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Teve início no dia 19 de outubro, no município de Maranguape, o cur- so de Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Ceará ‒ SENAR-AR/CE, inserido na localidade, através do Programa Soldado Cidadão. Ao todo, 15 soldados daquela Região Militar recebem a capacitação que se estenderá até o dia 19 de novembro, completando uma carga horária de 160h/a. Serão oito horas de curso por dia, de segunda a quinta-feira. “O Programa Soldado Cidadão é uma iniciativa do Ministério da Defesa e do Comando do Exército que tem por objetivo proporcionar capacitação profissional aos jovens que estão prestando serviço militar. Desta maneira, ao término de sua obrigação militar, a preocupação é que disponham de melhores condições de inserção no mercado de trabalho,” disse o coorde- nador Técnico do SENAR, engº agrônomo, Paulo Remígio Neto. No Ceará, mais especificamente, nas Unidades Militares dos municí- pios de Maranguape e Crateús, o SENAR/CE foi a entidade contratada para executar os cursos de Formação Profissional Rural. Este é o terceiro ano do Programa no Estado. “Soldado Cidadão” ANO 15 – Nº 167 – outubro 2009 AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL. Durante todo o dia 6 de outubro, os coordenadores municipais do Pro- grama Agrinho encarregaram-se de transportar até a sede da FAEC/SENAR, em Fortaleza, os trabalhos de quase 115.800 crianças matriculadas na rede pública de ensino ‒ do 1º ao 9º ano. A proposta de elaboração de uma Lei Ambiental, de acordo com as pe- culiaridades do Estado do Ceará, en- caminhada pelos segmentos represen- tativos da agropecuária liderados pela Federação da Agricultura e Pecuária - FAEC, conta com o apoio do presiden- te da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Aguiar Filho, que no dia 27, recebeu uma comitiva em seu gabine- te no Palácio Adauto Bezerra. “A pro- posta tem, toda nossa sensibilidade. No entanto, precisamos estabelecer o que é possível como prerrogativa do Estado, sem ferir a lei federal, confor- me determina o Artigo 24 da Consti- tuição,” disse Domingos Filho. O presidente recomendou um de- bate com todos os segmentos envol- vidos liderados pelas Comissões de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembléia e, logo após, iniciar a elaboração da lei estadual, com o res- paldo das entidades envolvidas neste processo que além do Sistema Faec/ Senar, participam a Fetraece, a SDA, a OCB/CE e a Adece. Um decreto presidencial fixou em 11 de dezembro o prazo final para que as propriedades rurais se adaptem às atuais regras, fazendo a averbação da reserva legal, entre elas a proibição de exploração de terras de aluviões que estejam 30m a direita e a esquerda de rios. Estima-se que das 5,17 milhões de propriedades do País, cerca de 3 milhões estariam sujeitas a sanções por devastação irregular. O novo có- digo poderia flexibilizar esse decreto, que obriga o setor rural a regularizar as áreas de reserva legal e de preser- vação permanente, é o que pensa o presidente da FAEC, Torres de Melo. “Através da CNA e da bancada federal, estamos pedindo a prorrogação do decreto por um ano, porque os parla- mentares precisam votar antes o códi- go”, disse. Participaram ainda do encontro, o deputado Hermínio Resende, o presi- dente, os assessores da SDA, Bartolo- meu e Antonio Bezerra Peixoto, o pre- sidente da OCB/CE, José Nicédio Alves. Presidente da Assembleia abre debate sobre Lei Ambiental para o Ceará Pesquisa IBOPE nos assentamentos rurais da reforma agrária Domingos Filho recebeu representante da agropecuária cearense em seu gabinete Nesta edição /// SENAR recebe trabalhos do Agrinho A ideia é sensibilizar e cons- cientizar as mulheres do campo, gerando oportunidades de educa- ção, prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero, contri- buindo em qualidade de vida para estas pessoas. Russas recebe Pro- grama Útero é Vida Pág. 3 A pedido dos produtores ru- rais o presidente em exercício da FAEC, Flávio Saboya, no último dia 5 de outubro, encaminhou uma carta ao secretário da Fa- zenda do Estado do Ceará, Carlos Mauro Benevides Filho, sugerin- do a prorrogação do prazo para a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica. O prazo sugerido foi de até 31 de dezem- bro de 2010 Pág. 7 Pág. 5 e 6 Produtores querem prorrogar o prazo da NF-e “A Comunicação é o coração da nossa Instituição.” Com esta mensa- gem, a senadora Kátia Abreu (DEM- TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, encerrou sua palestra no Seminário de Comunicação Estratégica pro- movido pela entidade, em Brasília, nos dias 14 e 15 de outubro, reu- nindo os assessores de comunica- ção dos 27 estados do País. Pág. 8 Pág. 10 CNA reúne assessores de comunicação Pág. 4 CNA propõe refor- mulação da legisla- ção ambiental A exemplo do Estado de San- ta Catarina, representantes do agronegócio cearense vêm se empenhando para mostrar a so- ciedade sobre a importância de elaborar uma legislação ambien- tal estadual. Os trabalhos formaram estreitos corredores pelo auditório Foto: Jailson Silva Foto: Silvana Frota União Rural - OUTUBRO 2009.indd 1 União Rural - OUTUBRO 2009.indd 1 29/10/2009 15:09:09 29/10/2009 15:09:09

União Rural - 167

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House Organ do Sistema FAEC / Senar-AR/CE.

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Teve início no dia 19 de outubro, no município de Maranguape, o cur-so de Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no Ceará ‒ SENAR-AR/CE, inserido na localidade, através do Programa Soldado Cidadão. Ao todo, 15 soldados daquela Região Militar recebem a capacitação que se estenderá até o dia 19 de novembro, completando uma carga horária de 160h/a. Serão oito horas de curso por dia, de segunda a quinta-feira.

“O Programa Soldado Cidadão é uma iniciativa do Ministério da Defesa e do Comando do Exército que tem por objetivo proporcionar capacitação profi ssional aos jovens que estão prestando serviço militar. Desta maneira, ao término de sua obrigação militar, a preocupação é que disponham de melhores condições de inserção no mercado de trabalho,” disse o coorde-nador Técnico do SENAR, engº agrônomo, Paulo Remígio Neto.

No Ceará, mais especifi camente, nas Unidades Militares dos municí-pios de Maranguape e Crateús, o SENAR/CE foi a entidade contratada para executar os cursos de Formação Profi ssional Rural. Este é o terceiro ano do Programa no Estado.

“Soldado Cidadão”

ANO 15 – Nº 167 – outubro 2009

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL.

Durante todo o dia 6 de outubro, os coordenadores municipais do Pro-grama Agrinho encarregaram-se de transportar até a sede da FAEC/SENAR, em Fortaleza, os trabalhos de quase 115.800 crianças matriculadas na rede pública de ensino ‒ do 1º ao 9º ano.

A proposta de elaboração de uma Lei Ambiental, de acordo com as pe-culiaridades do Estado do Ceará, en-caminhada pelos segmentos represen-tativos da agropecuária liderados pela Federação da Agricultura e Pecuária - FAEC, conta com o apoio do presiden-te da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Aguiar Filho, que no dia 27, recebeu uma comitiva em seu gabine-te no Palácio Adauto Bezerra. “A pro-posta tem, toda nossa sensibilidade.

No entanto, precisamos estabelecer o que é possível como prerrogativa do Estado, sem ferir a lei federal, confor-me determina o Artigo 24 da Consti-tuição,” disse Domingos Filho.

O presidente recomendou um de-bate com todos os segmentos envol-vidos liderados pelas Comissões de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembléia e, logo após, iniciar a elaboração da lei estadual, com o res-paldo das entidades envolvidas neste

processo que além do Sistema Faec/Senar, participam a Fetraece, a SDA, a OCB/CE e a Adece.

Um decreto presidencial fi xou em 11 de dezembro o prazo fi nal para que as propriedades rurais se adaptem às atuais regras, fazendo a averbação da reserva legal, entre elas a proibição de exploração de terras de aluviões que estejam 30m a direita e a esquerda de rios. Estima-se que das 5,17 milhões de propriedades do País, cerca de 3 milhões estariam sujeitas a sanções por devastação irregular. O novo có-digo poderia fl exibilizar esse decreto, que obriga o setor rural a regularizar as áreas de reserva legal e de preser-vação permanente, é o que pensa o presidente da FAEC, Torres de Melo. “Através da CNA e da bancada federal, estamos pedindo a prorrogação do decreto por um ano, porque os parla-mentares precisam votar antes o códi-go”, disse.

Participaram ainda do encontro, o deputado Hermínio Resende, o presi-dente, os assessores da SDA, Bartolo-meu e Antonio Bezerra Peixoto, o pre-sidente da OCB/CE, José Nicédio Alves.

Presidente da Assembleia abre debate sobre Lei Ambiental para o Ceará

Pesquisa IBOPE nos assentamentos rurais da reforma agrária

Domingos Filho recebeu representante da agropecuária cearense em seu gabinete

Nesta edição ///

SENAR recebe trabalhos do Agrinho

A ideia é sensibilizar e cons-cientizar as mulheres do campo, gerando oportunidades de educa-ção, prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero, contri-buindo em qualidade de vida para estas pessoas.

