji (1997), a demonstrao do fluxo de caixa

    elaborada pelo mtodo direto apresenta efetivamente as movimentaes de

    recursos realizadas no perodo. Os principais valores podem ser apurados por

    meio de anlise das contas patrimoniais e de resultados.As informaes que

    necessitam ser mais detalhadas devem ser buscadas nos controles internos e/

    ou na Contabilidade Financeira.

    De acordo com Falcini (1995), os defensores do mtodo direto

    consideram ser este mtodo o mais adequado com os fluxos de caixa

    referentes aos financiamentos e investimentos, pois estes demonstram de

    forma clara os recebimentos e pagamentos originrios dessas atividades, os

    quais so benficos para o processo de deciso na concesso de credito e

    como referencial para medir a capacidade da empresa em honrar o servio

    das suas dividas.

    Para Iudcibus e Marion(1999 p. 223), pode-se dessa forma,

    verificar que esse modelo possui um poder informativo bastante superior ao

  • 53

    mtodo indireto, sendo melhor tanto aos usurios externos quanto ao

    planejamento financeiro do empreendimento.

    Apresenta-se a seguir o modelo(adptado) - Mtodo Direto Tabela 14 Demonstrao do Fluxo de Caixa obtido pelo Mtodo Direto INGRESSOS DE RECURSOS Recebimento de clientes XX Pagamento a Fornecedores (XX) Despesas administrativas e comerciais (XX) Despesas Financeiras (XX) Impostos (XX) Mo-de-obra direta (XX) ( - ) Ingressos de recursos provenientes das operaes

    XX

    Recebimentos por vendas do imobilizado XX ( - ) Total dos ingressos dos recursos financeiros XX DESTINAO DOS RECURSOS Aquisio de bens do imobilizado XX Pagamentos de emprstimo bancrios XX ( = ) Total das destinaes de recursos financeiros XX Variao liquida de Disponibilidades XX ( + ) Saldo inicial XX ( = ) Saldo final de Disponibilidade XX

    Fonte: (YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakasu 1997, p.153). Diante do exposto, percebe-se que as opinies dos autores citados

    convergem no sentido de que no mtodo direto, a forma de apresentao

    facilita o entendimento do usurio, possibilitando avaliar o grau de solvncia

    da empresa, pois atravs dele e possvel visualizar como se originaram os

    recursos e para onde foram destinados.

  • 54 4.2 Mtodo Direto: Vantagens X Desvantagens Vantagens a) O custo incremental desse mtodo pequeno, uma vez que no

    h necessidades de desenvolver um sistema contbil somente para o caixa, a

    parte, pois as empresas podem apartar valores do mtodo direto atravs de

    ajustes nos itens da demonstrao de resultados e os itens relacionados no

    balano patrimonial. FALCINI (1995).

    b) Permitir gerar as informaes com base em critrios tcnicos,

    eliminando, assim, qualquer interferncia da legislao fiscal. CAMPOS

    FILHO (1999, p.30).

    c) Possibilita que a cultura de administrar pelo caixa seja

    introduzida mais rapidamente nas empresas. CAMPOS FILHO (1999, p. 48).

    Desvantagens

    a) Exige um maior esforo na sua elaborao, uma vez que deve

    ser feito todo um trabalho de segregao das movimentaes financeiras,

    necessidades de controles especficos para esse fim. IUDCIBUS e MARION

    (1999, p. 223)

    b) O custo adicional para classificar os recebimentos e

    pagamentos. CAMPOS FILHO (1999 p. 48)

    c) A falta de experincia dos profissionais das reas contbil e

    financeira em usar partidas dobradas para classificar os recebimentos e

    pagamentos. CAMPOS FILHO ( 1999 p. 48).

