Imprensa Ytuana Ano12 n168 1887

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Jornal circulado na cidade de Itu no século XIX

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  • DIR PUBLICAO DIRIA ECTOR--LUIZ B. DE SAMPAIO

    ANNO XII Quinta-feira, 4 de Ajjosto de 1887 NUMERO 168

    YTIT-1887 [ASSIGNATURAS

    Para cidade, anno . . 12#000 semestre . GjjOO f^a, anno . . 13#000 semestre . 7S000

    TYP. E REDACA.O-RUA DO COMMEKCIO N. 00

    PROVNCIA DE S. PAULO

    A redaco no solidaria com as tdeas emittidas pelos collaboradores.

    Notas para um livro SO PAULO CONTEMPORNEO Jornaes e Jornalistas

    Pelo contrario, os*que no pos-suem as energias para poderem repellir o que se lhes empresta e apresenta de funesto as suas cons-cincias, o que se lhes incute e proporciona, victmados ficaram e inutilisadas por falsos princpios soffreriam as ms conseqncias de u m a orientao.

    Isto que se chama opinio pu-blica, e para quem, favor de quem se escreve e falla-se, repre-senta o .elemento vivo das nacio-nalidades, a alma personnificada, para onde se converjem todas as esperanas, Escrupuloso deve ser o proceder de seus arvorados e pretensos directores, as mistifi-

    caes que em regra revelam, as tergiversaes que incutem nas suas apreciaes, o pessimsimo trefego e intolervel que empres-tam, servem para rebaixar a mis-so a que se dedicaram.

    *

    FOLHE'] 66)

    Xavier da liontspin 0 VENTRILOQUO PRIMEIRA PARTE

    O assassino cio Marieta

    Tenho o meu dinheiro denlro da mala, e a inala est n'um dos carros de Jeronymo... ponderou Sidi-Coco. Pois acompanhe o sargento a

    Saint-Avil, e volte depois com elle.... O pai Ridei com a sua carreta esto sua disposio:.. Elle presta-se a le-vai-os outra vez para c.

    Sr. juiz, murmurou timidamente o ex-zuavo, ser-me-ho permitlido fa-zer-Ihe n m pedido? Pois no! Quizera, antes de partir, conhe-

    cer os motivos que fazem imputar ao meu tenente o crime commettido.

    E ' muitujusto, Jobin mostrar-lhe-ha d'aqui a pouco as peas do processo... E' tudo quanto deseja? No, sr. juiz... Ha outra cousa

    ainda... Pois falle, e se fr possvel, conte

    que est servido... Os olhos do ventriloquo arrazaram-

    se de pranto, e sentiam-se tremer-lhe

    A feio que o jornal da capital demonstra, consiste na propagan-da de princpios republicanos, no sustentaculo exagerado e extreme dos princpios monarchios, e no desfaree de idas que se dizem neutras, mas que ca p ciosa mente defendem interesses do que aos reaes princpios que se prendem o destino e o desenvolvimento do paiz e das suas instituies.

    E' certo que no pequeno pero-do de cultura intellectual que pos-sumos, alguns problemas tem-se precipitado nas suas almejadas solues ; o jornal nessa oceasio arrefecendo os seus excessos e apreciaes intolerantes, tem dei-xado o que puramente indivi-dual e exclusivo para se occpar do que puramente patritico e social.

    So porem perodos intermii-tentes, passageiros, que se entre-abrem com as escuras nuvens, pelo sol, dando lugar momentos depois a tempestade. Voltam im-mediatamente, c o m o que impel-lidos por u m poder extranho e mysterioso a faina inglria, ao systema de mystificaes, de ludi-brios e de mentiras!

    N'esta estacada permanecem, malbarateando tudo, e por tudo se deixam arrastar, desde que o

    as lagrimas na voz quando respondeu o seguinte: Desejo muito assistir missa que

    tem de celebrar-se por alma ]de Jac-ques Landry e de Mariela... Quero acompanharo ultimo jazigo, a mu-lher que tanto amei... Quero, antes de vingal-a, orar sobre a sua sepultura.. O magistrado voltou-se ento para

    o padre, cuja presena j assignal-mos.

    Sr. cura, perguntou elle, quando e que deve ter logar o flicio fuuebre?

