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O que eu posso fazer por mim, pelo outro e pela natureza em 2003? por uma cultura de paz e pela ecologia integral Ano 2 - N.º 11 - 1° de dezembro de 2002 a 14 de janeiro de 2003 - R$5,00 Revista Impressa em papel 100% reciclado Ecologia Integral cuidado paz felicidade paciência harmonia esperança bom humor verdade integração solidariedade atenção carinho compreensão amizade alegria respeito amor Ecologia ambiental Nascentes do Arrudas correm perigo de vida Ecologia social Oficina Tambolelê: arte e cidadania união cooperação i

Impressa em papel 100% reciclado Ecologia Integral · 2010. 6. 18. · O que eu posso fazer por mim, pelo outro e pela natureza em 2003? Ano 2 - N.º 11 - 1° de dezembro de 2002

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O que eu posso fazer por mim,pelo outro e pela natureza

em 2003?

por uma cultura de paz e pela ecologia integralAno 2 - N.º 11 - 1° de dezembro de 2002 a 14 de janeiro de 2003 - R$5,00

Revista Impressa em papel 100% reciclado

Ecologia Integral

cuidado

paz

felicidadepaciência

harmonia esperança

bom humorverdade

integração

solidariedade

atençãocarinho compreensão amizade

alegriarespeito

amor

Ecologia ambientalNascentes do Arrudascorrem perigo de vida

Ecologia socialOficina Tambolelê:

arte e cidadania

união

cooperaçãoi

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Você vai ler nesta edição...Revista

por uma cultura de paz e pela ecologiaintegral

Ecologia Integral

observatório4

reflexões30

Fotos: Iracema Gomes

Depoimentos e idéias para você refletir e colocar emprática em 2003

encarte especial15

Uma visita à Estação Ambiental de Petipasseio ecológico20

múltipla escolha26

educação ambiental29A quem custa o conforto cotidiano?

correio3

ponto de vistaProjeto Casa-CorpoPor Simonete Aguiar

22

Os rios que correm no asfaltoPor Júnia Christo Aleixo

23

22

conheça nossos parceiros27Saiba como se fabrica o papel reciclado naRecicladora de Papel Ararense, Ipar

Foto: Iracema Gomes

saúde integralÉ possível retirar os agrotóxicos dos alimentos?

10

reciclagem e educaçãoCasal de educadores ensina como ter umanova visão do lixo

11

agenda integral9

ecologia socialOficina Tambolelê: espaço para o aprendizado damúsica, da valorização pessoal e do convívio social

7

espaço da Florinda2 4As cartas de nossos pequenos leitores, fotos e ilustraçõesbem legais sobre a natureza

pensar globalmente, agir localmenteNa Fazenda Santuário das Borboletas, na região do Barreiro, em BeloHorizonte, o trabalho de Dona Ivana para a preservação da vegetação,dos animais e das nascentes do Arrudas

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Escreva para a RevistaEcologia IntegralCentro de Ecologia IntegralRua Bernardo Guimarães, 3101Salas:204 a 207 - Santo AgostinhoBelo Horizonte/MGCep: 30.140-083Ligue ou envie um faxTelefone: (31) 3275-3602Mande um e-mail [email protected] nossa página na Internetwww.ecologiaintegral.org.br

Esta revista foi impressa no papel Kaeté (100% reciclado pós-consumo e isento decloro) produzido pela Ipar - Recicladora de Papel Ararense.

É permitida a reprodução do conteúdo, desde que citada a fonte: Revista Ecologia IntegralPublicação do Centro de Ecologia Integral e o site www.ecologiaintegral.org.br

Revista Ecologia Integral - Publicação do Centro de Ecologia Integral (CEI)Registrada no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas sob o nº 1093Diretores do CEI: Ana Maria Vidigal Ribeiro e José Luiz Ribeiro de Carvalho - Editora: Ana Maria Vidigal Ribeiro -MG 5961 JP - Jornalista responsável: Desirée Ruas - MG 5882 JP - Fotografia: Irma Reis, Iracema Gomes, José LuizRibeiro de Carvalho e Magda Ferreira - Ilustrações: Nayere Rodrigues - Publicidade e patrocínios: Maria AugustaDrummond - Projeto gráfico e editoração eletrônica: Desirée Ruas - Serviços gráficos: Lanna Projetos GráficosPeriodicidade: 45 dias - Tiragem: 2000 exemplares

A revista Ecologia Integral é uma publicação do Centro de Ecologia Integral, organização não-governamental,sem fins lucrativos, que tem por finalidade trabalhar por uma “cultura de paz” e pela “ecologia integral”,apoiando e desenvolvendo ações para a defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano, dasociedade e do meio ambiente, através de atividades que promovam a ecologia pessoal, a ecologia social e aecologia ambiental. A revista é um dos meios utilizados para divulgar, informar, sensibilizar e conscientizar aspessoas sobre os temas relacionados à paz e à ecologia integral.

Quem faz a Revista Ecologia Integral? Fale com a gentepara sugestões, colaborações, anúncios ou assinaturas

Ana Maria e José LuizDiretores do Centro de Ecologia Integral

Plantando o futuroAssociação MudaMundo

www.mudamundo.org.br

Centro de Ecologia Integralde Jequitinhonha/MG

Tel.: (33) 3741-1107 (Frei Pedro)

Centro de Ecologia Integralde Pirapora/MG

Tel.: (33) 3741-8239 (Delvane)

Fórum Permanente do Meio Ambiente

Instituto Renascer da ConsciênciaTel.: (31)3296-3864

Ipar(Recicladora de Papel Ararense)

Tel.: (11) 6909-9577 (Escritório)

www.ipar.com.br

Lanna Projetos GráficosTel.: (31) 3292-2225

www.graficalanna.com.br

N’Zinga(Coletivo de Mulheres Negras de BH)

Tel.: (31) 3222-2077

Portal Árvorewww.arvore.com.br

Rede Mineira deEducação Ambiental

Tel.: (31) 3277-5198

[email protected]

Universidade da PazUNIPAZ-MG

Tel.: (31) 3297-9026

UNIPAZ - NÚCLEO ARAXÁ(34) 3661-3199 (Homero)/3662-4939 (Chaves)

Nossos atuais parceirosNossos atuais parceirosNossos atuais parceirosNossos atuais parceirosNossos atuais parceiros

d i t o r i a le

Revista Ecologia Integral - n°11 1

Dezembro chegou e com ele as reflexões, os “balanços” do ano quefinda, o reconhecimento de erros e acertos e, principalmente, a esperançaque vem junto com o verão, enchendo de calor os nossos corações.

E a nossa esperança é por uma sociedade mais justa, mais feliz, maispacífica, mais integrada à natureza, mais responsável e comprometida como futuro do planeta.

Assim, a responsabilidade de cada um de nós para com as futuras geraçõesé muito maior que os interesses pessoais, ideológicos, político-partidários,econômicos, financeiros, acadêmicos e intelectuais. Ela deverá ser pautadanos princípios de igualdade, fraternidade, cooperação, inclusividade,sustentabilidade e nos valores que priorizem uma vida digna e saudável paraas gerações atuais e futuras.

Lembrando as palavras do professor Miguel Mahfoud, do curso dePsicologia da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, “ter esperançanão é uma postura ingênua. É uma certeza futura fundamentada numa certezapresente. Uma coisa é esperar que brote o trigo do nada; outra coisa é esperarque brote o trigo onde há uma semente plantada”.

É com a certeza de que estamos plantando o melhor no presente, quetemos uma grande esperança na “colheita” de 2003 e dos anos que virão.

Um Feliz Natal a todos e um 2003 pleno de boas realizações.

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Barroca Homeopatia Vitae (Rua Brumadinho, 267)Barro Preto Restaurante Bem Natural (Av. Augusto de Lima, 1652)Belvedere Banca - Ponteio Lar ShoppingCaiçara Space Box (Shopping Del Rey)Centro Banca - Praça Sete (próximo à loja Praça Sete Calçados) Agência Status - Rodoviária (loja 219) Editora Vozes (Rua Tupis ,114) Livraria Leitura - Shopping Cidade Livraria Van Damme (Rua Guajajaras, 505) Agência Riccio (Rua dos Carijós, 151) Livraria UFMG (Conservatório de Música - Av. Afonso Pena, 1534) Restaurante Bem Natural (Av. Afonso Pena, 941 - lojas 4 e 6) Farmácia Chamomilla (Av. Augusto de Lima, 403)Cidade Jardim Agência Riccio (Av. Prudente de Morais, 616)Cidade Nova Via Ápia - Extra Supermercados (Minas Shopping)Coração Eucarístico Banca (Avenida 31 de março, 1102) Banca (Rua Dom José Gaspar, 28) Banca (Puc-Minas)Dom Cabral William Livros (Avenida 31 de março, 1070-loja 4)Floresta Farmácia Homeopática Digitalis (Rua Curvelo, 130) Livraria do Psicólogo (Rua Curvelo, 132 - Lojas 25, 26 e 27)Funcionários Editora Vozes (Rua Sergipe, 120 - loja 1) Banca (Av. Getúlio Vargas, 879) Banca (Rua Gonçalves Dias, 1924) Banca (Rua Antônio de Albuquerque, 645) Banca (Avenida Bernardo Monteiro, 952) Banca (Avenida Afonso Pena, 2602 - esquina com av. Getúlio Vargas Próximo à Feira de Produtos Orgânicos) Casa Bonomi (Av. Afonso Pena, 2600)Gutierrez Agência Oppus (Rua André Cavalcanti, 583) Banca (Av. Francisco Sá esquina com Rua André Cavalcanti) Banca Choppinho (Av. Raja Gabáglia, 216) Marilú Agência de Jornais e Revistas (Av. Francisco Sá, 1007)Itapoã Banca - Space Box (Hiper Viabrasil)Lourdes Banca (Rua Rio de Janeiro, 1843) Banca (Rua Alvarenga Peixoto, 510)Minas Brasil Banca (Rua Padre Vieira, 316)Ouro Preto

Centro de Ecologia IntegralInformações: (31)3275-3602www.ecologiaintegral.org.br

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Principais pontos de venda da Revista Ecologia Integral(Belo Horizonte-MG)

por uma cultura de paz e pela ecologia integral

Revista

Farmácia Atma (Rua Monteiro Lobato, 23 - Loja 2)Pampulha (Campus UFMG) Faculdade de Educação - Willian Livros Portão 1 - Banca 9ª Arte Livraria UFMG - Praça de Serviços Banca ReitoriaPlanalto Farmácia Officinale (Av. Dr. Cristiano Guimarães, 1787)Santa Efigênia Café Books (Rua Padre Rolim, 616) Banca (Av. Mem de Sá, próximo ao Colégio Mun. Santos Dumont) Banca (Rua Padre Rolim esquina com Av. Bernardo Monteiro) Homeopatia Germinare (Av. Contorno, 2774) Via Ápia - Extra Supermercados (Av. Francisco Sales, 898 - lj.23)Santa Tereza N’Zinga (Rua Hermílio Alves, 34)Santo Agostinho Banca (Av. Amazonas esquina com Av. Barbacena) Restaurante Natural Ligth (Rua Ouro Preto, 1057) Livraria do Usina Cineclube (Rua Aimorés, 2424) Instituto Fênix (Rua Mato Grosso, 800 - 3º andar) Farmácia Chamomilla/Weleda (Av. Olegário Maciel, 1358) Farmácia Atma (Rua Rodrigues Caldas, 766) Banca (em frente à Cemig - Av. Barbacena, 1205) Banca (em frente à Cemig - Rua Alvarenga Peixoto, 1200) Agência News - Diamond Mall (Loja S6 - nível G1)São Luiz Farmácia Atma (Rua Cel. José Dias Bicalho, 647)São Pedro Homeopatia Vitae (Rua Lavras, 57)Savassi Agência Status (Av. Cristóvão Colombo, 280) Farmácia Amarillis (Rua Viçosa, 43 - Loja 3) Homeopatia Germinare (Rua Paraíba, 966 - Loja 2) Livraria Dharma (Av.Getúlio Vargas, 1624 - Loja 2) Mandala Restaurante Natural (Rua Cláudio Manoel, 875) Restaurante Bem Natural (Rua Tomé de Souza, 947) Restaurante Naturallis (Rua Tomé de Souza, 669) Banca (Av. Getúlio Vargas esquina com Rua Inconfidentes) Banca (Rua Tomé de Souza, 505 - esquina com Rua Prof. Moraes)Serra Banca Milton Campos (Praça Milton Campos, 197)Sion Terra Mater (Rua Grão Mogol, 554)Venda Nova Banca - Space Box (Shopping Norte)

Divinópolis/MG Eneergia Nattural (Av. Primeiro de Junho, 844)

Pompeu/MG Jacson Afonso de Sousa - Tel. (37) 3523-1107

ATENÇÃOPontos de venda

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Revista Ecologia Integral - n°11 3

o r r e i oc

“A primeira vez que vi a RevistaEcologia Integ ra l , no Centro deEcologia Integral, me impressionei só devê-la. A sua capa me remeteu à natureza,ao simples, ao original. Estas forças meimpulsionaram a tocá-la, a folheá-la. Nãoresisti e trouxe uma comigo. Em uma ouduas assentadas a li sem deixar uma letrade fora. O contato com o papel me faziae ainda me faz bem. Pegar nestas folhasé como tocar uma folha no chão. Énatureza. É pura criatividade numa épocatão problemática quanto às questõesartificiais colocadas no ambiente pelohomem capita l is ta (capita l izado) eglobalizado.

A natureza pede socorro. As árvoressão veladas pelas serras dos homens. Semdó, derrubam tudo que encontram pelocaminho num gesto opressor, massa-crante, fatal. O ar sente imensamentecom isso. O solo, a água, a flora e a faunatambém. A vida se sente ameaçada. Vêmas queimadas, o fogo que o homem botapara todo lado para queimar a sua tira-nia. Fogo que o homem ainda não sabeusar a seu favor. A produção, o consumoexagerados, inconscientes t iram danatureza o que ele quer. E atira o que nãoquer como se fosse um inconseqüente.

Frente a tudo isso a Revista EcologiaIntegral proclama a nossa independência

Jacson Afonso SousaProfessor e escritor

Pompeu/MG

num gesto nobre com tudo o quec o l o c a . A s s u a s m a t é r i a s s ã oencantadoras. É um bálsamo a aliviartudo isso que vem acontecendo nonosso p lane ta Água , no sent ido demostrar, esc larecer, mobi l izar. “ATer ra é azul .” Há poucos anos, doespaço se via isso. E hoje?

Não me contive só em ler a RevistaEcologia Integral , mas comecei amostrá-la a todos que encontrava e aindaencontro pelo caminho. Ela é um mapa anos guiar com a sua simplicidade, a sua

pessoas tão comprometidas com ac a u s a i n t e g r a l ( p e s s o a l , s o c i a l ,a m b i e n t a l ) p o d e m f a z e r i s s o.Continuem sem se intimidarem comnada e com quem quer que seja, já que éa defesa, a valorização da vida quevocês proclamam.

