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O logotipo do evento, criado pela bióloga- desenhista Mariana Vieira, a partir de foto sub- aquática de nosso sócio Vinicius Padula, simbolicamente abraça a todos os congressistas presentes no XXI EBRAM. Sejam todos bem vindos! Prezados Sócios, É com imensa satisfação que anunciamos a realização do XXI Encontro Brasileiro de Malacologia (XXI EBRAM), que ocorrerá na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no período de 19 a 24 de julho de 2009, nas mesmas conhecidas dependências do Pavilhão João Lira Filho, Campus Maracanã, onde ocorreram os XVIII, XIX e o XX EBRAMs. Este será um evento de extrema importância, pois marcará os 40 anos de nossa Sociedade, pequena em número de sócios mas grande em suas realizações. Devemos observar que também neste ano se comemoram os 200 anos do nascimento de Charles Darwin, cujas idéias mudaram os rumos das Ciências Biológicas em nosso tempo. Assim, tendo em vista a temática Evolução, é que escolhemos, para a confecção de nosso cartaz de divulgação e para a elaboração do logotipo do evento um representante da Classe Cephalopoda, a mais derivada das classes de Mollusca. Nossas atividades se iniciarão no domingo, dia 19, as 16 horas, com a abertura oficial do evento, e as homenagens aos sócios fundadores e aos ex- presidentes. Na ocasião, o Dr. Guilherme Cunha Ribeiro, da Universidade Federal do ABC, São Paulo, proferirá a Conferência Plenária de abertura “A hierarquia da Natureza: da ao conceito de Filogenia”. Dez Conferências Plenárias estão previstas: 1-“Estado do conhecimento sobre a sistemática de Rissooidea no Brasil”, pela Dra. Maria Cristina Pos da Silva; 2- “O gênero no Nordeste do Brasil e seu estudo em ambiente natural” pela Dra. Tatiana da Silva Leite; 3-“Metabólitos secundários em moluscos marinhos: origens e funções, pelo Dr. Roberto G. S. Berlinck; 4- “Aspectos da interação moluscos e helmintos de interesse médico e econômico, com ênfase em ”, pela Dra. Suzana Bencke Amato; 5-“Filogenia de los Nembrothinae (Gastropoda, Scala Naturae Octopus Achatina fulica Rio de Janeiro, Ano 40 nº 167 - 31/03/2009 Editado pela Sociedade Brasileira de Malacologia Periódico Trimestral ISSN 0102-8189 Informativo SBMa S O C I E D A D E B R A S I L E I R A D E M A L A C O L O G I A Strombus goliath Schröter, 1805 FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1969 PALAVRAS DA PRESIDENTE Expediente Presidente Vice-presidente Tesoureira 2ª tesoureira 1ª secretária 2º secretária Editoras do Jornal e-mail: [email protected] Impresso no Lab. de Malacologia/UERJ. Reprodução : Dra. Sonia B. dos Santos ([email protected]) : Dr. Alexandre D. Pimenta ([email protected]) : Msc. Mônica A. Fernandez ([email protected]) : Esp. Aline Carvalho Mattos ([email protected]) : MSc. Daniele Monteiro ([email protected]) : Dra. Silvana C. Thiengo ([email protected]) : MSc. Daniele P. Monteiro Dra. Sonia B. dos Santos Laboratório de Malacologia- PHLC- Sala 525/2 Rua São Francisco Xavier, 524- CEP: 20550-900- RJ Período de referência: jan-mar/2009 Tiragem: 200 exemplares Universidade do Estado do Rio de Janeiro 1 Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

Informativo 167

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Informativo 167

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O logotipo do evento, criado pela bióloga-desenhista Mariana Vieira, a partir de foto sub-aquática de nosso sócio Vinicius Padula,simbolicamente abraça a todos os congressistaspresentes no XXI EBRAM.

Sejam todosbem vindos!

Prezados Sócios,É com imensa satisfação que anunciamos a

realização do XXI Encontro Brasileiro deMalacologia (XXI EBRAM), que ocorrerá naUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, noperíodo de 19 a 24 de julho de 2009, nas mesmasconhecidas dependências do Pavilhão João LiraFilho, Campus Maracanã, onde ocorreram os XVIII,XIX e o XX EBRAMs.

Este será um evento de extrema importância,pois marcará os 40 anos de nossa Sociedade,pequena em número de sócios mas grande em suasrealizações. Devemos observar que também nesteano se comemoram os 200 anos do nascimento deCharles Darwin, cujas idéias mudaram os rumos dasCiências Biológicas em nosso tempo. Assim, tendoem vista a temática Evolução, é que escolhemos,para a confecção de nosso cartaz de divulgação epara a elaboração do logotipo do evento umrepresentante da Classe Cephalopoda, a maisderivada das classes de Mollusca.

Nossas atividades se iniciarão no domingo,dia 19, as 16 horas, com a abertura oficial do evento,e as homenagens aos sócios fundadores e aos ex-presidentes. Na ocasião, o Dr. Guilherme CunhaRibeiro, da Universidade Federal do ABC, SãoPaulo, proferirá a Conferência Plenária de abertura“A hierarquia da Natureza: da aoconceito de Filogenia”.