    Sr. juiz, respondeu o velho pa-dre, eu e o sr. maire, na falta de pa-rentes, resolvemos, bem entendido, se a justia no mandar o contrario, que as exquias das victimas cuja morte lamentamos tenham logar amanh s 8 horas da manh. Est ouvindo, Jobin?... tornou o

    magistrado dirigindo-se ao agente de policia. Estou, sr. juiz inslructor. Acha algum inconveniente em

    adiar a sua viagem para amanh, de tarde? A minha acho, mas a de meu no-

    vo auxiliar no lhe vejo inconvenien-te algum... respondeu o agente. Elle ir encontrar-se commigo na capital. Conhece Pariz, Coquelet? J passei por l duas vezes; quan

    do fui para a frica e quando.voltei, mas no posso dizer que a conhea bem. N'esse caso no lhe marearei uni

    ponto de reunio que poderia p!-o em embaraos... Irei esperal-o, o que

    mnimo aceno da convenincia os incite.

    A educao jornalstica entre ns, meramente rudimentar, os seus apaniguados, e m regra, sem habilitaes e escrpulos conve-nientes ferem, com a audcia dos que sabem e c o m o a galhar-dia dos que impem, a multipli-cidade de assumptos a que se prende a nossa vida. , N o falso presupposto de que

    tudo lhes fcil, e em conscincia elstica, entregam-se a aprecia-es que bem contrariam a mis-so do jornal.

    A unidade de pensamento que a elle deve estar adstricta, c o m o pedra fundamental, some-se entre choques de contradices e inco-herencias.

    A. intuio poltica, no a que definida pelos partidos,mas que se impe c o m u m conceito scien-tifica, econmico e social, desap-parece.

    A demonstrao phitosophica, no o que alimenta preconceitos e prevenes, mas que traduz o grande numero de verdades, ani-quila-se.

    Enesse desconjuntamento a que ficam reduzidos no se sabe se a verdade, quando em n o m e d'ellas faliam, est ao seu lado, ver se a exprimem sem calculo, definida e delineada c o m firmeza, sem ou-ropeis disfarados.

    (Continua.)

    muito melhor... Embarque o se-nhor no trem que passa por Malau-nay s quatro horas; chegar a Pariz s oito horas da noite, e l me encon-trar na estao. Obrigado, sr. juiz! Obrigado, sr.

    agente! murmurou o ventriloquo... No sei como agradecer-lhes tanta bondade!... Jobin proseguiu: Bem... estamos ajudados... Ago-

    ra, Coquelet, venha commigo... Uma vez que o sr. juiz formador da culpa o permitte, e emquanto o pai Ride! vai buscar a carreta, vou apresentar-lhe os documentos d'onde se eviden-cia ocrimedQtenente Jorge Pradel... E' negocio pira cinco minutos... Se depois d'este exame no se dr por convencido, auctoriso-0 a retirar a sua palavra e a deixar de ir procurar-me em Pariz. No! Qualquer que seja 0 resul-

    tado, conte comungo! exclamou o an-tigo zuavo. Havemos de colher s mos o assassino, quem (per que elle seja, e permitia Deus que o crime de Jorge Pradel me parea duvidoso... Ento que eu procurarei ainda com maior ardor o criminoso, pois terei dois motivos para o fazer: vingar Ma-rieta e seu pai o provar a innocencia do meu tenente falsamente aceusa-dol...

    A esperana que acabamos de ou-vir manifestar a Sidi-Coco no tinha de realisar-se.

    Uma simples e rpida resenha dos facto.s, corroborada pelo de poimenlo

    A ESMERALDA NEGRA No havia em Praga uma s pessoa que no conhecesse o bo-hemio Mutchinet, o mais rico ne-gociante de joais que jamais piza-ra o solo da cidade. O pai, c o m o o av, como o bisav de Mutchi-net, todos tinham como elle sido negociantes d'esta espcie de mer-cadoria. E quando algum sobe-rano da Europa, ou algum rico homem, fidalgo ou banqueiro, queria para as bodas da llha. ou para os caprichos da esposa, ou m e s m o para as exigncias das que no eram esposas, a g e m m a mais rutilante e perfeita, no ti-nha mais do que ir fallar casa dos Mutchinet, que lhes satisfazi-a m logo o pedido, e sem receio para o comprador de ser engana-do, porque, a par da sua riqueza, era secular a honradez proverbial d'aquelles mercadores de jias.

