44
INDICADORES DE QUALIDADE AMBIENTAL DA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO RIO CAPIM 2013

Indicadores ri riocapim

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Page 1: Indicadores ri riocapim

INDICADORES DE QUALIDADE AMBIENTAL

DA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO RIO CAPIM

2013

Page 2: Indicadores ri riocapim

2

GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ

Simão Robison Oliveira Jatene

VICE – GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ

Helenilson Cunha Pontes

SECRETARIA EXECUTIVA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E

FINAÇAS – SEPOF

Sérgio Roberto Bacury de Lira

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SOCIAL E AMBIENTALDO

PARÁ – IDESP

Maria Adelina Guglioti Braglia

DIRETORIA DE PESQUISA E ESTUDOS AMBIENTAIS

Andréa dos Santos Coelho

Page 3: Indicadores ri riocapim

3

Expediente

Diretoria de Pesquisas e Estudos Ambientais

Andréa dos Santos Coelho

Elaboração Técnica:

Andrea dos Santos Coelho

Camila da Silva Pires

Maicon Silva Farias

Revisão:

Fernanda Graim

Normalização:

Glauber Ribeiro

INDICADORES DE QUALIDADE AMBIENTAL DOS

MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE INTEGRAÇÃO RIO CAPIM/

Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do

Pará.- Belém: IDESP, 2012.

44 p.

1. Meio Ambiente 2. Qualidade Ambiental - Indicadores 3.

Região do Rio Capim – Pará I. IDESP II. Titulo

CDD 21 ed.: 333.7098115

Page 4: Indicadores ri riocapim

4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fig 1. Municípios que compõem a Região de Integração Rio Capim ...................................... 10

Fig. 2. Densidade demográfica da RI Rio Capim (2000/2010) ................................................ 13

Fig. 3. Áreas protegidas da RI Rio Capim. ............................................................................... 33

Fig. 4. Órgão gestor de meio ambiente na RI Rio Capim. ....................................................... 40

Fig. 5. Caráter do Conselho de Meio Ambiente ....................................................................... 41

Page 5: Indicadores ri riocapim

5

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Densidade demográfica – RI Rio Capim (1980/2010). ............................................ 12

Tabela 2. Densidade demográfica dos municípios da RI Rio Capim (1991/2010). ................. 12

Tabela 3. Taxa média anual de crescimento geométrico populacional- RI Rio Capim. .......... 14

Tabela 4. Taxa média geométrica anual de crescimento populacional dos municípios da RI

Rio Capim. ................................................................................................................................ 15

Tabela 5. Índice de Gini dos municípios da RI Rio Capim. .................................................... 17

Tabela 6. Renda per capita média na RI Rio Capim. ............................................................... 19

Tabela 7. IPA dos municípios da RI Rio Capim (exames positivos/1000 hab.). ..................... 20

Tabela 8. Esperança de vida ao nascer dos municípios da RI Rio Capim. ............................... 22

Tabela 9. Taxa de mortalidade infantil dos municípios da RI Rio Capim. .............................. 23

Tabela 10. Total de domicílios com acesso a rede de água na RI Rio Capim. ......................... 25

Tabela 11. Total de domicílios com acesso ao sistema de esgoto na RI Rio Capim em 2010. 26

Tabela 12. Total de domicílios com acesso a coleta de lixo nos municípios da RI Rio Capim.

.................................................................................................................................................. 30

Tabela 13. Percentual de áreas protegidas nos municípios da RI Rio Capim. ......................... 33

Tabela 14. Índice de desmatamento dos municípios da RI Rio Capim. ................................... 36

Tabela 15. Índice de focos de queimadas nos municípios da RI Rio Capim. .......................... 38

Page 6: Indicadores ri riocapim

6

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Crescimento da população da RI. Rio Capim nos últimos 30 anos. ....................... 11

Gráfico 2. Taxa média geométrica anual de crescimento populacional da RI Rio Capim. ...... 15

Gráfico 3. Porcentagem dos domicílios da RI Rio Capim com sistema de esgoto ligados a rede

anos de 2000 e 2010 ................................................................................................................. 28

Gráfico 4. Lixo coletado nos domicílios dos municípios da RI Rio Capim em 1991. ............. 31

Gráfico 5. Incremento de desmatamento na RI Rio Capim no período de 2001 a 2010. ......... 37

Gráfico 6. Incidência de queimadas na RI Rio Capim. ............................................................ 39

Gráfico 7. Pessoas ocupadas na área do meio ambiente nos órgãos ambientais dos municípios

da RI Rio Capim. ...................................................................................................................... 42

Page 7: Indicadores ri riocapim

7

SUMÁRIO

2013 ............................................................................................................................................ 1 1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ............................................................................ 10

2. POPULAÇÃO.................................................................................................................. 11 2.1 DENSIDADE DEMOGRÁFICA ................................................................................... 11 2.2 TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL .......................................................... 14

3. ECONOMIA .................................................................................................................... 17 3.1- ÍNDICE DE GINI ......................................................................................................... 17 3.2- RENDIMENTO MÉDIO MENSAL ............................................................................. 18

4. SAÚDE ............................................................................................................................. 20 4.1- MALÁRIA ................................................................................................................... 20

4.2- ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER ....................................................................... 21

4.3- COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL ..................................................... 22

5. SANEAMENTO BÁSICO .............................................................................................. 24 5.1 Acesso ao abastecimento de água ................................................................................... 24 5.2 Acesso ao sistema de esgoto ........................................................................................... 25 5.3 ACESSO À COLETA DE LIXO ................................................................................... 28

6. BIODIVERSIDADE ....................................................................................................... 32 6.1- ÁREAS PROTEGIDAS ................................................................................................ 32 6.2- ÍNDICE DE DESMATAMENTO ................................................................................ 34

6.3- ÍNDICE DE FOCOS DE QUEIMADAS ...................................................................... 37

7. CAPACIDADE INSTITUCIONAL .............................................................................. 40 7.1- ÓRGÃO GESTOR DE MEIO AMBIENTE ................................................................. 40

7.2- CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE ................................................... 41

7.3- PESSOAS OCUPADAS NA ÁREA DE MEIO AMBIENTE ..................................... 41

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 43

Page 8: Indicadores ri riocapim

8

APRESENTAÇÃO

Nas últimas décadas, a degradação do meio ambiente tem se intensificado, em

decorrência da má utilização dos recursos naturais. A expansão da pecuária, agricultura

mecanizada e tradicional, extrativismo mineral e florestal, atividade industrial e ocupação

urbana desordenada têm sido os principais responsáveis pelo aumento do desmatamento,

queimadas, poluição de rios, perda de biodiversidade e, em consequência, queda na qualidade

de vida das populações. Essa realidade, presente nos municípios do estado do Pará que, na

prática, estão mais próximos da problemática ambiental, justifica a importância de se avaliar a

condição do meio ambiente como subsídio à elaboração de políticas públicas, destinadas a

mitigar esses problemas, e à tomada de decisão pelos gestores públicos envolvidos.

Os Indicadores da Qualidade Ambiental (IQA) da Região de Integração Rio Capim

podem ser definidos como variáveis que possuem o objetivo de fornecer informações que

expressem a situação de cada município que a compõe quanto à qualidade ambiental em um

determinado momento. Esses indicadores são gerados a partir do acompanhamento de

variáveis econômicas, sociais, institucionais e ambientais, da realidade dos municípios, e dão

uma ideia das relações sociais no espaço e da forma de apropriação dos recursos naturais e

seus reflexos no meio ambiente. Sendo assim, os IQA da RI Rio Capim se constitui em um

instrumento para verificar a evolução e possibilitar a projeção da qualidade ambiental

municipal.

A seleção dos indicadores dependeu de alguns critérios práticos, como

disponibilidade/acessibilidade de dados para a maioria dos municípios paraenses e

possibilidade de atualização frequente. Também se priorizou a utilização de indicadores

utilizados para a avaliação dos “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”1. Ao final, foram

selecionados 16 indicadores cujos dados estão disponíveis nas diversas fontes oficiais como

IBGE, Atlas de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD), Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA), Ministério do

Meio Ambiente (MMA), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e Secretaria de Estado de

Meio Ambiente do Pará (SEMA).

Esses dados foram tabulados e agregados por Região de Integração (RI), definida de

acordo com critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado de Integração Regional (SEIR).

