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ANO 16 – Nº 173 – Abril 2010 AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL. Senar-AR/CE homenageia Maiores Contribuintes de 2009 Pág. 5 Representantes das dez empresas que mais contribuíram com o SENAR em 2009 A Ypióca Agroindustrial foi a principal contribuinte do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar-AR/CE em 2009. Para o dire- tor de planejamento da Ypióca, Pau- lo Telles, antes de ser determinada por lei a contribuição também faz parte da política de responsabilida- de social da Empresa, reconhecendo que os benefícios retornam em for- ma de trabalhadores mais capacita- dos, ação esta que o Senar faz muito bem no campo. “O meio rural é bastante carente. A principal deficiência é a qualificação dos produtores que precisam de tec- nificação e o Senar entra, fortemente, trazendo este treinamento”, completa o diretor de planejamento da Ypióca. Pela ordem de contribuição vie- ram a seguir as seguintes empresas: Cascaju Agroindústrial S/A, Com- panhia de Alimentos do Nordeste ‒ Cialne, Iracema Indústria e Comér- cio de Castanha de Caju Ltda, Fazen- da Amway Nutrilite do Brasil Ltda, Companhia Brasileira de Resinas ‒ Resibras, Amêndoas do Brasil Ltda, Itaueira Agropecuária S/A, Compa- nhia Brasileira de Lacticínios - CBL e Pecém Agroindústrial Ltda O Seminário Nordestino de Pe- cuária ‒ PECNORDESTE tem como eixo central a discussão de políticas públicas e de inovações tecnológi- cas, a transferência de conhecimen- tos e tecnologias, a integração da produção com os mercados consu- midor e de insumos e a mobilização das categorias que representam as diferentes cadeias produtivas. O evento tem repercussão nacional e objetiva realizar ações que fortale- çam o agronegócio da pecuária, a solução das ques- tões ambientais e o desenvolvimen- to sustentável do Nordeste. Em 2009, o evento contou com a presença de mais de 4 mil participan- tes em sala de aula, 200 expositores e 30 mil visitantes. O público é for- mado por produtores, empresários, técnicos, estudantes, pesquisadores e conta, ainda, com a presença de instituições públicas ligadas ao se- tor agropecuário. Em 2010, o PECNORDESTE, chega a sua 14ª edição, trazendo a Galeria de Inovações Tecnológicas (GIT) que irá divulgar resultados e experiências relevantes às cadeias produtivas da Apicultura, Aquicul- tura e Pesca, Artesanato, Avicultura, Bovinocultura, Caprinovinocultura, Equinocultura, Estrutiocultura, Sui- nocultura, Turismo no Espaço Rural e outras áreas da pecuária. A GIT será um espaço plural com apresen- tação de trabalhos nas modalidades pôster e oral; Vitrine de Inovações Tecnológicas; Seminário de Capaci- tação da Rede Inovação Caprinos e Ovinos (Rico) e Ilhas Tecnológicas. A GIT fará a outorga do Prêmio Pecnordeste de Inovação Tecnológi- ca, em reconhecimento às melhores tecnologias colocadas à apreciação do público. Além de consultar os seus participantes para conhecerem os desafios específicos vivenciados por cada segmento e fazer propo- sições para pesquisas futuras, con- tribuindo para identificação das de- mandas e oportunidades com foco no Ceará e Nordeste. O PECNORDESTE quer tornar a GIT um espaço onde a comunidade técnico-científica, produtores, em- presários e entidades parceiras, pos- sam interagir, de tal forma que, um possa conhecer as potencialidades e desafios vivenciados pelo outro e estabelecer diretrizes que venham contribuir para o desenvolvimento da pecuária nordestina e, porque não dizer, brasileira. É fundamental que todos aque- les que vêm desenvolvendo tecnolo- gias, participem do evento e enviem os resultados dessas experiências. A GIT quer resgatar conhecimentos importantes e, para isso, encoraja a participação de trabalhos nacionais e internacionais realizados recente- mente. No entanto, é preciso enviar o material para a Comissão Organi- zadora da Galeria de Inovações Tec- nológicas. A submissão de trabalhos deverá ser feita até o dia 14 de maio deste ano, através do email galeria- [email protected]. PECNORDESTE 2010 terá Galeria de Inovações Tecnológicas Coordenação da GIT debate ações de 2010

União Rural - 173

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House Organ do Sistema FAEC / Senar-AR/CE

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Page 1: União Rural - 173

ANO 16 – Nº 173 – Abril 2010

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL.

