(in)Convenientes de Viagem - Parte II

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  • 7/31/2019 (in)Convenientes de Viagem - Parte II

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    (In)Convenientes de ViagemTravelling by post by Gaby A.

    Captulo Seis"O Mr. Darcy no est vindo, Mr. Bingley?" Perguntou Elizabeth antes mesmo de convid-lo para entrar.

    "Eu pensei ter visto a carruagem dele." Ela ficou na ponta dos ps para espiar sobre o ombro dele, mas derepente percebendo como estava sendo grosseira, voltou seu foco para ele.

    "No, Miss Bennet. E ele est muito irritado comigo por impor-me a vocs sem aviso, dado os problemasde sade da sua famlia. Mas... assim que eu soube da sua estadia na cidade, que foi apenas uma hora atrs, eu...eu no podia esperar para prestar meus respeitos." Ele sorriu, um pouco timidamente, alternando o peso de ump para outro, espera de ela convid-lo para entrar. Agora era a vez dele de espiar por cima do ombro dela naesperana de obter um vislumbre de Jane.

    Elizabeth percebeu o buqu de rosas amarelas e uma caixa pequena dourada que ele tinha nas costas esorriu. Obviamente ele estava esperando para apresent-las "outra" Miss Bennet.

    "No quer vir at a sala, senhor," disse Elizabeth, determinada a conseguir mais informaes com eleantes de chamar sua irm. Ela o levou para a sala tranquila e confortavelmente mobiliada e estava prestes a

    convid-lo a sentar-se, quando um som de batidas e gritos de "No, no! Eu no aguento mais! Isso me faz mal!Eu odeio isso!" Podia ser ouvido no corredor. E de repente, o borro de um pequeno corpo tracejou entre eles,correu para o sof e apertou-se debaixo dele. Uma desgrenhada e exasperada Jane, com uma colher na mo,apareceu na porta. A colher caiu no cho.

    "Mr. Bingley!" ela exclamou.Charles Bingley sorriu timidamente. Como ela estava bonita - o cabelo dela se desfazendo, manchas de

    remdio em seu avental, o rosto corado com esforo e constrangimento. Darcy tinha razo, ele realmente notinha o direito de coloc-la nesta posio embaraosa - mas ele estava to feliz que tivesse feito isso! Ela estavaainda mais bonita do que ele se lembrava e seu corao saltou em seu peito! Ele tinha vindo para determinar seainda havia um trao de afeio em seu olhar, e l estava! Definitivamente havia! Ele tinha visto imediatamente.

    "Miss Bennet, estou to feliz em v-la, embora eu possa imaginar que eu tenha escolhido o pior momento

    para vir. Por favor, me perdoe! Ns estvamos no almoo, quando Darcy mencionou que estavam na cidade, eeu... Bem, voc sabe, eu no sou conhecido pela minha pacincia. Mas talvez eu possa ser de alguma ajudacom" Ele inclinou a cabea em direo ao sof e sorriu.

    Jane simplesmente olhou para ele, seus olhos arregalados."Qual o nome do jovem?" Ele sussurrou para Elizabeth, que estava de p ao lado dele."John," ela murmurou e suprimiu uma risada."Uh, John! Permita-me apresentar-me. Meu nome Charles Bingley e eu sou um amigo de ambas as suas

    tias. Tenho uma propriedade em Hertfordshire muito perto Longbourn," disse ele, curvando-se ligeiramente efalando diretamente para o espao debaixo do sof. "Eu trouxe para sua tia Jane alguns chocolates muito bons, eeu acho que ela poderia ser persuadida a compartilh-los com voc, se voc cooperar com ela. Deixe-me ver,existem trufas recheadas de cereja, marzipans e caramelos. Ser que voc gostaria de algum desses?"

    Uma pequena voz pode ser ouvida do espao estreito e escuro, "Eu adoro os de cereja... Mas eu odeioaquele remdio e no vou tomar!"Bingley se abaixou para se sentar de pernas cruzadas no tapete diante do sof, abriu a caixa e colocou-a

    no cho ao lado dele."Eu sei que tem um gosto absolutamente terrvel... como sapatos velhos fedidos e intestinos de peixes

    todos cozidos juntos," disse Bingley. Houve uma risadinha da profundidade do sof. "Mas eu sempre sigo aquelesabor desagradvel com alguns goles de gua e algo especialmente bom. E como eu engulo o medicamentorapidamente e tomo o meu tempo curtindo meu doce, parece sempre valer a pena. O que voc diz? Vamostentar? Eu vou ajud-lo."

    Quando John imergiu, Bingley deu-lhe a caixa para segurar e pediu-lhe para mostrar o caminho para acozinha. L, ele pediu pelo vidro de remdio, uma colher e um copo de gua.

    "Na verdade, se voc tiver algum resto de ch, seria ainda melhor. Ele limpa o paladar," disse ele,piscando para Jane, que continuava a olhar para ele, incrdula."Agora, vamos colocar essas coisas em sua devida ordem, respire fundo e comece," disse Bingley.A provao levou apenas um momento, e aps um pouco de cuspidas e tosse, o medicamento desceu e

    John estava saboreando seu chocolate recheado de cereja.

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    "Muito bem, Mr. Bingley!" Disse Elizabeth, sorrindo para ele. "O que teramos feito sem o senhor?""Vocs teriam conseguido, tenho certeza," disse Bingley, timidamente olhando para Jane."Devemos todos ir para a sala ento," disse Elizabeth, fechando a caixa de chocolates e entregando-a de

    volta para ele."John, se voc levar um brinquedo para brincar, voc pode se juntar a ns, se quiser, ou voc pode ser

    dispensado para brincar no seu quarto," ela acrescentou.Jane de repente, encontrou sua voz. "Com licena, por favor, Mr. Bingley. Devo limpar o remdio

    derramado no corredor." Ela virou-se rapidamente e desapareceu.

    ***

    Quando eles estavam sentados, Elizabeth voltou para sua finalidade original. "Passou a manh com o Mr.Darcy?" ela perguntou, sabendo muito bem que ele no tinha.

    "No, no! Ns nos encontramos no clube onde ele trouxe o seu tio para um almoocomemorativo. Eu acho que o Mr. Gardiner esmagou totalmente a oposio e economizou a Darcy uma pequenafortuna!" Ele corou. "Oh, me perdoe! No cabia a mim contar isso. Eu s tinha instrues para dizer que tudotinha ido bem e que o Mr. Darcy gostaria de visitar depois do jantar esta noite para comemorar com todos vocs.Ele pretende trazer sua irm e um champanhe! Ele arranjou tudo isso com seu tio, claro, mas como eu insisti emimpor-meagora, ele pediu que eu entregasse a mensagem." Tendo terminado este discurso animado, ele olhounervosamente para seus sapatos, tamborilando com os dedos em sua cala e olhou ansiosamente para a porta.

    ***Jane Bennet no era a jovem que tinha sido h 10 meses atrs, quando ela conheceu Charles Bingley. As

    atenes e o abandono subsequente dele tinham feito muito para trazer tona a fora calma e a determinaoque sempre tinham sido parte de seu carter, mas que haviam sido escondidas por trs de sua modesta reserva ebondade natural. Ela compartilhava seu verdadeiro eu apenas com sua irm, vivendo uma vida privada que eladesejava compartilhar com algum que ela poderia amar e confiar. Ela tinha pensado que tinha encontrado estealgum em Charles Bingley.

    A partida repentina e inexplicvel dele tinham-na deixado a questionar seus instintos, sua percepo domundo e sua crena arraigada na fidelidade dos homens. Ela passara dezembro em estado de choque econstrangimento enquanto seus vizinhos e amigos lhe davam olhares de piedade quando passavam por ela narua. Em janeiro ela estava se perguntando o que ela tinha feito de errado, examinando cada olhar, palavra e ao.Em fevereiro, ela se convenceu de que, embora o Mr. Bingley a tenha achado linda, ela era, afinal, apenas umamoa do campo, e no possua a elegncia e sofisticao que ele poderia exigir de uma mulher. Em maro, elapensava que o fato de seu dote ser quase inexistente era a causa de sua rejeio e em abril era a sua famliaescandalosa e mal-educada e seus parentes pobres. Semana aps semana, ms aps ms, ela se atormentou, atque sua sabedoria finalmente abriu o nevoeiro e viu as coisas como elas realmente eram. Pela primeira vez, elano era culpada de maneira alguma! Era o Mr. Bingley que havia derramado suas atenes sobre ela, fazendocom que todos acreditassem que ela era a resposta para todas as esperanas dele para o futuro, que ela era o"anjo" sem o qual ele no poderia viver.

    Ele tinha gostado de sua companhia, e depois ele tinha ido embora. Talvez ele colecionasse mulheresbonitas onde quer que fosse. Ela no sabia. Mas ela sabia que no se permitiria ser to usada novamente. Por queele veio - para que fim e com que propsito? Ela estava determinada a ser civilizada, mas ela no permitiria queseus suaves cachos louros e seus olhos azuis cintilantes a enganassem novamente. E da que ele tinha se provadocapaz de ser um excelente pai! O que importava mais era se ele poderia primeiro ser um marido dedicado!

    Ela esperou impacientemente at Clara terminar seu penteado e se preparou para entrar no salo.

    ***

    "Por favor, me perdoem por ter demorado tanto para me juntar a vocs," disse ela, olhando para sua irme o Mr. Bingley. "Eu precisava de alguns momentos para me refrescar."

    "Tudo bem, Miss Bennet. Sua irm e eu temos estado a discutir o meu possvel regresso paraNetherfield," disse Bingley. Ele esperava que este bocado de notcias pudesse despertar o interesse dela, mas issono pareceu ocorrer, pois ela simplesmente se sentou e olhou para ele.

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    "Miss Elizabeth me disse que todos em Longbourn esto bem... ah,... e eu estive perguntando sobre asltimas fofocas da vizinhana," disse ele, com seu bom humor habitual. Outra pausa longa o deixou ainda maisdesconfortvel, mas ele percebeu que Jane, apesar de calma, olhava diretamente para ele, seu olhar sereno.

    "E como est sua famlia, Mr. Bingley?" perguntou Elizabeth, quando sua irm permaneceu em silncio,"Espero que estejam todos bem."

    "Oh sim, muito bem, obrigado, Miss Bennet. Minhas irms esto todas animadas se preparando para atemporada de Inverno... Mas elas ficaro muito felizes em saber que vocs duas esto na cidade e estou certo de

    que viro visitar vocs assim que possvel," respondeu Bingley com entusiasmo."Eu no penso assim, senhor," disse Jane, com calma autoconfiante."Perdo?" disse Bingley, obviamente surpreso."Eu no acho que elas ficaro felizes em saber que estamos na cidade de maneira alguma. E por favor no

    incite-as a nos visitar, Mr. Bingley. A ltima vez que elas estiveram aqui elas deixaram muito claro que elas sesentiam desconfortveis nesta parte da cidade e com a nossa companhia. Eu fiquei mortificada por minha tia eno quero que ela sofra esta indignidade novamente."

    A boca de Elizabeth abriu-se e seus olhos se arregalaram. Esta era a sua irm Jane falando?A reao de Bingley foi mais lenta a chegar. Ele abriu a boca para falar, balanou a cabea como se

    estivesse confuso, depois olhou fixamente para Jane por alguns minutos."Miss Bennet, voc disse da ltima vez elasestiveram aqui? Quando que as minhas irms vieram visit-

    la? Eu no estava ciente de que..." Ele parou no meio da frase para sacudir a cabea outra vez e olhar para elainterrogativamente.

    "Elas retornaram a visita que fiz sua casa cerca de trs semanas atrs, senhor. Mascertamente o senhor se lembra, Mr. Bingley. No fomos capazes de nos encontrar porque estava ocupado com oMr. Darcy e a irm dele. Pergunto-me, senhor, j que no tinha nenhuma inclinao para me ver ento, porque osenhor se daria ao trabalho de vir me ver agora. Perdoe-me se minha pergunta parece impertinente, eu notenho inteno que seja - Eu s quero entender."

