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Infecções pele e tecidos moles 1. Etiologia e patogénese das principais infecções dos tecidos moles

Infecções pele e tecidos moles 1. Etiologia e patogénese das principais infecções dos tecidos moles

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Page 1: Infecções pele e tecidos moles 1. Etiologia e patogénese das principais infecções dos tecidos moles

Infecções pele e tecidos moles

1. Etiologia e patogénese das principais infecções dos tecidos moles

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Infecções microbianas da pele

• Solução de continuidade – penetração a partir do exterior

• Manifestação na pele de uma doença sistémica

• Alteração da pele mediada por toxinas microbianas produzidas noutro local do corpo

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Infecções pele e tecidos moles• Impétigo (St. pyogenes e ou S.aureus,) epiderme• Erisipela (St. pyogenes) derme• Foliculite (S.aureus, Candida)• Furúnculo (S.aureus)• Celulite (St. pyogenes, S.aureus,) subcutânea• Fasceíte necrosante, gangrena (St. pyogenes, mistas)• Abcessos (S.aureus, mistas, anaeróbios, Clostridium tetani)• Gangrena (Clostridium perfringens e outros Clostridia)• Local cirurgico (S.aureus, Bacilos gram negativos – E.coli,

Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa)

Folículo piloso

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Infecções pele e tecidos moles

2. Discutir as estratégias de colheita e acondicionamento de produtos para exame microbiológico.

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Normas de colheita• Descontaminar a pele ou os

bordos da ferida com àgua e sabão e àlcool a 70º

• Aspirar o material purulento da profundidade da ferida ou abcesso com agulha e seringa

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• Colheita com zaragatoa com meio de transporte– o mais profundo possível– afastar bordos da ferida

Normas de colheita

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• Transporte– Enviar seringa com agulha devidamente

tapada (anaeróbios)– Tubo seco estéril– Zaragatoa com meio de transporte

• Identificação correcta dos tubos• Requisição acompanhante - descriminar o

local da colheita

Normas de colheita

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• Colher o pús sempre que possível com seringa após correcta assépsia da pele, em alternativa com zaragatoa estéril com meio de transporte

• Enviar ao Laboratório, com rapidez

Normas de colheita

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Infecções pele e tecidos moles

3. Discutir o processamento laboratorial de amostras de exsudado purulento

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Diagnóstico bacteriológico Infecção

piogénica• Colheita do pús

• Elaboração de um Gram

• Sementeira:

•Gelose sangue

•MacConkey

•Manitol salgado

Meio líquido – Brain heart infusion

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Identificação•Coloração de Gram

•Morfologia das colónias

•Teste da Catalase - Peróxido de hidrogénio a 3%

•Teste da coagulase

•DNAse

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Antibiograma

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Testes de difusão - Método de Kirby-BauerEtapa por Etapa

• Preparação do inóculoEscala de MacFarland Turvação padrão de 0,5 (1,5x108 UFC/ml)• Padronização do inóculo

• Inoculação da Placa de Cultura (Mueller Hinton, MH sg, HTM, CG)

• Aplicação dos discos Placa de 150mm – máximo 12 discosPlaca de 100mm – máximo 5 discos

• Incubação35ºC 18 a 24h S.pneumoniae, Neisseria, Haemophilus spp – 5 a 10 % de CO2

• LeituraLuz directa por cima sem remover a tampaMH com sg remove-se a tampa

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Teste de Susceptibilidade aos Antimicrobianos

Teste de macrodiluição em meio líquido

Método de referência1. Diluições seriadas de antibiótico – 10 tubos2. Inoculação de uma suspensão bacteriana padronizada3. Incubação a 35º C 18h4. Observação da turvação

CMI - mais baixa concentração de AM em ug/ml que inibe o crescimento bacteriano “in vitro”

Testes de microdiluição em meio líquido

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CMI - mais baixa concentração de AM em ug/ml que inibe o crescimento bacteriano “in vitro”

Teste de macrodiluição em meio líquido

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Teste de Susceptibilidade aos Antimicrobianos

Testes de difusão (Kirby-Bauer)1. Suspensão bacteriana padronizada é semeada em meio sólido2. Colocação discos de papel impregnados com AM3. Incubação4. Medição dos halos de inibição do crescimento5. Resultados S/R/I

Tamanho halo inversamente proporcional à CIM

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Teste de Susceptibilidade aos Antimicrobianos

Teste de gradiente de difusão

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Condições de incubação•Temperatura (35º-37º)

Identificar a placa:• Produto (Pus)• Nome estudante (Isabel)• Data (09-10-07)• Nº turma (turma 3)

Por quadrantes ou em roseta

Sementeira em meio sólido (placa)

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Coloração de gram1. Fazer um esfregaço fino e deixar secar ao ar. 2. Fixar passando a lâmina 3 a 4 vezes à chama.3. Cobrir com solução de violeta de cristal e esperar 1

minuto.4. Lavar com água destilada ou tampão (tb pode ser água

corrente).5. Cobrir o esfregaço com lugol e esperar 30s a 1min.6. Lavar com água corrente.7. Descorar com álcool-acetona até não sair mais corante.8. Lavar com água corrente.9. Cobrir com safranina ou outro corante de contra-

coloração (fucsina diluída) e esperar 1 minuto.10. Lavar com água corrente.11. Colocar a lâmina inclinada para escorrer a água e deixar

secar.

Bactérias Gram+ coram de roxo escuro Bactérias Gram- coram de vermelho

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Provas de identificaçãoProvas de identificação

Prova de DNase em Staphylococcus aureus

Prova da DNase em Staphylococcus

coagulase-negativo

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Infecções causadas por Staphylococcus aureus

Impétigo (invasão da epiderme)Foliculite (infecção no folículo piloso) Celulites – Invasão do tecido celular sub-cutâneoBacteriémia (apesar de transitoriamente poder colonizar a

circulação sanguínea é rapidamente destruído em 99% dos casos)

Pneumonia: pode ocorrer por aspiração de secreções orais ou por disseminação hematogénica

SepticemiaEndocarditeOsteomieliteArtite séptica

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Doenças mediadas por toxinas

Síndrome da pele escaldada (toxina exfoliativa)

Síndrome do choque tóxico (TSST-1)

Intoxicação alimentar (enterotoxinas)

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Staphylococcus aureus

• 1942 Penicilina-lactamase

• 1950s MeticilinaGene MecA - PBP-2’ Penicillin-binding proteinMRSA (Methicillin resistent Staphylococcus aureus)

• 1956 GlicopéptidosResistência de baixo nível á Vancomicina (estirpes VISA ou GISA)

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O Nariz uma fonte subestimada de

Staphylococcus aureus

Colonização nasal

Colonização da pele

Colonização de feridas

Bacteriémias

Reservatório

Colonizaçãotrabalhadores

saúde

Colonização ouinfecção doentes

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Reservatórios

• Ambiente– Pessoal de saúde– Superfícies e o ar

• Flora endógena doente

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PFGEPulsed-Field Gel Electrophoresis

PFGE- gene mecA

Perfil de restrição do DNA total

Consiste no isolamento do DNA total de todas as estirpes, corte com

endonuclease e a separação em gel de agarose. Como esta endonuclease tem

poucos locais de reconhecimento no cromossoma bacteriano, os fragmentos obtidos são de tamanho elevado, logo tem que se usar o PFGE e não uma

electroforese convencional.