  • 55 4.3 Mtodo Indireto Segundo Campos (1999), as empresas que decidirem no mostrar

    os recebimentos e pagamentos operacionais devero relatar a mesma

    importncia do fluxo de caixa das atividades como base o lucro liquido para

    reconcilia-lo ao fluxo de caixa liquido (mtodo indireto ou de reconciliao),

    eliminando os efeitos: a) de todos os diferimentos de recebimentos e

    pagamentos operacionais passados e todas as provises de recebimentos

    operacionais futuros; b) de todos os itens que so includos no lucro liquido que

    no afetam recebimento e pagamentos operacionais.

    A seguir, apresenta-se o modelo(adptado) Mtodo Indireto Tabela 15 Demonstrao do Fluxo de Caixa Obtido pelo Mtodo Indireto ORIGENS Lucro lquido do exerccio XX Mais: Depreciao XX Aumento em imposto de renda a pagar XX Aumento em fornecedores XX Menos: Aumento em clientes (XX) ( = ) Caixa gerado pelas operaes XX Vendas do imobilizado XX ( = ) Total dos ingressos de disponibilidade XX APLICAES Pagamentos de emprstimos bancrios XX Aquisio de imobilizado XX ( = ) Total das aplicaes de disponibilidades XX Variao liquida das disponibilidades XX ( + ) Saldo inicial XX ( = ) Saldo final das disponibilidades XX

    Fonte: (YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakasu 1997, p.153).

  • 56 Observa-se que o modelo apresentado possui um grau acentuado

    de semelhana com a demonstrao de origens e aplicao de recursos

    (DOAR), tornando-se um mtodo atrativo para aqueles que esto habituados a

    sua montagem.

    4.4 Mtodo Indireto: Vantagens X Desvantagens Vantagens a) Promove uma ligao importante entre o demonstrativo do fluxo

    de caixa com a demonstrao de resultados e balano patrimonial.Falcini

    (1995)

    b) Os usurios dos demonstrativos financeiros parecem mais

    identificados com este mtodo. Falcini (1995)

    c) Apresenta um menor custo de execuo para empresas.

    Falcini (1995)

    Desvantagens a) O tempo necessrio para produzir informaes pelo regime

    de competncia e s depois transforma-las para o regime de caixa. Se isto

    acontece uma vez por ano, por exemplo, poder ocorrer surpresas

    desagradveis. Campos (1999).

    b) Se h interferncia da legislao fiscal na contabilidade

    oficial, e geralmente h, o mtodo indireto ir eliminar somente parte dessas

    distores. Campos ( 1999, 48).

  • 57 4.5 Mtodos e Formas de Apresentao Segundo Critrios do FASB 4.5.1 Mtodos Direto e Indireto Segundo o CRCSP (1997), o fluxo de caixa referente as transaes

    originadas de atividades operacionais poder ser apresentado pelo mtodo

    direto e indireto. O FAS 95 incentiva, mas no exige a utilizao do mtodo

    direto. Com relao as transaes originarias das atividades de investimentos

    ou financiamento, no existe diferena na divulgao do fluxo de caixa. A

    apresentao do demonstrativo do fluxo de caixa pelo mtodo direto deve

    demonstrar o montante bruto dos componentes principais dos recebimentos e

    pagamentos de caixa, oriundos de atividades operacionais, tais como:

    cobrana de clientes, alugueis, licenas e outros recebimentos similares por

    caixa; Juros e dividendos recebidos; quaisquer outros recebimentos por caixa;

    pagamentos por caixa de folha de empregados e fornecedores, incluindo os

    servios como seguro, propaganda e outros; indistintamente, quaisquer outros

    pagamentos por caixa, incluindo juros pagos, imposto de renda e outros

    pagamentos similares de caixa.

