7
7/17/2019 Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki http://slidepdf.com/reader/full/infancia-e-educacao-inclusiva-como-direitos-de-todos-elsa-midori-shimazaki 1/7 Infância e Educação Inclusiva como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki (Professora da Universidade ederal de Marin!"# $enilson %os& Mene!assi (Professora da Universidade ederal de Marin!"# 'onsideraçes iniciais ) hist*ria da Educação no +rasil mostra ,ue as escolas não t-m dado conta de efetivar a função de ensinar os conte.dos cient/0cos1 a cultura e as artes a todos os alunos ,ue adentram no sistema escolar2 'om as transformaçes ocorridas na forma de tra3alho1 fez4se necess"rio ,ue a 5o5ulação fosse escolarizada e1 com isso1 inau!ura4se o discurso da democratização da educação2 Por seu turno1 essa democratização 5ossi3ilitou 6s camadas 5o5ulares maiores condiçes de acesso 6 escola2 Todavia1 esta não se 5re5arou 5ara rece3er e ensinar em função da diversidade de alunos ,ue nela adentraram1 considerando ,ue estes a5resentavam culturas e interesses diferentes da,ueles 5ro5ostos 5elo sistema escolar2 7o8e1 os dados a5resentados 5elas avaliaçes nacionais (htt59::ide32ine52!ov23r:# e internacionais (htt59::;;;2oecd2or!:5isa:# em !rande escala1 e 5or outras formas de avaliação institucional1 a5ontam ,ue a maioria das crianças 5ossui acesso 6 escola e nela 5ermanece1 no entanto não se est" a5ro5riando devidamente dos conte.dos escolares1 como da leitura1 da escrita e das ,uatro o5eraçes matem"ticas2 )s escolas não t-m dado conta de ensinar a todos2 <este te=to1 tratamos dos diferentes ,ue fazem 5arte da 5o5ulação escolar1 conhecidos atualmente como indiv/duos com diversidade2 Esse !ru5o de alunos & com5osto 5elas 5essoas com de0ci-ncia1 com transtornos !lo3ais de desenvolvimento1 5elos remanescentes de ,uilom3olas1 5elos moradores das reservas ind/!enas1 5elas 5essoas ,ue moram e estudam no cam5o1 5ela 5o5ulação ri3eirinha1 das "!uas e 5elas 5essoas 3il/n!ues2 Essa 5o5ulação1 es5ecialmente a criança1 est" sendo e=clu/da do conhecimento escolar1 o ,ue ocasiona o acirramento das discusses so3re a inclusão escolar de todos2 Para esse de3ate e re>e=ão1 na se,u-ncia1 a5resentamos a de0nição de educação e infância1 assim como tratamos da inclusão das 5essoas com necessidades educacionais es5eciais no sistema escolar 3rasileiro atual2 Educação e infância <a 5ers5ectiva hist*rico4cultural1 considera4se ,ue ?educação@ & ?A222B in>u-ncia e intervenção 5lane8adas1 com o38etivos 5remeditados e conscientes1 nos 5rocessos de crescimento natural do or!anismo@ (CFTSG1 H1 52 JJ#2 Dessa forma1 a função da escola & intervir no desenvolvimento dos su8eitos 5or meio do 5rocesso de ensino e a5rendiza!em1 5or,ue a a5rendiza!em1 na visão de CK!otskK (H#1 5romove o desenvolvimento2 <essa 5ers5ectiva1 a a5rendiza!em não & es5ontânea1 e uma das funçes da escola & realizar a mediação 5ara ,ue tal 5rocesso se efetive2 L a criança no ciclo de alfa3etização Saviani (HJ# a0rma1 5or sua vez1 ,ue ca3e 6 escola ensinar o conte.do cl"ssico1 conte.dos ,ue a8udarão o homem a tornar4se melhor2 Para Saviani (HJ#1 ?cl"ssico@ & tudo a,uilo ,ue resiste1 ,ue se 0rma com o tem5o e & fundamental1 não devendo ser confundido com ?tradicional@2 Esse conte.do deve ser ensinado a todosN 5ortanto1 n*s1 5rofessores1 3uscamos mecanismos e encaminhamentos 5ara ,ue todas as crianças se a5ro5riem desse conhecimento 5ara o desenvolvimento das funçes 5s/,uicas su5eriores1 ,ue1 5ara CK!otskK (HL#1 são a lin!ua!em1 a escrita1 o racioc/nio l*!ico1 a mem*ria1 a a3stração1 a atenção1 o desenho e a 5erce5ção2 Para tanto1 & 5reciso ,ue1 dentre outras necessidades1 reconheçamos e consideremos a infância como direito e condição essencial1 tenhamos claro o conceito de criança e de diversidade2 ) 5artir de então1 tra3alharemos 5ara ,ue todas as crianças a5rendam os conte.dos escolares1 inde5endentemente do !ru5o social de ,ue façam 5arte2 ) 5o5ulação 3rasileira & caracterizada 5elas diferenças e1 muitas vezes1 elas são utilizadas 5ara 8usti0car as desi!ualdades de acesso aos direitos1 dentre eles a educação2 'omo 8" defendemos1 &

Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

7/17/2019 Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

http://slidepdf.com/reader/full/infancia-e-educacao-inclusiva-como-direitos-de-todos-elsa-midori-shimazaki 1/7

Infância e Educação Inclusiva como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki (Professora daUniversidade ederal de Marin!"# $enilson %os& Mene!assi (Professora da Universidadeederal de Marin!"# 'onsideraçes iniciais ) hist*ria da Educação no +rasil mostra ,ue asescolas não t-m dado conta de efetivar a função de ensinar os conte.dos cient/0cos1 acultura e as artes a todos os alunos ,ue adentram no sistema escolar2 'om as

transformaçes ocorridas na forma de tra3alho1 fez4se necess"rio ,ue a 5o5ulação fosseescolarizada e1 com isso1 inau!ura4se o discurso da democratização da educação2 Por seuturno1 essa democratização 5ossi3ilitou 6s camadas 5o5ulares maiores condiçes deacesso 6 escola2 Todavia1 esta não se 5re5arou 5ara rece3er e ensinar em função dadiversidade de alunos ,ue nela adentraram1 considerando ,ue estes a5resentavamculturas e interesses diferentes da,ueles 5ro5ostos 5elo sistema escolar2 7o8e1 os dadosa5resentados 5elas avaliaçes nacionais (htt59::ide32ine52!ov23r:# e internacionais(htt59::;;;2oecd2or!:5isa:# em !rande escala1 e 5or outras formas de avaliaçãoinstitucional1 a5ontam ,ue a maioria das crianças 5ossui acesso 6 escola e nela5ermanece1 no entanto não se est" a5ro5riando devidamente dos conte.dos escolares1

como da leitura1 da escrita e das ,uatro o5eraçes matem"ticas2 )s escolas não t-m dadoconta de ensinar a todos2 <este te=to1 tratamos dos diferentes ,ue fazem 5arte da5o5ulação escolar1 conhecidos atualmente como indiv/duos com diversidade2 Esse !ru5ode alunos & com5osto 5elas 5essoas com de0ci-ncia1 com transtornos !lo3ais dedesenvolvimento1 5elos remanescentes de ,uilom3olas1 5elos moradores das reservasind/!enas1 5elas 5essoas ,ue moram e estudam no cam5o1 5ela 5o5ulação ri3eirinha1 das"!uas e 5elas 5essoas 3il/n!ues2 Essa 5o5ulação1 es5ecialmente a criança1 est" sendoe=clu/da do conhecimento escolar1 o ,ue ocasiona o acirramento das discusses so3re ainclusão escolar de todos2 Para esse de3ate e re>e=ão1 na se,u-ncia1 a5resentamos ade0nição de educação e infância1 assim como tratamos da inclusão das 5essoas com

necessidades educacionais es5eciais no sistema escolar 3rasileiro atual2 Educação einfância <a 5ers5ectiva hist*rico4cultural1 considera4se ,ue ?educação@ & ?A222B in>u-ncia eintervenção 5lane8adas1 com o38etivos 5remeditados e conscientes1 nos 5rocessos decrescimento natural do or!anismo@ (CFTSG1 H1 52 JJ#2 Dessa forma1 a função daescola & intervir no desenvolvimento dos su8eitos 5or meio do 5rocesso de ensino ea5rendiza!em1 5or,ue a a5rendiza!em1 na visão de CK!otskK (H#1 5romove odesenvolvimento2 <essa 5ers5ectiva1 a a5rendiza!em não & es5ontânea1 e uma dasfunçes da escola & realizar a mediação 5ara ,ue tal 5rocesso se efetive2 L a criança nociclo de alfa3etização Saviani (HJ# a0rma1 5or sua vez1 ,ue ca3e 6 escola ensinar oconte.do cl"ssico1 conte.dos ,ue a8udarão o homem a tornar4se melhor2 Para Saviani

(HJ#1 ?cl"ssico@ & tudo a,uilo ,ue resiste1 ,ue se 0rma com o tem5o e & fundamental1não devendo ser confundido com ?tradicional@2 Esse conte.do deve ser ensinado a todosN5ortanto1 n*s1 5rofessores1 3uscamos mecanismos e encaminhamentos 5ara ,ue todas ascrianças se a5ro5riem desse conhecimento 5ara o desenvolvimento das funçes 5s/,uicassu5eriores1 ,ue1 5ara CK!otskK (HL#1 são a lin!ua!em1 a escrita1 o racioc/nio l*!ico1 amem*ria1 a a3stração1 a atenção1 o desenho e a 5erce5ção2 Para tanto1 & 5reciso ,ue1dentre outras necessidades1 reconheçamos e consideremos a infância como direito econdição essencial1 tenhamos claro o conceito de criança e de diversidade2 ) 5artir deentão1 tra3alharemos 5ara ,ue todas as crianças a5rendam os conte.dos escolares1inde5endentemente do !ru5o social de ,ue façam 5arte2 ) 5o5ulação 3rasileira &

caracterizada 5elas diferenças e1 muitas vezes1 elas são utilizadas 5ara 8usti0car asdesi!ualdades de acesso aos direitos1 dentre eles a educação2 'omo 8" defendemos1 &