Dez Conferências Plenárias estão previstas:1-“Estado do conhecimento sobre a sistemática deRissooidea no Brasil”, pela Dra. Maria Cristina Posda Silva;2- “O gênero no Nordeste do Brasil e seuestudo em ambiente natural” pela Dra. Tatiana daSilva Leite;3-“Metabólitos secundários em moluscosmarinhos: origens e funções, pelo Dr. Roberto G. S.Berlinck;4- “Aspectos da interação moluscos e helmintos deinteresse médico e econômico, com ênfase em

”, pela Dra. Suzana Bencke Amato;5-“Filogenia de los Nembrothinae (Gastropoda,

Scala Naturae

Octopus

Achatina fulica

Rio de Janeiro, Ano 40 nº 167 - 31/03/2009

Editado pela Sociedade Brasileira de MalacologiaPeriódico Trimestral

ISSN 0102-8189

Informativo SBMaS

OC

IED

AD

EBRASILEIRA DE MALA

CO

LO

GIAStrombus goliath Schröter, 1805

FUNDADA EM 12 DE JULHO DE 1969

PALAVRAS DA PRESIDENTE

Expediente

Presidente

Vice-presidente

Tesoureira

2ª tesoureira

1ª secretária

2º secretária

Editoras do Jornal

e-mail: [email protected]

Impresso no Lab. de Malacologia/UERJ. Reprodução

:Dra. Sonia B. dos Santos ([email protected])

:Dr. Alexandre D. Pimenta ([email protected])

:Msc. Mônica A. Fernandez ([email protected])

:Esp. Aline Carvalho Mattos ([email protected])

:MSc. Daniele Monteiro ([email protected])

:Dra. Silvana C. Thiengo ([email protected])

:MSc. Daniele P. MonteiroDra. Sonia B. dos Santos

Laboratório de Malacologia- PHLC- Sala 525/2Rua São Francisco Xavier, 524- CEP: 20550-900- RJ

Período de referência: jan-mar/2009

Tiragem: 200 exemplares

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

1Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

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Nudibranchia, Doridina): cuando las cosas no son loque parece”, pelo Dr. Juan Lucas Cervera Currado;6-“Quiralidade

Até o presente momento temos seteconfirmados:

1-“Técnicas de extração de DNA aplicados a estudosmalacológicos” - Dra. Gisele Hajdu e Thiago dePaula;

2-”Identificação de conchas de gastrópodes

e seus efeitos sobre a evolução depopulações de moluscos”, pela Dra. Toshie Kawano;7-“Taxonomia molecular aplicada ao estudo demoluscos”, pela Dra. Teofânia Dutra AmorimVidigal;

8- “Filogeografia de Ampullariidae”, pelo Dr.Kenneth Hayes;

9-“Biodiversidade marinha na Internet: catálogotaxonômico e georreferenciado do OBIS requercontrole da sua qualidade para transformar os seusregistros comparáveis mundialmente”, por FábioLang da Silveira e,

10-“Moluscos no artesanato”, pela Dra. CristinaRocha-Barreira. Esta será uma palestra-oficina,onde os congressistas poderão examinar diversostipos de artesanatos realizados com conchas.

As debaterão diversostemas:

1-“Estado atual do conhecimento sobreOpisthobranchia no Brasil”;

2-“Integração das pesquisas em diversidade,biologia, evolução e pesca de Cephalopoda: desafiospara um futuro sustentável”;

3-“ no Brasil: estado atual doconhecimento”;

4-“Temas sobre manguezal e moluscos”;

5-“Sistemática e biologia das ostras nativasbrasileiras”;

6-“Esquistossomose mansônica no Brasil”;

7-“Geoprocessamento em malacologia e saúdepública”;

8-” Temas em filogenia de moluscos”.

9-”Temas em ensino de malacologia”

Mesas Redondas

Achatina fulica

Mini-cursos

marinhos do Brasil”- Dr. Paulo Márcio Santos Costa

;3-“Introdução às técnicas para identificação deRissooidea límnicos e estuarinos do Brasil”- Dra.Maria Cristina Pons da Silva;

4-“Identificação de formas larvais de helmintos deinteresse médico-veterinário obtidas em moluscoscontinentais”- Biól. Aline Mattos e Ana Paula deOliveira;

5-“Morfofisiologia de gastrópodes terrestres”- Dra.Meire Silva Pena

6-“Microalgas potencialmente nocivas àmalacocultura”- Dras Vanessa de Magalhães eGleicy Moser

“Noções de histologia de moluscos marinhos” -Dra. Cristina Rocha Barreira7-

Uma está confirmada: “Conheça asostras nativas brasileiras”, que será conduzida pelobiólogo, sócio da SBMa, Rafael Alves.

