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Pré-entrevista Telefonemas:

-30/09: Débora para Priscilla.

Assunto: Débora é antiga conhecida de Priscilla e precisando de reformar seu

apartamento, topou em participar do experimento.

“Itens a serem abordados na Pré-entrevista:

a) Pré - entrevista: explicação do método de trabalho.

O arquiteto deve perguntar sobre:

- se as pessoas já moram (ou usam) no local;

- quantas e quem são as pessoas que moram (ou usam) o local;

O apartamento foi recém comprado e ainda não foi desocupado pelos antigos

moradores. Débora vai mudar para lá em meados de Dezembro. Ela morará lá sozinha.

- o tipo de serviço: reforma, construção nova ou consultoria (dúvidas espaciais, construtivas,

sobre materiais de construção ou consulta sobre compra-e-venda). Se for uma reforma,

perguntar quais são os principais problemas. Se for uma construção nova, perguntar se o

terreno já foi escolhido e se já foi feito levantamento planialtimétrico. Este levantamento deve

ser trazido na próxima etapa;

Trata-se de uma reforma. A usuária tem desejos para sua nova casa, mas não sabe

como concretizá-las. Têm consciência que algumas de suas idéias podem estar equivocadas,

por serem ou muito caras, ou muito difíceis de serem executadas.

- quando a pessoa pretende executar a obra;

Imediatamente.

- quanto a pessoa pretende gastar na obra.

Não se sabe, pois quem vai arcar com estes custos é a mãe da usuária. A usuária

afirma que isso vai depender do projeto como um todo, a partir da eleição das prioridades.

O arquiteto deve explicar:

- quais são e como funcionam as etapas do trabalho;

- quando e de que maneira os pagamentos são feitos. Se for uma consulta, explicar que custa

R$50,00 e deve durar aproximadamente 2 horas. Se for uma reforma ou uma nova construção,

explicar o que ocorre na primeira entrevista e que ela custa R$50,00.

- que, após a primeira entrevista, o trabalho só continua se o cliente assim desejar.

OK.

O arquiteto deve solicitar ao cliente (para trazer na Entrevista):

- o “Projeto do Cliente”: um desenho das suas idéias – o que cada membro da família (ou

usuário) faria no local;

- o levantamento planialtimétrico (dependendo do caso);

- uma coletânea de imagens que caracterizam os seus desejos.

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OK.

O arquiteto deve estar atento para:

- não se precipitar em dar opiniões levianas e precipitadas;

- procurar explicar muito bem como funciona a Entrevista.”

OK

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Entrevista Dia 03/11, às 8:30, no Escritório

Cliente: Débora

Endereço do apartamento: Rua Oligisto, 325, apto.203. Bairro Santa Tereza – Belo Horizonte-

MG

Tempo: 2h

Presentes: Priscilla

Débora compareceu a entrevista trazendo muito material. Trouxe além do croqui do

apartamento, vários recortes de revistas e várias coisas escritas que de algum modo

lembrariam o modo que ela deseja que fique o apartamento, suas preferências e desejos.

A questão é transformar o apartamento, antes utilizado por um casal com um bebê, em um

apartamento de uma estudante de Letras, que privilegia espaços que para ela são chamados

de aconchegantes. Este aconchego é refletido nos seguintes desejos (falando bem

objetivamente):

- cozinha integrada com a sala, com bancada para lanche;

- adega;

- escritório;

- suíte, com espaço para cosméticos;

- espaço para livros e alguns móveis a serem reaproveitados;

- jardim, plantas e adornos diversos.

A maior preocupação de Débora é no desperdício de espaço e segundo ela mesma disse, de

dinheiro. Porém, ao longo da entrevista, foi percebido pela arquiteta que Débora estava

confundindo aproveitamento de espaços vazios com ausência de desperdício. A arquiteta

explicou que espaços vazios são bem vindos muitas vezes, e que simplesmente o fato de

existirem não implica em perda de espaço. O fato de existir um espaço vazio não quer dizer

que ali naquele local há desperdício de espaço.

Débora sabe que diante de tantas necessidades e desejos (ver croquis e anotações na planta),

é possível que, por restrições financeiras, ela não possa fazer toda a obra. Mas ainda assim, a

intenção dela é fazer tudo, em etapas, se necessário.