Russas recebe Pro-grama Útero é Vida

Pág. 3

A pedido dos produtores ru-rais o presidente em exercício da FAEC, Flávio Saboya, no último dia 5 de outubro, encaminhou uma carta ao secretário da Fa-zenda do Estado do Ceará, Carlos Mauro Benevides Filho, sugerin-do a prorrogação do prazo para a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica. O prazo sugerido foi de até 31 de dezem-bro de 2010

Pág. 7

Pág. 5 e 6

Produtores querem prorrogar o prazo da NF-e

“A Comunicação é o coração da nossa Instituição.” Com esta mensa-gem, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, encerrou sua palestra no Seminário de Comunicação Estratégica pro-movido pela entidade, em Brasília, nos dias 14 e 15 de outubro, reu-nindo os assessores de comunica-ção dos 27 estados do País.

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CNA reúne assessores de comunicação

Pág. 4

CNA propõe refor-mulação da legisla-ção ambiental

A exemplo do Estado de San-ta Catarina, representantes do agronegócio cearense vêm se empenhando para mostrar a so-ciedade sobre a importância de elaborar uma legislação ambien-tal estadual.

Os trabalhos formaram estreitos corredores pelo auditório

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PresidenteJosé Ramos Torres de Melo Filho

1º Vice‒PresidenteFlávio Viriato de Saboya Neto

Vice‒Presidente de Administração e Finanças Sebastião Almeida Araújo

Vice‒PresidentesCarlos Bezerra Filho, Expedito Diógenes Filho, Francisco de Assis Vieira Filho, João Ossian Dias, Moacir Gomes de Sousa.

Conselho Fiscal ‒ EfetivosInácio de Carvalho Parente, Normando da Silva Soares, Paulo Helder de Alencar Braga.

SuplentesExpedito José do Nascimento, Francisco Francivaldo Cruz, José Beroaldo Dutra de Oliveira

Chefe de Gabinete: Gerardo Angelim de Albuquerque

Editora e Redatora: Silvana Frota / MTB 432

Estagiário:Jailson Silva

Revisão:Gerardo Angelim de Albuquerque

Editoração Eletrônica e Impressão: Expressão Gráfi ca

Tiragem: 1.000 exemplares

União Rural ‒ Informativo FAEC/SENARAno 15 ‒ Nº 167 ‒ outubro de 2009Publicação Mensal da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR‒CE)

Endereço: Rua Edite Braga, 50Jardim América ‒ Fortaleza ‒ CE CEP 60425‒100Fone: (85) 3535 8000Fax: (85) 3535 8001E‒mail: [email protected] Site: www.faec.org.br

Composição da Diretoria

Expediente

OS PRODUTORES de alimentos e a militância ambientalista não são incompatíveis e podem ser forças solidárias se forem desfeitas, ponto a ponto, as desconfi anças que nos separam.

Considero perfeitamente possí-vel que os dois lados fi rmem compro-misso essencial de preservação dos recursos naturais sem prejuízos à se-gurança alimentar do país. De minha parte, insisto na proposta: que o pri-meiro de todos os compromissos seja o desmatamento zero nas fl orestas.

Defendo a punição severa para quem desmatar fl oresta nativa na Amazônia e na mata atlântica. Acre-dito que o Brasil pode assumir esse compromisso radical em dezembro, na cúpula do meio ambiente de Co-penhague, que se reunirá para defi -nir o novo acordo que substituirá o Protocolo de Kyoto.

Para a agropecuária brasileira, comprometida com a questão am-biental e interessada no fi nancia-mento da redução das emissões de CO2, o governo brasileiro não tem que hesitar ou precaver-se. Não. Va-mos mesmo para o desmatamento zero, sem arreglo. O País dispõe de terras, em processo de produção e com reservas para a expansão possí-vel, sufi cientes para manter o abaste-cimento interno e exportar.

O que falta, e disso está ciente a opinião pública internacional - como se viu em Nova York, no mês de se-tembro, na rodada de manifestações de chefes de Estado que participaram da abertura da Assembleia da ONU -, é o estabelecimento de compensa-ções aos produtores pela preserva-ção das áreas de cobertura fl orestal sob sua responsabilidade.

Esse apelo justo e amplamente reconhecido é devido a quem paga um preço alto deixando de explorar suas propriedades, enquanto outros obtêm lucros e poder emitindo gases, especialmente o CO2, causadores do efeito estufa que ameaça o equilíbrio do planeta.

No plano interno, é preciso con-solidar as áreas atuais de produção - um direito líquido e certo, pois foram incorporadas ao uso da agropecuária antes que fossem estabelecidas as atuais restrições. Não há sentido nas denúncias demagógicas e vagas que ameaçam a produção de trigo, arroz, milho, carne e frutas.

Em 40 anos, o peso do preço dos alimentos no orçamento das famílias brasileiras caiu de 48% para 18% e pode cair ainda mais, chegando bre-vemente a apenas 12%, dependendo da melhoria das condições de trans-porte (estradas, ferrovias e portos) e da desoneração dos impostos na ca-deia de alimentos.

Até mesmo questões aparente-mente polêmicas - como as chamadas APPs (áreas de preservação perma-nente) das margens de rios, encostas e topos de morro ou áreas sensíveis, que devem ser refl orestadas - podem

ser resolvidas mediante a arbitragem insuspeita e precisa da ciência, cujos critérios e instrumentos (mapas pe-dológicos e levantamentos altimé-tricos, entre outros) prescindem de opiniões apaixonadas ou leigas e po-dem ser aplicados regionalmente por legislação estadual.

Regras claras, realistas e per-manentes, que reconheçam os avan-ços de produção e de produtividade conquistados pela Agricultura e que já não podem regredir, sob pena de aumento no preço dos alimentos e de queda das exportações, são essen-ciais ao entendimento. Vamos reco-nhecer e reparar nossos erros com humildade e racionalidade.

A quem mais do que à agrope-cuária as mudanças climáticas afe-tam decisivamente a ponto de levar à inviabilidade? Seriam os agricultores suicidas? Ou, por acaso, há setor eco-nômico - ou qualquer outra ativida-de produtiva - que mais dependa da água e da terra do que a agropecuá-ria? Seria justo com o Brasil importar alimentos de países que não têm leis ambientais claras e que já dizimaram todas as suas fl orestas?

* KÁTIA ABREU é senadora da

República pelo DEM-TO e presidente da CNA - Confederação da Agricultu-ra e Pecuária do Brasil. Artigo publi-cado no Jornal Folha de S. Paulo de 19/10/2009.

Desmatamento zero, sem arreglooPor Kátia Abreu

Defendo a punição severa para quem desmatar fl oresta

nativa na Amazônia e na mata atlântica

Torres de Melo vai aos Estados Unidos na Comitiva de Kátia Abreu

O presidente da Federação e Pecuária do Estado do Ceará, José Ramos Tores de Melo Filho, inte-gra, no dia 30, a comitiva da pre-sidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), em viagem aos Estados Unidos, onde vai conhecer o funcionamento e o sistema de crédito rural daquele País.

Torres de Melo esteve na últi-ma semana de outubro, em Forta-leza, onde palestrou sobre agrone-gócio no Brasil - Oportunidades e Desafi os, no Agropacto, pacto que ele mesmo criou há 14 anos e o único que permanece ativo no Es-tado.

o Presidente da FAEC, que há 17 anos dirige a instituição é hoje um dos diretores da maior confi an-

ça da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Bra-sil ‒ CNA, senadora kátia Abreu (DEM-TO). Com sua experiência na área, foi chamado a ocupar a vice-presidência diretoria de Infra-estrutura e Logística da CNA, em Brasília, recebeu de Kátia Abreu

um porta-retrato com sua fotogra-fi a com a seguinte mensagem:

Esses seus cabelos brancos, bonitos... Nos dizendo coisas, tão profundas... Nos ensinando tanto do mundo... Um abraço carinhoso. Kátia Abreu.

Presidente da FAEC e diretor da CNA, Torres de Melo

Foto divulga

ção

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ana Frota

Editorial

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Com o intuito de reduzir os fatores que afetam diretamente a saúde da mulher do meio rural, numa perspectiva de prevenção e educação, chega ao Estado através do Serviço Nacional de Aprendi-zagem Rural ‒ Administração Re-gional do Ceará (Senar-AR/CE), o Programa Útero é Vida, lançado no início do ano em algumas cida-des brasileiras pela idealizadora do Programa, a senadora Kátia Abreu, atual presidente do Senar Nacional e da CNA.

A ideia é sensibilizar e cons-cientizar as mulheres do campo, gerando oportunidades de educa-ção, prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero, contri-buindo em qualidade de vida para estas pessoas. A coordenadora de Promoção Social Rural do Senar/PI, Márcia Chaves Borges, veio ao Estado dividir a experiência com representantes do Senar/CE, FAEC

e Prefeitura de Russas bem como o Sindicato Rural da localidade, sen-do este município escolhido para iniciar as atividades do Útero é Vida no Ceará.

A meta do Útero é Vida é aten-der cerca de 150 a 300 mulheres em um único dia de atendimen-to. Elas passam inicialmente pelo cadastramento social do Sistema CNA/SENAR em segui-da encaminhadas para a coleta do material para exame Papa-nicolau ‒ a principal forma de detecção da doença.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Cân-cer - INCA, o número de no-vos casos de câncer de colo de útero estimados em 2008, foi de 18.680, com um risco esti-mado de 19 casos a cada 100 mil mulheres. No mundo esse número sobe para 500 mil no-vos casos.

