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INDICADORES DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL DA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO ARAGUAIA 2012

Indicadores ri araguaia

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Page 1: Indicadores ri araguaia

INDICADORES DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL

DA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO ARAGUAIA

2012

Page 2: Indicadores ri araguaia

GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ

Simão Robison Oliveira Jatene

VICE – GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ

Helenilson Cunha Pontes

SECRETARIA EXECUTIVA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E

FINAÇAS – SEPOF

Sérgio Roberto Bacury de Lira

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SOCIAL E AMBIENTALDO

PARÁ – IDESP

Maria Adelina Guglioti Braglia

DIRETORIA DE PESQUISA E ESTUDOS AMBIENTAIS

Andréa dos Santos Coelho

EQUIPE TÉCNICA

Andrea dos Santos Coelho

Camila da Silva Pires

Maicon Silva Farias

INDICADORES DE QUALIDADE AMBIENTAL DOS

MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO ARAGUAIA

Instituto de Desenvolvimento econômico, Social e Ambiental do Pará.-

Belém, 2013.

46 p.

1. Qualidade Ambiental 2. Meio Ambiente – Indicadores 3.

Região do Araguaia – Pará 4. Instituto de Desenvolvimento Econômico

Social e Ambiental do Pará. I.Titulo

CDD 333.714098115

Page 3: Indicadores ri araguaia

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fig. 1. Municípios que compõem a Região de Integração Araguaia. ......................................... 9

Fig. 2. Densidade demográfica da Região de Integração Araguaia, nos anos 2000 e 2010. .... 14

Fig. 3. Áreas protegidas nos municípios da Região de Integração Araguaia. .......................... 34

Fig. 4. Órgão gestor de meio ambiente na Região de Integração Araguaia. ............................ 41

Fig. 5. Caráter do Conselho de Meio Ambiente, nos municípios da Região de Integração

Araguaia..................................................................................... Erro! Indicador não definido.

Page 4: Indicadores ri araguaia

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Densidade demográfica – RI Araguaia (1980/2010). ............................................... 12

Tabela 2. Densidade demográfica dos municípios da RI Araguaia (1991/2010). .................... 13

Tabela 3. Taxa média anual de crescimento geométrico populacional da Região de Integração

Araguaia.................................................................................................................................... 15

Tabela 4. Taxa média geométrica anual de crescimento populacional dos municípios da

Região de Integração Araguaia................................................................................................. 16

Tabela 5. Índice de Gini dos municípios da Região de Integração Araguaia. .......................... 17

Tabela 6. Renda per capita média na Região de Integração Araguaia. .................................... 19

Tabela 7. Índice parasitário anual (IPA) de malária dos municípios da Região de Integração

Araguaia (exames positivos/1000 hab.).................................................................................... 20

Tabela 8. Esperança de vida ao nascer dos municípios da Região de Integração Araguaia. ... 22

Tabela 9. Taxa de mortalidade infantil dos municípios da Região de Integração Araguaia (por

1000 nascidos vivos). ............................................................................................................... 24

Tabela 10. Total de domicílios com acesso à rede de água na Região de Integração Araguaia.

.................................................................................................................................................. 25

Tabela 11. Total de domicílios com acesso ao sistema de esgoto na Região de Integração

Araguaia em 2010. .................................................................................................................... 27

Tabela 12. Total de domicílios com acesso à coleta de lixo nos municípios da Região de

Integração Araguaia. ................................................................................................................. 31

Tabela 13. Percentual de áreas protegidas nos municípios da Região de Integração Araguaia.

.................................................................................................................................................. 35

Tabela 14. Índice de desmatamento dos municípios da Região de Integração Araguaia. ........ 37

Tabela 15. Índice de focos de calor nos municípios da Região de Integração Araguaia. ........ 39

Page 5: Indicadores ri araguaia

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Evolução do número de habitantes da Região de Integração Araguaia nos últimos

30 anos. ..................................................................................................................................... 11

Gráfico 2. Taxa média geométrica anual de crescimento populacional da Região de Integração

Araguaia.................................................................................................................................... 15

Gráfico 3: Percentual dos domicílios da Região de Integração Araguaia com sistema de esgoto

ligado à rede geral nos anos de 2000 e 2010. ........................................................................... 29

Gráfico 4: Lixo coletado nos domicílios dos municípios da Região de Integração Araguaia,

nos anos 1991,2000 e 2010. ..................................................................................................... 32

Gráfico 5: Incremento de desmatamento na Região de Integração Araguaia no período de

2001 a 2010. ............................................................................................................................. 38

Gráfico 6: Incidência de calor nos municípios que compõem a Região de Integração Araguaia.

.................................................................................................................................................. 40

Gráfico 7: Pessoas ocupadas na área do meio ambiente nos órgãos ambientais dos municípios

da Região de Integração Araguaia. ........................................................................................... 43

Page 6: Indicadores ri araguaia

SUMÁRIO

1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ............................................................................. 9

2. POPULAÇÃO ................................................................................................................. 11

2.1. Densidade demográfica .............................................................................................. 12

2.2. Taxa de crescimento populacional ............................................................................. 14

3. ECONOMIA ................................................................................................................... 17

3.1. Índice de Gini ............................................................................................................. 17

3.2. Rendimento médio mensal ......................................................................................... 18

4. SAÚDE ............................................................................................................................. 19

4.1. Malária ....................................................................................................................... 20

4.2. Esperança de vida ao nascer ...................................................................................... 21

4.3. Coeficiente de mortalidade infantil ............................................................................ 23

5. SANEAMENTO BÁSICO ............................................................................................. 24

5.1. Acesso ao abastecimento de água .............................................................................. 24

5.2. Acesso ao sistema de esgoto ...................................................................................... 26

5.3. Acesso à coleta de lixo ............................................................................................... 29

6. BIODIVERSIDADE ....................................................................................................... 33

6.1. Áreas Protegidas ........................................................................................................ 33

6.2. Índice de Desmatamento ............................................................................................ 35

6.3. Índice de Focos de Calor ........................................................................................... 38

7. CAPACIDADE INSTITUCIONAL .............................................................................. 41

7.1. Órgão gestor de meio ambiente ................................................................................. 41

7.2. Conselho Municipal de Meio Ambiente .................................................................... 42

7.3. Pessoas Ocupadas na área de meio ambiente ............................................................ 42

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 44

Page 7: Indicadores ri araguaia

APRESENTAÇÃO

Nas últimas décadas, a degradação do meio ambiente tem se intensificado, em

decorrência da má utilização dos recursos naturais. A expansão da pecuária, agricultura

mecanizada e tradicional, extrativismo mineral e florestal, atividade industrial e ocupação

urbana desordenada têm sido os principais responsáveis pelo aumento do desmatamento,

queimadas, poluição de rios, perda de biodiversidade e, em consequência, queda na qualidade

de vida das populações. Essa realidade, presente nos municípios do Estado do Pará que, na

prática, estão mais próximos da problemática ambiental, justifica a importância de se avaliar a

condição do meio ambiente como subsídio à elaboração de políticas públicas, destinadas a

mitigar esses problemas, e à tomada de decisão pelos gestores públicos envolvidos.

Os Indicadores da Qualidade Ambiental (IQA) da Região de Integração do

Araguaia podem ser definidos como variáveis que possuem o objetivo de fornecer

informações que expressem a situação de cada município que a compõe quanto à qualidade

ambiental em um determinado momento. Esses indicadores são gerados a partir do

acompanhamento de variáveis econômicas, sociais, institucionais e ambientais, na realidade

dos municípios, e dão uma ideia das relações sociais no espaço e da forma de apropriação dos

recursos naturais e seus reflexos no meio ambiente. Sendo assim, os IQA da RI Araguaia se

constituem em instrumentos para verificar a evolução e possibilitar a projeção da qualidade

ambiental municipal.

A seleção dos indicadores dependeu de alguns critérios práticos, como

disponibilidade/acessibilidade de dados para a maioria dos municípios paraenses e

possibilidade de atualização frequente. Também se priorizou a utilização de indicadores

utilizados para a avaliação dos “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”1. Ao final, foram

selecionados 16 indicadores cujos dados estão disponíveis nas diversas fontes oficiais como

IBGE, Atlas de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento – PNUD, Secretaria de Saúde do Estado do Pará – SESPA, Ministério do

Meio Ambiente – MMA, Fundação Nacional do Índio – FUNAI e Secretaria de Estado de

Meio Ambiente do Pará – SEMA.