Page 2: Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

7/17/2019 Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

http://slidepdf.com/reader/full/infancia-e-educacao-inclusiva-como-direitos-de-todos-elsa-midori-shimazaki 2/7

necess"rio ,ue todos tenham acesso ao conhecimento escolar1 isto &1 ,ue todos adentremno sistema educacional formal1 tendo o direito 6 a5rendiza!em1 cum5rindo efetivamenteseus 5a5&is de cidadãos atuantes na construção da sociedade2 Isso se efetiva ,uandohouver o ?A222B res5eito 6 di!nidade e aos seus direitos1 levando4se em conta as diferençasindividuais1 sociais1 econOmicas1 culturais1 &tnicas e reli!iosas1 entre outras@ (+$)SI1

HQ1 52 HJ#2 <esse sentido1 & 5reciso ,ue ha8a o res5eito ao 5rocesso de a5rendiza!em edesenvolvimento de cada criança1 reconhecendo4se as diferenças como es5eci0cidadesconstituintes da identidade dos su8eitos2 Toda criança tem direitos 3"sicos R como ali3erdade R1 fundamentais e consa!rados 5or diversas declaraçes1 normas e leisnacionais e internacionais1 5ara asse!urar os direitos 6 infância2 Todavia1 essa 5remissanão foi sem5re reconhecida e1 ao lon!o da 7ist*ria1 ser criança e ter infânciaa5resentaram diferentes entendimentos sociais2 <a hist*ria da humanidade1 a conce5çãode ?infância@ 5assou 5or diversas transformaçes e conce5çes1 ,ue revelavam a formacomo a sociedade se or!anizava1 o modo de 5rodução vi!ente e o desenvolvimento dosestudos na "rea educacional2 )ris (HQ# assinala ,ue1 no s&culo II1 a criança era

conce3ida como um adulto em miniatura e1 5ortanto1 deveria a5render a viver e a secom5ortar como tal2 )inda na sociedade medieval1 a criança 5assou a ser vista comoinocente1 e sua in!enuidade era uma maneira de distração dos adultos9 ?Por suain!enuidade1 !entileza e !raça1 Aa criançaB se tornava uma fonte de distração erela=amento 5ara o adulto1 um sentimento ,ue 5oder/amos chamar de 5a5aricação@2()$IS1 HQ1 52 HLQ#2 Posteriormente a esse 5er/odo1 a criança 5assou a ser vista 5elosadultos como um ser irritante1 como 5essoa inca5az1 ,ue 5recisava da 5roteção dosadultos2 )tualmente1 & ,uase consenso entre os estudiosos da infância conce3er a criançaF 5rimeiro te=to deste 'aderno trata das diferentes conce5çes de infância ao lon!o da7ist*ria2 LQ cade r n o J como um ser hist*rico1 atuante e inte!rado 6s 5r"ticas culturais

do seu !ru5o social2 ) escola1 como instância socialmente or!anizada1 contri3ui 5ara ,uetodas as crianças tenham uma inserção interativa na sociedade1 5or,ue entendemos ,ueas crianças não 5odem ser somente ativas ou 5assivas1 mas sim interativas1 e nasrelaçes inter5essoais com outras 5essoas elas se a5ro5riam1 5roduzem e re5roduzem asociedade a ,ue 5ertencem2 ) escola deve considerar ainda os fatores socioculturais5rimordiais 5ara o 5rocesso de a5ro5riação1 5rodução e re5rodução do conhecimentoescolar1 sendo im5ortante ,ue se considerem1 ?A222B reconheçam e valorizem as diferençase=istentes entre as crianças e1 dessa forma1 3ene0ciem a todas1 no ,ue diz res5eito aoseu desenvolvimento e 6 construção dos seus conhecimentos@ (G$)ME$1 HV1 52 V#2Para reconhecer e conhecer as diferenças e atend-4las1 & 5reciso uma 5r"tica 5eda!*!ica

dinâmica1 com um curr/culo ,ue contem5le a criança em desenvolvimento1 os as5ectos daação mediadora nas inter4relaçes entre a criança1 os 5rofessores e seus familiares1atendendo 6s suas es5eci0cidades no conte=to de conviv-ncia (P$IETF1 JWWJ#2 Essa tarefada escola seria e=ercida 5or todos os educadores2 )s crianças com necessidades es5eciais<este te=to1 o38etivamos discorrer so3re a diversidade e escolhemos1 maises5eci0camente1 os estudantes ,ue ho8e com5em a Educação Es5ecial1 considerando,ue são alunos ,ue fre,uentemente necessitam de atendimento educacionales5ecializado (+$)SI1 JWWN JWHJ#1 e esta modalidade de ensino 5er5assa 5or todos osn/veis de educação e 5elas demais modalidades de ensino 5revistas 5ela educaçãonacional2 Em outros termos1 a educação es5ecial estaria 5resente na Educação Infantil1 na