“Estamos atuando no Piauí desde o início do ano e estamos aqui repassando as informações para os colegas do Ceará que vão iniciar as atividades já no próxi-mo mês,” adiantou Márcia. Os cri-térios de seleção do Útero é Vida são baseados nos índices de câncer de colo de útero. E ainda pela dis-ponibilidade da equipe local para aplicar o Programa na comunidade escolhida. Em Russas, o Programa será realizado no Distrito de Flo-res. A existência de um Sindicato Rural é outra exigência.

Segundo a coordenadora do Programa no Estado do Ceará, Ana Kelly Cláudio, “a tentativa de repetir o sucesso do Piauí no Ce-ará, irá benefi ciar a nossas mulhe-res que vivem no campo” ressalta.

“Além de estender as atividades do Senar que está preocupado com a qualidade de vida das pessoas que vivem no meio rural. Uma delas é com a saúde das mulheres” conclui.

Além disso, enquanto as mães realizam os exames, os fi lhos vão contar com atividades como a Rua do Lazer ‒ espaço recreativo e edu-cativo voltado para as crianças. Com direito a um kit de saúde bu-cal e palestras nessa área. Já o kit da mamãe é o de beleza. EntravesA coordenadora destaca a re-

sistência de algumas mulheres por não aceitar a execução dos exames, em situações onde o técnico res-ponsável pela coleta é um homem, quando a preferência é por uma

profi ssional do sexo feminino. Além disso, em algumas locali-dades o resultado dos exames leva mais de um mês para sair, desestimulado as donas de casa. No Útero é Vida o prazo máximo é de 15 dias para a entrega dos exames.

“Percebemos a difi culdade das mulheres do interior de acessarem programas volta-dos para elas, principalmente na área da saúde. Além disso, acompanhamos os resultados dos exames e comprovamos a importância deste Programa,” afi rma Márcia Chaves.

Russas será a porta de entrada do Programa Útero é Vida

Secretárias municipais e o Presidente do sindicato rural de Russas

O presidente do Sistema OCB-Sescoop/CE, João Nicédio Alves Nogueira, proferiu palestra no dia, 20, durante o 586º Encontro Se-manal do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense (Agropac-to), cujo tema foi “Cooperativismo: Ações do Sistema OCB-Sescoop/CE”. O encontro aconteceu no audi-tório da superintendência do Banco

do Brasil.Durante o encontro, João Ni-

cédio, falou sobre as principais ações que estão sendo desenvolvi-das pelo Sistema OCB-Sescoop/CE, embasadas no Planejamento Estra-tégico da instituição. Segundo ele, a idéia é, além de falar sobre co-operativismo, repensar o trabalho realizado pelo Sistema OCB/CE. “Pudemos rever toda a sistemática, a metodologia de como realizamos nossos programas e projetos. Pre-tendíamos ainda tentar fortalecer e ampliar as parcerias com as insti-tuições presentes, principalmente as do Estado”, completa.

O presidente destacou que, antes de iniciar um novo ciclo no Sistema cooperativista cearense, foi preciso ‘organizar a casa’. “Para isso, suspendemos cerca de 300 registros de cooperativas, passa-mos a realizar uma rigorosa análi-se das solicitações de registros, e a validade desses registros passou a ser apenas de seis meses”, desta-cou. O investimento em comunica-

ção também foi uma das iniciativas da reorganização institucional.

Depois dessa fase, vieram os investimentos em programas e projetos de capacitação e forma-ção profi ssional, além do desen-volvimento de ações de promoção social e de incentivo a autogestão. O presidente destacou o proces-so de Constituição Orientada de cooperativas, cuja fi nalidade é a formação assistida de futuras coo-perativas. “Hoje, não incentivamos nenhuma cooperativa sem fazer o Plano de Negócios e verifi car a sua viabilidade econômica”, frisou.

João Nicédio falou ainda do Programa Cooperjovem, que visa inserir o cooperativismo nas esco-las, e que desenvolve diversas ativi-dades como o Projeto Sorrisão, em parceria com a Uniodonto, além do Cooperteatro, que tem a fi nalidade de trabalhar o cooperativismo e a cooperação por meio do teatro, en-tre outras atividades.

Também foi destaque na apre-sentação o Projeto Família, desen-volvido em Senador Pompeu e o

Curso de Especialização em Gestão de Cooperativas, que tem a chan-cela da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Ainda durante o evento houve o lançamento do “I Encontro da Cadeia Produtiva de Queijo Coalho do Nordeste: Indicação Geográfi -ca, Qualidade e Segurança”, pela pesquisadora da Embrapa Agroin-dústria Tropical, Maria do Socorro Bastos, que também realizou apre-sentação sobre o assunto no mes-mo dia. E ao término do encontro semanal, os participantes recebe-ram exemplares da segunda edição da Revista ACEVET (Academia Cea-rense de Veterinária). A publicação é uma forma de preservar a me-mória da Academia de Veterinária do Ceará e traz a relação de todos os médicos veterinários formados desde 1966 até 2007. Além disso, os nomes de professores e direto-res constam na publicação.

Ao fi nal do encontro, ocorreu um debate com os participan-tes, representantes de diversas instituições.

Presidente da OCB/CE realiza palestra no Agropacto

Coordenadora do Programa no Estado, Ana Kelly Cláudio

João Nicédio destacou o novo ciclo no sistema cooperativista cearense

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CNA propõe reformulação na atual Legislação Ambiental

Fortaleza. A exemplo do Esta-do de Santa Catarina, representan-tes do agronegócio cearense vêm se empenhando para mostrar a sociedade sobre a importância de elaborar uma legislação ambiental estadual. Desta forma, a FAEC em ação conjunta com a Adece, OCB/CE, SDA e Fetraece, convidaram o presidente da Comissão Nacional do Meio Ambiente da CNA, Assue-ro Doca Veronez, que veio, do Acre, expor a visão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA no que se refere à Atualização do Código Florestal: Um Imperati-vo Econômico e Social. A pauta foi, inclusive, o tema do Pacto de Coo-peração da Agropecuária Cearense - Agropacto realizado no dia 13, no Auditório da Superintendência Re-gional do Banco do Brasil, na Aldeota.

Em sua palestra, Assuero Doca, fala sobre quatro premissas bási-cas que norteiam a Legislação atu-al, defendidas pela CNA, na qual produtores passam a respeitar a

questão do desmatamento zero e entendem que, o segundo pressu-posto, deve ser o respeito a conso-lidação das áreas de produção de alimentos. Contudo, para compen-sar os produtores que mantiveram cobertura fl orestal na forma de Re-serva Legal, a Legislação Nacional propõe a execução de Serviços Am-bientais como forma de garantir renda, associada à preservação. A quarta premissa, parte do paradig-ma, que as Áreas de Preservação Permanentes - APPs fl uviais, de encostas e de topo serão refl ores-tadas com base nas orientações da ciência, sem “os achismos”, como menciona Assuero.

Criado em 1965, o Código Florestal vem sendo discutido nos últimos 13 anos e já sofreu mais de 60 modifi cações, resultando em 11 leis implantadas. “O Código Florestal fi cou obsoleto, dissonan-te da realidade rural brasileira. Atualmente, a Legislação traz in-segurança jurídica, causa confl itos

e coloca em risco grande parte da produção do agronegócio do Bra-sil. Por isso, temos requerido esta discussão ao Congresso Nacional a fi m de pacifi car o País e construir uma legislação que atenda tanto aos interesses da conservação am-biental como o avanço da produ-ção rural brasileira,” afi rma.

Segundo o presidente da Co-missão Nacional do Meio Ambiente da CNA, uma das maiores falhas da atual legislação é a imposição de 20% da área total da propriedade destinada à reserva legal. “Esse é um dos erros da legislação vigen-te. Até o fi nal da década de 80, a União tinha o controle exclusivo de legislar sobre o meio ambiente. Já a Constituição de 1988, inovou quando reme-teu também aos estados a incumbência de legislar so-bre essa ma-téria,” lembra Assuero.

“No en-tanto, temos um País com d i m e n s õ e s continentais, com diferen-ças em todos os sentidos ‒ solo, bioma, clima, vegeta-ção ‒ e o Brasil precisa ter uma lei geral feita pelo Congresso Nacio-nal que trace as normas, mas per-mitindo ao estados da Federação o direito de ordenar sobre as suas peculiaridades locais, pois só assim teremos uma legislação justa capaz de atender aos interesses de cada

região do País” disse Assuero Doca.Caso o Decreto 6.514, de 22

de julho de 2008 (que revoga o Decreto 3179/99 e regulamenta a Lei 9.605 que sanciona infrações contra o meio ambiente) entre em vigor a partir do dia 11 de dezem-bro, deste ano, “os produtores ru-rais serão criminalizados por falta da averbação da reserva legal. As multas serão diárias, com valores que variam de R$ 50 a R$ 500,” adverte Doca.

Participaram do encontro se-manal do Agropacto representan-tes da Agência do Desenvolvimento do Ceará ‒ Adece; Associação dos Engenheiros Agrônomos do Ceará ‒ AEAC; Companhia de Gestão de Recursos Hídricos ‒ Cogerh; Con-

selho de Altos Estu-dos da Assembleia Legislativa ‒ Pacto das Águas; Depar-tamento Nacional de Obras Contra as Secas ‒ Dnocs; Em-presa Brasileira de Pesquisa Agropecu-ária ‒ Embrapa; Fe-deração das Indus-trias do Estado do Ceará ‒ FIEC e Insti-tuto de Desenvolvi-mento Industrial do Ceará ‒ INDI; Secre-taria do Desenvol-vimento Agrário do

Estado do Ceará ‒ SDA; Sindicato e Organização das Cooperativas Bra-sileiras no Estado do Ceará ‒ OCB/CE; Conselho Regional de Medicina Veterinária ‒ CRMW; Universidade Estadual do Ceará ‒ UECE; Federa-ções do Rio Grande do Norte e do Acre.