Esses dados foram tabulados e agregados por Região de Integração (RI), definida

de acordo com critérios estabelecidos pela, então, Secretaria de Estado de Integração Regional

1 Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) são uma série de oito compromissos aprovados entre

líderes de 191 países membros das Nações Unidas, na maior reunião de dirigentes nacionais de todos os tempos,

a Cúpula do Milênio, realizada em Nova York em setembro de 2000.

Page 8: Indicadores ri araguaia

(SEIR), atual Secretaria de Estado de Integração Regional, Desenvolvimento Urbano e

Metropolitano (SEIDURB). Os indicadores selecionados estão sistematizados considerando as

dimensões econômica, social, ambiental e institucional, estando apresentados em forma de

tabelas, gráficos e mapas temáticos definidos por município e região de integração e descritos,

de forma conjunta, a fim de proporcionar maior facilidade na análise das informações.

Page 9: Indicadores ri araguaia

INDICADORES DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL DA

REGIÃO DE INTEGRAÇÃO ARAGUAIA

1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A Região de Integração Araguaia está localizada na Região Sudeste do Pará,

entrecortada pelas rodovias BR-158 e PA-279. Abrange uma área de 174.051,89 km², o que

corresponde a 13,59% do território paraense. A maioria dos municípios que a formam é

originária do desmembramento de outros municípios, a partir de 1980.

A economia está vinculada principalmente à exploração mineral e atividade

pecuária, com importância na geração de valor adicionado. Participa com 5,43% no PIB

estadual, correspondendo a sexta maior participação (IDESP, 2011).

Os municípios que compõem a região são: Água Azul do Norte, Bannach,

Conceição do Araguaia, Cumaru do Norte, Floresta do Araguaia, Ourilândia do Norte, Pau

D’arco, Redenção, Rio Maria, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do

Xingu, Sapucaia, Tucumã e Xinguara.

Fig. 1. Municípios que compõem a Região de Integração Araguaia.

Page 10: Indicadores ri araguaia

Elaboração: IDESP.

Page 11: Indicadores ri araguaia

2. POPULAÇÃO

A população da Região de Integração Araguaia corresponde a 472.933 habitantes

(IBGE, 2010), 6,24% população do Estado do Pará. Ao longo das últimas décadas essa

população vem aumentando em áreas urbanas, superando a população rural. Apenas na

década de 1980 a população urbana foi inferior à rural. A partir de 1991 houve incremento no

contingente populacional, atingindo o número de 300 mil habitantes em 2010, o que

corresponde a 63,42% da população da região. O Gráfico 1 ilustra a evolução da população na

Região de Integração do Araguaia.

Gráfico 1. Evolução do número de habitantes da Região de Integração Araguaia nos últimos

30 anos.

Fonte: IBGE (1980; 2010).

Elaboração: IDESP.

Apesar do aumento da população em áreas urbanas, verifica-se que ambas as

populações apresentam a mesma característica, pois se observou que, mesmo apresentando

dados de evolução distintos, as populações tenderam ao aumento ao longo das

décadas.aumento no número em áreas urbanas e rurais.

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

1980 1991 2000 2010

Po

pu

laçã

o

Urbana

Rural

DIMENSÃO SOCIAL E ECONÔMICA

Page 12: Indicadores ri araguaia

2.1. Densidade demográfica2

A densidade demográfica é expressa pelo número de pessoas residindo em um

determinado território, divido pela área total. A concentração populacional em uma

determinada área é um indicador da qualidade ambiental, uma vez que uma alta densidade

demográfica exerce pressão sobre o ambiente, influenciando aspectos físicos, atividades

econômicas desenvolvidas, bem como na infraestrutura urbana e serviços públicos

disponibilizados pelo município.

A densidade demográfica na Região de Integração Araguaia passou de 0,74

hab./km², na década de 1980, para 2,72 hab./km² em 2010 (Tabela 1).

Tabela 1. Densidade demográfica na Região de Integração Araguaia nas quatro últimas décadas.

Ano População Área Territorial (km²) Densidade Demográfica (hab./km²)

1980 129.155

174.051,89

0,74

1991 293.563 1,69

2000 337.975 1,94

2010 472.933 2,72

Fonte: IBGE (1980; 1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

Apesar do aumento evidente deste indicador, verifica-se que os dados da região

permanecem inferiores à densidade estadual e nacional, de 6,08 e 22,43, respectivamente

(Tabela 2).

Todos os municípios apresentaram incremento da densidade demográfica, com

exceção de Bannach e Pau D’arco. No entanto, o município com menor densidade

demográfica da região é Cumaru do Norte, com 0,35 (2000) e 0,61 (2010). Redenção foi o

município que apresentou maior densidade demográfica (19,75 hab./km²), quando verificados

todos os municípios da região, em 2010. Tal densidade foi superior, inclusive, à média

estadual (6,08 hab./km²); no entanto, Conceição do Araguaia, Tucumã e Xinguara foram

municípios que apresentaram valores de densidades maiores que a média estadual, em 2010.

2 As informações utilizadas para a elaboração desse indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 13: Indicadores ri araguaia

Tabela 2. Densidade demográfica dos municípios da Região de Integração Araguaia

(1991/2010).

Municípios População (hab.)

Área (km²)

Densidade Demográfica

(hab./km²)

1991 2000 2010 1991 2000 2010

Água Azul do

Norte* - 22.084 25.057 7.626,00 - 2,88 3,31

Bannach* - 3.780 3.431 2.956,70 - 1,27 1,16

Conceição do

Araguaia 54.900 43.386 45.557 5.829,40 5,90 7,41 7,81

Cumaru do

Norte* - 5.978 10.466 17.085,20 - 0,35 0,61

Floresta do

Araguaia* - 14.284 17.768 3.444,10 - 4,13 5,18

Ourilândia do

Norte 28.718 19.471 27.359 13.826,10 0,85 1,40 1,99

Pau D'Arco* - 7.124 6.033 1.671,50 - 4,26 3,61

Redenção 55.968 63.251 75.556 3.823,80 10,22 16,53 19,75

Rio Maria 26.536 17.498 17.697 4.114,80 6,31 4,15 4,31

Santa Maria das

Barreiras 7.228 10.955 17.206 10.330,30 0,71 1,06 1,66

Santana do

Araguaia 15.923 31.218 56.153 11.591,40 1,38 2,68 4,84

São Félix do

Xingu 24.891 34.621 91.340 84.248,40 0,31 0,41 1,08

Sapucaia* - 3.796 5.047 1.298,20 - 2,92 3,89

Tucumã 31.375 25.309 33.690 2.512,50 12,38 10,03 13,39

Xinguara 48.024 35.220 40.573 3.779,70 9,35 9,26 10,74

Pará 4.864.585 6.192.307 7.581.051 1.247.689,52 3,90 4,96 6,08

Brasil 146.917.459 169.590.693 190.755.799 8.502.728,27 17,28 19,95 22,43

Fonte: IBGE (1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após a realização do Censo 1991.

A Fig. 2 apresenta, de maneira ilustrativa, a disposição dos municípios da região

em análise (Araguaia), diferenciando-os conforme sua densidade demográfica. Verifica-se

uma tendência, quanto à proximidade de territórios com densidade demográfica semelhante,

principalmente em 2010.

Page 14: Indicadores ri araguaia

Fig. 2. Densidade demográfica da Região de Integração Araguaia, nos anos 2000 e 2010.

Fonte: IBGE (2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

2.2. Taxa de crescimento populacional3

Expressa o ritmo de crescimento populacional anual para cada década. Através da

intensidade e das tendências de crescimento da população podem ser estimados investimentos

necessários para determinada região.

Este é um importante indicador, haja vista que a taxa é calculada a partir da

variação de tempo, a médio e longo prazo, servindo como subsídio para a elaboração e

implementação de políticas públicas de natureza social e ambiental. A taxa média geométrica

anual de crescimento da população utiliza as variáveis referentes à população residente em

dois marcos temporais distintos.

A Região de Integração Araguaia apresentou uma taxa média geométrica anual de

crescimento de 7,77%, no período de 1980 a 1991, diminuindo para 1,58% entre 1991 e 2000.

Na década seguinte (2000 a 2010), a taxa de crescimento tornou a variar positivamente,

atingindo 3,42%, superior à taxa estadual (2,04%), conforme apresentado na Tabela 3.

3 Para o cálculo, utilizou-se o método geométrico, com informações oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 15: Indicadores ri araguaia

Tabela 3. Taxa média anual de crescimento geométrico populacional da Região de Integração

Araguaia.