Educação +"sica e no Ensino Su5erior1 efetivandose em escolas re!ulares ou es5ec/0cas1sem5re ,ue necess"rio2 ) Educação Es5ecial 5ode ainda estar 5resente nas escolas

Page 3: Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

7/17/2019 Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

http://slidepdf.com/reader/full/infancia-e-educacao-inclusiva-como-direitos-de-todos-elsa-midori-shimazaki 3/7

re!ulares1 nas do cam5o1 nas remanescentes de ,uilom3olas1 nas comunidades ind/!enas1nas escolas das "!uas1 en0m1 em todas as escolas onde houver e for 5reciso atendimentoa essas necessidades educacionais es5eciais2 F atendimento educacional es5ecial 6s5essoas com de0ci-ncia e transtornos !lo3ais de desenvolvimento foi institu/do 5ela'onstituição ederal de HQQ1 ,ue1 em seu )rti!o JWL1 de0ne a educação como um direito

de todos e no )rti!o JWQ asse!ura a oferta de atendimento aos alunos 5.3licos daEducação Es5ecial1 5referencialmente na rede re!ular de ensino1 onde t-m direito deacesso 6 escolarização1 direito de i!ualdade de condiçes e 5erman-ncia na escola(+$)SI1 HQQ#2 ) oferta e o 0nanciamento do atendimento educacional es5ecializadoestão 5revistos 5elo Decreto n2o X2LH:JWWQ1 ,ue esta3elece ainda ,ue o atendimentodeve ser tal1 a 0m de com5lementar ou su5lementar a escolarização dos alunos comde0ci-ncia1 com transtornos !lo3ais do desenvolvimento ou com L a criança no ciclo dealfa3etização altas ha3ilidades:su5erdotação2 Esse atendimento deve ser feito 5or meiode recursos e serviços 5eda!*!icos e de acessi3ilidade ,ue eliminem 3arreiras 5ara a5artici5ação e a a5rendiza!em dos alunos nas diferentes eta5as1 n/veis e modalidades de

ensino2 ) $esolução WY:JWW (+$)SI1 JWW# e o Decreto XHH:JWHJ (+$)SI1 JWHJ#a5ontam como ?5essoas com necessidades educacionais es5eciais@ as se!uintes9 )rt2 Y2oPara 0ns destas Diretrizes1 considera4se 5.3lico4alvo do )EE9 I R )lunos com de0ci-ncia9a,ueles ,ue t-m im5edimentos de lon!o 5razo de natureza f/sica1 intelectual1 mental ousensorial2 II R )lunos com transtornos !lo3ais do desenvolvimento9 a,ueles ,uea5resentam um ,uadro de alteraçes no desenvolvimento neuro5sicomotor1com5rometimento nas relaçes sociais1 na comunicação ou estereoti5ias motoras2Incluem4se nessa de0nição alunos com autismo cl"ssico1 s/ndrome de )s5er!er1 s/ndromede $ett1 transtorno desinte!rativo da infância (5sicoses# e transtornos invasivos sem outraes5eci0cação2 III R )lunos com altas ha3ilidades:su5erdotação9 a,ueles ,ue a5resentam

um 5otencial elevado e !rande envolvimento com as "reas do conhecimento humano1isoladas ou com3inadas9 intelectual1 liderança1 5sicomotora1 artes e criatividade2 'omo se5ode ver1 o 5.3lico4alvo da Educação Es5ecial 5ode ser encontrado em todos os n/veis emodalidades de ensino1 em diversas escolas e re!ies do +rasil2 <esse 3o8o de descriçes1& im5ortante destacar ,ue1 no ano de JWHJ1 foi traduzido e editado o ?Manual Dia!n*sticoe Estat/stico de Transtornos Mentais9 DSM4L@1 ,ue utiliza o termo transtorno de es5ectroautista1 doravante TE)1 5ara denominar as 5essoas com autismo cl"ssico1 transtorno!lo3al de desenvolvimento sem outra es5eci0cação1 transtorno desinte!rativo da infânciae s/ndrome de )s5er!er2 ) res5eito da s/ndrome de $ett1 o Manual esclarece ,ue 5essoascom esse transtorno 5odem ser consideradas TE) se 5reencherem os crit&rios

dia!nosticados1 muito comuns na fase re!ressiva1 isto &1 entre H a Y anos de idade2 FManual cita tam3&m como caracter/stica do TE)9 di0culdades 5ersistentes nacomunicação social e interação social em diferentes conte=tosN 5adres restritos ere5etitivos de com5ortamento1 interesse e atividades2 )s 5essoas com TE) 5odem ter ounão com5rometimento intelectual e de lin!ua!em (DSM4L1 JWHY#2 )s 5essoas comnecessidades es5eciais1 inde5endentemente do !ru5o social a ,ue 5ertençam1 onderesidam e:ou ,uais,uer ,ue se8am suas necessidades es5eciais1 devem ter acesso aos3ens cient/0cos e culturais 5roduzidos 5ela humanidade e inserção nas mais diversi0cadas5r"ticas sociais1 sem discriminação de es5&cie al!uma2 E a inclusão dessas crianças nasescolas re!ulares tem 5a5el im5ortante na sua inte!ração social2 )ranha (JWHH# assevera