1 Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) são uma série de oito compromissos aprovados entre

líderes de 191 países membros das Nações Unidas, na maior reunião de dirigentes nacionais de todos os tempos,

a Cúpula do Milênio, realizada em Nova York em setembro de 2000.

Page 9: Indicadores ri riocapim

9

Os indicadores selecionados estão sistematizados considerando as dimensões econômica,

social, ambiental e institucional, estando apresentados em forma de tabelas, gráficos e mapas

temáticos definidos por município e RI e descritos, de forma conjunta, a fim de proporcionar

maior facilidade na análise das informações. Segue a conceituação e metodologia utilizadas

na obtenção de cada indicador.

Page 10: Indicadores ri riocapim

10

Indicadores de Avaliação da Qualidade Ambiental da Região de Integração

do Rio Capim

1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A Região de Integração Rio Capim está localizada na região Nordeste do estado do

Pará, entrecortada pela rodovia BR- 010 (Rodovia Belém - Brasília). Abrange uma área de

62.135,21 km², o que corresponde a 4,98% do território paraense.

A consolidação demográfica da região ocorreu durante as décadas de 50 e 70, neste

período foram criados alguns municípios como Paragominas, enquanto outros foram criados a

partir do desmembramento de municípios como o caso Ipixuna do Pará, Dom Eliseu e Aurora

do Pará. No que se refere ao aspecto econômico, a Região de Integração Rio Capim possui a

sétima maior contribuição no PIB do Estado, correspondendo a 4,86%. (IDESP, 2011)

Os municípios que compõem a RI Rio Capim são: Abel Figueiredo, Aurora do Pará,

Bujaru, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Dom Eliseu, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará,

Irituia, Mãe do Rio, Nova Esperança do Piriá, Ourém, Paragominas, Rondon do Pará, Tomé-

Açu, Ulianopólis (Fig. 1).

Figura 1 - Municípios que compõem a Região de Integração Rio Capim

Fonte: IBGE/SEIURB

Elaboração: IDESP.

Page 11: Indicadores ri riocapim

11

2. POPULAÇÃO

A população da RI Rio Capim é de 740.045 mil habitantes (IBGE, 2010), o que

corresponde a 8,01% da população do estado do Pará. Nas ultimas décadas verificou-se um

crescimento da população em áreas urbanas, em virtude da provável migração de pessoas da

zona rural para os centros urbanos, bem como advindas de outras regiões. No gráfico 1 é

possível perceber a evolução da população da região, que na década de 2000 a população

urbana superou a rural, resultando na concentração de pessoas em áreas urbanas

correspondendo a 54,10% do total de habitantes da região em 2010.

Gráfico 1 - Crescimento da população da RI. Rio Capim nos últimos 30 anos.

Fonte: IBGE , Censo demográfico 1980/2010

Elaboração IDESP

2.1 DENSIDADE DEMOGRÁFICA2

A densidade demográfica é expressa pelo número de pessoas residindo em um

determinado território, divido pela área total. A concentração populacional em uma

determinada área é um indicador da qualidade ambiental, uma vez que uma alta densidade

2 As informações utilizadas para a elaboração desse indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

DIMENSÃO SOCIAL E ECONÔMICA

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

1980 1991 2000 2010

Po

pu

laçã

o

Década

Urbano

Rural

Page 12: Indicadores ri riocapim

12

demográfica exerce pressão sobre o ambiente, influenciando aspectos físicos, atividades

econômicas desenvolvidas, bem como na infraestrutura urbana e serviços públicos

disponibilizados pelo município.

A densidade demográfica na RI Rio Capim passou de 3,71 hab./km² na década de

1980, para 9,77hab./km² em 2010 conforme a tabela 1. A densidade da região se mantém

acima da média estadual de 6,08 hab./km² e abaixo da nacional de 22,43 hab./km². (Tabela 2)

Tabela 1 - Densidade demográfica – RI Rio Capim (1980/2010).

Ano População

(hab.)

Área Territorial/ km²

(2002)*

Densidade Demográfica (hab./km²)

1980 230.518

62.135,21

3,71

1991 360.213 5,80

2000 478.336 7,70

2010 607.171 9,77

Fonte: IBGE, Censo demográfico 1980-2010.

Elaboração: IDESP, PA.

* De acordo com a RESOLUÇÃO Nº 05, DE 10 DE OUTUBRO DE 2002 do IBGE.

Os municípios de Mãe do Rio e Ourém apresentaram a maior densidade demográfica,

quando verificados todos os municípios da região em 2010, correspondendo a 59,43 hab./km²

e 29,02 hab. /km²(Tabela 2). A figura 2 apresenta, de maneira ilustrativa, a disposição dos

municípios da RI Rio Capim, diferenciando-os conforme sua densidade demográfica.

As menores densidades da região foram encontradas nos municípios de Paragominas

(5,06 hab./km²) e Rondon do Pará (5,69 hab./km²), estes municípios apesar da baixa

densidade, estão acima da média estadual de 6,08 hab./km².

Tabela 2 - Densidade demográfica dos municípios da RI Rio Capim (1991/2010). Municípios População (hab) Área

Territorial/km²

(2002)**

Densidade Demográfica (hab/km²)

1991 2000 2010 1991 2000 2010

Abel

Figueiredo*

0,00 5.957 6.780 614,25 0,00 9,70 11,04

Aurora do

Pará*

0,00 19.728 26.546 1.811,83 0,00 10,89 14,65

Bujaru 14.117 21.032 25.695 1.005,16 14,04 20,92 25,56

Capitão Poço 45.452 49.769 51.893 2.899,53 15,68 17,16 17,90

Concórdia

do Pará

15.247 20.956 28.216 690,94 22,07 30,33 40,84

Dom Eliseu 24.362 39.529 51.319 5.267,51 4,62 7,50 9,74

Garrafão do

Norte

20.473 24.221 25.034 1.604,36 12,76 15,10 15,60

Ipixuna do

Pará*

0,00 25.138 51.309 5.216,95 0,00 4,82 9,84

Irituia 31.110 30.518 31.364 1.379,52 22,55 22,12 22,74

Mãe do Rio 29.100 25.351 27.904 469,49 61,98 54,00 59,43

Page 13: Indicadores ri riocapim

13

Nova

Esperança

do Piriá*

0,00 18.893 20.158 2.809,98 0,00 6,72 7,17

Ourem 30.995 14.397 16.311 562,13 55,14 25,61 29,02

Paragominas 67.075 76.450 97.819 19.330,52 3,47 3,95 5,06

Rondon do

Pará

40.879 39.870 46.964 8.246,63 4,96 4,83 5,69

Tomé-Açu 41.403 47.273 56.518 5.145,33 8,05 9,19 10,98

Ulianópolis* 0,00 19.254 43.341 5.081,07 0,00 3,79 8,53

Pará 4.864.585 6.192.307 7.588.078 1.247.689,52 3,90 4,96 6,08

Brasil 146.917.459 169.590.693 190.755.799 8.502.728,27 17,28 19,95 22,43

Fonte: IBGE, Censo demográfico 1991/ 2010

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após a realização do Censo demográfico de 1991.

** De acordo com a RESOLUÇÃO Nº 05, DE 10 DE OUTUBRO DE 2002 do IBGE.

Figura 2 - Densidade demográfica da RI Rio Capim (2000/2010)

Fonte: IBGE, Censo 2000/2010

Elaboração: IDESP

Page 14: Indicadores ri riocapim

14

2.2 TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL3

Expressa o ritmo de crescimento populacional anual para cada década. Através da

intensidade e das tendências de crescimento da população podem ser estimados investimentos

necessários para determinada região.

Este é um importante indicador, haja vista que a taxa é calculada a partir da variação de

tempo, a médio e longo prazo, servindo como subsídio para a elaboração e implementação de

políticas públicas de natureza social e ambiental. A taxa média geométrica anual de

crescimento da população utiliza as variáveis referentes à população residente em dois marcos

temporais distintos.

A RI Rio Capim apresentou uma taxa média geométrica anual de crescimento de

4,13% no período de 1980 a 1991, e diminuindo para 3,20% entre 1991 e 2000, chegando o

menor valor no período de 2000 a 2010 (2,41), conforme a tabela 3.

Tabela 3 - Taxa média anual de crescimento geométrico populacional- RI Rio Capim.