A Revis ta Eco log ia In teg ra ltambém é o meu grito, o meu chamadopara o amor. Compartilho isso tudo comvocês, os quais considero como irmãos.Hoje contribuo na divulgação da Revistae faço questão que ela esteja nas escolas,onde crianças e jovens sentem o valor dobem e são mensageiros dele. A Revista épara todos e mostra o caminho da paz.Só com coragem, entrega, dedicação, fé,esperança vocês fazem esta EcologiaIntegral. Saudações ao Mestre PierreWeil. Ele abre a imensidão de tudo isso.

Mesmo muitos não percebendo abeleza, a proposta da Revista, há algunsque quando a vêem já respondem portodos e a levam consigo. Aqui deixo omeu pedido: se você ficou conhecendo aRevista Ecologia Integral, leve-a paraonde for. Espalhe-a pelos quatro cantosdo mundo que ela cantará lindas melodiaspara todos nós.”

Leitor, incentivador e divulgador da Ecologia Integral

A RevistaEcologia Integral

também éo meu grito,

o meu chamadopara o amor

h o n e s t i d a d e . E n o s p r o n t i f i c a aficarmos mais fortes e fazermos algou r g e n t e ( a g o r a ) p e l a n o s s a m ã enatureza. Suas matérias são diretas,sem rodeios, bem pesquisadas, bemelaboradas, bem redigidas. Não temcensura. Não mascara como a mídiatem o costume de fazer . Somente

expresse a sua opinião

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Revista Ecologia Integral - n°114

Óleo atinge praias da Espanha Contaminação nas cidadeshistóricas de MinasO derramamento do óleo combustível levado pelo navio-tanque

Prestige, que afundou nas proximidades da costa noroeste da Espanha,pode tornar-se o mais grave vazamento da História. O Prestige, avariadopor uma tempestade perto do litoral da Galícia, já preocupava am-bientalistas e autoridades européias quando perdeu 3 a 5 mil toneladas deóleo. Praias intocadas foram alcançadas por uma enorme mancha negra.Estima-se que 20 mil toneladas vazaram até o momento do naufrágio. OPrestige carregava 77 mil.

Grandes acidentes como este também acontecem em alto-mar, masgeram menor repercussão, já que os estragos não são tão visíveis como osque acontecem próximos à costa.

A contaminação da água e do solo da regiãodas cidades históricas mineiras por arsênio, umdos metais mais nocivos à saúde humana, podeter sido causada pela intensa mineração de ourono Quadrilátero Ferrífero, que abrange Ouro Preto,Santa Bárbara, Nova Lima e outras cidades. Aconstatação é de uma tese de doutorado divulgadano jornal da Unicamp, Universidade Estadual deCampinas.

O engenheiro geólogo Ricardo Perobelli, autor dapesquisa, se concentrou na análise de sedimentos eáguas fluviais, solos e rochas nas bacias do Rio dasVelhas, Rio da Conceição e Rio do Carmo. Segundoele, a exploração mineral nos últimos 300 anos elevoua concentração do elemento na região acima darecomendação da Organização Mundial da Saúde,OMS, que é de 10 microgramas por litro de águapotável.

Durante a mineração, explica o pesquisador, partedo ouro foi aproveitada e o rejeito, em que háconcentração do arsênio, foi desprezado nos rios atéa década de 80.

Hoje, algumas das minas abandonadas da regiãodrenam água contaminada, que ainda é utilizada paraabastecimento público. Perobelli recomenda que essasáreas sejam mapeadas e o consumo da água restrin-gido. Apesar de alguns problemas aparecerem so-mente muitos anos após a ingestão do elemento, oarsênio pode provocar câncer de vários tipos, comoo de pele, pâncreas e pulmão, além de abalos aosistema nervoso, má-formação neurológica e abortos.

Derramamentos de óleo no mar afetam inúmeras espécies deanimais marinhos

Foto: Irma Reis

de olho no planetab s e r v a t ó r i oo

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Os prejuízos do comércioilegal de animais

Plástico biodegradávelfeito com bagaço

Revista Ecologia Integral - n°11 5

Todos os anos 38 milhões de animais sãoretirados das florestas, rios e mar brasileiros paramovimentar um milionário comércio ilegal, segundoa Rede Nacional de Combate ao Tráfico de AnimaisSilvestres, Renctas.

Em escala mundial, estima-se que o tráfico deanimais silvestres movimenta entre 10 e 20 bilhõesde dólares. O Brasil participa com cerca de 5 a 15%desse crime, com números que podem chegar a 4milhões de animais traficados.

Depois da perda de habitat, o tráfico de animaisé o maior responsável pelo desaparecimento deespécies da natureza. Estima-se que, de cada dezanimais traficados, apenas um sobrevive devido aoestresse emocional e às condições de maus tratossofridas pelos bichos durante a captura e otransporte.

A mais recente descoberta dentre as diversas pesquisas para aprodução de plástico biodegradável é de autoria das pesquisadorasLuiziana Ferreira da Silva e Marilda Keico Taciro, da divisão de químicado Agrupamento de Biotecnologia do Instituto de PesquisasTecnológicas, IPT.

Elas desenvolveram uma técnica que usa bagaço de cana para fazerplástico biodegradável por meio da ação de bactérias que se alimentam dobagaço e formam, dentro de si, o PHB (polihidroxibutirato), que pode serusado na fabricação de vasos, colheres e sacolas plásticas, entre outros.

A resina biodegradável custa quatro vezes mais que a normal, mas hádois pontos a destacar, sustentam Silva e Taciro: a escala ainda é muitoreduzida e ninguém consegue produzi-la mais barata que o Brasil. “O quilodo PHB de açúcar, ou do bagaço da cana, custa 5 dólares. O equivalente naInglaterra custa 14 dólares. Por isso há mercado lá fora”, diz Silva. Numfuturo não muito distante, espera-se que objetos de plástico, que demorammais de um século para se degradar, possam virar adubo orgânico emapenas um ano.

As pesquisas em torno do plástico biodegradável começaram nos anos80 em todo o mundo. Vêm sendo testados os usos de beterraba, ácidoláctico, milho e proteína da soja e algumas aplicações já começam a sairdos laboratórios.

Indústria da reciclagem ganhamais incentivos

350 mil toneladas de embalagens plásticas são descartadasinadequadamente a cada ano no Brasil, gerando grandesprejuízos para o meio ambiente

Foto: Iracema Gomes

de olho no planetab s e r v a t ó r i oo

Para estimular a indústria de reciclagem e reduzira poluição nos centros urbanos, foi anunciada aredução de 15% no Imposto sobre ProdutosIndustrializados, IPI, para a indústria de reciclagemde materiais plásticos.

O plástico PET, utilizado na fabricação de garrafasde refrigerante, é um material que compõe cerca de 60%das embalagens plásticas no Brasil, como garrafas debebidas, recipientes para produtos de limpeza e higienee potes de alimentos. A estimava da Associação Brasileirada Indústria Química, Abiquim, é de que o consumonacional de plásticos seja, hoje, da ordem de 3,8 milhõesde toneladas por ano. Cerca de 350 mil toneladas sãodespejadas anualmente em lixões.

O plástico reciclado é utilizado na produção defibras para fabricação de cordas, fios de costura e cerdasde vassouras e escovas, brinquedos, materiais deconstrução e peças de plásticos em geral.

Um dos principais fatores do entupimento de redespluviais, causando enchentes nas grandes cidades, édevido ao descarte inadequado dos plásticos. Areciclagem, além de melhorar a qualidade de vida nascidades, permite gerar emprego e renda, incentivandoas cooperativas de catadores de lixo.

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Revista Ecologia Integral - n°116

Na or g an i zação não-g over namenta l TVerespecialistas em diversas áreas formam um grupo detrabalho para refletir sobre a responsabilidade social epública da televisão no Brasil, desde 1997. A missãoinstitucional que norteia a ação do TVer é a promoçãodos direitos dos telespectadores e a educação críticapara os meios de comunicação. É também objetivo doTVer analisar as conseqüências e responsabilidades daTV no desenvolvimento infanto-juvenil, na formaçãodas mentalidades e nas questões da legislação brasileira,levando em conta a regulamentação existente em paísesdemocráticos.

Para os participantes do TVer qualquer tentativa deconscientização sobre cidadania, problemas de violência,gravidez na adolescência, exploração sexual ou de trabalhodas crianças, desrespeito à mulher, à população negra e àsminorias sexuais tem que, necessariamente, levar em contaa atuação da TV.

Principalmente porque as pesquisas indicam que ascrianças brasileiras passam, em média, 3 horas diáriasassistindo televisão e isto representa cerca de 70% do tempoque elas permanecem na escola.

A ONG busca conscientizar os telespectadores na tarefade exigir qualidade e respeito, já que as concessões sãopropriedade pública entregues às emissoras como umserviço público e este deve ser exercido com responsa-bilidade e em nome do bem comum.

ONG defende direitosdos telespectadores

Devido à pobreza, quinze milhões de jovens latino-americanos abandonaram a escola no início desta década antesde completar 12 anos de estudo, segundo uma pesquisa daComissão Econômica para a América Latina e o Caribe , Cepal.

A Cepal também estima que em torno de 70% deixaramo sistema escolar antes de completar a educação primária,enquanto 1,4 milhões de crianças nunca foram à escola ounão concluíram o primeiro ano básico. Os números estão nocapítulo sobre evasão escolar do documento Panorama Socialda América Latina 2001-2002, que contém dados sobre 18países da região.

No Brasil, é grande o número de jovens e crianças que trocam as escolas pelasruas para garantir a sobrevivência de suas famílias

de olho no planetab s e r v a t ó r i oo

Mais informações pelo site www.tver.org.br

Foto: José Luiz

Pobreza aumenta evasão escolar

Atividades físicas sãoimprescindíveis parao desenvolvimentodas crianças que estãoficando, em média,três horas diáriasassistindo televisão

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Revista Ecologia Integral - n°11 7

Foto: Iracema Gomes

A gente olhava mãe imaginava saudade.Miguilim não sabia muitas coisas – ‘Mãe, agente então nunca vai poder ver o mar, nunca?Ela glosava que quem – sabe não, iam não,sempre, por pobreza de longe. – ‘A gente nãovai, Miguilim’ – O Dito afirmou: - ‘Acho quenunca! A gente é no sertão. Então porque éque você indaga?’ ‘- Nada, não, Dito. Mas àsvezes eu queria avistar o mar, só para não teressa tristeza...’ O que tem em comum apassagem do conto Miguilim, de JoãoGuimarães Rosa, e a música mineira,especificamente, a música negra deMinas? O mar, antídoto de Miguilim.Quem explica é o cantor, compositor,percussionista, violonista e um doscoordenadores do B loco Of i c inaTambolelê, Sérgio Pererê: “Na músicanegra mineira, o elemento que maisaparece é o mar. De onde o negromineiro tirou esse mar? Ele representamuita coisa; aquilo que eu desejo e nãotenho, a liberdade que está no meupoder de pensar, de abstrair. Eu queroo mar que não está diante dos meusolhos, mas dentro de mim. O maraparece , a inda , como t ravess i a , avontade de voltar às origens, de resgatar

Mar de possibilidadesAssociação Tambolelê resgata cidadania com arte e muita criatividade

ecologiasocial

o que eu tinha. Eu tinha dignidade, eutinha liberdade, eu tinha poder de ação,de interação. Eu quero isso. Existe umasaudade, existe uma guerra na palavra,existe um louvor. A música negra é tudoisso, uma vontade de ser feliz.”

A possibilidade de felicidade é o queapontam os criadores da AssociaçãoCultural Bloco Oficina Tambolelê ecolaboradores aos seus mais de 100 alunosque se beneficiam das aulas de percussão,cinema, teatro, capoeira, bateria, tai chi emáscaras oferecidas no espaço físico dobairro Glória, em Belo Horizonte. Aassociação foi criada pelo Trio Tambolelêformado pelos músicos Sérgio Pererê,Geovane Sassá e Santonne Lobato. OTrio, que tem o seu trabalho voltado paraa música afro-mineira, foi composto em1995 durante o Festival de Arte Negra.Em 2000, os músicos decidiram formarum bloco para brincar no carnaval. Daípara a criação de uma associação foi sóum passo. Pouco depois, osorganizadores alugavam uma casa na ruaPasso Fundo, onde ainda hoje é a sede.

O trabalho da associação é gratuitoe aber to a qua lquer pessoa com

disposição. “Temos um público amplo,de meninos de dois anos a pessoas de35 e 40 anos. Não há restrição de idade,”afirma Sérgio Pererê. Mas a maioria dosalunos é formada por adolescentes quese sentem atraídos, principalmente,pelos tambores. “O bloco é o que maisagrega participantes. Isso porque apercussão requer timbres diferentes quecr iam no a luno a necess idade deinteração.” O compositor explica que aatração por tambores é herança de umatrad ição mi lenar . “O tambor es tápresente em toda cultura tribal. Eleevoca energia do céu para a terra.”

Entretanto, os alunos do Tambolelês abem que o bom desempenhoart íst ico requer algo mais que ins-trumentos. Na associação, indepen-dentemente da área de atuação, ospar t i c ipantes são l evados a c r i a r ,p r ime i r amente , uma consc i ênc i acorpora l . No caso da capoeira , épreciso fazer todo um trabalho dealongamento para que o corpo possadesenvolver suas habilidades. No casodo violão, o músico deve ter domíniodos dedos. “Tudo existe em relação aocorpo e o aluno começa a compreenderque o princípio básico somos nós, é onosso corpo. O segundo fator aindanão é o instrumento, mas a criatividade.Se tenho um par de baquetas, possocriar um instrumento alternativo; setenho voz, posso cantar, tendo instru-mento ou não”, declara Sérgio Pererê.Os t ambores da a s soc i ação s ãofabr i cados pe lo mús ico SantonneLobato. O Tambolelê a inda ut i l izainstrumentos alternativos como latase tradicionais como o cavaquinho.

Sérgio Pererê, um dos coordenadores doBloco Oficina Tambolelê, ensaia jovens queaprendem além da música, o gosto peloconvívio social e o respeito pelo outro e porsi mesmo

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Revista Ecologia Integral - n°118

O suces so do t r aba lho t empermit ido o surg imento de outrastendências dentro do próprio grupo,como é o caso do Mané Chico, umaextensão do Tambolelê, formado poroito pessoas. Dificuldades? Existem.Mas s ão admin i s t r adas com bomhumor e criatividade. A associação,inicialmente, contou com a parceria doInstituto Marista de Solidariedade e teveem 2001 o patrocínio da Maxitel, hojeTim, que arcou com o pagamento doaluguel da casa. Mas, em 2002, ela semanteve apenas com o dinheiro dasapresentações esporádicas do bloco edo trio. As apresentações acontecemem escolas da região, em festivais comoo FIT, Festival Internacional de Teatro,e em outros eventos. Mas nem todassão remuneradas; as das escolas, porexemplo, funcionam como integraçãoentre alunos, comunidade e instituiçõesde ensino. Mas, para o ano que vem, aexpectat iva é que o Tambole lê sebeneficie com a Lei de Incentivo àCultura e possa remunerar os váriosparceiros que hoje contribuem para oprojeto. “Nossa idéia é que daqui a umtempo, todo mundo que aqui trabalha deboa vontade e paixão pela causa possa serremunerado,” observa Sérgio Pererê.