,ue a inclusão se fundamenta em uma 0loso0a ,ue reconhece e aceita a diversidade navida em sociedade2 )o !arantir o acesso de todos 6s diferentes o5ortunidades1

Page 4: Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

7/17/2019 Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

http://slidepdf.com/reader/full/infancia-e-educacao-inclusiva-como-direitos-de-todos-elsa-midori-shimazaki 4/7

inde5endentemente das 5eculiaridades de cada su8eito ou !ru5o social1 estamosinstrumentalizando4os ao e=erc/cio da cidadania2 XW cade r n o J ) se!uir1 o relato da5rofessora %anete )5arecida uidi1 de Sarandi4Paran"1 da Escola Munici5al Machado de)ssis1 so3re uma atividade tra3alhada com aluno do V2o ano do ensino re!ular1 ilustra talti5o de ação2

) maioria dos meus alunos são 0lhos de 5essoas desem5re!adas ,ue fazem al!umserviço tem5or"rio1 ,uando a5arece2 F desem5re!o & maior entre os homens1 5ois asmulheres tra3alham como em5re!adas1 mas a maioria não rece3e o sal"rio m/nimo 5elom-s de tra3alho2 ) falta de ocu5ação faz com ,ue os 5ais dei=em a cidade e 3us,uemtra3alho em outros munic/5ios e com isso tenho a metade dos alunos ,ue não moram comnenhum de seus !enitores2 Eles moram e são educados 5elos avOs1 tios1 5adrinhos ououtras 5essoas2 Em minha turma eu tenho um aluno com transtornos !lo3ais dedesenvolvimento1 ,ue est" em fase de alfa3etização2 Tenho tam3&m duas crianças ,ueforam encaminhadas 5elo conselho tutelar1 5ois eram moradoras de rua2 Tive ainda nesseano1 uma criança ,ue era do circo2 Cou contar a e=5eri-ncia ,ue tivemos com o uso dareceita culin"ria2 ) ideia sur!iu no dia em ,ue foi servido sandu/che no hor"rio damerenda2 'omecei a 5er!untar se eles sa3iam de ,ue era feito o 5ão2 Solicitei ,ue5er!untassem 6 fam/lia os in!redientes necess"rios 5ara fazer o 5ão e trou=essem umareceita2 <o dia se!uinte1 a maioria dos alunos trou=e receita de 5ão ou de 3olo2Ceri0camos ,ue o in!rediente comum a todas as receitas era a farinha de tri!o2 Iniciamosa intervenção 5er!untando se conheciam a farinha1 sua cor1 te=tura e se sa3iam como elache!ava 6s casas2 ) res5osta foi ,ue era de um su5ermercado2 F aluno com TE) disse9?mas antes dos mercados ela est" nos 5&s de tri!o@2 )o 5er!untar como & o ?5& de tri!o@1

um dos alunos res5ondeu ,ue era como o desenho ,ue tinha na i!re8a2 Futro nos5er!untou 5or ,ue o ?tri!o 0cava na i!re8a@2 E=5licamos ,ue o tri!o & o s/m3olo do cor5oe do alimento2 Per!untei se sa3iam como era o 5rocesso ,ue vai do 5lantio do tri!o 6transformação em farinha2 F3tivemos como res5osta9 ?5recisa 5lantar1 colher e entre!arna coo5erativa@2 F aluno ,ue res5ondeu assim mora na zona rural1 onde os 5ais sãoem5re!ados2 E=5li,uei aos alunos ,ue1 5ara 5lantar1 a terra deve ser 5re5arada ecuidada2 alei ,ue cada cultura tem seu 5er/odo de 5lantio e colheita2 Zuando a5resenteium v/deo so3re a colheita do tri!o1 a criança circense falou ,ue a colheita nem sem5re erafeita com m",uinas1 ,ue 5odia ser feita com animais e ,ue o trans5orte não era feito comcaminhão2 izemos 5es,uisas1 em 5e,uenos !ru5os1 das diferentes formas de tra3alho no