    O ultimo dos Mutchinet ficara velhopois que mais de cinco-enta annos tinha, sem pensar na sua suecesso, sem lembrar-se de adquirir famlia. Era, porem, u m h o m e m forte, cheio de vida e de sade, bonito c o m as suas barbas brancas na face corada e s. Vi-via quas s, apenas em compa-nhia de u m a velha criada, n'uma casapor demais modesta para to rico negociante : e quandoraras vezestinha de ir buscar ouro para suas jias s mhas Zoachi-mstal, essa creada que lhe gu-ardava a casa. Ia perfeitamente tranquillo, porque o thesouro das

    prolixo mas muito claro do moo da herdade des Etiaux, abalou profun-damente a convico do ventriloquo. A vista da charuteira, que elle co-

    nhecia e JUO reconheceu, e sobre tu-do a leitura das cartas do sr. Dome-rat, deram um ultimo terrvel golpe na contiana que elle depositava em Jorge Pradel. Ahl exclamou |el1e apertando a

    cabea nas mos com um movimento convulsivo; ahl miservel! ali! infa-me... Matar Jacques Landry... matar Mariela .. assassinar duas vezes... as-sassinar o pai e a filha... Derramar tanto sangue st para roubar aleivosa-menleo dote de sua irm...

    Mas ento um tigre com cara de homem esse monstro em quem eu acreditava como no prprio Deus... Onde que eu devo feril-o? Como e que o hei de punir'.' A morte no cada-falso , para semelhante homem, u m a morte por demais suave... 0 agente de policia pz.amono

    hombrodo ventriloquo. Ento? ficou agora convencido?.. E quem o no ficaria? crime de Jorge Pradel parece-

    lhe certo e provrdo? Cento e unia vez,,. Mo lhe resta a menor duvida? Pois pde-se duvidar vista dis-

    to? Jobin, sem lhe dar resposta, abai-

    xou a cabea e entrou a atormentar o pince-nez\ (Continua).

  • IMPHESNA YTUANA suas pedras s Mutchinet sabia onde estava occulto. Quando elle passava pelas ruas

    de Paga, sobraando a sua cai-xa de ebano muita mi c muito pai suspirava : Q u e bom casamento que era

    o Mutchinet! Elle, porem, passava sem ou-

    vir, sempre preoecupado, sempre com o olhar vago e phantasioso. Mutchinet tinha o corao e a al-ma embotados aos sentimentos da famlia, porque Mutchinet ti-nha todas as faculdades votadas n'ma doena moral, adorao das pedras preciosas. As fulgura-es das gemmas escondidas,que todos os dias elle ia examinar cuidadosamente, produ/iarn-lhe sensaes nervosas que o pertu-bavam e commovi; m. Pregava pedra por pedra, acariciava-as, para cada uma tinha uma palavra de amor, beijava-as reverente-mente, dispunha-as em curvas e em crculos, formava as mais ex-travagantes linhas, e ficava horas e horas n'uma longa admirao comtemplativa, embevecido nas chispas fulgurantes e multicores de todas aquellas riquezas que tinha diante dos olhos. E m tudo que o cercava Mut-

    chinet achava analogia com as pedras do seu thesouro. Se via, n'um dia limpido de vero, o ra-ro azul do co da Bohemia, elle sentia uns ntimos orgulhos de sa-tisfao, porque aquelle azul no era nem to bello, nem to puro como o das turque/as aceumu-ladas na sua rea. Atravessando a estrada esbatida pelo sol, lana-va o olhar ardente at o longio-quo horisante, e s diversas e va-riadas tonalidades do verde dos campos oppunha. em razo de superioridade, a gradativa colo-rao das suas esmeraldas, desde o verde mais negro at o mais lmpido verde. O sol nascente no tinha a pureza das scintiila-es dos topazios que eram seus ao meio dia, se ningum podia olhar para a face rutilante do sol, tambm ningum podia fitar os punhados de diamantes de Mut-chinet; e tarde, quando a linha esbrazeada do sol poente aver-melhava o horisonte estremo, o yendedor de jias ia buscar ao escaninho das granadas e dos ru-bis cores ainda mais lindas do que aquellas enfeixadas no bel-lissimo meio crepsculo do anoi-tecer.

    (Continua.)