    Bingley empalideceu e encontrou-se com falta de ar. "Eu... eu estou perdido sobre o que quer dizer, MissBennet, pois eu me encontro completamente desnorteado." Ele ignorou sua pergunta dolorosa e preferiu seconcentrar na revelao chocante! "Est me dizendo que a senhorita esteve na cidade desde a ltima vez que lhevi no baile Netherfield?"

    Jane olhou para ele incrdula. Nem por um momento ela acreditou que ele no tinhaconhecimento de sua visita!

    "Eu vim para a cidade com minha tia e meu tio depois do Natal e fiquei trs meses, Mr. Bingley. Eu escrevipara Miss Bingley para lhe dizer da minha visita antes de eu vir, mas ela afirmou nunca ter recebido qualquer umade minhas cartas. Pensei que talvez o senhor as tivesse descartado depois de ler."

    Elizabeth no teria acreditado que Jane seria capaz de tal ousadia! Ela estava chocada,... masextremamente orgulhosa!

    Bingley estava andando de um lado para o outro e esfregando as tmporas. Era bvio que ele estavatentando conter sua raiva. Seu temperamento parecia to voltil, que quando ele veio se sentar ao lado de Janeno sof, ela instintivamente se afastou dele. Ele fez uma tentativa de pegar a mo dela, ento pensou melhor, e

    juntou as mos em seu colo."Miss Bennet, Jane...! Voc deve acreditar que eu no sabia nada de suas cartas ou da sua visita!" Ele fez

    uma pausa para olhar para ela e viu que ela no acreditava em nada! Ele ento abaixou a cabea e disse baixinho:" doloroso e humilhante para mim sentar-me diante de voc e admitir que fui enganado e manipulado porminha prpria famlia, Miss Bennet. Estou irritado e envergonhado alm da razo!"

    Foi ento que a respirao Jane se prendeu na garganta. Ela olhou para Charles Bingley e soube que eleestava dizendo a verdade. Ela no sentiu nada seno remorso pela forma dura com que ela se dirigira a ele.

    "Se eu tivesse recebido apenas uma carta sua, Miss Bennet," continuou ele, olhando para ela comternura, "eu teria voltado para Netherfield imediatamente! Foi s porque eu no ouvi nada de voc que eu memantive distante. Eu no podia suportar voltar se eu no pudesse ter o prazer de sua companhia. Eu me sintocomo um tolo e certamente voc deve me achar um!" Ele se levantou de sua cadeira e retomou o seu ritmo, seuslbios trmulos e brancos de raiva. "E quo magoada voc deve ter ficado com a minha partida daquela maneira!"

    "Mas eu no entendo," disse Jane, seu tom suave agora. "A primeira carta de Caroline - a que ela

    escreveu antes de deixar Netherfield - implicava que o senhor provavelmente no voltaria naquele inverno. Porque qualquer deciso nesse sentido dependeria de uma carta minha?"

    "Ela disse isso?" gritou ele. "Ento ela tinha tudo isso planejado antes mesmo de ter chegado a Londres!"Charles Bingley parecia como se ele pudesse cuspir fogo!

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    Sentindo a necessidade de acalmar a situao, Elizabeth levantou da cadeira e murmurou: "Eu acreditoque todos ns precisamos de um pouco de ch."

    "Obrigado, Miss Elizabeth, mas no se incomode por minha causa. Duvido que eu possa sequer segurar axcara! Embora haja muito que eu gostaria de saber, eu acho que no estou em condio para estar em suacompanhia no momento. Estou pouco coerente. Perdoem-me."

    Aqui ele se virou para Jane com um semblante implorador: "Mas permita-me voltar amanh, Miss Bennet.Posso, ento, ter uma melhor compreenso do que aconteceu, e espero ter a presena de esprito de

    compartilhar essa compreenso com voc. Eu s posso imaginar o que deve ter sentido e pensado todos essesmeses e estou profundamente triste por isso!... Eu estou muito triste, Miss Bennet. Voc deve saber que eununca iria conscientemente fazer nada para mago-la!"

    Ele inclinou-se respeitosamente para cada uma delas e rapidamente saiu da sala.

    ***

    "Devo admitir," disse Darcy, tomando mais um gole de champanhe, "que eu estava um pouco nervoso noincio. Seu marido, Mrs. Gardiner, simplesmente sorriu e acenou com a cabea durante toda apresentao deMonsieur Durand! Durand foi item por item do contrato, apontando as leis francesas particulares que se aplica ainvestimentos no exterior e as restries sobre eles e os impostos, e durante todo este tempo o Mr. Gardiner nofez sequer uma pergunta, nem fez qualquer objeo ou adicionou qualquer coisa negociao. Mas quandoDurand puxou uma pena nova e empurrou o documento na minha direo para a minha assinatura, ele seguroumeu brao para trs e disse calmamente: "Como sabe, Monsieur Durand, eu sou novo nestas negociaes e,portanto gostaria de algum tempo para discutir certos assuntos com meu cliente. Meia hora ser suficiente."

    A imitao de Darcy da voz de seu tio fez Elizabeth rir e ela olhou para Miss Darcy, que tambm estavatendo dificuldade de conter seu divertimento.

    "Durand havia estado to certo que a reunio tinha acabado e que tudo tinha ido como ele queria, queele empalideceu e cuspiu com raiva: Eu no tenho tempo para atrasos, Monsieur! Ento, na mais calma dasvozes, o seu marido se virou para mim e disse: Ento eu temo que no posso recomendar a sua assinatura nestedocumento, Mr. Darcy.

    Todos na mesa ofegaram."Nem preciso dizer que," Darcy continuou, um sorriso brincando nos lbios, "Durand cedeu e ns

    deliberadamente levamos 45 minutos para voltar - s para faz-lo suar! Garanto-lhe, Mrs. Gardiner, eu noestava preparado para o desempenho do seu marido. Ele trouxe uma pilha de livros de direito francs e asrecentes revistas jurdicas - as pginas do livro marcadas e prontas. Ele ento passou a contestar cada ponto da leique Durand alegou legtima, no s provando que ele estava errado, mas sutilmente implicando que muitas desuas aes eram fraudulentas!"

    Madeline Gardiner escondeu o riso atrs do guardanapo."Eu acreditava que Durand perderia seu caf da manh!" disse Darcy. "O Mr. Gardiner continuou a sorrir

    enquanto ele alterava uma seo aps outra a meu favor! No momento em que assinei o contrato o percentualde meu risco era bem menor do que tinha sido, e o percentual da minha parte dos lucros era maior do que eupoderia ter sonhado possvel. Devia ter visto o rosto de Durand. Fiz de tudo para manter uma atitude profissional!Seu marido foi brilhante, senhora."

    Todo mundo aplaudiu quando Edward Gardiner sorriu e acenou com a aceitao de sua ovao. "Devodizer, eu me diverti muito!" respondeu ele.

    "Bem, eu estou muito contente que tenha gostado, senhor, mas eu estava uma pilha de nervos at que osenhor finalmente abriu a boca!"

    Georgiana apertou uma mo sobre a outra com o som da impertinncia de seu irmo. Nunca antes tinhavisto ele to vontade com um conhecido de negcios ou to feliz na companhia de relativos estranhos.

    "Bem, eu arranco alguns dos meus pagamentos em ansiedade, Mr. Darcy." Brincou o Mr. Gardiner ebrindou com ele.

    Darcy de repente se levantou de seu assento, seu rosto assumindo uma expresso mais sria, e disse: "Eugostaria de propor um brinde, se me permitem, ao Mr. Gardiner, cuja inteligncia, habilidade e generosidade mesalvaram da minha prpria estupidez, e a Miss Elizabeth Bennet, cujo generoso corao e natureza compreensiva

    nos uniu." Ele curvou-se profundamente para Elizabeth antes de levantar a taa para ela."Ouam, ouam!" gritaram todos na mesa.As crianas riram ao ouvir os mais velhos gritando e rindo. Eles tiveram permisso para participar da

    diverso, desde que se comportassem, claro, e estavam desfrutando dos doces e bolos que tinham

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    acompanhado o champanhe. Julia sentou-se ao lado de Miss Darcy, obviamente, admirando sua elegncia ebeleza e Constance ocupava o colo de Elizabeth do outro lado dela.

    "Tia Lizzy," ela agora disse com toda a seriedade, "voc deve ter um vestido como o de Miss Darcy. muito mais bonito que o seu. Ento voc pode parecer uma moa bonita tambm."

    Todos riram, enquanto Elizabeth apertava os lbios e corava, mas Darcy no pde resistir aberturainocentemente apresentada ele. "Eu acho que sua tia Lizzy," sua lngua deslizou deliciosamente sobre seunome, " uma moa muito bonita, Constance. Ela no precisa de um vestido extravagante para faz-la bonita."

    Elizabeth sorriu, baixou os clios em silenciosa apreciao do elogio, e ento anunciou que ela iria servir ocaf."Posso ajud-la, Miss Bennet?" perguntou Georgiana Darcy, que, claro, nunca tinha feito caf em sua

    vida, mas que queria muito conhecer a moa que obviamente tinha tomado posse do corao de seu irmo. Amesa estava em silncio, de repente, com a famlia se perguntando se era bom ter uma convidada da nobreza deMiss Darcy na cozinha?

    "Eu gostaria, Miss Darcy," disse Elizabeth, estendendo a mo para mostrar o caminho. Darcy suspirousatisfeito. Elizabeth nunca o decepcionava.

    ***

    Ela demonstrou o funcionamento do moinho de caf e ento instruiu Miss Darcy em medir a quantidadenecessria para o pote. Elas conversaram sobre suas famlias e seu amor pela msica enquanto o caf fervia eElizabeth derramava o creme no jarro e os cubos de acar na tigela.

    "Acha que pode carregar essa bandeja, Miss Darcy?" perguntou Elizabeth apontando para a que j estcarregada com xcaras e pires.

    "Eu acho que sim, Miss Bennet," riu Georgiana, "embora, como voc deve ter adivinhado, eu nunca fizisso antes. Eu acho que meu irmo ficar chocado ao me ver sair com ela."

    "Oh, eu lhe garanto que ele no vai, pois tenho uma tarefa para ele tambm. Preciso da altura dele paraalcanar algo. Voc poderia pedir a ele para vir e me ajudar?"

    Elizabeth esperou nervosamente Darcy entrar na cozinha e esperava que ela tivesse tempo suficientepara dizer o que precisava ser dito.

    "Como posso ser til, Miss Bennet?" disse Darcy sorrindo e esperando por alguns momentos tranquilosjuntos.

    "Mr. Darcy, chamei-lhe sobre um pretexto, porque h algo que eu acho que o senhor deveria saber."Ele franziu o cenho."Eu suponho que o senhor no tenha falado com o Mr. Bingley desde que ele veio aqui esta tarde?""No, Miss Bennet, eu no falei. Algo de errado?""Eu temo que ele esteja muito chateado. Ele descobriu durante a sua visita conosco que minha irm

    esteve na cidade neste inverno e que sua prpria famlia havia escondido a notcia dele." Ela abaixou os olhos emexeu na borda do aucareiro. "Lembrei-me do senhor ter escrito que no estava orgulhoso de sua parte naqueleengano e eu queria avis-lo que tudo pode vir tona agora."

    Darcy estremeceu. Ele estava prestes a responder, quando Elizabeth ps o dedo em seus lbios parasilenci-lo e chamou-o para o canto mais distante da cozinha.

    "Devo tambm pedi-lo para no revelar o meu conhecimento sobre isso para ningum," disse ela em umsussurro. "Eu nunca disse a Jane de sua interferncia, Mr. Darcy; eu no podia ver nenhuma razo para machuc-la ainda mais. E se ela descobrir que eu sabia todos esses meses e no contei para ela, eu... eu realmente temopor ela, Mr. Darcy. Ela est bastante frgil no momento. Ela no sabe em quem confiar e ela precisa de mim. Seela perder sua f em mim tambm..." Ela olhou para ele suplicante. "Por favor, Mr. Darcy. Prometa-me que noimporta o que acontea, no vai dizer ao Mr. Bingley que eu sabia disso."