cam5o2 E=5li,uei1 tam3&m1 o 5rocesso de industrialização e do com&rcio at& a farinhache!ar 6s casas2 F aluno com TE) concluiu9 ?A222B 6s vezes vai 5rimeiro 5ara o atacadista ede5ois 5ara o mercado e de5ois vai 5ra casa da !ente1 5ra 5adaria e 5ra XH a criança nociclo de alfa3etização todos os lu!ares@2 em3ramos ,ue nesse 5rocesso detransformação muitas 5essoas tra3alham e discutimos v"rias ocu5açes 5ro0ssionais2)5*s esse estudo1 ,ue foi efetivado durante duas semanas1 co5iamos as receitas e ase=ecutamos na cozinha da escola2 Para fazer os 5ães tivemos ,ue do3rar a receita1 umavez ,ue t/nhamos JJ alunos2 izemos isso com os alunos e re!istramos no caderno2Se5arados os in!redientes1 solicitei ,ue lessem nas em3ala!ens o nome do 5roduto1 olocal de fa3ricação1 a data de validade1 o 5eso1 o valor nutritivo2 Solicitamos ,ue vissem o

formato das em3ala!ens e as cores ,ue com5unham as em3ala!ens2 <o momento defazer a receita1 os alunos mediram1 amassaram1 modelaram e assaram seus 5ãezinhos2

Page 5: Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

7/17/2019 Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

http://slidepdf.com/reader/full/infancia-e-educacao-inclusiva-como-direitos-de-todos-elsa-midori-shimazaki 5/7

Posteriormente1 solicitei aos alunos ,ue 0zessem levantamento de 5reços dosin!redientes nos mercados 5r*=imos a casa ou em 5an>etos de mercado2 Ceri0,uei a,uantia !asta 5ara fazer os 5ães e o ,uanto !astar/amos se tiv&ssemos feito outrasreceitas2 Para encerrar a atividade1 ela3oramos um te=to coletivo1 no ,ual os alunosrevelaram o conhecimento de ,ue se tinham a5ro5riado e o 5razer em tra3alhar com a

atividade2

F relato da 5rofessora %anete revela os conceitos ,ue os alunos 8" t-m ela3orado nas maisdiferentes interaçes em seu cotidiano so3re o assunto2 )ssim como a relatora dae=5eri-ncia1 os 5rofessores 5odem 5artir dos conhecimentos ,ue os alunos 8" t-m 5araformar novos conceitos aceitos como cient/0cos2 F relato mostra1 al&m da 5ossi3ilidade deuma intervenção diferenciada1 ,ue & 5oss/vel tra3alhar em uma mesma sala todos osalunos ,ue adentram a escola2 ) esse res5eito1 Prieto (JWWJ# ale!a ,ue a inclusão escolare social 5recisa ser com5reendida como educação de ,ualidade 5ara todos1 e nãosomente como acesso de alunos com necessidades educacionais es5eciais na rede re!ularde ensino2 Para ,ue todos tenham a educação de ,ualidade1 são necess"rias 5ol/ticas e5lanos de e=ecução 5ara o enfrentamento das di0culdades sociais e o acesso aos 3ens eserviços 5.3licos2 undamentados em Prieto (JWWJ#1 defendemos ,ue1 5ara a resoluçãodos 5ro3lemas educacionais1 são im5rescind/veis novos olhares e diferentes 5ers5ectivasacerca da,ueles 8" vi!entes h" d&cadas na educação 3rasileira2 Para resolver esses5ro3lemas tão anti!os e arrai!ados1 são necess"rias mudanças no sistema educacional1 a0m de atender 6s necessidades es5ec/0cas1 interesses e ha3ilidades de cada aluno2 Essaseria a escola inclusiva1 a,uela ,ue 5romove a o5ortunidade de XJ cade r n o J conv/viocom todas as 5essoas1 um es5aço acolhedor 5ara todo ti5o de crianças e 8ovens ,ue a

5rocurem2 ) $esolução WY:JWW (+$)SI1 JWW# e o Decreto XHH:JWHJ (+$)SI1 JWHJ#conceituam a classe re!ular das escolas como l*cus de atendimento 6s 5essoas comnecessidades educacionais es5eciais e esta3elece ,ue a educação oferecida nesse es5açoseria com5lementada ou im5lementada em sala de recursos multifuncional2 Essas salas15or sua vez1 são es5aços criados e efetivados 5elo overno ederal 5ara atendimento dasnecessidades educacionais es5eciais das 5essoas1 a 0m de favorecer a sua a5rendiza!em2Para ,ue as 5essoas a5rendam1 são utilizados recursos da tecnolo!ia assistiva1 tais como9comunicação alternativa am5liada1 acessi3ilidade ao com5utador1 materiais ada5tados1/n!ua +rasileira de Sinais1 si!n;ritin! 1 entre outros1 5ara ,ue todos realmente e=erçamo direito de a5rendiza!em2 Portanto9 Tecnolo!ia )ssistiva & uma "rea do conhecimento1 de