Diretor de Infraestrutura e Logística da CNA, Torres de Melo, e o presidente da Comissão Nacional do Meio ambiente da CNA, Assuero Doca, no Agropacto

Atualmente, a Legislação

traz insegurança jurídica, causa confl itos e coloca em risco grande parte da produçãodo agronegóciodo Brasil.

A intenção da CNA

A ideia da CNA é elaborar uma nova Legislação Ambiental, revendo o Código Ambiental para estabe-lecer outros critérios da reserva legal e das APPs. “A proposta da CNA é muito simples. Pára o Brasil onde está. Quem não desmatou não desmata mais” ressal-ta. Desta forma, o País continua com os 56% da sua cobertura original”.

Caso a lei fosse, integralmente, aplicada à dis-tribuição das áreas fi caria da seguinte maneira, de acordo com os dados da Embrapa Monitoramento por Satélite, 27% das terras estão destinadas à Uni-dade de Conservação e Áreas Indígenas, corresponde a 2.294.343 km². A área de Reserva Legal corres-ponde a maior fatia, com 32%, ou seja, 2.685.542 km² e as APPs, respondem por um total de 17%, ou 1.442.544 km². A soma territorial corresponde a 6.059.526 km², isto signifi ca 71% das terras destina-das a preservação ambiental. Restando apenas 29% do território, onde a produção agrícola divide espaço com a construção de cidades e obras de infraestrutu-ra, ocupando uma área de 2.495.350 km².

Ponto de vista

Para o deputado estadual Cirilo Pimenta (PSDB), os investimen-tos deveriam iniciar pela educação, aprovei-tando melhor os recur-sos naturais em con-junto com as tecnolo-gias. “A maior parte da nossa agricultura é de sequeiro e temos que avançar através da tec-

nologia, correndo o risco de as nossas barra-gens serem aterradas com a entrada da legis-lação” disse Pimenta, atual presidente da Co-missão do Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Assembleia Legislativa do Ceará. “Além disso, nas escolas precisamos de uma disciplina voltada para a conscientização e difusão do assunto,” conclui Pimenta.

Foto: Jailson

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Para 37% das famílias que vivem em as-sentamentos da reforma agrária brasileira, a renda mensal é de, no máximo, um salá-rio mínimo. “Ou seja, em 40% dos assenta-mentos pesquisados a renda individual é de um quarto de salário mínimo, uma situação de extrema pobreza”, disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, ao apre-sentar no dia13, a íntegra da pesquisa sobre assentamentos rurais consolidados realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). A pesquisa foi realizada a pedido do Instituto CNA.

RENDA FAMILIAR

37

35

26

1

Até 1

Mais de 1 a 2

Mais de 5

Nãorespondeu

A pesquisa completa é uma verdadeira ‘radiografi a’ da situação nos assentamentos e mostra, por exemplo, que 75% desse público

não têm acesso ao crédito oferecido pelo Pro-grama Nacional da Agricultura Familiar (Pro-naf), que é a linha de fi nanciamento criada pelo governo para apoiar os pequenos pro-dutores rurais.

ACESSO AO PRONAF

75

4

21

Sim, possuo e estou com os pagamentos em dia

Sim, possuo e estou com pagamentos atrasados

Não possuo

MT – 52%SP – 44%GO – 39%

MG – 23%

“Esse modelo não é adequado, não está gerando renda. São favelas rurais que estão sendo criadas no campo. Você não tira as pes-soas da pobreza dando um pedaço de chão.”, criticou a senadora Kátia Abreu ao comentar os resultados da pesquisa.

A presidente da CNA destacou que há no Brasil oito mil assentamentos rurais, nos quais vivem 875 mil famílias, ocupando uma área de 80,6 milhões de hectares. Em todo

esse conjunto, somente parcela de 3%, ou seja, 240 dos assentamentos, atingiu a sua emancipação. E nem assim conseguem ga-rantir renda para os assentados.

PESQUISA IBOPE EM NOVEESTADOS

Base: Amostra (1000)

A pesquisa mostra que 37% dos assen-tados não têm qualquer produção. Na fatia restante de 63% que apresenta algum tipo de produção, somente 27,7% conseguem pro-duzir o sufi ciente para abastecer sua própria família e gerar algum excedente para comer-cialização, ou seja, apresentam capacidade de gerar renda. A análise dos dados comprova que, efetivamente, 72,3% dos entrevistados não conseguem obter renda com a produção rural nos assentamentos. A pesquisa indica, ainda, que 49% da renda dos assentados não está ligada à atividade na propriedade rural, havendo necessidade de complementação por meios como aposentadorias, pensões, bolsa família, seguro desemprego e trabalho assalariado. Sem essas outras fontes, a renda média cairia para 0,86% do salário mínimo.

O estudo do Ibope mos-tra, ainda, que a atividade nos assentamentos é de baixo aces-so à tecnologia. Os principais instrumentos de trabalho são enxada, foice e pá. O trator aparece somen-te em sétimo lugar, presente em 9% dos do-micílios pesquisados. A pesquisa aponta tam-bém que 46% dos assentados têm 50 anos ou mais, ou seja, uma população com idade média avançada.

Pesquisa revela que 40% dos assentados pela reforma agrária vivem em situação de extrema pobreza

Pesquisa IBOPE

Conseguem gerar exedente de rendaNão produzem nadaNão produzem o suficiente para famíliaProduzem apenas o suficiente para famíliaNão têm qualquer renda monetária

72,3%

37%27,7%

24,6%

10,7%

PRODUÇÃO

Dos entrevistados pelo IBOPE, 40% das pessoas sobrevivem com pouco mais de R$ 110 por mês

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Outro dado de extrema gravidade mostra que em 19% dos assentamentos há presença de trabalho infantil. Grupo de 68% dos entre-vistados é analfabeto ou teve acesso, no máxi-mo, até a quarta série do ensino fundamental. Em média, 4,3 pessoas moram em cada casa de um assentamento da reforma agrária, mas 14% desses domicílios não tem banheiro ou outra instalação sanitária. Entre os 86% que têm banheiro, parcela de 63% utiliza fossa ru-dimentar. Para 42% das propriedades, a água utilizada vem de poço ou nascente.

GRAU DE INSTRUÇÃO

18

122

47

21

AnalfabetoAté 4ª série Ensino Fund.5ª a 8ª série do Ensino Fund.Ensino Médio / SuperiorNão respondeu

A pesquisa do Ibope consultou mil pes-soas em nove assentamentos localizados em diferentes Estados. A proposta foi a de levantar informações gerais sobre as con-dições de vida das famílias que residem em assentamentos rurais consolidados ou em processo de consolidação localizados em nove estados: Bahia, Goiás, Maranhão, Mi-

nas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, São Paulo e Tocantins. Foram selecionados, a partir de listagem do Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra), os as-sentamentos com maior número de famílias em cada Estado e, dentre esses, os assenta-mentos em estágio mais avançado de conso-lidação. A coleta dos dados ocorreu entre os dias 12 e 18 de setembro de 2009, sendo en-trevistadas pessoas residentes no local com 18 anos ou mais.

Pesquisa IBOPE nos assentamentos rurais consolidados da reforma agrária

(Continuação Pág. 5)

“Um pedaço de terra não gera automa-ticamente renda. Não se faz renda apenas com o patrimônio.”, denunciou a senado-ra Kátia Abreu. Ela destacou que também dados que comprovam a falta de presença do poder público nos assentamentos. Dos pesquisados, parcela de 83% nunca parti-cipou de qualquer tipo de curso de qua-lificação. Dos 17% que já freqüentaram cursos, somente 2% indicaram que esses cursos foram promovidos por alguma cooperativa.

“Onde estão as cooperativas? Recebe-ram mais de R$ 100 milhões de reais”, cri-ticou a senadora, remetendo às denúncias feitas pela revista Veja de que cooperati-vas ligadas ao Movimento dos Trabalhado-res Rurais Sem-Terra (MST) teriam recebi-do recursos oficiais, mas não promoveram ações efetivas para auxiliar o homem do campo. Do público que freqüentou cursos, 53% freqüentaram ações de capacitação do Serviço Nacional de Aprendizagem Ru-ral (Senar).

Um pedaço de terra não gera

automaticamente renda.

Brasília. A oposição conseguiu aprovar no dia 21 de outubro, no plenário do Con-gresso, a instalação da Comissão Parlamen-tar Mista de Inquérito (CPI) para investigar o fi nanciamento com verbas públicas de as-sociações de apoio ao Movimento dos Tra-balhadores Rurais Sem Terra (MST). A CPI também quer investigar o desvio dessas verbas para fi nanciar ocupações de proprie-dades rurais produtivas e prédios públicos, como sedes do Instituto Nacional de Coloni-zação e Reforma Agrária (Incra) e agências bancárias.

O requerimento é de autoria da senadora Kátia Abreu (DEM-GO) e do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) - sete partidos da base governista, entre eles PMDB e PTB, apoiaram o pedido de abertura da CPMI.