Década Taxa média geométrica anual de crescimento (%)

RI Araguaia Pará

1980-1991 7,77 3,46

1991-2000 1,58 2,52

2000-2010 3,42 2,04

Fonte:IBGE (1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

No Gráfico 2 é possível perceber que a curva da taxa média geométrica para o

estado do Pará apresentou declínio constante até atingir o menor valor, entre os anos

avaliados. Apesar da diminuição da taxa de crescimento do estado, durante os últimos 30

anos, verificou-se uma redução brusca da taxa para a região em análise, porém, e como já

mencionado, com incremento na última década.

Gráfico 2. Taxa média geométrica anual de crescimento populacional da Região de Integração

Araguaia.

Fonte:IBGE (1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

1980-1991 1991-2000 2000-2010

Ta

xa

s (%

)

RI Araguaia

Pará

Page 16: Indicadores ri araguaia

A maior taxa média anual de crescimento geométrico populacional foi observada

no município de São Félix do Xingu (10,19%) no período de 1980-1991. Enquanto que Rio

Maria obteve a maior redução percentual (-4,52%), no período de 1991-2000(Tabela 4). Ao

avaliar os dados referentes a última década, verifica-se que São Félix do Xingu permaneceu

detentor da maior taxa de crescimento médio da região, enquanto que Pau D’Arco foi o

município no qual observou-se a menor taxa, para a região, no mesmo período. 33% dos

municípios da região apresentaram taxas abaixo da média estadual (2,04%), no entanto, tal

percentual reduz para 27%, quando relacionada à taxa nacional de crescimento.

Tabela 4. Taxa média geométrica anual de crescimento populacional dos municípios da

Região de Integração Araguaia.

Taxa média geométrica anual de crescimento (%)

Município 1980-1991 1991-2000 2000-2010

Água Azul do Norte* - - 1,27

Bannach* - - -0,96

Conceição do Araguaia -6,23 -2,58 0,49

Cumaru do Norte* - - 5,76

Floresta do Araguaia* - - 2,21

Ourilândia do Norte - -4,23 3,46

Pau D'Arco* - - -1,65

Redenção - 1,37 1,79

Rio Maria - -4,52 0,11

Santa Maria das Barreiras - 4,73 4,62

Santana do Araguaia 2,15 7,77 6,05

São Félix do Xingu 15,81 3,73 10,19

Sapucaia* - - 2,89

Tucumã - -2,36 2,9

Xinguara - -3,39 1,42

Pará 3,46 2,52 2,04

Brasil 1,93 1,64 1,17

Fonte: IBGE (1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após o censo demográfico de 1991.

Page 17: Indicadores ri araguaia

3. ECONOMIA

3.1. Índice de Gini4

O Índice de Gini é uma medida de concentração ou desigualdade comumente

utilizada na análise da distribuição de renda e se torna um indicador importante para uma

sociedade que pretende ser equitativa. O cálculo considera variáveis econômicas a fim de

verificar o grau de distribuição da renda, em escala de 0 (zero) a 1 (um). Quanto mais

próximo de zero, mais igualitária é a sociedade. Quanto mais se aproximar de um, maior é a

desigualdade. Deve-se ressaltar que índice em torno de 0,5 já se torna representativo de fortes

desigualdades.

O Índice de Gini brasileiro, em 1991, era 0,64 e do Estado do Pará era 0,62. Em

2000, os índices de Gini brasileiro e paraense aumentaram e apresentaram o mesmo valor

(0,65). Quando observado o ano de 2010, percebe-se uma redução no índice, chegando a 0,63

a nível estadual e 0,61 para o nacional (Tabela 5).

Da série histórica observada, percebe-se uma redução no Índice de Gini para a

maioria dos municípios que compõem a região em análise, exceto Bannach, Floresta do

Araguaia e Sapucaia, que apresentaram aumento dos índices. O município que apresentou o

menor valor para o índice foi Santana do Araguaia, equivalendo a 0,47 no ano 2010. Já o que

apresentou maior índice de Gini, em toda a série histórica, foi São Félix do Xingu, com 0,72,

permanecendo com maior valor em 2010, quando apresentou índice igual a 0,64, porém

inferior ao ano 2000. Tais valores encontraram-se superiores às médias estadual e nacional,

para os respectivos anos avaliados (Tabela 5).

O Índice de Gini não indica um padrão definido de distribuição de renda na

região, dado ao fato dos municípios apresentarem índices com valores superiores a 0,5.

Tabela 5. Índice de Gini dos municípios da Região de Integração Araguaia.

Índice de Gini

Municípios 1991 2000 2010

Água Azul do Norte* - 0,63 0,53

Bannach* - 0,53 0,63

4 As informações utilizadas para a elaboração desse indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 18: Indicadores ri araguaia

Conceição do Araguaia 0,53 0,62 0,53

Cumaru do Norte* -. 0,63 0,62

Floresta do Araguaia* - 0,57 0,62

Ourilândia do Norte 0,60 0,64 0,58

Pau D'Arco* - 0,55 0,51

Redenção 0,56 0,60 0,54

Rio Maria 0,59 0,62 0,54

Santa Maria das Barreiras 0,64 0,61 0,57

Santana do Araguaia 0,63 0,61 0,47

São Félix do Xingu 0,55 0,72 0,64

Sapucaia* - 0,48 0,53

Tucumã 0,57 0,68 0,54

Xinguara 0,64 0,60 0,57

Pará 0,62 0,65 0,63

Brasil 0,64 0,65 0,61

Fonte: IBGE (1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após o censo demográfico de 1991.

3.2. Rendimento médio mensal5

Expressa a distribuição do rendimento médio mensal per capita, ou seja, a soma

do rendimento mensal referente ao trabalho formal de cada indivíduo. A partir desse indicador

é possível conhecer e avaliar a distribuição de renda da população nos municípios. Sua

importância atribui-se por ser um dos indicativos das condições de vida da população.

Em 2000 a renda per capita média do Brasil era de R$ 585,94 e a do Estado do

Pará R$ 331,96. No ano de 2010 a renda brasileira aumentou para R$ 767,02 e a estadual para

R$ 429,02.

Na Região de Integração Araguaia a maioria dos municípios apresentaram

aumento da renda per capita, entre os anos 2000 e 2010. Com exceção de Água Azul do Norte

e São Félix do Xingu, que apresentaram redução no rendimento mensal per capita. A menor

renda registrada, entre os anos avaliados, pertenceu ao município Pau D’Arco (R$ 173,84) em

2000, no entanto Água Azul do Norte assume o posto de menor rendimento no ano 2010.

5 As informações utilizadas para a elaboração desse indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 19: Indicadores ri araguaia

As maiores rendas registradas, em 2000 e 2010, pertencem, respectivamente, a

Tucumã (R$ 490,64) e Redenção (R$ 518,53), este com a maior renda dentre os anos

apresentados.

No ano 2000, 40% dos municípios apresentaram renda superior à média estadual,

valor que declina em 2010 para algo em torno de 27%, apesar dos avanços quanto à renda,

entre os anos 2000 e 2010. Ao analisar e comparar as rendas municipais com as nacionais,

verificou-se que todos os municípios demonstraram valores inferiores (Tabela 6).

Tabela 6. Renda per capita média na Região de Integração Araguaia.

Rendimento mensal (Domiciliar)

Municípios 2000 2010

Água Azul do Norte R$ 268,78 R$ 239,92

Bannach R$ 247,70 R$ 406,25

Conceição do Araguaia R$ 303,69 R$ 387,41

Cumaru do Norte R$ 179,81 R$ 387,07

Floresta do Araguaia R$ 182,38 R$ 275,20

Ourilândia do Norte R$ 303,16 R$ 420,02

Pau D'Arco R$ 173,84 R$ 272,90

Redenção R$ 395,21 R$ 518,53

Rio Maria R$ 386,56 R$ 454,43

Santa Maria das Barreiras R$ 237,34 R$ 248,43

Santana do Araguaia R$ 236,10 R$ 307,90

São Félix do Xingu R$ 490,19 R$ 382,32

Sapucaia R$ 336,10 R$ 420,95

Tucumã R$ 490,64 R$ 502,04

Xinguara R$ 443,30 R$ 497,24

Pará R$ 331,96 R$ 429,02

Brasil R$ 585,94 R$ 767,02

Fonte: IBGE (2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

4. SAÚDE

Page 20: Indicadores ri araguaia

4.1. Malária6

Os indíces relacionados à malária são importantes para estimar o risco de sua

ocorrência, bem como a vulnerabilidade da população de determinado município. No Brasil,

as áreas endêmicas se localizam na Amazônia Legal, onde está inserido o Estado do Pará. A

proliferação da doença se relaciona à presença do vetor infectado, disseminando-se por meio

de migrações internas, bem como em assentamentos rurais associados às atividades

econômicas extrativas, população suscetível, e ausência de ações integradas de controle por

parte do poder público.