caracter/stica interdisci5linar1 ,ue en!lo3a 5rodutos1 recursos1 metodolo!ias1 estrat&!ias15r"ticas e serviços ,ue o38etivam 5romover a funcionalidade1 relacionada 6 atividade e5artici5ação de 5essoas com de0ci-ncia1 inca5acidades ou mo3ilidade reduzida1 visandosua autonomia1 inde5end-ncia1 ,ualidade de vida e inclusão social2 (+$)SI1 JWWX1 52 H#Sa3emos ,ue as salas de recursos t-m au=iliado a escola em uma das suas funçes1 ,ue &a de fazer com ,ue todas as 5essoas se a5ro5riem do conte.do escolar1 mas somenteelas não 3astamN & 5reciso ,ue a 5r"tica 5eda!*!ica este8a coerente com o n/vel dedesenvolvimento e as necessidades de cada aluno1 e ,ue as atividades 5ro5ostas osdesa0em1 5ara ,ue ha8a crescimento durante o 5rocesso de ensino e a5rendiza!em1 5ois1a5esar das di0culdades advindas das necessidades educacionais es5eciais1 as funçes

mentais (CK!otskK1 JWWY# não estão todas com5rometidas de forma i!ual2 [ necess"riocriar caminhos e 5rocedimentos alternativos e1 como 8" mencionamos1 a tecnolo!ia

Page 6: Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

7/17/2019 Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

http://slidepdf.com/reader/full/infancia-e-educacao-inclusiva-como-direitos-de-todos-elsa-midori-shimazaki 6/7

assistiva & um dos meios 5ara isso1 considerando1 tam3&m1 a formação docente nessa5ers5ectiva2 ) atenção1 a 5erce5ção e a mem*ria das crianças trazem um olhar1 um ouvir1um sentir1 em uma forma de rece5ção e res5ostas diferenciadas2 ) 5essoa comnecessidades educacionais es5eciais tem 5otencial ,ue 5ode ser desenvolvido2 So3re essatem"tica1 uria (HQ#1 ao discorrer so3re o tra3alho de CK!otskK com as 5essoas

es5eciais1 a0rma ,ue este concentrou9 a sua atenção nas ha3ilidades ,ue essas 5essoastinham1 ha3ilidades essas ,ue 5oderiam formar a 3ase 5ara o desenvolvimento de suasca5acidades inte!rais2 A222B 'onsistente em seu modo !lo3al de estudo1 re8eitava asdescriçes sim5lesmente ,uantitativas das crianças1 em termos de traços 5sicol*!icosunidimensionais re>etidos nos resultados dos testes2 Em vez disso1 5referia con0ar nasdescriçes ,uantitativas de or!anização es5ecial de seus com5ortamentos (U$I)1 HQ152 VY#2 F ensino direcionado 6s 5essoas com necessidades es5eciais o38etiva odesenvolvimento de suas ca5acidades e de seus talentosN s* assim & 5oss/vel es5erar Sistema de escrita ,ue re5resenta !ra0camente a l/n!uas de sinais1 criado 5or CalerieSutton 2 Ela e=5ressa1 5or meio de em3lemas visuais as notaçes da i3ras (con0!uração

de mão1 5onto de articulação1 movimento1 direção1 e=5ressão de face e movimentocor5oral#2 XV a criança no ciclo de alfa3etização ,ue ocorram mudanças ,ualitativas noatual ,uadro educacional dessa 5arcela de estudantes2 Fs talentos e as 5otencialidadesvariam de 5essoa 5ara 5essoa1 5or isso 5recisamos 3uscar as 5ossi3ilidades diversas detra3alho1 uma forma de transcender as necessidades ,ue demonstram a5resentar1 5aralhes 5ermitir1 inclusive1 desco3rir seus 5r*5rios 5otenciais2 <ão nos resta d.vida de ,ue aeducação destinada a essas 5essoas seria fundamentada em dados ,ue demonstrem o,ue se 5ode fazer se forem oferecidas as condiçes 5eda!*!icas ade,uadas2 Para isso1v"rios as5ectos são envolvidos2 F desenvolvimento da 5essoa ocorre 5or meio damediação efetivada 5or instrumentos1 si!nos e açes humanas ,ue valorizem os 5ontos

5ositivos dos alunos1 mais salientes ao seu desenvolvimento2 Para o tra3alho com aeducação es5ecial1 o 5rocesso de mediação & feito 5or instrumentos ,ue são asferramentas 5ro8etadas 5ara as tarefas es5ec/0cas ,ue au=iliam a ação do homem2 Dentreesses instrumentos1 estão os si!nos1 ferramentas ver3ais e não ver3ais (CFTSG1JWWY#2 Tanto as escolas es5eciais ,uanto as escolas comuns 5odem desenvolver1 5or meiode atividades escolares1 as funçes su5eriores (a lin!ua!em1 a escrita1 o racioc/nio l*!ico1a mem*ria1 a a3stração1 a atenção1 o desenho e a 5erce5ção R CFTSG1 JWWY#1 5oisessas ca5acidades descritas não nascem naturalmente com as 5essoas1 mas sãodesenvolvidas em mediaçes sociais1 como & o caso da escola e seus 5rofessores1mediadores em ess-ncia2 )s caracter/sticas individuais de5endem da interação com o