    "No pense mais nisso, Miss Bennet, voc tem a minha palavra." Ele sempre soube que seu papel nestecaso desprezvel um dia iria desabar sobre ele, mas por que, meu caro Deus, tinha que ser agora?

    Captulo Sete

    "Voc j est dormindo?" sussurrou Elizabeth, sabendo muito bem que sua irm acabara de ir para acama alguns momentos antes. Mas Jane tinha apagado a vela e estava deitada, imvel, como uma crianaassustada em uma cama grande.

    "No, Lizzy, claro que no. Eu s procurava o conforto da escurido. Venha, deite aqui comigo."

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    Quando Jane voltou a colcha para convid-la, o branco da roupa iluminou seu caminho, e ela tropeoupara a cama e deitou-se ao lado de sua irm.

    "Oh Lizzy, voc pode fazer qualquer sentido disso tudo?" Perguntou ela. "Eu tentei e tentei, mas eu noconsigo entender por que ele estava esperando por uma carta minha. Afinal, foi ele quem me deixou sem umapalavra."

    Elizabeth hesitou, lutando por uma resposta, e assim, na ausncia de uma resposta, Jane passou a fazeruma pergunta diferente. "Voc acha que o Mr. Bingley estava deliberadamente evitando as minhas perguntas ou

    estava apenas chateado? Ele no respondeu a qualquer uma delas.""Oh, Jane, ele estava compreensivelmente abalado! Imagine descobrir que suas irmsestiveram mentindo e enganando voc por meses a fio. Era bvio para mim, porm, que athoje, ele no tinha ideia que ele tinha te magoado. Isso o que foi mais surpreendente! Eleficou muito angustiado e irritado ao descobrir isso! Jane, eu acho.... eu acredito que ele ainda te ama."

    "Mas, infelizmente, suas previses sobre Charles Bingley nunca foram corretas, Lizzy, e alm disso," agoraela disse num tom mais agitado, "como que ele no sabe o que eu iria sentir com a partida dele? Eu nuncaescondi o meu afeto por ele."

    "No," disse Elizabeth, suavemente, "mas talvez a sua reserva o impediu de compreender toda a extensodesse afeto."

    "Oh Lizzy! Realmente ele no podia! Sei que para muitos, eu no sou suficientemente demonstrativa dosmeus sentimentos, mas quando Charles e eu estivemos juntos em locais um pouco mais privados, eu noconseguia evitar minha resposta a ele! Eu dei-lhe os mais ternos olhares, eu prestava ateno em cada palavradele, eu corava quando ele acariciava minha mo. s vezes eu olhava para ele com tanto carinho que eu meenvergonhava, mas eu no podia evitar. Meus olhos diziam a ele que eu o amava, e os dele respondiam damesma maneira. No havia dvida! Realmente, Lizzy, ns dois sabamos que estvamos perto de umacompreenso formal, e depois que ele partiu."

    "Jane, me perdoe por ter questionado isso! Eu sempre tive certeza do amor dele por voc e de suaperfeita compreenso um do outro. Mas nem todo mundo via isso dessa forma, ento eu pensei que talvez euestava sendo cega pelo meu entendimento ntimo de voc."

    "Voc falou disso para outros, Lizzy?" perguntou Jane, horrorizada."No, claro que no. Foi Charlotte que pensava que voc deveria mostrar ao Mr. Bingley mais afeio,

    ainda mais do que voc sente, a fim de assegur-lo, disse ela imitando a voz de Charlotte, "e ns duas sabemoso que pensamos o bom senso dela quando se trata de homens!"

    Felizmente, Jane encontrou um pouco de humor nesta ltima afirmao e o seu semblante suavizou. "Euestou determinada a obter uma resposta de Charles quando ele vier amanh, embora eu no prometa noarrancar a cabea dele antes mesmo de ele se sentar," disse ela rindo. "Eu fui um pouco dura com ele, no fui?"

    "Eu temo que sim!" Riu Elizabeth. "Eu sei que deveria ter tido mais compaixo por ele, mas depois do queele fez voc passar, ele merece sofrer um pouco. Fiquei muito orgulhosa de voc, Jane. Chocada - masorgulhosa!"

    " possvel, voc acha, que ainda haja esperana para ns?" Perguntou Jane."Eu acho, Jane, eu acho! Eu acho que altamente provvel que ns o vejamos muito.""E, querida Lizzy, voc vai ficar muito irritada se ele trouxer seu amigo arrogante, o Mr. Darcy, junto?"

    Jane brincou. "Pois ento ser voc quem ter de entret-lo!"Elizabeth riu. "Eu vou ficar terrivelmente irritada se ele no trouxer! Eu o amo, Jane. Ele pode estar longe

    de ser um homem perfeito, mas ele o homem perfeito para mim. Sinto isso mais fortemente a cada vez que nosencontramos."

    ***

    Embora j fosse onze e meia, Darcy acompanhou sua irm at em casa e depois seguiu para a casa de seuamigo cerca de quatro quarteires de distncia. Apesar da hora e das emoes que estavam certamente emambos os seus coraes, Darcy sentiu que era imperativo falar com ele imediatamente. Se Charles tivesseconseguido enfrentar suas irms, ento no havia dvida na mente de Darcy que ele j havia sido implicado.Caroline nunca consideraria poupar outro se ela podia compartilhar o fardo da culpa e suas consequncias. Mas,

    se por algum milagre, Charles no tivesse tido a oportunidade de v-la, ento ele teria a chance de fazer o que eledeveria ter feito h muito tempo, contar a seu amigo de sua parte no esquema ele mesmo. Se havia qualqueresperana em recuperar essa amizade, ela dependia de fazer Charles acreditar que seu remorso era genuno - e

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    no apenas uma reao de defesa para uma acusao. Bingley teria todos os motivos para bani-lo de sua vida,mas ele faria tudo ao seu alcance para evitar isso.

    ***

    Saunders, o mordomo de Bingley, abriu a porta de pijamas."Oh, Mr. Darcy, o senhor! Espero que no haja algum tipo de emergncia, senhor? O Mr. Bingley j se

    retirou.""Eu poderia incomod-lo para ver se ele est dormindo, Saunders? Esta no umaemergncia, mas terrivelmente urgente, " disse Darcy, s pressas.

    "Eu acho que no deve perturb-lo, senhor, se possivelmente puder esperar at de manh."Uma voz ressoou do topo das escadas. Era Bingley, mas ele tinha um timbre que Darcy nunca tinha ouvido

    antes. "Saunders, diga ao Mr. Darcy que ele no mais bem-vindo nesta casa e volte para sua cama. E no abra aporta novamente esta noite!"

    "Charles! Temos de falar," gritou Darcy, passando pelo mordomo idoso e subindo as escadas atrs dele,trs degraus de cada vez.

    "No tenho nada a dizer a voc, Mr. Darcy! Eu no recebo estranhos em minha casa e voc, senhor,tornou-se um estranho para mim! No tenho ideia de quem voc !"

    "Mas eu tenho muito a dizer a voc, Charles, e peo, por causa da nossa amizade de longa data para meouvir. Sei que voc est muito irritado e tm todo o direito de estar, mas temos compartilhado tanto ao longo dosanos e gostaria de pelo menos ter a oportunidade de pedir desculpas antes de nos separarmos."

    "Voc fez de mim uma idiota!" cuspiu Bingley, com o rosto vermelho e os olhos marejados. Ele virou-seabruptamente e caminhou em direo a sua biblioteca. Darcy seguiu a uma distncia respeitosa.

    Fechando a porta atrs dele, ele se inclinou contra ele e disse: "Eu sei que parece dessa maneira paravoc, Charles, mas, na verdade, eu que estava fazendo papel de bobo."

    "Bonitas palavras, Darcy! Elas no significam nada para mim! Voc tomou decises que no eram suas! -Tratando-me como uma criana que no tem o bom senso de pensar por si mesma! Mas o que me cortaprofundamente como voc pde, to insensivelmente, magoar aquela criatura doce e inocente - conspirandopara humilh-la e faz-la acreditar que ela no era digna de nossa companhia," ele exclamou. Ele saltou para afrente e deu um murrocontra o queixo de Darcy. "Isso foi por Jane!"

    Darcy tropeou para trs, agarrou seu queixo, e estremecendo, veio parar diante de seu amigo de novo."Eu sei. Meu comportamento foi abominvel. Mas na poca, eu acreditava que estava salvando voc de umdestino terrvel."

    "Me salvando? Voc espera que eu acredite que voc fez isso por mim?""Eu acreditava... quer dizer, eu queria acreditar que Miss Bennet era indigna de voc - que voc poderia

    ter algum melhor. Eu queria acreditar, porque... eu precisava acreditar nisso pelas minhas prprias razesegostas. Eu estava desesperado para me convencer de que um casamento com Elizabeth era uma degradao,que a famlia dela seria uma vergonha para mim e que suas baixas relaes afetariam as chances de Georgiana nasociedade. Eu tinha que convenc-lo disso, a fim de convencer a mim mesmo."

    "Elizabeth?" engasgou Bingley. "Voc tem sentimentos por Elizabeth?""Eu a amo com todo meu corao. E eu no podia deixar de am-la mais do voc poderia deixar de amar

    Jane. Eu feri a todos ns com a minha interferncia arrogante. Voc no tem ideia do quanto eu lamento."Bingley olhou para ele, incrdulo."Foi errado da minha parte," continuou ele, "dizer que o comportamento de Miss Bennet no mostrava

    nenhuma afeio especial por voc, Charles. Eu, que sou normalmente to reservado, deveria ter percebido queela estava simplesmente se comportando com dignidade. Mas aquela objeo, pelo menos em algum grau, eradevida a um julgamento defeituoso. Esconder a visita dela de voc foi uma presuno puramente egosta! Suasirms desejavam esconder a visita dela de voc e, embora eu soubesse que era errado, eu concordei com elas. Euesperava que ns nunca fossemos ver ou ouvir falar dos Bennets novamente e que eu seria poupado de confessara minha dissimulao para voc. Bem, eu confesso agora, embora eu saiba que tarde demais. Lamento Charles,lamento profundamente."

    Charles Bingley esfregou o punho e olhou para seu amigo. Deus sabe, ele queria perdo-lo; ele amava eprecisava dele! Mas era o sofrimento de Jane que endurecia seu corao e ele no estava pronto para perdoarDarcy to facilmente.

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    "Ento agora que voc se confessou para mim, eu suponho que voc no hesite em pedir a mo de MissElizabeth, embora eu possa ter perdido Jane para sempre! Voc no ouviu a amargura na voz dela quando ela mefalou esta tarde!"

    Darcy abaixou a cabea e murmurou: "Eu sinto muito, Charles. E devo confessar algo mais. J propus aElizabeth, mas fui rejeitado."

    "Ela te rejeitou?""Como uma vingana! Ela viu atravs de mim imediatamente. Ela sabia que eu no era digno dela e ela

    estava certa. Estou tentando mudar, tentando me tornar um homem melhor, mas como voc v, com poucosucesso."Bingley olhou para o amigo com simpatia e, em seguida, se afastou dele. Ele sabia que no seria capaz de

    ficar zangado com ele para sempre, mas ele certamente no iria deix-lo ir para casa e dormir uma boa noite!" tarde Darcy. Eu acho que voc deve ir.""Sim, me perdoe. Obrigado por me ouvir, Charles." disse Darcy. "Desejo-lhe toda a felicidade com Miss

    Bennet. Tenho certeza que voc vai ser capaz de reconquist-la... Bem, eu espero e rezo para que voc consiga.Boa noite."