Ainda fazendo parte da programação do XXIEBRAM estamos planejando uma exposiçãocomemorativa dos 40 anos da SBMa, de conchas elivros, com ênfase no , símbolo denossa Sociedade. Também uma exposição dem o l u s c o s f ó s s e i s , “ C u r i o s i d a d e s d apaleomalacologia”, organizada pela Dra. MariaAntonieta Rodrigues, do Instituto Virtual dePaleontologia, a qual será montada na sala doNúcleo de Informação e Memória, no primeiroandar do Pavilhão João Lira Filho.

Dois estão planejados: O “ISimpósio sobre conservação de moluscos límnicos:taxonomia, diversidade, ecologia e estratégias deconservação”, no qual a palestra de abertura seráproferida pelo Dr. Timothy Moulton, intitulada“Defying water's end: Do we need differentconservation strategies for aquatic systemscompared to terrestrial?”, seguida de uma MesaRedonda sobre o tema. O outro Simpósio estárelacionado à Malacocultura. A palestra de aberturaserá preferida pelo Dr. Felipe Matarazzo Suplicy, daSEAP (Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca).

Como nossos prezados associados podemobservar, a sobreposição de atividades foi inevitável,pois a demanda foi muito grande. Até este momentocontamos com cerca de 250 inscrições, e cerca de280 resumos inscritos. Ou seja, o XXI EBRAM serámais uma vez coroado de sucesso, graças à efetivaparticipação dos malacólogos brasileiros!

Agradecemos a colaboração de todos!Sonia Barbosa dos Santos

Oficina

Simpósios

Strombus goliath

CARACOLINO CONVIDA!

Participe do XXI EBRAM!

40 anos da SBMa200 anos do nascimento de

Darwin

Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

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O processo de invasão biológica tem sidodividido em três fases: chegada ao ambiente não-nativo, adaptação ao novo ambiente e a integração aesse ambiente (Moyle & Light 1996). Nesta últimafase está incluída a dispersão da espécie no novoambiente. Uma espécie é considerada invasoraquando ela se dispersa no novo ambiente, atingindonovas áreas e estabelecendo populaçõesreprodutivas nestas áreas (Colautti & MacIsaac2004).

Dispersão, segundo Ricklefs (2005), é omovimento de organismos para fora do seu lugar denascimento ou para longe dos centros de maiordensidade populacional. Quando tratamos deespécies exóticas podemos considerar, ao invés daárea de nascimento, a área da introdução original,que inicialmente é onde a densidade da espécie émaior. A dispersão dos moluscos límnicos é um temaque sempre recebeu atenção e foi abordado inclusivepor Darwin (1882). No início foi visto como umacuriosidade e um processo que ocorreria de formapassiva. Buttner (1953) e Rosewater (1970), porexemplo, relataram a dispersão de gastrópodes dafamília Ancylidae através de insetos aquáticos.Lansbury (1955) notou exemplares do gênero

(Bivalvia) aderidos a besouros de águadoce. Rees (1965), em um artigo clássico, sumarizouos dados existentes, até então, para a dispersão“aérea” de moluscos definindo como os carreadoresmais importantes, os insetos e as aves. Existem atécasos mais curiosos, como os relatos desobrevivência de moluscos no trato gastrointestinalde peixes, e a possível dispersão deles desta maneira(Brown 2007).

B i v a l v e s d a o r d e m U n i o n o i d e adesenvolveram um ciclo complexo de dispersão.Estas espécies possuem um estágio larvar, ogloquídio (família Hyriidae) ou o lasídeo (famíliaMycetopodidae) (Veitenheimer-Mendes & Mansur1978), que se prende às brânquias de determinadospeixes permitindo a transferência da espécie paraoutras áreas (Brusca & Brusca 2007).

Desde 2006 estamos estudando a dinâmicapopulacional de (Müller,1774) em um riacho impactado da Vila do Abraão,Ilha Grande, Rio de Janeiro. A origem desta espécieé assinalada para o leste da África e sul da Ásia(Pilsbry & Bequaert 1924), porém atualmente já éencontrada em diversas áreas fora da suadistribuição original (Facon 2003).

Pisidium

Melanoides tuberculatus

et al

No Brasil é encontrada em ampla área,incluindo 17 estados e o Distrito Federal (Fernandez

2003). Neste artigo faremos um breve relatosobre o comportamento dispersivo de

neste riacho impactado na Ilha Grande.Para acompanhar a dispersão da espécie no

riacho dividimos o mesmo em oito pontos de coletacom aproximadamente 30m de comprimento cadaum, sendo o Ponto 8 mais a jusante e o Ponto 1 mais amontante (Figura 1). Foram realizadas coletasbimensais com o auxílio de uma concha de capturade moluscos. Em um trabalho prévio já havíamosidentificado a presença, em pequeno número, de

apenas nos Pontos 6 e 7, em agosto de2005 (Santos 2007). Assim, consideramos estaárea como o ponto inicial de introdução da espécieneste riacho.