Década Taxa média geométrica anual de crescimento (%)

RI Rio Capim Pará

1980-1991 4,13 3,46

1991-2000 3,20 2,52

2000-2010 2,41 2,04

Fonte:IBGE, Censo demográfico 1991-2010.

Elaboração: IDESP, PA.

No gráfico 2 é possível perceber que, apesar de diminuição da taxa de crescimento da

RI Rio Capim, durante os últimos 30 anos, esta permaneceu acima da taxa estadual na ultima

década. No período de 2000- 2010 a população do Estado do Pará apresentou taxa de

crescimento anual de 2,04%, passando de 6.192.307 habitantes em 2000 para 7.588.078

habitantes em 2010.

A diminuição da taxa média anual de crescimento geométrico populacional, observada

para a RI Xingu, expressa redução no ritmo de crescimento populacional naquela região

(Gráfico 2).

3 Para o cálculo, utilizou-se o método geométrico, com informações oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 15: Indicadores ri riocapim

15

Gráfico 2 - Taxa média geométrica anual de crescimento populacional da RI Rio Capim.

Fonte:IBGE, Censo demográfico1991-2010.

Elaboração: IDESP.

A maior taxa média anual de crescimento geométrico populacional foi observada no

município de Ulianópolis 8,45% entre 2000-2010, seguido por Ipixuna do Pará com 7,40%.

Enquanto Garrafão do Norte apresentou a menor taxa de região 0,33%, no mesmo período

(Tabela 4).

Tabela 4 - Taxa média geométrica anual de crescimento populacional dos municípios da RI

Rio Capim.

Taxa média geométrica anual de crescimento (%)

Municípios 1980-1991 1991-2000 2000-2010

Abel Figueiredo* - - 1,30

Aurora do Pará* - - 3,01

Bujaru -5,40 4,53 2,02

Capitão Poço 3,02 1,01 0,42

Concórdia do Pará - 3,60 3,02

Dom Eliseu - 5,52 2,64

Garrafão do Norte - 1,88 0,33

Ipixuna do Pará* - - 7,40

Irituia -3,29 -0,21 0,27

Mãe do Rio -1,52 0,96

Nova Esperança do Piriá - - 0,65

Ourem -1,92 -8,17 1,26

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

1980-1991 1991-2000 2000-2010

Taxa

(%

)

Década

RI Rio Capim

Pará

Page 16: Indicadores ri riocapim

16

Paragominas 3,07 1,46 2,50

Rondon do Pará - -0,28 1,65

Tomé-Açu 0,24 1,48 1,80

Ulianópolis* - - 8,45

Pará 3,46 2,52 2,04

Brasil 1,93 1,64 1,17

Fonte: IBGE, Censo demográfico 1991-2010.

Elaboração: IDESP

*Municípios criados após a realização do Censo demográfico de 1991.

Page 17: Indicadores ri riocapim

17

3. ECONOMIA

3.1- ÍNDICE DE GINI4

O Índice de Gini é uma medida de concentração ou desigualdade comumente utilizada

na análise da distribuição de renda e se torna um indicador importante para uma sociedade

que pretende ser equitativa. O cálculo leva em consideração variáveis econômicas para

verificar o grau de distribuição da renda, em escala de 0 (zero) a 1 (um). Quanto mais

próximo de zero, mais igualitária é a sociedade. Quanto mais se aproximar de um, maior é a

desigualdade; deve-se ressaltar que índice em torno de 0,5 já se torna representativo de fortes

desigualdades.

O Índice de Gini brasileiro, em 1991, era 0,64 e do estado do Pará era 0,62. Em 2000,

os índices de Gini brasileiro e paraense aumentaram e apresentaram o mesmo valor (0,65).

Quando observado o ano de 2010, percebe-se uma redução no índice, chegando a 0,63 a nível

estadual e 0,61 para o nacional (Tabela 5).

Em 1991, todos os municípios da RI Rio Capim apresentaram índice abaixo da média

estadual e nacional, estes valores abaixo da média também foram registrados no ano de 2000,

contudo Ulianópolis (0,75), Nova Esperança do Piriá (0,66), Dom Eliseu (0,66) e Capitão

Poço (0,66) estiveram acima da média estadual e nacional. No ano de 2010, observou uma

redução do índice, nos municípios de Ulianópolis, Nova Esperança do Piriá, Dom Eliseu e

Capitão poço, quando comparados com o ano de 2000, no entanto, os dois primeiros possuem

os maiores índices da região e permanecem superiores ao índice estadual e nacional. Ainda

em 2010, Concórdia do Pará e Bujaru apresentaram os menores índices da região 0,51 e 0,54

respectivamente. (Tabela 5).

Tabela 5 - Índice de Gini dos municípios da RI Rio Capim.

Índice de Gini

Municípios 1991 2000 2010

Abel Figueiredo* ... 0,52 0,58

Aurora do Pará* ... 0,56 0,58

Bujaru 0,53 0,52 0,54

Capitão Poço 0,52 0,66 0,58

Concórdia do Pará 0,58 0,57 0,51

Dom Eliseu 0,54 0,66 0,54

Garrafão do Norte 0,45 0,59 0,55

4 As informações utilizadas para a elaboração desse indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 18: Indicadores ri riocapim

18

Ipixuna do Pará* ... 0,59 0,59

Irituia 0,46 0,60 0,59

Mãe do Rio 0,58 0,60 0,59

Nova Esperança do Piriá* ... 0,66 0,64

Ourem 0,46 0,60 0,63

Paragominas 0,57 0,62 0,62

Rondon do Pará 0,54 0,59 0,56

Tomé-Açu 0,54 0,61 0,55

Ulianópolis* ... 0,75 0,73

Pará 0,62 0,65 0,63

Brasil 0,64 0,65 0,61

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil - IBGE Censo demográfico, 1991/2000.

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após o censo demográfico de 1991.

A Tabela 5 possibilita verificar que a maioria dos municípios da região apresentaram

uma redução dos Índices de Gini entre 2000-2010, a partir desses dados, pode-se inferir que

houve uma melhoria com relação à distribuição de renda em alguns municípios da RI Rio

Capim. O Índice de Gini não indica um padrão definido de distribuição de renda na RI Xingu,

dado ao fato dos municípios apresentarem índices com valores superiores a 0,5.

3.2- RENDIMENTO MÉDIO MENSAL5

Expressa a distribuição do rendimento médio mensal per capta. Ou seja, a soma do

rendimento mensal referente ao trabalho formal de cada domicílio. A partir desse indicador é

possível conhecer e avaliar a distribuição de renda da população nos municípios. Sua

importância atribui-se por ser um dos indicativos das condições de vida da população.

Em 2000 a renda per capita média do Brasil era de R$585,94 e a do estado do Pará

R$331,96. No ano de 2010 a renda brasileira aumentou para R$767,02 e a estadual para

R$429,02. Na RI Rio Capim, em 2000, somente o município de Ulianópolis possuíam renda

acima da média estadual, contudo abaixo do valor e nacional.

Em 2010, Ulianópolis e Paragominas apresentaram os maiores valores de renda

R$543,09 e R$491,75, respectivamente, estando acima de média estadual e abaixo da

registrada nacionalmente. Enquanto Aurora do Pará apresentou uma pequena redução na

5 As informações utilizadas para a elaboração desse indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 19: Indicadores ri riocapim

19

renda de R$170,42 em 2000 para R$169,63 em 2010. Nova Esperança do Piriá registrou a

menor renda domiciliar da região R$157,72 (Tabela 6).

Tabela 6 - Renda per capita média na RI Rio Capim.

