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Os dados da Sondagem Industrial de junho mostram aumento da atividade, que reverte, em grande medida, as quedas registradas no mês anterior, na esteira da interrupção do transporte rodoviário de cargas. A utilização da capacidade instalada voltou ao patamar de abril, antes da paralisação, e os estoques acumulados em excesso foram significativamente reduzidos, aproximando-se ao desejado pelas empresas. As expectativas também melhoraram. Há mais otimismo com relação à demanda futura, compras de matérias-primas e exportações. O empresário não espera queda do emprego industrial nos próximos meses. Recuperação da atividade SONDAGEM INDUSTRIAL Indicadores CNI ISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho 2018 Por outro lado, a intenção de investir continuou em queda. As condições financeiras também pioraram, com aumento da insatisfação com a lucratividade e com a situação financeira no segundo trimestre. Os dados dos principais problemas da Sondagem Industrial mostram que a elevada carga tributária e a falta de demanda permaneceram no topo das reclamações. Contudo, os impactos da paralisação foram sentidos: a falta/alto custo de matéria prima consolidou-se no terceiro lugar e dificuldades de transporte/logística pulou da 9ª para a 4ª posição no ranking. O empresário também apontou a questão da tabela do frete entre os principais problemas. Utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual Índice de difusão (0 a 100 pontos)* * Índice varia de 0 a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam utilização da capacidade abaixo do usual para o mês. Quanto mais distante de 50 pontos, maior a distância entre o efetivo e o usual. UCI (efetiva-usual) Linha divisória 50 Acima do usual Abaixo do usual 37,1 33,8 36,1 39,9 42,8 JUN 2014 DEZ JUN 2015 DEZ JUN 2016 DEZ JUN 2017 DEZ JUN 2018

Indicadores CNI ISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho ... · 50,8 pontos em junho. Ou seja, passou de um índice muito abaixo da linha divisória (mostrando queda intensa

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Os dados da Sondagem Industrial de junho mostram aumento da atividade, que reverte, em grande medida, as quedas registradas no mês anterior, na esteira da interrupção do transporte rodoviário de cargas. A utilização da capacidade instalada voltou ao patamar de abril, antes da paralisação, e os estoques acumulados em excesso foram significativamente reduzidos, aproximando-se ao desejado pelas empresas.

As expectativas também melhoraram. Há mais otimismo com relação à demanda futura, compras de matérias-primas e exportações. O empresário não espera queda do emprego industrial nos próximos meses.

Recuperação da atividade

SONDAGEM INDUSTRIAL

Indicadores CNIISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho 2018

Por outro lado, a intenção de investir continuou em queda. As condições financeiras também pioraram, com aumento da insatisfação com a lucratividade e com a situação financeira no segundo trimestre.

Os dados dos principais problemas da Sondagem Industrial mostram que a elevada carga tributária e a falta de demanda permaneceram no topo das reclamações. Contudo, os impactos da paralisação foram sentidos: a falta/alto custo de matéria prima consolidou-se no terceiro lugar e dificuldades de transporte/logística pulou da 9ª para a 4ª posição no ranking. O empresário também apontou a questão da tabela do frete entre os principais problemas.

Utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual Índice de difusão (0 a 100 pontos)*

* Índice varia de 0 a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam utilização da capacidade abaixo do usual para o mês. Quanto mais distante de 50 pontos, maior a distância entre o efetivo e o usual.

UCI (efetiva-usual)

Linha divisória 50

Acima

do usual

Abaixo

do usual

37,1

33,836,1

39,9

42,8

JUN

2014

DEZ JUN

2015

DEZ JUN

2016

DEZ JUN

2017

DEZ JUN

2018

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Sondagem IndustrialISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho 2018

DESEMPENHO DA INDÚSTRIA EM JUNHO DE 2018

Produção estável após quedaA produção em junho aumentou ligeiramente após a forte queda de maio. O índice de evolução da produção passou de 41,6 pontos em maio para 50,8 pontos em junho. Ou seja, passou de um índice muito abaixo da linha divisória (mostrando queda intensa e disseminada da produção, frente ao mês anterior) para índice superior, ainda que próximo, a essa linha (mostrando leve aumento da produção). Ressalte-se que em anos anteriores, a tendência é que junho seja um mês de atividade

Evolução da produção nos meses de junho (2010-2018) Índice de difusão (0 a 100 pontos)*

* Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam crescimento da produção frente ao mês anterior.

