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“Ou o direito serve a ética, ou para nada serve...” EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA OITAVA VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA / GO. Processo nº.: XXXXXXXXX, pertinentemente qualificado nos autos da RT, em epigrafe, vem respeitosamente à douta presença de Vossa Excelência, por suas advogadas e procuradoras constituídas, que Goiânia / GO. 1

IMPUGNAÇÃO TRABALHISTA

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“Ou o direito serve a ética, ou para nada serve...”

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DA OITAVA

VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA / GO.

Processo nº.:

XXXXXXXXX, pertinentemente qualificado nos autos da RT, em epigrafe, vem

respeitosamente à douta presença de Vossa Excelência, por suas advogadas e

procuradoras constituídas, que ao final subscrevem, apresentar sua IMPUGNAÇÃO,

aos termos da peça de defesa oferecida pela reclamada, YYYYYYYYYYYYY,

igualmente qualificada, o que faz, sempre seguindo as colocações da contestação,

pelos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos:

I - DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS:

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1.1. Na tentativa de iludir este Douto Juízo, a reclamada repudia a pretensão do

reclamante e relata em sua defesa alguns fatos que não correspondem à verdade, com

a intenção de fazer da justiça do trabalho uma via oblíqua para desobrigar-se ao direito

do reclamante, como a seguir restará comprovado, o que impõe a necessidade da

condenação, da reclamada, ao pagamento das horas extraordinárias pleiteadas e seus

reflexos, o que desde já requer.

II - Preliminar:

2.1. Do chamamento ao processo do Município (litisconsórcio passivo-

necessário).

Diante da aquiescência do reclamante e do deferimento às fls. 53, pela MM. Juíza, com

relação ao chamamento do Município, à lide, nada a impugnar.

2.2. Da Litigância de má-fé:

Excelência, observando os documentos acostados nos autos (verso das fls. 15/16) que,

a anotação partiu do próprio Sindicato homologador, a saber: SINDICATO DOS

TRABALHADORES DA SAÚDE, onde pode-se notar a desconsideração do carimbo

bancário (cancelado) e a ressalva aposta indicando; hora extra, intervalo para

alimentação e descanso e multa do artigo 477.

Assim, não há que se falar em litigância de má-fé, ou alteração na verdade fática vez

que, houve confiança das procuradoras quando da entrevista com o reclamante.

Conforme demonstrado às fls. 119, o depósito tempestivo, resta requerer a V. Exa.

desconsiderar o pedido de multa relativa ao artigo 477 § 8º, da CLT.

III - Mérito:

3.1. Admissão, cargo e desligamento:

Impugna-se a alegação de que, o reclamante foi admitido por força do convênio entre

YYYYYYYYYYY e Município, vez que em nenhum momento o reclamante teve

conhecimento de tal convênio ou termo de acordo.

3.2. Jornada de Trabalho / intervalo intrajornada:

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Impugna-se tal alegação, muito embora tenha sido contratado para laborar em escala

12x36 com intervalo de 01 (uma) hora, o reclamante reitera que, jamais gozou do

intervalo intrajornada e sempre laborou além de sua jornada habitualmente.

Conquanto, o reclamante tenha laborado 40 meses, para a reclamada, reitera que,

jamais gozou do intervalo para descanso e refeição, pois é prática da reclamada, o que

restará comprovado na instrução processual.

3.3. Da negativa de existência de horas extraordinárias:

Ora, Excelência, ao contrário do que alega na defesa, o reclamante laborou

habitualmente em regime extraordinário, ademais, as folhas de ponto carreadas aos

autos (fls. 122/200 e 202/208) não servem como provas, vez que os horários

assinalados em todas as folhas são exatamente iguais, CONTRARIANDO O

ENUNCIADO III, DA SÚMULA 338 TST:

"Os cartões de ponto que demonstram horários de

entrada e saída uniformes são inválidos como meio

de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo

às horas extras, que passa a ser do empregador,

prevalecendo a jornada da inicial se dele não se

desincumbir."

Portanto ficam desde já impugnados, por serem imprestáveis ao processo.

IV – Dano Moral:

Impugna-se, tal alegação, vez que o reclamante foi lesado e teve seu patrimônio

diminuído, por todo este tempo em que laborou extraordinariamente e não foi

efetivamente ressarcido.

4.1. Cálculos de Deduções:

Tal alegação não deve prosperar vez que, os cálculos apresentados pelo reclamante

partiram da quantidade de horas extras laboradas para a reclamada.

V - DOS REQUERIMENTOS FINAIS:

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Diante de todo o exposto, impugnam-se os documentos acostados às fls. 92 / 200,

202 / 246 e na melhor forma de direito, REQUER:

1. A total improcedência das alegações contidas na peça de defesa oferecida, com

a conseqüente condenação da reclamada ao pagamento das horas extras

pleiteadas e seus reflexos, nos exatos termos da peça vestibular;

2. A improcedência dos pedidos contidos na peça de defesa, vez que não

contribuíram para a elucidação da lide;

Termos em que,

Pede e Espera Deferimento.

Goiânia/GO, 02 de Outubro de 2008.

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