A base governista tentava ontem retirar assinaturas do requerimento para derrubar

a CPMI, mas, se a comissão sobreviver à ma-nobra, já dá como certo que o comando da investigação (presidência e relatoria) fi cará nas mãos de partidos aliados do Planalto e do MST.

Para constranger a oposição, os gover-nistas também devem pedir para a CPI in-vestigar as fi nanças de entidades patronais como a Confederação Nacional da Agricultu-ra (CNA), que é presidida por Kátia Abreu.

O requerimento foi apoiado por 182 deputados e por 35 senadores - para so-breviver, o ato, foi publicado no “Diário do Congresso” no dia 22, com pelo menos 171 assinaturas de deputados e 27 senadores.

Fonte: Diário do Nordeste - http://diariodonordes-te.globo.com/materia.asp?codigo=682472 acessado em 29.10.2009

Congresso cria CPI do MSTO requerimento de criação da CPI Mista do MST foi apoiado por 182 deputados e por 35 senadores

CNA na mídia

De acordo com a pesquisa, em 19% dos assentamentos há presença de trabalho infantil

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A pedido dos produtores rurais o presidente em exercício da FAEC, Flávio Saboya, no último dia 5 de outubro, encaminhou uma carta ao secretário da Fazenda do Estado do Ceará, Carlos Mauro Benevides Filho, sugerindo a prorrogação do prazo para a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica. O prazo sugerido foi de até 31 de dezembro de 2010 que, de acor-do com Saboya, considera tempo necessário à organização do se-tor no Estado para a emissão do documento.

Quando entrou em vigor, no dia 1º de setembro, o Protocolo ICMS 42, de 3 de Julho de 2009, impondo ao contribuinte a emissão obrigatória de Nota Fiscal Eletrô-nica ‒ NF-e, modelo 55, em subs-tituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, produtores rurais de todo o Estado buscaram uma interven-ção pela FAEC, com receio ao des-cumprimento da nova Portaria. Os motivos estão ligados basicamen-te quanto à operacionalização do novo sistema.

“Ora, como o produtor que não possui nem energia elétrica vai conseguir emitir a nota para comercializar as suas mercado-rias,” indagou Saboya, ao lançar a proposta de os Sindicatos Rurais viabilizarem o acesso à NF-e para o agricultor.

De acordo com, as informações disponibilizadas no site do Ministé-rio da Fazenda, a NF-e busca a inte-gração e compartilhamento de da-dos, com o objetivo de racionalizar e modernizar a administração tribu-tária brasileira, reduzindo custos e entraves burocráticos, facilitando o cumprimento das obrigações tribu-tárias e o pagamento de impostos e contribuições, além de fortalecer o controle e a fi scalização por meio de intercâmbio de informações en-tre as administrações tributárias.

AcessoDurante a reunião, requerida

pelos produtores rurais na sede da FAEC, Flávio Saboya, expôs que as principais difi culdades estão con-centradas na operacionalização. “Os problemas começam desde o acesso a internet até a utilização do computador”, explica o Presidente em exercício da FAEC, ao reconhe-cer que nem todos os produtores saberão utilizar a ferramenta.

Contudo, a consultora do Pro-grama Casa em Ordem da FAEC, Jucileide Nogueira, falou sobre os benefícios para a área rural, como a retenção de 2,3% sobre o fatura-mento para a Receita Previdenciá-ria, com o repasse de 0,2% para o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural ‒ SENAR/CE, verba que será convertida em capacitação profi s-sional ao produtor rural, por meio de arrecadação.

“É uma chance do produtor ru-ral sair da formalização, migrando de uma atividade de subsistência para o empreendedorismo” disse a consultora.

“As notas fi scais eletrônicas servirão como comprovante para a aposentaria rural” ressalta. Além disso, o município onde está locali-zada a propriedade gera benefícios à população através do Fundo de Participação dos Municípios.

EntravesNo entanto, outros entraves

surgem na hora de emitir uma nota fi scal eletrônica. Acontece que para a validação do pedido de nota fi s-cal, o produtor rural precisa, ini-cialmente, adquirir uma certifi ca-ção digital, disponível através das redes autorizadas (Serpro, Serasa, Fenacom, Sescap). Além disso, o agricultor necessita ainda de um contador certifi cado eletronica-mente, responsável por credenciar a empresa junto a Sefaz. E claro, um computador conectado a inter-net para fazer as solicitações.

Produtores querem prorrogação no prazo para emissão da Nota Fiscal Eletrônica

Flávio Saboya reconhece difi culdade dos produtores

Serviço

Outras informações no Portal da Nota Fiscal Eletrônica http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/Default.aspx

Federação da Agricultura e Pecuá-ria do Estado do Ceará - Rua Edite Braga, 50 ‒ Jd América. Jucileide - 3535-8021

Turma de FortalezaOs novos empreendedores capaci-

tados pelo Serviço Nacional de Aprendi-zagem Rural no Ceará ‒ SENAR/CE estão recebendo no Programa Empreendedor Rural todas as orientações de como ad-ministrar uma propriedade de forma sustentável. Desta maneira, durante o módulo de Cadeias Agroindustriais do PER terão a chance de conhecer na prá-tica a gestão de empresas consolidadas no mercado como é o caso da Cialne e Ypióca. A visita está marcada para o dia 31 de outubro.

Palma na alimentaçãoO presidente do Sindicato Rural de

Amontada, Humberto Albano de Mene-zes, através de um trabalho de extensão de base levou ao município de Miraíma, a 188 km de Fortaleza, a difusão da téc-nica que converte palma forrageira em alimentação animal, através de um Dia de Campo, com o chefe do Departamen-to Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará ‒ FAEC, Jorge Prado, que no dia 16 de outubro transmitiu aos produtores rurais do Mu-nicípio as informações para a utilização da palma na alimentação animal, no que se refere ao cultivo e manuseio da cactácea.

Já na segunda-feira, 19, Prado levou a técnica para o Centec de Qui-xeramobim e os produtores rurais da localidade.

Senador PompeuNa terça-feira, 20, foi a vez do mu-

nicípio de Senador Pompeu, no Parque de Exposição. Na quarta, dia 21, o co-mandante do Detec da FAEC participou do Sebrae Itinerante em Solonópole, onde levará informações através de palestras sobre a Seleção de Matrizes e Reprodutores, Palma Forrageira na Ali-mentação Animal, Manejo Reprodutivo e Silagem. E de 26 a 29 de outubro, no Congresso Brasileiro de Palma e outras Cactáceas, em Campina Grande (PB), abordando o tema “Potencialidades e Inovações para o Desenvolvimento Sustentável”.

“A palma forrageira pode ser utili-zada para reduzir os custos de produção durante o período de estiagem,” ressalta Prado, justifi cando a sua importância. Ele acrescenta que, a palma pode ser aproveitada, também, na alimentação humana.

Carnaúba: bons tempos voltarão

Xerófi la da qual tudo se aproveita, principalmente o pó que escorrega de sua palha seca e do qual se produz uma cera de mil e uma utilidades industriais e domésticas, a carnaubeira - cientifi -camente denominada “copernícia cerí-fera” - retomará, no Ceará, o prestígio econômico que teve até os anos 60. O primeiro passo nessa direção será dado no próximo sábado, em Sobral, durante a VII Agrinort: produtores, industriais e trabalhadores que lidam com a carnaú-ba se reunirão em um seminário des-tinado a analisar a situação de sua ca-deia produtiva e a apontar saídas para

o quadro atual de difi culdades que ela enfrenta.

Carnaúba IIO evento promovido pela Câmara

Setorial da Carnaúba, presidida por Ed-gar Gadelha, com o apoio da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), pretende dar partida a um novo tem-po da produção, do benefi ciamento e da comercialização dessa palmeira que habita as margens dos rios nor-destinos, cuja derrubada e corte estão condicionados à autorização dos orga-nismos competentes. Foi elaborada e será distribuída em Sobral uma cartilha que, didaticamente, ensina tudo sobre a carnaúba, desde o seu adequado ma-nejo e o controle da praga da “boca de leão” até o corte e a secagem da palha para a extração do pó, incluindo o seca-dor solar. A cartilha orienta até como os produtores devem organizar-se para obter a melhor comercialização de sua produção. Há seis polos produtores no Ceará, e o maior é o de Sobral: produz 474 toneladas de cera.

Fonte: Coluna Egídio Serpa

Caju tenta saída em Brasília

Liderados pelo presidente do Sin-dicato da Indústria do Caju do Ceará, Lúcio Carneiro Filho, exportadores nor-destinos de amêndoas foram à Brasília, falar com o ministro da Agricultura, Rei-noldo Stephanes. Pauta do encontro: a desvalorização do dólar e suas ameaça-doras consequências para a fruticultura exportadora do Nordeste. Carneiro teme que haja desemprego na indústria bene-fi ciadora de castanha de caju, se conti-nuar a apreciação do real. Ao taxar com IOF de 2% a entrada de capital de curto prazo no Brasil, o Governo mexeu-se, mas algo mais precisa ser feito. Na sua opinião, a solução é a reedição do crédi-to-prêmio ao exportador, retroativo aos últimos três anos com alíquota compatí-vel com a renúncia fi scal feita ao setor automotivo - algo como 7% equivale ao câmbio de R$ 1,80 por US$ 1. O acor-do será chancelado por instituições que representam a indústria e a agricultura, como a CNI e a CNA, o que encerrará a discussão sobre os créditos-prêmios an-teriores editados e nunca pagos.