Produção Linha divisória

mais fraca que maio (índices tendem a situar-se abaixo da linha divisória).

O índice de evolução do número de empregados manteve-se praticamente estável entre maio e junho (queda de 0,2 ponto, para 48,1 pontos). O índice mostra uma redução do emprego industrial no período. Não obstante, o indicador de junho de 2018 é o maior para o mês dos últimos cinco anos.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) efetiva em relação ao usual ficou em 42,8 pontos, patamar próximo ao observado em abril (43,0 pontos). O índice aumentou 5,5 pontos frente a maio, revertendo praticamente toda a queda daquele mês.

Utilização da capacidade instala retoma nível de abrilA UCI ficou em 66% em junho, três pontos percentuais acima do registrado em maio. Com o aumento, a UCI retoma o percentual observado em março e abril. Mais ainda, nos últimos quatro anos, é o percentual mais elevado para o mês.

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

51,2

48,0

45,546,0

39,640,3

46,6

47,7

50,8

50

Aumento

Queda

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Sondagem IndustrialISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho 2018

O forte acúmulo de estoques de maio foi revertido quase em sua totalidade em junho. O índice de evolução dos estoques ficou em 48,4 pontos, indicando queda dos estoques. Já o índice de estoque efetivo-planejado, que alcançou 53,3

Forte ajuste dos estoquespontos em maio, reduziu para 50,4 pontos. O índice passou a situar-se muito próximo à linha divisória de 50 pontos, que indica que os estoques da indústria estão de acordo com o planejado.

Evolução do nível de estoques e do estoque efetivo em relação ao planejado Índices de difusão (0 a 100)*

* Indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam crescimento do nível de estoques ou estoque efetivo acima do planejado.

Evolução Linha divisória Efetivo-planejado

50

Aumento/

acima do

planejado

Queda/

abaixo do

planejado

50,1

50,6

54,5

50,450,4

49,5 49,6

49,3

48,9

46,4

49,2

49,749,8

48,4

51,150,9

50,0

50,7

49,9 49,8

49,549,2

49,7

50,6

53,3

51,0

JUN

2017

JUL AGO SETSET OUT NOV DEZ JAN

2018

FEV MAR ABR MAI JUN

Utilização média da capacidade instalada Percentual (%)

62

64

66

68

70

72

74

76

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

66%Jun/18

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

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Sondagem IndustrialISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho 2018

Os índices de satisfação com lucro operacional e com a situação financeira recuaram pelo segundo trimestre consecutivo, após terem apresentado sequência de sete trimestres de crescimento. Apesar das duas quedas consecutivas, ambos índices estão acima dos valores observados no mesmo trimestre dos quatro anos anteriores.

O índice de satisfação com a situação financeira ficou em 45,3 pontos no segundo trimestre de 2018, uma queda de 0,7 ponto na comparação com o observado no primeiro trimestre e crescimento de 1,3 ponto frente ao 2º trimestre de 2017. Já o índice de satisfação com o lucro operacional registra 39,9 pontos, um recuo de 1,4 ponto frente ao trimestre anterior e crescimento de 1,2 ponto, na comparação com o mesmo trimestre de 2017.

O índice de acesso ao crédito caiu 0,7 ponto, para 36,9 pontos entre o primeiro e segundo trimestres de 2018. É a primeira queda do índice após sete aumentos consecutivos. O indicador permanece distante dos 50 pontos, apontando que o acesso ao crédito segue muito mais difícil que o usual. Mesmo com a queda, o índice encontra-se 2,8 pontos acima do registrado no 2º trimestre de 2017.