Na primeira coleta, em julho/2006,verificamos a presença de no Ponto8, próximo a foz do rio. Na coleta seguinte emsetembro/2006, a espécie alcançou o Ponto 5. Emmarço/2007 a espécie colonizou o Ponto 4 e emsetembro/2008 o Ponto 3. Observamos então, emum espaço de dois anos, a colonização de um trechode aproximadamente 120m, com os moluscosestabelecendo uma população estável, sendoobservados jovens e adultos neste trecho colonizadodurante o estudo.

Nesta subida riacho acima,teve que vencer não só a força da corrente comooutros fatores que usualmente são consideradosobstáculos à dispersão de um molusco de água doce.Na Figura 2 podemos observar diversos exemplaresda espécie “escalando” um desnível, que é umdegrau de cimento com aproximadamente 30 cm dealtura, construído em um trecho do rio.

Este degrau ocupa toda a largura do rio e a suatransposição é necessária para atingir as regiõesmais a montante do rio, inclusive os Pontos 3 e 4, jáatingidos pela espécie. Acreditamos que

poderia até vencer obstáculos maiores,como uma pequena cachoeira.

Na maioria dos casos é citado como possívelcausa da introdução o comércio aquarista (Vaz1986, Fernandez 2003, Santos 2007). Osjovens e adultos seriam transportados junto complantas e peixes dos tanques de produção para aslojas e daí para os aquaristas. A partir dos aquáriosdomésticos, duas formas de introdução poderiamentão ocorrer. A primeira diz respeito ao

et alM.

tuberculatus

M.tuberculatus

et al

M. tuberculatus

M. tuberculatus

M.tuberculatus

et alet al et al

Dispersão ativa de (Müller, 1774)e sua influência no processo de invasão

Melanoides tuberculatus

IGOR C. MIYAHIRA, LUIZ EDUARDO M. DE LACERDA & SONIA B. DOS SANTOSLaboratório de Malacologia Límnica e Terrestre, Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia RobertoAlcantara Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. E-mail: [email protected]

Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

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proprietário de um aquário que, durante a troca deágua do aquário, descartar esta água (comexemplares jovens minúsculos) numa pia ou tanquee, via sistema coletor, esta termina por alcançar umcorpo d´água. A segunda diz respeito aoproprietário que resolve se desfazer de seu aquário edespeja todo o seu conteúdo (água, substrato,plantas e animais) em um rio. No primeiro caso énecessário que o proprietário em questão more pertodo corpo d´água; no segundo caso isso não é umpré-requisito. Todavia, a espécie é encontrada empartes altas de rios onde não há casas próximas. Pormelhor que sejam as intenções de uma pessoa aosoltar seus “peixinhos”, é difícil considerar quealguém vá até uma área de difícil acesso para fazerisso. Teriam esses exemplares deatingido por conta própria partes mais altas de rios?

O comércio aquarista é uma boa explicaçãoquando tratamos da dispersão desta espécie entrebacias hidrográficas ou localidades distantes, masacreditamos que quando tratamos da dispersão daespécie no mesmo corpo d´água muito é devido amérito próprio, ou seja, sua capacidade de dispersãoativa. A dispersão ativa associada com a resistência àdessecação da espécie, até 24 dias em algumaslinhagens (Facon 2004), pode aumentar aschances de dispersão da espécie.

Quando da realização do monitoramentodeste tiarídeo é importante avaliar não só a áreaonde a espécie foi inicialmente encontrada, mastambém uma área mais ampla, para se ter uma realidéia do tamanho da população e como esta secomporta.

Acreditamos que a dispersão ativa é pelaprimeira vez noticiada para , pelomenos no Brasil. Esse caso parece ser uma exceção jáque a dispersão ativa de invertebrados aquáticos nãoé muito comum (Bilton 2001). Desta forma, aocontrário do que normalmente é suposto para osmoluscos de água doce, movimentos ativos tambémpodem ser importantes em sua dispersão.

Os resultados de nosso estudo, os quais fazemparte da dissertação de mestrado do primeiro autor,a ser defendida em fevereiro de 2010, trazem à tonaalguns dos problemas ocasionados pela introduçãode espécies e seus desdobramentos negativos frenteao ecossistema recém colonizado e traz novo desafioa ser estudado, para um melhor entendimento sobrea questão da dispersão de espécies de água doce,especialmente as introduzidas.

M. tuberculatus

et al

M. tuberculatus

et al

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBILTON, D.T.; J.R. FREELAND & B. OKAMURA

BROWN, R.J

BRUSCA, R.C. & G.J. BRUSCA

UTTNER,

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B A. 1953. Un curieux cas phoresie: transport de21 Müller par un dityque femelle( L.) et possibilite de diffusion decercaires parasites de ces mollusques pulmones.

Ancylus fluviatilisDytiscus marginaus

Figura 1: Cronologia da invasão de(Muller, 1774) em um riacho da Vila do

Abraão, Angra dos Reis, Rio de Janeiro.

Figura 2: Exemplares de(Müller, 1774) escalando degrau de cimento.