Fonte: Coluna Egídio Serpa

Mulher AgricultoraNO DIA 15 deste mês o mundo todo

celebrou o Dia da Mulher Agricultora. Se há um povo que deveria soltar rojões para comemorar a data, somos nós: afi -nal, na presidência da CNA (Confedera-ção da Agricultura e Pecuária do Brasil) temos, pela primeira vez na história, uma mulher lúcida, lutadora, corajosa, determinada, defensora incondicional da agropecuária brasileira, a senadora Kátia Abreu. Como ela outras mulheres valentes, fortíssimas, estão na base da nossa agricultura, deixaram suas raízes por uma nova pátria. A elas, o respeito reverente de todo o povo brasileiro. E uma dívida irresgatável. Parabéns.

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“A Comunicação é o coração da nossa Instituição.” Com esta mensa-gem, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, encerrou sua palestra no Seminário de Comunicação Estratégica promo-vido pela entidade, em Brasília, nos dias 14 e 15 de outubro, reunindo os assessores de comunicação dos 27 estados do País. A fi nalidade do encontro, além de promover uma reciclagem, foi a de “aproximar e sintonizar os comunicadores com a equipe de comunicação da CNA e com a nova missão da Instituição, elaborada através do planejamento estratégico que tem como um dos objetivos ampliar os canais de co-municação com a mídia impressa, televisiva e radiofônica, com a mídia eletrônica, produtores rurais, seus sindicatos e entidades parceiras da CNA,” disse a jornalista Silvana Fro-ta, que representou a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará ‒ FAEC.

Ficou patente ainda, que a CNA quer cumprir sua missão de defesa dos interesses da classe produtora, buscando o equilíbrio entre a pro-dução e o Meio Ambiente e que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural ‒ Senar é a maior fonte de in-formação e de execução de projetos de responsabilidade social do Sis-tema, tema forte na agenda da po-pulação brasileira, assim como ali-

mentos saudáveis. O Senar também está mudando de postura, inclusive, o seu slogan que agora será: SENAR - A ESCOLA DA VIDA NO CAMPO.

Atualmente, o Senar realiza im-portantes projetos de capacitação. Só neste primeiro semestre do ano, foram 555 mil pessoas e, agora, está implantando em todo o País um grande projeto de aprimoramento da gestão na propriedade, através do Programa Empreendedor Rural. Além disso, o Senar, implanta vários projetos de Responsabilidade Social como o Inclusão Digital Rural (la-boratórios de informática nos sin-dicatos rurais), Ciranda da Cultura (circulação de espetáculos artísticos gratuítos), Útero é Vida (prevenção do câncer de colo). A senadora Ká-tia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA, diga-se de passagem a primei-ra mulher a presidir um sindicato rural, a primeira mulher a presidir uma Federação e uma Confedera-ção) tem um “pulpito” especial que é o Congresso Nacional.

Além bem informada e bem ar-ticulada, a senadora quer mostrar ao Brasil uma nova imagem do pro-dutor rural, que segundo ela é víti-ma de muitos preconceitos. “Temos 120 milhões de hectares de terras para plantar, sem precisar desma-tar e temos um milhão de pessoas passando fome no mundo. O Brasil é o único país que tem essa área dis-ponível, precisamos socializar estas

informações”, disse a senadora. .Um novo planejamento estra-

tégico foi elaborado recentemen-te, abrangendo todo o Sistema CNA/SENAR e Federações onde foi acrescentada à sua missão al-gumas questões norteadoras do trabalho, que é “representar, orga-nizar e fortalecer o setor agrope-cuário brasileiro, defendendo seus direitos e interesses, promovendo o desenvolvimento econômico, so-cial e ambiental”. As duas últimas ações (social e ambiental) foram introduzidas na nova missão.

A comunicação, por sua vez, é uma das fer-ramentas deste p lane jamento

estratégico que está sendo colo-cada em prática, na medida em que o Sistema deve se voltar para a socieda-de para responder às suas neces-sidades. As mídias alternativas via internet foram colocadas como es-senciais nesta nova ação de comu-nicação, sendo que a própria CNA já criou o Canal do Produtor (www.canaldoprodutor.com.br), onde o produtor recebe uma gama de in-formações em todas as áreas, po-dendo participar com perguntas e obter respostas. “A Comunicação é o coração da nossa instituição, foi o que disse a senadora Kátia Abreu”.

Omar Hennemann - secretário Executivo do Senar Nacional, coor-denou o Seminário e abordou dois temas: Responsabilidade Social dos Programas do Senar e “Sucesso é para as pessoas.” Tivemos ainda a

participação dos jornalistas Marco Iten e Cintia Kuri ‒ destacando “O que é essencial numa Assessoria de Imprensa”; os jornalistas Heraldo Pereira - da TV Globo - e Estevam Damásio, diretor da Rádio CBN - re-passaram informações sobre estra-tégias de comunicação na TV e no Rádio.

O vice-presidente diretor de In-fraestrutura Logística da CNA, José Ramos Torres de Melo Filho, teve uma participação importante, no período da tarde do dia 15, quando falou um pouco da sua experiência e da importância que acabou dando

à comunicação na Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado do Ceará. Para ele, a CNA está vivendo um momen-to importante onde a senadora Kátia Abreu faz um traba-lho extraordinário e

tem um espaço muito importante para se manifestar que é o Congres-so Nacional, cabendo aos assessores de imprensa em cada Estado buscar suas idéias e necessidades e enga-jar-se no trabalho. “É preciso que se goste do que faz, não nos preo-cupemos com os erros, sem nunca desanimar das batalhas”, disse ele.

Coube a jornalista Otília Gou-lart, assessora de imprensa da sena-dora Kátia Abreu na CNA, dissertar sobre o trabalho da Comunicação naquela Casa, mostrando as con-quistas que vem realizando a sua equipe ao longo do tempo, inclu-sive com gráfi cos ilustrativos dos espaços conquistados na mídia no último trimestre deste ano, que vem aumentando consideravelmente, graças a postura ética e fi rme da Senadora.

No fi nal do encontro os jornalis-tas receberam um presente da Pre-sidência da CNA, a foto panorâmica da equipe de assessores do Sistema com a senadora Kátia Abreu e um cartão com a seguinte mensagem: “A comunicação é o coração da nos-sa Instituição”.

CNA reúne comunicadores e recomenda novas estratégias

No dia 13 de outubro de 2009, foi publicada a Lei nº 12.058, estabelecendo em seu artigo 21, alterações nos prazos para renegociação das dívidas rurais, estas alterações foram regulamentadas através das re-soluções do Banco Central de nú-meros: n° 3.795,3.796,3.797,3.798,3.799,3780 de 15.10.2009, no qual fi zemos um resumo das resoluções que interessa para re-gião Nordeste:

A ‒ Resolução 3.795 de 15.10.2009 : “Normatiza condi-ções para renegociação das dívidas de investimento e custeio contrata-das com Fruticultores com recur-sos do FNE:

Operações de Investimentos: Renegociação da parcelas vencidas ou vincendas entre 01 de setem-bro de 2008 a 31 de dezembro de 2009, desde que:

B‒ Resolução 3.796 de 15.10.2009: Estabelece prazos e

disposições complementares para renegociação das dividas do PESA:

C ‒ Resolução 3.797 de 15.10.2009:

D ‒ Resolução 3.799 de 15.10.2009: “Estabelece novos prazos e normatiza a renegociação das seguintes operações:

› OPERAÇÕES DE CREDITO RURAL DE CUSTEIO OU INVESTI-MENTO contratadas ou renegocia-das no período de 1o de dezembro

de 1998 a 31 de dezembro de 2007, em situação de inadimplên-cia em 30 de abril de 2008, lastre-adas em recursos do FNO, FNE ou FCO,dispondo sobre os seguintes prazos para a renegociação das re-feridas dívidas:

5 ‒ Resolução 3.797 de 15.10.2009:

Maiores informações www.faec.org.br

Renegociação de Dividas de Crédito Rural

A Comunicação é o coração da nossa Instituição

Senadora Kátia Abreu com os assessores de comunicação do Sistema CNA/SENAR

Jornalistas Heraldo Pereira e Silvana Frota

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Reativação do Sindicato Rural de Barreira, com eleição marcada para 09 de novembro, na Câmara Municipal daquele município, ten-do como candidata à presidência, a Senhora Eleneide Torres Brilhante de Oliveira;

- Realizou-se eleição no Sin-dicato Rural de Cedro, assumindo a presidência da entidade o em-presário José Ferreira Lima, eleito para o mandato 2009/2012, que recebeu das mãos do líder sindi-cal, empresário rural, ex-Diretor da Federação da Agricultura e Advo-gado, Dr. José Bezerra Viana, uma entidade enxuta, com excelentes serviços prestados à classe produ-tora daquele município.

- Foi promovido no dia 30 de setembro último fi ndo, o pleito

eleitoral para escolha da nova dire-toria do Sindicato Rural de Coreaú, para o mandato 2009/2012, tendo sido eleito para presidência daque-la entidade, o empresário rural, Senhor José Pinto de Albuquerque, que dará continuidade às ações do Sindicato no município.

- O Departamento Sindical re-cebeu representantes do Sindicato Rural de Canindé, no intuito de re-ativar as ações daquela entidade. Na oportunidade receberam as orientações cabíveis ao caso, pela representante daquele Departa-mento que se colocou à disposição para impulsionar o novo processo eleitoral, cumprindo-se a legislação sindical e normas estatutárias.