Condições financeiras pioram pelo segundo trimestre consecutivo

Acesso ao crédito fica mais difícil

CONDIÇÕES FINANCEIRAS DA INDÚSTRIA NO 2O TRIMESTRE DE 2018

Satisfação com o lucro operacional e com a situação financeira Índice de difusão (0 a 100 pontos)*

* Indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 indicam satisfação com a margem de lucro operacional e a situação financeira

Situação financeira Lucro operacional Linha divisória

Facilidade de acesso ao crédito Índice de difusão (0 a 100 pontos)*

* Indicadores variam de 0 a 100. Valores maiores que 50 indicam facilidade no acesso ao crédito.

Facilidade de acesso ao crédito Linha divisória

II-15 IV-15 II-16 IV-16 II-17 IV-17 II-18

50

Fácil

Difícil

31,6

29,0

34,1

36,9

50

Satisfação

Insatisfação

39,339,5

44,045,3

33,4

34,9

38,739,9

II-15 IV-15 II-16 IV-16 II-17 IV-17 II-18

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PROBLEMAS ENFRENTADOS PELA INDÚSTRIA NO 2O TRIMESTRE DE 2018

Principais problemas enfrentados pela indústria no 2O trimestre de 2018 Percentual (%)

2º trimestre 2018 1º trimestre 2018

A relação de principais problemas enfrentados pela indústria no 2º trimestre de 2018 foi influenciada pela paralisação dos serviços de transporte rodoviário em maio. Na opção de resposta “outros”, diversos empresários mencionaram não só a paralisação, como também a questão da criação de uma tabela de fretes como um dos maiores problemas enfrentados no trimestre.

A elevada carga tributária e a demanda interna insuficiente permaneceram como 1º e 2º problemas mais apontados pelas empresas, mas a assinalação de ambos recuou na comparação com o 1º trimestre. A elevada carga tributária foi apontada por 39,2% dos respondentes, 3,4 pontos percentuais (p.p.) a menos que no trimestre anterior. A assinalação de demanda insuficiente recuou 4,2p.p., para 30,3%.

A falta ou alto custo da matéria-prima manteve-se na 3ª posição do ranking de principais problemas, com 26,9% de assinalações. É o quarto trimestre consecutivo de aumento do percentual; antes do aumento recente, o item era apenas o 7º principal problema. Foram 12,5 p.p. a mais de assinalações no período.

Em seguida, praticamente empatada com o item anterior, a dificuldade na logística de transporte apresentou 29,6% de marcações. Claramente afetada pela interrupção dos transportes, a opção recebeu 13,7p.p. a mais de assinalações, passando do 9º para o 4º lugar no ranking de principais problemas.

A taxa de câmbio também saltou entre as principais preocupações da indústria. O item recebeu 12,6 p.p. a mais de assinalações, alcançando 21,8%. A opção saltou da 13ª posição no ranking de principais problemas para a 5ª posição.

Paralisação dos caminhoneiros gerou vários problemas para indústria

Na pesquisa é solicitado que o empresário marque até três itens que constituíram problemas reais para a sua empresa, desta forma a soma dos percentuais supera 100%.

39,2

30,3

26,9

26,6

21,8

17,0

16,3

15,1

13,7

11,9

10,4

8,4

6,9

6,6

5,7

4,3

6,3

3,0

42,6

34,5

23,1

12,9

9,2

18,0

17,1

18,5

16,4

12,7

13,2

9,0

9,3

9,9

5,9

6,5

3,3

4,4

Elevada carga tributária

Demanda interna insuficiente

Falta ou alto custo da matéria

prima

Dificuldades na logística de

transporte

Taxa de câmbio

Falta de capital de giro

Inadimplência dos clientes

Competição desleal

Taxas de juros elevadas

Falta ou alto custo de energia

Burocracia excessiva

Demanda externa insuficiente

Falta de financ. de longo prazo

Competição com importados

Insegurança jurídica

Falta ou alto custo de trabalhador

qualificado

Outros

Nenhum

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Sondagem IndustrialISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho 2018

EXPECTATIVAS DA INDÚSTRIA EM JULHO DE 2018

*Índices variam no intervalo de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam expectativa de crescimento.