    Eleio senatorial d o rtio cie J anelro

    O resultado conhecido o se-guinte : Thomaz Coelho . . . . 6043 Andrade Figueira . . . . 6940 Pereira da Silva . . . . 6841 Marechal Deodoro . . . 1406 Malvino 1246 Falta conhecer as votaes de

    R e c e i t a A Companhia do artista Gio-

    vanni Emannuel deu na corte,em 27 dias i3 recitas, sendo a receita de 33:oooS, o que corresponde a 2:2003 por noite.

    F a n a t i s m o Em Malaga, Hespanha, os vi-

    sinhos do povo de Torrox, fanati-sados por uma mulher que se di-zia inspirada pela Virgem, pu/.e ram numa grande fogueira, afim de alcanar o cu, todos os seus moveis e creaes domesticas e, despindo se em seguida, puzeram se a danar ao re^pr da fogueira.

    Obtiveram medalha de prata asj estradas Mogyana e Ingle/a e men o honrosa a do Norte. O sr". ministro da agricultura leu

    um importante discurso, termi-nando com a leitura dos decretos nomeando dignitario da Rosa o engenheiro Mello Barreto, offi-ciaes os srs. Parreiras Horta, e Ewbank e Jos Carlos de Carva-lho, e commendador de Christo, o dr. Miguel Lisboa. Houve gran-de concorrncia.

    T e r r i t r i o d e AXisSe- O sr. presidente do conselho

    recebeu este tclegramma : uPalmas, 30 de Julho. Exm. Baro de Cotegipe.

    RioAcabo de receber noticia da turma de Chopim.Pouco pde adiantar por causa de continua-das chuvas e enchentes do rio encachoeirado. O trabalho feito bom. Ante-hontem partiu do ultimo ponto, onde ainda ha mo-radores. S poderei ter noticia quando cheguem colnia do Chopim. Reina o mais perfeito accrdo entre o pessoal das duas commisses e a sade tem sido excellentcCapanema. Irtio Apa

    Tem continuado a dar costa cadveres de nufragos do Rio Apa. Appareceu uma jangada abandonada. IPrincipio d e I n c n d i o

    Conta o Jornal do Commcrcio : Hontem, depois de representa-

    do o i acto da zarzucla os Sobri-nhos do capito Grant, no Lucinda, ardeu na caixa do theatro um pe-queno panno de scenographia. Houve um imprudente que te-

    ve a ida de gritar : fogo. Immc-diatamente deu-se grande alarma na plata e camarotes.fanequitos, etc, que felizmente foram logo atalhados pela declarao de al-guns artistas que vieram a scena e communicaram nada haver.

    Eleio senatorial d e M i n a

    Eis o resultado conhecido des-ta eleio : Soares 10.740 Evaristo da Veiga. . 10.07 Cesario Alvim. . . 10.397 Leopoldina . . . . 10.299 Fidelis Botelho. . . 10.084 Carlos Aibnso. . .

    Mortalidade Sepultaram-se no cemitrio mu-

    nicipal os seguintes cadveres: Dia 3

    Roque de Almeida, 83 annos, preto, africano casado com Christina, liberto, falleceu na S. Casa de Misericrdia.Leso mi-trai com anasarca. Dioguina, 6 annos, branca, fi-

    lha de Joaquim de Almeida Leite e Antonia de Salies Leite.Febre perniciosa. Appollar;o crime X. 1498.Yt Appcllante, o

    juzo; appcllado,Narciso Jos dos Santos. Relator, o sr. Brito; re-visores os srs Fleury e Furtado; juiz, o sr. P. e Prado. Mandaram que o ro appellado

    v a novo jury; unanimemente.

    0 p r e p a r a d o s d o sr. l*odro LJacreta

    Dia a dia os preparados do sr. Pedro Lacreta obtm novos triumphos. Lemos um attestado firmado

    por uma respeitvel senhora nos-sa conhecida, por onde se v que, tendo uma grande falha de cabel-lo, encoberta por uma trana, deixou de fazer uso da mesma, logo que applicou o Tnico mara-vilhoso e o Creme prodigioso, achan-do-se hoje com os cabellos com-pletamente crescidos.