Por meio do Índice parasitário de malária é possível analisar variações

populacionais, geográficas e temporais na distribuição dos casos, como parte do conjunto de

ações de vigilância epidemiológica e ambiental da doença. Utilizaram-se os dados

disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde do Pará – Gerência Técnica de Endemias.

O índice parasitário anual (IPA) de malária paraense diminuiu em todos os

municípios da Região de Integração Araguaia, sendo identificados nenhum caso, no ano 2010,

nos municípios a saber: Água Azul do Norte, Bannach e Floresta do Araguaia. O maior

número de casos, da série histórica avaliada, foi identificado em Santa Maria das Barreiras,

com índice equivalente a 1.072,77 exames positivos por mil habitantes, em 1991. No ano

2007, detectou-se que o maior índice em São Félix do Xingu.

Fato relevante a ser apresentado consiste na baixa incidência de casos, na região

em análise, quando comparados os dados municipais com as médias estadual e nacional. O

que se observa são baixos índices nos municípios e , em alguns casos, muito abaixo da média

registrada para o estado. Exemplos são os municípios onde não foi observado nenhum caso

registrado. Destaca-se ainda que, mesmo o menor valor identificado, este se apresenta distante

das médias, como é o caso do município Cumaru do Norte, com índice de 0,1.

Tabela 7. Índice parasitário anual (IPA) de malária dos municípios da Região de Integração

Araguaia (exames positivos/1000 hab.).

Municípios 1991 2000 2007

Água Azul do Norte - 19,15 0

6 O Índice parasitário de malária é obtido por meio do número de exames positivos de malária (códigos B50 a

B53 da CID-10) por mil habitantes, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. A positividade

resulta da comprovação da presença do parasita na corrente sanguínea do indivíduo infectado, por meio de

exames laboratoriais específicos.

Page 21: Indicadores ri araguaia

Bannach - 0,26 0

Conceição do Araguaia 19,42 23,3 0,6

Cumaru do Norte - 134,99 0,1

Floresta do Araguaia - 1,19 0

Ourilândia do Norte 197,12 29,22 0,54

Pau D'Arco - 10,53 0,15

Redenção 151,85 56,73 0,56

Rio Maria 19,94 24,17 0,24

Santa Maria das Barreiras 1072,77 249,66 5,43

Santana do Araguaia 159,27 190,4 6,46

São Félix do Xingu 58,05 114,99 9,18

Sapucaia - 2,9 0,39

Tucumã 13,48 12,96 1,96

Xinguara 9,85 12,35 0,57

Pará 20,65 44,93 10,52

Brasil 3,63, 3,62 2,38

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde do Pará.

Elaboração: IDESP.

4.2. Esperança de vida ao nascer7

Expressa o número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido,

mantido o padrão de mortalidade existente na população residente, em determinado espaço

geográfico, no ano considerado. Assim, indica a longevidade média esperada para um

determinado grupo populacional ao nascer. Relaciona-se com as condições de vida de uma

população. Sua avaliação reflete os resultados dos investimentos em saúde pública e na

qualidade ambiental.

A esperança de vida ao nascer no Brasil, em 1991, era 66,90 anos, aumentando

para 70,40 anos, em 2000. Já a esperança de vida ao nascer paraense, assim como a brasileira,

obteve incremento, no entanto em menor intensidade.

7 A partir de tábuas de vida elaboradas para cada área geográfica, toma-se o número correspondente a uma

geração inicial de nascimentos (l0) e se determina o tempo cumulativo vivido por essa mesma geração (T0) até a

idade limite. A esperança de vida ao nascer é o quociente da divisão de T0 por l0. Foram utilizados dados do

Atlas de Desenvolvimento Humano do Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Page 22: Indicadores ri araguaia

Ao se avaliar os dados municipais, verifica-se que 60% destes apresentaram

evolução da esperança de vida ao nascer, entre 1991 e 2000. Foi observado o menor valor

(61,54 anos) nos municípios São Félix do Xingu e Tucumã, no ano 1991; já o maior valor

(66,57 anos) para o mesmo ano foi observado em Redenção e Xinguara; ambos os valores

abaixo das médias estadual e nacional (Tabela 8).

Com relação ao ano 2000, identificou-se o menor valor (65,72 anos) no município

de Água Azul do Norte, inferior à média estadual e nacional; já o maior dado de esperança de

vida ao nascer foi observado no município de Conceição do Araguaia (70,50 anos), superando

inclusive as médias.

Tabela 8. Esperança de vida ao nascer dos municípios da Região de Integração Araguaia.

Esperança de vida ao nascer (Idade em anos)

Municípios 1991 2000

Água Azul do Norte* - 65,72

Bannach* - 69,50

Conceição do Araguaia 63,36 70,50

Cumaru do Norte* - 68,57

Floresta do Araguaia* - 69,25

Ourilândia do Norte 62,40 68,57

Pau D'Arco* - 67,84

Redenção 66,57 69,28

Rio Maria 62,93 68,41

Santa Maria das Barreiras 63,36 68,69

Santana do Araguaia 63,36 69,80

São Félix do Xingu 61,54 69,46

Sapucaia* - 69,28

Tucumã 61,54 69,50

Xinguara 66,57 69,28

Pará 67,60 69,90

Brasil 66,90 70,40

Fonte: IBGE (1991; 2000).

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após o censo demográfico de 1991

O aumento evidente do índice, entre os anos avaliados, expressa que houve um

aumento da longevidade da população, podendo-se inferir que este fato é resultado de

Page 23: Indicadores ri araguaia

investimentos em saúde pública e na qualidade ambiental. No entanto, verifica-se que a

maioria dos municípios permanece com valores abaixo da média estadual e nacional.

4.3. Coeficiente de mortalidade infantil8

Este indicador corresponde ao número de óbitos de menores de um ano de idade

para cada mil nascidos vivos, na população residente, em determinado espaço geográfico, no

ano considerado. Além disto, indica o risco de morte de uma criança com menos de um ano,

em determinado período e local. Este indicador pode ser útil na avaliação da qualidade de

vida de uma população, bem como serviços de saúde, além das condições sociais e

ambientais.

No período 2000 a 2010, a taxa de mortalidade infantil do Brasil diminuiu de

27,40 para 16,00 por mil nascidos vivos. No Estado do Pará, nesse mesmo período, a taxa

diminuiu de 29,00 para 21,50 a cada mil nascidos vivos.

Ao se avaliar os dados de mortalidade da Região de Integração Araguaia, verifica-

se que a maioria (60%) dos municípios apresentou evolução das taxas, quando se observa os

dados referentes ao ano 2000 e compara-os aos de 2010. Tal comportamento também foi

verificado entre os anos 2000 e 2005. No entanto, entre os anos 2005 e 2010, verifica-se uma

redução desse percentual para 33%, pois apenas cinco municípios da região apresentaram

incremento das taxas de mortalidade infantil, a saber: Floresta do Araguaia, Ourilândia do

Norte, Pau D’Arco, Tucumã e Xinguara. Os demais municípios obtiveram redução das taxas.

A menor taxa de mortalidade infantil, na série histórica apresentada, foi

identificada no município de Santa Maria das Barreiras, no ano 2010; já nos anos anteriores ,

2000 e 2005, respectivamente Água Azul do Norte e Pau D’Arco obtiveram as menores taxas

da região. Os maiores valores foram registrados nos municípios de Cumaru do Norte, nos

anos 2000 e 2005, e Pau D’Arco, em 2010. Este último foi um município com características

peculiares, quanto à taxa de mortalidade infantil, dado o fato de apresentar redução entre 2000

e 2005, passando a liderar o grupo, com a maior taxa de 2010, passando de 5,26 (2005) para

37,31 (2010), superando a média estadual e nacional (Tabela 9).

Referente ao comportamento das taxas municipais, comparadas às médias estadual e

nacional, constata-se que 80% dos municípios da região apresentaram dados inferiores às

médias do Pará e Brasil, no ano 2000. Tal percentual reduziu-se, gradativamente, passando

8 O método de cálculo se dá a partir da divisão entre o número total de óbitos de menores de um ano e o total de

nascidos vivos no mesmo ano, multiplicado por mil. Foram utilizados dados do Atlas de Desenvolvimento

Humano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 24: Indicadores ri araguaia

para 53,33%, em 2005, até atingir seu menor valor (46,66%) no ano 2010. Esse indicador

revela avanços na busca de qualidade de vida da população que habita a Região de Integração

Araguaia, visto que houve redução dos percentuais.