    ***

    Esta tinha sido a primeira manh que Madeline Gardiner no precisava voltar sua cama depois do cafda manh e ela estava ansiosa para se sentar na sua prpria sala por um tempo. Ento, quando Charles Bingleyveio visitar, ele foi recebido por trs damas e dois filhos inquietos que estavam cansados de estarem confinadosem casa. Era um ambiente muito animado e nenhum pouco favorvel conversa muito sria e ntima que queriater com Jane. Ele foi um excelente convidado, no entanto, conversando amigavelmente com a Mrs. Gardiner,ajudando John com seu quebra-cabea e admirando a boneca de Connie em todos os seus diversos vestidos. Masa ansiedade em seus olhos era bvia e depois de meia hora, Elizabeth teve pena dele e sugeriu que eles levassemas crianas ao parque.

    "Com Julia na escola e Clara aqui para cuidar de voc, tia, eu acho que a oportunidade perfeita. Ns novamos ficar fora muito tempo. E se Constance se cansar, vamos retornar imediatamente," prometeu Elizabeth. AMrs. Gardiner concordou que um pouco de ar fresco faria bem a todos e ela no era avessa a ter sua casa para simesma por um tempo. Solido era uma mercadoria to preciosa nos dias de hoje.

    Levaram junto po velho para os patos, o veleiro de John e um coelho de pelcia chamado Henry paragarantir a diverso de todos.

    Uma vez na segurana do parque, eles soltaram as mos das crianas e lhes permitiram correr na frentedeles em direo lagoa. O Mr. Bingley ofereceu seu brao para ambas as moas e eles conversaramamigavelmente sobre o clima temperado e a beleza de seus arredores. Eles ento caram em um silncioconstrangedor que fez os trs dolorosamente conscientes do motivo de seu passeio.

    "Eu acredito que hora de dar os patos seu pequeno-almoo," disse Elizabeth, separando-se do trio eapressando em direo sua prima pequena.

    "Miss Elizabeth," chamou Bingley atrs dela. Quando ela se virou para olhar para ele, ele estava sorrindo,mas seus olhos estavam implorando com ela. "Eu pensei que Miss Bennet e eu pudssemos espiar o caminho quevoc nos falou e ver se ele no uma caminhada to longa para as crianas. Voc vai ficar bem sozinha com elespor um tempo?" Ele sabia a impropriedade do que ele estava pedindo, mas ele estava desesperado.

    Elizabeth olhou para sua irm, cujos olhos tinham se arregalado com o pedido, mas que no fez nenhumaobjeo. Ela pensou de imediato no que a privacidade da carruagem do correio tinha significado para ela, esorrindo, simplesmente assentiu seu consentimento. Ela se virou de volta para a lagoa e gritou para as crianasesperarem por ela.

    ***

    Eles desceram o caminho em silncio, o som das folhas esmagando sob seus sapatos a nica evidnciaaudvel de estarem ali. A brisa soprou as fitas do chapu de Jane sobre seu rosto e ela parou momentaneamentepara amarr-los.

    "Miss Bennet," disse Bingley, tomando de volta a mo dela quando ela havia terminado, "devo comearcom um pedido de desculpas pelo meu comportamento grosseiro na tarde de ontem, mas eu espero que vocentenda que eu no estava bem comigo mesmo."

    Jane corou, em seguida, deu um aceno gentil e desviou o olhar.

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    "H tanta coisa para explicar que difcil saber por onde comear. Mas eu primeiro desejo responder apergunta que voc me fez ontem." Ele fez uma pausa para cobrir a mo dela com a sua, e olhou em seus olhosbrilhantes. "Eu fui v-la Miss Bennet, porque... eu nunca deixei de am-la e eu queria ver se voc ainda poderiater alguns sentimentos por mim. Eu sabia que eu tinha cometido um erro terrvel em no voltar para Netherfielde pedir a sua mo; eu s no sabia o quanto eu tinha sido tolo ou quo grave e trgico tinha sido o erro."

    Jane escutou-o com os olhos arregalados. Ela deu-lhe um sorriso encorajador que oincentivou a continuar.

    "Quando eu parti para Londres, eu esperava ficar fora por apenas alguns dias e no tinha ideia de queminhas irms iriam fechar a casa e me seguir para a cidade. Quando elas chegaram, fizeram de sua nica missome convencer de que nossa relao no era o apego srio que eu imaginava que fosse. Voc v, elas me levarama acreditar que eu no tinha ganho o seu corao,... que voc certamente gostava das minhas atenes, mas queseus sentimentos no eram iguais aos meus. Elas temiam que, se eu pedisse a sua mo, voc poderia me aceitarpor... razes mais prticas."

    Jane tirou a mo do seu brao e trouxe-a a boca. "E voc acreditou nelas?""Eu no, no... em primeiro lugar. Insisti que seus sentimentos por mim eram genunos e que eu sabia

    que nunca iria se casar por convenincia, mas... temo que elas trabalharam em minhas inseguranas, dizendo-meuma e outra vez que nunca tinham visto qualquer paixo ou profundidade de sentimentos em seus olhos e que euacabaria miservel, num casamento sem amor."

    "Eu no estava ciente de que suas irms estavam olhando to profundamente em meus olhos, Mr.Bingley. E em qualquer caso, eu reservava aqueles olhares para voc," disse Jane, com raiva e mgoa.

    "Aborrece-me dizer-lhe que o Mr. Darcy era parte da conspirao para nos manter separados tambm, eque foi ele quem me convenceu de que voc no gostava de mim toprofundamente quanto eu gostaria."

    "Sim, claro, eu entendo agora," disse Jane amargamente, "O Mr. Darcy o seu mentor, bem como seuamigo. Eu no poderia certamente esperar que voc duvidasse da palavra do Mr. Darcy!" Ela se afastou dele emdecepo e angstia.

    "Eu sei que eu fui fraco e ingnuo, Miss Bennet. Eu nunca deveria ter deixado eles interferirem, mas...eles eram to inflexveis em sua crena. Eles ofereceram o que chamaram de um teste de sua sinceridade, e,infelizmente, parecia bastante razovel para mim na poca. Caroline disse-me que ela tinha escrito para vocdizendo que estaramos na cidade por um tempo, e ela acreditava que se voc realmente se importasse comigo,voc responderia a cartaimediatamente, mesmo que apenas para manter a conexo entre ns. por isso que sua cartafoi de extrema importncia para mim. Quando ela no veio, eu tive que admitir que eles tinham razo. Eu nuncasonhei que a coisa toda era uma farsa! - Que nunca tiveram a inteno que eu visse a carta ou voc, nunca mais."

    "Ento voc estava disposto a fazer da carta um teste do meu amor, eliminando toda e qualquerresponsabilidade de si mesmo para procurar meus verdadeiros sentimentos! Vocrealmente um covarde, Mr. Bingley!"

    Charles Bingley no podia compreender o que estava ouvindo! Tinham as suas confisses a deixado aindamais irritada? Ele esperava que, uma vez que ele explicasse como ele havia sido colocado sob intensa presso porpessoas que ele amava e confiava, Jane teria piedade dele e iria perdo-lo! Como isso poderia estar indo to mal?Sua cabea comeou a doer enquanto observava Jane andando para frente e para trs diante dele.

    "Por que voc simplesmente no voltou para Hertfordshire para me ver e fazer sua prpria deciso?Posso entender o questionamento deles das profundezas dos meus sentimentos. Afinal, eles no olharam nosmeus olhos enquanto danamos, nem eles me viram corar e ficar desfeita quando voc pegava a minha mo...Mas voc viu!" disse ela, exasperada. "Somente voc sabia de minha admirao por voc e s voc era odestinatrio dos meus olhares afetuosos. Eu pensei que voc podia ver em meu corao," ela sussurrou com umolhar de desapontamento doloroso.

    "Eu podia, e eu vi, Jane! Realmente eu vi! Eu acreditava que voc me amava como eu te amava! - Comoeu ainda te amo."

    "Levei meses e meses apenas para ser capaz de pensar em voc sem chorar," disse Jane, "e eu tinhafinalmente chegado a acreditar que eu poderia viver minha vida sem voc quando fui chamada para Londres.Quando de repente voc reapareceu ontem, eu no poderia deixar de ficar esperanosa, apesar da minha

    amargura. Agora eu queria que voc nunca tivesse vindo - nunca tivesse me dito suas desculpas esfarrapadas, ouadmitido como foi fraco e impensado. Enquanto voc estava to ansiosamente aguardando a carta que iriadecidir o meu destino, em algum momento lhe ocorreu que eu poderia estar sofrendo? Bem, talvez tenha sidomelhor assim afinal. Voc no o homem que eu pensei que fosse!"

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    E com isso, ela correu dele, descendo o caminho para o lago onde a irm deu um pulo e veio correndo emsua direo. "Jane! O que est errado? O que aconteceu?"

    "Nada! Tudo!" Ela deixou escapar em meio s lgrimas. "Por favor, Lizzy, fique aqui com as crianas.Preciso de um tempo para mim e eu no quero que as crianas me ouam chorando. Por favor!"

    "V, v para casa. Eu vou mant-los fora, enquanto eu puder. Mas tome cuidado, Jane!"Elizabeth observou ansiosamente enquanto sua irm se apressava em direo entrada do parque.

    Quando no podia mais v-la, ela virou seus prprios olhos cheios de lgrimas de volta para as crianas, olhando

    de vez em quando para o caminho. Embora ela permanecesse por mais de uma hora, ela no o vi. Ele deve terfeito sua fuga pelo outro lado do lago.

    Captulo OitoJane tinha finalmente adormecido, quando Elizabeth ouviu a batida na porta. Ela temia atend-la, pois

    como ela poderia olhar nos olhos dele e dizer-lhe para no visit-las novamente? Ela reuniu sua coragem, corrigiusuas feies e corajosamente a abriu.

    "Boa tarde, Miss Bennet," o sorriso ansioso dele caiu quando ele viu o rosto dela. "O que aconteceu? Oque est errado?"

    "Oh, boa tarde, Mr. Darcy," disse ela visivelmente aliviada, e a cor voltando ao seu rosto. "Entre, senhor.Eu estava esperando outra pessoa."

    "Est indisposta, Miss Bennet?" disse ele ansiosamente. "Realmente no parecia muito bem agorapouco."Elizabeth pegou o chapu e casaco dele, entregou a Clara, e fez um gesto para ele segui-la at a sala.

    Quando ele estava sentado, ela tomou o assento diante dele e fez um esforo para sorrir."Sim, estou muito triste, Mr. Darcy, mas no estou doente. Minha irm Jane terminou sua amizade com o

    Mr. Bingley e tem sido um dia doloroso e cansativo.""Terminou?" disse Darcy, sua mente incapaz de dar sentido informao."Sim, eu temo que sim. Agora, se me der licena, por favor, Mr. Darcy, vou dizer a minha tia que o senhor

    veio visitar."Ele se levantou e acenou a cabea, sabendo que o decoro exigia que ela fizesse isso, mas desejando que

    ele pudesse ter tido ela toda para si mesmo por mais uns momentos. Ele podia ver quo cansada e ansiosa ela

    estava e teria gostado de ser de conforto para ela.Dentro de um momento, as senhoras entraram na sala com a Mrs. Gardiner sorrindo calorosamente paraele.

    "Mr. Darcy, que bom v-lo novamente. Espero que sua visita seja para o nosso prazer, e no relacionadaaos negcios. Meu marido ainda est no escritrio."

    "No, Mrs. Gardiner, lhe asseguro que esta uma visita social," disse Darcy, devolvendo o sorriso dela ecurvando-se respeitosamente. "Eu vim para convidar sua famlia para a pera nesta prxima quarta-feira noite.Eu j garanti um camarote para A Flauta Mgica, na esperana de que todos vocs estaro totalmenterecuperados at l. E me daria grande prazer que viessem minha casa depois."

    "Que gentileza sua, Mr. Darcy. Agradeo e aceito em nome de toda a minha famlia. Que ocasioadorvel, no , Lizzy?"

    "Sim, muito emocionante mesmo. Eu amo Mozart, mas eu nunca vi A Flauta Mgica. Obrigada, Mr.Darcy, por seu convite atencioso. E sua irm vai se juntar a ns?""Oh sim, e talvez o Coronel Fitzwilliam tambm, se ele ainda estiver na cidade. Ele est muito ansioso

    para v-la novamente, Miss Bennet."De repente, sons de angstia puderam ser ouvidos da direo do quarto das crianas e a Mrs. Gardiner

    levantou-se, dizendo: "Por favor, desculpe-me, Mr. Darcy. Eu preciso ver meus filhos antes que eles acordem avizinhana inteira. Eu mandarei trazer ch e voltarei assim que possvel."