Melanoidestuberculatus

Melanoides tuberculatus

Annales de Parasitologie Humaine et Comparee 28:452-453.

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2003. A molecular phylogeographyapproach to biological

ACON, B.; E. MACHLINE; J.P. POINTIER & P. DAVID

Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

5

International Symposium of the FreshwaterConservation Society

XII Congresso Brasileiro de Limnologia

International Congress for ConservationBiology

Conchologists of America AnnualConvention

American Malacological Society 75thAnnual Meeting

The effects of environmental variability oncephalopod populations

Estuaries and Coasts in a Changing World

"I Simpósio em Genética e Evolução/TeoriaEvolutiva - 150 anos de história”

19 a 24 de abril de 2009- Baltimore, Marylandhttp://www.cpe.vt.edu/fmcs2009/

23 a 27 de agosto de 2009 - Gramado - RShttp://www.sblimno.org.br/XIICBL/

11 a 16 de julho de 2009 - Pequim - Chinahttp://scb2009.ioz.ac.cn/Committee.asp

19 a 23 de julho de 2009 - Clearwater, FloridaHttp://www.conchologistsofamerica.org/

19 a 23 de julho de 2009 - Ithaca - New YorkHttp://www.malacological.org/

3 a 11 de setembro de 2009 - Vigo, EspanhaHttp://www.atlanticocongresos.com/ciac2009/

1 a 5 de novembro de 2009 - Portland, Oregonhttp://www.sgmeet.com/cerf2009/

Email: [email protected]

5 a 8 de outubro - UFRJ, Rio de Janeirohttp://www.evolufrj.org/

H

Simpósio da Sociedade Brasileira deMalacologia no XXVIII Congresso

Brasileiro de Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010Belém - Pará

“Biodiversidade Brasileira de Moluscos: estado atualdo conhecimento e perspectivas”

Organizadores: Sonia Barbosa dos Santos &Alexandre Dias Pimenta

Em 2010, a SBMa mais uma vez participaráoficialmente das atividades do Congresso Brasileiro deZoologia. As atividades ainda estão em fase deproposição pelo Comitê Organizador do XXVIII CBZ.

freshwater snails and its consequences forinvasion ability. Biological Invasions 6: 283-293.

FERNANDEZ, M.A.; S.C. THIENGO & L.R.L. SIMONE

LANSBURY, I

MOYLE, P.B. & T. LIGHT

PILSBRY, H.A. & J. BEQUAERT.

POINTIER, J.P.; A. GUYARD & A. MOSSER.

. 2003.Distribution of the introduced freshwater snail

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. 1996. Biological invasions offreshwater: empirical rules and assembly theory.Biological Conservation 78: 149-161.

1927. Aquatic Mollusks ofBelgian Congo. Bulletin of the American Museum ofNatural History 53: 59-602.

1989. Biologicalcontrol of andby the competitor snail in atransmission site of schistosomiasis in Martinique,French West Indies. Annals of Tropical Medicine andParasitology 83: 263-269.

Melanoides tuberculatus

Biomphalaria glabrata B. stramineaThiara tuberculata

REES, W.J.

RICKLEFS, R.E.

ROSEWATER, J.

SANTOS, S.B.; I.C. MIYAHIRA & L.E.M. LACERDA.

VAZ, J.F.; H.M.S. TELES; M.A. CORREA & S.P.S. LEITE

VEITENHEIMER-MENDES, I.L. & M.C.D. MANSUR.

1965. The aerial dispersal of Mollusca.Proceedings of the malacological society of London36: 269-282.

2003. A economia da natureza. EditoraGuanabara Koogan, Rio de Janeiro. 503pp.

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.

Melanoides tuberculatusBiomphalaria tenagophila

Thiara Melanoidestuberculata

Clonorchis sinensis

Mycetopoda legumen

Eventos

442 (reinscrição)- Theresinha MonteiroAbsher; 748 (reinscrição)- Márcia ReginaDenadai; 845- Luis Eduardo Macedo deLacerda; 846- Igor Christo Miyahira; 847- PabloMenezes Coelho.

SEJAM BEM VINDOS!COLABOREM COM O INFORMATIVO

ENVIANDO NOTÍCIAS INTERESSANTES,ARTIGOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÌFICA,

Novos Sócios

Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

6Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

INTRODUÇÃOA família Cancellariidae Forbes and Hanley,

1851 está representada por uma grandebiodiversidade de neogastrópodes marinhosbentônicos que tem uma bem documentada históriageológica desde o cretáceo superior (compreendidoentre 99,6 milhões e 65,5 milhões anos atrás) aorecente distribuídos nos oceanos tropicais,temperados e polares do planeta (Petit &Harasewych 2005). Cerca de 1800 espécies sãoconhecidas ao redor do mundo, particularmente emáreas tropicais e subtropicais do Indo-Pacífico(Harasewych & Petit 1982; Verhecken 1995; Petit &Harasewych 2005; Bouchet & Petit 2008).