Rendimento mensal (Domiciliar)

Municípios 2000 2009

Abel Figueiredo R$ 319,57 R$ 380,89

Aurora do Pará R$ 170,42 R$ 169,63

Bujaru R$ 140,06 R$ 167,93

Capitão Poço R$ 182,48 R$ 248,28

Concórdia do Pará R$ 154,88 R$ 257,44

Dom Eliseu R$ 286,71 R$ 342,60

Garrafão do Norte R$ 141,46 R$ 229,91

Ipixuna do Pará R$ 144,20 R$ 174,93

Irituia R$ 227,80 R$ 222,92

Mãe do Rio R$ 238,78 R$ 363,91

Nova Esperança do Piriá R$ 169,56 R$ 157,72

Ourem R$ 175,90 R$ 278,52

Paragominas R$ 327,31 R$ 491,75

Rondon do Pará R$ 311,31 R$ 318,83

Tomé-Açu R$ 279,08 R$ 322,15

Ulianópolis R$ 508,16 R$ 543,09

Pará R$ 331,96 R$ 429,02

Brasil R$ 585,94 R$ 767,02

Fonte: DATASUS/IBGE Censo demográfico 2000/2010

Elaboração: IDESP

Page 20: Indicadores ri riocapim

20

4. SAÚDE

4.1- MALÁRIA 6

Os indíces relacionados à malária são importantes para estimar o risco de sua

ocorrência, bem como a vulnerabilidade da população de determinado município. No Brasil,

as áreas endêmicas se localizam na Amazônia Legal, onde está inserido o estado do Pará. A

proliferação da doença se relaciona à presença do vetor infectado, disseminando-se por meio

de migrações internas, bem como em assentamentos rurais associados às atividades

econômicas extrativas, população suscetível, e ausência de ações integradas de controle por

parte do poder público.

Por meio do Índice parasitário de malária é possível analisar variações populacionais,

geográficas e temporais na distribuição dos casos, como parte do conjunto de ações de

vigilância epidemiológica e ambiental da doença. Utilizaram-se os dados disponibilizados

pela Secretaria de Estado de Saúde do Pará – Gerência Técnica de Endemias.

O índice parasitário anual (IPA) de malária paraense diminuiu de 44,93 para 10,52

diagnósticos positivos por mil habitantes, entre 2000-2007. Como exposto na Tabela 7, o

maior número de casos foi registrado em 2000. Nova Esperança do Piriá foi o município com

o maior índice (477,66 casos). Em 2007, foi o município de Ipixuna do Pará que registrou o

maior número de casos (34,43 casos), bastante acima da média estadual no mesmo ano.

Capitão Poço apresentou o menor índice da região 0,71 para o ano de 2007, conforme exposto

na Tabela 7.

Tabela 7 - IPA dos municípios da RI Rio Capim (exames positivos/1000 hab.).

Municípios 1991 2000 2007

Abel Figueiredo* - 12,25 0,91

Aurora do Pará* - 224,55 16,76

Bujaru 0 2,57 7,72

Capitão Poço 0,42 56,4 0,71

Concórdia do Pará 4,39 45,67 7,38

Dom Eliseu 20,24 19,63 0,87

Garrafão do Norte 0,68 78,53 1,83

6 O Índice parasitário de malária é obtido por meio do número de exames positivos de malária (códigos B50 a

B53 da CID-10) por mil habitantes, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. A positividade

resulta da comprovação da presença do parasita na corrente sanguínea do indivíduo infectado, por meio de

exames laboratoriais específicos.

Page 21: Indicadores ri riocapim

21

Ipixuna do Pará* - 526,65 34,43

Irituia 0,58 18,25 3,77

Mãe do Rio 0,89 99,52 3,8

Nova Esperança do Piriá* - 471,66 18,49

Ourem 0,58 93,14 2,38

Paragominas 38,37 239,88 19,28

Rondon do Pará 53,72 11,76 1,47

Tomé-Açu 4,64 28,98 1,17

Ulianópolis* - 117,69 4,99

Pará 20,65 44,93 10,52

Brasil 3,63 3,62 2,38

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde do Pará/ Gerência Técnica de Endemias

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após 1991.

4.2- ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER7

Expressa o número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido

o padrão de mortalidade existente na população residente, em determinado espaço geográfico,

no ano considerado. Assim, indica a longevidade média esperada para um determinado grupo

populacional ao nascer. Relaciona-se com as condições de vida de uma população. Sua

avaliação reflete os resultados dos investimentos em saúde pública e na qualidade ambiental.

A esperança de vida ao nascer no Brasil, em 1991, era 66,90 anos; já em 2000, era de

70,40 anos. O índice paraense estava acima da média nacional em 1991 (67,60 anos) e em

2000 esteve abaixo do valor registrado em âmbito nacional (69,90anos). Em 1991, Bujaru

apresentou a maior esperança de vida ao nascer (65,4 anos), contudo está abaixo da média

estadual e nacional. Em 2000, houve um aumento na esperança de vida de todos os

municípios em comparação com 1991, apesar desde aumento nenhum município da região

atingiu a média estadual e nacional, sendo que os maiores índices foram encontrados nos

municípios de Concórdia do Pará (69,7 anos), Ipixuna do Pará (69.6 anos) e Ourém (69,3

anos) conforme a Tabela 8.

7 A partir de tábuas de vida elaboradas para cada área geográfica, toma-se o número correspondente a uma

geração inicial de nascimentos (l0) e se determina o tempo cumulativo vivido por essa mesma geração (T0) até a

idade limite. A esperança de vida ao nascer é o quociente da divisão de T0 por l0. Foram utilizados dados do

Atlas de Desenvolvimento Humano do Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Page 22: Indicadores ri riocapim

22

Tabela 8 - Esperança de vida ao nascer dos municípios da RI Rio Capim.

Esperança de vida ao nascer (idade em anos)

Municípios 1991 2000

Abel Figueiredo* 67,5

Aurora do Pará* 67,4

Bujaru 65,4 68,9

Capitão Poço 59,6 64,3

Concórdia do Pará 62,9 69,7

Dom Eliseu 59,1 64,9

Garrafão do Norte 58,3 63,2

Ipixuna do Pará* 69,6

Irituia 63,7 66,4

Mãe do Rio 63,7 70,0

Nova Esperança do Piriá* 66,0

Ourem 61,8 69,3

Paragominas 59,1 65,7

Rondon do Pará 63,2 66,8

Tomé-Açu 60,5 66,1

Ulianópolis* 65,6

Pará 67,60 69,90

Brasil 66,90 70,40

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil - IBGE Censo demográfico 1991/2000.

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após a realização do censo demográfico de 1991.

Percebe-se um aumento da esperança de vida ao nascer em todos os municípios da

RI Rio Capim entre 1991 a 2000. Esse indicador expressa que houve um aumento da

longevidade da população, podendo-se inferir que este fato é resultado de investimentos em

saúde pública e na qualidade ambiental.

4.3- COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL8

É o número de óbitos de menores de um ano de idade para cada mil nascidos vivos, na

população residente, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Além disto,

indica o risco de morte de uma criança com menos de um ano, em determinado período e

8 O método de cálculo se dá a partir da divisão entre o número total de óbitos de menores de um ano e o total de

nascidos vivos no mesmo ano, multiplicado por mil. Foram utilizados dados do Atlas de Desenvolvimento

Humano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Page 23: Indicadores ri riocapim

23

local. Este indicador pode ser útil na avaliação da qualidade de vida de uma população, bem

como serviços de saúde, além das condições sociais e ambientais.

No período de 2000 a 2010, a taxa de mortalidade infantil do Brasil diminuiu de

27,40 para 16,00 por mil nascidos vivos. No estado do Pará, nesse mesmo período, a taxa

diminuiu de 29,00 para 21,50 a cada mil nascidos vivos. Na RI Rio Capim, somente os

municípios de Aurora do Pará, Capitão Poço e Ulianópolis apresentaram aumento na taxa de

mortalidade infantil no período de 2000 a 2010. Dentre os municípios que apresentaram

redução, destaca-se Ipixuna do Pará, com redução de 46,01 em 2000, a maior de região, para

16,84 em 2010, estando abaixo da média estadual e acima da nacional. Quando observado o

município de Capitão Poço observa-se o inverso, um crescente aumento na taxa, passando de

10,79 em 2000 para 17,43. No ano de 2010 a maior taxa de mortalidade infantil foi registrada

no município de Nova Esperança do Piriá 28,44, enquanto Abel Figueiredo apresentou a

menor taxa da região 8,93. (Tabela 9)

Tabela 9 - Taxa de mortalidade infantil dos municípios da RI Rio Capim.