    Darcy se levantou e se curvou para ela."Sua tia uma senhora muito generosa e discreta," disse Darcy, sorrindo e retomando seu assento."Sim, ela uma alma querida e doce," respondeu Elizabeth, retornando o olhar dele."Agora me diga mais sobre sua irm e meu amigo, se quiser. Eu no peo por nenhum

    particular claro, eu s queria entender o que aconteceu." As feies dele agora traam o graude sua preocupao."H realmente muito pouco para contar, e eu s mencionei a voc para que pudesse ser de conforto para

    o Mr. Bingley mais cedo ou mais tarde." Ela se mexeu desconfortavelmente na cadeira e estudou o leno no colo.

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    "Mas por qu?" Darcy deixou escapar, seus olhos procurando o rosto dela. "Por que agora, quando elesfinalmente conhecem a triste verdade e esto livres de todos os gravames." Ele fez uma pausa, desviando o olhardela para olhar ansiosamente para o tapete. Ele balanou a cabea, e com a sua agitao interna evidente, selevantou para andar pela sala.

    "Me perdoe por esta pergunta impertinente, Miss Bennet, e eu vou entender se voc no quiserresponder, mas... a sua irm j no gosta mais do Mr. Bingley? Eu sei que ele a ama profundamente."

    Ela olhou para ele apreensivamente, deu um rpido olhar para a porta aberta e depois para ele

    novamente. "Eu acredito que ela ainda o ama, Mr. Darcy", disse ela, em apenas um sussurro, "mas s vezes oamor no o suficiente.""No o suficiente?" repetiu ele em horror descarado e veio se sentar ao lado dela.Instintivamente, ele tomou as duas mos dela nas suas e disse: "O amor tudo, Miss Bennet!"Elizabeth no fez nenhum movimento para libertar as mos das dele, mas virou a cabea de lado para

    evitar o seu olhar penetrante."Mr. Darcy, minha irm abriu seu corao para mim e eu compreendo as razes da deciso dela. Mais, eu

    as respeito."Mas se ela realmente o ama, com certeza ela no iria permitir que mal-entendidos do passado os

    mantivessem separados?" perguntou ele, mais por si do que por o seu amigo. "O tempo pode fazer grandesmilagres, Miss Bennet, e as pessoas que so verdadeiramenteafeioadas umas as outras sempre podem encontrar uma maneira de superar esses obstculos. Voc no acreditanisso?" Ele estudou o rosto dela com tal intensidade que ela no podia nem desviar os olhos nem respirar.

    "Infelizmente, nem tudo pode ser perdoado, Mr. Darcy," ela finalmente respondeu, e, em seguida,desviou o olhar inquieto.

    Ele olhou para ela boca aberta."Pode-se sentir afeio por uma pessoa e ainda assim ser incapaz de admir-la ou respeit-la." Ela disse

    suavemente. "E quando esses sentimentos se vo, eu temo que haja pouca esperana para uma unio feliz."Ele estava abalado. Era como se ele tivesse sido perfurado diretamente. Era assim que ela se sentia a

    respeito dele tambm? Era isso que estava em sua mente e corao? Era este o seu destino, bem como o deBingley?

    Ele sabia que ele deveria se levantar e se afastar dela, mas no podia. Ele no podia deix-la."E seria temerrio e perigoso tentar persuadi-la, senhor," continuou ela. "Eu sei que tem boas intenes,

    Mr. Darcy. O senhor sente pelo seu amigo e no insensvel a angstia de minha irm. Mas peo-lhe para nointerferir neste momento... Nem tudo pode ser corrigido."

    Impressionado com a finalidade de sua afirmao, ele respirou rasamente. O medo tomando conta de seucorao. Seus olhos ardiam e ele se afastou dela.

    "Por favor, transmita minhas desculpas sua tia, Miss Bennet. Temo que eu deva ir," disse ele indo emdireo porta, e sem sequer se curvar ou dar adeus, saiu da sala. Clara ouviu-o no corredor e veio correndo comseus pertences, que ele pegou sem um olhar de soslaio para ela. Ele tinha que sair.

    Na sala, Elizabeth permaneceu pasma. Por que ele partiu de forma to abrupta? Por que ele parecia tochateado? Ela entendia que ele estava angustiado por seu amigo, mas... Oh, querido Deus! Ele pensou que euestava falando sobre ns!" Disse ela em voz alta e saiu correndo atrs dele. Quando ela no o viu, voou para a

    janela da cozinha a tempo de ver sua carruagem desaparecer na rua.

    ***

    "Lizzy? O Mr. Darcy j foi embora?" Madeline Gardiner disse com surpresa quando entrou na cozinha."Sim tia," foi tudo o que Elizabeth pde dizer enquanto continuava a olhar pela janela."Lizzy," disse a tia suavemente e colocando a mo no ombro de sua sobrinha, "Vocs

    brigaram? Ele estava chateado com a rejeio de Jane ao amigo dele?""Oh, sim, ele ficou muito preocupado com o Mr. Bingley, mas no brigamos - no exatamente. Mas tenho

    medo que ele tenha interpretado mal muito do que eu disse. Eu s posso imaginar o que ele deve estarpensando!" disse ela ansiosamente.

    "Bem, eu tenho certeza que voc vai ser capaz de esclarecer tudo quando formos pera. Com tantas

    pessoas por perto, vocs sero capazes de encontrar tempo para falar um com o outro tranquilamente e deforma sensata."

    A pera! Esqueci-me da pera! Duvido que ele vai mesmo querer que a gente v agora!"

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    "Bobagem, Lizzy! Alm disso, o Mr. Darcy um cavalheiro, ele no vai retirar o convite! E ele no podetomar isso to srio quanto voc pensa. Ele est provavelmente muito mais preocupado com seus sentimentossobre o assunto."

    "Pode ser que sim," disse Elizabeth, mas isso era precisamente o que a preocupava!A Mrs. Gardiner colocou a gua para o ch e decidiu tirar vantagem de estarem a ss para descobrir a

    opinio de Elizabeth sobre o assunto do Mr. Bingley."Lizzy, voc acha que Jane fez a deciso certa sobre o Mr. Bingley? Soa como se ele estivesse pronto para

    propor e ele obviamente muito apaixonado por ela.""Mas eu acho que dado ao que acabamos de saber, ela sente que ele no a amava o suficiente," disseElizabeth. " uma pergunta difcil, tia. Eu sempre senti que Jane e o Mr. Bingley eram muito parecidos, tanto emtemperamento quanto em expectativas. E ontem noite ela estava mesmo me dizendo o quanto ela o amava.Mas agora que ela sabe os motivos da sua separao, eu entendo seus medos. Como um marido e pai, ele ter afora de carter para tomar decises difceis e firmes quando a vida exigir isso? Se ele pode ser to facilmentepersuadido... se ele tem to pouca convico em si prprio... " Ela deixou essas questes permanecem no ar.

    "Fiquei muito feliz que o seu tio Gardiner fosse to aberto influncia quando estvamos namorando.Oh, eu suponho que ele teria chegado a tomar uma atitude eventualmente, mas eu tive que fazer algumas gravespersuases para fazer com que ele se casasse comigo. Acredito que todos os homens so bastante temerosos eindecisos quando confrontados com o casamento, Lizzy, mas isso no os torna indignos. Eles tendem aamadurecer mais rapidamente uma vez que eles tm a responsabilidade de uma esposa. Voc no chamaria seutio um homem indeciso hoje, chamaria?"

    "Certamente no," exclamou Elizabeth. "Mas isso no bem a mesma coisa a tia. O Mr. Bingley sepermitiu ser influenciado a desistir de Jane! Esta uma transgresso muito mais grave."

    "Sim, , mas tambm compreensvel.""Compreensvel? Como pode dizer isso?""Voc no me disse que o Mr. Bingley perdeu o pai h algum tempo e que ele tem compartilhado sua

    casa com sua irm mais velha desde ento?"Sim.""Bem, eu imagino que, mesmo antes do velho Mr. Bingley falecer, as irms do Mr. Bingley sentiram que

    eram um pouco responsveis por ele e podem t-lo tratado de acordo. Uma vez que seu pai morreu, elas podemter continuado nesse papel, mesmo que seu irmo j fosse um jovem maduro. Talvez o Mr. Bingley tenha estadono hbito de tentar agradar suas irms, como faria a um pai."

    "Mas esse precisamente o problema, tia. Ele deveria ter superado a necessidade de agrad-las emdetrimento da sua prpria felicidade."

    "Bem, talvez voc esteja certa, minha querida. Eu s gostaria que Jane pensasse nisso com muito cuidado.Nenhum de ns est sem culpa, e, embora as circunstncias do Mr. Bingley possam t-lo feito mais dependentedos outros do que deveria ser, no necessariamente uma condio permanente. Se ele em todas as outrasformas um bom rapaz...? Bem, infelizmente, Jane no est em estado de esprito para pensar nisso agora."

    "No", murmurou Elizabeth, sua mente derivou para Grosvenor Square juntamente com o seu residente."Venha, vamos desfrutar do nosso ch na sala de visitas, Lizzy, enquanto ainda est to agradvel e

    tranquilo."Elas carregaram as coisas do ch, e quando Elizabeth foi colocar a bandeja em cima da mesa viu um

    pacote embrulhado em papel pardo que ela no tinha notado antes. No incio, ela pensou que o Mr. Darcy tivesseesquecido alguns papis de negcios em sua pressa de partir, mas quando ela virou o pacote, ela viu que ele tinhasido enviado por uma loja de msica para o endereo dele e que ele havia escrito em grandes letras na partesuperior, "Para Elizabeth". Seu corao bateu um pouco mais rpido, ela desembrulhou-o e viu que ele continha olibreto de A Flauta Mgica e a partitura para os destaques da pera. Havia uma nota em que se lia:

    Querida Miss Bennet,Espero que o incluso ir melhorar o seu prazer da pera na noite de quarta-feira. Estou ansioso para compartilharos prazeres de Mozart com voc.

    Fitzwilliam Darcy

    ***

    "Boa noite, Saunders," disse Darcy, dando ao homem o seu chapu e luvas.

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    "O Mr. Bingley disse sem visitantes, Mr. Darcy ," disse o mordomo, no fazendo nenhuma tentativa dedeter o seu progresso no vestbulo.

    "Eu sei, Saunders. E por favor no deixe ningum entrar - especialmente Miss Bingley ou a Mrs. Hurst. Eleandou bebendo?"

    "Sim, senhor, e muito! Bastante incomum para o Mr. Bingley!""Sim, com certeza. Por favor, mande a cozinheira fazer um pote de caf forte e diga que podemos querer

    algo leve e simples um pouco mais tarde - omelete com um pouco de po e queijo vai servir. Ns iremos avisar."

    O mordomo assentiu com a compreenso e arrastou-se para informar a cozinheira enquanto Darcy subiaas escadas - lentamente desta vez, e com um corao muito pesado. Ele encontrou seu amigo em uma cadeira emseu quarto de vestir, de frente para uma janela aberta, uma garrafa na mo, os olhos vidrados.

    "Charles," disse Darcy suavemente, colocando a mo em seu ombro."V para casa, Darcy. No h nada que voc possa fazer por mim me deixe em paz.""Por favor me permita ficar com voc, Charles. Eu no direi uma palavra, se voc quer silncio.""Pelo amor de Deus, Darcy, por favor, v embora antes que eu me humilhe ainda mais. Eu no estou

    digno para companhia.""Voc no tem nada para se envergonhar diante de mim! Eu fiz tudo isso muito

    vergonhosamente! Agora, permita-me acompanh-lo em uma bebida, Charles. Ento ns vamos ter uma ceialeve, com bastante caf preto. No h nenhum motivo em ter uma dor de cabea medonha amanh em cima detudo o mais."