O grupo é conhecido por habitar da regiãosubtidal a batial, sendo comumente encontrados emsubstratos arenosos e lamosos, porém raramentecoletados devido a sua habitual existência em marprofundo (Shasky 1961; Olsson & Bayer 1972;V e r h e c k e n 1 9 9 1 ) , r e s u l t a n d o n a p o u c arepresentatividade em coleções científicas (Bouchet& Warén 1985; Verhecken 1997, 2002). SegundoGarrard (1975), os cancelariídeos da plataformacontinental frequentemente habitam em substratosrochosos e em recifes de corais.

A biologia e ecologia da família ainda é poucoconhecida quando comparada a de outros grupos deNeogastropoda (Harasewych & Petit 1982, 1984;Pawlik 1988; Verhecken 1997). Graham (1966)e Olsson (1970) presumiram que o grupo se alimentade micro-organismos de corpo mole. Algunscancelariídeos da Austrália são predadores debivalves e gastrópodes escavadores.

(Califórnia) se alimenta sugando o sangue deraias e tubarões (Beesley 1998). Harasewych &Petit (1982, 1984, 1986) sugeriram que asmodificações do trato digestivo são adaptações paraa alimentação por sucção

et al.

Cancellariacooperi

et al.

A t a x o n o m i a s u p r a - e s p e c í f i c a d eCancellariidae ainda não foi estudada de maneirasatisfatória, havendo certa dificuldade noposicionamento genérico de espécies, que se agravapelo considerável aumento na riqueza decancelariídeos com o passar do tempo (Verhecken1997, 1999; Barros & Lima 2007).

A concha é extremamente variável no formatoe enrolamento, porém permitindo um fácilreconhecimento morfológico do grupo na categoriade família e específico (Olsson 1970; Barros & Lima

2007).Há um consenso de que os membros desta

família possuem uma concha de tamanho pequeno amédio, sendo robusta e de formato bicônico,fusiforme a ovalada, escalariforme, comumenteespiralizada para a direita (dextrógira), comsuperfície usualmente contendo escultura axial eespiral que se interceptam produzindo umasuperfície reticulada ou cancelada. A maioria dasespécies tem abertura elíptica, umbílico, canalsifonal curto e duas a três pregas columelaresdistintas (Jousseaume, 1887; Abbott 1974; Rios1994).

A classificação do grupo tem sido baseada nasseguintes subfamílias:

. concha de tamanho pequeno amédio, espessa, robusta, globosa com esculturareticulada ou cancelada, as voltas são suavementeconvexas, sendo a última (volta do corpo) bastanteampla, a abertura é sub-ovalada e fortementerefletida sobre o lábio interno e região parietal, olábio externo é espesso e contém dentes fortes enumerosos, a columela possui três pregas, semumbílico e variz, o canal sifonal é curto;

. concha de tamanhopequeno a médio, espira elevada; anfractos deformato triangular, desenvolvendo um amplo ânguloespiral, achatados, alargando-se na região abaxialpara formar um ombro amplo, forte e quilhado;costelas axiais numerosas, às vezes, desenvolvendo-se em fracas varizes, base pseudo-umbilicada ourevelando um amplo umbilico, abertura de formatotriangular contendo duas pregas columelares;

. concha de tamanho pequeno amédio, curta, cônica alargada, inflada, suave,geralmente frágil, voltas suavemente convexas comnumerosas cordas espiral fracas, geralmenteeqüidistantes, podendo estar presente poucas eirregulares costelas axiais; volta do corpo ampla,abertura ampla, ovalada com aproximadamentemetade do comprimento total, lábio externofrequentemente tênue, umbílico ausente, com ousem pregas columelares, canal sifonal curto;

. concha de tamanho médio,bicônica, tênue, espira alta, voltas convexascontendo irregulares ornamentos axiais e espirais,incluindo a presença de uma variz irregular, suturabem marcada, abertura ovalada, lábio interno

A Cancellariinae:

B Trigonostominae:

C Admetinae:

D Plesiotritoninae:

SILVIO FELIPE B. LIMA & RICARDO SILVA ABSALÃOLaboratório de Malacologia, Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal do Riode Janeiro. Av. Brigadeiro Trompovsky s/n, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro - Brasil. CEP 21941-570. Email:

[email protected]; [email protected]

A Família Cancellariidae(Gastropoda: Neogastropoda: Cancellarioidea)

no Brasil

7

fortemente refletido, lábio externo espesso, canal sifonal curto, porém bem projetado (Abbott 1974; Garrard1975; Rios 1994; Verhecken 1997; Bouchet & Petit 2008) (Figura 1). R e p r e s e n t a n t e s d a s s u b f a m í l i a sCancelariinae, Admetinae e Plesiotritoninae são conhecidos em águas brasileiras totalizando 12 espécies.

Por um reto expandido contendo uma pequenaglândula anal ao longo da porção anterior dorsal. Oscancelariídeos são similares aos neogastrópodes, noque diz respeito ao sistema reprodutor e excretor(Harasewych & Petit 1982, 1984, 1986; Beesley .1998) [Figura 2B e F].