Mortalidade Infantil (por 1000 nascidos vivos)

Municípios 2000 2005 2010

Abel Figueiredo 19,61 8,26 8,93

Aurora do Pará 21,22 14,6 21,33

Bujaru 28,67 13,33 13,51

Capitão Poço 9,28 12,46 17,43

Concórdia do Pará 22,14 17,86 12,24

Dom Eliseu 26,02 22,7 18,87

Garrafão do Norte 24,74 12,5 19,72

Ipixuna do Pará 46,01 12,28 16,84

Irituia 36,57 26,57 22,94

Mãe do Rio 42,68 21,56 15,24

Nova Esperança do Piriá 40,46 8,36 28,44

Ourem 12,7 8,43 12,01

Paragominas 44,18 23,03 20,04

Rondon do Pará 33,6 33,65 25,91

Tomé-Açu 17,65 13,63 23,73

Ulianópolis 24,59 35,25 20,18

Pará 29,00 24,40 21,50

Brasil 27,40 21,40 16,00

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil - IBGE Censo, 1991/2000.

Elaboração: IDESP.

Page 24: Indicadores ri riocapim

24

5. SANEAMENTO BÁSICO

5.1 Acesso ao abastecimento de água9

Expressa o total de domicílios particulares permanentes que possuem acesso ao

serviço de abastecimento de água, por meio da rede geral de abastecimento, no município. A

Lei nº11.445/07, da Constituição Federal Brasileira, considera abastecimento de água potável

aquele que é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao

abastecimento público, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de

medição.

Nesse sentido, entende-se que, entre as variáveis disponibilizadas pelo IBGE, a ligação

à rede geral é a mais adequada para avaliação. A ausência deste serviço implica diretamente

na qualidade de vida da população, ocasionando diversas doenças de veiculação hídrica. Este

indicador é importante para a caracterização básica da qualidade de vida.

A metodologia utilizada é o cálculo da porcentagem obtido pela divisão da população

residente em domicílios particulares permanentes, servidos por rede geral de abastecimento de

água, com ou sem canalização interna, pela população total residente em domicílios

particulares permanentes.

Em 2000 o percentual brasileiro de domicílios com acesso à rede geral de

abastecimento de água era de 77,82% e passou para 82,85% em 2010. A RI Rio Capim

apresentou no ano de 2000 um dado preocupante, a maioria dos municípios da região

apresentou valores abaixo de 50% de domicílios atendidos. Destaca-se o município de Nova

Esperança do Piriá, segundo o IBGE, possuía 0,03 domicílios com sistema de abastecimento

de água ligado a rede geral, ou seja, menos de 1% das residências são atendidas pelo

abastecimento de água proveniente da rede geral.

Percentuais abaixo da média estadual e nacional também foram verificados em 2010

para a RI Rio Capim, com exceção aos municípios de Abel Figueiredo, Dom Elizeu e

Rondom do Pará que possuem respectivamente 81,10% , 77,43% e 76,23% de população

atendida pelo serviço de abastecimento de água (Tabela 10).

É importante ressaltar que o percentual estadual de domicílios com acesso ao serviço

básico de abastecimento de água em 2000 era de 42,64 % e em 2010 se manteve abaixo de

50%. Ou seja, apenas 47,94% dos domicílios urbanos paraenses contavam com o referido

serviço básico.

9 As informações utilizadas para a elaboração desse indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do

IBGE.

Page 25: Indicadores ri riocapim

25

Tabela 10 - Total de domicílios com acesso a rede de água na RI Rio Capim.

Percentual Atendido (%)

Municípios 1991 2000 2010

Rede Geral Rede Geral Rede Geral

Unid % Unid % Unid %

Abel Figueiredo* - - 941 68,84 1.515 81,10

Aurora do Pará* - - 1.163 29,68 3.311 56,70

Bujaru 229 8,61 1.116 29,13 2.317 39,57

Capitão Poço 1.653 20,16 3.523 34,99 7.818 60,35

Concórdia do Pa rá - - 71 1,76 841 13,37

Dom Eliseu 308 6,39 6.155 69,39 10.067 77,43

Garrafão do Norte - - 621 13,59 1.499 25,84

Ipixuna do Pará* - - 1.255 26,35 6.306 55,40

Irituia 728 13,39 2.352 39,04 4.449 59,42

Mãe do Rio 108 2,17 364 6,64 1.413 20,01

Nova Esperança do Piriá* - - 1 0,03 219 4,69

Ourem 967 17,12 808 27,22 1.724 41,95

Paragominas 622 4,7 5.720 34,1 13.656 54,70

Rondon do Pará 1.409 17,19 6.228 70,07 9.556 76,23

Tomé-Açu 2.160 29,02 5.036 53,35 8.257 60,87

Ulianópolis* - - 150 3,62 3.407 39,77

Pará 377.837 40,10 558.213 42,64 891.356 47,94

Brasil 24.562.013 70,71 34.859.393 77,82 47.494.025 82,85

Fonte: IBGE, Censo demográfico 1991/2000/2010.

Elaboração: IDESP.

*Municípios criados após a realização do Censo demográfico de 1991.

Esses dados podem indicar aumento de riscos à saúde, associados a outros fatores

ambientais, pois a ausência ou baixa oferta do serviço com qualidade, contribui à proliferação

de doenças, principalmente as de veiculação hídrica. Contudo, há necessidade de maiores

investimentos do poder público municipal, objetivando superar essa fragilidade em suas

políticas públicas para o abastecimento de água por rede geral.

5.2 Acesso ao sistema de esgoto10

A Lei nº11.445/07, da Constituição Federal Brasileira considera que o esgotamento

sanitário é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta,

transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações

10

As variáveis utilizadas são: domicílios com ligação à rede geral; outra forma (fossa séptica, fossa

sedimentar, vala, rio, lago ou mar e outro escoadouro) e não aplicável (não tinha banheiro e nem sanitário). As

informações utilizadas para a elaboração deste indicador são oriundas dos censos 1991, 2000 e 2010 do IBGE.

Page 26: Indicadores ri riocapim

26

prediais até o seu lançamento final no meio ambiente. Este indicador é fundamental na

avaliação das condições de saúde da população e infraestrutura do município e,

consequentemente, da qualidade ambiental, haja vista que o lançamento de esgoto in natura

no meio ambiente pode causar a poluição de cursos d’água e prejudicar a saúde da população.

Desta forma, o tratamento de esgotos é medida básica de saneamento, trazendo benefícios

para a coletividade e economia para o Sistema Público de Saúde (MIRANDA11

) e expressa a

relação de domicílios atendidos por sistema de esgotamento sanitário.

Assim, esse indicador se refere ao percentual da população residente que dispõe de

escoadouro de dejetos por meio de ligação do domicílio à rede coletora ou fossa séptica, em

determinado espaço geográfico, em relação à população total, no ano considerado.

No Brasil, no ano de 2010, 55,45% dos domicílios possuíam acesso ao sistema de

esgoto pro meio da rede geral. No estado do Pará, apenas 10,19%, possuem acesso a este

serviço, cerca de 85,62% apresentam outras formas de esgotamento sanitário como a fossa

séptica e fossa rudimentar. Esse baixo percentual de domicílios, com esgotamento sanitário,

ligados à rede, não se difere na RI Rio Capim.

O município com o maior percentual de domicílios ligados a rede geral de esgoto,

2010, é Rondon do Pará (2,74%), seguido por Paragominas com (2,04%), porém estes dados

são considerados baixos, pois grande parte da população não possui cobertura do serviço. Os

menores valores pertencem a Irituia com apenas 0,27% e Garrafão do Norte com dados

preocupantes, pois o mesmo não apresenta sistema de esgotamento sanitário ligado a rede

geral, sendo o sistema verificado é a fossa séptica, fossa negra entre outros (Tabela 11).

Os demais municípios da região não atingiram 2% de domicílios atendidos com o

sistema de esgotamento sanitário. No gráfico 3 é possível observar o crescimento do

percentual de domicílios atendidos como o serviço no período de 2000 a 2010.

Tabela 11 - Total de domicílios com acesso ao sistema de esgoto na RI Rio Capim em 2010.

Percentual atendido (%)

Municípios

Rede Geral Outra Forma Não aplicável

Unid % Unid % Unid %

Abel Figueiredo 9 0,48 1777 95,13 82 4,39

Aurora do Pará 42 0,72 5259 90,07 538 9,21

Bujaru 34 0,58 5372 91,75 449 7,67

Capitão Poço 141 1,09 12252 94,57 562 4,34

11

Marcos Paulo de Souza Miranda “Poluição em decorrência do lançamento em cursos d’água de esgotos

sanitários sem prévio tratamento: Aspectos jurídicos e atuação do Ministério Público” disponível no site:

<www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/rsudoutrina_25.pdf>

Page 27: Indicadores ri riocapim

27

Concórdia do Pará 20 0,32 5943 94,51 325 5,17

Dom Eliseu 161 1,24 12537 96,43 303 2,33

Garrafão do Norte 0 0,00 5382 92,78 419 7,22

Ipixuna do Pará 186 1,63 10440 91,72 756 6,65

Irituia 20 0,27 6900 92,16 567 7,57

Mãe do Rio 22 0,31 6811 96,47 227 3,22

Nova Esperança do Piriá 31 0,66 4356 93,20 287 6,14

Ourem 14 0,34 3930 95,62 166 4,04

Paragominas 508 2,04 23994 96,10 465 1,86

Rondon do Pará 344 2,74 11037 88,05 1154 9,21

Tomé-Açu 119 0,88 12672 93,42 774 5,70

Ulianópolis 78 0,91 7930 92,58 558 6,51

Pará 189.398 10,19 1.591.901 85,62 77.866 4,19

Brasil 31.786.866 55,45 24.022.309 41,91 1.514.992 2,64

Fonte:IBGE, Censo 2010.

Elaboração: IDESP.

Page 28: Indicadores ri riocapim

28

Gráfico 3 - Porcentagem dos domicílios da RI Rio Capim com sistema de esgoto ligados a

rede anos de 2000 e 2010

Fonte: IBGE, Censo demográfico 2000/2010

Elaboração: IDESP

Este indicador avaliado aponta que, em todos os municípios da RI Rio Capim, mais da

metade dos domicílios não são atendidos pelo sistema de esgotamento sanitário, estando

muito abaixo do percentual Brasileiro de 55,45%.

A ausência de esgotamento sanitário ou mesmo o fornecimento do serviço de maneira

ineficiente é fator que contribui ao aumento nos níveis de poluentes e podem acarretar a

depreciação da qualidade da água e a perda da capacidade de sustentabilidade do ecossistema,

com consequente aumento do nível de toxicidade e deterioração da saúde humana. Desta

forma, maior atenção deve ser dada quanto aos investimentos municipais destinados a

atender, de maneira adequada, a população.

5.3 ACESSO À COLETA DE LIXO12

Segundo a Lei nº11.445/07, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos é o conjunto

de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,

tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de

logradouros e vias públicas.

1212

Os dados foram sintetizados como forma de manter um consenso entre as variáveis utilizadas pelo IBGE nos

censos de 1991, 2000 e 2010. Assim, a variável “coletado” se refere à junção de coleta direta ou indireta –

caçamba, e a variável “outro destino” se refere à junção de lixo queimado, enterrado, jogado em terreno, jogado

em rio ou outro destino.

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

Ab

el F

igu

eire

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rora

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çu

Ulia

po

lis

(%)

2000

2010

Page 29: Indicadores ri riocapim

29

Essa variável representa o número de domicílios do município atendidos pelo serviço

regular de coleta de lixo doméstico, em determinado espaço geográfico e ano considerado, em

relação à população total do município.

É um indicador importante para a saúde da população e para a proteção do meio

ambiente, pois resíduos em locais inadequados podem causar a contaminação do solo e dos

corpos hídricos, além de ser propício para a proliferação de vetores de doenças. Com estas

informações é possível observar a capacidade do município em relação à infraestrutura e a

cobertura do serviço à população.

O percentual brasileiro de domicílios atendidos pelo serviço de coleta de lixo era de

63,80% no ano 1991, aumentando para 79,01% em 2000 e 87,41% em 2010. Já no estado do

Pará esses dados foram inferiores às médias nacionais, ainda sim 70,52% da população era

atendida pelo serviço de coleta de lixo em 2010. Em relação a RI Rio Capim, verifica-se que o

município de Paragominas é o que apresenta o maior percentual, quando comparado aos

demais municípios, estando acima do percentual médio paraense e nacional (Tabela 12).

Dos demais municípios, verificou-se que todos se apresentaram aumento se

comparados com o ano de 1991 a 2010, contudo, esses valores estão abaixo dos percentuais

estadual e nacional. Com destaques para Irituia e Garrafão do Norte, ambos não atingiu 30%

de domicílios com coleta de lixo em 2010

Município que merece destaque com relação à coleta de lixo é Concórdia do Pará,

pois obteve uma evolução quanto ao número de domicílios atendidos, ou seja, o percentual de

domicílios com acesso à coleta de lixo aumentou de 2,21% em 1991 para 56,71% em 2010.

Com relação ao período de 2000 a 2010 destaca-se Ulianópolis que, em 2000, possuía apenas

13,26% da população atendida, passando para 69,34% de domicílios com acesso a coleta de

lixo em 2010 (Gráfico 4).

Na RI Rio Capim foi observado aumento com relação à cobertura de domicílios

atendidos, no período de 2000 a 2010; contudo, mesmo com este avanço, ao longo do período

estudado, grande parte da população continua a não ser atendida por este serviço assim como

os serviços e abastecimento e esgotamento sanitário.

Page 30: Indicadores ri riocapim

Tabela 12 - Total de domicílios com acesso a coleta de lixo nos municípios da RI Rio Capim.

Municípios 1991 2000 2010

Total Coletado Outro destino Total Coletado Outro destino Total Coletado Outro Destino

Total Unid % Unid % Total Unid % Unid % Total Unid % Unid %

Abel Figueiredo* - - - - - 1.367 710 51,94 657 48,07 1.868 1.525 81,64 343 18,36

Aurora do Pará* - - - - - 3.918 411 10,49 3.507 89,51 5.839 1.762 30,18 4.077 69,82

Bujaru 2.661 10 0,38 2.651 99,63 3.831 750 19,58 3.081 80,41 5.855 1.818 31,05 4.037 68,95

Capitão Poço 8.201 972 11,85 7.229 88,14 10.068 3.661 36,36 6.407 63,64 12.955 6.377 49,22 6.578 50,78

Concórdia do Pará 2.846 63 2,21 2.783 97,79 4.040 702 17,38 3.338 82,63 6.288 3.566 56,71 2.722 43,29

Dom Eliseu 4.819 356 7,39 4.463 92,61 8.870 3.099 34,94 5.771 65,06 13.001 9.275 71,34 3.726 28,66

Garrafão do Norte 3.609 2 0,06 3.607 99,95 4.569 649 14,2 3.920 85,8 5.801 1.730 29,82 4.071 70,18

Ipixuna do Pará*

4.763 545 11,44 4.218 88,56 11.382 5.263 46,24 6.119 53,76

Irituia 5.435 119 2,19 5.316 97,81 6.024 1.019 16,92 5.005 83,08 7.487 2.223 29,69 5.264 70,31

Mãe do Rio 4.981 340 6,83 4.641 93,18 5.486 1.901 34,65 3.585 65,35 7.060 5.909 83,70 1.151 16,30

Nova Esperança do Piriá*

3.451 6 0,17 3.445 99,83 4.674 2.411 51,58 2.263 48,42

Ourem 5.648 1.134 20,08 4.514 79,92 2.968 1.287 43,36 1.681 56,64 4.110 2.532 61,61 1.578 38,39

Paragominas 13.228 2.663 20,13 10.565 79,88 16.773 11.990 71,48 4.783 28,52 24.967 21.887 87,66 3.080 12,34

Rondon do Pará 8.197 1.950 23,79 6.247 76,21 8.888 5.633 63,38 3.255 36,62 12.535 9.092 72,53 3.443 27,47

Tomé-Açu 7.444 1.412 18,97 6.032 81,04 9.439 3.199 33,89 6.240 66,1 13.565 8.303 61,21 5.262 38,79

Ulianópolis* - - - - - 4.147 550 13,26 3.597 86,73 8.566 5.940 69,34 2.626 30,66

Pará 942.241 310.185 32,92 632.056 67,08 1.309.033 699.566 53,44 609.467 46,56 1.859.165 1.311.121 70,52 548.025 29,48

Brasil 34.734.715 22.162.081 63,80 12.572.634 36,20 44.795.101 35.393.331 79,01 9.401.770 20,99 57.324.167 50.106.088 87,41 7.218.079 12,59

Fonte: IBGE, Censo demográfico 1991/2010.

Elaboração: IDESP

*Municípios criados após a realização do Censo demográfico de 1991.

Page 31: Indicadores ri riocapim

Gráfico 4 - Lixo coletado nos domicílios dos municípios da RI Rio Capim em 1991.

Fonte: IBGE, Censo demográfico 1991/2010.

Elaboração: IDESP PA.

*Municípios criados após a realização do Censo demográfico de 1991.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Ab

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po

lis*

(%)

1991 2000

2010

Page 32: Indicadores ri riocapim

32

6. BIODIVERSIDADE

6.1- ÁREAS PROTEGIDAS13

Expressa a dimensão, distribuição e extensão dos espaços territoriais que estão legalmente

protegidos em relação às regiões de integração e municípios que as integram. Para tanto, foi

considerada a área que se refere a Terras Indígenas, que são áreas institucionalmente protegidas, mas

que não obedecem exatamente os mesmos critérios estabelecidos pelo SNUC, já que estão sob

jurisdição do Governo Federal e administração da Fundação Nacional do Índio (FUNAI)

(FERREIRA et al., 2005; NUNES, 2010). Desta forma, a Lei nº9.985/00 define Unidades de

Conservação como:

“Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas

jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo

Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime

especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”

(BRASIL, 2000).

Estas estão divididas em dois grupos a de Proteção Integral (PI) e as de Uso Sustentável

(USO). Estas áreas são importantes para a avaliação de indicadores de qualidade ambiental; pois,

segundo pesquisas realizadas, as taxas de derrubada da floresta no interior dessas áreas são

significativamente menores quando comparadas às suas áreas adjacentes (BRUNER et al., 2001;

NAUGHTON-TREVES et al., 2005; NEPSTAD et al., 2006; SOARES-FILHO et al., 2006;

NUNES, 2010).

Destaca-se a importância deste indicador devido a possibilidade em se avaliar a presença e

evolução das áreas protegidas, identificando a quantidade e concentração das mesmas. Auxilia

também na medição dos benefícios ambientais oriundos da criação e manutenção dessas áreas.

Dentre esses benefícios, destacam-se a preservação da biodiversidade e o respeito pelas comunidades

indígenas e tradicionais.

Atualmente, segundo dados do Macrozoneamento Ecológico Econômico do Pará (SEMA,

2007), 57,52% do território do Estado do Pará são constituídos por áreas protegidas (Terras

Indígenas somadas às Unidades de Conservação). A RI Rio Capim possui o total de 2.678,80 km² de

13

O cálculo das áreas foi feito através de operação de recuperação automática no software ArcGIS, a partir do

mapeamento digital das unidades de conservação e terras indígenas identificadas no Macrozoneamento do Pará fornecido

pela SEMA, relativo ao ano de 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

Page 33: Indicadores ri riocapim

33

seu território constituído por áreas protegidas, o que representa 4,31% do seu território. Sendo

observado que na Região predominam-se as Terras Indígenas. (Fig.3).

Figura 3 - Áreas protegidas da RI Rio Capim.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

Elaboração: IDESP.

Nova Esperança do Piriá é o município que possui a maior percentual de áreas protegidas e

52,39%, o que corresponde a 1.472,10 km². O segundo maior município, em percentual de áreas

protegidas é Paragominas com o 5,11%. Na tabela 13 é possível observar que na RI Rio Capim a

maioria dos municípios da RI não há áreas de proteção.

Tabela 13 - Percentual de áreas protegidas nos municípios da RI Rio Capim.

Municípios Área territorial (km ²) Área Protegida (km²)* %

Abel Figueiredo 614,25 0,00 0,00

Aurora do Pará 1.811,83 0,00 0,00

Bujaru 1.005,16 0,00 0,00

Capitão Poço 2.899,53 2,05 0,07

Concórdia do Pará 690,94 0,00 0,00

Dom Eliseu 5.267,51 0,00 0,00

Garrafão do Norte 1.604,36 8,30 0,52

Ipixuna do Pará 5.216,95 1.86,81 3,58

Irituia 1.379,52 0,00 0,00

Mãe do Rio 469,49 0,00 0,00

Nova Esperança do Piriá 2.809,98 1.472,10 52,39

Page 34: Indicadores ri riocapim

34

Ourem 562,13 0,00 0,00

Paragominas 19.330,52 987,26 5,11

Rondon do Pará 8.246,63 4,03 0,05

Tomé-Açu 5.145,33 18,25 0,35

Ulianópolis 5.081,07 0,00 0,00

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2012

Elaboração: IDESP

*Esta área foi extraída a partir da base cartográfica do Ministério do Meio Ambiente, com escala 1/100.000 ano

2011.

Este indicador expressa que, na RI Rio Capim, a maior concentração de áreas protegidas está

na forma de Terras Indígenas e o município com a maior área de protegida em extensão territorial é

Nova Esperança do Piriá. Na região de integração não se verificou a inexistência de unidades de

conservação estaduais e federais.

6.2- ÍNDICE DE DESMATAMENTO14

Este indicador expressa a perda da cobertura florestal primária no território, considerando a

relação entre o desflorestamento anual e as áreas dos municípios paraenses. A retirada da cobertura

vegetal original gera consequências como perda de biodiversidade, degradação do solo, erosão,

alteração nos cursos d’água e contribui para as mudanças climáticas.

A RI Rio Capim possuía um total de 37.635,30 km² de áreas desmatadas até 2011, o que

corresponde a 60,57 % do seu território. Ressalta-se que o dado corresponde à série história a partir

do ano de 1989, obtidos por meio do Projeto PRODES. Com relação ao incremento de área

desmatada, houve uma redução de 97,69% no nos municípios que compõem a região de integração

Da série histórica do desmatamento, para os municípios da RI Rio Capim, o ano de 2001 foi o

que apresentou os maiores valores de incremento de áreas desmatadas, Paragominas apresentou

maior incremento, 4.673,20 km², no referido ano, contudo houve uma redução significativa na área

desmatada do município nos anos posteriores, apesar da redução o município permaneceu com os

maiores valores de incremento da região. (Tabela 14).

No período observado todos os municípios apresentaram redução no incremento do

desmatamento, No ano de 2011, os municípios de Paragominas e Nova Esperança do Piriá,

registraram os maiores incrementos áreas desmatadas, 36,00 km² e 33,60 km². (Tabela 14). Destaca-

se Abel Figueiredo por apresentar os menores índices da região durante a série analisada. O gráfico 5

14

Utilizou-se o banco de dados do “Projeto PRODES – Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por

Satélite” disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), referente às taxas anuais de

desflorestamento na Amazônia Legal. O cálculo das áreas foram feitos a partir de ferramentas de geoprocessamento com

a utilização do software ArcGIS 10. O período considerado para a análise foi de 2000 a 2010.

Page 35: Indicadores ri riocapim

35

ilustra a redução do incremento do desmatamento durante a série histórica no período de 2001 a

2010.

Page 36: Indicadores ri riocapim

Tabela 14 - Índice de desmatamento dos municípios da RI Rio Capim.

Incremento do Desmatamento (km²) 2001-2011

Municípios 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Abel Figueiredo 0,40 13,80 0,50 0,90 16,10 1,20 1,80 1,90 1,10 1,80 0,50

Aurora do Pará 186,60 5,30 13,50 41,80 8,50 10,60 5,20 17,40 10,80 10,80 6,60

Bujaru 14,90 4,80 9,50 36,20 10,50 13,60 12,10 5,90 0,60 1,20 1,70

Capitão Poço 724,20 0,30 1,40 11,70 7,40 12,30 4,40 12,20 10,10 1,60 9,50

Concórdia do Pará 3,30 2,30 3,70 13,70 3,50 3,60 2,60 2,40 0,80 0,30 0,50

Dom Eliseu 52,20 251,20 60,20 121,90 150,60 103,60 66,30 55,00 41,60 37,40 25,00

Garrafão do Norte 903,20 0,00 0,10 15,10 20,40 13,80 3,50 11,60 15,90 6,80 9,90

Ipixuna do Pará 250,10 64,10 216,20 156,30 87,30 33,10 29,20 48,80 31,60 45,50 14,50

Irituia 74,70 18,90 62,40 51,60 1,10 46,70 5,00 4,40 0,80 0,00 4,70

Mãe do Rio 29,80 7,10 12,90 12,20 0,00 5,40 1,90 0,30 0,00 0,00 0,10

Nova Esperança do Piriá 1.269,10 0,00 0,10 49,50 41,80 12,40 16,60 28,90 43,10 10,30 33,60

Ourém 0,50 6,30 0,10 0,60 3,40 0,80 0,70 7,20 1,50 0,20 1,20

Paragominas 4.673,20 116,60 93,90 242,40 303,30 84,10 107,10 62,90 74,60 68,20 36,00

Rondon do Pará 67,70 468,00 57,20 282,20 181,40 70,10 86,20 53,80 30,70 53,20 26,80

Tomé-Açu 136,50 81,10 26,30 109,80 59,30 30,40 30,60 36,00 14,20 36,80 6,30

Ulianópolis 260,20 272,10 19,40 233,90 107,20 90,80 29,30 136,20 44,40 19,40 23,00

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

Elaboração: IDESP .