Os empresários em julho mostram mais otimismo que no mês anterior. Os índices de expectativa de demanda, de compras de matérias-primas e de número de empregados aumentaram, após três quedas consecutivas. Os índices de demanda e de compras se afastaram da linha divisória, mostrando maior

Expectativas dos empresários melhoramotimismo. O índice de número de empregados, que chegou a registrar expectativa de queda do emprego industrial, agora aponta estabilidade. O empresário também mostra expectativa de aumento na quantidade exportada, apesar da taxa de câmbio ter recebido mais assinalações em principais problemas.

Índices de expectativaÍndices de difusão (0-100 pontos)*

Demanda Compras de matérias-primas

Demanda Linha divisória Compras de matérias-primas Linha divisória

JUL

2017

SET NOV JAN

2018

MAR MAI JUL

50

Aumento

Queda

55,7

54,9

56,3 56,4

JUL

2017

SET NOV JAN

2018

MAR MAI JUL

50

Aumento

Queda

53,654,554,3

53,0

Número de empregados Quantidade exportada

Número de empregados Linha divisória Quantidade exportada Linha divisória

50

Aumento

Queda

JUL

2017

SET NOV JAN

2018

MAR MAI JUL

48,949,548,8

49,9

JUL

2017

SET NOV JAN

2018

MAR MAI JUL

50

Aumento

Queda

54,2 54,1

55,4

53,0

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Sondagem IndustrialISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho 2018

Nota: Na pesquisa é solicitado que o empresário marque até três itens que constituíram problemas reais para a sua empresa. Desta forma, a soma dos percentuais supera 100%.

RESULTADOS

Principais problemas

GERAL PEQUENAS MÉDIAS GRANDES

I-18 II-18 I-18 II-18 I-18 II-18 I-18 II-18

ITENS % % Posição % % Posição % % Posição % % Posição

Elevada carga tributária 42,6 39,2 1 43,5 41,8 1 43,7 43,3 1 41,5 35,8 1

Demanda interna insuficiente 34,5 30,3 2 31,2 27,0 2 35,1 32,2 2 35,9 30,9 3

Falta ou alto custo da matéria prima 23,1 26,9 3 18,9 26,3 3 21,9 26,9 3 25,8 27,2 5

Dificuldades na logística de transporte 12,9 26,6 4 9,1 13,3 9 11,1 23,1 4 15,7 35,0 2

Taxa de câmbio 9,2 21,8 5 3,8 9,4 11 6,2 16,5 7 13,5 30,7 4

Falta de capital de giro 18,0 17,0 6 22,2 20,9 6 20,2 18,7 5 14,7 14,1 6

Inadimplência dos clientes 17,1 16,3 7 22,3 22,8 5 19,8 18,3 6 13,1 12,1 7

Competição desleal 18,5 15,1 8 27,7 24,0 4 21,5 16,5 7 12,3 10,0 10

Taxas de juros elevadas 16,4 13,7 9 17,4 16,7 8 18,9 14,3 9 14,5 11,9 8

Falta ou alto custo de energia 12,7 11,9 10 15,3 17,7 7 15,2 13,7 10 10,1 8,0 12

Burocracia excessiva 13,2 10,4 11 12,8 11,4 10 10,8 9,8 11 14,7 10,2 9

Demanda externa insuficiente 9,0 8,4 12 8,9 8,1 12 8,7 7,0 13 9,3 9,2 11

Falta de financ. de longo prazo 9,3 6,9 13 7,9 7,7 13 10,3 7,7 12 9,5 6,1 15

Competição com importados 9,9 6,6 14 7,1 6,7 15 9,8 6,5 14 11,3 6,7 14

Insegurança jurídica 5,9 5,7 15 4,2 3,1 16 6,2 5,3 15 6,5 7,2 13

Falta ou alto custo de trabalhador qualificado 6,5 4,3 16 7,8 7,3 14 5,8 4,8 16 6,2 2,5 16