    "Eu no tenho nenhuma inteno de acordar amanh, assim o estado da minha cabea no vai importar.Alm disso, pensar em comida me revolta."

    "Eu posso entender muito bem isso," disse Darcy, estendendo a mo para a garrafa."Voc pode? Voc realmente acha que voc pode entender como ter a mulher que voc ama te chamar

    de covarde? Esta a sua experincia, Darcy?" disse ele amargamente, "Acho que no! ""No, no ," disse Darcy sentando-se ao lado de seu amigo. "Mas Elizabeth no hesitou em me dizer o

    que ela achava de mim quando ela rejeitou a minha proposta de casamento. Ela me chamou de arrogante evaidoso e disse que eu no me comportava como um cavalheiro. E, oh sim, sua crueldade final foi, que eu era oltimo homem no mundo que ela jamais poderia ser convencida a se casar!... E o olhar nos olhos dela..."

    Charles Bingley olhou para o amigo, mas no disse nada."Charles, eu tenho estado nas profundezas do desespero por muitos meses e eu j tentei de tudo que eu

    pude pensar para aliviar minha dor. Eu no tive qualquer sucesso e no vou sentar aqui e dizer o contrrio. Mas oque vou dizer que h esperana para ns dois. O tempo tem uma maneira de amenizar o golpe mais duro e,milagrosamente, as coisas podem mudar. Na viagem para a cidade descobri que os sentimentos de Elizabeth temse aquecido em relao a mim um pouco. Isso me deu uma esperana renovada e uma viso totalmente diferentedo que que devo fazer. Se Elizabeth, que comeou me desprezando, pode agora olhar para mim como umamigo, ento certamente Miss Bennet, que te amou muito, pode ser persuadida a amar voc de novo."

    Bingley simplesmente balanou a cabea."Sem dvida isso levar tempo," continuou Darcy. "Hoje eu tive um revs doloroso. Elizabeth disse

    algumas coisas que foram muito angustiantes me fazendo sentir que ela nunca seria capaz de me aceitar. E,ainda assim, meu corao se recusa a desistir dela... e eu no vou! At o dia em que ela estiver casada com outrono vou parar de tentar mudar a opinio dela sobre mim. E voc deve fazer o mesmo!

    "Se os sentimentos Miss Elizabeth tm melhorado para voc, Darcy, estou feliz por voc. Mas Jane nuncavai me querer de volta. Aqueles sentimentos preciosos se foram para sempre!"

    "Toda mulher quer acreditar que o homem que ela ama est disposto a batalhar por sua mo, Charles. Elaest magoada e decepcionada, mas ela no pode ter mudado seu corao."

    "Mas ela no tem respeito por mim, Darcy. Ela acha que sou fraco e covarde," disse ele, trabalhandodesesperadamente para manter seu controle.

    "Ento voc deve mostrar a ela sua fora, Charles, voc deve provar que ela est errada.""E como eu vou fazer isso, Darcy?""Fazendo exatamente o que exigir toda sua coragem e fora!""Enfrentando-a?""Exatamente!"

    "Voc quer que eu esteja na companhia dela?" ele perguntou, incrdulo. "Voc espera que eu fiquediante dela enquanto ela desvia o olhar com desdm?"

    "Eu no posso pensar em uma maneira melhor de provar sua coragem e sua dedicao! Com o tempo elavai ver que o seu amor por ela supera qualquer constrangimento voc possa estar sofrendo. bvio que voc

  • 7/31/2019 (in)Convenientes de Viagem - Parte II

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    est disposto a tudo para reconquistar o amor dela e isso certamente deve tocar seu corao. Se voc mostrar aela que voc no est disposto a desistir dela e que voc est convencido do amor dela por voc, eu acho quetem uma boa chance de conquist-la. Apesar da raiva dela, um afeto de verdade no se dissolve com tantafacilidade. Junte-se a mim nisto, Charles. Ns podemos ajudar um ao outro! Acredite em mim, ser muito menosdoloroso do que simplesmente lamentar por tudo que voc perdeu!"

    Charles Bingley olhou para seu amigo por algum tempo. "Voc realmente um bom amigo, Darcy!" disseBingley, com os olhos midos.

    "Apesar do fato de que fui eu que colocou voc nesta situao para comear?""Sim," disse Bingley, levantando-se da cadeira, "Jane me forou a ver que eu sou o nico culpado. Deixeium pouco de presso obstruir meu julgamento e no fiz nada para buscar a verdade por mim mesmo. O pior detudo, eu nem sequer considerei os sentimentos dela, eu s pensei em mim mesmo. Eu realmente no mereo tero amor e respeito dela, Darcy, mas vou lutar por isso mesmo assim."

    "Bom!" disse Darcy com alvio. "Estou muito contente, Charles! E eu sei justamente o lugar para comear!Ns estamos indo pera! Oh, mas devemos procurar um assento separado para voc. Elizabeth j me alertousobre interferir." Ele sorriu.

    Captulo NoveEra uma rotina que Elizabeth tinha vindo a observar sempre que ela visitava Cheapside. Ela subia muito

    cedo para fazer o caf do seu tio, permitindo que sua tia dormisse e dando-se o privilgio de uma meia hora a sscom ele. Ela adorava as suas conversas abertas e fceis, as confidncias compartilhadas e entendimentossilenciosos. E ela podia falar com ele como a nenhum outro - pois ele era parte a figura de um pai, sbio e bemintencionado, e parte amigo, sempre compreensivo e dando apoio.

    Agora ela sentava olhando-o feliz devorando o ltimo de seus muffins e gesticulando para ela gentilmenteencher seu copo.

    "Ento iremos pera, eu acho," disse ele, sorrindo maliciosamente para ela."Sim, tio o Mr. Darcy reservou um camarote.""Foi muito generoso da parte dele convidar a todos ns," disse ele antes de tomar outro gole. "Mas

    ocorreu-me, querida Lizzy, que voc e Jane no vieram para a cidade preparadas para tal passeio elegante. Vocsdevem visitar as lojas esta manh e comprar vestidos novos para a ocasio. Afinal, no podemos ter vocs

    desonrando a famlia diante da alta sociedade," ele brincou."Como o senhor atencioso, querido tio! Mas duvido que pudssemos achar algum para faz-los atempo. H apenas quatro dias!"

    "Ah, minha querida Lizzy, eu acredito que, dado o incentivo certo voc pode encontrar uma costureiraansiosa para estar a servio de vocs," disse o Mr. Gardiner, enquanto ele pressionava uma nota de cinquentalibras na mo dela.

    "Tio Gardiner! Cinquenta libras! Isso muito dinheiro. Eu no poderia d-lo tal despesa!""Minha querida e doce sobrinha, voc no precisa se preocupar com o dinheiro. Pois na verdade, o seu

    Mr. Darcy que est pagando por sua elegncia.""Mr. Darcy?" Elizabeth ficou surpreendida com a observao."Claro, minha querida. O Mr. Darcy foi extremamente generoso e insistiu em pagar-me dez vezes a taxa

    normal para os meus servios. Ou ele no aceitaria o pagamento pelos servios de Clara e at insistiu para que elacontinue conosco at a volta de Agnes! Alm disso, tenho certeza que vou continuar a desfrutar de um bomrelacionamento comercial com ele. Meu ganho financeiro tem sido grande desde que voc fez a apresentao,Lizzy, e posso bem me dar ao luxo de mim-las um pouco. Mas o mais importante, me daria um grande prazer terLondres interia vendo que sobrinhas excepcionalmente bonitas eu tenho e gostaria que voc se sentisse toconfiante e to bonita como voc sempre parece, querida Lizzy. Agora veja se voc no pode animar sua irm umpouco com um vestido novo e elegante."

    "Oh, tio Gardiner! Eu o amo tanto!" disse Elizabeth, chegando a beijar a face de seu tio. "Eu vou tirar Janeda cama imediatamente. Pois se quisermos ser bem sucedidas, precisamos realmente nos apressar!

    ***

    Tinha tomado alguma persuaso para convencer Jane a acompanh-la, e ento, depois de visitar quatroestabelecimentos diferentes, elas no tinham nada seno ps doloridos para mostrar seus esforos. Jane pediupara ir para casa, mas Elizabeth estava determinada a continuar a busca e arrastou a irm resmungona at a

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    prxima loja elegante em Bond Street. A proprietria estava genuinamente ansiosa para ser til, mas explicou quereceber o tecido do fornecedor, muitas vezes levava uma semana ou mais.

    "Eu realmente sinto muito no sermos capazes de ajud-las," disse ela, levando-as para a porta e abrindo-a.

    Elas se voltaram para sair quando para sua consternao, Miss Bingley e Mrs. Hurst entraram pela porta,sorrindo e fazendo uma grande demonstrao de indignao e preocupao.

    "Mrs. Winslow, ouvimos direito? Voc disse que incapaz de ajudar estas queridas amigas nossas? Por

    que no? Voc no pode fazer uma exceo - apenas para nos agradar," arrulhou Miss Bingley."Eu temo que no posso, por mais que eu gostaria, Miss Bingley. E eu acredito que assenhoras entendem que eu iria ajud-las se fosse possvel."

    "Bem", disse Caroline, tomando o brao de Elizabeth e puxando-a para o lado, "Eu sugiro que vocstentem ento a Bennington, Miss Eliza. Mencione o meu nome e estou certa de que faro tudo o que puderempara acomod-las." Ela agora baixou a voz a um sussurro e acrescentou: uma loja muito exclusiva e somos bemconhecidas por todos l."

    O corpo inteiro de Elizabeth se revoltou com a sensao da mo de Miss Bingley em seu brao. Ela notinha sorrido ou mesmo reconhecido a presena ela, e ainda assim Caroline Bingley continuou a charada de haveruma amizade entre elas. Elizabeth assentiu com a cabea levemente enquanto ela se afastava, no querendo quea Mrs. Winslow tomasse conhecimento de qualquer dissabor. Ela acenou para a proprietria e apressou-se parafora da porta.

    Jane, plida como um fantasma, e tremendo de indignao, correu atrs dela. "Lizzy, voc no pode estarpensando em ir para aquela loja e usar o nome de Caroline Bingley!"

    "Claro que no," fervilhou Elizabeth, "mas se essa loja atende a uma clientela exclusiva, eu tenho umnome prprio para usar!"

    Mas mais uma vez, elas ficaram desapontadas. "Se somente pudessem nos dar mais alguns dias," disse aMrs. Bennington. "Lamento desapont-las, mas realmente impossvel. E eu espero que diga a Miss Darcy que oproblema com os fornecedores de tecido e no conosco. Eu contrataria trs ou quatro senhoras extras para teros seus vestidos feitos a tempo, mas a casa de tecido com que lidamos entrega apenas uma vez por semana."

    "Eu entendo," disse Elizabeth desanimada. "Obrigada pelo seu tempo, Mrs. Bennington.Elas j haviam se virado para ir quando a Mrs. Bennington chamou por elas e veio correndo em sua

    direo com um pedao de papel na mo."Eu de repente pensei em algum que pode estar ansiosa para os seus negcios. Uma jovem alem veio

    aqui procura de trabalho h algumas semanas. Ela era costureira e eu queria muito contrat-la, mas ela temfilhos pequenos e queria ser capaz de trabalhar em casa. Exigimos que nossas senhoras trabalhem aqui na lojasob nossa superviso, assim, lamentavelmente, no conseguimos chegar a qualquer tipo de arranjo. Ela nosdeixou o seu nome e endereo, no entanto, e estou muito feliz de compartilhar com as senhoritas. No namelhor parte da cidade, eu temo, mas podem ter melhor sorte com algum na situao dela."

    "Mas ela no vai ter o mesmo problema na aquisio do tecido?" perguntou Jane, ansiosa para pr fim aocalvrio inteiro e retornar solido de seu quarto.