Tabela 9. Taxa de mortalidade infantil dos municípios da Região de Integração Araguaia (por

1000 nascidos vivos).

Mortalidade Infantil (por 1.000 nascidos vivos)

Municípios 2000 2005 2010

Água Azul do Norte 5,29 12,99 5,46

Bannach 19,61 - 21,28

Conceição do Araguaia 20,56 21,36 8,61

Cumaru do Norte 57,14 63,16 22,9

Floresta do Araguaia 18,87 17,92 23,26

Ourilândia do Norte 7,58 18,69 23,64

Pau D'Arco 24,39 5,26 37,31

Redenção 43,25 24,35 11,06

Rio Maria 21,56 25,57 16,95

Santa Maria das Barreiras 18,18 19,48 4,46

Santana do Araguaia 7,65 30,81 11,84

São Félix do Xingu 9,39 35,09 22,04

Sapucaia 28,57 28,17 13,16

Tucumã 9,85 12,26 19,4

Xinguara 14,27 10,3 11,81

Pará 29,00 24,40 21,50

Brasil 27,40 21,40 16,00

Fonte: IDESP (2011).

5. SANEAMENTO BÁSICO

5.1. Acesso ao abastecimento de água9

Expressa o total de domicílios particulares permanentes que possuem acesso ao

serviço de abastecimento de água, por meio da rede geral de abastecimento, no município. A

Lei nº 11.445/07, da Constituição Federal Brasileira, considera abastecimento de água potável

9 As informações utilizadas para a elaboração desse indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

IBGE.

Page 25: Indicadores ri araguaia

aquele que é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao

abastecimento público, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de

medição.

Nesse sentido, entende-se que, entre as variáveis disponibilizadas pelo IBGE, a

ligação à rede geral é a mais adequada para avaliação. A ausência deste serviço implica

diretamente na qualidade de vida da população, ocasionando diversas doenças de veiculação

hídrica. Este indicador é importante para a caracterização básica da qualidade de vida.

A metodologia utilizada é o cálculo da porcentagem, obtido pela divisão da

população residente em domicílios particulares permanentes, servidos por rede geral de

abastecimento de água, com ou sem canalização interna, pela população total residente em

domicílios particulares permanentes.

Em 2000 o percentual brasileiro de domicílios com acesso à rede geral de

abastecimento de água era de 77,82%, passando para 82,85% em 2010.

Na Região de Integração Araguaia observa-se que todos os municípios

apresentaram evolução do número de domicílios atendidos pelo serviço de abastecimento de

água, entre os anos avaliados. Mesmo com o avanço citado, verifica-se que poucos superaram

a média estadual, a saber: Sapucaia, nos anos 2000 e 2010, e Ourilândia do Norte, em 2010.

Portanto, observa-se que a maioria dos municípios não atinge 50% de domicílios atendidos

pelo serviço em questão. Destaca-se o município de Floresta do Araguaia com o menor

percentual (0,8%), ou seja, menos de 1% das residências são atendidas pelo abastecimento de

água proveniente da rede geral, naquele município. Conceição do Araguaia apresentou

evolução entre 1991 e 2000 com leve declínio no ano 2010, porém a níveis superiores ao ano

1991 (Tabela 10).

Tabela 10. Total de domicílios com acesso à rede de água na Região de Integração Araguaia.

Percentual atendido (%)

Municípios

1991 2000 2010

Rede Geral Rede Geral Rede Geral

Unid % Unid % Unid %

Água Azul do Norte* - - 85 1,81 861 14,81

Bannach* - - 116 13,63 334 33,94

Conceição do Araguaia 3.421 30,44 4.764 45,61 5.470 42,56

Cumaru do Norte* - - 380 32,67 863 32,69

Page 26: Indicadores ri araguaia

Floresta do Araguaia* - - 26 0,8 84 1,74

Ourilândia do Norte 0,00 0,00 1.451 35,54 5.196 73,40

Pau D'Arco* - - 148 9,12 407 24,73

Redenção 71 0,61 1.490 9,91 4.519 22,73

Rio Maria 0,00 0,00 232 5,25 1.092 21,18

Santa Maria das

Barreiras 62 4,29 484 19,71 1.027 19,98

Santana do Araguaia 0,00 0,00 99 1,3 793 5,73

São Félix do Xingu 336 7,36 374 5,00 1.413 6,32

Sapucaia* - - 402 43,04 1.048 74,70

Tucumã 314 5,04 1.159 19,45 3.962 41,93

Xinguara 0,00 0,00 153 1,76 1.637 14,31

Pará 377.837 40,10 558.213 42,64 891.356 47,94

Brasil 24.562.013 70,71 34.859.393 77,82 47.494.025 82,85

Fonte: IBGE (1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após o censo demográfico de 1991.

Esses dados podem indicar aumento de riscos à saúde, associados a outros fatores

ambientais, pois a ausência ou baixa oferta do serviço com qualidade, contribui à proliferação

de doenças, principalmente as de veiculação hídrica. Contudo, há necessidade de maiores

investimentos do poder público municipal, objetivando superar essa fragilidade em suas

políticas públicas para o abastecimento de água por rede geral.

5.2. Acesso ao sistema de esgoto10

A Lei nº 11.445/07, da Constituição Federal Brasileira considera que o

esgotamento sanitário é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais

de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as

ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente. Este indicador é fundamental

na avaliação das condições de saúde da população e infraestrutura do município e,

consequentemente, da qualidade ambiental, haja vista que o lançamento de esgoto in natura

10

As variáveis utilizadas são: domicílios com ligação à rede geral; outra forma (fossa séptica, fossa

sedimentar, vala, rio, lago ou mar e outro escoadouro) e não aplicável (não tinha banheiro e nem sanitário). As

informações utilizadas para a elaboração deste indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do IBGE.

Page 27: Indicadores ri araguaia

no meio ambiente pode causar a poluição de cursos d’água e prejudicar a saúde da população.

Desta forma, o tratamento de esgotos é medida básica de saneamento, trazendo benefícios

para a coletividade e economia para o Sistema Público de Saúde (MIRANDA11

) e expressa a

relação de domicílios atendidos por sistema de esgotamento sanitário.

Assim, esse indicador se refere ao percentual da população residente que dispõe

de escoadouro de dejetos por meio de ligação do domicílio à rede coletora ou fossa séptica,

em determinado espaço geográfico, em relação à população total, no ano considerado.

No Brasil, no ano de 2010, 55,45% dos domicílios possuíam acesso ao sistema de

esgoto através de rede geral. No Estado do Pará, apenas 10,19%, possuíam acesso a este

serviço, em torno de 85,62% apresentaram outras formas de esgotamento sanitário como a

fossa séptica e fossa rudimentar. Esse baixo percentual de domicílios, com esgotamento

sanitário, ligados à rede, não se difere na Região de Integração Araguaia.

O município com o maior percentual de domicílios ligados a rede geral de esgoto,

em 2010, foi Água Azul do Norte (7,16%), seguido por Sapucaia (2,42%) no entanto, este

dado não atinge a faixa de 10%,que é o percentual estadual (Tabela 11). Já o município com o

menor percentual foi Floresta do Araguaia com apenas 0,04% de domicílios ligados a rede

geral de sistema de esgoto. Merece destaque o município de Santa Maria das Barreiras com

ausência do serviço de esgotamento sanitário.

Tabela 11. Total de domicílios com acesso ao sistema de esgoto na Região de Integração

Araguaia em 2010.