Outros 3,3 6,3 - 2,3 3,2 - 4,1 4,7 - 3,4 8,6 -

Nenhum 4,4 3,1 - 6,4 4,2 - 3,5 3,3 - 3,8 2,5 -

A intenção de investir do empre-sário continua em trajetória de queda. O índice de intenção de investimento recuou 1,1 ponto em julho, para 49,4 pontos. É a quinta queda consecutiva do indicador, que acumula um decréscimo de 4,2 pontos no período. Apesar da trajetória desfavorável recente, o índice é 2,8 pontos maior que o registra-do em julho de 2017.

Intenção de investir segue em quedaIntenção de investimento Índices de difusão (0 a 100 pontos)*

*O índice varia de 0 a 100 pontos. Quanto maior o índice, maior a propensão a investir da indústria.

41,3

41,4

46,6

49,4

39

43

47

51

55

JUL

2015

NOV MAR

2016

JUL NOV MAR

2017

JUL NOV MAR

2018

JUL

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Sondagem IndustrialISSN 1676-0212 • Ano 21 • Número 6 • Junho 2018

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO

EVOLUÇÃO DO NO DE EMPREGADOS UCI (%) UCI EFETIVA-

USUALEVOLUÇÃO DOS

ESTOQUESESTOQUE EFETIVO-

PLANEJADO

jun/17 mai/18 jun/18 jun/17 mai/18 jun/18 jun/17 mai/18 jun/18 jun/17 mai/18 jun/18 jun/17 mai/18 jun/18 jun/17 mai/18 jun/18

Indústria geral 47,7 41,6 50,8 47,6 48,3 48,1 65 63 66 39,9 37,3 42,8 50,1 54,5 48,4 50,9 53,3 50,4

POR SEGMENTO INDUSTRIAL

Indústria extrativa 48,7 44,6 46,8 46,4 48,6 47,3 70 67 71 45,0 42,4 46,1 51,5 55,8 43,0 49,9 50,8 46,7

Indústria detransformação 47,6 41,4 50,9 47,6 48,2 48,1 65 63 66 39,7 37,1 42,7 50,0 54,4 48,5 50,9 53,3 50,5

POR PORTE

Pequena1 44,8 42,3 46,3 45,8 47,0 46,3 57 57 59 37,6 37,5 40,2 47,8 47,6 47,6 46,2 46,5 46,4

Média2 47,2 40,9 50,9 46,9 47,3 48,2 63 62 65 38,9 35,5 43,1 49,9 52,6 47,5 50,4 51,4 48,9

Grande3 49,4 41,6 52,9 48,8 49,4 48,9 70 67 71 41,6 38,1 44,0 51,3 58,9 49,2 53,4 57,6 53,1

Indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam evolução positiva, estoque acima do planejado ou utilização da capacidade instalada acima do usual.1 - Empresa com 10 a 49 empregados. 2 - Empresa com 50 a 249 empregados. 3 - Empresa com 250 ou mais empregados.

Desempenho da indústria

Condições financeiras no trimestre

MARGEM DE LUCRO OPERACIONAL

PREÇO MÉDIO DAS MATÉRIAS-PRIMAS SITUAÇÃO FINANCEIRA ACESSO AO CRÉDITO

II 2017 I 2018 II 2018 II 2017 I 2018 II 2018 II 2017 I 2018 II 2018 II 2017 I 2018 II 2018

Indústria geral 38,7 41,3 39,9 56,2 63,2 70,0 44,0 46,0 45,3 34,1 37,6 36,9

POR SEGMENTO INDUSTRIAL

Indústria extrativa 38,0 42,7 40,1 54,1 60,0 66,2 43,4 46,3 43,6 37,1 38,9 42,7

Indústria detransformação 38,7 41,3 39,8 56,3 63,4 70,2 44,0 46,0 45,3 34,0 37,6 36,7