    "Ela pode ter uma fonte local para o tecido que ela usa. Os tecidos podem no ser to finos como osfranceses que compramos, mas vocs pode encontrar algo para agrad-las. possvel, claro, que no consigamnem mesmo encontr-la. Essas pessoas tendem a se mudar com tanta frequncia. Mas por outro lado, vocspodem ter sorte. Boa sorte para as senhoritas."

    "Obrigada, Mrs. Bennington," disse Elizabeth, "Muito obrigada!"

    ***

    A viagem durou 20 minutos e durante toda ela, Jane resmungou sobre a futilidade de seus esforos. Noentanto, Elizabeth permaneceu impvida. Seus motivos eram puramente egostas, pois no podia suportar opensamento de chegar pera e sair da carruagem dos Darcy em um vestido antigo e desbotado. claro que elaqueria aparecer no seu melhor - na verdade, ela queria deslumbr-lo, mas o mais importante, ela queria evitar ossussurros e comentrios depreciativos que sua aparncia simples certamente iria inspirar. Ela no iriaenvergonh-lo - no se ela pudesse evitar.

    Uma menina, de cerca de oito ou nove anos, respondeu s suas batidas. Seu cabelocuidadosamente tranado era quase to brilhante como seus olhos.

    "Sim, posso ajud-las, por favor?""Sim, estamos procura de Greta Brenner, a costureira," disse Elizabeth, devolvendo o sorriso caloroso.

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    "Sim, sim, essa minha Muti... desculpe-me, a minha Mama. Por favor, entrem. Eu vou cham-la."O exterior da casa em runas havia dado motivo a elas para estarem cautelosas do que iriam encontrar l

    dentro, mas para sua surpresa elas foram levadas a uma sala meticulosamente limpa e bem decorada. Omobilirio de madeira era simples e esparso, mas tudo o que poderia ser estofado era muito bonito. As cortinas ecadeiras foram coordenadas com bom gosto, enquanto as toalhas de mesa e almofadas eram bordadas ou comrendas. Claramente, Greta Brenner era uma mestre em seu ofcio, mas o que era ainda mais impressionante eraseu gosto simples e refinado. Elizabeth viu a mudana no semblante de sua irm e sorriu.

    A Mrs. Brenner estava removendo o avental quando ela entrou na sala e cumprimentou-as com respeito."Bom dia, senhoras? Como posso ajud-las?""Recebemos o seu nome e endereo pela proprietria da Bennington, Mrs. Brenner," comeou Elizabeth.

    "Ns viemos para Londres com apenas nossos vestidos de todos os dias e de repente nos encontramosconvidadas para a pera nesta prxima quarta-feira. A senhora tem tempo para nos ajudar? Estamos dispostas acompens-la generosamente pelo seu trabalho."

    Greta Brenner sorriu. "Oh sim, senhorita. Minha irm e eu trabalhamos juntas," disse ela em um Inglscom forte sotaque, "e eu lhe prometo que ser feito a tempo... Isto , se pudermos comear imediatamente. Temum estilo especial em mente ou se gostaria que eu lhe mostrasse algumas amostras e padres?"

    "Por favor, mostre-nos suas amostras," disse Jane. "Estamos ansiosas para ver exemplos de seu trabalho."A Mrs. Brenner trouxe oito modelos diferentes, cada um mais bonito que o anterior. O acabamento

    delicado nos decotes, as dobras drapeadas pelo corpo e a ateno dada a cadadetalhe as impressionou e animou. Agora tudo o que tinham que fazer era decidir! Uma tarefa impossvel! A Mrs.Brenner tirou medies enquanto elas debatiam.

    "Agora temos de encontrar os tecidos perfeitos para os seus vestidos, certo senhoras?" disse a Mrs.Brenner, ajudando-as a se vestir. "Vamos precisar contratar uma carruagem, pois muito longe para ir a p."

    ***

    Esta parte da cidade fazia Cheapside parecer muito elegante, e Elizabeth e Jane olharamdesconfortavelmente uma para a outra quando as ruas se tornaram mais escuras e mais estreitas, a frente daslojas mais empobrecidas suas placas apagadas e muitas vezes ilegveis. Elas pararam em frente de um armazmcujas janelas no mostrava nenhuma pista do que era vendido na parte de dentro, e a placa acima da portaestava escrito em Ingls e numa lngua que nem Jane nem Elizabeth reconheceram. Mas Greta Brenner,obviamente, sabia o seu caminho e se sentia muito confortvel entrando no estabelecimento. Uma vez dentro,elas tambm, deram um suspiro de alvio quando viram fileiras de tecido ricos perfeitamente exibidos em umcmodo limpo e arejado. Elas foram apresentadas ao dono da loja, Moiss Finklestein, que as levou at um lancede escadas em um grande salo como elas nunca tinham visto antes. Elas engasgaram com a viso. As sedas,brocados, veludos e ls estavam em um lado da sala imensa, enquanto o toile, organza, musselina, chiffon ericamente bordadas musselinas no outro. Elas nunca tinham visto tal qualidade ou tal seleo! Como elas iriamdecidir?

    Felizmente, Moiss Finklestein conhecia sua mercadoria e seu negcio. Ele olhou para a esboos queGreta Brenner tinha feito, e observando a cor de suas jovens clientes, fez uma srie de sugestes. O senhorconhecia moda e as caractersticas particulares de cada um de seus tecidos - quais os materiais que tinham corposuficiente para estruturar o corte de uma roupa e que iria armar sensualmente sobre a figura. Ele entendia osefeitos da luz de velas na textura e padro, e trouxe rendas e bordados que aumentariam o brilho da tez dassenhoras. Elizabeth e Jane deixaram o armazm sentindo-se exultantes!

    ***

    Fitzwilliam Darcy tinha tido um enorme esforo para planejar uma noite perfeita. Seus empregadostinham recebido instrues to especficas para a simples recepo de sobremesa que imediatamentecompreenderam o significado da noite e comearam a trabalhar para ajudar seu amado patro a causar aimpresso correta. O Coronel Fitzwilliam tinha sido convocado para participar na pequena conspirao em nomede Bingley, e a menina das flores que trabalhava nos degraus da pera foi instruda a ter os mais frescos e

    melhores buqus preparados para serem apresentados para as senhoras. Apenas Georgiana tinha sido deixadapara ser doce e inocente como era. Darcy contava com a boa natureza inata dela para ser mais convincente, e,portanto, mais til. Todos os arranjos fsicos tinham sido vistos; era sua agitao interna que o fazia se sentirinseguro e agitado.

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    Mais do que tudo, ele queria que essa fosse uma noite confortvel e divertida para todos os seusconvidados - cheia de delcias da boa msica, conversa fcil e riso natural. Ele esperava, claro, por algunsmomentos ntimos entre ele e Elizabeth - um pouco de flerte, um olhar significativo ou sorrisos. Mas como elepoderia esperar qualquer coisa do tipo depois de ter se comportado to mal? Mais uma vez, ele tinha feito papelde bobo! Agora ele reconhecia que ele tinha exagerado transferindo para si os sentimentos que foram feitospara o seu amigo - mas j era tarde demais. No havia nada a fazer seno esperar que Elizabeth aceitasse seupedido de desculpas e verdadeiramente o perdoasse! Haveria algum dia em que ele pudesse encontr-la sem a

    necessidade de pedir-lhe perdo por uma coisa ou outra? Aqueles eram os seus pensamentos quando ele subiuas escadas e veio bater na porta do Gardiners.O Mr. Gardiner mesmo abriu a porta para cumpriment-lo, convidando-o para entrar e comentando de

    modo brincalho sobre sua pontualidade. "Oh, eu vim muito cedo, ento?" perguntou Darcy, um poucoperturbado. "As senhoras precisam de mais tempo? No h necessidade de apress-las; a cortina no sobe pormais uma hora ainda."

    "No, no, Mr. Darcy. Muito pelo contrrio! As senhoras... para minha surpresa, fizeram questo deestarem prontas cedo esta noite. Elas esto apenas dando um beijo de boa noite nas crianas e estaro vindologo. No quer entrar na sala de estar para um copo de vinho do Porto? Ou usque, talvez?"

    "Obrigado, Mr. Gardiner, sim - um pouco, talvez, eu..."Foi nesse momento que Elizabeth entrou no vestbulo, e no tendo ouvido a voz de Darcy, ou sua batida,

    parou bruscamente com a viso dele. Um brilho rosa subiu do decote de seu vestido at sua testa, seus olhos searregalaram e os lbios ligeiramente enrugaram para formar aquele belo "oh" que ele achava to adorvel. Elesorriu e curvou-se profundamente. Ela fez uma reverncia e depois de um momento de embarao, olhou para eletimidamente. Ela estava subitamente incerta de sua escolha do vestido, o corte do decote, a organza vermelhoprofundo. Talvez...

    "Perdoe-me, Miss Bennet," disse Darcy, obrigando-se a mover os olhos do decote do vestido dela paraseu rosto, "mas tirou completamente meu flego! A senhoria est excepcionalmente bonita esta noite." Ele seadiantou para tomar posse da mo dela e traz-la aos lbios.

    Ela seguiu os olhos dele, observando a cor de suas bochechas, a rapidez crescente de sua respirao esabia que seu instinto estava correto. A sensualidade sutil do vestido estava tendo o efeito desejado. Ele estavacompletamente desconcertado e ela no poderia estar mais feliz.

    "Obrigada, Mr. Darcy," ela murmurou, sorrindo calorosamente. "A sua irm est nos esperando nacarruagem? Devo apressar os outros?"

    "No, no, Miss Bennet. Eu deixei minha irm e o Coronel Fitzwilliam na Casa da pera no meu caminhoat aqui. No iria ter espao o suficiente para todos ns andarmosconfortavelmente, ento voc v que no h necessidade de pressa. Estamos em bom tempo."

    "Ento eu irei informar aos outros que o senhor chegou e vou buscar o meu libreto. Foi muito gentil desua parte deix-lo para mim, Mr. Darcy."

    O rosto dele, j sanguneo, ficou vermelho quando ele pensou da forma como ele havia rabiscado o nomedela em todo o invlucro de papel marrom que, na sua pressa, ele tinha esquecido de remover. "Eu... Eu devopedir desculpas, Miss Bennet por no apresent-lo adequadamente a voc... Eu tinha a inteno de desembrulh-lo e entreg-lo a voc mesma.Temo que meu comportamento naquela tarde foi..."

    "Mr. Darcy!" Veio a voz da Mrs. Gardiner da entrada do corredor. "Eu no estava ciente de que j estavaaqui e esperando por ns? Edward, por que voc no me avisou?" Ela repreendeu o marido enquanto dava ao seuilustre visitante sua mo.

    "Acabei de chegar, Mrs. Gardiner, e como estava dizendo para sua sobrinha, h tempo de sobra." Ele securvou para ela e pegou sua mo enluvada, colocando um beijo nela. Quando olhou para cima, viu Jane Bennetem p atrs de sua tia - uma viso em cetim azul claro. Pobre Bingley! ele pensou. Isto ser especialmente difcil

    para ele com ela parecendo to linda. E ele reuniu sua coragem para encar-la e acenou a cabea para eladizendo. "Est muito adorvel, Miss Bennet. Sinto-me verdadeiramente honrado por ter sua companhia estanoite." Ele estendeu o brao para acompanh-la e sentiu a pontada amarga de sua rejeio quando ela murmurou"obrigada," mas deu um passo para o lado de seu tio e enfiou o brao no dele. Ele sorriu compreensivamente evirou-se para dar a Mrs. Gardiner seu brao direito e a Elizabeth o seu esquerdo. Felizmente, ambas as senhoras

    aceitaram, e eles fizeram seu caminho.

    ***

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    O camarote era to espaoso que no havia necessidade para os cavalheiros criarem uma segunda linha.Em vez disso, todos eles foram capazes de se sentar lado a lado, e o Mr. Darcy esperou at que todos tivessemescolhido um lugar antes de encontrar o seu prprio.Felizmente, o grupo tinha se organizado de tal forma que deixou o nico lugar vago ao ladoElizabeth no canto esquerdo do camarote. Era um arranjo perfeito, mas fez pouco para acalmar sua ansiedade. Afrieza de Jane Bennet, a humilhante demonstrao de Miss Bingley e o pedido de desculpas que ainda pairavasobre ele tornou impossvel para ele ter calma. Ele tomou o seu lugar e fingiu se concentrar nas notas do

    programa diante dele."Ah, eu estou contente de ver que todos os cantores esto bem e que no h substituies esta noite,"disse ele, lembrando-se das suas obrigaes como anfitrio.