    A empresa poder escolher por determinar indiretamente os valores

    que compe o fluxo de caixa liquido de suas atividades operacionais pela

    conciliao do lucro liquido com o fluxo de caixa liquido advindo das

    atividades operacionais, incorporando desta forma o mtodo indireto ou da

    conciliao. Para isto, faz-se necessrio realizar alguns ajustes para conciliar

    o lucro liquido com o fluxo de caixa liquido, com a finalidade de eliminar o lucro

    liquido; o efeito de todos os valores definidos em funo de operaes de

    recebimentos e pagamentos por caixa no perodo, como receita diferida,

    semelhantes e todas as provises de expectativas futuras das operaes de

    recebimento e pagamento de caixa, as quais variam no perodo, bem como de

    todos os itens classificados no fluxo de caixa como investimento ou

    financiamento tais como: depreciao, ganhos e perdas no

  • 58

    imobilizado e ou operaes descontinuadas e ou ganho e perdas em

    emprstimos baixados.

    Independentemente da empresa fazer sua opo por um dos

    mtodos para demonstrar seu fluxo de caixa liquido decorrente de suas

    atividades operacionais, o FAS 95 requer a conciliao do lucro liquido com o

    fluxo de caixa liquido. Esta conciliao oferece informaes sobre o efeito

    liquido das transaes operacionais e de outros eventos que afetam o lucro

    liquido e o fluxo de caixa lquido das atividades operacionais em diferentes

    perodos. Se a empresa optar pelo mtodo direto a conciliao dever ser

    apresentada em demonstrativo anexo a demonstrao do fluxo de caixa. Se a

    opo for pelo mtodo indireto, a conciliao pode se includa como parte da

    demonstrao do fluxo de caixa. As demais informaes no alcanadas pela

    demonstrao, devem ser evidenciadas em notas explicativas.

  • 59 Segue abaixo, modelo dos Mtodos Diretos e Indiretos, adaptados

    baseado no FASB-95.

    Tabela 16 Demonstrao do Fluxo de Caixa Mtodo Direto FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (+ ) Recebimento de clientes XX (+ ) Dividendos recebidos XX (+ ) Juros recebidos XX (+ ) Pagamentos a fornecedores (XX) ( - ) Pagamento de salrios e encargos (XX) ( - ) Imposto de renda Pago (XX) ( - ) Juros pagos (XX) (+/-) Outros recebimentos ou pagamentos XX ( = ) CAIXA LIQUIDOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS XX FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (+ ) Alienao de imobilizado XX (+ ) Alienao de investimentos XX ( - ) Aquisio de imobilizado (XX) ( - ) Aquisio de investimentos (XX) ( = ) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS XX FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (+ ) Emprstimo de capital de giro lquido (curto prazo) XX (+ ) Emprstimos captados XX (+ ) Aumento de capital social XX ( - ) Pagamento de leasing (principal) (XX) ( - ) Dividendos pagos (XX) ( - ) Pagamento de emprstimos (principal) (XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIMANETOS XX (=) AUMENTO OU DIMINUIO LQUIDA DE CAIXA EQUIV.CAIXA

    XX/(XX)

    ( + ) Saldo de caixa e equivalentes de caixa - inicial XX ( = ) SALDO DE CAIXA E EQUIV. DE CAIXA FINAL XX

    CRCSP (1997, p. 114-115)

  • 60 Tabela 17 Conciliao do Resultado Lquido com o Caixa Lquido das Atividades Operacionais Resultado Lquido (+/-) Ajuste que no representam entrada e sada de caixa XX/(XX) (+) Depreciao e amortizao XX (+) Proviso para devedores duvidosos XX (+/-) Resultado na venda de imobilizado XX/(XX) (+/-) Resultado de equivalncia patrimonial XX (+/-) Aumento ou diminuio do contas a receber XX/(XX) (+) Aumento Ou diminuio de estoques XX/(XX) (+) Aumento Ou diminuio de despesas antecipadas XX/(XX) (+/-)Aumento Ou diminuio de passivos XX/(XX) (+/-)Aumento ou diminuio de outros ajustes XX/(XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS XX

    Figura 1 Modelo das Explicativas Mtodo Direto NOTAS EXPLICATIVAS Equivalentes de caixa: R$ taxa de juros vencimento Aplicao em letras financeiras do tesouro xxx x% a.m. xx xx xx Aplicao em fundos de investimento xxx x% a.m xx xx xx Total dos equivalentes de caixa xxx CRCSP (1997, p. 115)