- Foi realizada, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuá-

Sinrurais e seus presidentesMUNICÍPIO PRESIDENTE FONE

ACOPIARA FCO CHAGAS DE CARVALHO NETO (88) 9908.9299

ALCÂNTARA JOSÉ OSMAR LOPES (88) 9281.2471

ALTANEIRA RAIMUNDO NOGUEIRA SOARES (88) 9934.3543

AMONTADA HUMBERTO ALBANO DE MENEZES (88) 9955.1178

ARACATI NORMANDO DA SILVA SOARES (88) 8813.9837

ARACOIABA GERARDO ALVES DE MELO (85) 9989.4365

AURORA FRANCISCO TARCISO LEITE (88) 8897.0650

BANABUIÚ JOSÉ ERNANDO DE OLIVEIRA (88) 9965.0181

BATURITÉ FRANCISCO INÁCIO DA SILVEIRA (85) 8681.1243

BEBERIBE SEBASTIÃO FILGUEIRAS BASTOS (85) 9628.8767

BOA VIAGEM FRANCISCO DE ASSIS LIMA (88) 9975.7266

BREJO SANTO FRANCISCO VALMIR DE LUCENA (88) 9964.1518

CARNAUBAL JOSÉ AUGUSTO TAVARES (88) 3650.1449

CASCAVEL PAULO HELDER DE ALENCAR BRAGA (85) 9981.4357

CATUNDA JOÃO BRANDÃO DE FARIAS (88) 9225.2691

CAUCAIA RICARDO BEZERRA NUNES (85) 3342.1512

CEDRO JOSÉ FERREIRA LIMA (88) 3564.0155

COREAÚ JOSÉ PINTO DE ALBUQUERQUE (88) 9928.0245

CRATEÚS ANTONIO NARCELIO DE O. GOMES (88) 9291.4881

CRATO FRANCISCO FERREIRA FERNANDES (88) 9969.6011

GRANJA PEDRO FONTENELE DE SOUSA (88) 9635.8512

GUAIÚBA HAROLDO MOURA SALES (85) 9904.9823

GUARACIABA DO NORTE GILBERTO BALTAZAR DE MESQUITA (88) 9952.8853

IBARETAMA CARLOS BEZERRA FILHO (88) 9968.1218

IGUATU JOSÉ BESERRA MODESTO (88) 3581.6178

INDEPENDÊNCIA MOACIR GOMES DE SOUSA (88) 3675.1011

IPU FCO DAS CHAGAS PERES MARTINS (88) 9916.0679

ITAPAJÉ JOSÉ BEROALDO DUTRA DE OLIVEIRA (85) 9188.9505

JAGUARETAMA EXPEDITO DIÓGENES FILHO (85) 8124.6940

JAGUARIBE MARIA ZIMAR PINHEIRO DIÓGENES (88) 9218.1412

LIMOEIRO DO NORTE LUIZ MENDES DE SOUSA ANDRADE (88) 9958.8000

MARANGUAPE FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA FILHO (85) 3341.5575

MARCO ALEXANDRE MAGNUM LEORNE PONTES (88) 9928.1092

MASSAPÊ JOSÉ T. VASCONCELOS JÚNIOR (88) 9955.6915

MILAGRES FRANCISCO WILTON FURTADO ALVES (88) 9952.5760

MISSÃO VELHA FRANCISCO FRANCIVALDO CRUZ (88) 8833.4008

MONSENHOR TABOSA FCO DAS CHAGAS FROTA ALMEIDA (88) 3696.1254

MORADA NOVA FCO EDUARDO B. DE LIMA JUNIOR (88) 9921.7979

MORAÚJO MARCOS AURÉLIO ARAÚJO (88) 3642.1016

MORRINHOS JOÃO OSSIAN DIAS (88) 9910.5699

MOMBAÇA FRANCISCO DANÚBIO DE ALENCAR (88) 8806.8846

NOVA RUSSAS EUGÊNIO MENDES MARTINS (88) 3672.1231

PIQUET CARNEIRO EXPEDITO JOSÉ DO NASCIMENTO (88) 9964.3118

QUIXADÁ FCO FAUSTO NOBRE FERNANDES (88) 3412.1616

QUIXERAMOBIM JOSÉ MAURO MAIA RICARTE (88) 8818.0090

QUIXERÉ VALDIR GONÇALVES LIMA (88) 3423.6955

RUSSAS PEDRO MAIA ROCHA JUNIOR (88) 3411.0136

SANTANA DO ACARAÚ FRANCISCO HELDER LOPES (88) 9967.8554

SANTANA DO CARIRI JOSÉ CIDADE NUVENS (88) 3545.1456

SENADOR POMPEU JOSIEL BARRETO DA SILVA (88) 3449.0375

SOBRAL HIRAM ALFREDO CAVALCANTE (88) 9171.1032

TABULEIRO DO NORTE EDNARD FERNANDES DE A. FEITOSA (88) 9913.7270

TAMBORIL FRANCISCO EDMILSON SOARES (88) 3617.1160

TAUÁ JOSÉ LÚCIO DO NASCIMENTO FILHO (88) 3437.1431

TIANGUÁ FERNANDO ANTO. V. MOITA (88) 9602.9046

TRAIRI JOÃO ALVES FREIRE (85) 9646.2040

UBAJARA INÁCIO DE CARVALHO PARENTE (88) 9953.5382

VIÇOSA DO CEARÁ WILLAME REIS MAPURUNGA (88) 3632.1544

SINDICATO PRESIDENTE FONESINDICATO DOS PRODUTORES

DE LEITE - SPLJOSÉ DOS SANTOS SOBRINHO (85) 9997-3506

COORDENADOR REGIONAL

COORDENADOR REGIÃO FONE

INÁCIO DE CARVALHO PARENTE REGIÃO DA IBIAPABA (UBAJARA) (88) 9953-5382

Informes do Departamento Sindical da FAEC

O Instituto CNA, da Confede-ração da Agricultura e Pecuária do Brasil ‒ CNA, formatou o Programa “Com licença vou à luta”, com foco nas propriedades rurais administra-das por mulheres ou para estimulá-las a assumirem esta função com mais segurança.

Na fase de estruturação, o Pro-grama contou com a participação de seis mulheres. Levando em conside-ração a valiosa participação, a CNA quer prestigiar os cinco Estados e o DF, iniciando o repasse da metodo-logia para que o Programa seja apli-cado com prioridade nos estados de origem. Cada Federação participante vai indicar dois facilitadores (dando

prioridade para as mulheres, se pos-sível) para receber a capacitação, em Brasília, no período de 09 a 13 de novembro. As despesas de desloca-mento, hospedagem e alimentação fi carão sob a responsabilidade da CNA.

“Com licença vou à luta”, da CNA

ParticipantesAna Maria de Azambuja Lima, do DF Maria Zimar Pinheiro Diógenes, de Jaguaribe-CE Miuky Hyashida, de Brejinho de Nazaré-TO Rosângela Han-neman, de Redenção-PA Tel-ma Maganeli, de Bom Jesus-PI Zenia Aranha, de Porto Alegre-RS.

I Seminário da Cadeia Agropecuária da Ibiapaba

Acontecerá durante os dias 26 a 28 de novembro de 2009, na Pou-

sada da Neblina, em Ubajara-Cea-rá, o I Seminário da Cadeia Agro-pecuária da Ibiapaba, tendo na comissão organizadora o IDAGRI, a Prefeitura Municipal de Ubajara e o SEBRAE/CE. O lançamento esta-dual do evento será, no Agorpacto, do dia 10, na Superintendência do Banco do Brasil, em Fortaleza. A Federação da Agricultura e Pecu-

ária do Estado do Ceará ‒ FAEC e o Serviço Nacional de Aprendiza-gem Rural do Ceará ‒ SENAR/CE, irão colaborar com palestra sobre o Programa Empreendedor Rural presentes no Seminário, proferida pelo presidente do Sistema FAEC/SENAR, José Ramos Torres de Melo Filho, a convite da organiza-ção do evento.

ria do Estado do Ceará ‒ FAEC, reu-nião demandada por um grupo de empresários rurais do município de Aquiraz, liderados pelo Dr. Ivanhoé Bezerra, na busca de conhecimento e orientação da legislação sindical, para criação do Sindicato dos Pro-dutores Rurais daquele município. Estiveram presentes à reunião, a chefe do Departamento Sindical, Senhora Maria Nilza Luna Lucas, o Engenheiro Agrônomo Antonio Furtado de Macedo e o Advogado Fernando Gouveia da Paz Filho. Ou-tras reuniões deverão acontecer, para consolidação do pleito.

- Dando prosseguimento as ações desenvolvidas pelo Departa-mento Sindical, realizou-se, no dia 20, na Câmara Municipal de Solo-nópole, uma palestra a convite dos treinandos do Programa Empreen-dedor Rural ‒ PER e produtores ru-rais fi liados ao Sindicato Rural da-quele município, de sensibilização da classe empreendedora na orga-nização e fortalecimento do sindi-catos fi liados ao Sistema da Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil ‒ CNA, oportunidade em que foi proposta a reativação do sindicato, com reunião marcada para o dia 28.10.2009, contando

com as lideranças sindicais já fi lia-das, de acordo com o estatuto.