    Alem disso, em outros pontos da provncia os alludidos prepa-rados tm conseguido grande ac-ceitao, o que vem mais uma vez manifestar a efficaciados seus beneicos effeitos. O oalao Meteoro

    O balo Meteoro lr\po\ado pelo aeronauta Lhoste, que partira de Dunkerque no dia 3 de Julho, s 4 1/2 horas da tarde, com desti-no Inglaterra, pairava meia-noite a 2,800 metros acima da embocadura do Tmisa, quando se deu um desarranjo na vlvula. Apezar de alliviado de 80 kilo-grammas de lastro, o aerostato foi precipitado ao mar, e o sr. Lhoste s deveu a salvao pre-sena do vapor inglez Zamus que o soecorreu e conduziu ao Ha-vre.

    ^

    < > general Santos O Oriental Caiu per o, guarda-

    freio do trem da via frrea da Ca-pital para Moron, na provncia de Buenos-Ayres, desacatou o general Mximo Santos, que se achava no mesmo trem e ia para a villa de Moron. O general puxou de um revol-

    ver que tinha comisigo e quiz ma-tar o guarda-freio. Os viajantes, porm, intervieram e obrigaram

    Libertao O nosso amigo sr. Jos Ant-

    nio de Souza deu hontem, carta de liberdade escrava Carolina, vsto ter completado o praso con-dicional de 9 mezes, ao qual cs-tava a mesma sujeita.

    Santa Casa de Miseri-cordla

    Movimento do mez de Julho : Existiam cm tratamento.... 38 Entraram 19 Sahiram 17 Falleceram 3 Ficam em tratamento 36

    C o r o n e l Carlos B o -tei lio

    Conforme era esperado, che-gou Piracicaba, da Corte, o sr. coronel Carlos de Arruda Bote-lho, tendo obtido considerveis melhoras a seus incommodos.

    Imprudncia fatal Referem os jornaes da corte

    que um moo de nome C^ sar Ri-beiro, estando com sua famlia em S. Domingos, tomou de um revol-ver e apontando-o contra o peito disse por brincadeira que se ia matar. Succedeu, porm, a arma dis-

    parar-se, cahindo o infeliz banha-do em sangue. O seu estado des-espera dor.

    Eis o triste resultado de uma imprudncia.

    o general a guardar a arma. O attentado de Campero. que

    nada tem de politico, foi motiva-do por uma vingana particular.

    ImiriLigraxites A assembla provincial de Mi-

    nas-Geraes vai crear' um servio de immigrao similhante ao que funeciona em S, Paulo.

    Exposio L-se em telegramma do Dirio

    Mercantil: Encerrou-se no dia 2 a exposi-

    o de caminhos de feiro, achan-9-^941 do-se presentes Suas Altczas. O

    Y altam s os resultados de dois ^ S i r u m b u )cu 0 resultado do ju-

    Lieitura d o novellas No Chile uma moa de vinte

    annos de idade assassinou uma amiga. No processo declarou que com-

    mettera o crime pelas idias que lhe haviam sugerido a leitura das novellas deGaboriau e Ponson du Terrail. No seu quarto foram encontra-

    das narraes de execues ca-pites e de crimes monstruosos.

    Fal FallGCimonto ceeu hontem o fazendeiro

    col 7

    sr. Joo de Almeida Leite, filho do sr. Manoel Rodrigues de Sou-za, e cunhado do sr. dr. Joo So-fia. Moo laborioso c honesto,dei-

    xa viuva e filhos menores. A sua exma. viuva, pae e

    cunhado os nossos psames.

    Divixia C o m e d i a O baro da Villa da Barra dei-

    xou traduzida toda a Divina Come-dia, de Dante. Todos esperam que seja um

    verdadeiro monumento esta nova traduco do Dante,pois o baro da Villa da Barra era um dos nos-sos melhores poetas e prosado-res.

    Filiao desconhecida A questo da filiao desco-

    nhecida tem provocado os mais desencontrados meios de ver, e diversas autoridades tem proce-dido de maneiras diversas, diz o Noxidades. Agora o poder judicirio que

    resolve a questo e, o que mais. o prprio Tribunal da Relao, que poz em circulao a novssi-ma jurisprudncia to explorada, quem em caso semelhante decide por modo opposto. Na ultima sesso, o Tribunal da

    Relao julgou em grau de appel-lao uma causa destas vinda de Rezende, declarando que a nota filiao desconhecidano con-fere direito liberdade de escra-vo. Foi relator da commisso o conselheiro Tito de Mattos e a votao foi unanime. O Imperador

    Chegaram a Raden-Baden SS. MM. o Imperador c a Imperatriz do Brazil. O estado de S. M. o imperador

    bom. XH,ecein chegado

    Ante - hontem pelo expresso chegou a esta cidade o nosso con-terrneo sr. Ignacio Corra Pa-checo, de volta de sua viagem a Europa. Comprimentamol-o.