  • 61 Tabela 18 Demonstrao do Fluxo de caixa Mtodo Indireto Atividades Operacionais XX Resultado Lquido XX (+) Depreciao e amortizao XX (+) Proviso para devedores duvidosos XX (+) Resultado na venda de imobilizado XX (+/-) Resultado de equivalncia patrimonial XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de contas a receber XX/(XX) (+/-) Aumento em dinheiro de conta a receber XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de estoques XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de despesas antecipadas XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de passivos XX/(XX) (+/-) Aumento ou diminuio de outros ajustes XX/(XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS XX Atividades de investimentos (+) Alienao de imobilizado XX (+) Alienao de investimentos XX (-) Aquisio de imobilizado (XX) (-) Aquisio de investimentos (XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO XX Atividades de Financiamentos (+) Emprstimo de capital de giro lquido(curto prazo) XX (+) Emprstimo captados XX (+) Aumento do capital social XX (-) Pagamento de leasing (principal) (XX) (-) Dividendo pagos (XX) (-) Pagamento de emprstimo (principal) (XX) (=) CAIXA LQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO XX (=) AUMENTO OU DIMINUIO LQUIDA DE CAIXA E EQUIV. CAIXA

    XX

    Fonte: CRCSP (1997, p. 115)

  • 62 Figura 2 Modelo das Explicativas Mtodo Indireto NOTAS EXPLICATIVAS Equivalentes de caixa: R$ taxa de juros vencimento Aplicao em letras financeiras do tesouro xxx x% a.m. xx xx xx Aplicao em fundos de investimento xxx x% a.m xx xx xx Total dos equivalentes de caixa xxx Fonte: CRCSP (1997, p. 115)

  • 63

    CONCLUSO

    Buscou-se neste trabalho apresentar-se ferramentas que evidencie

    um dos ativos mais importantes da empresa, o Disponvel, que corresponde os

    recursos em os em moeda, conta corrente e aplicaes de curto prazo, que

    permitem a manuteno das atividades dirias das empresas.

    Neste sentido, apresenta-se este importante instrumento, o fluxo de

    caixa, que em conjunto com as demais demonstraes financeiras, facilita o

    processo decisrio.

    Entretanto observa-se que no meio acadmico, verifica-se pouco

    interesse pelo estudo do fluxo de caixa como ferramenta de liquidez.

    Percebe-se um maior interesse dos estudiosos em apresentar o

    fluxo de caixa, com enfoque contbil, a Demonstrao do Fluxo de Caixa, que

    tem carater informativo, servindo de ponto de apoio para os analistas, com a

    finalidade de atendimento ao publico externo.

    O Fluxo de caixa apresenta-se como instrumento de gesto interna

    de estrutura dinmica, que oferece grande eficincia no planejamento e

    controle financeiro, que tem por finalidade a demonstrao dos recebimentos

    e pagamentos contidos nas atividades operacionais, sendo um instrumento

    essencial para gesto do caixa.

    Foram apresentados vrios formatos de apresentao,

    destacando-se dois mtodos, o direto e indireto. Podendo a empresa fazer a

    opo pelo mtodo que melhor lhe convier. importante resaltar que o fluxo de

    caixa, apresenta limitaes em oferecer informao referente ao lucro, uma

    vez que elaborado com base no regime de caixa e no pelo regime de

    competncia. Entretanto o fluxo de caixa um instrumento que os gestores e

  • 64 analistas de mercado tem ao seu dispor, para tomar decises com mais

    segurana.

    REFERNCIAS

    Conselho Regional de Contabilidade de So Paulo. Contabilidade no contexto

    Internacional. So Paulo: Atlas, 1997

    FALCINI, Primo. Avaliao Econmica de Empresas. So Paulo: Atlas, 1995.

    FREZATTI, Fabio. Gesto do Fluxo de Caixa Dirio. 1a.ed. So Paulo: Atlas

    1997.