Quando comparado ao Pacífico (com cerca de1.800 espécies), poucos cancelariídeos sãoconhecidos para o Oceano Atlântico, sendo oAtlântico sul o mais carente em registros. NoAtlântico oeste, o número de espécies érelativamente pequeno (aproximadamente 40),especialmente quanto retratando a costa brasileira.

(Linnaeus, 1767) foi oprimeiro táxon reportado para o Brasil.

Rios também assinalou este táxon em 1975 e1985, porém não tornou a registrá-lo em 1994. Em2005, Rosenberg assinaloudo norte a sudeste do Brasil (Rosenberg 2005).Exemplares em coleções brasileiras foramexaminados e constatam esta espécie para o país. Em1991 foram descritosVerhecken, 1991 e Verhecken,1991, primeiros cancelariídeos provenientes dotalude continental do Brasil (Verhecken 1991). Noano seguinte, foram nomeadas as espécies

Harasewych, Petit & Verhecken,1992 e Harasewych, Petit &Verhecken, 1992 provenientes de águas rasas dosudeste brasileiro (Harasewych . 1992). Em2002, Verhecken identificou erroneamente oespécime dragado pela Expedição “Challenger“ notalude continental de Pernambuco como sendo

Petit, 1986 (Verhecken 2002),

et al

Cancellaria reticulata

Cancellaria reticulata

Axelella brasiliensisBrocchinia pustulosa

Tritonoharpa lealiCancellaria petuchi

et al

Brocchinia clenchi

CANCELARIÍDEOS DO BRASIL

Figura 1 AB

C D

. Representação da concha de gastrópodes cancelariídeos das quatro subfamílias reconhecidas: .Sowerby, 1821 - Cancelariinae, . (Gmelin, 1791) - Trigonostominae,

. Garrard, 1975 - Admetinae e . (Beu & Maxwell, 1987) -Plesiotritoninae.

Cancellaria elegans Trigonostoma scalareZeadmete kulanda Tritonoharpa ponderi

Apesar da grande riqueza de táxons nestafamília, pouquíssimas publicações lidaram com asua anatomia. Os animais estudados até o momentotem revelado uma coloração castanho-clara emanchas marrons avermelhadas sobre ostentáculos, probóscide, margem do manto e porçõeslaterais e dorsais do pé (Beesley . 1998). A cabeçaé pouco saliente, os tentáculos são tubulares, curtosou alongados com olhos bem desenvolvidos na baseexterna. O pé é comumente robusto, espesso, largo eoval. A margem do manto é suave com um sifãocurto, porém distinto (Harasewych & Petit 1982,1984, 1986; Simone & Birman 2006) [Figura 2A-B].O ctenídeo é cerca de duas vezes mais alongado que oosfrádio (Harasewych & Petit 1982, 1984, 1986;Beesley . 1998) [Figura 2B].

O sistema digestivo tem se mostrado bastantesimplificado. Um tubo oral curto se estende da bocaaté a região cuticularizada de uma grandemandíbula quitinosa que circula a massa bucal,sendo tubular na região anterior e expandidaposteriormente (Harasewych & Petit 1982, 1984,1986; Beesley . 1998). A rádula é composta poruma única fileira de dentes longos e estreitoscontendo cúspides na porção anterior terminal(Olsson 1970; Oliver 1982; Harasewych & Petit 1982,1984, 1986) [Figura 2C-E]. O esôfago anterior écurto e se inicia na região posterior da massa bucalou probóscide pleurombólica tubular terminado emuma válvula de grande e muscular.

O esôfago médio é a porção mais alongada dotubo digestivo, torna-se convoluto antes de passaratravés do anel nervoso e enrolado ao longo doassoalho do sinus cefálico. O esôfago posterior éestreito e reto terminando em um estômago simplese em forma de “U”. O intestino é afunilado e seguido

et al

et al

et al

Leiblein

Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

8

O gênero Dall, 1924 é mencionado pela primeira vez para o Atlântico sul através dapublicação de Simone & Birman, 2006. Finalmente, as campanhas oceanográficasrealizadas durante o desenvolvimento do Programa Revizee/NE (2000-2001) obtiveram a maior coleção deespécies e exemplares de Cancellariidae já reportada para o país. Deste material foram identificados

e seis outros táxons desconhecidos para a Ciência, que posteriormente foram descritos por Barros& Lima (2007) como Barros & Lima, 2007; Barros & Lima, 2007 e

Barros & Lima, 2007; por Lima . (2007) como Lima, Barros & Petit, 2007 epor Barros & Petit (2007) sendo nomeada Barros & Petit, 2007. Recentemente,identificou-se um espécime juvenil de coletado durante o Revizee/Score Central (1996-2001)ampliando a área de ocorrência do gênero, anteriormente restrita a Região Nordeste (08°46.5'S, 34°44.5'W)para a Região Sudeste do país (22°06.5'S, 40°33.2'W).