  • IMPRENSA YTANA COMMERCIO

    Santos, 2 de Agosto de 1887. Vendas nada. Base para o sup. Mercado paralizado. Entraram 2.637 Existncia 320.27(5 Cambio papel particular. Sobre Londres 22 1|2 Sobre Frana ...."' Mercado firme.

    Do nosso correspondente.)

    EDITAES

    P a g a m e n t o d e j u r o s O procurador da cmara muni-

    cipal desta cidade, abaixo assig-nado, de ordem da mesma cma-ra, e de conformidade com o pa-recer da commisso permanente. dactada de io de Agosto de 1886. convida todos os accionistas para o abastecimento d'agua, a virem de amanh em diante, nesta pro-curadoria, receber os juros de suas entradas realisadas at o dia 3o de Junho p. passado, data em que foram fixadas as contas.

    Yt, 18 de Julho de 1887. Frederico Jos de Moraes.

    Frederico Jos de Moraes, pro-curador da Cmara Municipal desta cidade de Yt, faz saber. que de conformidade com o dis-posto no art. 207, 40 do cdigo das posturas municipaes, o paga-mento dos carros e trollys de con-duzir passageiros, carros e carro-as de conduzir cargas, no cor-rente mez, e que alem do impos-to, tem mais 20 % addicional para o abastecimento dgua. Outro sim que, igualmente de

    conformidade com o que dispe o art. 207, 5o do mesmo cdigo de posturas, o pagamento dos impostos sobre industria e profis-ses seguintes, no prximo fu-turo mez de Setembro:Catfel-leireiro, ferreiro, serralheiro, al-faiate, relojoeiro, ourives, chapel-leiro,selleiro, sapateiro, ferrador, carpinteiro, correeiros, marcinei-ro, ou outro qualquer orficio me-chanico no especificado; den-tistas, retratistas, empregados da Cmara, secretario, procurador e fiscal; os fabricantes de fogos. quer em grande, quer em peque-na escala; de pedreira onde se extraio lages para negocio ; de cada tear mechanico das fabricas de tecidos, de olarias, de fabrica de telhas ou tijolos, e que, alem do imposto primitivo, aceresce mais 20 % addicional para o abastecimento d'agua. Convida por tanto aos que se

    acharem comprehendidos nas dis-posies supra,a virem fazer suas entradas at o fim do presente mez, quanto os da primeira parte deste, e at o fim do prximo fu-turo mez de Setembro os da se-gunda parte; e aquelles que assim o no fizerem ficam sujeitos a mul-ta, conforme dispe o mesmo Cdigo de posturas nos art. 213. Previno tambm a todas as pes-

    soas que se acharem comprehen-didas nas citadas disposies e outras do mencionado Cdigo de posturas que por ocCasio da correio,no estiverem munidos de suas competentes licenas e

    impostos pagos, ficaram sujeitos as multas respectivas.

    Yt, 2 de Agosto de 1887. Frederico Jos de Moraes.

    101

    O doutor Francisco Ribeiro de Escobar, juiz Je direito e au-sentes da comarca especial de It, etc. Fao saber aos que o presente

    edital virem, que por este juizo, foram arrecadados e arroladas os bens deixados pelo major Fran-cisco de Paula Pereira Mendes, que era natural de S. Paulo, e que falleccu sem herdeiro presentes ; pelo que convido aos herdeiros suecessores do dito finado e todos aquelles que tenho direito aos ditos bens, a virem habilitar-se no praso de trinta dias, e requerer o que for bem de seus direitos. E para que chegue a noticia de

    todos se passou o presente que ser affixado no lugar do costume e ubticado pela n >rensa. Dado e passado nesta cidade Je It. aos 26 de Julho de 1887. Eu. Jos Innocencio do Amaral Campos. escrivo o escrevi.

    O jujz de direito, Francisco Ribeiro de Escobar.

