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Distrito de Saúde Noroeste INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA O Município de Campinas está dividido em cinco Distritos de Saúde, sendo que o Distrito de Saúde Noroeste, com uma população aproximada de 170.000 habitantes, é foco do presente trabalho. O Distrito de Saúde Noroeste tem na sua estrutura os seguintes equipamentos: 12 Centros de Saúde, um Caps (Centro de Atenção Psicosocial), um Centro de Convivência, um Centro de Geração de Rendas (Casa das Oficinas) e um Pronto Atendimento. A Saúde Bucal é ofertada em 9 destes serviços, onde contamos com 32 Cirurgiões Dentistas, 26 ASB’s (Auxiliar de Saúde Bucal) , 4 TSB’s (Técnicos de Saúde Bucal). Pelos estudos de acesso apenas 8% em média da população do município chega à cadeira odontológica de todos os serviços, seja da Atenção Básica ou de outros serviços públicos ou privados (dado este fornecido pela DRS7), o que fez com que o planejamento da área de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde para 2009-2012, apontasse para uma ampliação da meta de 12%, meta esta também sinalizada no SIS Pacto. Para os gestores locais que não tem sua formação neste núcleo de conhecimento muitas vezes fica difícil gerenciar e compreender os processos de trabalho desta área. É sabido também, que a quantidade de atendimentos e procedimentos odontológicos executados em nossos serviços, muitas vezes não atinge o esperado, por isso, a partir destas necessidades o presente trabalho foi iniciado. A proposta é que estas rodas de discussão se tornem uma constante em nossos serviços e que isso sirva para introduzir um olhar mais crítico aos atores e que eles vislumbrem todo o processo que acontece dentro e a volta do atendimento odontológico. Autor: Maria Imaculada O. C. Müller Co-autor: Vera Elisa de Oliveira Aproximar os trabalhadores das equipes de Saúde Bucal e Gestores Locais da produção e compreensão dos indicadores de Saúde Bucal. O tema indicador em Saúde Bucal, foi trabalhado em uma reunião ordinária (reunião esta com periodicidade mensal) no Distrito, onde estavam presentes, vários profissionais dentistas, técnicos e auxiliares, além dos gerentes locais. Posteriormente como apoiadora da área, e por entender que a discussão da produção na forma nominal poderia trazer algum constrangimento às equipes, optou-se em ir a cada Unidade de Saúde e junto com o gestor local e aos profissionais de Saúde Bucal, em primeiro lugar conhecer o site da Secretaria Municipal de Saúde; quais informações é possível visualizar através desta página: protocolos e indicadores estão disponíveis entre outros. Passo seguinte: discutido a produção dos profissionais e como esta vai conformando o perfil de atendimento de cada equipe. O levantamento da produção apesar de ser possível através do TABNET, preferi utilizar os dados contidos no Tabwin, que é um tabulador desenvolvido pelo DATASUS/MS para ser utilizado nas bases de dados do SUS, e onde os dados podem ser expostos nominalmente. Para a análise da produtividade de cada serviço/equipe, foram utilizados os parâmetros de produtividade e de atendimento estabelecidos pela Secretaria Municipal de Saúde e no documento de indicadores de saúde bucal. Tudo isso foi demonstrado passo a passo, com intuito de desenvolver nas equipes uma capacidade de compreender a sua produção frente à necessidade de saúde bucal da sua clientela. OBJETIVO METODOLOGIA No papel de apoiadora de saúde bucal foi acreditar que é possível mudar a nossa realidade a partir da ampliação da compreensão dos gestores locais e trabalhadores das equipes de saúde bucal, lançando mão de ferramentas existentes e uma metodologia participativa. Quando os atores compreendem o processo e se co- responsabilizam dentro deste, é nítido o desejo da mudança em busca de indicadores melhores. Outro aspecto bastante positivo foi que este processo aproximou os vários níveis (distrito, gestão local e equipes de saúde bucal). APRENDIZADO Esta forma de mostrar através da realidade local o que estamos ofertando para os nossos usuários, motiva as equipes de saúde bucal a verificarem como está o acesso, como é a porta de entrada ao sistema, quantos são os atendimentos e procedimentos executados semestralmente, como é o nosso acolhimento, qual o perfil da demanda, proporção de usuários acompanhados por ações de prevenção, em quantos grupos de educação em saúde as equipes estão inseridas e inúmeras outras possibilidades. Este processo além de ajudar na auto avaliação das equipes, contribui no planejamento das ações de Saúde Bucal de cada território. Sabemos que os dados e como construir os indicadores, já estava disponível desde o ano de 2005, porem ainda não utilizados como ferramenta efetiva na gestão da assistência em saúde bucal. A partir desta ação já percebe-se um movimento interessante das equipes de saúde bucal e das gestões locais em colocar o tema saúde bucal nos planejamentos com um pouco mais de tranqüilidade. RESULTADOS Indicadores de saúde bucal - ajudando as equipes de saúde bucal e gestores locais a compreender o seu processo de produção de cuidados

Indicadores de saúde bucal - saude.campinas.sp.gov.br · Aproximar os trabalhadores das equipes de Saúde Bucal e Gestores Locais da produção e compreensão dos indicadores de