Prestigiaram a palestra da chefe do Departamento Sindical, Senhora Nilza Luna, o Prefeito Municipal, Dr. Antonio Valterno Nogueira Pinheiro; a 1ª dama, Drª Júlia Neide Pinheiro Nogueira; a presidente da Câmara Municipal, Senhora Maria Costa; o Secretá-rio de Empreendedorismo, Senhor José Alriberto Pinheiro e o Secre-tário de Desenvolvimento Agrário, Senhor Antonio Guedes. A Senhora palestrante e motivadora da reor-ganização dos sindicatos fi liados à Federação da Agricultura colocou-se à disposição dos produtores e líderes sindicais para os esclareci-mentos e serviços que se fi zerem necessários.

Nilza Luna (sexta à direita), palestra para líderes sindicaisem Solonópole

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Falta pouco menos de R$ 200.000,00 (du-zentos milhões), para a conclusão da hidrovia do Rio Parnaíba, o que poderá viabilizar com menor custo a pecuária do Estado do Ceará, particular-mente a avicultura e a suinocultura. A informação foi dada ontem, 27, pelo diretor de Infraestrutu-ra e Logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, José Ramos Torres de Melo Filho, atual presidente da Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado do Ceará - FAEC, du-rante a reunião semanal do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense - Agropacto, quando proferiu palestra sobre Agronegócio Brasileiro, Oportunidades e Desafi os.

Segundo Torres de Melo, a falta de crédito, logística e infraestrutura são ainda os grandes gargalos que impedem o crescimento do agrone-gócio brasileiro, por isso a CNA vem concentran-do esforços no levantamento das necessidades de mais hidrovias, eclusas de rios, ferrovias e portos em todo o País, visando defender junto ao Gover-no Federal às novas medidas e oferecer ao produ-tor rural melhores condições de comercialização dos seus produtos, a baixo custo e com agilidade. “As hidrovias que constituem a mais efi ciente e barato meio de transporte para grandes cargas,” disse Torres de Melo. Ele anunciou também que as mesmas serão grandemente benefi ciadas com a aprovação do Projeto de Lei 5335 (já aprovado no Senado e na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados) que obriga a construção de eclusas em qualquer barramento que venha a ser feito nos rios navegáveis ou potencialmente navegáveis no país, disse Torres de Melo. O Di-

Hidrovia do Parnaíba pode viabilizar a pecuária cearense

O agronegóciono Brasil,

representa 1/3do PIB, 37% dosempregos

Torres de Melo (centro), após licensa de dois meses, retorna trazendo as novidades para o cresci-mento do agronegócio cearense

Foto: B

runo

Carva

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Agrinho 2009

Nota de pesarÉ com profundo pesar que, através deste In-

formativo, comunicamos que no dia 15 do cor-rente mês, faleceu nesta capital, o ex-Presidente da FAEC, Dr. ELIAS LEITE FERNANDES, cidadão de grande valor e de um caráter dominante como profi ssional que foi em todas as atividades que exerceu nesse estado, cujo desempenho foi exer-cido com maestria e com a competência que ca-racteriza os homens de bem e de uma fi dalguia exemplar.

Veio a deixar o convívio de quantos o cer-cavam com amizade e carinho, quando ainda se apresentava com a jovialidade de seus 85 anos bem vividos.

Foi Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará - FAEC, durante o período de 1980 a 1989, tendo sido o seu fundador, quando ocupou o cargo de Diretor Secretário, havendo prestado, ainda, relevantes serviços ao Estado do

Ceará, em várias outras funções de destaque que exerceu.

Deixou como des-cendentes seus qua-tro fi lhos Anne Mary Bezerra de Menezes; Elias Leite Fernandes Júnior; Moema An-drade Santos e Silva-na Fernandes, além de oito netos.

retor da CNA disse que é necessário identifi car novos mercados exter-nos, aptidão e competi-tividade da produção e da comercialização.

OportunidadesComo oportuni-

dades do Agronegócio Brasileiro que represen-ta 1/3 do PIB e 37% dos empregos, ele destacou as mudanças geográ-fi cas e qualitativas. O

Sul e o Sudeste que foram pioneiros na exporta-ção tenderão a se especializar em produtos mais sofi sticados e de exportação por contêineres. As novas fronteiras do Centro Norte e Centro Oeste assumirão as ex-portações básicas de granel num primeiro momento ,mas se respon-sabilizarão pela expansão futura em todas as linhas. Essa mudança geográfi ca e de alternativas traz como vantagem, por exemplo, o fato de São Luis está a quatro dias de navegação do que os Portos de Paranaguá ou Santos, dos merca-dos do Atlântico Norte.

Deu como exemplo o caso da soja exportada via transporte rodoviário, percorrendo 2.200 km da maior região produtora de soja em Mato Gros-so, que paga 44% do seu valor somente pelo frete. Daí a busca de alternativas dos corredores Norte, através da ferrovia Norte-Sul e Carajás ou das hi-drovias do Tocantins, Teles Pires e Tapajós.

Torres de Melo mostrou um mapa que de-notando a diferença de preços entre transportes rodoviários, ferroviários e através das hidrovias.

A safra do País tem como principais escoa-mentos os corredores do Centro Oeste, passando pelo Norte, com uso de hidrovias do Tocantins, Teles Pires e Tapajós e pelas ferrovias Norte Sul e dos Carajás. Com a utilização dos portos do Pará e Itaqui, no Maranhão, o diretor da CNA defende a construção da hidrovia do Parnaíba, que bene-fi ciará o Ceará. Segundo ele, foi o Ministro César

Cals o responsável pela construção da barragem da Boa Esperança, sobre o Rio Parnaíba, deixando quase pronta as obras civis da eclusa que garan-tiria a viabilização da referida hidrovia. Informou ainda que, o DENIT e a ANTAQ incluíram essa obra como prioritária na programação de 2010.

Atualmente o Porto de Itaqui, com a demanda de exportação somente de grãos, dos 5 milhões de toneladas, tem exportado menos de 2 milhões de toneladas, por falta de estrutura física, apesar de ter um projeto do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, com quatro anos de atraso na obra. Sobre o Porto do Pecém, no Ceará, o dirigen-te da CNA acredita que será o grande ancoradou-ro para a exportação de frutas e fl ores de toda a Região Nordeste, posição que já conquistou e terá uma maximização da sua utilização com os gran-des projetos estruturantes que lá serão implanta-

dos como a Refi naria, Siderúrgi-ca, a Zona de Processamento e Exportação - ZPE e a exploração da mina de fosfato de Itataia, em Santa Quitéria.

Desafi os“Os sistemas rodoviários

não suportarão tamanha de-manda e muito menos a sua

expansão. As hidrovias são a solução lógica e sua implantação uma exigência do mercado e da sobrevivência do agronegócio. Urge que os rios sejam liberados, com a construção de eclusas.

As águas têm que ter um múltiplo uso,” disse Torres de Melo. Ele anunciou que no próximo ano vai estar pronta a eclusa do Tucuruí, mas mesmo assim, o rio Tocantins ainda não será libertado, embora seja uma alternativa. É importante que se abra a rodovia do Tocantins e a ferrovia Norte-Sul, já chegando a Guairá, a poucos quilômetros de Palma, no Tocantins.

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Os desenhos e redações produzidas por estes alunos e também a Experiência Pedagógica irão passar por uma rigorosa avaliação da Comissão Julgadora, responsável por escolher as melhores atividades de cada tema (Cidadania e Meio Am-biente). As maquetes e esculturas formaram cor-redores estreitos pelo auditório Armando Falcão, na sede da FAEC, são mais 700 trabalhos.

Além do concurso Município Agrinho que é o resultado de todas as ações desenvolvidas nas escolas pelos alunos, professores e diretores. Os municípios vencedores receberão computadores que serão sorteados entre as escolas participan-tes. Além de outros prêmios (televisores, DVDs, aparelhos de som, bicicletas, motocicletas e tam-bém computadores) para as crianças e professo-res. A coordenadora estadual do Programa Agri-nho no Ceará, Ana Kelly Cláudio, explica que esta é uma forma de estimular os alunos, professores e diretores das escolas da rede pública.

As Regiões do Baixo e Médio Jaguaribe e a Região do Maciço de Baturité participaram no concurso com o tema Cidadania, onde foram aten-didas 62.718 e 53.080 crianças respectivamente.

Só na Região do Baixo e Médio Jaguaribe e o Maciço de Baturité foram entregues pelo Senar/CE, nos meses de março e abril 33 mil cartilhas do 2º ao 5º ano e mais 28 mil cartilhas do 6º ao 9º ano. Além dos 4.500 mil manuais do professor, referente ao tema Cidadania. Em 2009, o Progra-ma benefi ciou 42 municípios, 1.230 escolas, 9 mil professores e quase 200 mil alunos. No dia 19 de outubro, foi a vez dos municípios da Região da Serra da Ibiapaba entregarem os trabalhos.

AvaliaçãoA Comissão Julgadora responsável por es-

colher os melhores trabalhos é formado por membros das entidades parceiras ‒ Aprece, BNB, SEBRAE, Tortuga, UFC, UECE, SEDUC, SEMACE e consultores da área pedagógica ‒ e terá pela frente a difícil tarefa de eleger os trabalhos, pois “cada está mais bonito de que o outro,” ressalta Kelly Cláudio. O prazo para a Comissão Julgadora entregar o resultado é até o dia 20 de novembro e a solenidade de premiação, previsto para o dia 7 de dezembro de 2009, no Centro de Negócios do Sebrae/CE.

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