Percentual atendido (%)

Municípios

Rede Geral Outra Forma Não aplicável

Unid % Unid % Unid %

Água Azul do Norte 416 7,16 5137 88,39 259 4,45

Bannach 1 0,1 858 87,2 125 12,7

Conceição do Araguaia 53 0,41 11489 89,39 1311 10,2

Cumaru do Norte 17 0,64 1905 72,16 718 27,2

Floresta do Araguaia 2 0,04 3762 77,71 1077 22,25

Ourilândia do Norte 106 1,5 6536 92,33 437 6,17

Pau D'Arco 1 0,06 1385 84,14 260 15,8

11

Marcos Paulo de Souza Miranda “Poluição em decorrência do lançamento em cursos d’água de esgotos

sanitários sem prévio tratamento: Aspectos jurídicos e atuação do Ministério Público” disponível no site:

<www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/rsudoutrina_25.pdf>

Page 28: Indicadores ri araguaia

Redenção 56 0,28 19322 97,19 501 2,53

Rio Maria 18 0,35 4968 96,37 169 3,28

Santa Maria das

Barreiras 0 0 4305 83,74 836 16,26

Santana do Araguaia 44 0,32 12912 93,35 876 6,33

São Félix do Xingu 77 0,34 20727 92,71 1553 6,95

Sapucaia 34 2,42 1339 95,44 30 2,14

Tucumã 34 0,36 8824 93,39 591 6,25

Xinguara 61 0,53 10906 95,35 471 4,12

Pará 189.398 10,19 1.591.901 85,62 77.866 4,19

Brasil 31.786.866 55,45 24.022.309 41,91 1.514.992 2,64

Fonte:IBGE (2010).

Elaboração: IDESP.

O Gráfico 3 apresenta, de forma ilustrativa, a dinâmica dos municípios, quanto à

cobertura dos domicílios pelo serviço de esgoto, entre os anos 2000 e 2010. Verifica-se uma

evolução do sistema, com o aumento de domicílios atendidos, em todos os municípios da

região. Observa-se ainda os três municípios que apresentaram evoluções significativas,

quando comparados os dados de 2010 com os do ano 2000.

Page 29: Indicadores ri araguaia

Gráfico 3: Percentual dos domicílios da Região de Integração Araguaia com sistema de esgoto

ligado à rede geral nos anos de 2000 e 2010.

Fonte: IBGE (2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

Mesmo com o aumento do fornecimento desse serviço na maioria dos municípios,

entre os anos 2000 e 2010, verifica-se que, na Região de Integração Araguaia, grande maioria

dos domicílios não são atendidos pelo serviço de esgotamento sanitário, por meio da rede

geral, bem como o abastecimento de água.

A ausência de esgotamento sanitário ou mesmo o fornecimento do serviço de

maneira ineficiente é fator que contribui ao aumento nos níveis de poluentes e podem

acarretar a depreciação da qualidade da água e a perda da capacidade de sustentabilidade do

ecossistema, com consequente aumento do nível de toxicidade e deterioração da saúde

humana. Desta forma, maior atenção deve ser dada quanto aos investimentos municipais

destinados a atender, de maneira adequada, a população.

5.3. Acesso à coleta de lixo12

12

Os dados foram sintetizados como forma de manter um consenso entre as variáveis utilizadas pelo IBGE nos

censos de 1991, 2000 e 2010. Assim, a variável “coletado” se refere à junção de coleta direta ou indireta –

caçamba, e a variável “outro destino” se refere à junção de lixo queimado, enterrado, jogado em terreno, jogado

em rio ou outro destino.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00Á

gua

Azu

l do

No

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Ban

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A

ragu

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ingu

Sap

uca

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Tucu

Xin

guar

a

(%)

2000 2010

Page 30: Indicadores ri araguaia

Segundo a Lei nº 11.445/07, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos é o

conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte,

transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e

limpeza de logradouros e vias públicas.

Essa variável representa o número de domicílios, do município, atendidos pelo

serviço regular de coleta de lixo doméstico, em determinado espaço geográfico e ano

considerado, em relação à população total do município.

É um indicador importante para a saúde da população e para a proteção do meio

ambiente, pois resíduos em locais inadequados podem causar a contaminação do solo e dos

corpos hídricos, além de ser propício para a proliferação de vetores de doenças.Com estas

informações é possível observar a capacidade do município em relação à infraestrutura e a

cobertura do serviço à população.

O percentual de domicílios brasileiros atendidos pelo serviço de coleta de lixo era

de 63,80% no ano 1991, aumentando para 79,01% em 2000, até atingir o maior valor, em

2010, com 87,41% dos domicílios atendidos pelo serviço. Já no Pará esses dados foram

inferiores às médias nacionais, ainda assim 70,52% da população foi atendida pelo serviço de

coleta de lixo em 2010. Quando reporta-se à Região de Integração Araguaia, verifica-se que o

município de Redenção apresentou o maior percentual, quando comparado aos demais

municípios, estando acima do percentual médio paraense, porém inferior à média nacional

(Tabela 12).

Dos demais municípios, verificou-se que a grande maioria encontra-se abaixo dos

percentuais estadual e nacional. Com destaque para Ourilândia do Norte, que apresentou o

menor percentual de domicílios com coleta de lixo em 1991; no entanto, obteve uma evolução

quanto ao número de domicílios atendidos, ou seja, o percentual de domicílios com acesso à

coleta de lixo aumentou de 0,53%, em 1991, para 75,31%, em 2010.

Bannach, esteve abaixo de 1% em 2000. Cumaru do Norte foi o município menos

atendido pelo serviço de coleta de lixo em 2010, com um percentual de 26,67%.

Page 31: Indicadores ri araguaia

Tabela 12. Total de domicílios com acesso à coleta de lixo nos municípios da Região de Integração Araguaia.

Municípios

1991 2000 2010

Total Coletado Outro destino Total Coletado Outro destino Total Coletado Outro

Destino

Total Unid % Unid % Total Unid % Unid % Total Unid % Unid %

Água Azul do Norte* - - - - - 4.699 779 16,58 3.920 83,42 5.812 1.835 31,57 3977 68,43

Bannach* - - - - - 851 8 0,94 843 99,06 984 341 34,65 643 65,35

Conceição do Araguaia 11.237 3.269 29,09 7.968 70,92 10.446 5.788 55,41 4.658 44,59 12.853 8.568 66,66 4.285 33,34

Cumaru do Norte* - - - - - 1.163 99 8,51 1.064 91,49 2.640 704 26,67 1.936 73,33

Floresta do Araguaia - - - - - 3.245 594 18,31 2.651 81,69 4.841 1.351 27,91 3.490 72,09

Ourilândia do Norte 5.125 27 0,53 5.098 99,47 4.083 1.094 26,79 2.989 73,2 7.079 5.331 75,31 1.748 24,69

Pau D'Arco - - - - - 1.623 25 1,54 1.598 98,47 1.646 721 43,8 925 56,2

Redenção 11.659 3.353 28,76 8.306 71,24 15.040 10.385 69,05 4.655 30,95 19.881 16.185 81,41 3.696 18,59

Rio Maria 5.416 1.591 29,38 3.825 70,63 4.421 2.282 51,62 2.139 48,39 5.155 3.563 69,12 1.592 30,88

Santa Maria das

Barreiras 1.445 - - 1.445 100 2.456 353 14,37 2.103 85,62 5.141 1.572 30,58 3.569 69,42

Santana do Araguaia 3.363 491 14,6 2.872 85,39 7.609 3.377 44,38 4.232 55,63 13.832 7.679 55,52 6.153 44,48

São Félix do Xingu 4.563 429 9,4 4.134 90,59 7.480 1.826 24,41 5.654 75,58 22.357 11.013 49,26 11.344 50,74

Sapucaia - - - - - 934 376 40,26 558 59,74 1.403 1.040 74,13 363 25,87

Tucumã 6.230 955 15,33 5.275 84,67 5.960 2.298 38,56 3.662 61,44 9.450 6.245 66,08 3.205 33,92

Xinguara 9.564 2.410 25,2 7.154 74,81 8.692 2.273 26,15 6.419 73,85 11.438 9.065 79,25 2.373 20,75

Pará 942.241 310.185 32,92 632.056 67,08 1.309.033 699.566 53,44 609.467 46,56 1.859.165 1.311.121 70,52 548.025 29,48

Brasil 34.734.715 22.162.081 63,80 12.572.634 36,20 44.795.101 35.393.331 79,01 9.401.770 20,99 57.324.167 50.106.088 87,41 7.218.079 12,59

Fonte:IBGE (1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após o censo demográfico de 1991.

Page 32: Indicadores ri araguaia

O Gráfico 4 apresenta a evolução dos percentuais de cobertura dos domicílios,

quanto à prestação do serviço de coleta de resíduos sólidos. Verifica-se que o ano 2010 foi o

de maior evolução, quando os municípios apresentaram o maior número de domicílios

atendidos pelo serviço; no entanto, mesmo com este avanço, ao longo do período estudado,

grande parte da população continua a não ser atendida por este serviço. Observa-se ainda que

pouco mais da metade dos domicílios (53,33%) apresentaram percentuais acima de 50% de

domicílios atendidos pela coleta de resíduos sólidos, revelando a necessidade de maiores

investimentos de recursos públicos na região.