outro2 )o considerarmos as necessidades das 5essoas com necessidades es5eciais1estamos contem5lando as de ,ual,uer outra criança1 5or,ue todas 5recisam de afeto1mediação1 interação1 atenção e educação2 )s 5essoas com5reendem e se e=5ressammelhor se lhes forem oferecidas o5ortunidades 5ara a5rimorar a res5iração1 a articulaçãode fonemas1 os sons das letras1 a !ra0a das letras e as atividades ,ue am5liem seuvoca3ul"rio1 com com5reensão conte=tual1 sem5re a 5artir do 5rinc/5io da mediaçãoescolar2 )s 5essoas com necessidades educacionais es5eciais se alfa3etizam e constituemseus letramentos sociais2 Todavia1 & im5ortante oferecer4lhes mediaçes ,ue su5ram asdi0culdades9 estar atento 5ara as 5ossi3ilidades de a5rendiza!emN acessar outras vias dedesenvolvimentoN utilizar outras formas de lin!ua!em1 sem5re ,ue necess"rio2 Todas as

5essoas 5odem a5render a ler e a escrever e a usar essa a5rendiza!em em suas 5r"ticassociais1 mas1 5ara ,ue isso se efetive1 3uscamos alternativas 5eda!*!icas 5ara ensinar

Page 7: Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

7/17/2019 Infância e Educação Inclusiva Como Direitos de Todos Elsa Midori Shimazaki

http://slidepdf.com/reader/full/infancia-e-educacao-inclusiva-como-direitos-de-todos-elsa-midori-shimazaki 7/7

todas as 5essoas1 de acordo com o entendimento ,ue se tem do ,ue se8a a alfa3etizaçãoe o letramento na educação es5ecial2 ) se!uir1 a5resentamos e=em5lo de uma atividade,ue foi utilizada no 5rocesso de alfa3etização 5ela 5rofessora izele )5arecida $i3eiro)lencar1 da )ssociação de )utistas de Marin!"1 na 3usca 5or 5romover um ensino de,ualidade aos estudantes da Educação Es5ecial2

F uso do 5icto!rama associado 6 escrita a8uda no 5rocesso de a5ro5riação da escrita15or,ue os alunos verão letras e ima!ens e1 ao se5arar as 5alavras em 5artes1 5oderãofazer a an"lise e a s/ntese2 Tal atividade1 5ortanto1 estimula a re>e=ão dos estudantes1levando4os a desenvolver estrat&!ias de a5rendiza!em da escrita2 Por outro lado1 ainfância & um direito de todos2 )creditamos ,ue a escola re!ular & um es5aço onde se5ode efetivar a a5rendiza!em da leitura e da escrita 5or todos ,ue l" este8am inseridos1incluindo a,ueles com necessidades es5eciais2 Mas1 5ara ,ue isso aconteça1 & necess"rio1se!undo Prieto (JWWY#1 ,ue a escola se8a um es5aço democr"tico1 destinado a todos osti5os de crianças e 8ovens2 Para tanto1 de acordo com a autora1 & necess"ria umamudança na estrutura escolar1 no ,ue se refere 6 5ro5osta 5eda!*!ica e 6 avaliação1incluindo4se a,ui o 5a5el do 5rofessor como mediador na a5ro5riação dos conte.dos edemais 5rocessos ,ue envolvem o acesso aos diferentes conhecimentos2 'ontudo1 &5reciso tam3&m ,ue a formação do 5rofessor se8a alicerçada em 3ases cient/0cas1culturais e est&ticas1 com com5reensão da diversidade 5resente no cotidiano2'onsideraçes 0nais <ossa 5rinci5al consideração neste te=to & de ,ue n*s1 oseducadores em 5otencial1 diretamente li!ados aos alunos a,ui descritos1 es5ecialmenteos 5rofessores alfa3etizadores1 com5reendamos o 5a5el da alfa3etização e do letramentona vida de nossos educandos1 uma vez ,ue tais as5ectos estendem4se 6s suas vidas

sociais1 não 0cando li!ados a5enas 6 escola2 Para a tal com5reensão1 o 5rofessor1 assimcomo os demais 5ro0ssionais ,ue atuam na Educação1 5recisam 3uscar conhecimentoso3re o assunto1 5or meio de leituras individuais1 estudos orientados1 trocas dee=5eri-ncias1 discusses e cursos de ca5acitação2 )l&m disso1 defendemos a com5reensãode o ,uão im5ortante & educar1 levando4se em conta o conte=to dos alunos e as situaçessociais em ,ue os conte.dos escolares 5odem ser utilizados1 a 0m de ,ue a escola dei=ede ser cercada 5or muros ,ue a se5aram da vida fora dela2 )creditamos ,ue a escola5ossa fazer sentido e se8a vivida como uma e=5eri-ncia ,ue leve1 efetivamente1 oeducando 6 sua emanci5ação1 tornando4se um cidadão1 um su8eito 5leno de deveres edireitos1 ,ue são socialmente constitu/dos e democraticamente desenvolvidos2