    101

    O doutor Francisco Ribeiro de Escobar,juiz de direito e de or-phos da comarca especial de It, etc. Fao saber aos que o presente

    edital com o praso de 20 dias vi-rem, que no dia 6 de Agosto p. futuro, aporta da casa das audin-cias e em seguida a audincia deste juizo, se far praa para a venda e arrematao a quem mais der e maior lano oferecer dosbens nn-moveis abaixo declarados, per-tencentes a interdictad. Porfiria Rodrigues Fom de Arajo e seus filhos menores, cuja avaliao a seguinte : Uma casa sita na capella do

    Bom-fim, avaliada por 100$; uma parte de terras no bairro do Jun-diuvira, avaliada por Q 5 $ ; um si-tio no bairro do Curur, com cin-coenta alqueires de terras, pasto grammado, 3794 ps de caf, ca-sa de morada, paiol, senzalas, ca-sa de engenho com duas caldeiras alarnbique e mais utencilios de fa-brico de assucar, avaliado por 3:416,800; a quinta parte de uma chcara em Cabreuva, avaliada por 60$; uma parte na sorte de terras do Curur avaliada por 3oi .708. Uma parte na sorte de terras do

    Curur, pertencente ao orphos Osotico. avaliada

    ror68i$; uma dita dita, pertencente ao orpho Jos, avaliada por 3oo$ ; A quar-ta parte na sorte de terras do Ba nanai, pertencente a orph Car-melina, avaliada por 5oog; A quarta parte na mesma sorte de terras, pertencente ao orpho Custodio, avaliada por 5o$ ; a quarta parte nas mesmas terras. pertencente a orph Anna,avalia-da por 5oos ; a quarta parte nas mesmas terras, pertencente a or-ph Maria, avaliada por 5oo$ ; uma casa na villa de Cabreuva, avaliada por 700$ , uma parte na sorte de terras do Curur, avalia-da por 217.1 p). Para que chegue a noticia de

    todos mandei passar o presente que ser afirixado no lugar do cos-tume c publicado pela imprensa. Dado e passado nesta cidade de It, aos i5 de Julho de 1887. Eu,'

    Jos Innocencio do Amaral Carn pos^escrivo, o escrevi.

    Francisco Ribeiro de Escobar. 3i

    ANNUNCIOS Precisa-s

    de uma creada para servios do mestios em casa da famlia. Para informaes nesta typo

    graphia. 53

    PARA li E MESA No EMPRIO DE NOVIDA-

    DES, encontram-se todos os dias os muito apreciados doces fres-cos, feitos em S. Paulo c Yt.

    Rua do Conmiercio P. JMO k MORAES

    B impT liii DO

    BRAZ Josino Carneiro, tendo adqui-

    rido o prdio que pertencia ao coronei Anhaia, situado no pateo da Matriz, communica aos seus freguezes e amigos que transferiu para alli o seu estabelecimento, onde os srs. viajantes e exmas.'fa-mlias encontraro todas as acom-modaes exigidas em estabele-cimentos congneres.

    Precisa-se na fabrica de Pereira Mendes & C\ de serventes de pedrei-ros. Ascondices em que est a fabrica

    para com a povoao do Salto, no offreee perigo para a bexiga.

    IX8

    Programinas das festas do Espi-rito Santo As fesivtidades do Espirito

    Santo, sero precedidas de Tri-duo nos dias 12, i3, 14, tendo lu-gar no dia 1 3 a distribuio de carne aos pobres na chcara do sr. Domingos Nobre a rua do Pa-trocnio, e no mesmo dia s 12 horas em ponto dar-se-ha a entra-da dos carros de lenha que deve-ro partir do largo da estao para o da Matriz.

    Dia 11 Missa cantada, sendo pregador

    o rvdm. padre Francisco de Pau-la Rodrigues. E m seguida distri-buio de roscas c jantar aos po-bres cm casa do festeiro abaixo assignado. A' tarde concluso do Triduo.

    Dia 15 Missa cantada, sendo pregador

    o rvdm. padre Pujonc. A or-chesta ser regida pelo profes-sor Jos Mariano, coadjuvado pelo professor Eduardo Pons. A tarde procisso. Durante as fesias tocar a mu-

    sica dos artistas, ultimamente organisada. Nos dois ltimos dias haver retreta e alvorada.

    O festeiro Antnio Carlos Xavier.

    53

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