    "Sim," disse o Mr. Gardiner, "Estou muito ansioso para ouvir Violetta DeMartini! Ela tem uma reputaoexcelente, mas nunca tivemos o privilgio de ouvi-la antes."

    Naquele momento, um lacaio entrou no camarote com um lindo buqu de flores, um pouco maior do queo Darcy tinha escolhido para as senhoras. "Essas so de um senhor sentado na orquestra para Miss Jane Bennet,"disse ele, olhando ao redor do camarote para o portador do mesmo nome. Jane se assustou momentaneamente,mas depois sentou-se rigidamente, seus olhos baixos e fixos no cho.

    "Sim, obrigada," disse a Sra. Gardiner, aceitando-as por sua sobrinha e depois entregando-as a ela comum sorriso simptico.

    Jane no tinha escolha a no ser aceit-las e coloc-las no colo, sem admirar ou abrir o bilhete em anexo."Deve ser cercada de admiradores, Miss Bennet," disse o Coronel Fitzwilliam, "para ter to pouca

    curiosidade quanto ao remetente de um buqu to belo."Tendo sido constrangida a agir, Jane enrubesceu e murmurou algo sobre estar surpresa com o presente.

    Em seguida, ela abriu o carto lentamente, lutando para impedir que suas mos tremessem quando ela assim ofez.

    Querida Miss Bennet,Por favor, perdoe a intromisso, mas eu simplesmente tinha que dizer-lhe como est bela esta noite. Espero queessas flores adicionem a sua apreciao da noite.

    Charles Bingley

    Ela dobrou o bilhete e sorriu timidamente para sua tia. " do Mr. Bingley," ela murmurou, ecolocou o bilhete em sua bolsinha. Sua tia assentiu e no disse nada, enquanto o Coronel Fitzwilliam sorriu eofereceu: "Um homem apaixonado, sem dvida!"

    Jane, agora muito vermelha de vergonha, desviou o olhar quando ouviu Miss Darcy sussurraranimadamente para seu primo, "Que maravilha! Eu no tinha ideia que o Mr. Bingley gostasse tanto assim deMiss Bennet."

    No sabendo o que fazer ou para onde olhar, ela permitiu que seus olhos percorressem a multidoanimada de pessoas finamente vestidas abaixo dela e ali, de p e olhando para ela descaradamente, estavaCharles Bingley! Seu sorriso triste se iluminou um pouco com a ateno dela e seus olhos falaram diretamente aoseu corao. Ele estava implorando por um sorriso, um aceno de reconhecimento qualquer forma decomunicao. Ela fechou os olhos e se virou.

    Por que ele estava fazendo isso por ela? Por que no poderia aceitar a deciso dela e deix-la em paz!Ser que ele no entendia como isso era doloroso para ela? Ela odiava-se pelo que estava fazendo - torturandosua famlia com seu mau humor e tristeza pattica. No era de sua personalidade chamar a ateno para simesma ou permitir que outros sentissem pena dela, mas embora ela ainda se sentisse justificada em sua deciso,ela tinha que admitir que seu corao doa por ele. Ela tinha machucado tanto a si mesma quanto tinhamachucado ele e estava afetada pelo seu sofrimento. E v-lo ali parecendo to desamparado e infeliz, sabendoque ele ainda tinha esperana...

    O som da orquestra afinando seus instrumentos a tirou de seu devaneio, e quando as luzes da casa seapagaram ela deu um suspiro de alvio. Pelo menos agora, ela no poderia serexaminada to de perto!

    ***

    Na outra extremidade do camarote, Fitzwilliam Darcy mudou de posio na cadeira. Nos ltimos dezminutos ele tinha sentado rigidamente em seu assento, sem ousar mover um msculo, por medo de encostar-se a

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    Elizabeth que estava a apenas alguns centmetros de distncia dele. Como ele queria inclinar-se para ela, para"acidentalmente" tocar a mo dela epermitir-se o prazer de olhar para aqueles belos olhos. Ele no se atrevia.

    Elizabeth sentava-se rigidamente na cadeira tambm. Por que esse homem era to teimoso! Ele no podiaver como ela tinha se preparado para esta noite? Poderiam os sorrisos dela serem mais calorosos ou suaaparncia mais encorajadora? Por que diabos ela teria escolhido um vestido desses, se no para que ele soubesseque ela gostava dele e queria agrad-lo! O que ela ia fazer?

    Seu pai havia escrito dois dias antes, para apressar o seu regresso uma vez que os Gardiners estavambem, e ela tinha atrasado sua resposta para que pudessem manter o seu compromisso para a pera. Se ela eFitzwilliam no chegassem a algum tipo de entendimento sobre os seus sentimentos um pelo outro agora, elapoderia deixar Londres e talvez nunca v-lo novamente. Era muito doloroso para sequer pensar! Apesar de suadeterminao em prosseguir lentamente, ela sabia que tinha de agir agora. Ela fechou os olhos em busca de umaresposta.

    muito ridculo! o truque mais antigo e mais comum nos livros! Ele vai ver isso claramente e voc ficarmortificada! No faa isso! E com isso ela deixou seu libreto escapar de suas mos para o cho.

    Ele imediatamente se abaixou para recuper-lo assim como ela. Suas testas se tocaram na escuridoenquanto suas mos agarraram o libreto, mas alguns centmetros de distncia uma da outra. Ele se virou paraolhar para ela; seus lbios se separaram quando ela tomou uma respirao agitada e olhou suplicante para ele. Amandbula dele afrouxou, uma expresso de espanto e incredulidade tomando seu rosto. Ela lhe deu um leve eesperanoso sorriso e traou seu dedo lenta e deliberadamente nas costas das mos dele. Ele endureceu, seusolhos arregalados de incredulidade.

    "Lizzy," sussurrou a Mrs. Gardiner, "Est tudo bem?""Oh sim, tia," respondeu Elizabeth, endireitando rapidamente e trazendo o libreto cado para seu colo.

    "Eu apenas deixei cair isso," ela fez um gesto sorrindo. Ele tinha mais uma vez se pressionado contra a parede eestava olhando fixamente para o palco como se nada tivesse acontecido entre eles. Isto era o que ela temia. Elafechou os olhos em humilhao total.

    Aps cerca de dez minutos de autocensura, ela decidiu que ela no tinha mais nada a perder e permitiuque seu brao se pendurasse ao seu lado entre eles. Ela tentou desesperadamente focar nas palhaadas no palcopara ajud-la a manter a calma, mas a espera parecia interminvel! Ento, de repente, finalmente, ela sentiu osdedos dele, sempre to levemente, roarem contra os dela. Ela respirou e retornou a carcia. Ele comeou aacariciar as pontas dos dedos dela, provocando arrepios de alvio e felicidade em sua espinha. Ela se inclinou nadireo dele, virando a mo de modo que a palma da mo estivesse mais acessvel para ele e ele enfiou a mo nadela e apertou-a. Ela respondeu com um pequeno aperto, e seu aperto agora to decididamente firme que ela jno sabia onde a mo dela terminava e a dele comeava. Ela virou o rosto para sorrir para ele na escurido, e seuolhar de amor j estava espera dela. A msica aumentou para um crescendo, levantando seus coraes em umaantecipao de tirar o flego, mas no havia nada no palco que pudesse tirar seus olhos um do outro.

    Captulo 10De repente, todos ao seu redor estavam zanzando, conversando ruidosamente sobre a

    apresentao e sua necessidade de esticar as pernas e obter um refresco. Ambos estavam

    assustados e atordoados. Quando o maestro tinha largado a batuta ou os cantores deixado opalco? Eles se separaram rapidamente, misturando-se no meio do resto do grupo com umadeterminao especfica de parecerem tranquilos e plenamente conscientes de tudo o que vinha acontecendo aoseu redor.

    O Mr. Darcy procurou sua irm para saber de sua apreciao da apresentao e aps um momento decolaborao, sugeriu que eles procurassem um refresco. Virando-se para dar a Elizabeth o seu brao, ele viu queela j havia anexado-se ao seu tio e deu-lhe um sorrisocaloroso e aprovador. Talvez um pouco de distncia fosse melhor agora, pois ele tinha certeza de que todospoderiam sentir a tenso sensual que surgia atravs dele quando ele estava perto dela. O pequeno grupo saiu docamarote e se tornou parte da multido em movimento.

    As senhoras aceitaram graciosamente as oferecidas flautas de vinho espumante e tomaram um gole

    enquanto observavam o desfile de pessoas elegantes e felizes movendo-se ao redor deles. Alguns sorriram eacenavam com a cabea em sua direo, enquanto outras permitiram que seus olhos subissem e descessemsobre eles apenas para sussurrar o mais discretamente possvel atrs de seus leques. Vrios amigos de Darcypararam para serem apresentados com o que parecia um desejo genuno de conhec-los.

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    A mandbula de Elizabeth doa de sorrir. Ela precisava desesperadamente de uma bebida fresca, mas ovinho estava simplesmente fora de questo. A ltima coisa que ela precisava agora era de um estimulante queofuscasse o julgamento dela ainda mais. Esperanosamente ela teria a oportunidade de pedir licena e derramarum pouco de gua fria nos pulsos antes de voltarem para o camarote. Ela s conseguia imaginar a cor de suasbochechas. Elas provavelmente rivalizavam com a cor do seu vestido!

    "Talvez voc prefira isto, Miss Bennet," veio sua voz profunda e reconfortante atrs dela. "Confie emmim," ele sussurrou, " s gua com pingos de limo." Ele levou sua prpria taa aos lbios e tomo o resto de seu

    vinho do porto, em seguida, sorriu para ao suspiro agradecido dela."Eu nunca soube que era to atento, Mr. Darcy. Estou lisonjeada.""Sempre fui atento a tudo que diz respeito a voc, Miss Bennet. S que, eu acredito que voc sempre

    pensou que eu estava olhando para encontrar defeitos."Ela corou. "Eu suponho que h muita coisa que eu ainda tenho que aprender sobre voc, Mr. Darcy." Ela

    olhou para ele com um sorriso de auto-satisfao e atrevimento, s para ver o rosto dele de repente se tornaransioso. Aps o seu olhar, ela viu o Mr. Bingley vindo na direo deles um sorriso hesitante em seus lbios.

    Darcy deu um passo adiante para cumpriment-lo e Elizabeth imediatamente reconheceu o gesto comouma tentativa de assegurar a seu amigo que ele era bem-vindo entre eles. Deve ter muita coragem para ele fazerisso! Ela pensou. O que ele deve estar pensando?

    "Charles, como vai voc?" disse Darcy, apertando sua mo. "Eu acredito que voc conhea todo mundoaqui."

    "Sim, claro," disse Bingley, curvando-se para a Mrs. Gardiner. "Como vai, Mrs. Gardiner, Mr. Gardiner.Estou muito satisfeito em v-los novamente." Ele virou-se para as trs moas de p juntas, curvou-se a cada umadelas e veio para ficar diretamente diante das irms Bennet.

    "Eu espero que esteja desfrutando da apresentao desta noite, Miss Bennet?" Disse ele, olhando-a comadorao.

    "Sim, obrigada," ela murmurou, lanando os olhos para o cho.O olhar dele no vacilou. "A beleza da msica de se esperar, claro, mas estou sempre espantado com a

    compreenso intrnseca de Mozart da natureza humana - mesmo quando a situao ridcula. Reparou nissotambm?" Perguntou ele, esperando desesperadamente fazer contato com aqueles belos olhos azuis.

    Ela assentiu sem se atrever a olhar para cima, no entanto.Houve uma pausa desconfortvel muito antes de Miss Darcy dar um