IphinopsisIphinopsis splendens

Axelellabrasiliensis

Brocchinia verheckeni B. harasewychiGergovia petiti et al Gerdiella alvesi

Microcancilla jonasiGerdiella alvesi

Figura 2

A) bm. cab gp mc.p si sp te B)

bc ct e ga gc gdgh gn n os pe r s

(C)b gb gs gsa ma

mb to vl (D)(E) da dp mamb (F)

a an e ea em epga int r vl

. Representação da anatomia de Cancellariidae através de Simone & Birman, 2006;(Fabricius, 1780); (Dall, 1888); Sowerby, 1832 e

Oliver, 1982. ( Morfologia externa de : borda do manto, . cabeça, . glândula pediosa, músculocolumelar, . pé, . sifão, . sola pediosa, . tentáculo cefálico [Simone & Birman 2006: 2, fig. 8]; ( Anatomia de umafêmea de : . bursa copulatória, . ctenídeo, . estômago, . glândula de albúme, . Glândula da cápsula, .glândula digestiva, . glândula hipobranquial, . glândula nefridial, . nefrídio, . osfrádio, . pericárdio, . reto, .sifão [Harasewych & Petit 1986: 88, fig. 7]; vista do lado esquerdo da probóscide retraída da espécie[Harasewych & Petit 1984: 40, fig. 8]: . boca, . gânglio bucal, . glandula salivar, . glândula salivar anterior, .mandíbula, . massa bucal, . tubo oral, . válvula de Leiblein; mandíbula de [Olsson, 1970: pl. 4, fig. 4];

rádula e mandíbula de [Oliver, 1982: 18, fig. 4]: . dentes anteriores, . dentes posteriores, . mandíbula,. membrana basal [Oliver 1982: 19, fig. 4]; representação diagramática do sistema digestivo de

[Harasewych & Petit 1984: 40, fig. 9]: . ânus, . anel nervoso, . estômago, . esôfago anterior, . esôfago médio, .esôfago posterior, . glândula anal, . intestino, . reto, . válvula de Leiblein.

Iphinopsis splendens Admeteviridula Olssonella smithii Cancellaria scalata Nothoadmete tumida

I. splendens

A. viridula

O. smithii

C. scalataN. tumida

O. smithii

Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 2009

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nd

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Microcancilla

Gergovia

Cancellaria reticulata

Olssonella smithii

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Gerdiella

Gerdiella,

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Brocchinia

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Bulletin de L'Institut Royal des SciencesNaturelles de Belgique 69

Journal ofConchology 37:

http://www.malacolog.org/

Iphinopsis

Axelella

Neste ano comemoramos o segundoc e n t e n á r i o d o n a s c i m e n t o d eC h a r l e s D a r w i n ( 1 8 0 9 - 1 8 8 2 ) e osesquicentenário de publicação do livro“ T h e o r i g i n o f s p e c i e s ” ( 1 8 5 9 ) .

Muitos eventos internacionais estãop r o g r a m a d o s , a t r a v é s d einiciativas que estão sendo organizadas pordiversas instituições.

No Brasil, a divulgação está a cargo dapáginah t t p : / / w w w . a n o - d a r w i n -2009.org/iniciativas.html

D i v u l g u e o s e v e n t o sp r o m o v i d o s p o r s u ainstituição para o Grupo deTrabalho Ano de Darwin 2009no Brasil.

ANO DARWIN 2009

Informativo SBMa, ano 40, nº 167, 20099

s à saúdepública

“Cartilha educativo-sanitáriaOs vetores e as doenças no

Tocantins”

F o i p u b l i c a d a p e l a F i o c r u z e mcolaboração com a EnerPeixe. A publicaçãoaborda os principais vetores de doençaspresentes no Tocantins. Resultado de cincoprojetos ambientais realizados pelo institutodurante a construção da Usina Hidrelétrica dePeixe Angical, localizada no Rio Tocantins, apublicação tem como objetivo orientar apopulação e os profissionais de saúde da regiãopara importantes questões ligada

, servir de base para estimular o interessecientífico dos jovens da região e orientar turistasem visita ao estado.

O capítulo sobre os foiproduzido pelas nossas sócias

e Silvana Thiengo, do Laboratótio deMalacologia do Instituto Oswaldo Cruz.

A obra está disponível em arquivo PDF napágina da Fundação Oswaldo Cruz.http://www.fiocruz.br/ioc/media/2009_04_02_cartilha_ambiente.pdf

moluscosMonica Ammon

Fernandez

Livros

“Ecossistemas Costeiros deAlagoas - Brasil”

Foi publicado pela Technical BooksEditora, de autoria de nossas sócias MonicaDorigo Correa e Hilda Helena Sovierzoski,professoras na Universidade Federal de Alagoas.Apresentando 144 páginas de fácil leitura elindas ilustrações, o livro contribui para adivulgação dos ecosssistemas marinhoscosteiros de Alagoas e sua diversificada fauna eflora.

Apesar de seu aspecto regional, consideroque é importante bibliografia de apoio em aulasde campo e laboratório sobre os ecosssistemasmarinhos de todo o Brasil.

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