Resgate SocialDignidade, cidadania, informação e

formação cultural, resgate social. Utopia?Possibilidade de realização. Os coorde-nadores do Tambolelê levam a sério estelema e sabem que a construção do ser passapela sua interação com o outro. “Aspessoas gostam muito de falar em criançascarentes. As crianças, os adolescentes sãocarentes como eu, carentes de atenção, deespaço, de boa informação e formaçãocultural. A gente percebe uma evoluçãomuito grande das pessoas que aquifreqüentam.” Sérgio Pererê faz questão defrisar que o Tambolelê não oferece umtrabalho de recuperação de usuários dedrogas e nem mesmo de distribuição decestas básicas. “Nossa prática é voltadapara a prevenção. Usamos a arte, o teatro,o vídeo, a música para ajudar as pessoas aperceberem a vida enquanto consciênciasocial. O Bloco é interessante porque são

vários instrumentos, vários timbres e aspessoas começam a entender a diferençade timbre entre um tamborim e um surdoe que cada um tem um papel importantedentro desse contexto.”

Resgatar o social num bairro como oGlória tem sabor de vitória ainda maiorpara a equipe do Tambolelê, uma vez queo bairro fica ao lado do aterro sanitário deBelo Horizonte. “O aterro sanitário étratado; não é um lixão, mas é impres-sionante como as pessoas que moram aolado do aterro têm uma tendência a andarde cabeça baixa. Inconscientemente elascomeçam a se comparar com o lixo: ‘eumoro num lugar que é o final, se eu passardali já é o lixo. Então, eu sou quase umlixo’.” A partir desse diagnóstico, SérgioPererê e os colaboradores do Tambolelêse propõem a resgatar a auto-estima coma arte. “O nosso papel, com a arte, éresgatar a dignidade das pessoas para queelas possam atuar.”

Para Sergio Pererê, há hoje umatendência à desvalorização do humano,principalmente do morador da periferia.“Existe um plano geral que faz com que ojovem da periferia se sinta pior. Asnovelas, por exemplo, trabalham com‘pessoas normais’, cujo padrão social estáacima de qualquer jovem que mora naperiferia. O comercial de uma loja anunciaum preço ‘baratissíssimo’, que é umabsurdo para o jovem. Ele se sente

marginal. Então, o nosso papel é fazer comque as pessoas se sintam parte de um todo.Se existe uma falha, a falha está naestrutura, não está nelas, não está em nósporque não temos dinheiro para comprara casa que está super barata, com prestaçõesbaratissíssimas. E a arte nos dá a condiçãode visualizar isso.”

Este propósito vem sendo alcançadopelo grupo com sucesso. O adolescente,integrante do bloco, Luiz Alber toVitorino, por exemplo, diz que oTambolelê representa conhecimento decultura e ele até tem planos de seprofissionalizar. “Antes, eu não conheciatambores, não sabia pegar numa baqueta.Agora já estou tocando e até faço parte doMané Chico.” Para Aline Rezende, de 17anos, o Tambolelê mudou a vida de todoo bairro. “Antes havia muitas crianças nasruas, agora elas vêm para o bloco. Alémdisso, as pessoas estão mais unidas.” JáDiarlen Silva Fernandes, de 18 anos, tiralições de todas as suas apresentações, jáque cada público é um público novo. “Ainteração do bloco é única. Podemos ir aum lugar em que o público goste muito eem outro em que o público não goste. Oimportante é que o bloco sempre deixauma mensagem.”

Para o Tambolelê, o papel da arte é resgatar a dignidade das pessoas para que elas possam se sentirvalorizadas dentro do seu contexto social

Foto:

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ema G

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Rosângela MartinsParticipante do grupo de estudos

“Ecologia do ambiente” doCentro de Ecologia Integral

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1°/12 - Dia internacional de luta contra a aids

02/12 - Dia panamericano da saúde

07/12 - Dia do pau-brasil (árvore nacional)

08/12 - Dia da família - Dia da Justiça

10/12 - Dia internacional dos direitos humanos

13/12 - Dia do deficiente visual

20/12 - Dia da bondade

21/12 - Início do verão

23/12 - Dia do vizinho

24/12 - Dia internacional do perdão

25/12 - Natal

26/12 - Dia da lembrança

29/12 - Dia mundial da biodiversidade

31/12 - Dia da esperança

1°/01 - Dia da confraternização universal - Dia mundial da paz

Dia da fraternidade universal

06/01 - Dia da liberdade de culto - Dia da gratidão

11/01 - Dia do controle da poluição por agrotóxicos

Agenda integral

Revista Ecologia Integral - n°11 9

Telefones úteis

Polícia Militar(24h) - 190Bombeiros/Resgate(24h) - 193CVVCentro de Valorização da Vida (24h)3334-4111/3444-1818Alcoólicos anônimos3224-7744/3224-7681Abraço(orientação aos usuários de drogas) - 3225-2700Al-Anon/Alateen(para familiares e amigos de alcoólicos) - 3222-4425Neuróticos anônimos(assistência gratuita para quem se sentedeprimido ou em solidão) - 3222-2957Disque Denúncia Direitos da Criançae do Adolescente0800-2831244Disque Direitos Humanos(denúncias de agressão, discriminação, ameaças,abuso de autoridade) - 0800-311119Delegacia de Mulheres3330-1760Delegacia da Polícia Florestal(denúncias de cortes de árvores e crimesecológicos em geral) - 3483-2055Disque Ecologia(denúncias sobre crimes ecológicos, orientaçãosobre corte de árvores) - 1523Disque Procon(informações ao consumidor) - 1512Doação de órgãosMG Transplantes (24h) 1520Defensoria pública(prestação de serviços jurídicos para pessoas carentes)3335-5588Disque sossego(poluição sonora) - 3277-8100Linha verde(meio ambiente - nacional) - 0800 618080Secretaria Municipal de Meio Ambiente3277-5186Secretaria Estadual de Meio Ambiente3296-1721Instituto Estadual de Florestas(IEF) - 3292-6997Instituto Mineiro de Gestão das Águas(Igam) 3337-3355Fundação Estadual do Meio Ambiente(Feam) 3298-6200Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte3277-7100

Belo Horizonte - Código (31)

serviço

Que o ano que se aproxima seja oinício de um novo tempo, marcadopelo diálogo e pela compreensãomundial, tendo a paz como idealde todos os povos e nações.

Foto:

Irma

Reis

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Revista Ecologia Integral - n°1110

Todos os dias, dezenas de princípiosativos são introduzidos em todas asculturas agrícolas do país e do planeta. Omovimento de agropecuária orgânica vemalertando para este problema que vemcausando prejuízos sérios e irreparáveisà saúde da população e também ao meioambiente. O Brasil é atualmente um dosmaiores nichos do mercado de agrotóxico,o terceiro no ranking mundial.

Para diminuir os riscos de conta-minação com agrotóxicos, formas sim-plistas e erradas têm sido usadas paraorientar as donas de casa como, porexemplo, usando bicarbonato de sódio.A recomendação divulgada por meios decomunicação no último mês está errada.O bicarbonato de sódio tem uma reaçãosuperficial na folha e nos alimentos. Osagrotóxicos estão dentro, os principaisresíduos são sistêmicos, encontram-sedentro da estrutura celular das plantas.Existem relatos de contaminação su-perficial e mesmo neste caso a lavagemcom substâncias pode resul tar emel iminação parc ia l , mas não 100%garantida. O bicarbonato não atua tãoprofundamente. Os agrotóxicos cons-tituem diferentes famílias, com caracte-r ís t icas químicas completamentediferentes daquelas do bicarbonato. Éimpossível determinar que um composto

de estrutura simples como o bicarbonatoseja capaz de reagir com todos os com-postos químicos que compõem a famíliade agrotóxicos.

Entretanto, esta reação é extrema-mente difícil e exatamente por isso algunsdos agrotóxicos são considerados pelosespecialistas como “poluentes persis-tentes”, ou seja, uma vez formados sãodificilmente destruídos.

Ainda que um composto “mágico”apresentasse características químicas tãovariadas e fosse capaz de reagir quimica-mente com os agrotóxicos, qual a toxi-cidade dos resíduos formados? Após umareação química, os compostos são trans-formados e não desaparecem simples-mente! O uso de bicarbonatos, vinagrese água sanitária é muito mais coerentepara ajudar a esterilizar a solução da águae da superfície dos vegetais contrabactérias e agentes vivos. Mas não sepode dizer que ele reduz a contaminaçãoquímica externa.

Sendo ass im, a única soluçãorealmente efetiva e global e 100% segurapara se livrar dos efeitos dos agrotóxicos,depende dos consumidores e órgãos deimprensa olharem mais seriamente paraesta questão e tomarem uma atitude. Osmeios de comunicação e os jornalistasdevem estar c ientes e informar os

Agrotóxicos: é possível eliminá-los com soluções caseiras?

Autor: Alexandre Harkaly, Instituto BiodinâmicoFonte: WWI-Worldwatch Institute / UMA-

Universidade Livre da Mata AtlânticaSite: www.wwiuma.org.br

consumidores que estes somente estarãodeixando de reduzir os r iscos decontaminação, ao se alimentarem comprodutos verdadeiramente isentos deagrotóxicos. E é também para garantir aorigem isenta de agrotóxicos que ascertificadoras do país vêm atuando,inspecionando e orientando milhares deagricultores orgânicos e biodinâmicos quese espalham pelo Brasil no laboriosotrabalho de reconstrução da paisagemagrícola, hoje completamente descarac-terizada pelo processo convencional.

Os alimentos orgânicos e biodinâ-micos são os únicos, comprovadamente,que não são cultivados com a utilizaçãode agrotóxicos, não são produzidos comtransgênicos , não poluem o meioambiente e não agridem o trabalhador.

Estudo da Agência Nacional deVigilância Sanitária, Anvisa, apontasubstânc ias não autor izadas emverduras e frutas. As análises foramrealizadas nos estados de São Paulo,Minas, Paraná e Pernambuco com1.295 amostras de nove tipos deal imento: a lface, banana, batata,cenoura , l a ran ja , maçã , mamão,morango e tomate. Cerca de 83% dasamostras continham resíduos deagrotóx icos e 22% es tavam emdesacordo com a legislação: 74 comresíduos de produtos não autorizadospara aquele alimento, 94 com resíduosacima do permitido e 65 com os doisproblemas.

Lavar o alimento não resolve, poisos resíduos ficam incorporados napolpa e a preocupação maior é com omorango, o tomate e o papaia, quepodem absorver grandes quantidadesde veneno.

Perigo à mesa

Sem a utilização de agrotóxicos, a produção de alimentos orgânicos respeita a natureza e a saúde dosconsumidores

saúde integral

Foto: Irma Reis

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Revista Ecologia Integral - n°11 11

Expor nossas experiências profis-sionais é contar um pouquinho de nossossonhos, utopias, angústias, decepções, fée esperanças. Não dedicamos o suficienteenquanto educadores e profissionais dasáreas de História e Educação Religiosa.Muitas vezes, nossa vontade de desen-volver alguns projetos com temáticasessenciais, junto aos alunos e à comunidadeescolar, esbarra na crise que se encontra aeducação e que nós, profissionais, estamostentando superar com um novo olhar, umnovo referencial.

Nossa for mação com ênfase naHistória, Filosofia e Ciências da Religiãonos deu um suporte científico, histórico,sistematizador, mas também nos desper-tou para um novo olhar mais amplo,crítico, humano. Fez com que enten-dêssemos que tudo está interligado – meioambiente, Deus, ser humano, política, fé,ética e cuidado. É o que diz LeonardoBoff: “A necessidade da comunhãocósmica do universo.”

A preocupação e o interesse dededicarmos nosso trabalho também aomeio ambiente e às suas fronteiras sãodevidos ao crescente desequilíbrio e àsagressões sangrentas sofridas pela mãenatureza, gerando pobreza, desigualdadese prejudicando o ser humano. O nossopapel enquanto educadores e cidadãos éabraçarmos essa causa ambiental e assimdeixar mos de ser egoís tas com aspróximas gerações. Cuidar hoje da naturezaé também sensibilizar nosso educandopara uma boa postura frente ao meioambiente, ao outro e a si mesmo.

Sabe-se que qualquer mudança dementalidade acontece lentamente. Perce-bemos em nossos trabalhos que é umnúmero reduzido de educandos que“captam” e abraçam a idéia de umtrabalho diferenciado, isto é, de umaeducação mais real, integrada, crítica ehumana. O sistema atual cria em nós os“demônios” do egoísmo, do consumoem excesso, do materialismo e da friezahumana.

Acreditamos que um dos maioresdesafios da sociedade como um todo éreverter alguns contravalores dominantesem valores essenciais ao ser humano. Esteprecisa estabelecer uma nova relação como universo, onde não exista a superio-ridade e a arrogância humana e assimentrar em equilíbrio e saber cuidar danatureza.

Um dos grandes problemas geradospela concepção individualista e materialistado nosso sistema é o consumo exacerbado.A moda é o descartável, não importa odestino de tanto lixo. Isto tem trazidoconseqüências sérias à natureza, que comtoda a sua força e proeza tenta sobreviver.Assim, torna-se necessário propagar detodas as formas criativas, a idéia dos trêsR’s: Reduzir, Reutilizar, Reciclar. Este é umdos temas que abordamos com criticidadecom nossos alunos. Tentamos umareeducação, mostrando a utilidade demuitos objetos que desprezamos e jul-gamos como lixo. Ao trabalharmos comesse tema, logo lembramos da luta daAssociação dos Catadores de Papel,Papelão e de Material Reaproveitável,Asmare. Vivenciamos ao longo de doisanos, junto com os catadores de papel, estaexperiência rica, necessária e educativa: vero lixo como trabalho, sustento, vida, luxo,fé, união, desafio e valorização danatureza. Levamos para a sala de aula estaexperiência que encanta os alunos e ossensibiliza.

Sensibilizou-nos tanto que, ao pen-sarmos na celebração do nosso casamento,decidimos fazer uma reflexão sobre nossacaminhada a dois, sobre o amor, a família,os valores humanos, mas foi com o vestidode noiva e acessórios, todos reciclados, queprocuramos despertar em nossos con-vidados e na sociedade uma nova con-cepção do lixo. Mostrar que, a partir dolixo e da criatividade humana, tem-se o“luxo”. Objetivamos, principalmente,levá-los a perceber que chegou, hátempos, a necessidade de diminuirmos aquantidade de lixo produzido, além de

reutilizar e reciclar os resíduos. Isso emnome da nossa qualidade de vida, dasobrev ivênc ia da na tureza e daspróximas gerações. Foi lindo nossocasamento! Foi significativo e sagradopara nós! Esperamos que a partir dessairreverência do “vestido da noiva reci-clada”, a mensagem principal que é ocuidado que devemos ter com a naturezase propague na sociedade e reviva naessência de cada ser humano. Pois é própriodo ser humano colocar cuidado em tudo oque faz. Se não coloca o cuidado, as coisasse desmantelam e desaparecem.

reciclagem e educaçãoexperiências do educador

Verônica Mendes de Souza CruzEducadora, graduada em História e pós-graduada

em Ciências da Religião

Rômulo Chaves da CruzEducador, graduado em Filosofia e pós-graduadoem Ciências da Religião e em História Moderna

e do Brasil

No casamento e na escola: uma nova visão do lixo

Rômulo e Verônica que usou um vestido de noivafeito de faixas de publicidade e garrafas PET

Foto: Arquivo pessoal Verônica Mendes

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Revista Ecologia Integral - n°1112

pensar globalmente,agir localmente

Em entrevista a um programa de TV,Dona Ivana conta: “a criança, quandoap r e nd e a e n ga t i n ha r , c h e ga p e r t o d euma p lan ta que a mãe t em em ca sa earranca todas as suas folhas, uma a uma.En t ã o , o q u e o u v e d o s p a i s ? Qu eg ra c i nha , c omo e l a é e s p e r t a ! J á s ab efazer isso!”

O exemplo de Dona Ivana serve paramostrar que o amor e o cuidado pelanatureza devem começar dentro de casa.Segundo ela, ainda nos primeiros anos devida a criança deve ser educada pelos paispara amar e respeitar a natureza.

Em intensa atividade em defesa dascrianças e da natureza, a aposentada IvanaEva Novais de Souza, de 63 anos, travatodas os dias uma luta contra a tristerealidade vivida por meninos, meninas,borboletas, passarinhos, nascentes e pés dejequitibá. A rotina de Dona Ivana inclui ocuidado, o amor e a esperança. O cuidado,ela dedica às 329 crianças, de zero aquatorze anos, matriculadas na Creche LarFrei Toninho que, há mais de duas déca-das, ela coordena no bairro Petrópolis,região do Barreiro, em Belo Horizonte.Há 20 anos, o seu cuidado também édirigido para as nascentes do ribeirãoArrudas, que ainda restam na FazendaSantuário das Borboletas, ou Fazenda daHorta, como é mais conhecida. O amorde Dona Ivana pelo que faz é alimentadodiariamente pela esperança em ver umnova realidade para crianças, adultos,idosos e toda a natureza.

O encontro entre Dona Ivana e asnascentes do Arrudas aconteceu em 1981.A Fazenda, onde estão as nascentes doArrudas, foi cedida à Creche Lar Frei

Toninho, em regime de comodato pelaSecretaria Estadual do Trabalho, e tinhaoriginalmente 148 mil metros quadrados.Foi um meio de ajudar Dona Ivana amelhorar o sopão que distribuía diaria-mente a mais de cinco mil pessoas carentesda região. Com a criação de animais e aprodução de alimentos, o terreno seria degrande utilidade para alimentar a creche epara estas famílias desempregadas quepoderiam trabalhar.

O loteamento de parte da fazenda,para evitar invasões de famílias sem-casa,iniciou o problema. As famílias acabaramvendendo ou parcelando o terreno queacabou se transformando na Favela daHorta. A produção da Fazenda foidiminuindo devido ao assoreamento dalagoa onde havia criação de peixes e aosconstantes roubos nas plantações.

Nascentes ameaçadasNa Fazenda das Borboletas, existiam

58 nascentes e olhos d’água, no início dadécada de 80. Todos cor r iam paracórregos da região, como Jatobá, Tirol,Independência e outros, desembocandomais à frente no Arrudas. Atualmente,aproximadamente 20 nascentes restam eestão seriamente ameaçadas.

Para Dona Ivana, é fundamental, alémda preservação das nascentes, a preser-vação da mata que existe ao redor paragarantir o volume e a pureza das águas.

Em mais de vinte anos de trabalhopela preservação das nascentes, DonaIvana várias vezes pagou com seu própriodinheiro pequenas obras para proteger aárea. Cercas foram feitas e refeitas inúme-ras vezes para tentar preservar o local e

Nascentes do Arrudas

Dona Ivana sabe que, como as crianças, asnascentes do Arrudas são frágeis e precisamde cuidados especiais

foi construída uma pequena barragempara evitar que o esgoto que desce a céuaberto do acampamento vizinho chegue àsnascentes.

Quando chega o período das chuvas,se torna quase impossível conter a terra quedesce das partes mais altas para cair nasnascentes. Alguns moradores dos terrenosvizinhos jogam lixo, fazem queimadas etiram lenha da fazenda. Além disso, partedo esgoto também corre para a área.

Em 2000, um grande mutirão dejovens e crianças plantou mudas em tornodas nascentes. Hoje poucas destas mudasainda estão por lá.

A cons t rução de um con jun tohabitacional próximo às nascentes doribeirão Arrudas também preocupa DonaIvana. Ela teme os impactos ambientaisque o conjunto para 653 famílias podecausar na área. “Eu acho que todas aspessoas merecem ter uma casa mastambém qualidade de vida”, diz DonaIvana, que defende o direito à moradia,mas sabe também que as nascentes devemser preservadas. “Não houve sensibilidadee comun icação desde o in í c io daconstrução do conjunto habitacional pelaPrefeitura de Belo Horizonte. Vim saberda obra quando os tratores já estavamdentro do terreno. Quase cortaram um péde jequit ibá de mais de 350 anos”,reclama. O jequitibá, a que Dona Ivana serefere, é uma árvore de beleza única e queserve como ninho para a reprodução devárias espécies de aves, mamíferos einsetos. Um exemplo de como os animaise as espécies vegetais se respeitam ecolaboram mutuamente para a harmoniado planeta.

Dentre outras coisas, Dona Ivana pede uma contenção em curva de nível no local,para que as águas da chuva não causem tantos danos às nascentes do Arrudas,

que acompanha há mais de vinte anos

pedem socorro

Foto:

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Nascentes exigem cuidadosPara que a nascente de um rio sobreviva, são necessários alguns cuidados.

Os terrenos que ficam no entorno de rios, córregos e nascentes não devemser desmatados. Esse tipo de solo, depois que é retirada a vegetaçãoribeirinha, fica frágil a todo tipo de interferência.

As águas das chuvas iniciam o processo chamado lixiviação, em que osolo é “lavado” e os seus resíduos vão para dentro do curso d’água. Osresíduos vão sendo depositados no rio ou nascente e isso ocasiona oassoreamento, que significa, a diminuição da profundidade e da vazão. Destaforma, o rio vai perdendo profundidade, ficando cada vez mais raso, atédesaparecer.

Quem conhece a Fazenda das Borboletas percebe que o “berço” doArrudas precisa de atenção urgente por parte das autoridades e mobilizaçãoda sociedade como um todo. O engenheiro Alexandre De Paoli, participantedo grupo de estudos “Ecologia do ambiente”, do Centro de EcologiaIntegral, visitou as nascentes do Arrudas. Segundo ele, a área precisa deproteção especial para salvar as nascentes. “Sem a recomposição davegetação do entorno dos olhos d’água, que foi queimada, desmatada ouque está muito fragi l izada, as nascentes vão f icando cada vez maisvulneráveis. A água das chuvas, que desce dos terrenos vizinhos, leva lixoe terra para dentro das nascentes o que causa prejuízos cada vez maiores,assim como o esgoto que chega dos terrenos mais altos,” alerta Alexandre.

Um belo jequitibá, de aproximadamente 350anos, é uma das poucas árvores que aindarestam na área junto às nascentes

Verificar que as águas sujas que atravessam a cidadenascem claras e límpidas é a comprovação mais durado descuido da sociedade para com os seus recursos

hídricos

Parte do esgoto e do lixo de moradiasexistentes na vizinhança desce direto para as

nascentes

Fotos

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Na Creche Lar Frei Toninho, coordenada há mais de vinte anos por Dona Ivana, 329 crianças eadolescentes aprendem o respeito pela vida e pela natureza

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Fotos: Iracema Gomes

Na Fazenda Santuário das Borboletas, aprodução de alimentos que é usada na Creche foiprejudicada pela degradação da área das nascentes

O estrago causado pelo esgoto, lixo, água daschuvas, desmatamentos e queimadas já acaboucom mais de 38 nascentes, das 58 que existiamno início da década de 80, na região do Barreiro

“A Prefeitura poderia ter optado por construir o conjunto em outrasáreas que ela tem disponível e onde não existem nascentes. Aqui poderia tersido transformado em um parque ecológico. Antigamente, na área daconstrução do conjunto, dentre outras árvores, existiam ipês que ficavamtodos floridos e eram lindos de se ver! Onde está a sensibilidade dearquitetos e engenheiros para construirem com respeito ao meio ambiente?”,questiona Dona Ivana, que também coordena o Comitê do Barreiro doProjeto Manuelzão. O Projeto Manuelzão foi criado pela UniversidadeFederal de Minas Gerais, UFMG, para salvar o Rio das Velhas, que tem noArrudas um de seus principais afluentes e maior poluidor. O Velhas atinge51 municípios, sendo responsável pela maior parte da água que abasteceBelo Horizonte, e desemboca em um dos principais rios do país, o SãoFrancisco.

O gerente de Licenciamento e Fiscalização Ambiental da SecretariaMunicipal de Meio Ambiente e Saneamento Urbano, da Prefeitura de BeloHorizonte, Marco Antônio Batista, reconhece que “o ideal era que toda aárea fosse preservada e transformada em um parque ecológico. Mas como alegislação permite a ocupação dessa área próxima às nascentes e como estaocupação já existe há muitos anos, em terrenos invadidos por pessoas quenão têm como saírem dali, o melhor é ocupar ordenadamente.”

Segundo o gerente, “o projeto do conjunto habitacional foi submetidoao licenciamento ambiental e aprovado, estando o loteamento dentro dalei.” Marco Antônio garante que “as nascentes do Arrudas estão com a suapreservação garantida pelo projeto do conjunto habitacional para as 653famílias, que está sendo construído com adaptações para minimizar osefeitos sobre o meio ambiente ao redor, como melhorias no sistema viárioe acompanhamento a tua l e futuro da questão do l ixo, esgoto emovimentação de terras na região.”

Construir mas com respeitoao meio ambiente

Na área mostrada no alto da foto, um conjunto habitacional para 653 famílias está sendo construídopela Prefeitura de Belo Horizonte, em área vizinha às nascentes

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Revista Ecologia Integral - n°11 15

A observação é sempre a mesma: “como esse ano passoudepressa! O ano mal começou e já estamos em dezembro!” Aconstatação de que o tempo está passando a cada dia maisrápido está criando nas pessoas uma sensação de frustração.Os 365 dias do ano foram gastos com muito trabalho, estresse,preocupações e pouco tempo foi utilizado para o lazer, odescanso, a família...

A construção de um mundo melhor passa pela reversãodo atual quadro de desagregação familiar, pessoal e social. Ocrescimento das situações de injustiça e violência, seja contraa natureza, as pessoas ou contra a gente mesmo, demandauma nova postura diante da vida, um novo despertar por partede toda a população. Mudar nossas atitudes e nossas posturas

O que eu posso fazer por mim,pelos outros e pela natureza no ano novo que se aproxima?

Por um mundo melhorPor um mundo melhorPor um mundo melhorPor um mundo melhorPor um mundo melhor

1. Aprenda que um só dia pode ser mais importante que muitos anos.

2. Aceite-se tal como você é.

3. Deixe de se lamentar. Isso é um desperdício de energia. Seja mais construtivo

com seu tempo.

4. Concentre-se no que é certo no mundo, e não no errado.

5. Simplifique sua vida. Liberte sua mente, suas emoções, sua casa, seu

trabalho de tudo que não for necessário.

6. Lembre-se que ninguém pode fazer você infeliz sem seu consentimento.

7. Não se envergonhe de chorar. As lágrimas refrescam a alma.

8. Saiba que o modo como vemos o mundo é mais importante do que o

modo como o mundo é.

9. Tenha a capacidade de rir de você mesmo.

10. Lembre-se que você é a única pessoa responsável pela sua felicidade, pela

sua saúde e pela sua vida. Não coloque sua felicidade nas mãos de outra pessoa.

11. Seja flexível. Nem sempre as coisas são como desejamos.

12. Não deixe toda a sua vida girar em torno de uma coisa só.

13. Em discordâncias com entes queridos, trate apenas da situação corrente.

Não levante questões passadas.

14. Desenvolva a compaixão. Aprenda a se colocar no lugar dos outros, a

tirar os olhos de si mesmo e imaginar-se vivendo as dificuldades alheias.

15. Parabenize e incentive alguém todos os dias.

16. Diga coisas generosas sobre as pessoas que ama quando elas estiverem

ausentes e coisas ainda mais generosas quando elas estiverem presentes.

17. Diga alguma coisa positiva no momento em que entrar no local de

trabalho.

e visões de mundo é fundamental para chegarmos ao fim donovo ano que se aproxima e podermos dizer: “como este anofoi maravilhoso!”

Para que isso aconteça é preciso que cada um se conheçamelhor, preste mais atenção nas suas necessidades físicas,sociais, espirituais e ambientais, que cultive a alegria e o amorpelos outros e por ele mesmo, que suas ações sejam movidaspela vontade de viver em um mundo melhor. E para isso agrande revolução que precisa acontecer não depende dasgrandes potências mundiais, não é preciso mobilizar exércitosou grandes acordos internacionais, precisa sim que vocêaprenda a ver, ouvir e sentir o mundo com o coração. A granderevolução deve ocorrer dentro de cada um de nós.

3030303030 sugestões para uma vida melhorsugestões para uma vida melhorsugestões para uma vida melhorsugestões para uma vida melhorsugestões para uma vida melhor18. Pense no que você quer dizer antes de falar.

19. Não gaste muito tempo julgando pessoas. Você tem coisas mais valiosas

a fazer na vida.

20. Diga aos outros como eles são importantes para você.

21. Compartilhe seus sentimentos com os outros.

22. Saiba que coisas pequenas têm grandes significados: um sorriso, um

gesto delicado, um aperto de mão caloroso, uma flor.

23. Desenvolva alguns interesses em comum com as pessoas que você

ama.

24. Olhe questões ou problemas importantes por vários ângulos. Assim

você descobrirá a melhor solução.

25. Nos preocupamos tanto em ter que esquecemos de ser.

26. Não se esqueça de que quanto mais coisas comprar, menos tempo

terá para desfrutar aquilo que já tem.

27. Procure ver menos televisão. Ocupe seu tempo conversando com as

pessoas, lendo, ouvindo música.

28. Pelo menos uma vez na vida, plante uma árvore. E abrace uma,

também.

29. Exercite-se. Ande, dance, brinque.

30. Tenha boas noites de sono.

Colaboração: Maria Iracema Gomes Fonte:livros “Não faça tempestade em copo d’água....” de RichardCarlson; “Os 100 Segredos das Pessoas Felizes”, de David

Niven; textos da internet e outros

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“Gostaria de realizar os meus sonhos como trabalhar para ajudarminha família a pagar as contas. Só eu sei as dificuldades quepasso e vou passar até o dia em que terei o meu próprio dinheiro.Espero que as outras pessoas procurem seus ideais não fazendocoisas erradas como usando drogas, traficando, roubando, dentreoutras coisas.”Hélio Mascarenhas de Queiroz Júnior - 15 anos

“Todos os dias quando saio de casa para ir para a Assprom me deparo commuita sujeira nas ruas. Então, eu me pergunto o que fazer? Para a cidade ficarmais bonita é só termos a colaboração de todos que devem jogar lixo no lixo ecuidar do meio ambiente.”Walison de Oliveira Castro - 15 anos

“Eu pretendo mudar primeiramente meu comportamento porque assim serei uma pessoa nova. Começareia tratar de maneira mais educada e compreensiva o próximo, cuidarei carinhosamente dos espaçosfísicos e do meio ambiente. Serei uma pessoa de respeito e melhorarei minha aparência, para que aspessoas vejam que eu mudei para melhor, porque as pessoas mudam quando há vontade.”Dionatan Gomes da Silva - 16 anos

“É importante se envolver em questões ambientais que protejam a natureza. Por exemplo:uma pessoa que mora do lado de um rio, no interior, quando ela jogar lixo nesse rio estaráprejudicando não só ela mesma mas todos na cidade. Outros problemas ambientais são apichação, o descaso com as plantas, a má conservação dos parques e reservas ecológicas.”Lucas Batista Cordeiro - 15 anos

“Farei o possível para me tornar um melhor cidadão e com isso melhorar também aspessoas que estão à minha volta e o ambiente em que vivo.”Gleuber Gonçalo Coelho Sobrinho - 16 anos

“Pretendo praticar esportes com os amigos e tentar incentivá-los a não ser levados pelasdrogas e nem pelo roubo ou vício, assim como os mais próximos da gente, passando a eles aidéia de que todas estas coisas não compensam.”Diego Luciano Meireles - 16 anos

“O que eu mais quero fazer é ajudar pessoasdesabrigadas, tirar uma grande parte dosmeninos que estão nas ruas e colocá-los em umabrigo.”Thiago da Silva Santos - 16 anos

“Eu proponho que todos nós participemos mais da democracia do país edas escolhas do Brasil. Acho também que devemos abaixar o salário dospolíticos, pois é muito alto.”Rafael - 16 anos

“Evitarei o desperdício de materiais que dependem da natureza. Vou incentivar aspessoas a separar o lixo reciclável do não-reciclável.” Leandro Rafael Tarcísio de Oliveira - 16 anos

“Farei mais trabalhos ecológicos a respeito da natureza e dos animais e tambémcampanhas e cartazes para motivar as pessoas sobre o que é certo ou errado. Setodas as pessoas se conscientizarem poderemos mudar não só a natureza, mas oplaneta.”Washington Luiz da Conceição - 16 anos

“Buscarei um emprego já que empregado me tornarei melhor para mim mesmo e,conseqüentemente, para os outros e para a natureza. Pois uma pessoa que temtrabalho digno não se destrói por aí.”Sérgio Henrique Guimarães de Paula - 15 anos

“No meu bairro vejo várias pessoas desistindo dos seus ideais e tento aconselhá-las para que elas não desistam nunca de seus sonhos pois para mim sonhos nãosão proibidos, ao contrário, são necessários e espero continuar com esse propósito.”Breno Ferreira Rodrigues - 15 anos

O que eu posso fazer por mim, pelosoutros e pela natureza no ano novo que

se aproxima?

Por umPor umPor umPor umPor ummundo melhormundo melhormundo melhormundo melhormundo melhor

O que é a Assprom?O que é a Assprom?O que é a Assprom?O que é a Assprom?O que é a Assprom?Há 27 anos, a Associação Profissionalizante do Menor de BeloHorizonte, Assprom, é uma entidade filantrópica com o objetivo depromover a iniciação profissional de adolescentes situados em área derisco social e de baixa renda e que freqüentam a escola formal.Os Trabalhadores Mirins, TMs, como são chamados os jovens daAssprom, recebem treinamento e orientações que os ajudam com ainserção no mercado de trabalho e também a tomar consciência desua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Os jovens participamde treinamentos constantes e acompanhamento escolar, recebembenefícios também para seus familiares, além de atividades culturais eesportivas diversas. 2226 jovens da Assprom estão hoje trabalhandoem órgãos públicos do Estado.

“Eu pretendo melhorar ao máximo, me esforçando na escola para que minhas notasmelhorem cada vez mais.”Dayana Vieira - 15 anos

A opinião dos Jovens da AssociaçãoProfissionalizante

do Menor de Belo Horizonte - Assprom

Revista Ecologia Integral - n°1116

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“O que eu posso e o que eu quero fazer são açõesdiversas que me deixam inquieta porque eu queromuito, mais do que posso. Eu quero rios limpos comoos da minha infância. Eu quero natureza silenciosae florestas mil. Mas eu posso apenas, e já é muito,eu reconheço, começar a coletar meu lixo de formaseletiva, não jogar lixo em qualquer lugar, plantartodas as árvores ( já p lante i muitas) queopor tunamente puder. Eu posso tambémaprender a respeitar o outro na rua, no ônibus,no c inema. Quanto ao que eu quer o, eumentalizo bastante para que, no futuro, oinconsciente coletivo consiga realizá-lo.”Maria José Mendes - Bancária aposentada50 anos

A opinião deeducadores,ecologistas,estudantes...

“Minha busca pessoal se confunde com o que desejo para o mundo. Isto significa que vivo em função de um diaseguinte cada vez melhor para mim, para o outro e para o mundo. A forma que utilizo para que isto ocorra é umaprimoramento constante de uma visão ecológica profunda e radical, em que os itens mais importantes sãocompaixão e solidariedade.”Flávio Netto Fonseca - Professor - 49 anos

“Cultivar a tolerância, a compaixão e o amor. Contribuir para a harmonia pessoal, como outro e do planeta, respeitando-me, enquanto pessoa com limitações, sendo mais atenciosae disposta a ouvir as opiniões do outro, consumindo o mínimo e trabalhando pelaconscientização ecológica.”Rosângela Martins - Ecologista - 30 anos

“Pretendo apoiar o Conselho Municipal do Meio Ambiente, Codema, emações do interior e associações comunitárias de meio ambiente através daconscientização da população sobre as questões ecológicas.”Tarcísio de Paula Cardoso - Educador - 56 anos

“Pretendo aperfeiçoar cada vez mais o meu modo de relacionar com aspessoas, sem julgá-las antes de conhecê-las melhor. Também quero continuaro trabalho voluntário que faço, que ajuda ao próximo e à gente mesmo.Além disso, pretendo não parar com a coleta seletiva em casa. Se cada umfizer sua parte o planeta será beneficiado.”Clarissa Mansoldo Paes - Estudante de Turismo - 21 anos

“Pretendo continuar provocando a sensibilização, a conscientização e amobilização das pessoas, em torno da questão ambiental no mundo.Com isso, acredito atuar nas três dimensões.”Ana Mansoldo - Psicóloga e educadora ambiental52 anos

“A simples consciência da minha importância e ao mesmo tempo da minha insignificância nessa existência jávale para que minhas atitudes sejam voltadas para uma vida melhor e mais responsável. Aos meus filhos,quero orientar e mostrar que a vida é muito frágil e que todos dependem de todos. Iniciá-los numa visão críticano intuito de serem adultos mais compromissados com o ser humano e com a natureza. Um exemplo muitosimples pode ser : não matar formigas e outros insetos, pois fazem parte da natureza. Para o planeta, sãotantas ações, pequenas e grandes, simples e complexas, que não caberiam em apenas uma resposta. Porexemplo: não desperdiçar alimentos, evitar receber alguns produtos já embalados de fábrica em uma sacolaplástica, não provocar a queima de folhas no lote, etc.”José Cláudio Ramos - Engenheiro civil - 31 anos

“Ser gentil, não arrancar as plantas, ser amiga de todos, cuidar da minha higiene e da natureza.”Luíza Drummond - 7 anos

“Brincar toda a vida, cantar, comer, dormir,escovar os dentes, pentear cabelo, ver o céu, asmontanhas, ver o lago cheio de peixes, tubarõese baleias, ver o mato cheio de lagartos e ver otucano na mata.”Lucas Drummond - 4 anos

A construção de um mundo melhor começa com um novo olhar de crianças,jovens e adultos acerca da natureza

Foto:

Irac

ema G

omes

Revista Ecologia Integral - n°11 17

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Revista Ecologia Integral - n°1118

Chorar e expressar emoçõesChorar e expressar emoçõesChorar e expressar emoçõesChorar e expressar emoçõesChorar e expressar emoçõesEstudos sugerem que o choro emocional pode aliviar os efeitos químicosdo estresse assim como as endorfinas - analgésicos naturais que podemter um efeito calmante. Os hormônios secretados em situações deestresse podem levar a um aumento de pressão arterial, níveis aumentadosde colesterol, supressão do sistema imunológico - fatores que podemaumentar o risco de uma doença cardíaca e outras doenças.Muito há ainda para ser descoberto sobre isto, mas estatísticas mostramque 85% das mulheres sentem-se melhores depois de chorar. Os homensmuitas vezes deixam de obter o benefício do choro devido aopreconceito machista de que homem não deve chorar, esta é mais uma razãopela qual os homens sofrem mais os efeitos do estresse do que asmulheres.

Resp i ra r fundoResp i ra r fundoResp i ra r fundoResp i ra r fundoResp i ra r fundoUm método rápido de controlar o estresse, impedindo aliberação dos hormônios do estresse, é através darespiração. Ponha uma mão sobre o peito e outra sobre oabdômen, respire fundo de modo a sentir que seuabdômen se infla e em seguida o tórax. Exale o arlentamente até que sinta o abdômen desinflarcompletamente. Repita este movimento várias vezes atésentir-se mais relaxado. Esta é uma técnica simples maseficaz de compensar os efeitos do estresse. Isto porque avia do estresse é o nosso sistema nervoso autônomo(involuntário), e um dos seus primeiros efeitos é tornar arespiração tensa e curta e, a partir daí, vão se sucedendo,em cascata, outros fenômenos corporais menosobserváveis (como o aumento dos batimentos cardíacose da pressão arterial). A respiração é uma função invo-luntária sobre a qual temos também algum controlevoluntário. Isto torna fácil o uso da respiração comouma técnica de cortar a cadeia do estresse evitando osefeitos seguintes sobre o organismo.

TTTTTrabalhar menos e descansar maisrabalhar menos e descansar maisrabalhar menos e descansar maisrabalhar menos e descansar maisrabalhar menos e descansar maisTrabalhar longas horas e ter pouco tempo de sono ou de descanso é umatalho certo para uma morte antecipada, informou um estudo anglo-japonês. “Trabalhar 60 horas ou mais por semana e dormir pouco podedobrar o risco de um ataque cardíaco”, disse o estudo, publicado noperiódico Occupational and Environmental Medicine. Uma média de cinco oumenos horas de sono, por duas noites na semana, foi associada com odobro ou mesmo o triplo do risco de um ataque cardíaco.

Conviver com amigos e familiaresConviver com amigos e familiaresConviver com amigos e familiaresConviver com amigos e familiaresConviver com amigos e familiaresHomens que têm muitos amigos, parentes e outros laços sociaispodem ter uma vida mais longa e mais saudável comparados aosque vivem isolados, apontaram as descobertas de um novo estudo.“Ser saudável ou viver mais não é simplesmente uma questão deter bons hábitos de saúde ou bons cuidados médicos”, disse oautor do estudo, o médico Ichiro Kawachi, da Escola de SaúdePública de Harvard em Boston, Massachusetts. “Um bom amigopode manter o médico longe”, acrescentou.O estudo analisou o efeito das relações sociais sobre a morte e adoença cardíaca de 28.369 homens profissionais, na faixa dos 42aos 77 anos, durante dez anos. Cerca da metade dos homensrelataram pertencer a grandes redes sociais que incluíam a mulher,muitos amigos e parentes, ou o envolvimento em um grupocomunitário.Os homens que eram mais isolados socialmente tinham quase20% mais risco de morrer de qualquer outra causa comparadosàqueles mais integrados e eram 53% mais propensos a morrer dealguma causa associada ao coração, comparados aos que tinham omaior número de laços sociais, afirmaram os pesquisadores.

PPPPPesquisas científicas comprovam: ter mais prazer na vidaesquisas científicas comprovam: ter mais prazer na vidaesquisas científicas comprovam: ter mais prazer na vidaesquisas científicas comprovam: ter mais prazer na vidaesquisas científicas comprovam: ter mais prazer na vidae ficar perto dos amigos e da família fazem bem à saúdee ficar perto dos amigos e da família fazem bem à saúdee ficar perto dos amigos e da família fazem bem à saúdee ficar perto dos amigos e da família fazem bem à saúdee ficar perto dos amigos e da família fazem bem à saúde

O convívio social intenso contribui para uma vida maislonga e prazerosa

Foto: José Luiz

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Neste natal,dê um presente que estimula a pensare a buscar soluções para a construção

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passeio ecológicoEstação Ambiental de Peti

Um grupo de 16 pessoas, entre elastrês crianças, partiu do Centro de EcologiaIntegral para curtir um dia ecológico nareserva mantida pela Cemig, em área detransição da Mata Atlântica e Cerrado, a100 quilômetros de Belo Horizonte, nomunicípio de São Gonçalo do RioAbaixo. O passeio foi, na realidade, umadeliciosa aula sobre biodiversidade,reprodução de animais nativos, fauna eflora da região, preservação ambiental eaté geração de energia. Com direito apassear entre os geradores e os aparelhosda sala de controle da usina hidrelétrica,que abastece 80 mil habitantes com aprodução de 9,6 megawatts.

A Estação Ambiental de Peti ficapróxima à cidade de Santa Bárbara e ocupa605 hectares, em áreas remanescentes da

Na Estação de Peti, o visitante conhece umpouco mais sobre a importância da água e os

encantos da natureza

O prazer de aprender junto à mãe natureza

Fotos: Iracema Gomes

Belas paisagens encantam os visitantes econvidam à reflexão

usina hidrelétrica construída em 1946. Sóque com a construção de Três Marias, em1968, a hidrelétrica de Peti teve seuprojeto de expansão interrompido. Hojeo túnel de 1381 metros que liga a usina àbarragem é uma espécie de estradasubterrânea onde os visitantes da estaçãoambiental percorrem cerca de 100 metros,acompanhados pelos olhar atento dasaranhas e morcegos que se apossaram dolugar. A sensação é a mesma daquelestúneis fantasmas dos parques dediversão....

Mas, brincadeiras à parte, (mas elastambém fazem parte do roteiro da Estação,repleto de novidades e surpresas) Peti oferecehoje, após nove anos de funcionamento, umainfra-estrutura de pesquisa e um programa deeducação ambiental.

No Centro de Pesquisas da Estação de Peti, uma pequena exposição mostra osanimais encontrados na região

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Além da Usina atual e do Centro dePesquisas (construído na antiga usina), aEstação tem três mirantes, uma igrejinha,dois alojamentos, uma cascatinha, trilhas,além da área de emboque, da barragem eo canyon.

Além dos integrantes do Centro deEcologia Integral, visitaram a usina daCemig um grupo de 26 professores deprimeira à oitava séries, de duas escolaspúblicas do município de Antônio Dias.O treinamento de metodologias paraeducação amb ien t a l vo l t ado pa raprofessores é parte do Programa deEducação Ambiental de Peti, que tambémrecebe estudantes de todos os níveis, dofundamenta l a t é o un iver s i t á r io.Atua lmente fo ram in t eg rados aoprograma grupos da terceira idade ealunos especiais, como excepcionais eportadores de deficiências visuais eauditivas.

A bióloga Rosa Maria Fer re ira ,funcionária aposentada da Cemig, hoje éconsultura em educação ambiental eresponsável pelo acompanhamento dosgrupos que visitam a Reserva. Sua paixãopela natureza logo contagia os visitantesque de cara embarcam numa “viagem”mais profunda. Rosa começa a lição dodia com uma ‘meditação’ no ponto maisalto da reserva, o Mirante do Cruzeiro, a803 me t ros. D i an te da v i s ão da smontanhas, das matas, das aves e do rio,não há quem não entre em sinergia com olocal e tudo o que Peti se propõe a resgatardele. Não importa a idade ou a formaçãodo visitante, todos acabam aprendizesdiante da sabedoria da mãe natureza.

A Estação Ambiental de Peti temcomo símbolo o pavó ou pavão-do-mato,uma das espécies em extinção que aliencontram refúgio, como o lobo-guará ea onça -pa rda . Pe t i to rnou- se umimportante centro de estudos e uminventário realizado para a implementaçãode ações e manejo da reserva identificou502 espécies de insetos, 10 de peixes, 24de anfíbios, 26 répteis, 256 de aves e 39espécies de mamíferos. Dentre elas quatrosão novas para a ciência, como a árvorecanela e a l ibélula. Este inventáriopossibilitou à reserva implementar umprojeto de criadouro de animais com afinalidade de reintroduzir espécies emambientes locais e em outras estaçõesambientais da Cemig, como o Macuco,outra espécie ameaçada de extinção.

Não dá para contar tudo o que Petipode oferecer aos seus v is i tantes-

aprendizes. A maior lição, no entanto,é sair dali com a compreensão ampliadasobre eco log i a , en t endendo quebiodiversidade vai além da preservaçãodas espécies pois exige a tolerância entreelas. Nas palavras da bióloga Rosa: “Nãohá ecologia ambiental sem a percepção daecologia humana. O ciclo da vida dependedas minúsculas bactérias, ou seja, osmaiores estão sempre dependendo dosmenores, e isto é uma lição de humildade.Se queremos preservar e sustentar a vidano planeta temos que cultivar a convi-vência pacífica, a tolerância. Por que nãocuidarmos melhor dos pequenos?”,estimula.

As visitas podem ser agendadaspelo telefone (31) 3349-3571

Colaboração: Samira AndèreJornalista

Uma compreensão global da importância da natureza é o maior objetivo da equipe da EstaçãoAmbiental de Peti

Foto: Iracema Gomes

pequenas ações por um mundo de paz

No trânsito verificamos com freqüência exemplos de falta de educação,cooperação e paciência. Por que será que as pessoas são capazes de ceder asua vez na fila do banco para ajudar uma outra pessoa, mas não são capazesde ter a mesma atitude com relação ao motorista do carro da frente? Milharesde motoristas, passageiros e pedestres perdem a vida todos os anos no Brasil,um dos países recordistas em acidentes de trânsito. Está mais do que na horade repensarmos esta situação e revertermos este triste e vergonhoso quadroem nome de um mundo de paz.

No trânsito, seja compreensivo

É mais seguro dirigir com respeito e atenção

Foto: Magda Ferreira

Revista Ecologia Integral - n°11 21

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Revista Ecologia Integral - n°1122

corpo e natureza ap o n t o d e v i s t

Projeto Casa-Corpo

Simonete T. AguiarMédica pediatra e homeopata

Aqui você encontra o ponto de vista dequem se preocupa com a cultura de paz ea ecologia integral.

por uma cultura de paz e pela ecologiaintegral

RevistaEcologia Integral

Envie o seu artigo e participe você também!

Centro de Ecologia IntegralTelefone: (31) 3275-3602www.ecologiaintegral.org.br

Pensar ecologia humana é umaforma de resgatar a natureza individuald o s s e r e s , a d i f e r e n ç a , a g r a n d ediversidade humana se somando.

Cada um de nós tem seu códigogenético ímpar e um corpo tambémsingular que é nossa casa, nosso mundo,nosso planeta a cuidar. Somos absolu-tamente responsáveis por essa casa-corpo, por sua limpeza, sua circulação,seu arejamento, sua reciclagem, sualapidação e evolução. Através deletransitam todas as nossas experiências,vivenciadas no coletivo, mas sentidascom exclusividade.

Possuímos natureza humana: mortal,cíclica e limitada. Possuímos naturezaprópria, diferenciada devido a essecódigo singular.

No entanto, fomos civil izados eadestrados para repetir condutas, opi-niões, maneiras de viver e acima de tudo,de sentir. Temos potenciais enormesadormecidos por falta de acordar nossasensibilidade singular e única.

Perdemos a noção do todo. Sentimo-nos cada vez mais separados da natureza.Nem sequer sabemos em qual estaçãoestamos, que lua está no céu. Perdemosnoção de finitude, de limite, de ciclo ecremos poder superar qualquer obstáculo

regido pelas leis universais. Fazemosclones, plásticas, trocamos sexos, etc.Tentamos tamponar todos os vazios. Nãosuportamos a natureza que cicla e recicla.Não respeitamos os limites da naturezahumana e nos submetemos incansa-velmente ao trabalho, ao movimento deproduzir capital e às lógicas de sobre-vivência sem prazer. Vivemos umaeuforia (EU-FORA) e pouco sabemos doeu dentro, do vazio e do Ser. SubstituímosSER por TER.

nossas maze las , nossos egoísmos ,nossas vaidades egóicas, nossos jogosd e p o d e r e s . R e c o n h e c e r n o s s anatureza, manifestada a cada instante,é a única maneira de irmos reciclandoe trans for mando, lapidando o quesurge.

É preciso fazer pausas, fazer silêncio,dar passagem progressiva à voz dedentro, à língua do Ser.

Nossa forma de interação com ouniverso funciona num sistema aberto, enão em separado. Sofremos constantesinfluências da natureza e achamos quesomos senhores do universo. Essa pos-tura autoritária perante a vida nos trazfalências e fracassos. Sendo do caos quese fez o cosmos, por que não pensar numsistema mais harmônico?

Pensar ecologicamente é pensar emharmonia. E harmonia interna é o melhorque podemos fazer.

Se uma pessoa se harmoniza inter-namente, uma família se harmoniza, umaescola, um país, um planeta, um universo.Esse é o pensamento do sistema aberto,onde um influencia o outro. E nossasinfluências podem ser posturas cons-trutivas.

Saia do Ego. Entre no Eco. Entre no Eco de sua natureza.Seja humano. Não seja homem-máquina. Sinta

Cada um de nóstem seu código

genético ímpar eum corpo também

singular que énossa casa, nosso

mundo, nossoplaneta a cuidar

Vivemos em profundas e constantesmudanças o tempo todo e pouco nosdispomos a mudar e reciclar. Nossos lixosnão são tolerados. Nossos restos não sãoreconhecidos. Pouco enfrentamos de

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Revista Ecologia Integral - n°11 23

desperdício de água

O háb i to de f aze r caminhadasmatinais nos torna mais silenciosos eobservadores e, às vezes, testemunhasde fatos pouco corriqueiros. Foi assimque pe rceb i , na por t a de umdeterminado prédio, pessoas agitadas efalando alto: “o sapo! Cuidado... comseu veneno... De onde terá vindo?”Dos jardins do prédio ele foi logotransportado para a lixeira. Realmentenão havia como adaptá-lo ao espaçourbano e o melhor seria se ele fossereco lh ido pe lo caminhão de l i xo,pensaram os moradores. Como eu tinhao hábito de freqüentar a Mata dasBorboletas, sugeri que encaminhassemo pequeno anfíbio para lá, por imaginarque o lugar pudesse servir-lhe comohabi ta t . Os assustados moradoresconcorda ram com a idé i a ep rov idenc i a r am o despe jo doindesejado inquilino para o local.

O pequeno animal recebeu muitasvisitas em sua moradia provisória, umagaiola, no entanto, parece que ninguémparou para imaginar sua história, sua buscade um novo lugar, as dificuldades vividaspor ele nesta trajetória e sua luta diária pelasobrevivência. Teria ele simplesmentevindo conhecer a cidade grande?

A água e o sapoA história do sapo é para ilustrar a

escassez de água e de ambientes naturaisno espaço urbano. O problema da água,há muito tempo, é tema discutido porespecialistas e autoridades no assunto. Masnossa pressa cotidiana não nos permitereflexões sobre assuntos alheios ao nossomomento, aos nossos interesses imediatos.Em geral, nos detemos à necessidade deresolver um problema apenas de formaprática. Um exemplo é lavar a calçadacom água. É melhor e mais prático do quevarrer. Além do mais, o contato com aágua é relaxante e nos deixa mais àvontade, sentindo o frescor e o bem-estarque o precioso líquido nos proporciona.Com i s to, cont inuamos c r uzando

diariamente com rios correndo no asfalto,acúmulos de água misturada ao lixo dascanaletas, dificultando muitas vezes otrânsito do pedestre, sem falar nos focosde mosquitos e tantos outros incon-venientes. Estamos usando para o nosso“lazer”, água tratada, de qualidade e,portanto, produto altamente precioso, eque vai nos custar caro no dia de amanhã.

Como as pessoas continuam com esteshábitos antiecológicos e antieconômicos,mesmo com a escassez de água e os cortesde energia na pauta do dia? Além das‘hidrovarridas’ (varrer a rua ou a calçadacom a força da água), e também do hábitode lavar carros com a mangueira, há quemlave asfalto diariamente! E, vejam só,também acontece o cúmulo do absurdode donas de casa ou empregadas domésticas,muito metódicas e eficientes, que abrem oguarda-chuva e vão fazer o que fazem tododia: varrer a calçada com água limpa epreciosa mesmo embaixo de chuva. Cadaum pensa na limpeza de sua área, mas asárvores das ruas, assim como muitoscanteiros que pertencem à Prefeitura,permanecem secos, sem uma gota de águaem períodos de pouca chuva, chegando amorrer por falta de cuidado. Portanto, lava-se a rua, mas nada de água nessas plantas!

Alguns países já conscientizaram a suapopulação de que a água é um bem finito eplanejam o seu uso sem a necessidade de

racionamento. No Brasil do “faz de conta”,naturalmente, não há tempo para se pensarno valor real de um reles líquido que sai pelastorneiras, mas que cura nossas doenças,alimenta nosso corpo, é a energia motriz daterra e de tudo que nela vive.

Voltando ao nosso personagem doinício do texto: são nossos vícios urbanose a falta de espaços dedicados à naturezaque nos levam a pensar: de onde vêm ossapos? Eles são animais de esgoto? Naocasião, tentei conversar com algumaspessoas presentes para que juntasfizéssemos a trajetória do sapo e con-cluímos que ele viera realmente do esgoto.E houve mais espanto ao perceberem que ofinal da história estava exatamente naescassez de água que se anunciava. Contudo,pouco depois, as pessoas se esqueceram dosfatos.

Caminhar nos faz observar muitascoisas. Principalmente desejar que os riosque correm no asfalto possam atingirartérias mentais e promover uma reflexão:que nos façam sentir a necessidade demudanças positivas, do uso correto danatureza e não da degradação, pois a suareconstrução, se for possível, será tambémmuito mais difícil que a sua manutenção.

A água tratada que sai da mangueira poderia estar sendo usada para fins mais nobres

Júnia Christo AleixoArte-educadora e participante do grupo de estudos

“Ecologia do ambiente” doCentro de Ecologia Integral (CEI)

Os rios que correm no asfalto

p o n t o d e v i s t a

Foto: Irma Reis

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Mosquito da dengueO mosquito da dengue vem aíe ele disse que vem para ficare se eu não tomar cuidadoele vai, ele vai, vai me pegar.

Se eu cubro o rostoele me pica o péSe eu cubro o péele me dá olé.

Revista Ecologia Integral - n°1124

correio da

Florinda“Florinda, a sua revista tem nos ajudado muito com o Projeto Meio Ambiente!Sabemos que você ajuda a preservar a natureza. Nós também queremosajudar e fazer o mesmo, apesar de termos apenas 9 anos.”

Gabriel e Júlia

“Oi, Florinda, tudo bem? Adoramos sua revista. Queremos saber se é assimque nós podemos ajudar a natureza: Não jogando lixo nos rios, não cortandoas árvores, não queimando as matas, não matando os animais? Se as pessoasnão tiverem consciência do que estão fazendo, o futuro de milhares de pessoasestará ameaçado. A natureza é fonte de vida, não é?”

Tiago Luiz e Lucas Messias

“Oi, Florinda, tudo bom? Nós queremos lhe parabenizar pela revista quetraz muitas informações sobre o meio ambiente. Queremos lhe perguntar sequando você começou você teve algum apoio? E hoje?”

Edilson, Gisele e Priscila

respondeFlorindaCaros amiguinhos,

fico feliz em saber que a Revista Ecologia Integral estásendo utilizada por vocês, aí na Escola Municipal AngelinaMedrado, e por muitos outros estudantes. Estou enviando paraa escola de vocês uma coleção com as edições anteriores daRevista.

Vocês, mesmo tendo apenas 8, 9 ou 10 anos de idade, jásabem muito sobre meio ambiente e por isso podem ajudar notrabalho de conscientização das outras pessoas. Que talcomeçarem por seus familiares? Conte para os seus pais e irmãossobre os problemas que a natureza enfrenta atualmente e mostreformas possíveis para diminuirmos estes problemas.

Como vocês disseram, a natureza é fonte de vida e a poluiçãonos rios, o corte de árvores, as queimadas, as mortes de animaissão todos exemplos de agressões ao meio ambiente. E não seesqueçam do lixo que produzimos em casa: este é um grandeproblema que nós ajudamos a criar todos os dias. Por isso, énosso papel ensinar sobre os 3 Rs que significam Reduzir -Reutilizar - Reciclar. Vamos Reduzir a quantidade de coisasque a gente compra sem necessidade. E também Reutilizar ouusar de novo tudo o que for possível e Reciclar, ou seja, fazera coleta seletiva (separar o lixo em seus diversos tipos: papel,plástico, metal e vidro, além do lixo orgânico que são os restosde alimentos e folhas) e encaminhar para as indústrias dereciclagem.

Vocês vão ver que o apoio ao trabalho de vocês em defesada natureza vai crescer a cada dia, como aconteceu comigo.Lembrem-se: só é preciso começar!

Cartas dos alunos da professora Heloísa, da Escola MunicipalAngelina Medrado - Lagoa Dourada/Minas Gerais

A garotada fala da Revista

VassourinhaVarre, varre, vassourinha,varre sem parar.Se a vassourinha parar!a sujeira vai acumular.

Recolha o lixoRecicle o lixoEnsaque o lixo

E preste atençãoOlhe bem o diaque vai passaro caminhão

Domine o lixo.Não deixe o lixote dominar,não deixe não.

espaço aberto

Grupo PirilampoCoordenação: Maria do Carmo Rocha

Conjunto Jardim Filadélfia - Belo Horizonte/MG

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Florindaespaço da

Clara Fernandes Nunes9 anos - estudante da terceira série

Jequitinhonha - Minas Gerais

Foto: Arquivo pessoal

Florinda, eu sou a Clara e tenho 9 anos e esta aí domeu lado é minha irmã Ísis, de 5 anos. Nós moramosna cidade de Jequitinhonha e mandamos esta fotoespecialmente para você nos conhecer melhor.

Escreva para aMande a sua fotografia junto da natureza, desenho, históriaou dica bem legal.Espaço da Florinda - Revista Ecologia IntegralRua Bernardo Guimarães, 3101 - Salas: 204 a 207 - Bairro SantoAgostinho - Belo Horizonte - Minas Gerais - Cep: 30.140-083

Florinda

Revista Ecologia Integral - n°11 25

F L O R I N D A

oi bom te conheceregal você é!rgulho de ser ecologista.aiva ela tem só um pouquinho.sso quando eles tratam mal a naturezaossa grande companheira.elicada e gentillegre e ama a natureza.

Livro legal

“Bill é a nossa expressão mais pura. É a criança que habita dentro de nós,cheia de fé, amor e esperança num mundo melhor”, escreve Yara LúciaHilel Cardoso, autora do livro Bill, o mágico que morava nosouvidos. As ilustrações são de Marcial de Ávila Júnior.

Ilustração feita por Luana e Andrêza, alunas da Escola MunicipalAngelina Medrado - Lagoa Dourada/Minas Gerais

Bom natal e um ano novo cheiode alegrias para vocês!

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A Agenda Espiritual 2003 faz partedo projeto que nasce com o propósitode angariar fundos para construção deum espaço físico adequado para ascrianças, educadores e comunidade daCreche Comunitária Universo Infantil,da Associação Beneficente AmurtAmurtel.

A Agenda oferece, a cada dia, ensina-mentos da sabedoria universal e eterna,de várias tradições religiosas, de pessoas iluminadas ou inspiradoras.

Há mais de 10 anos foi criada em Belo Horizonte, a creche UniversoInfantil, aproveitando as instalações de uma residência comum, como amaioria das creches comunitárias do Brasil. Situada na rua Viveiro de Castro,161, no bairro Copacabana, em Belo Horizonte.A Creche atende hoje a 36 crianças carentes da comunidade. Em muitoscasos sem condições para contribuir com a Creche, que vive de doações.

Os recursos obtidos com a venda da Agenda Espiritual 2003 tambémbeneficiarão o projeto de Meditação Yoga com os recuperandos daPenitenciária José Maria Alckimin, em Ribeirão das Neves, regiãometropolitana de Belo Horizonte, trabalho este realizado desde março de1999 por voluntários da Associação.

Creche Universo InfantilAssociação Beneficente Amurt Amurtel

Contatos: (31) 9968-4771 / 3296-8148 / 3447-1009

O GEO Brasil 2002 tem o desafio de retratar a situaçãoambiental do país comoum todo. Do ponto devista temático, o GEOBrasil envolve não sóaspectos sócio-econômi-cos e culturais, uso dosolo e subsolo, florestas,biodiversidade, recursoshídricos, ambientes mari-nhos e costeiros, recursosde pesca, atmosfera, áreasurbanas e industriais,desastres ambientais, saú-de e meio ambiente, políticas públicas, bem como contemplaavaliação sobre desafios e oportunidades para o meio ambientebrasileiro. O GEO Brasil faz parte de um conjunto de avaliaçõesdo Global Environmental Outlook (GEO), as quaisregistram os resultados alcançados na área de desenvol-vimento sustentável nas esferas global, regional enacional. O relatório foi elaborado pelo governobrasileiro sob a coordenação do Ibama, utilizando ametodologia da Unep e pretende ser apenas o primeirode uma sér ie que será ampl iada e aperfe içoadaperiodicamente nos próximos anos. (Edições Ibama)

Revista Ecologia Integral - n°1126

Gente cuidandodas águas

Meia dúzia de toques e um dúzia de idéiaspara um jeito diferente de ver, sentir e cuidar deágua propõem os autores DemóstenesRomano Filho, Patrícia Sartini eMargarida Maria Ferreira. O livro, rico emconceitos e com base filosófica, mas delinguagem simples e clara, é umacontribuição importante para estimularmudanças de comportamento e o estabe-lecimento de uma postura ética emrelação à natureza e à sociedade. Duas indagações incitam osleitores ainda no prefácio: Você está indignado com o estado das águas, domeio ambiente e da sociedade? Você está disposto a se mobilizar para ser umagente de mudanças e melhorar o mundo? Assim, o livro Gente cuidando daságuas orienta no processo de mobilização pelas águas comexemplos do dia-a-dia, além de incentivar uma visão transcendentalda natureza. (Instituto de Resultados em Gestão Social - MazzaEdições)

Agenda espiritual 2003 GEO Brasil 2002Perspectivas do meio ambiente no Brasil

livrosú l t i p l a e s c o l h am

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Recicladora de Papel Ararense

Com a reciclagem de papel, a Ipar contribui para gerar empregos, diminuiro problema do lixo no planeta e preservar o meio ambiente

conheça nossos parceiros

Revista Ecologia Integral - n°11 27

Mais do que uma fábrica de papelreciclado, uma fornecedora de soluçõespara o problema do lixo. Este é o objetivoda Recicladora de Papel Ararense, Ipar,empresa pioneira na produção de papelreciclado 100% pós-consumo.

Atua lmente , a s empresa s t êmassumido, além da responsabilidade social,uma responsabilidade também ambiental.De acordo com André Luiz Sabatini,gerente comercial da Ipar, a certificaçãoambiental ISO 14002 contribui para isso.Ela estabelece, entre outras coisas, quetodas as empresas que quiserem obter achancela de “ecologicamente corretos”para seus produtos, precisarão ter umcuidado particular com a destinação dolixo que produzem.

Há mais de um ano, multinacionaisinstaladas no Brasil como a sueca Tetra Pake a japonesa Mitsubishi Motors já vêmrealizando parcerias com a Ipar no sentidode fazer retornar ao seu expediente internoboa parte do lixo produzido no interior

de suas fábricas e pelos consumidoresdas embalagens.

A Ipar transforma as caixinhas TetraPak “resgatadas” nos lixões em folhas depapel reciclado 100% pós-consumo, dealtíssima qualidade, que são utilizadascomo itens de papelaria nos própriosescritórios da mult inacional sueca,instalados na cidade de Monte Mor, a 130km da capital paulista. Já a MitsubishiMotors t r ansfor ma as embalagensdesca r t adas de componente s doalmoxarifado da fábrica em manuais doproprietário de veículos que a companhiavende no Brasil. “Com isso, conseguimosresolver a questão do lixo de ambas asempresas e, bem aos moldes do quepreconiza a ISO 14002, ganham acertificação de qualidade ambiental parasuas operações”, destaca Sabatini.

HistóriaHá 40 anos, época em que ecologia era

um assunto pouco conhecido, a Iparcomeçou como sendo aprimeira empresa do Brasila produzir papel reciclado100% pós-consumo paraimpressão e escrita. Noinício, fabricava exclusiva-mente papéis para em-balagem, uti l izados nocomércio e toalhas pararestaurantes. Com novametodologia industrial eequipamentos cada vezmais modernos, a Ipar foidiversificando a oferta desua linha e aumentando aqualidade de seu papel. Asapl icações também se

A partir desta edição, a Revista Ecologia Integral apresenta as entidades e empresas que, através de umaparceria coerente e respeitosa, colaboram com a divulgação da cultura de paz e da ecologia integral

diversificaram e hoje a Ipar fabrica papelreciclado 100% pós-consumo para qualquertipo de utilização ou finalidade, desde itenspara papelaria, passando pelas embalagens,até chegar ao papel para impressão derevistas (linha KAETÉ), como a utilizada naRevista Ecologia Integral, desde a ediçãode setembro de 2002.

A Ipar produz 55 toneladas de papelreciclado 100% pós-consumo por dia. Suafábrica, instalada em Araras, no interiorpaulista, em uma área de 12 mil metrosquadrados, emprega 118 colaboradoresdiretos e mais de 30 mil indiretos, entrecatadores e aparistas, que fazem com quea matéria-prima chegue até a empresa.

Papel usadoA matéria-prima de todo o processo éaque le pape l que fo i pa ra o l i xo,descartado pelas casas e empresas depoisde usado. A este material é misturadamuita água, seguida de trituramento,prensagem e secagem, que são feitos pelomaquinário.

Tudo começa com os aparistas, comosão chamados os catadores que fornecemo papel pós-consumo para as fábricas. Édeles a responsabilidade de reunir papéissemelhantes num mesmo fardo, analisandoa quantidade de impurezas, as caracte-rísticas de impressão no material, o tipode fibra e sua cor.

Um fardo mais limpo, mais branco emenos usado pode originar um papel paraescrita ou impressão, por exemplo. Outrospapé is , menos nobres , podem sereficientes na confecção de embalagens. Issoporque cada papel exige uma matéria-prima diferente e obedece “receitas” quecompõem o produto final.

Fotos

: Arq

uivo

Ipar

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Revista Ecologia Integral - n°1128

- Uma primeira máquina mistura, em uma espécie de liquidificador, o papel pós-consumo já cortado. Oobjetivo é desagregar, triturar e homogeneizar a massa, adicionando água e removendo rejeitos. Uma peneiraacumula os diferentes materiais que não são aproveitados, como borrachas e metais misturadas no mesmofardo.

- A segunda etapa remove os contaminantes, dissolvendo resíduos que alteram a composição do reciclado. Osrejeitos que antes ficavam junto da massa e da água são eliminados por produtos químicos e inovações tecnológicas.

- Um dos objetivos da Ipar é diminuir a quantidade de materiais descartados, tentando reutilizar ao máximo o queera dispensado. A melhora tem sido obtida em duas fases: desde a seleção mais rigorosa das matérias-primas, até adissolução mais eficiente de impurezas.

- O nível de reutilização da água também aumentou: é de praticamente 100%. Como a água participa de todas asetapas de confecção do papel, dissolvendo e homogeneizando a massa, otimizar o seu uso garante melhorprodutividade.

- A cada passo, a mistura de água e papel vai tomando forma e dando origem a novas folhas de papel. O produtopassa por esteiras, rolos e peneiras, recebe mais água, elimina o excesso por evaporação ou prensagem, até a últimaetapa, a da adição de corantes e outros químicos.

- O papel é vendido em bobinas e em folhas nos formatos 66 x 96, A4 e A5, para uso também em residências eescritórios, tornando-o mais prático e acessível para a população em geral.

Como é feito o papel reciclado industrial da Ipar?O papel que você tem em mãos agora, no qual a Revista Ecologia Integral é impressa,é resultado de um processo que diminui a quantidade de lixo no planeta, poupacentenas de árvores e gera empregos para um grande número de pessoas. Para obter opapel reciclado, a Ipar segue as seguintes etapas de produção:

Fotos: Arquivo Ipar

UNIPAZ - MGPróximo seminário 2002

Dias: 13 a 15/12Tema: Ecologia e CulturaFacilitador: Maurício Andrés

UNIPAZ – MGUNIPAZ – MGUNIPAZ – MGUNIPAZ – MGUNIPAZ – MGRua Paulo Afonso, 146 - Sala 605 - Belo Horizonte/MG - CEP: 30350-060Rua Paulo Afonso, 146 - Sala 605 - Belo Horizonte/MG - CEP: 30350-060Rua Paulo Afonso, 146 - Sala 605 - Belo Horizonte/MG - CEP: 30350-060Rua Paulo Afonso, 146 - Sala 605 - Belo Horizonte/MG - CEP: 30350-060Rua Paulo Afonso, 146 - Sala 605 - Belo Horizonte/MG - CEP: 30350-060Telefax: (31) 3297-9026 - [email protected] - www.unipazmg.org.brTelefax: (31) 3297-9026 - [email protected] - www.unipazmg.org.brTelefax: (31) 3297-9026 - [email protected] - www.unipazmg.org.brTelefax: (31) 3297-9026 - [email protected] - www.unipazmg.org.brTelefax: (31) 3297-9026 - [email protected] - www.unipazmg.org.br

Recicladora de Papel Ararense - IparTelefone: (11) 6909-9577 (Escritório)

www.ipar.com.br

Os fardos de papel usado recolhidos de empresas e residências; a massa homogênea após o papel ser triturado e dissolvido e o papel nasesteiras de secagem durante processo de fabricação do papel reciclado da Ipar

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educação ambientalA quem custa o conforto cotidiano?

Ana MansoldoPsicóloga, educadora ambiental e coordenadora do

grupo de estudos “Ecologia do ambiente” doCentro de Ecologia Integral (CEI)

Revista Ecologia Integral - n°11 29

A gente chega em casa à noite, deixao carro na garagem, acende as luzes, tomaum banho com água abundante equentinha, veste uma roupa limpinha,pede pizza e refrigerante pelo telefone,joga as embalagens no lixo, liga o arcondicionado e a televisão esperando osono chegar, e quando muito reconhe-cemos: Que vida boa!

Água saudável dentro de casa, energiaelétrica, roupas limpas, alimentos com prontaentrega, transportes variados... É umconforto tão disponível e farto em nossocotidiano que quase nunca nos perguntamosde onde ele vem ou quem o produz.

A água e a eletricidade parecem brotardas paredes da casa, os meios de transportesugerem autômatos de lá para cá, os alimen-tos é como se já nascessem embalados nossupermercados e nosso lixo é desprezadocomo se não o tivéssemos produzido.

A idéia difundida pelo desenvolvimentoeconômico das últimas décadas, relacionandoa felicidade humana com a produçãoindustrial e com o aumento cada vez maiordo seu estado de conforto, certamentepromoveu o progresso mas, emcontrapartida, muitos enganos: um enormedesequilíbrio da população, a escassez dosrecursos naturais, a degradação do solocultivável, as alterações climáticas, a extinçãode espécies e, sobretudo, uma enormeinjustiça social.

A gravidade desta constatação reside nofato de não compreendermos como o

mundo funciona e nem sequer nosdarmos conta de que o conforto da nossacultura resulta do sacrifício de muitoselementos da natureza, animais, minerais,vegetais e sobretudo de outros sereshumanos que têm sentimentos, sonhose desejos e, o que é pior, muitos delesnão podem usufruir desse conforto.

Quem imagina o batalhão de profissio-nais necessários para fazer chegar a águatratada e abundante à população, que numarotina diária de vinte e quatro horas, escavamvalas profundas, corrigem vazamentos,desentopem esgotos , controlam adistribuição, expostos a riscos de todaordem?

Quem já pensou na quantidade deoperários, o dia inteiro operando asbarulhentas turbinas, lhes custando a audiçãoe o equilíbrio neurológico, para gerar energiaelétrica?

E o combustível que faz mover veículose aparelhos, extraído do petróleo, que desdea exploração até as refinarias exige oconfinamento de operários em galeriasinsalubres ou nas plataformas em alto-mardentro de cápsulas submersas?

E os operários agrícolas, muitos emregime de escravidão, que lavram, plantam ecolhem e costumam não terem o que comer?