Foi solicitada a planta estrutural do edifício para que pudéssemos avaliar as possibilidades de

demolição, pois a maior queixa da usuária é a excessiva partição dos espaços, deixando os

cômodos muito pequenos.

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Visita Dia 04/11, às 14:00, no apartamento

Cliente: Débora

Endereço do apartamento: Rua Oligisto, 325, apto.203. Bairro Santa Tereza – Belo Horizonte -

MG

Tempo: 2h

Presentes: Priscilla

Na visita, foi medido todo o apartamento. Percebeu-se que o apartamento é completamente

diferente do projeto original. Foram seguidos todos os passos indicados no livro do Livingston.

O apartamento é muito “recortado”, o que vai contra ao que Débora preza: são espaços

amplos, evitando o “entulho” de móveis e de coisas em geral. Permaneceu a dúvida se o

apartamento é feito de alvenaria estrutural ou não. Essa resposta vai indicar qual o

procedimento mais adequado na hora de projetar.

A arquiteta solicitou à Débora que conseguisse informações sobre a estrutura e a hidráulica do

edifício. Mais uma vez, confirmou-se que a moradora confunde aproveitamento de espaço com

ocupar espaços com coisas, o que acaba sendo um mero tapa-buracos. Isso foi explicado e

parece que foi entendido.

Foi retomada a entrevista, confirmando tudo o que havia sido conversado.

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Opções (“Fogos de Artifício”)

Dia 08/12, no escritório.

Tempo: 8h (total)

Presentes: Priscilla

A elaboração das opções para o apartamento de Débora foi bem mais rápido e ágil do que

para o caso “Laura e Ulisses”, por exemplo. Refiro-me ao caso Laura e Ulisses porque é um

caso semelhante, onde o objetivo é fazer algumas adaptações e poder colocar os móveis nos

espaços disponíveis. No caso “Laura e Ulisses”, os espaços são por demais grandes na

opinião deles. No caso da Débora é o oposto. Os espaços são muito pequenos.

Desta vez, o processo criativo foi bem mais simples. Percebeu-se que durante a Entrevista, a

cliente trouxe muitas imagens e informações. Os exercícios foram bem objetivos e rápidos. Na

visita, a Entrevista foi toda revisada. Neste caso, os pontos tocados durante a Entrevista eram

simultaneamente verificados no local ao longo da revisão. Isso foi iniciativa da proprietária, que

a medida que a revisão ia acontecendo, ela sempre fazia questão de ir no local e verificar,

simular e questionar o assunto. Parece que essa atitude fez muita diferença.

A arquiteta conseguiu finalizar as opções em 8 horas de trabalho. Foram utilizados os mesmos

dispositivos do caso da Laura e do Ulisses.

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Manual de Instruções Dia 16/12: Débora liga para Priscilla e a reunião é marcada no apartamento da cliente, para o

dia seguinte.

Débora manteve a opção escolhida para o primeiro pavimento e deu outra sugestão para o

segundo pavimento. A arquiteta encontrou um inconveniente na escolha de Débora,

relacionado ao fato de que a moradora, para sair de um lugar fechado e ir para outro, deve

obrigatoriamente passar por um lugar aberto, mas coberto. A moradora entendeu os

argumentos da arquiteta, mas preferiu a sua própria opção.

A moradora marcou uma reunião com um pedreiro para apresentar o que seria feito. (para essa

apresentação seriam usados os desenhos das opções), por solicitação da moradora. Ela pediu

que a arquiteta estivesse presente pois se sentia mais segura. Essa reunião foi cobrada por

hora técnica, como a moradora já tinha conhecimento.

A reunião foi realizada, e havia algumas dúvidas com relação à estrutura do apartamento. No

manual da construtora, constava que o prédio era todo em alvenaria estrutural. As paredes

seriam, portanto, estruturais e não poderiam ser suprimidas. Essas questões foram todas

levadas em conta na elaboração das opções, mas foi necessário discuti-las com o pedreiro

para que ele pudesse também opinar, haja vista a sua experiência prática. De acordo com a

distribuição das lajes e paredes do pavimento superior, a arquiteta acredita que uma das

paredes poderia ser suprimida sem problemas, já que o conseqüente vão não ficaria muito

grande, e permaneceria apoiado em quadro paredes. O pedreiro se recusou a retirar a parede

sem colocar uma viga metálica de seção I, engastada em duas extremidades de 20cm de

tijolos furados e enchidos com concreto. A arquiteta respeitou a decisão do pedreiro, pois era a

decisão mais segura para todos. A segunda parede a ser suprimida não comprometeria a

estrutura do prédio, pois havia sido feita posteriormente, apenas como uma alvenaria divisória,

como foi constatado pela proprietária, ao visitar os vizinhos. A terceira parede a ser modificada

certamente necessitaria de um reforço pois se tratava de uma alvenaria de borda do prédio,

aberta para uma varanda descoberta. O pedreiro e a arquiteta concordavam. Não se tratava de

supressão, mas apenas de abrir ao máximo a janela e a porta que se abriam a tal varanda.