Gráfico 4: Lixo coletado nos domicílios dos municípios da Região de Integração Araguaia,

nos anos 1991,2000 e 2010.

Fonte: IBGE (1991; 2000; 2010).

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após o censo demográfico de 1991.

0,0

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30,0

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50,0

60,0

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(%)

1991

2000

2010

Page 33: Indicadores ri araguaia

6. BIODIVERSIDADE

6.1. Áreas Protegidas13

Expressa a dimensão, distribuição e extensão dos espaços territoriais que estão

legalmente protegidos em relação à região de integração e municípios que a integram. Para

tanto, foi considerada a área que se refere a Terras Indígenas, que são áreas institucionalmente

protegidas, mas que não obedecem exatamente os mesmos critérios estabelecidos pelo SNUC,

já que estão sob jurisdição do Governo Federal e administração da Fundação Nacional do

Índio (FUNAI) (FERREIRA et al., 2005; NUNES, 2010). Desta forma, a Lei nº 9.985/00

define Unidades de Conservação como:

“Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas

jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos

pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob

regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de

proteção” (BRASIL, 2000).

Estas estão divididas em dois grupos: a de Proteção Integral (PI) e as de Uso

Sustentável (USO). Estas áreas são importantes para a avaliação de indicadores de qualidade

ambiental; pois, segundo pesquisas realizadas, as taxas de derrubada da floresta no interior

dessas áreas são significativamente menores quando comparadas às suas áreas adjacentes

(BRUNER et al., 2001; NAUGHTON-TREVES et al., 2005; SOARES-FILHO et al., 2006;

NUNES, 2010).

Destaca-se a importância deste indicador devido à possibilidade em se avaliar a

presença e evolução das áreas protegidas, identificando a quantidade e concentração das

mesmas. Auxilia também na medição dos benefícios ambientais oriundos da criação e

manutenção dessas áreas. Dentre esses benefícios, destacam-se a preservação da

biodiversidade e o respeito pelas comunidades indígenas e tradicionais.

Atualmente, segundo dados do Macrozoneamento Ecológico Econômico do Pará

(SEMA, 2007), 57,52% do território do Estado do Pará são constituídos por áreas protegidas

(Terras Indígenas somadas às Unidades de Conservação). A Região de Integração Araguaia

13

O cálculo das áreas foi feito através de operação de recuperação automática no software ArcGIS, a

partir do mapeamento digital das unidades de conservação e terras indígenas identificadas no Macrozoneamento

do Pará fornecido pela SEMA, relativo ao ano de 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

Page 34: Indicadores ri araguaia

possui o total de 80.128,68 km² de seu território constituído por áreas protegidas, o que

representa 46,04% do seu território (Fig. 3).

Fig. 3. Áreas protegidas nos municípios da Região de Integração Araguaia.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

Elaboração: IDESP.

Ourilândia do Norte é o município que possui o maior percentual de áreas

protegidas (88,99%) em relação a sua área territorial, enquanto que a maior área protegida da

região, em km², encontra-se no município de São Félix do Xingu, com 61.666,23 km² na

forma de Terras Indígenas e UC’s de uso sustentável e proteção integral. Logo, na maior parte

das extensões territoriais desses municípios há restrições no uso do solo e legislação

específica com a finalidade de proteção e conservação ambiental. Por outro lado, cabe

destacar também a inexistência de áreas protegidas nos municípios de Rio Maria, Sapucaia e

Xinguara (Tabela 13).

Page 35: Indicadores ri araguaia

Tabela 13. Percentual de áreas protegidas nos municípios da Região de Integração Araguaia.

Municípios Área (km²) Área Protegida (km²)* (%)

Água Azul do Norte 7.576,62 1.624,14 21,44

Bannach 2.956,63 168,13 5,69

Conceição do Araguaia 5.829,44 1,60 0,03

Cumaru do Norte 17.084,91 4.110,33 24,06

Floresta do Araguaia 3.444,25 2,73 0,08

Ourilândia do Norte 13.826,01 12.303,89 88,99

Pau D'Arco 1.671,41 199,02 11,91

Redenção 3.823,79 14,41 0,38

Rio Maria 4.114,60 0,00 0,00

Santa Maria das Barreiras 10.330,17 18,36 0,18

Santana do Araguaia 11.591,45 12,29 0,11

São Félix do Xingu 84.212,43 61.666,23 73,23

Sapucaia 1.298,18 0,00 0,00

Tucumã 2.512,58 7,55 0,30

Xinguara 3.779,41 0,00 0,00

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2012).

Elaboração: IDESP.

*Esta área foi extraída a partir da base cartográfica do Ministério do Meio Ambiente, com escala 1/100.000 ano

2011.

6.2. Índice de Desmatamento14

Este indicador expressa a perda da cobertura florestal primária no território,

considerando a relação entre o desflorestamento anual e as áreas dos municípios paraenses. A

retirada da cobertura vegetal original gera consequências como perda de biodiversidade,

degradação do solo, erosão, alteração nos cursos d’água e contribui para as mudanças

climáticas.

A Região de Integração Araguaia possuía um total de 64.235,7 km² de área

desmatada até 2011, correspondendo a 36,91% do seu território. Ressalta-se que o dado

corresponde à série histórica a partir do ano 1989, obtidos por meio do Projeto PRODES.

Com relação ao incremento, houve uma redução de 92% do desmatamento nos municípios

que compõem a região de integração, no período de 2001 a 2011.

14

Utilizou-se o banco de dados do “Projeto PRODES – Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira

por Satélite” disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), referente às taxas anuais de

desflorestamento na Amazônia Legal. O cálculo das áreas foram feitos a partir de ferramentas de

geoprocessamento com a utilização do software ArcGIS 10. O período considerado para a análise foi de 2000 a

2010.

Page 36: Indicadores ri araguaia

Da série histórica de desmatamento, para os municípios da região, o que

apresentou os maiores incrementos de área desmatada foi são Félix do Xingu no período 2001

a 2011, sendo o município do estado do Pará com o maior incremento de área desmatada

(17.129,9 km²). Apesar da dimensão dos dados apresentados, ressalta-se a redução gradativa

do desmatamento no município, visto que o menor incremento foi verificado no ano 2011

(140,10 km²).

Merece destaque o municípios de Sapucaia, pois o mesmo apresentou os menores

incrementos de desmatamento da região. Nos anos 2009 e 2011, não houve incremento de

área desmatada no município. No ano 2005 verificou-se o maior valor registrado para o

município, correspondendo a 6,20 km², porém inferior quando comparado aos demais

municípios da região (Tabela 14).

No último ano da série histórica apresentada, verificou-se a permanência de São

Félix do Xingu, como município com maior incremento, apesar da redução ao longo dos anos,

e Sapucaia com nenhum incremento do desmatamento.

Page 37: Indicadores ri araguaia

Tabela 14. Índice de desmatamento dos municípios da Região de Integração Araguaia.

Incremento do Desmatamento (Km²)

Municípios 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Água Azul do Norte 276,10 141,80 54,20 32,60 84,20 22,40 34,90 26,90 11,10 7,70 7,60

Bannach 95,90 114,70 49,70 54,30 110,20 33,50 51,90 48,20 15,70 5,70 5,70

Conceição do Araguaia 108,50 83,60 41,30 62,80 80,40 10,00 13,60 47,90 7,30 18,10 5,30

Cumaru do Norte 438,50 367,40 347,80 400,70 578,50 175,80 292,00 186,50 36,80 43,20 58,70

Floresta do Araguaia 9,70 11,40 1,20 51,90 129,80 11,60 18,30 21,40 12,20 12,60 4,10

Ourilândia do Norte 71,70 64,20 37,30 16,90 40,30 6,70 20,20 16,30 5,40 2,70 5,50

Pau D'Arco 45,10 18,30 10,50 12,80 16,10 2,30 3,50 11,00 4,80 1,10 2,50

Redenção 52,90 34,50 10,70 12,20 16,10 1,30 5,50 8,40 3,00 1,10 1,20

Rio Maria 65,00 68,40 11,20 42,20 82,10 19,00 21,20 15,60 6,80 4,00 2,80

Santa Maria das Barreiras 430,80 247,60 199,30 235,20 281,70 81,30 120,80 106,70 26,00 47,70 33,90

Santana do Araguaia 355,70 369,60 342,50 283,30 487,90 136,60 220,80 191,40 26,60 40,30 33,70

São Félix do Xingu 1.693,30 1.264,00 1.320,10 1.081,70 1.405,30 762,10 877,60 761,00 441,60 353,80 140,10

Sapucaia 2,00 2,50 0,40 2,50 6,20 2,20 4,00 0,50 0,00 0,10 0,00

Tucumã 128,20 73,10 28,10 10,30 20,00 9,60 13,80 9,90 2,60 2,60 1,70

Xinguara 25,40 43,30 2,90 39,20 72,10 11,10 18,40 4,70 4,50 3,70 0,80

Fonte: INPE (2001 – 2011).