    FILHO, Campos Ademar. Demonstrao dos Fluxos de Caixa: Uma

    Ferramenta Indispensvel para Administrar sua Empresa. 1a ed. So Paulo:

    Atlas, 1999.

    GITMAN, Lawrence J. Princpios de Administrao Financeira. 3a ed. So

    Paulo: Habra, 1987.

    IUDCIBUS, Sergio de; MARION, Jos Carlos. Introduo a Teoria da

    Contabilidade. 2a ed. So Paulo: Atlas, 1999.

    IUDCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual

    de Contabilidade das Sociedades por Aes - FIPECAFI. 5a ed. So Paulo:

    Atlas, 2000.

    JUNIOR, Jos Hernandez Perez. Converso das Demonstraes Contbeis

    para Moeda Estrangeira. 5a. ed. So Paulo: Atlas, 2002.

  • 65

    MATARAZZO, Dante Carmine. Anlise Financeira de Balanos: Abordagem

    Bsica e Gerencial. 5a. ed. So Paulo: Atlas, 1998.

    YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakazu. Gesto de Tesouraria: Controle e

    Anlise de Transaes Financeiras. So Paulo: Atlas, 1997.

    NETO, Alexandre Assaf; SILVA, Csar Augusto Tibrcio. Administrao do

    Capital de Giro. 2a. ed. So Paulo: Atlas, 1997.

    ZDANOWICZ, Jos Eduardo. Fluxo de Caixa: Uma Deciso de Planejamento

    e Controle Financeiro. 3a. ed. Porto Alegre: D.C. Luzzatto, 1989.

    www.cvm.gov.br. Anteprojeto de Reforma da Lei n 6.404/76. 8-2, 2005.

  • 66

    NDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATRIA 4

    RESUMO 5

    METODOLOGIA 6

    SUMRIO 7

    NDICE DE TABELAS 8

    NDICE DE FIGURAS

    10

    NDICE DE ABREVIATURAS 11

    INTRODUO

    12

    CAPTULO I

    13

    O fluxo de caixa como ferramenta de gesto e liquidez 13

    1.1 Conceito

    13

    CAPITULO II

    16

    O fluxo de caixa como ferramenta de planejamento

    16

    2.1 Planejamento como mecanismo de processo decisrio

    16

    2.2 A importncia do planejamento

    18

    2.3 Prazo de planejamento para o fluxo de caixa

    20

  • 67 CAPITULO III

    25

    O fluxo de caixa aplicado na Empresa

    25

    3.1 Aspectos introdutrios da DFC

    25

    3.2 Demonstrao do fluxo de caixa segundo critrios gerais do FASB

    27

    3.2.1 Gerao Bruta de Caixa

    39

    3.2.2 Gerao Operacional de caixa

    40

    3.2.3 Gerao corrente de caixa

    41

    3.3 Classificao das atividades segundo FASB

    44

    3.3.1 Atividades operacionais

    44

    3.3.2 Atividades de investimentos

    45

    3.3.3 Atividades de Financiamento

    46

    CAPITULO IV

    Mtodos de apresentao da demonstrao dos fluxos de caixa 49

    4.1 Mtodo direto

    49

    4.2 Mtodo direto: vantagens x desvantagens

    51

  • 68 4.3 Mtodo indireto 52

    4.4 Mtodo indireto: vantagens x desvantagens

    53

    4.5 Mtodos e formas de apresentao segundo critrios do FASB

    54

    4.5.1 Mtodos direto e indireto

    54

    CONCLUSO

    60

    REFERNCIAS

    61

    NDICE

    63

    FOLHA DE AVALIAO

    65

  • 69

    FOLHA DE AVALIAO

    Nome da Instituio: Universidade Candido Mendes

    Ttulo da Monografia: A Importncia do Fluxo de Caixa como

    Instrumento de Gesto Financeira.

    Autor: Josias Leonardo Dias

    Data da entrega: 06 de maio de 2005.

    Avaliado por: Ana Cristina Guimares

    Conceito: