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1 Índice Prefácio – pág. 2 Sobre o Manual – pág. 3 a 5 Introdução ao Projecto – pág. 6 a 10 Parecer do Director Nacional do INIDE – pág. 11 a 13 Descrição da apresentação das lições e seu uso pelo professor – pág. 14 a 16 As lições – pág. 17 - Sobre Higiene – pág. 18 a 63 - Sobre Saneamento – pág. 64 a 83 - Sobre Água – pág. 84 a 106 Actividades dos Clubes – pág. 107 a 113 Introdução à Monitoria – pág. 114 a 142 Estudo das Linhas de Base – pág. 143 a 146 Sobre a PTA – Associação de Pais e Professores – pág. 147 a 149 Relatórios – pág. 150 a 151 Fichas de controlo das aulas e actividades dos Clubes – pág. 152 a 156 Materiais Extra – pág. 157 a 194

Índice - washinschoolsmapping.comwashinschoolsmapping.com/wengine/wp-content/uploads/2015/10/Angola... · coisas, evitam a proliferação de doenças como a malária, diarreias e

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    ndice

    Prefcio pg. 2

    Sobre o Manual pg. 3 a 5

    Introduo ao Projecto pg. 6 a 10

    Parecer do Director Nacional do INIDE pg. 11 a 13

    Descrio da apresentao das lies e seu uso pelo professor pg. 14 a 16

    As lies pg. 17 - Sobre Higiene pg. 18 a 63 - Sobre Saneamento pg. 64 a 83 - Sobre gua pg. 84 a 106

    Actividades dos Clubes pg. 107 a 113

    Introduo Monitoria pg. 114 a 142

    Estudo das Linhas de Base pg. 143 a 146

    Sobre a PTA Associao de Pais e Professores pg. 147 a 149

    Relatrios pg. 150 a 151

    Fichas de controlo das aulas e actividades dos Clubes pg. 152 a 156

    Materiais Extra pg. 157 a 194

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    Caro Professor Seja bem-vindo como um dos 700 professores que, durante os prximos dois anos, iro contribuir para o melhoramento do nvel de sade e higiene nas escolas e comunidades sua volta, em diversas provncias de Angola. Voc decidiu, voluntariamente, contribuir para esta tarefa e mobilizar os estudantes e suas famlias a participar neste nobre e humilde trabalho que esperamos venha a trazer mais sade e menos doena para todas as pessoas em cujas comunidades estaremos a trabalhar. Esperamos, ansiosamente, trabalhar juntos nos prximos dois anos.

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    SSOOBBRREE OO MMAANNUUAALL

    OONN TTHHEE MMAANNUUAALL

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    Este manual que tem entre mos um guia para si na implementao nas escolas de Angola do projecto de Educao para Higiene, gua e Saneamento. Nele encontrar o que precisa para a implementao do projecto, de acordo com as linhas mestras Abaixo explicamos, de forma breve, o contedo. No incio de cada uma das partes do manual encontrar explicaes referentes a cada uma destas partes. 1. Apresentao do Projecto de pgina 6 a pgina 10 Aqui esto os objectivos e actividades tal como foram acordadas por contrato entre a ADPP e o UNICEF 2. As lies de uma pgina outra pgs 17 - 106 Uma das partes do projecto so as lies que ir ministrar em aulas. So 36 lies explicadas com detalhes de tal modo que saber, exactamente, o que fazer em cada aula. A ideia que sejam leccionadas todas as lies durante o ano lectivo. Ir encontrar outras explicaes na devida parte das lies. A 36 lies foram elaboradas pelos professores envolvidos neste projecto baseando-se nos materiais de Educao para Higiene, gua, Sade e Saneamento do UNICEF e aprovadas pelo INIDE conforme se l no incio da carta assinada pelo seu Director Nacional 3. As pginas sobre os Clubes pgs 107 - 113 A outra parte do projecto referente aos 4 Clubes. Nesta parte do manual, h-de encontrar o programa para cada semana e para cada Clube, ao longo de todo o ano. 4. Pginas sobre Monitoria participativa pgs 114 - 142 Para o projecto se manter no nvel desejado deve ser monitorizado. A ideia que seja tarefa de todos, na observao dos resultados pblicos do projecto. Nesta parte encontrar a introduo e explicao sobre a monitorizao participativa e sobre algumas formas como pode ser realizada. Indicaes em forma de calendrio esto disponveis para o/a guiar sobre quando e que monitoria dever realizar.

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    5. Pginas do estudo das linhas de base pgs 143 - 146 No incio do projecto, ser levado a cabo, em pequena escala, o estudo das linhas de base para medir o nvel do conhecimento sobre a higiene, antes do arranque do projecto e, assim, poderemos comparar no final do projecto o impacto que ter sido criado. Nesta parte do manual h-de encontrar instrues sobre como conduzir o estudo das linhas de base e o respectivo questionrio a ser usado. 6. Pginas sobre a Associao de Pais e Professores - PTA pgs 147 149. A outra parte do projecto mobilizar os parentes e pais das crianas e com eles criar uma associao para que estas associaes mobilizem o resto da comunidade para a participao na melhoria das condies de higiene da rea. Aqui encontrar algumas ideias de como organizar estas actividades. 7. Pgina sobre os relatrios pgs 150 - 156 Em cada ms dever fazer um relatrio para o coordenador provincial sobre que lies, actividades dos clubes e outras que realizou. Nesta parte do manual vai encontrar instrues de como trabalhar com os relatrios incluindo a sua forma. 8. Pginas sobre material extra pgs 157 - 194 Como suporte e recurso ao contedo, o manual traz para si alguns contedos de diferentes reas de conhecimento em temas das suas lies e que devem ser usados por si.

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    PARECER E APROVAO

    DO DIRECTOR NACIONAL DO INIDE

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    DDEESSCCRRIIOO DDAA AAPPRREESSEENNTTAAOO DDAASS LLIIEESS EE SSEEUU

    UUSSOO PPEELLOO PPRROOFFEESSSSOORR

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    1. Ttulo 2. Objectivos 3. Introduo 4. Sugestes Metodolgicas 5 . Materiais e Preparaes (Materiais de apoio para as actividades da aula) 1. Ttulo A lio tem um ttulo - esse representa a ideia geral da lio e seu contedo e fcil de entender. Dentro desta ideia encontramos a rpida correlao com o tema que tambm retrata o mesmo assunto no currculo normal da classe que lecciona. 2. Objectivos Aqui esto descritas as metas a atingir. Quer dizer que no decorrer da sesso importante que o professor esteja atento, monitorizando a todo o momento o essencial que deve ser expresso pelas crianas, uma curta descrio em forma de conhecimentos, atitudes, habilidades prticas, habilidades comportamentais e sociais. 3. Introduo Na introduo so apresentados e sugeridos, somente ao professor, conhecimentos bsicos sobre o assunto. Estes conhecimentos direccionados ao professor, servem como uma fonte de inspirao em relao ao assunto a ser tratado durante a lio. Ainda na introduo o professor vai encontrar uma forma mais ampla, uma expresso na linguagem mais comum. Vai tambm conferir a forma pormenorizada com que se tratam os assuntos, no esforo de envolver cada vez mais os alunos nas actividades de aprendizagem. Daqui, o professor prepara a sua lio com uma inspirao profunda e pormenorizada.

    DDEESSCCRRIIOO DDAA AAPPRREESSEENNTTAAOO DDAASS

    LLIIEESS EE SSEEUU UUSSOO PPEELLOO

    PPRROOFFEESSSSOORR

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    4. Sugestes Metodolgicas Esto descritos e sugeridos os diversos procedimentos e passos a observar para levar a cabo a sua lio. Lembre-se que os mtodos participativos encontram aqui uma presena constante e, assim, o professor passa a assumir o verdadeiro papel de orientador enquanto que a criana e o seu conhecimento se tornam a questo mais importante durante a lio e as actividades, dentro ou fora da sala de aulas. 5. Materiais e Preparaes Esta fase divide-se em dois itens: A. H, neste espao, uma lista sugerida de diversos materiais e meios que dever usar nas partes terica e prtica da sua aula. H ainda orientaes sobre os diversos preparativos que o professor dever observar durante a preparao da lio para garantir o sucesso da aula B. Possveis textos: - como material de apoio com conhecimentos adicionais e explicativos estes podem ser lidos, em voz alta, na sala de aulas durante a lio, dependendo do nvel e faixa etria da sua turma. Mos obra e bom trabalho!

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    AS LIES

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    HIGIENE 1 __________________________________________________

    As Maravilhas de andar Limpo 1. Objectivos No final da aula os alunos sero capazes de saber: Reconhecer a importncia de andar limpo Identificar as diferentes partes do corpo humano e seus cuidados especficos. Identificar como as doenas se espalham devido falta de higiene, como o caso da clera, diarreias diversas, malria, infeces da pele, etc. 2. Introduo

    As maravilhas de andar limpo uma atitude que pode influenciar os membros da comunidade, de uma famlia, colegas da mesma sala de aula ou escola a manterem uma boa aparncia externa dentro e fora dos seus locais habituais. Estes comportamentos devem ser assegurados pelos adultos como garante da manuteno de uma boa sade das crianas. certo que andar limpo passa, primeiro, pela nossa apresentao: como nos vestimos (roupa limpa ou suja), quantas vezes tomamos banho por dia, quantas vezes escovamos os dentes, quantas vezes e como e quando lavamos as mos? Qual o estado da nossa latrina ou casa de banho, temos ou no temos estas instalaes? Como cuidamos do lixo volta da nossa casa ou da nossa comunidade, da nossa escola?

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    Parece insignificante, mas muito certo que estas perguntas acima colocadas quando so respondidas com um sinal positivo revelam a nossa vontade e as maravilhas de andar limpo pois que dentre outras coisas, evitam a proliferao de doenas como a malria, diarreias e clera. Afinal de contas, andar limpo no s tomar um banho de manh, escovar os dentes e os sapatos, usar roupa da moda, temos de garantir que ao nosso redor, tambm, esteja tudo limpo, que tenhamos um local prprio para o depsito dos excrementos humanos, um sistema prprio na famlia para lavar as mos de uma forma apropriada e em momentos crticos (depois de usar a latrina e antes da refeio). Assim, as crianas vo, facilmente, desenvolver habilidades para identificar momentos e comportamentos crticos que contribuem para a expanso das doenas devido a prticas erradas de determinadas pessoas na comunidade ou na famlia. Vo, tambm, desenvolver comportamentos de prevenir doenas e elevar a vontade de ser higinico. 3. Sugestes Metodolgicas Inspire-se nos cuidados higinicos e na necessidade de que todos tm de andar limpos; Identifique e assegure-se do estado da higiene na sua sala de aula; Faa uma explanao sobre a higiene pessoal, na comunidade e na famlia; Oriente a realizao do jogo descrito abaixo; Divida a turma em grupos e discutam sobre o jogo; Em plenria, tirem concluses e faam recomendaes. 4. Materiais e Preparaes Seleccione os materiais necessrios para a aula Assegure que o jogo vai se desenrolar num curto espao de tempo Jogo de Estaes:

    estao de cabelo tenha a certeza de que na turma existem os que tm muito cabelo controlar os que se pentearam orientar como se deve pentear ou cortar o cabelo aos meninos & orientar como se deve pentear ou tranar o cabelo das meninas

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    estao dos dentes distribuir material previamente preparado que deve ser usado como escova de dentes orientar como se escovam os dentes verificar estao do rosto certifique-se de que na turma existem os que no lavaram ou lavaram mal a cara indicar como se deve lavar a cara correctamente verificar

    estao das unhas localizar os que no tm as unhas cortadas cortar cuidadosamente as unhas a todos os meninos e meninas

    Materiais necessrios: bacia, corta-unhas, gua, escovas de dentes ou pauzinhos frescos previamente testados, gua, pentes, escova de cabelo.

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo

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    HIGIENE 2 __________________________________________________

    Eu sou um bom Higinico

    1. Objectivos No final da aula o aluno deve ser capaz de:

    Definir o que a higiene e a sua importncia;

    Identificar os materiais necessrios para uma boa higiene

    Desenvolver habilidades mentais para manter uma boa higiene

    2. Introduo A higiene o asseio do corpo, da nossa casa, do lugar onde voc se

    pode encontrar. As suas regras essenciais so: lavar as mos sempre que for necessrio, como antes e depois de comer e depois de fazer necessidades na casa de banho, tomar banho regularmente, usar roupas limpas e outras mais medidas.

    Para se atingir este intento, precisa-se comear pela educao, pois, s assim, podemos deixar um legado s geraes vindouras. A higiene pessoal tambm questo da afirmao da identidade individual e colectiva, a nossa forma de pensar, querer projectar. Andar limpo, vestir roupas limpas, manter a boca ou os dentes sempre limpos, o cabelo tratado, so condies que fazem com que a pessoa, criana ou adulta, se sinta bem integrada no meio em que estiver inserida e bem querida. Na maioria das vezes, entende-se, erradamente, que

    higiene um processo que envolve o gasto de dinheiro. O que certo saber que um uso racional dos poucos meios nossa disposio faz com que tenhamos uma vida equilibrada em todos os sentidos. A instruo

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    das crianas nesta matria muito importante j que elas so, muitas das vezes, as vtimas de diversas doenas resultantes da falta de higiene. 3. Sugesto Metodolgica

    Pea a todos os alunos que se levantem e verifique com cuidado o estado da higiene pessoal de cada um dos alunos.

    Organize uma aco comum que inclua, pentear o cabelo, lavar a cara, lavar as mos, cortar as unhas, escovar os dentes e organizar a sala de aula.

    Oriente um debate e analisem a aco que acabam de realizar, cada um expressa o que ganhou e o que perdeu, se for o caso.

    Explique em seguida qual a necessidade de todos andarem limpos.

    Oriente um trabalho de desenho onde devero representar duas crianas diferentes: uma higinica e outra no.

    Estabelea um grupo que se responsabiliza por verificar a higiene pessoal na sala, se o clube de higiene pessoal estiver j a funcionar, reforce o seu papel.

    4. Materiais e preparaes

    Arranje pequenos pauzinhos frescos devidamente cortados e testados que serviro de escova de dentes

    Arranje pentes de tamanhos possveis, corta-unhas, um sabonete e uma bacia para lavar a cara e as mos.

    Veja as responsabilidades do clube de higiene pessoal, se j ou ainda no funciona na sua escola ou sala de aula.

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- :1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo

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    HIGIENE 3 _______________________________________________________________ A Cano para se lavar 1. Objectivos No final da aula as crianas sero capazes de:

    Identificar as partes que constituem o corpo humano.

    Assinalar a prtica de boa higiene em si e nos seus companheiros

    Desenvolver as habilidades de transmitir e receber conhecimento atravs da cano

    2. Introduo

    medida que o tempo passa ao longo da vida de cada um de ns, desde o nascimento, observa-se o desenvolvimento de todos os membros e todas as partes do corpo e assim tambm a necessidade de experimentar e descobrir a sua importncia e utilidade. Sabe-se que nada do que est no nosso corpo menos importante, desde as unhas ao cabelo, sangue ou mesmo a simples saliva que cuspimos.

    Urge, ento, a necessidade de cada criana saber definir as funes de cada parte de seu corpo. Exemplo: as mos que levamos a qualquer stio e parte do corpo para coar, apalpar, endireitar, limpar, proteger, escrever, oferecer, comer, precisam de ter um cuidado

    especial de modo que as outras partes do corpo no sofram devido transmisso de uma dada infeco pelas unhas dos dedos das mos. Alis, quando uma dada parte do corpo estiver debilitada todo o corpo que sofre! Sendo assim, importante despertar esta ateno em todas as pessoas e, em especial, em todas as crianas que devem descobrir que a boca no serve apenas para comer, mas ela deve ser cuidada por forma a que no

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    seja o ponto de entrada para o organismo das bactrias que nos podem prejudicar a sade.

    H vrias maneiras de transmitir este conhecimento e aqui destacamos a cano. Esta cano vai ser entoada pelo professor e seus alunos, demonstrando aces e comportamentos prticos para se criar a noo de tudo quanto se pode fazer em relao higiene corporal. 3. Sugestes Metodolgicas

    Controle a higiene pessoal de cada criana na sua turma.

    Convide os seus alunos a cantarem consigo a cano de se lavar.

    Oriente pequenas peas teatrais que exemplifiquem como lavar as mos de uma forma apropriada.

    Distribua qualquer coisa para comer, no final da pea e faa a sua monitorizao.

    Convide um dos alunos a apresentar os resultados. Faam recomendaes finais em comum.

    4. Materiais e preparaes Cano para se Lavar A Joana lava a cara A Joana escova os dentes de manh, de tarde e noite; ao acordar, depois de cada refeio e antes de ir para a cama. Lava as mos com gua e sabo antes de cada refeio e depois de usar a latrina. A Joana toma banho todos os dias. Cuida do seu corpo com carinho e por isso uma menina inteligente e saudvel.

    Prepare pequenas e simples peas teatrais que possa orientar em pouco tempo na sala de aula com menos alunos para intervirem.

    Organize um lanche com uma fruta do mercado local, devidamente tratada

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo

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    HIGIENE 4 _______________________________________________________________

    Momento de demonstrao

    1. Objectivos No final da aula os alunos sero capazes de:

    Desenvolver conhecimentos sobre doenas relacionadas com o consumo de gua no tratada e influenciar as outras pessoas quanto ao perigo que ocorre na comunidade.

    Identificar as rotas de contaminao 2. Introduo

    A falta de higiene um factor que tem vindo a contribuir para o aumento do ndice de doenas, um pouco por todo mundo, e com destaque para os pases em via de desenvolvimento onde o senso de educao para a higiene, sade e saneamento do meio ainda esto longe de atingir os resultados preconizados. O que se sabe que milhares de pessoas, em diversos lugares, perderam suas vidas depois de contrarem doenas provocadas por bactrias como clera, sarna, diarreias agudas, basicamente, pela falta de higiene. As razes na base destas mortes prendem-se com a no prtica de regras simples de higiene, uma misso que deveria ser levada a cabo pelos adultos, tutores e pais de crianas. Por ironia do destino, as crianas inocentes que esto dentro deste processo, so as principais vtimas destas doenas. por isso que um esforo de todas as foras vivas da sociedade tem de ser levado a cabo no sentido de educar as pessoas, com especial ateno para as crianas, aquelas que devero assegurar o futuro onde desejamos ver todas pessoas saudveis e a gozarem da vida sem terem que enfrentar problemas evitveis. Assim, importante mostrar criana todas as formas possveis de contaminao, regras de higiene e

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    garantir que estas possam ser praticadas por todos os membros de uma famlia, comunidade ou aldeia. 3. Sugestes Metodolgicas

    Encontre na turma, por intermdio de observao, todos os comportamentos possveis relativos prtica da higiene.

    Pea a um grupo de crianas para recitarem poemas sobre as prticas de higiene.

    Identifique crianas que iro exibir uma pea teatral

    Pea a cada uma das crianas que fale sobre si mesma, em relao prtica de higiene no seu dia a dia.

    Pea, tambm, que cada uma faa recomendaes para si prpria, para a classe, a escola e a sua comunidade.

    3. Materiais e Preparaes

    Prepare material para desenho.

    Pea teatral (um menino que tem o hbito de comer sem antes lavar as mos, mesmo depois de utilizar a casa de banho. O irmo mais velho que j frequenta a escola e aprendeu as regras de higiene repreende seu irmo mais novo e fala-lhe sobre as mesmas regras; fala da necessidade de se tratar a gua antes de beber ou ento ferver durante 30 minutos. No final, o mais novo promete pr em prtica os novos valores.

    Poema: Eu sou um bom menino Cumpro com as regras de higiene, Lavo sempre as mos depois de visitar a casa de banho E antes de comer

    Sou um bom menino porque s bebo gua tratada. NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 1 Classe, Unidade 1 QUEM SOU EU

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    HIGIENE 5 _____________________________________________________________________________________

    Bolinhos malucos (A Loucura de Mangezi)

    1. Objectivos No final da aula os alunos sero capazes de:

    Identificar os comportamentos correctos e incorrectos em relao ao consumo de produtos venda e expostos contaminao.

    Desenvolver habilidades ambientais para mudar o comportamento

    Escolher o local onde se deve comprar, com segurana, determinados alimentos.

    2. Introduo O hbito de comprar uma determinada espcie de alimentao no mercado ou em plena rua j tem vindo a fazer parte do quotidiano de muitas pessoas. verdade que precisamos de comer sempre que achamos necessrio, mas tambm precisamos tomar vrias precaues devido ao factor de que os nossos inimigos, as bactrias, so invisveis e altamente perigosas. Imaginem que algum esteja a vender seus bolinhos bem prximo de uma lixeira, sem os tapar, ou mesmo tapando e, no momento, em que se vai retirar alguns comprados as moscas voem do lixo e poisem nesses bolinhos desprotegidos. O menino, sem saber, apenas paga e come destes bolinhos portadores de bactrias. Certamente que, pouco tempo depois, este menino vai enfrentar uma forte diarreia ou at clera. H que se considerar que muitas destas doenas podem ser evitadas com medidas preventivas, com um cuidado adequado a dar gua que se dever consumir, s fontes e at s pessoas que vendem nas ruas e mercados que tm obrigao de se abrigarem do contacto directo com o lixo e estar fora do alcance das moscas que so um dos maiores vectores das doenas deste gnero. Outrossim, devemos manter vivo o valor de

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    que lavar as mos antes e depois de comer, depois de cada visita latrina um comportamento que evita muitas doenas bacteriolgicas. Do mesmo modo, devemos considerar a nossa conscincia como compradores e consumidores deste mesmo produto. A fome precisa de ser saciada, mas pormos a nossa vida em risco por meros bolinhos (...) precisamos mudar a situao. As crianas so os potenciais actores desta mudana e o professor pessoa chave na transmisso destes valores para a mudana. Comer sim, mas comprar doenas nunca! 3. Sugestes metodolgicas

    Distribua, antes de comear a sua aula, algo que se possa comer como uma banana cortada em pedaos, alguns bolinhos ou fatias de po.

    Comece a sua aula baseando-se no comportamento demonstrado no momento da recepo daquilo que voc distribuiu.

    Mostre como se deve lavar as mos antes de comer

    Oriente um debate sobre estes comportamentos

    Faa uma breve visita ao mercado mais prximo da sua escola e analisem em conjunto as condies

    Faa recomendaes para cada um dos seus alunos 4. Materiais e Preparaes

    Prepare algumas fatias de bolo ou po, ou ainda uma fruta cortada.

    Prepare uma bacia ou balde com gua e um pedao de sabo

    Localize o mercado mais prximo e esteja seguro de que existe algum que vende bolinhos, pastis ou qualquer outro produto de rpido uso.

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo

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    HIGIENE 6 ________________________________________________________________

    As mudanas no meu organismo - a higiene sexual

    1. Objectivos No final da aula as crianas sero capazes de:

    Reconhecer as fases de desenvolvimento de uma criana e as alteraes

    Definir a puberdade e os seus sinais

    Desenvolver as regras de higiene sexual 2. Introduo

    medida que o tempo passa, a vida da pessoa vai registando diferentes fases no seu crescimento e este desenvolvimento apresenta-se de diferentes formas dependendo do sexo.

    O hipotlamo e a glndula pituitria, estruturas no crebro que segregam hormnios, produzem hormnios que, entre suas outras funes, controlam o crescimento e a maturao. No momento adequado, esses hormnios desencadeiam aumentos na altura e no peso e regulam a estrutura do corpo (se a pessoa tende a ser alta ou baixa, magra ou gorda, etc.) Quando uma criana saudvel est entre os seus 9 e 16 anos, ele ou ela entra na puberdade. A idade exacta depende de factores como hereditariedade e nutrio e se a criana menino ou menina. Em mdia, os meninos entram na puberdade 2 anos mais tarde que as meninas. Nesse momento, a glndula pituitria e o hipotlamo (glndulas endcrinas) comeam a enviar novos hormnios que desencadeiam as alteraes da puberdade.

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    As alteraes gerais em meninos e meninas incluem aumentos repentinos na altura e no peso, o desenvolvimento de caractersticas sexuais secundrias (a aparncia de uma mulher ou de um homem adulto) e interesse sexual aumentado (impulso sexual). Nas meninas, os ovrios comeam a aumentar a produo de estrognio e de outros hormnios "femininos". Nos meninos, os testculos aumentam a produo de testerona. As glndulas sudorferas tornam-se mais activas e o suor produzido tem um contedo levemente diferente de quando a criana era pequena (comea a aparecer mais de um odor). As glndulas de leo tornam-se mais activas e pode aparecer acne. Nesse momento, a importncia da higiene pessoal torna-se evidente e importante para os meninos e meninas que se esto tornando maduros prestarem ateno a banhos regulares e a outros aspectos de higiene. O adolescente pode descobrir que um desodorizante ou anti-perspirante por baixo dos braos, nas axilas, se faz necessrio. Puberdade nas meninas: A puberdade geralmente ocorre, nas meninas, entre os 9 e 16 anos. O incio dos perodos menstruais (menarca) um dos sinais mais visveis de que as meninas entraram na puberdade. Antes de apresentar seu primeiro perodo menstrual, a menina pubescente, normalmente, apresenta:

    crescimento rpido, especialmente um aumento na altura

    aumento das mamas

    crescimento de plos no pbis, nas pernas e nas axila

    secrees vaginais claras ou esbranquiadas

    largura do quadril aumentada

    Os ovrios aumentam a produo de estrognio e de outros hormnios e isso inicia o ciclo menstrual mensal. Ter perodos menstruais somente uma parte desse ciclo. As meninas nascem com um local para o crescimento de bebs (o tero). Prximo ao tero, h duas glndulas pequenas (os ovrios). Os ovrios produzem "hormnios femininos" e iniciam a liberao de "ovos", armazenados nos ovrios desde o nascimento.

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    O ciclo menstrual ocorre com intervalos de cerca de um ms (28 a 32 dias). Primeiro, os perodos menstruais so geralmente irregulares. Pode haver um intervalo de dois meses entre perodos ou pode haver 2 perodos em um ms. Com o tempo, os perodos tornam-se mais regulares. aconselhvel que a menina acompanhe, por meio de um calendrio, quando tem o seu perodo menstrual e quanto tempo o perodo dura. Isso pode ajudar a ver qual seu padro individual e a prever quando ter o prximo perodo menstrual. Geralmente, as diferentes fases do ciclo menstrual no so desconfortveis e a maioria das meninas no apresenta qualquer problema. Clicas, quando presentes, geralmente, so leves. Clicas menstruais graves devem ser avaliadas por um mdico. Pode haver, no entanto, outras alteraes cclicas hormonais e fsicas, como por exemplo, logo antes ou durante um perodo menstrual, a menina pode sentir-se "mal-humorada" ou emotiva e inchada. Nas meninas, a maturao geralmente est concluda aos 17 anos. Consequentemente, qualquer aumento na altura aps essa idade fora do comum. Embora a maturidade fsica completa tenha sido alcanada, a maturidade emocional e educacional permanecem processos em andamento. importante lembrar que a fertilidade (geralmente presente aos 12 anos de idade) precede a maturidade emocional e a gestao pode ocorrer, e geralmente ocorre, antes que a adolescente esteja preparada para a maternidade. Puberdade nos meninos: A puberdade geralmente ocorre, nos meninos, entre 13 e 15 anos de idade. Ao contrrio das meninas, no h sinais visveis que digam ao menino que ele entrou na puberdade. No entanto, o menino pubescente geralmente apresenta:

    crescimento acelerado, especialmente na altura

    aumento da largura dos ombros

    crescimento do pnis e dos testculos

    alteraes na voz

    crescimento de plos pbicos, de barba e de plos em baixo dos braos

    ejaculaes durante a noite (emisses nocturnas; "sonhos molhados")

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    Existem 5 estgios no desenvolvimento da puberdade dos meninos:

    O primeiro estgio conhecido como perodo puberal e caracterizado pelo aparecimento de plos pbicos penugentos, semelhantes aos encontrados no abdmen.

    No segundo estgio da puberdade, observa-se um aumento do escroto e dos testculos. O aumento do escroto acompanhado por avermelhamento e pregueamento da pele. Os primeiros pelos pbicos esparsos tornam-se visveis.

    O aumento do pnis comea durante o terceiro estgio do desenvolvimento puberal. A maior parte desse desenvolvimento ocorre no comprimento do pnis, embora possa haver pequenas alteraes no dimetro do corpo do pnis. Mais aumento e desenvolvimento do escroto e testculos ocorrem e o plo pbico torna-se espesso. Outras alteraes que envolvem o plo pbico incluem crescimento e engrossamento da textura.

    Essas alteraes continuam durante o quarto estgio, acompanhadas por um aumento das glndulas penianas e por espessamento do plo na rea pbica.

    O quinto estgio a concluso da maturao sexual. O pnis, escroto e testculos esto totalmente maduros e no tamanho adulto. O plo pbico preenche a rea pbica e estende-se para a superfcie das coxas e at ao abdmen. Aumento nos plos do corpo, alteraes na voz e outras alteraes fsicas so chamadas de caractersticas sexuais secundrias da puberdade e so consequncias de alteraes nos nveis hormonais no corpo masculino.

    Ao contrrio dos ovrios, sua contraparte feminina, os testculos fabricam, constantemente, sua contribuio reprodutiva, o esperma. O processo de produo do esperma denominado de espermatozides. importar sentir que nada acontece no nosso organismo ao acaso. A natureza confere-nos estas fases e cabe a ns uma atitude positiva e um comportamento higinico adequado para cada uma destas etapas.

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    3. Sugestes Metodolgicas Controle a idade mxima e mnima na sua turma e pergunte:

    Algum j ouviu falar da puberdade?

    Qual a diferena entre puberdade nas meninas e nos rapazes?

    Explique tudo sobre este fenmeno e as suas implicaes na vida pessoal de cada adolescente.

    Divida a sua turma em grupos, equilibrando o gnero, e oriente uma discusso sobre a puberdade. Cada grupo tem um porta-voz e apresenta as deliberaes do grupo.

    Faa uma concluso em plenria. NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 6 Classe, Unidade 4 A VIDA DO HOMEM 4.3 REPRODUO HUMANA E A VIDA SEXUAL

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    HIGIENE 7 ___________________________________________________

    O VIH/SIDA, uma doena perigosa, mas voc pode prevenir-se dela

    1. Objectivos No final da aula os alunos sero capazes de: Definir o VIH/SIDA. Identificar as diferentes formas de transmisso. Identificar as formas de preveno. Distinguir entre os vrios comportamentos culturais os que so correctos e os que no so entre as suas famlias e comunidades 2. Introduo

    O VIH/SIDA uma epidemia que est a causar danos incalculveis um pouco por toda parte no Mundo. At agora, no conhecida a sua origem, muito embora o Vrus, altamente perigoso, esteja identificado. A populao vulnervel e muito mais exposta a este mal corresponde aos habitantes dos pases em vias de desenvolvimento que compreendem a frica, sia e outros pases devidamente identificados. Desde o seu descobrimento, na dcada de 80, as vtimas j excederam os milhes e as cifras no esto a baixar.

    A luta pela cura uma aposta dos pases e instituies internacionais na busca de uma soluo para estancar o avano desta doena cujas mortes causadas so comparadas aos genocdios. Inmeras famlias desfeitas, muitos rfos, milhares de pessoas esto a conviver com o vrus, uns identificados e outros no. Outros milhares e milhares esto em risco de contrair o SIDA para alm dos sistemas econmicos de muitos pases estarem seriamente degradados. As formas de transmisso so variadas; eis que se seguem: via sexual, via

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    transfuso de sangue, por intermdio de vrios objectos cortantes, perfurantes e por transmisso de me para beb.

    Por outro lado, h que considerar certas prticas tradicionais que muito ajudam na expanso da doena, com destaque para a poligamia e poliandria, prticas defendidas por algumas comunidades tradicionais, mas que em nada ajudam no desenvolvimento humano. Todos os estudos realizados at aqui, do conta de que a cura ainda continuar a ser uma questo do futuro, pelo que todas as pessoas, atravs de governos, instituies internacionais, organizaes no governamentais, enfim, toda a sociedade, deve mobilizar-se no sentido de assegurar a Preveno. As formas de preveno so vrias, baratas e simples. So baratas e simples porque muitas delas no exigem o gasto de dinheiro, como a fidelidade (em que uma pessoa deve ter apenas um parceiro e ser-lhe fiel) e a absteno sexual (onde a pessoa no ter de relaes sexuais at ao matrimnio). Outro mtodo, porm, passa pelo uso de camisinha que se pode comprar em qualquer farmcia.

    At aqui, chega-se concluso de que o problema das epidemias, que atingem famlias inteiras, comunidades e naes, ultrapassa de longe as competncias do Ministrio da Sade e abrange outras reas como a Educao, pois s as sociedades formadas, informadas, educadas e instrudas podem sobreviver a estes males.

    importante assegurar as futuras geraes, os nossos alunos. A melhor forma de sobreviver a uma doena evit-la atravs de preveno sem custos, visto que a busca da cura chega a ser um processo que envolve gastos de dinheiro de que muitas das vezes no se dispe. 3. Sugestes metodolgicas Inspire-se no Manual Habilidades para a Vida e apresente o tema. (5min) Pergunte turma se algum j ouviu falar desta doena. (5min) Oriente uma discusso na turma sobre a doena, as medidas preventivas e os hbitos e costumes da rea. (15min) Identifique, na sala, grupos que devem preparar os poemas, teatro e jogos. (10min)

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    Distribua material para a produo de vrios desenhos para os quais pode orientar a turma e tambm na preparao do grupo de teatro e poema. (10min) 4. Materiais e preparaes

    Coleccione cacos cortantes de garrafas, facas e canivetes, agulhas e/ou seringas no usadas.

    Camisinhas, cartazes.

    Produza, por escrito, uma pequena pea teatral de acordo com a idade e o nvel dos seus alunos.

    Produza pequenos recortes de poemas e citaes sobre SIDA e as pessoas portadoras do Vrus.

    Obtenha artigos de jornais ou livros que falem da mesma matria e faa sua pesquisa.

    Cartazes virgens (cartolinas).

    Lpis de desenho e cores + marcadores (caso possvel) NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 3 e 4 Classes, Unidade 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO- : 1.2 O seu corpo 1.5.3 VIH/SIDA 6 Classes, Unidade 4 A vida do Homem : 4.8.1 As doenas sexualmente transmissveis 4.8.2 - SIDA

    Smbolo da ONUSIDA - programa das Naes Unidas na Luta contra aquela que chamada a epidemia mais perigosa na histria da humanidade.

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    HIGIENE 8 ___________________________________________________

    O jogo Quem

    1. Objectivo At ao final desta aula os alunos sero capazes de:

    Entender o significado do Gnero;

    Reconhecer a importncia do conhecimento e da luta pela igualdade do Gnero.

    2. Introduo

    A aprendizagem de qualquer conhecimento observa vrias fases desde o simples ouvir, assistir a exposies at conseguir experimentar na prtica.

    Depois que os seus alunos j sabem tomar algumas medidas higinicas no dia a dia, depois que estabeleceu um sistema de controlo sobre higiene e o funcionamento de Monitoria Participativa, e depois de demonstrar, por intermdio de vrias apresentaes, que os seus alunos esto a aprender e adquirir habilidades que utilizam todos os dias, h agora que se preocupar com o relacionamento deles, entre si.

    Estamos a referir-nos ao gnero. Sabe-se que desde pequena, a pessoa desenvolve o seu Eu, mas devido a factores diversos e alheios sua vontade, este Eu facilmente se machuca. A camada feminina foi sempre a mais atingida e prejudicada neste sentido.

    A escola, porm, joga o papel de criador de uma conscincia de igualdade entre as pessoas, sendo a criana a depositria fiel da continuao de tais ideais.

    Nesta tarefa, a misso do professor vai consistir em elevar, valorizar, estimular e criar uma relao equilibrada entre as crianas.

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    3. Sugestes Metodolgicas

    Chame uma professora colega e vizinha de turma e pergunte aos seus alunos sobre o que vem nela diferente das outras meninas. (5 min.)

    Pea professora que diga em palavras curtas como conseguiu atingir o nvel que tem e qual o seu sonho. (5min)

    Organize uma discusso na turma onde se dever falar sobre a distribuio do trabalho, os trabalhos mais pesados e quem os executa. (25 min.)

    Organize uma sesso de votao que seja monitorizada pelas meninas sobre os assuntos discutidos. (10 min.)

    Faa uma tarefa prtica para os alunos. (5 min.) 4. Materiais e preparaes

    Prepare uma pea teatral. (isto deve ser dias antes da aula)

    Monte um jogo cujo contedo seja demonstrar comportamentos positivos e criticar os negativos.

    Explique, com detalhes, a questo do gnero na sociedade e a luta que se desenrola na busca de valores iguais entre homens e mulheres.

    Faa da sua turma uma frente no combate a estas diferenas na sua comunidade atravs da desmistificao do assunto.

    Elabore uma srie de questes ligadas sua aula que pode distribuir ou fazer copiar do quadro para serem resolvidas em casa, com ajuda dos familiares. Os resultados so apresentados, pessoalmente, e cada um ter de dizer com quem conversou para responder.

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo 3 Classe, Unidade 1 A descoberta de si mesmo. 3 e 4 Classes, Unidade 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO 1.2 O seu corpo

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    HIGIENE 9 ___________________________________________________

    A Diarreia

    1. Objectivos No final da aula as crianas sero capazes de:

    Entender que os excrementos so a grande forma de transmisso de diarreias

    Identificar os riscos e o papel de cada um na preveno contra diarreias.

    Assinalar o uso apropriado das instalaes para depositar com segurana os excrementos humanos

    2. Introduo

    A diarreia uma doena perigosa que se caracteriza por uma infeco intestinal, provocando, em primeiro lugar, uma dor de barriga seguida de diarreia. Em alguns casos, as diarreias podem ser de impacto leve noutros casos porm, como quando acontece a clera, a diarreia intensa e leva morte com facilidade, caso no se trate a tempo.

    Estas diarreias so provocadas por bactrias que encontramos nos alimentos deteriorados, saladas e frutas mal ou no lavados e na gua que bebemos sem ser tratada.

    Alm do mais, h a considerar a questo de transmisso e propagao

    destas doenas por intermdio de maus procedimentos que se revelam na falta de higiene e saneamento do meio, isto , lavar as mos de uma forma apropriada e depois de usar a latrina ou a casa de banho, antes das refeies. Se tivermos em conta o tamanho das bactrias, microrganismos pequenssimos e invisveis a olho nu, chegamos

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    concluso de que so necessrios cuidados e muito mais para nos podermos proteger das contaminaes. A exposio ao ar livre de excrementos de criana ou adulto, quando doente, um comportamento que pode resultar em contaminao de uma comunidade inteira e provocar muitas vtimas.

    importante saber que as formas preventivas de qualquer doena so mais fceis de praticar e menos custosas do que os tratamentos. Por exemplo, prevenir as diarreias uma questo que passa pelo tratamento da gua para beber, ter latrinas e saber us-las, lavar as mos antes de comer e depois de usar a latrina, manter as unhas limpas e cortadas, estar livre da acumulao de lixo nas proximidades da nossa casa e escola por forma a que as moscas no atinjam, com facilidade, os nossos alimentos.

    , portanto, tarefa do professor chamar os alunos razo para que

    cada um e todos sejam agentes de luta contra estas epidemias. preciso assegurar que as medidas preventivas estejam ao alcance de todos, ao contrrio do tratamento. 3. Sugestes Metodolgicas

    Comece a sua aula com uma histria importante sobre a clera na comunidade em que vive

    Pea que cada um se pronuncie sobre o que entende por diarreia.

    Explique, com detalhes, tudo sobre as diarreias, os cuidados e as responsabilidades pessoais e colectivas

    Oriente uma discusso em grupos que culminar com a produo de cartazes

    Faa uma plenria e apreciem todos a apresentao dos trabalhos de cada grupo.

    Produzam recomendaes

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    4. Materiais e preparaes

    Informe-se, primeiro, sobre as ocorrncias de diarreias e clera na comunidade que inclui a escola.

    Tenha, tambm, preparados os materiais para desenho, incluindo cartazes e obtenha postais e outros materiais sobre as diarreias.

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo

    1.4 - A sade do meu corpo

    3 e 4 Classes, Unidade 1 A descoberta de si mesmo.

    A diarreia resulta em desidratao imediata do organismo chegando a matar as vtimas, se no houver uma pronta interveno

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    HIGIENE 10 ________________________________________________________________

    A higiene escolar

    1. Objectivos No final da aula as crianas sero capazes de:

    Entender a importncia da limpeza na escola

    Reconhecer os riscos que decorrem da falta de higiene na escola e arredores

    Definir o seu papel na manuteno do ambiente escolar. 2. Introduo

    A higiene da escola comea com a responsabilidade que cada um

    deve tomar e a vontade de ver esta escola tornar-se o orgulho de toda a comunidade e espelho da nossa sociedade. Vejamos: estando na sala de aula, o professor manda preparar material para fazer desenho e cada um dos 35 alunos entende aparar o seu lpis. Os restos vo caindo para o cho e ningum se preocupa com o estado que a sala pode apresentar minutos depois. Imagine o final desta operao onde foram aparados 35 lpis: com que aspecto fica a sala? muito fcil imaginar e sentir o

    A higiene, como para as pessoas, tambm muito importante para toda e qualquer estrutura onde funcionem pessoas. A escola, considerada a nossa segunda casa merece esta ateno por parte dos seus utentes, professores e alunos para que estas mesmas pessoas trabalhem e estudem nela em segurana.

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    aspecto da sala! Afinal, aparar o lpis, sim! Mas sujar a sala, NO! E NO! Ento, o que aconteceria se todos tivessem o cuidado de organizar e depositar com segurana estes restos? preciso que uma sala de aula tenha um balde ou um cesto de lixo onde, ao longo da aula, os alunos vo depositando restos de papel, lpis e outros que possam, facilmente, sujar o nosso ambiente. Depois da sala de aula esto os arredores, o ptio da escola e toda a zona adjacente escola como campos de desporto e etc. As garrafas por exemplo so muito perigosas quando partidas e espalhadas pelo campo onde se pode praticar desporto. H necessidade de se transportar todo o lixo para locais seguros para se evitar no s ferimentos, mas tambm doenas resultantes da contaminao por intermdio de moscas, ratos, baratas e mosquitos. Como podemos ver, evitamos muitas doenas apenas por tomarmos medidas preventivas queimando o lixo, mantendo as latrinas sempre limpas e secas, as nossas salas de aulas sempre limpas, o nosso ptio sempre varrido e livre de objectos estranhos ao nosso ambiente. A manuteno destas condies passa por uma mobilizao e tomada de conscincia de cada um dos presentes na escola de fazer dela a sua segunda casa e, consequentemente, pela necessidade de mantermos esta casa sempre limpa e com um ambiente saudvel, adicionando a isso actividades para o meio ambiente. 3. Sugestes Metodolgicas

    Inspire-se nos manuais de Cincias Integradas e nos manuais da Educao Cvica.

    Faa com que os seus alunos descrevam a situao de higiene na sua escola, pea que cada um diga o que se pode fazer para mudar, para manter ou para melhorar.

    Faa uma breve sada para o ptio da sua sala de aula e compare as descries s realidades.

    De volta sala, oriente uma discusso e decidam sobre o que os alunos devem e quando fazer para manter o ambiente escolar limpo.

    Pea a um aluno que apresente as deliberaes. Escrevam-nas numa cartolina e coloquem na parede para serem seguidas por todos.

    Faa recomendaes. Veja como funciona o clube de higiene escolar.

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    4. Materiais e Preparaes Prepare uma cartolina e o respectivo material de desenho (marcadores, lpis, rguas e borrachas.) NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam: 3 e 4 Classes, Unidade 4 O Ambiente Natural. 5 Classe, Unidade 4 Sub Tema: O ambiente

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    HIGIENE 11 __________________________________________________

    A higiene facial

    1. Objectivos No final da aula os alunos sero capazes de:

    Assinalar a importncia da higiene corporal diria.

    Identificar como algumas doenas esto relacionadas com a falta de higiene diria.

    Desenvolver o orgulho de manter a face permanentemente limpa 2. Introduo

    Manter a higiene facial uma tarefa muito importante porque assim conseguimos evitar algumas infeces, tanto na cara quanto nos olhos. Cada pessoa tem a cara ou a face como o espelho das suas atitudes e comportamentos mesmo para pessoas que no nos conhecem ou com quem nos encontramos pela primeira vez.

    Normalmente, ao acordar sentimos uma sensao diferente na

    nossa boca, na cara, nos olhos devido ao sono que tivemos. Na boca, geralmente, o hlito (cheiro da boca) muda, os dentes parecem pesados, os olhos parecem querer dormir ainda mais. Quando acordamos, prontos para enfrentar o dia e o mundo novo, precisamos de ter certeza de estarmos bem incorporados no nosso meio familiar e comunitrio.

    Comece ento o dia escovando os dentes, lavando a sua face com m

    sabo e d ao seu organismo disposio prpria. Na maioria dos casos prefira-se um banho matinal pois que vai corresponder a uma higiene completa, logo pela manh, e v para a escola com seus colegas em bom estado de higiene.

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    A necessidade de mantermos a higiene facial no acaba por a, pois sabe-se que a otite, doena que ataca os ouvidos, a conjuntivite, doena dos olhos, crie dentria so alguns dos vrios males que enfrentamos, quase todos os dias, devido falta de higiene. Lembra-se de quantas vezes se preocupou com o estado do orifcio do seu ouvido? J tem uma medida para se proteger das poeiras e do estado dos seus olhos, j se preocupou em escovar os dentes todas as vezes depois de comer, antes de dormir, depois de comer um chocolate? J sentiu a dor de dente? J sofreu de conjuntivite? De sarna? Pense agora em medidas simples e baratas que possam ajudar a evitar estas dores. Tudo depende da prtica de bons comportamentos em higiene.

    J sabe, tambm, que quem pratica a higiene pessoal tambm

    pratica a higiene pblica pois no vai aceitar ficar em locais sujos. Todo aquele que higinico leva consigo todos os seus prximos e no s, a praticarem o mesmo por formas a que todos desfrutem de bem-estar. 3. Sugestes Metodolgicas

    Comece a sua aula identificando o estado de higiene na sua sala de aula, encontre meninos limpos e pergunte o que precisaram de fazer antes de virem para a escola.

    Explique, com exemplos, as melhores formas de manter a higiene facial. Use uma bacia com gua, sabo e toalha.

    Pea turma que cada um identifique o estado da higiene dos dentes, olhos e ouvidos do seu colega; faa tambm a sua observao e apresente os dados.

    Distribua os pauzinhos frescos e mande cada um preparar a sua escova para a higiene da boca. Se for possvel, distribua escovas

    J imaginou estar entre seus colegas e voc continuar a espalhar cheiro da boca de quem acaba de acordar, os cantos dos olhos revestidos de ramelas, um rasto branco que sai do canto da sua boca para o ouvido? Acredito que no vai conseguir conversar com ningum.

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    obtidas no mercado e indique como se escovam os dentes. Mostre como se lavam as mos e a cara.

    Oriente uma discusso sobre: O que senti ao escovar a boca e depois de lavar as mos e a cara.

    Tirem concluses em conjunto e faa recomendaes. Observe se o Clube de Higiene Pessoal est em funcionamento na sua escola.

    4. Materiais e preparaes

    Prepare um balde de 20 litros com gua e um pedao de sabo

    Identifique um arbusto que, usualmente, serve para se adaptar como uma escova de dentes, teste-o bem. Corte pauzinhos em nmero igual ao de seus alunos, no comprimento do dedo indicador. Estes pauzinhos sero, por si e seus alunos, usados como escova ao longo da sua aula pelo que precisa de obt-los 24 horas antes da aula. Ou pode comprar escovas mais baratas no mercado mais prximo, mas o essencial usar material local que esteja disposio de todos.

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo 3 e 4 Classes, Unidade 1 A descoberta de si mesmo

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    HIGIENE 12 __________________________________________________

    As doenas da pele e dos olhos

    1. Objectivos No final da aula os alunos sero capazes de:

    Explicar as razes de nos lavarmos sempre e correctamente.

    Identificar as razes do aparecimento de doenas de pele e dos olhos

    Mencionar as consequncias sociais quando se tm doenas deste tipo e onde se dirigir para o tratamento

    Identificar gua prpria para a higiene pessoal 2. Introduo

    Milhares de pessoas, no mundo, sofrem por causa das doenas da pele e dos olhos vulgarmente chamadas conjuntivite, tudo devido falta de determinadas medidas de higiene pessoal e colectiva.

    Vrias doenas da pele resultam da presena de bactrias na camada superficial da nossa pele epiderme onde desenvolvem, facilmente, seu ambiente, libertando toxinas que causam comicho e at mesmo algumas feridas na camada superficial que chegam a danificar, no s a sade da pessoa, mas a sua prpria auto-estima. Podemo-nos referir sarna, tinha ou s empigens, doenas que atacam, severamente, a pele

    e causam vrios danos. No menos perigosa a doena que ataca os olhos. Olhos so, sem sombra de dvidas, rgos de extrema importncia no nosso organismo, mas ao longo do nosso dia a dia expomo-los a poeiras, fumos e outras substncias nocivas. Precisamos de um cuidado especial para com os

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    nossos olhos pois que se no os lavamos nem os protegemos deparamo-nos com a conjuntivite, uma doena muito comum, mas que s revela a falta de higiene, ou pessoal ou comunitria, que muitas vezes chega a transformar-se em grande epidemia. O mesmo se pode dizer em relao ao tracoma, outra doena dos olhos que, quando no tratada a tempo, resulta em cegueira.

    Afinal de contas, devido ao estado microscpico das bactrias responsveis por estas doenas, somos chamados a vigiar, permanentemente, desde o tipo de gua para tomar banho e lavar a nossa roupa at aos ambientes nocivos como as proximidades de uma lixeira, de uma fbrica e ter cuidados com produtos que podem causar alergias diversas.

    Alm do mais, as doenas, acima referidas, atacam todos da nossa convivncia pelo que se torna muito urgente o tratamento destas enfermidades quando se manifestam, usando antibiticos devidamente receitados pelo mdico do seu hospital ou posto de sade. A tarefa do professor vai consistir em mostrar aos meninos o quo perigosas so as doenas da pele e dos olhos, a necessidade de as crianas tomarem conta de si mesmas, fora das suas famlias, na escola e nas suas brincadeiras durante o dia. 3. Sugestes Metodolgicas

    Inspire-se nos manuais de Cincias Integradas e Cincias da Natureza da 4 classe e comece a sua aula.

    Verifique se h, na sua turma, algum que padece de uma dessas doenas, mas tenha cuidado com a descriminao.

    Oriente uma discusso sobre estas doenas e procurem formas prticas de ajudar pessoas que sofrem de uma ou de outra doena sobre a qual se tratou na aula.

    Produzam regras que devero ser observadas por todas as crianas na sua turma e na escola, escrevam num cartaz, apresentem-nas e coloquem na parede da sala.

    Faa recomendaes e reforce o papel do Clube de Higiene Pessoal na Escola.

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    4. Materiais e preparaes

    Organize material de desenho, cartaz, marcadores, lpis

    Consulte como vo os trabalhos do Clube de Higiene pessoal na escola

    Veja tambm como tratam o lixo na comunidade NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo 3 e 4 Classes, Unidade 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO- : 1.2 O seu corpo

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    HIGIENE 13 ________________________________________________________________

    A malria

    1. Objectivos No fim da aula as crianas sero capazes de:

    Saber o que a malria e como se transmite

    Identificar os sintomas de malria

    Reconhecer as formas de preveno na famlia, comunidade e na escola.

    Identificar os comportamentos de risco na comunidade em relao s fontes de mosquitos.

    2. Introduo A malria uma doena infecciosa, potencialmente grave, causada por parasitas (protozorios do tipo Plasmodium) que so transmitidos de uma pessoa para a outra pela picada de mosquitos do gnero Anopheles. A transmisso mais comum nos interiores das residncias, em reas rurais e semi-urbanas e urbanas. Considera-se que cerca de 40% da populao mundial vive em reas com risco de transmisso de malria, resultando em 300 milhes de pessoas infectadas cada ano e metade deste nmero resulta em mortes, principalmente para crianas menores de cinco anos.

    At aqui, os cientistas no desenvolveram vacinas contra a malria pelo que a sua preveno passa pela mudana de conscincia e adopo de comportamentos positivos e activos na manuteno do meio ambiente e dos interiores das residncias.

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    Aqui fica bem recomendado o uso permanente de mosquiteiros impregnados ou no em tempo frio ou quente e em qualquer lugar onde nos encontrarmos. Do mesmo modo, cada indivduo deve levar a cabo, em colectivo ou individualmente, medidas de saneamento de

    forma a manter a sua casa fora do alcance dos mosquitos, visto que eles se desenvolvem nas lixeiras, em latas vazias, nas guas estagnadas e debaixo de arbustos. O desenvolvimento das manifestaes da malria em geral, ocorre entre 9 a 40 dias aps a picada de mosquito infectado. As primeiras indicaes so febres, sensao de mal-estar, dor de cabea, dores musculares, cansao e calafrios. A confirmao do diagnstico da pessoa infectada uma emergncia mdica aps os exames laboratoriais onde, por intermdio da chamada Gota Espessa, o mdico determina o nvel da infeco e orienta um tratamento mdico-medicamentoso adequado. H, porm, diversos medicamentos disponveis nas farmcias, tal o caso do quinino, cloroquina, resoquina, amodiaquina, halfan, fansidar, arinate, etc. Estas *drogas* s podem ser usadas com indicaes mdicas, caso contrrio so um grande perigo para a sade e resultam em mortes na maioria dos casos de uso indevido. Por outro lado, mal observadas as receitas torna os parasitas resistentes fazendo com que os nveis da prpria doena subam para fases mais perigosas. Todo o cuidado pouco esta frase vem para chamar ateno a todos e a cada um de ns de que precisamos fazer muito mais quando estamos a falar da preveno e tratamento da malria. 3. Sugestes Metodolgicas

    Pergunte turma se algum j ouviu falar de malria

    Pergunte se algum colega est doente e se sofre de malria

    Explique tudo sobre a malria e/ou convide um especialista de sade para o fazer com mais detalhes.

    Apresente como se devem tomar correctamente os medicamentos quando receitados pelo mdico.

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    Oriente uma breve discusso sobre o tema em destaque e tirem concluses.

    4. Materiais e Preparaes

    Informe-se nos servios de sade sobre as ocorrncias de casos de malria na comunidade

    Requisite comprimidos diversos de tratamento de malria com respectivos folhetos, incluindo algumas receitas mdicas para apresentar aos seus alunos.

    Faa um convite a um funcionrio de sade para palestrar na sua turma ou na escola.

    Um verdadeiro foco de reproduo dos mosquitos e da consequente Malria.

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    HIGIENE 14 ________________________________________________________________

    Lavar as mos

    1. Objectivos At ao final da aula os alunos devero ser capazes de:

    Reconhecer a importncia de lavar as mos

    Saber como e quando lavar as mos adequadamente

    Desenvolver conhecimentos acerca de doenas causadas por bactrias transportadas pelas mos.

    2. Introduo

    Lavar as mos uma atitude a ter em conta quando se trata de higiene pessoal, uma vez que as nossas mos so um grande vector de bactrias causadoras de diversas doenas como a clera, diarreias agudas e outras. O acto de lavar as mos no passa apenas por esfregar as mos mergulhadas em gua. Por exemplo, em muitas culturas asiticas, apenas esfregam as pontas dos dedos na gua antes de comer; em muitas regies do nosso pas, culturalmente, serve-se uma refeio acompanhada de uma bacia com gua para se lavar as mos.

    Se verificarmos bem, tanto num como noutro caso, o princpio bom, mas a forma como se processa o acto no chega a atingir os intentos pretendidos. As bactrias alojam-se nas unhas, entre os dedos e volta de toda a mo. Ento, que fazer?

    Devemos usar gua tratada. Sabo. Uma bacia previamente preparada. Uma toalha para enxugar as mos no fim. Em suma, dever a pessoa molhar as mos at ao pulso, esfregar sabo, esfregar entre os dedos no movimento de cima para baixo e de dentro para fora e vice-

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    versa. Verifique o estado da transparncia da gua antes e depois desta operao. Se formos a ver, depois de enxugar as mos na toalha vamos notar que a toalha no estar suja, ao contrrio do que acontece quando no se usa sabo nesta operao e quando no se esfregam as mos de uma forma apropriada.

    Afinal de contas, uma questo de persistncia e hbito que

    devemos desenvolver; seguir atentamente o desenvolvimento das suas unhas tambm faz parte da limpeza que dever fazer nas suas mos pois as unhas do grande guarida a sujeiras e bactrias diversas. Passe sempre um palito nas suas unhas por mais curtas que se encontrem.

    Estas medidas devero ser observadas em momentos crticos como

    antes das refeies, depois de usar a latrina ou casa de banho. Procedendo, assim, estaremos a evitar que as bactrias faam do nosso organismo o seu melhor habitat para se desenvolverem. 3. Sugestes Metodolgicas

    Pergunte na turma quem sabe lavar as mos e pea a uma das crianas que respondeu positivamente para o fazer. Tenha a gua disposio e o resto guarde consigo esperando que o aluno o solicite.

    Faa deste facto razo para a motivao e introduo da sua aula.

    Faa uma demonstrao sobre como se deve lavar as mos, correctamente, usando tudo que necessrio.

    Oriente a turma a realizar esta aco em muito pouco tempo

    Oriente uma discusso acerca do assunto

    Tirem concluses, em conjunto, faam recomendaes para a turma e para escola, num cartaz, e coloquem na parede.

    4. Materiais e Preparaes

    Prepare recipientes suficientes com gua tratada

    Um pedao de sabo

    Uma toalha ou um pano para enxugar as mos na demonstrao

    Um cartaz e outros materiais de desenho

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    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo 2 Classe, Unidade 5 A Alimentao - : 5.1 A Alimentao 5.2 Fontes de Alimentao 5.3 Cuidados a ter com a alimentao 5.4 Conservao dos alimentos 5.5 Higiene alimentar 3 e 4 Classes, Unidade 1 A descoberta de si mesmo 5 Classe, Unidade 4, Sub Unidade: Alimentao e sade.

  • 52

    HIGIENE 15 _____________________________________________________________________________________ A conservao dos alimentos

    1. Objectivos No final da aula os alunos sero capazes de:

    Mencionar o que se deve fazer para a no contaminao na conservao dos alimentos.

    Guardar os alimentos com segurana

    Identificar os lugares seguros onde se pode comprar comida 2. Introduo

    A alimentao a base fundamental da vida pois que sem ela a vida no seria possvel. Mas, apesar disso, necessrio saber cuidar dos prprios alimentos at chegarem boca. Do ponto de vista da origem dos alimentos, so necessrios cuidados especficos para garantir que sejam alimentos humanamente consumveis, quer dizer, se for o caso de produtos provenientes do campo voc tem de estar convicto de que esto na fase de serem consumidos, esto maduros, secos e bem criados; se for o caso de produtos provenientes do mercado de transformaes preciso estar seguro de que no esto envenenados, podres, abertos se for o caso de conservas em lata ou pacotes e dentro do prazo indicado para o seu uso. Do ponto de vista de cuidados, precisa saber e certificar-se de que o produto que pretende consumir est devidamente lavado, cozido e bem preparado antes de ser consumido. Posto isto, podemos ainda afirmar que a necessidade de conservar os alimentos antiga, mas o homem encontrou sempre momentos, espaos e medidas adequadas para o efeito. H alimentos que se podem conservar mesmo fora dos sistemas de frigorficos.

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    Muitas destas bactrias, sabe-se, so transportadas pelas moscas e

    baratas pelo que lavar bem as verduras antes de as consumir protege-nos de doenas. A obteno de produtos em lugares seguros tambm uma das medidas a ter em conta. 3. Sugestes Metodolgicas

    Pergunte s crianas como guardam comida para o dia seguinte nas suas casas.

    Explique, detalhadamente, como a comida pode ser contaminada por bactrias devido aos maus processos de conservao, com demonstraes.

    Divida a turma em grupos, equilibrando o gnero, e oriente uma discusso sobre o dia a dia das crianas e os processos de conservao dos alimentos na famlia.

    Em plenria, solicite uma apresentao e apreciao das ideias de cada grupo e tirem concluses finais escritas e em conjunto faam recomendaes.

    4. Materiais e Preparaes

    Tenha consigo dois alimentos diferentes: da famlia de secos como bolachas.

    Tenha certeza de ter visitado uma ou mais casas de famlias na comunidade onde voc viu como conservam os alimentos.

    H medidas higinicas que devem ser observadas para que se conservem os alimentos sem que se transformem numa fonte de doenas diarreicas, uma vez que se sabe que as baratas, os ratos, moscas e outros agentes fazem dos alimentos seus habitats e depositam neles bactrias prejudiciais nossa sade.

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    HIGIENE 16 ___________________________________________________

    O inimigo invisvel

    1. Objectivos No final da aula os alunos da minha turma sero capazes de:

    Desenvolver noes sobre bactrias

    Distinguir as formas de transmisso das infeces

    Identificar formas de preveno contra as infeces e sintomas diversos.

    2. Introduo

    O corpo humano muitas vezes comparado a uma mquina em funcionamento, mas passvel de vrias avarias. Essas avarias no so seno a presena de doenas, desde as mais simples s mais complicadas e todas elas provocadas por agentes invisveis a olho nu.

    caso para dizer que toda a vigilncia pouca neste sentido. Precisamos fazer tudo que pudermos para garantirmos a nossa segurana total, j que o nosso inimigo invisvel. Voc j pensou que tamanho tem a bactria ou o vrus da clera? Talvez milhes de vezes menor que o nosso corpo, mas em muito pouco

    tempo pode destruir-nos. Estas bactrias existem em todo lado do mundo e em todos os objectos, umas em maior nmero e outras em menor, umas mais perigosas e outras menos, mas so todas invisveis a olho nu. A sua transmisso passa pelo contacto directo entre a nossa boca e o resto do meio ambiente por intermdio de alimentos, de gua, da aproximao s lixeiras ou do mau cuidado com o lixo, da exposio dos alimentos ao lixo, o no cuidado com as roupas, fezes de bebs e

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Cholera_bacteria_SEM.jpg

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    adultos, quando doentes especialmente. H muitas medidas de saneamento que, na maioria das vezes, so simplesmente ignoradas pelas pessoas, no seu dia a dia.

    A tarefa do professor vai consistir em despertar esta ateno e fazer com que todas as pessoas sintam a responsabilidade diante da comunidade, famlia e individualmente na luta para se alcanar um ambiente realmente saudvel. Para j a sala de aula uma prioridade para as crianas que a frequentam. Faa com que elas gostem de estar num lugar limpo e mantido limpo por elas prprias. 3. Sugestes Metodolgicas

    Assegure-se de que a sala que vai usar est realmente limpa. Se no, mande varrer e recolher todos os resduos como papis e restos de outros materiais.

    Pergunte sua turma quem j ter visto uma bactria ou micrbio.

    Explique por que razes no podem ver as bactrias e os micrbios embora nos causem doenas.

    Exiba duas garrafas de gua e faa a turma descobrir qual delas est limpa.

    Faa uma demonstrao em cartaz sobre a trajectria das bactrias e micrbios do seu ambiente para o organismo humano, onde causam doenas (dois cartazes: um com um homem sem cuidado que fica doente e outro com aquele que se cuida e fica saudvel)

    Oriente um debate, analisando os dois comportamentos e tirem concluses.

    4. Materiais e preparaes

    Prepare dois recipientes com gua: um com gua limpa mas no tratada e outro com gua tratada, de preferncia em garrafas transparentes.

    Prepare dois cartazes, material de desenho. NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo 3 e 4 Classes, Unidade 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO- : 1.2 O seu corpo 5 Classe, Unidade 4, Sub unidade: Alimentao e Sade & A poluio da gua.

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    HIGIENE 17 _________________________________________________________________________

    Como Evitar a Diarreia

    1. Objectivos No final da aula os alunos devero ser capazes de:

    Reconhecer as formas de transmisso e medidas de preveno contra as diarreias.

    Reconhecer os sintomas de diarreias, a desidratao, o tratamento e a preparao de soro oral.

    Destacar a importncia de lavar as mos.

    Destacar a importncia de cozer bem os alimentos. 2. Introduo Nos pases em via de desenvolvimento, a diarreia um flagelo muito comum, decorrente dos fluxos de guas de fontes contaminadas muitas vezes por fezes de humanos adultos j infectados por uma dada doena diarreica.

    Em termos gerais, as diarreias so particularmente perigosas para crianas menores de 5 anos, mas a clera pode levar morte, em muito pouco tempo, pessoas de todos os tamanhos e idades, devido ao tipo de toxinas que as bactrias causadoras produzem.

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    Diz-se que h diarreia quando um determinado indivduo comea a defecar muitas vezes seguidas e os excrementos so muito aquosos. No caso da clera, segue-se um rpido enfraquecimento. As diarreias podem ter origens vrias, mas a falta de higiene est sempre no topo. O tratamento bsico deve ser seguido com a ingesto de muitos lquidos com destaque para o soro de hidratao. Este soro pode ser facilmente preparado at por uma criana de 5 a 6 anos. Basta ter 1 litro de gua tratada, adiciona-se uma colher de ch de sal e uma colher de sopa de acar. A soluo, depois de bem dissolvidos o sal e o acar d-se ao doente tantas quantas vezes forem possveis para poder prevenir a sua desidratao enquanto se busca socorro de um hospital ou Centro de Sade.

    Todos os estudos realizados, at aqui, revelam que as diarreias se devem sempre falta de higiene num dado indivduo, famlia, comunidade e grandes sociedades. Uma das primeiras medidas comea por lavar as mos de uma forma apropriada e em momentos crticos, enterrar ou queimar todo o lixo, depositar os excrementos humanos com segurana, especialmente quando se est doente, beber apenas gua tratada e lavar os

    alimentos com gua tratada. Esta ltima medida pode ser apoiada com a fervura de gua quando no se tem produto como lixvia para desinfectar a gua.

    responsabilidade de todos os membros de uma famlia dominar

    todos estes sinais por formas a assegurar que todos lutem contra o aparecimento de uma enfermidade deste tipo e, se surgir de qualquer maneira, as pessoas saibam como reagir na primeira hora com a pessoa afectada. 3. Sugestes Metodolgicas

    Inspire-se nos cuidados bsico de sade e apresente a sua aula

    Pea um voluntrio para contar o que viu acerca de um caso de clera

    Explique sobre as diarreias, os cuidados e as responsabilidades de todos na comunidade e na famlia.

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    Demonstre como se pode produzir um soro de hidratao e como se deve tomar.

    Oriente um trabalho individual sobre as diarreias, seguido de desenhos e faa uma plenria para a apresentao. Apreciem e analisem material obtido do hospital retratando situao de clera e tirem concluses.

    Mande desenhar um diagrama sobre como se transmite a diarreia. 4. Materiais e Preparaes

    Prepare, pelo menos, trs litros de gua tratada, uma mo de acar e outra de sal.

    Prepare tambm duas colheres, uma de sopa (normal usada para tomar sopa) e outra de ch (a colher pequena usada para mexer na chvena de ch e para dar de comer ao beb em alguns casos).

    Contacte um Posto de Sade ou hospital para lhe fornecer material de propaganda usada na educao sobre clera (panfletos, cartazes e folhetos).

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    1 Classe, Unidade 1 - QUEM SOU EU- : 1.2 O meu corpo 1.4 - A sade do meu corpo 3 e 4 Classes, Unidade 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO- : 1.2 O seu corpo 5 Classe, Unidade 4, Sub unidade: Alimentao e Sade.

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    SANEAMENTO 1 ___________________________________________________

    A beleza da minha escola

    1. Objectivos No final da aula os alunos da turma sero capazes de:

    Reconhecer o impacto positivo que h em arborizar os arredores da escola

    Saber a importncia de manter o visual da escola limpo e aceitvel

    Desenvolver noes de embelezamento da escola 2. Introduo

    A escola um local onde adquirimos conhecimentos amplos, pelo que considerada o veculo principal de conhecimentos cientficos e culturais. A escola, por estas e outras razes assume, ento, o lugar da nossa segunda casa pelo que a exigncia de cuid-la da melhor forma possvel um dever.

    Para que isso se verifique, recorremos a actividades vrias e uma delas a arborizao, ou seja a plantao de rvores de sombra ou de frutos no ptio escolar; realizao de uma aco de pintura das paredes da nossa escola ou o estabelecimento de um calendrio para campanhas de limpeza geral.

    Essas so algumas das vrias medidas que a escola pode levar a cabo, sob organizao da direco da escola, professores e membros dos clubes que funcionam na escola, actividades que vo reflectir uma imagem limpa e sadia da escola. Afinal de contas, uma escola no s bela quando tem uma estrutura arquitectnica nova, mas sim quando os seus utilizadores (alunos e professores) fazem dela um bem comum e inseparvel da sua comunidade. Desta feita, tarefa do professor garantir que conhecimentos tericos a este respeito estejam em posse dos meninos da sua escola tais como o interesse pelo ambiente limpo que de todos.

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    3. Sugestes Metodolgicas

    Inspire-se nos manuais de EMC e de Cincias Integradas e apresente a sua aula aos alunos (5min.)

    Pergunte sua turma se algum j pensou numa forma de embelezamento da escola e qual essa forma (5 min.)

    Oriente uma discusso, na turma, sobre as diferentes formas de embelezar uma escola (15 min.)

    Divida a turma em grupos, distribua o material e oriente a produo de desenhos relacionados com o embelezamento da escola (10 min.)

    Em plenria, os alunos apresentam e definem os desenhos produzidos e deixam recomendaes para a turma e a sua escola.

    4. Materiais e preparaes

    Recolha vrias sementes e/ou plantas

    Produza pequenos recortes de poemas e citaes sobre a beleza da escola.

    Prepare cartazes, lpis, borrachas e coleces de cores. NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    1 e 2 Classes, Unidade 4 A MINHA ESCOLA - : A minha sala de aulas Os cuidados com a escola A higiene e sade escolar

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    SANEAMENTO 2 ________________________________________________________________

    Como Cuidar dos resduos Slidos!

    1. Objectivos: No final da aula os meninos devero ser capazes de:

    Saber identificar os vrios tipos de resduos slidos e onde ocorrem

    Identificar as implicaes negativas decorrentes do lixo

    Desenvolver habilidades positivas para encarar a reciclagem do lixo como forma de preservar o ambiente

    Desenvolver e assegurar comportamentos teis na manuteno ambiental.

    2. Introduo Desde os tempos remotos os seres humanos vm realizando actividades das quais resultam vrios materiais com os quais sempre conviveram. Consideram-se actividades humanas todas as aces que realizamos desde que queremos comer, beber, vestir, lavar, escrever, fabricar utenslios diversos, vender, enfim, todas as actividades que fazem o nosso quotidiano.

    assim que observamos vrios resduos como resultado e que so classificados de acordo com o estado em que se apresentam. Uns so lquidos (leo queimado das oficinas, guas sujas dos esgotos, etc.), outros gasosos (fumos das fbricas, vapores, etc.) e outros ainda slidos (restos de alimentao, cartolinas,

    livros em desuso, sucatas diversas, destroos de residncias, os resduos dos hospitais, latas vazias, sacos plsticos e de papel, etc.) Este mundo infinito de resduos inunda o nosso ambiente de qualquer maneira, de acordo com os hbitos e comportamentos das pessoas

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    envolvidas nas actividades produtoras destes restos. Este lixo torna-se responsvel pela produo de inmeros insectos como baratas, moscas, mosquitos e animais como ratos que representam uma grande ameaa sade.

    preciso desenvolver formas e atitudes teis para a manuteno do nosso ambiente, dando um destino adequado ao lixo atravs da incinerao, principalmente quando se trata do lixo resultante de um hospital, reciclagem quando o lixo orgnico e serve para produzir outros produtos como adobes e fertilizantes para agricultura; papel, latas e garrafas para fabricar outro papel, latas e garrafas, etc. Muitas destas actividades s podem ser levadas a cabo por indstrias, mas algumas como a produo de um carro de brinquedo a partir de uma lata de leite precisa apenas de um menino inteligente e interessado em fazer, a partir do seu prprio ambiente, objectos que so teis para si e seus amigos, bem como irmos. Uma tesoura, um pequeno martelo e alguns arames sero o suficiente para, em poucas horas, ter um carro de brinquedo a custo zero (00$00) e assim voc ter poupado algum dinheiro que poder servir para comprar outras coisas mais importantes. 3. Sugestes metodolgicas

    Pergunte turma se algum j aproveitou algo do lixo e como fez para reutilizar aquele material.

    Fale do lixo no geral, os tratamentos que deve merecer e a importncia da reciclagem.

    Distribua por grupos diversos as latas, papis e outros materiais por si preparados e oriente a produo dos objectos, brinquedos e figuras, conforme a sua planificao.

    Renam o produto e decidam a forma de o conservar para ser usado em momentos apropriados.

    Termine levando a cabo uma discusso acerca do que acabam de realizar.

    NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    5 Classe, Unidade 4 O AMBIENTE NATURAL

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    SANEAMENTO 3 ___________________________________________________

    Os resduos slidos: O valor da reciclagem 1. Objectivos No final da aula as crianas sero capazes de:

    Identificar a presena dos resduos slidos volta do ambiente escolar e o destino a dar-lhes.

    Distinguir o lixo sem valor e separ-lo do lixo reciclvel.

    Comprometer-se com a manuteno do ambiente escolar por meio de aces de saneamento do meio.

    2. Introduo

    Resduos slidos no so seno todos os materiais resultantes da nossa actividade como dissemos na tarefa anterior. Por resultarem do nosso dia a dia temos que os encarar com uma atitude positiva dando-lhes um destino adequado.

    Nesta tarefa, o aluno vai na prtica realizar uma aco comum nos

    arredores da sua escola e garantir que o ambiente escolar est livre destes resduos slidos que em nada servem para a nossa aprendizagem. Assim, faz-se primeiro um plano de como cobrir toda zona ou o terreno que pertence sua escola e, distribudos em grupos, vo todos ao encontro do lixo para realizar duas aces em simultneo: separar o lixo com valor que podem reciclar noutra aco e queimar ou enterrar o outro tipo de lixo, sem valor, claro. No final da actividade, todos os alunos vo sentir como se a escola estivesse num novo ambiente, o cheiro modifica-se, a presena de moscas e outros insectos reduz e a vida torna-se mais segura. este ambiente que se pretende instalar em todos os locais onde nos possamos encontrar - na escola, em casa ou na nossa comunidade.

  • 64

    3. Sugestes metodolgicas

    Pergunte sua turma que tipo de ambiente escolar gostaria de ter

    Explique a importncia da limpeza na escola

    Organize os alunos em grupos de 4, com o equilbrio de gnero, e distribua, tambm, instrumentos como enxadas, ps (os fsforos devero ficar com o professor para controlar onde e quando queimar o lixo. Previna-se contra o incndio)

    De volta sala pea a cada aluno que fale sobre a actividade que realizaram e decidam sobre como realizar outras aces no futuro.

    4. Materiais e Preparaes

    Prepare enxadas, ps e uma caixa de fsforos

    Sacos plsticos e cartolinas. NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    5 Classe, Unidade 4 O AMBIENTE NATURAL

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    SANEAMENTO 4 _____________________________________________________________________________________

    Corrida s latrinas

    1. Objectivos No final da aula as crianas sero capazes de:

    Identificar a importncia das latrinas

    Reconhecer o uso mais correcto das latrinas

    Distinguir entre os vrios hbitos e costumes locais, os que esto correctos e os que no esto quanto viso do uso das latrinas

    2. Introduo Tendo em considerao a ocorrncia de doenas como a clera e outras diarreias agudas, oxiurose e bilharziose, cujos agentes causadores so encontrados, principalmente, nas fezes humanas, surge a necessidade de construo de latrinas, primeiro, e do seu uso correcto.

    Este comportamento surge com a necessidade de preveno contra as doenas, visto que o tratamento um processo que, para alm de ter as suas desvantagens, por vezes se desenvolve numa altura em que a vida humana j est em grande risco, acabando a pessoa por morrer. At aqui, viu-se que as medidas preventivas so mais seguras em relao s curativas.

    Quer isso dizer que todos os cidados, moradores de uma dada comunidade, aldeia, comuna, municpio, provncia, pas e continente devem juntar esforos no sentido da preveno. Uma das medidas, no quadro da preveno, o uso das latrinas, onde podemos depositar com segurana todos os nossos excrementos sem excepo e com especial ateno para as fezes de bebs e adultos quando doentes.

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    certo que, em determinadas regies, vigoram conceitos costumeiros contrrios ao uso das latrinas. tarefa do professor e seus alunos esclarecerem todas as dvidas que possam surgir para que todas as pessoas estejam conscientes do perigo que decorre do comportamento de defecar em espaos abertos.

    Voc tem uma turma de crianas que sero cidados garantes do futuro. Garanta-lhes conhecimentos prticos e tericos de todos os dias para que sirvam as suas comunidades de origem. 3. Sugestes Metodolgicas

    Assegure-se das condies reais da escola, se tem ou no casas de banho e latrinas. Pergunte se algum usa latrina em casa ou na escola

    Seleccione um grupo que vai representar uma Pea Teatral com o ttulo: -- O Mijo -

    Oriente uma discusso acerca dos comportamentos descritos na pea

    Faa recomendaes 4. Materiais e Preparaes Prepare 3 crianas: Jonas (A) e Rui (B) alunos amigos e Pedro (C) Director da Escola

    Teatro (O Mijo) Dois amigos passeavam pelo ptio da escola quando um deles (Jonas), sentindo-se apertado disse: A: Rui, estou apertado, quero fazer xixi! B: Eu tambm!!! A: Vou fazer mesmo aqui ao lado desta rvore, ningum vai me ver B: Eu vou aguentar mais um pouco para ver se chego latrina....

    O Jonas comea a urinar por traz de uma rvore quando, de repente, chega o Director da escola, Senhor Pedro, e encontra Jonas urinando e pergunta: C: O que fazes menino? A: Estou a fazer xixi, senhor director! C: No deves urinar aqui, menino! Olha que isto um grande risco para a tua sade, a sade dos teus colegas e professores. Olha a latrina! A: Senhor director, eu estava muito apertado e estou longe da latrina: C: Fica sabendo que mesmo que estejas muito apertado deves chegar latrina! A: Est bem senhor director, j vou acabar mesmo na latrina.

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    C: Vai com cuidado, as latrinas so o nico stio onde devemos defecar e urinar. para isso que foram construdas!.... Jonas impressionado com as palavras do Director dirige-se latrina onde termina de fazer xixi.

    Explique, detalhadamente, o papel de cada interveniente na pea NOTA: Ao preparar esta aula, o professor tem como matria de consulta directa os programas das classes que se indicam:

    2 Classe, Unidade 3 A HABITAO - : Regras e higiene da Habitao 3 e 4 Classes, Unidade 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO 5 Classe, Unidade 4; Sub unidade: Ambiente & Alimentao e Sade 6 Classe, Unidade 4 A VIDA DO HOMEM

    As latrinas devem manter-se sempre limpas.

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    SANEAMENTO 5.1 ___________________________________________________

    Fazer blocos (adobes) para latrinas

    1. Objectivo No final da aula as crianas sero capazes de:

    Definir o propsito das latrinas na escola e em casa.

    Aprender as diferentes formas de construir as latrinas. 2. Introduo

    Para a efectivao de uma obra importante ter em conta o material a aplicar. Falando das latrinas, vem-nos ideia o recurso a material local, mas completamente local, isto para podermos proporcionar a mesma oportunidade a todos os habitantes da comunidade que pretendemos atingir. O nosso pas, felizmente, oferece condies que permitem a fabricao de blocos de barro ou adobes que serviro para erguer as paredes das latrinas. Eles so sempre o resultado da juno, em propores prprias, de terra e gua que, com o recurso a uma forma se produzem de acordo com a necessidade.

    Esta tarefa vai consistir em mostrar s crianas da sua escola como se fabricam os blocos de barro ou adobes e finalmente, como se erguem as latrinas. Conte com os seus conhecimentos prticos, neste sentido, para levar a bom porto esta tarefa.

    Tome, como bom exemplo, as famlias que tenham construdo as suas casas de adobes e latrinas, se possvel. Tenha como exemplo tambm, os balnerios da escola ou da casa dos professores. Calcule o dinheiro que ter custado e mostre a possibilidade de se construir uma latrina para fins iguais, mas sem custos de material (a custo zero).

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    3. Sugestes metodolgicas

    Antes do incio da sua aula, saia com a sua turma e visitem a latrina da escola ou os balnerios. (10 min.)

    Pea-lhes para listar as diferenas entre uma latrina da escola e uma latrina domstica. (5 min.)

    Pea-lhes para desenhar uma latrina domstica usando material local. (15min.)

    Facilite a discusso sobre os diferentes materiais que podem ser usados na construo das latrinas nas casas de famlias, e como uma famlia poderia, gradualmente, melhorar estas latrinas, com o tempo. Faa, no quadro, um inventrio dos diferentes materiais que as famlias das crianas ou das aldeias usaro para construir as latrinas. (10 min.)

    Tirem concluses preliminares. Divida a turma em grupos, por vizinhana, que procurem pelas latrinas ou algum que esteja a fabricar blocos para uma visita na aula seguinte.

    Leve os seus alunos a imaginarem uma comunidade com uma rede completa de latrinas (uma latrina por cada famlia...!).

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    SANEAMENTO 5.2 ____________________________________________________________________________________

    Construir blocos (adobes) para latrinas

    1. Objectivos No final da aula os alunos sero capazes de:

    Assinalar os diferentes passos para construir um latrina.

    Reconhecer a importncia das latrinas em casa e na escola.

    Assinalar a importncia da cooperao na famlia e na comunidade na construo de latrinas

    2. Introduo Para a efectivao de uma obra importante ter em conta o material a aplicar. Falando de latrinas, deve-se ter em conta o recurso a material local, mas completamente local, isto para podermos proporcionar a mesma oportunidade a todos os habitantes da comunidade que pretendemos atingir. O nosso pas, felizmente, oferece condies que permitem a fabricao de blocos de barro ou adobes que serviro para erguer as paredes das latrinas. Eles so sempre o resultado da juno, em propores prprias, de terra e gua que com o recurso a uma forma se produzem de acordo com a necessidade. Esta tarefa vai consistir em mostrar s crianas da sua escola como se fabricam os blocos de barro ou adobes e, finalmente, como se erguem

    as latrinas. Conte com os seus conhecimentos prticos neste sentido para levar a bom termo esta tarefa. Tome, como bom exemplo, as famlias que tenham construdo as suas casas de adobes e latrinas, se possvel. Tenha como exemplo, tambm, os balnerios da escola ou da casa dos professores. Calcule o dinheiro que ter custado e mostre a possibilidade de se construir uma latrina para fins iguais, mas sem custos de material (a custo 0 - zero).

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    Leve a imaginao dos seus alunos a pensar numa comunidade

    com uma rede completa de latrinas (uma latrina por cada famlia...!). 3. Sugestes metodolgicas

    Identifique entre os grupos qual ter conseguido encontrar uma latrina ou algum a fabricar adobes.

    Leve a sua turma para junto desta pessoa na comunidade.

    Solicite do senhor/a explicaes