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Distrito de SaúdeNoroeste

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAO Município de Campinas está dividido em cinco Distritos deSaúde, sendo que o Distrito de Saúde Noroeste, com umapopulação aproximada de 170.000 habitantes, é foco dopresente trabalho. O Distrito de Saúde Noroeste tem na suaestrutura os seguintes equipamentos: 12 Centros de Saúde,um Caps (Centro de Atenção Psicosocial), um Centro deConvivência, um Centro de Geração de Rendas (Casa dasOficinas) e um Pronto Atendimento. A Saúde Bucal éofertada em 9 destes serviços, onde contamos com 32Cirurgiões Dentistas, 26 ASB’s (Auxiliar de Saúde Bucal) , 4TSB’s (Técnicos de Saúde Bucal). Pelos estudos de acessoapenas 8% em média da população do município chega àcadeira odontológica de todos os serviços, seja da AtençãoBásica ou de outros serviços públicos ou privados (dadoeste fornecido pela DRS7), o que fez com que oplanejamento da área de Saúde Bucal da SecretariaMunicipal de Saúde para 2009-2012, apontasse para umaampliação da meta de 12%, meta esta também sinalizada noSIS Pacto. Para os gestores locais que não tem suaformação neste núcleo de conhecimento muitas vezes ficadifícil gerenciar e compreender os processos de trabalhodesta área. É sabido também, que a quantidade deatendimentos e procedimentos odontológicos executadosem nossos serviços, muitas vezes não atinge o esperado,por isso, a partir destas necessidades o presente trabalho foiiniciado.A proposta é que estas rodas de discussão se tornem umaconstante em nossos serviços e que isso sirva paraintroduzir um olhar mais crítico aos atores e que elesvislumbrem todo o processo que acontece dentro e a voltado atendimento odontológico.

Autor: Maria Imaculada O. C. MüllerCo-autor: Vera Elisa de Oliveira

Aproximar os trabalhadores das equipes de Saúde Bucal eGestores Locais da produção e compreensão dosindicadores de Saúde Bucal.

O tema indicador em Saúde Bucal, foi trabalhado em umareunião ordinária (reunião esta com periodicidade mensal)no Distrito, onde estavam presentes, vários profissionaisdentistas, técnicos e auxiliares, além dos gerentes locais.Posteriormente como apoiadora da área, e por entenderque a discussão da produção na forma nominal poderiatrazer algum constrangimento às equipes, optou-se em ir acada Unidade de Saúde e junto com o gestor local e aosprofissionais de Saúde Bucal, em primeiro lugar conhecero site da Secretaria Municipal de Saúde; quais informaçõesé possível visualizar através desta página: protocolos eindicadores estão disponíveis entre outros. Passo seguinte:discutido a produção dos profissionais e como esta vaiconformando o perfil de atendimento de cada equipe. Olevantamento da produção apesar de ser possível atravésdo TABNET, preferi utilizar os dados contidos no Tabwin,que é um tabulador desenvolvido pelo DATASUS/MS paraser utilizado nas bases de dados do SUS, e onde os dadospodem ser expostos nominalmente.Para a análise da produtividade de cada serviço/equipe,foram utilizados os parâmetros de produtividade e deatendimento estabelecidos pela Secretaria Municipal deSaúde e no documento de indicadores de saúde bucal.Tudo isso foi demonstrado passo a passo, com intuito dedesenvolver nas equipes uma capacidade de compreendera sua produção frente à necessidade de saúde bucal dasua clientela.

OBJETIVO

METODOLOGIA

No papel de apoiadora de saúde bucal foiacreditar que é possível mudar a nossarealidade a partir da ampliação dacompreensão dos gestores locais etrabalhadores das equipes de saúde bucal,lançando mão de ferramentas existentes euma metodologia participativa. Quando osatores compreendem o processo e se co-responsabilizam dentro deste, é nítido odesejo da mudança em busca de indicadoresmelhores. Outro aspecto bastante positivo foique este processo aproximou os vários níveis(distrito, gestão local e equipes de saúdebucal).

APRENDIZADO

Esta forma de mostrar através da realidade local o que estamos ofertandopara os nossos usuários, motiva as equipes de saúde bucal a verificaremcomo está o acesso, como é a porta de entrada ao sistema, quantos sãoos atendimentos e procedimentos executados semestralmente, como é onosso acolhimento, qual o perfil da demanda, proporção de usuáriosacompanhados por ações de prevenção, em quantos grupos de educaçãoem saúde as equipes estão inseridas e inúmeras outras possibilidades.Este processo além de ajudar na auto avaliação das equipes, contribui noplanejamento das ações de Saúde Bucal de cada território. Sabemos queos dados e como construir os indicadores, já estava disponível desde oano de 2005, porem ainda não utilizados como ferramenta efetiva nagestão da assistência em saúde bucal. A partir desta ação já percebe-seum movimento interessante das equipes de saúde bucal e das gestõeslocais em colocar o tema saúde bucal nos planejamentos com um poucomais de tranqüilidade.

RESULTADOS

Indicadores de saúde bucal - ajudando as equipes de saúde bucal e gestores locais a compreender o seu processo de produção de cuidados