Elaboração: IDESP.

Page 38: Indicadores ri araguaia

O Gráfico 5 ilustra a evolução desmatamento ao longo da última década, sendo

possível observar a dinâmica da atividade nos municípios, a cada ano. Tal dinâmica,

possibilita perceber a disparidade entre São Félix do Xingu e os demais municípios da região

de integração em questão.

Gráfico 5: Incremento de desmatamento na Região de Integração Araguaia no período de

2001 a 2010.

Fonte: INPE (2001 – 2011).

Elaboração: IDESP.

6.3. Índice de Focos de Calor15

No Pará, como no Brasil, o uso do fogo é uma das práticas utilizadas para

renovação de pastagens e liberação de novas áreas para as atividades agropecuárias. Os

incêndios florestais, por sua vez, correspondem a situações de fogo, originado a partir do seu

uso não autorizado para fins agropastoris, consumindo grandes áreas com vegetação (nativa

ou não), pastagens e cultivos, resultando em queimadas descontroladas.

Tanto as queimadas, quanto os incêndios florestais destroem, anualmente, grandes

áreas florestais no Pará, sendo uma ameaça aos ecossistemas locais.

15

As queimadas e os incêndios florestais são detectados por satélites de monitoramento de focos de

calor na superfície terrestre. A fonte das informações utilizadas foi o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(INPE).

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

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²

Água Azul do Norte Bannach Conceição do Araguaia Cumaru do Norte Floresta do Araguaia

Ourilândia do Norte Pau d'Arco Redenção Rio Maria Santa Maria das Barreiras

Santana do Araguaia São Félix do Xingu Sapucaia Tucumã Xinguara

Page 39: Indicadores ri araguaia

Assim, esse indicador é de suma importância, pois expressa a ocorrência de

incêndios florestais e queimadas em um território, em determinado ano. As variáveis

utilizadas são as ocorrências de focos de calor e o território onde eles ocorrem. Também

demonstra o avanço das atividades agropecuárias e das áreas antropizadas sobre as áreas com

vegetação nativa, desde que associado a outros indicadores.

Detectou-se na região o maior número de focos de calor no ano 2010. Destaca-se,

com o maior número de registros, o município de São Félix do Xingu, em toda a série

histórica apresentada. Já o menor número de focos de calor foi registrado em Sapucaia, com

menor valor em 2006, quando se detectou apenas 3 focos; o maior número de registros para

este município foi identificado no ano 2008.

Tabela 15. Índice de focos de calor nos municípios da Região de Integração Araguaia.

Municípios 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Água Azul do Norte 242 806 174 94 461 83 177

Bannach 344 784 207 67 447 61 95

Conceição do Araguaia 178 814 222 191 789 113 266

Cumaru do Norte 1.084 3.109 840 240 3.963 349 681

Floresta do Araguaia 94 278 147 121 327 134 163

Ourilândia do Norte 207 515 173 71 726 132 229

Pau d'Arco 89 170 69 53 166 56 91

Redenção 118 339 134 43 305 45 175

Rio Maria 146 296 79 40 109 54 80

Santa Maria das Barreiras 671 2.411 695 328 2.286 284 746

Santana do Araguaia 739 2.697 656 274 2.281 263 516

São Félix do Xingu 4.159 6.492 3.504 1.768 7.890 1.131 2.785

Sapucaia 3 29 30 9 15 12 20

Tucumã 127 330 149 59 336 37 125

Xinguara 103 139 59 36 91 43 45

Total 8.304 19.209 7.138 3.394 20.192 2.797 6.194

Fonte: INPE (2006 – 2011)

Elaboração: IDESP.

O Gráfico 6 ilustra a série histórica, apresentando os dados para todos os

municípios da região de integração em análise. É possível comparar o comportamento e

evolução dos focos detectados em todos os municípios., bem como constatar a permanência

de São Félix do Xingu como o município com maior incidência de focos. Dessa forma, torna-

Page 40: Indicadores ri araguaia

se necessária maior intervenção por parte do poder público a fim de manter as áreas

preservadas.

Gráfico 6: Incidência de calor nos municípios que compõem a Região de Integração Araguaia.

Fonte: INPE (2006 – 2011).

Elaboração: IDESP.

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2006 2007 2008 2009 2010 2011

Água Azul do Norte Bannach Conceição do Araguaia Cumaru do Norte Floresta do Araguaia

Ourilândia do Norte Pau D'Arco Redenção Rio Maria Santa Maria das Barreiras

Santana do Araguaia São Félix do Xingu Sapucaia Tucumã Xinguara

Page 41: Indicadores ri araguaia

7. CAPACIDADE INSTITUCIONAL

7.1. Órgão gestor de meio ambiente

Dentre os 15 municípios que compõem a Região de Integração Araguaia,

Ourilândia do Norte, Bannach, Rio Maria, Pau D’Arco, Floresta do Araguaia, Redenção e

Santana do Araguaia, possuem secretaria exclusiva de meio ambiente com infraestrutura

mínima para lidar com as questões ambientais do município. Os demais não apresentam base

institucional específica para tratar, exclusivamente, das questões ambientais, estando a

secretaria de meio ambiente associada a outro órgão.

A Fig. 4 representa quais municípios são dotados de secretaria exclusiva de meio

ambiente, bem como os municípios que possuem tal estrutura associada ou subordinada à

outra secretaria.

Fig. 4. Órgão gestor de meio ambiente na Região de Integração Araguaia.

Fonte: IBGE (2009).

Elaboração: IDESP.

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

Page 42: Indicadores ri araguaia

7.2. Conselho Municipal de Meio Ambiente

Com relação à existência de conselho municipal de meio ambiente, somente os

municípios de Xinguara e Rio Maria não apresentam este órgão em sua estrutura

administrativa. Dentre os demais municípios, que possuem conselho, apenas os de Ourilândia

do Norte e Xinguara apresentam caráter consultivo, deliberativo, normativo e fiscalizador,

este último consistindo no poder do conselho sobre as atividades do órgão ambiental. É

função do conselho assessorar o poder executivo quanto às questões ambientais. A Fig. 5

apresenta os municípios da RI Araguaia, bem como quais possuem conselho de meio

ambiente.

Fig. 5. Caráter do Conselho Municipal de Meio Ambiente, nos municípios da Região de

Integração Araguaia.

Fonte: IBGE (2009).

Elaboração: IDESP

7.3. Pessoas Ocupadas na área de meio ambiente

Page 43: Indicadores ri araguaia

Em relação ao quadro funcional, segundo informações disponibilizadas pelo

IBGE, referentes ao ano de 2008, a Região de Integração Araguaia apresenta uma total de 131

pessoas trabalhando na área ambiental.

Em relação aos municípios, São Félix do Xingu é o que possui o maior número de

funcionários efetivados para atuar na área ambiental, ou seja, 50 pessoas compõem o quadro

funcional da administração direta para trabalhar a gestão ambiental municipal. Já nos

municípios de Bannach, Cumaru do Norte, Floresta do Araguaia e Rio Maria existe apenas

uma pessoa responsável pelos assuntos que dizem respeito à temática ambiental. Este

indicador expressa fragilidade e limitação quanto à gestão de pessoas para a atuar na área

ambiental naqueles municípios (Gráfico 7).

Gráfico 7: Pessoas ocupadas na área do meio ambiente nos órgãos ambientais dos municípios

da Região de Integração Araguaia.

Fonte: IBGE (2008).

Elaboração: IDESP.

*O municípios que não possuem informações no ano da pesquisa.

14

14

11

5

5

3

12

2

50

3

23

16 Água Azul do Norte

Bannach

Conceição do Araguaia

Cumaru do Norte

Floresta do Araguaia

Ourilândia do Norte

Pau d'Arco

Redenção

Rio Maria

Santa Maria das Barreiras

Santana do Araguaia

São Félix do Xingu

Sapucaia

Tucumã

Xinguara

Page 44: Indicadores ri araguaia

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