A partir dessa reunião, foi elaborado o Manual de Instruções, com plantas na escala 1/50 e

perspectivas com cotas de alturas e detalhes. A arquiteta solicitou que a moradora imprimisse

duas cópias, uma para ela outra para o pedreiro. No manual, não há muitas medidas, pois a

referência é sempre a situação existente. Não foi realizada gravação, pois o pedreiro começou

sem aviso prévio. A moradora estudou os desenhos e depois tirou dúvidas. Percebeu-se que

algumas visadas, quando têm o ângulo muito fechado, podem prejudicar o entendimento. O

mais importante foi que a moradora sempre perguntava quando surgia alguma dúvida. A

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moradora optou por não executar todo o planejado, deixando a área de serviço para um

segundo momento. Mesmo assim ela pagou o manual na íntegra. Permanece a dúvida em

como lidar com o pagamento do manual.

Ao dar início às demolições, descobriu-se uma viga maciça na borda do apartamento, o que

dispensou a instalação de uma segunda. Assim que as demolições se concluíram, o pedreiro

pediu que chamasse a arquiteta para ter certeza se era necessário quebrar mais ou não. A

arquiteta compareceu como visita técnica cobrada normalmente.

É importante constatar que em uma das paredes, a arquiteta indicou a demolição de todo o

vão, sem deixar bonecas, pois não acreditava ser necessária a instalação de uma viga. Porém,

tendo o pedreiro decidido em instalar a viga, optou-se por deixar duas bonecas de 20cm de

cada lado, que servia de apoio à viga.

Dia 13/12: Escolha de luminárias

Local: Leroy Merlin

Participantes: Priscilla e Débora

Tempo: 2h

Débora solicitou que a arquiteta a ajudasse na escolha das luminárias e ventiladores de teto. A

cliente ficou satisfeita, pois nada conhecia a respeito do assunto. A arquiteta tinha

conhecimento de modelos baratos e marcas relativamente conhecidas. Quando não havia

algum material, a arquiteta orientou a compra em outra loja. A cliente acatou a sugestão da

arquiteta.

Dia 22/01: Visita técnica

Local: no apartamento

Participantes: Priscilla, Débora, Jorge e Biscoito

Tempo: 1h

Com as obras mais adiantadas, surgiram várias dúvidas técnicas:

1. Sobre bancada de lanches: como o pedreiro preferiu deixar uma espala de 20 cm de

cada lado, permaneceu a dúvida em como trabalhar o acabamento com o ladrilho

hidráulico.

2. Sobre a posição da porta de vidro da cobertura: Débora mudou a localização da porta,

o que acabou por atrapalhar sua abertura. Isso se agravou por causa da jardineira que

Débora quis instalar no piso da cobertura.

Conclusões:

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Nos dois casos, a arquiteta observou bastante o problema, discutiu com os pedreiros e

com a arquiteta e elaborou soluções no local. Os croquis foram feitos na obra, nas paredes.

Ou então, eram marcados já no local da execução.

Outros pontos observados pela arquiteta:

1. Instalação da jardineira: a cliente decidiu autônomamente instalar uma jardineira no

piso da cobertura. Seria uma jardineira fixa, de tijolos, de 10cm de largura por 15 de

altura. Além de ser muitíssimo estreita, não havia sido previstos drenos. A arquiteta

não somente convenceu a cliente em estalar drenos espaçados de metro em metro

como também em aumentar sua largura em 10 cm.

2. Abertura do vão da janela da sala. Como o pedreiro optou por instalar um pilar e uma

viga, foi necessário rever o vão da janela, que havia sido previamente definido em

função dos degraus da escada. As medidas foram conferidas e o pedreiro vai

consertar, pois o vão da janela estava torto.