POR PORTE

Pequena1 35,2 36,4 36,6 58,0 62,9 69,7 38,0 39,3 39,7 30,3 33,5 33,8

Média2 35,9 39,0 37,8 55,0 63,3 69,0 41,1 43,6 42,6 30,2 34,6 34,1

Grande3 41,8 45,0 42,7 55,9 63,2 70,6 48,5 50,6 49,5 38,1 41,3 39,9

Indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam satisfação com a margem de lucro operacional e a situação financeira, facilidade no acesso ao crédito ou aumento no preço médio das matérias-primas. 1 - Empresa com 10 a 49 empregados. 2 - Empresa com 50 a 249 empregados. 3 - Empresa com 250 ou mais empregados.

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Indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa positiva. * Indicador varia no intervalo de 0 a 100 pontos. Quanto maior o índice, maior a propensão a investir da indústria.1 - Empresa com 10 a 49 empregados. 2 - Empresa com 50 a 249 empregados. 3 - Empresa com 250 ou mais empregados.

DEMANDA QUANTIDADE EXPORTADA

COMPRAS DE MATÉRIA-PRIMA Nº DE EMPREGADOS INTENÇÃO DE

INVESTIMENTO*

jul/17 jun/18 jul/18 jul/17 jun/18 jul/18 jul/17 jun/18 jul/18 jul/17 jun/18 jul/18 jul/17 jun/18 jul/18

Indústria geral 55,7 54,9 56,4 53,5 54,1 55,4 53,6 53,0 54,5 48,8 48,9 49,5 46,6 50,5 49,4

POR SEGMENTO INDUSTRIAL

Indústria extrativa 52,2 52,8 55,8 54,7 54,3 56,2 50,0 50,7 55,0 46,5 50,1 49,8 42,9 52,1 51,0

Indústria detransformação 55,9 54,9 56,4 53,4 54,2 55,4 53,7 53,0 54,4 48,9 48,8 49,5 46,8 50,4 49,3

POR PORTE

Pequena1 53,7 52,6 55,0 48,9 52,9 53,0 51,4 50,7 53,2 47,4 47,4 48,2 35,2 38,1 37,1

Média2 55,1 54,5 55,6 52,3 54,6 56,1 53,2 52,8 53,3 48,2 48,9 49,1 43,5 45,6 45,1

Grande3 57,1 56,2 57,5 56,5 54,4 56,3 55,0 54,2 55,7 49,9 49,6 50,4 53,8 59,3 57,8

Expectativas da indústria

SONDAGEM INDUSTRIAL | Publicação mensal da Confederação Nacional da Indústria - CNI | www.cni.com.br | Diretoria de Políticas e Estratégia - DIRPE | Gerência Executiva de Política Econômica - PEC | Gerente-executivo: Flávio Castelo Branco | Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade - GPC | Gerente-executivo: Renato da Fonseca | Gerência de Estatística | Gerente: Edson Velloso | Análise: Marcelo Souza Azevedo | Equipe: Aretha Silicia Lopez Soares e Roxana Rossy Campos | Coordenação de Divulgação (DIRPE/GPC) | Coordenadora: Carla Gadêlha | Design gráfico: Carla Gadêlha | Serviço de Atendimento ao Cliente - Fone: (61) 3317-9992 - email: [email protected] | Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.

Perfil da amostra: 2.159 empresas, sendo 900 pequenas, 770 médias e 489 grandes.Período de coleta: 2 a 12 de julho de 2018.

Especificações técnicas Veja maisMais informações como dados setoriais, regionais, edições anteriores, versão inglês, metodologia da pesquisa e série histórica em: www.cni.com.br/sondindustrial

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