Quantos mineradores passam horas ehoras dentro de galerias profundas einsalubres, ou à beira de altos-fornosexplorando minérios e transformando-os noaço que produzirá carros, jóias, relógios,

computadores, geladeiras e mais umainfinidade de objetos de conforto.

O pão fresquinho da manhã é assado poralguém de madrugada. O lixo some da nossavista porque os lixeiros correm o dia inteiroatrás do caminhão coletor. As pizzas chegamà nossa porta porque os entregadoresdesafiam com suas motos o trânsito caóticoda cidade.

O que isso tem a vercom educaçãoambiental?

É responsabilidade do educador provo-car a mudança da consciência, dos pensa-mentos, valores e atitudes, e promover umarevisão completa na maneira comointerferimos no ambiente.

Quanta energia humana é necessária paragerar a energia elétrica, a água tratada e oalimento que desperdiçamos sem o menorconstrangimento?

Quanto desgaste físico e emocional énecessário aos catadores do lixo que produ-zimos à revelia?

A quantos riscos se expõem os entrega-dores de pizza, os mineradores e osoperários industriais e tantos outrosprofissionais encarregados do bem-estar,segurança e saúde da comunidade?

Saber usufruir do conforto com respon-sabilidade é a mínima gratidão que podemosdispensar àqueles que o produzem.

É preciso recuperar a experiênciahumana de conexão com toda a teia da vidae compreender que cada uma de nossasações tem repercussão em todo o sistema.Precisamos nos organizar em comunidadessociais baseadas em valores de conservação,cooperação e qual idade em vez deexploração, competição e quantidade, paraque o conforto produzido pela maioria nãoseja apenas o privilégio de uma minoria.

Foto: Iracema Gomes

Nas estações de tratamento, inúmeros profissionais, máquinas e processos químicos são necessáriospara garantir a qualidade da água que chega às nossas torneiras

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reflexões

O natal em contagem regressivaMais uma vez , en t r amos em

contagem regressiva para o natal . . .aquele dia em que se comemora oaniversário de Cristo.

Mais uma vez faremos listas de amigosocultos, parentes próximos, colegas detrabalho. E faremos contas e mais contascalculando a possibilidade de presen-tearmos a quem amamos ou às vezes nemtanto assim.

E enfeitaremos nossas casas e nosvestiremos, provavelmente com umaroupa nova. E comeremos e beberemosaté não mais agüentarmos. E sobrarácomida nas nossas mesas e nas mesas denossos amigos.

E no dia seguinte não lembraremos donatal, a não ser pelos papéis de presentesespalhados pela casa. Ou pela ressaca dabebida e do excesso da comida.

Mas, não parece estranho para você

O ano novo está chegando e maisuma vez t e r emos a chance detransformar nosso planeta em um lugarmais justo e agradável de se viver.

Afinal, é tempo de recomeçar, detransformar. É tempo de construir!

Precisamos cuidar de cada pedacinhodo nosso planeta para que as próximasgerações tenham orgulho da herança quedeixaremos para elas.

É preciso que cada pessoa que habitaa Ter ra cuide das ár vores que nosalimentam e embelezam nossas ruas enossa cidade.

É preciso que cuidemos da água paraque todos os seres possam continuar vivos.

É preciso despoluir os rios, córregose mares.

CuidadoO ano novo está chegando e com ele

nosso cuidado com o planeta deverá sercada vez maior.

que o aniversário de alguém que tenhanascido na manjedoura e morrido emuma cruz tentando uma vida mais justapara todos, se transforme num festivalde consumo e desperdício?

É bom presentear a quem a gentegosta. É bom receber os amigos para umalmoço ou jantar em nossa casa. É bom aroupa nova e uma casa acolhedora.

Mas é bom também, e necessário, quea gente comece a dar valor às “pequenascoisas” que a vida nos oferece. É bom enecessário que a gente mude nosso padrãode consumo e que nossos valores possamser mais humanos e menos comerciais.

O natal está chegando... e como emtodos os dias do ano, milhares de criançasestarão nos sinais tentando sobreviver.Milhares de idosos estarão entregues aoabandono e ao desrespeito.

Milhares de pessoas estarão à procura

de um amigo para conversar ou de umgesto de carinho.

O natal está chegando e quem sabeao invés de começarmos a pensar nanossa lista de presentes, a gente possapensar no que temos em excesso emnossas casas. Doar o que temos demaispode ser um bom começo.

Tenho certeza que qualquer um de nósé capaz de olhar ao redor e descobrir otanto que podemos dar... e pode ser quevocê tenha muita alegria, muita força,muita vontade de ajudar alguém e ser feliz.

Com certeza você tem a capacidade deperceber as estrelas, as plantas, os animais,o ar que respiramos, a água que tantoprecisamos!

E se você consegue mesmo perceber erespeitar coisas tão simples e importantesassim, com certeza o seu brilho é opresente que o natal está precisando.

E todos nós, também!

Quando o próximo ano chegar,deveremos estar atentos a cada atitudenossa.

Cuidar do lixo que produzimos, evitaras queimadas, diminuir o consumo, pou-par energia e não desperdiçar água, todasestas ações deverão fazer parte do dia-a-dia de cada morador deste planeta.

Será preciso que o homem do campopossa continuar morando no campo. Serápreciso acabar com as guerras e com afome.

No ano que em breve chega, devere-mos acordar e descobrir novos valores.Saber admirar as coisas simples que a vidanos oferece. Descobrir os pássaros, asestrelas, o vento, a chuva, a beleza doarco-íris. Descobrir o valor dos alimentose o poder das plantas que curam.

Com a chegada do novo ano, vamosdescobrir também um novo homem emcada um de nós. Descobrir o tempo paraos amigos, o tempo para o trabalho, o

tempo para o lazer, o tempo para osnossos filhos e pais, um tempo paraamar.

Quando a primeira fração de segundodo novo ano chegar, pense um pouquinhono bem enorme que você é capaz de fazera você, a quem está perto de você, a quemvocê nem conhece, a quem mora do“outro lado do mundo”.

Quando o ano velho ainda estivertrocando de lugar com o novo ano,lembre-se que você é capaz de servir deexemplo e ser orgulho para muitasgerações que a gente espera, aindahabitarão este planeta!

No próximo ano, construiremos juntosum mundo realmente de paz, harmonia esolidariedade.

Feliz ano novo!

Os textos acima são de autoria deMara Fernandes Andrade

Educadora ambiental

Feliz ano novo Feliz ano novo Feliz ano novo

Revista Ecologia Integral - n°1130

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O Centro de Ecologia Integral (CEI) é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que tem como principais objetivos adivulgação e a promoção de uma cultura de paz e da ecologia integral em seus três aspectos: pessoal, social e ambiental.

Cursos e palestras oferecidos pelo grupo de estudos “Ecologia do ambiente”do Centro de Ecologia IntegralCompreendendo as questões ambientais e desenvolvendo um pensamento críticoCompreendendo as questões ambientais e desenvolvendo um pensamento críticoCompreendendo as questões ambientais e desenvolvendo um pensamento críticoCompreendendo as questões ambientais e desenvolvendo um pensamento críticoCompreendendo as questões ambientais e desenvolvendo um pensamento críticoObjetivo: levar informações sobre os temas abaixo relacionados propiciando uma maior capacidade de tomada dedecisões.....Conteúdo: Evolução histórica da questão ambiental/Educação ambiental formadora de criticidade para transformaçãoda sociedade/Problemas ambientais globais /Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável/Interações econômico-sociais, tecnólogicas e ambientais/Globalização, neoliberalismo e meio ambiente/Zoneamento econômico ecológico/Sistema Nacional de Meio Ambiente/Ecologia e ciclos básicos/Ecossistemas, biomas e SNUC (Sistema Nacional deUnidade de Conservação)/Biodiversidade e transgênicos/Resíduos sólidos e aterros sanitários/Gestão ambiental.

A Ecologia Integral na perspectiva da filosofia A Ecologia Integral na perspectiva da filosofia A Ecologia Integral na perspectiva da filosofia A Ecologia Integral na perspectiva da filosofia A Ecologia Integral na perspectiva da filosofiaObjetivo: compreender as três dimensões da ecologia integral: pessoal, social e ambiental, através de textos filosóficos,auxiliando na formação de uma visão crítica sobre o papel do cidadão no mundo.

Educação para o consumoEducação para o consumoEducação para o consumoEducação para o consumoEducação para o consumoObjetivo: trabalhar o consumismo, através de reflexões sobre o consumo responsável, desejo versus necessidade, ainfluência da publicidade, entre outros.

Educação ambiental para escoteiros através de jogos e palestrasEducação ambiental para escoteiros através de jogos e palestrasEducação ambiental para escoteiros através de jogos e palestrasEducação ambiental para escoteiros através de jogos e palestrasEducação ambiental para escoteiros através de jogos e palestrasObjetivo: ampliar a percepção, conscientização e atuação ecológica nos membros do movimento escoteiro, tendoem vista a ecologia integral em suas dimensões pessoal, social e ambiental e a insígnia mundial do conservacionismo.

Ampliando a percepção do todo (holos) Ampliando a percepção do todo (holos) Ampliando a percepção do todo (holos) Ampliando a percepção do todo (holos) Ampliando a percepção do todo (holos)Objetivo: levar à compreensão de que o mundo é composto de várias possibilidades de conexões e fortalecer apercepção da integração do ser humano com a natureza.

Noções básicas da legislação ambientalNoções básicas da legislação ambientalNoções básicas da legislação ambientalNoções básicas da legislação ambientalNoções básicas da legislação ambientalObjetivo: levar informações básicas sobre os objetivos, fundamentos, diretrizes e instrumentos das principais leisambientais brasileiras que permitam ao cidadão comum saber o que é legitimamente respaldado em suas ações emdefesa do ambiente.

Conhecendo e mudando a realidadeConhecendo e mudando a realidadeConhecendo e mudando a realidadeConhecendo e mudando a realidadeConhecendo e mudando a realidadeObjetivo: elaborar projetos de intervenção na realidade local a partir das análises de suas dificuldades e potencialidades.

Educação ambiental e participação socialEducação ambiental e participação socialEducação ambiental e participação socialEducação ambiental e participação socialEducação ambiental e participação socialObjetivo: preparar o educador para desenvolver processos de mobilização que levem à participação efetiva dacomunidade, promovendo seu fortalecimento político e organizacional e viabilizando seu exercício de cidadania.

Ecologia IEcologia IEcologia IEcologia IEcologia I ntegralntegralntegralntegralntegralObjetivo: ampliar a consciência ecológica, vivenciando e experienciando os conceitos da ecologia integral e as suasdimensões pessoal, social e ambiental.

Gestão de recursos hídricos e Comitês de Bacia HidrográficaGestão de recursos hídricos e Comitês de Bacia HidrográficaGestão de recursos hídricos e Comitês de Bacia HidrográficaGestão de recursos hídricos e Comitês de Bacia HidrográficaGestão de recursos hídricos e Comitês de Bacia HidrográficaObjetivo: promover o conhecimento sobre os instrumentos legais de controle dos recursos hídricos, sobretudo noque concerne aos Comitês de Bacia Hidrográfica.

R. Bernardo Guimarães, 3101 - Salas 204 a 207Bairro Santo Agostinho - Belo Horizonte - MG - Brasil

Cep: 30.140-083 - Tel.: (31) 3275-3602 www.ecologiaintegral.org.br

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Belo Horizonte - MG - Brasil - Cep: 30.140-083 - Tel.: (31) 3275-3602Telefax: (31) 3291-9836 - e-mail: [email protected] - www.ecologiaintegral.cjb.net

A Ecologia Pessoal(ou a paz consigo mesmo) visa a saúde física, emocional, mental e espiritual doser humano como estratégia fundamental para o desenvolvimento da paz e daecologia integral.

A Ecologia Social(ou a paz com o outro) busca a integração do ser humano com a sociedade, oexercício da cidadania e dos direitos humanos, a justiça social, a simplicidadevoluntária e o conforto essencial, a escala humana, a cultura de paz e não-violência, a ética da diversidade, os valores universais, a inclusividade, a multi e atransdisciplinaridade.

A Ecologia Ambiental(ou a paz com a natureza) objetiva a integração do ser humano com a naturezafacilitando o processo de conscientização e sensibilização no sentido da reduçãodo consumo e do desperdício, do incentivo à reciclagem e à reutilização dosrecursos naturais, bem como da preservação e defesa do meio ambiente e dodesenvolvimento sustentável.

As dimensões da ecologia integral

Seminários, cursos e oficinas- A arte de viver em paz- Capacitação de educadores ambientais- Capacitação em ecologia integral- Comunicação interpessoal- Comunicação para o terceiro setor- Educação para o consumo- Ikebana (arranjos florais)- Valores humanos

Grupos de estudos (gratuitos)- Ecologia do ambiente- Educação para a paz- Sonhos- Técnicas terapêuticas chinesas

Práticas integrativas- Biodança- Bioenergética (grupo de vivências)- Dança sênior e Ginástica cerebral- Ginástica chinesa/Tai Chi- Yoga Taoísta- Yôga Total

Atendimentos psicoterapêuticos

Palestras e Cine-Paz (gratuitos)

Passeios ecológicos

Orientação e elaboração deprojetos e facilitação de trabalhosnas áreas de- Comunicação para o terceiro setor- Defesa e preservação do meio ambiente- Desenvolvimento humano, de grupos,de comunidades e de organizações- Ecologia integral- Educação ambiental- Educação para a paz- Educação para o consumo- Mobilização social- Responsabilidade social e terceiro setor

Práticas integrativasDança sênior e ginástica cerebralSegundas (14h às 15h30)Yôga TotalSegundas e quartas (18h30 às 19h30)Yoga TaoístaTerças e sextas (7h às 8h30)Ginástica chinesa e Tai chiTerças e quintas (8h30 às 9h3017h30 às 18h30 - 18h30 às 19h30)BiodançaQuartas (15h às 16h45)Quintas (19h45 - 21h30)Grupo de vivências em BioenergéticaQuartas (18h30 às 20h)Sextas (16h30 às 18h)Ikebana (Arranjos florais)Quintas (8h30 às 9h30 e 17h30 às 18h30)

Cei

Dança sênior e Ginástica cerebralEsta prática propicia melhor qualidade de vida através de exercícios respiratórios,alongamentos e exercícios de ação preventiva e terapêutica, podendo prevenir afraqueza muscular, a rigidez articular e a perda do domínio dos movimentoscoordenados. A ginástica cerebral oxigena, estimula, treina e desenvolve oshemisférios direito e esquerdo do cérebro. Já a dança sênior é uma vivência simplesdo movimento do corpo que se reflete na sensibilidade psíquica, mental e emocional.Público: Para pessoas da terceira idade e outras que buscam equilíbrio e harmonia pessoal e o resgatede sua identidade pessoal num convívio social prazeroso.Professora: Márcia Helena Brum de Paula, pedagoga, técnica de nutrição e professora de Dança Sênior.

Grupos de estudos (gratuitos)Confirme as datas dos gruposde estudos pelo telefone(31) 3275-3602 ou pelo sitewww.ecologiaintegral.cjb.net

Ecologia do AmbienteSemanal

Técnicas terapêuticas chinesasQuinzenal

Educação para a pazQuinzenal

SonhosQuinzenal

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