Page 37: Indicadores ri riocapim

37

Gráfico 5 - Incremento de desmatamento na RI Rio Capim no período de 2001 a

2010.

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

Elaboração: IDESP.

6.3- ÍNDICE DE FOCOS DE QUEIMADAS15

No Pará, como no Brasil, o uso do fogo é uma das práticas utilizadas para

renovação de pastagens e liberação de novas áreas para as atividades agropecuárias. Os

incêndios florestais, por sua vez, correspondem a situações de fogo descontrolado que

consomem grandes áreas com vegetação nativa ou não, pastagens e cultivos, que têm

origem no uso não autorizado do fogo para fins agropastoris, resultando em queimadas

descontroladas.

Tanto as queimadas, quanto os incêndios florestais destroem, anualmente,

grandes áreas florestais no Pará, sendo uma ameaça aos ecossistemas locais.

Assim, esse indicador é de suma importância, pois expressa a ocorrência de

incêndios florestais e queimadas em um território, em um determinado ano. As

variáveis utilizadas são as ocorrências de focos de calor e o território onde eles ocorrem.

Também demonstra o avanço das atividades agropecuárias e das áreas antropizadas

sobre as áreas com vegetação nativa, desde que associado a outros indicadores.

15

As queimadas e os incêndios florestais são detectados por satélites de monitoramento de focos

de calor na superfície terrestre. A fonte das informações utilizadas foi o Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (INPE).

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Km

²

Abel Figueiredo Aurora do Pará Bujaru Capitão Poço Concórdia do Pará Dom Eliseu

Garrafão do Norte Ipixuna do Pará Irituia Mãe do Rio Nova Esperança do Piriá Ourém

Paragominas Rondon do Pará Tomé-Açu Ulianópolis

Page 38: Indicadores ri riocapim

38

Em 2011 os focos de queimadas tiveram um a redução de 21,91% se comparado

com o ano de 2006, quando foram identificados 1.771 focos em toda RI Rio Capim.

Paragominas e Rondon apresentaram as maiores ocorrências em 2011, com 452 e 279

focos respectivamente. Destaca-se Mãe do Rio e Abel Figueiredo como os municípios

que apresentaram as menores incidências de focos de queimadas na série histórica de

2006-2011. (Tabela 15).

Tabela 15 - Índice de focos de queimadas nos municípios da RI Rio Capim.

Municípios 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Abel Figueiredo 27 44 12 22 20 16

Aurora do Pará 142 107 95 197 143 77

Bujaru 82 56 101 157 159 103

Capitão Poço 127 111 65 161 124 165

Concórdia do Pará 58 37 64 142 47 66

Dom Eliseu 210 225 129 158 209 85

Garrafão do Norte 150 78 89 219 118 111

Ipixuna do Pará 156 177 182 252 140 114

Irituia 71 51 43 106 70 78

Mãe do Rio 14 5 9 21 14 13

Nova Esperança do Piriá 170 151 137 249 187 159

Ourém 39 18 9 28 26 19

Paragominas 424 347 255 463 452 329

Rondon do Pará 310 409 294 443 230 213

Tomé-Açu 118 181 173 191 182 134

Ulianópolis 170 302 174 119 279 89

Total 2.268 2.299 1.831 2.928 2.400 1.771

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

Elaboração: IDESP.

Apesar da redução do número de focos de calor identificados, percebe-se que, na

RI Rio Capim, há risco de destruição de grandes áreas de vegetação nativa, fator que

pode culminar em ameaça aos ecossistemas da região. Sendo necessário que haja uma

maior intervenção por parte do poder público a fim de manter as áreas preservadas. Nos

gráfico 6 é possível observar a evolução dos focos de queimadas nos municípios que

constituem a RI Rio Capim.

Page 39: Indicadores ri riocapim

39

Gráfico 6 - Incidência de queimadas na RI Rio Capim.

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE

Elaboração: IDESP.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Abel Figueiredo Aurora do Pará Bujaru Capitão Poço Concórdia do Pará Dom Eliseu

Garrafão do Norte Ipixuna do Pará Irituia Mãe do Rio Nova Esperança do Piriá Ourém

Paragominas Rondon do Pará Tomé-Açu Ulianópolis

Page 40: Indicadores ri riocapim

40

7. CAPACIDADE INSTITUCIONAL

7.1- ÓRGÃO GESTOR DE MEIO AMBIENTE

Entre os 16 municípios que compõem a RI Rio Capim, Dom Elizeu e Capitão

Poço apresentam órgão de meio ambiente subordinado à outra secretaria ou subordinada

a própria chefia do poder executivo.

Tomé Açu, Ulianópolis, Nova Esperança do Piriá e Rondon do Pará não

possuem uma secretaria específica para tratar exclusivamente das questões ambientais,

estando tal secretaria associada a outro órgão. Nos demais municípios da RI Rio Capim

há secretaria exclusiva de meio ambiente, possuindo a mínima estrutura institucional

para tratar os assuntos relativos às questões ambientais.

A figura 4 apresenta os municípios da RI Rio Capim, e quais são dotados de

secretaria exclusiva de meio ambiente, bem como outras formas de organização

municipal para as questões ambientais.

Figura 4 - Órgão gestor de meio ambiente na RI Rio Capim.

Fonte: IBGE, Perfil dos Municípios brasileiros - 2009

Elaboração: IDESP

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

Page 41: Indicadores ri riocapim

41

7.2- CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Com relação à existência de Conselho de Meio Ambiente, somente os

municípios de Aurora do Pará, Mãe do Rio, Capitão Poço, Ourém, Garrafão do Norte e

Nova Esperança do Piriá, não possuem esse tipo de Conselho na estrutura

administrativa. Dentre os municípios que o possuem, Bujaru, Ipixuna do Pará,

Paragominas e Rondon do Pará possuem conselho de caráter consultivo, deliberativo,

normativo e fiscalizador, esse último consiste no poder do Conselho sobre as atividades

do órgão de meio ambiente. É função do Conselho assessorar o poder executivo quanto

as questões ambientais. A figura 5 apresenta os municípios da RI Rio Capim, bem como

quais possuem conselho de meio ambiente.

Figura 5 - Caráter do Conselho de Meio Ambiente

Fonte: IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros – 2009.

Elaboração: IDESP

7.3- PESSOAS OCUPADAS NA ÁREA DE MEIO AMBIENTE

Page 42: Indicadores ri riocapim

42

Em relação ao quadro funcional de pessoas ocupadas na área ambiental, segundo

informações disponibilizadas pelo IBGE, referentes ao ano de 2008, a Região de

Integração Rio Capim, possui 227 pessoas trabalhando diretamente nessa área.

Paragominas é o que possui o maior número de pessoas, totalizando 91 pessoas,

seguido por Concórdia do Pará, Mãe do Rio e Ulinópolis com 45, 32 e 20 pessoas

respectivamente. Este indicador expressa fragilidade e limitação quanto a alocação de

pessoas para a área ambiental. Isso porque nos demais municípios da região o quadro de

pessoal se resume entre 1 a 6 funcionários (Gráfico 7).

Gráfico 7 - Pessoas ocupadas na área do meio ambiente nos órgãos ambientais dos

municípios da RI Rio Capim.

Fonte: IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros - 2008.

Elaboração: IDESP

1 3 2 1

45

9

14

5

32

22

91

63

20

Abel Figueiredo

Aurora do Pará

Bujaru

Capitão Poço

Concórdia do Pará

Dom Eliseu

Garrafão do Norte

Ipixuna do Pará

Irituia

Mãe do Rio

Nova Esperança do Piriá

Ourém

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