Senar-AR/CE homenageia Maiores Contribuintes de 2009

Pág. 5

Representantes das dez empresas que mais contribuíram com o SENAR em 2009

A Ypióca Agroindustrial foi a principal contribuinte do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar-AR/CE em 2009. Para o dire-tor de planejamento da Ypióca, Pau-lo Telles, antes de ser determinada por lei a contribuição também faz parte da política de responsabilida-

de social da Empresa, reconhecendo que os benefícios retornam em for-ma de trabalhadores mais capacita-dos, ação esta que o Senar faz muito bem no campo.

“O meio rural é bastante carente. A principal defi ciência é a qualifi cação dos produtores que precisam de tec-

nifi cação e o Senar entra, fortemente, trazendo este treinamento”, completa o diretor de planejamento da Ypióca.

Pela ordem de contribuição vie-ram a seguir as seguintes empresas: Cascaju Agroindústrial S/A, Com-panhia de Alimentos do Nordeste ‒ Cialne, Iracema Indústria e Comér-

cio de Castanha de Caju Ltda, Fazen-da Amway Nutrilite do Brasil Ltda, Companhia Brasileira de Resinas ‒ Resibras, Amêndoas do Brasil Ltda, Itaueira Agropecuária S/A, Compa-nhia Brasileira de Lacticínios - CBL e Pecém Agroindústrial Ltda

O Seminário Nordestino de Pe-cuária ‒ PECNORDESTE tem como eixo central a discussão de políticas públicas e de inovações tecnológi-cas, a transferência de conhecimen-tos e tecnologias, a integração da produção com os mercados consu-midor e de insumos e a mobilização das categorias que representam as diferentes cadeias produtivas. O evento tem repercussão nacional e objetiva realizar ações que fortale-çam o agronegócio da pecuária, a

solução das ques-tões ambientais e o desenvolvimen-to sustentável do Nordeste.

Em 2009, o evento contou com a presença de mais de 4 mil participan-tes em sala de aula, 200 expositores e

30 mil visitantes. O público é for-mado por produtores, empresários, técnicos, estudantes, pesquisadores e conta, ainda, com a presença de instituições públicas ligadas ao se-tor agropecuário.

Em 2010, o PECNORDESTE, chega a sua 14ª edição, trazendo a Galeria de Inovações Tecnológicas (GIT) que irá divulgar resultados e experiências relevantes às cadeias produtivas da Apicultura, Aquicul-tura e Pesca, Artesanato, Avicultura,

Bovinocultura, Caprinovinocultura, Equinocultura, Estrutiocultura, Sui-nocultura, Turismo no Espaço Rural e outras áreas da pecuária. A GIT será um espaço plural com apresen-tação de trabalhos nas modalidades pôster e oral; Vitrine de Inovações Tecnológicas; Seminário de Capaci-tação da Rede Inovação Caprinos e Ovinos (Rico) e Ilhas Tecnológicas.

A GIT fará a outorga do Prêmio Pecnordeste de Inovação Tecnológi-ca, em reconhecimento às melhores tecnologias colocadas à apreciação do público. Além de consultar os seus participantes para conhecerem os desafi os específi cos vivenciados por cada segmento e fazer propo-sições para pesquisas futuras, con-tribuindo para identifi cação das de-mandas e oportunidades com foco no Ceará e Nordeste.

O PECNORDESTE quer tornar a GIT um espaço onde a comunidade

técnico-científi ca, produtores, em-presários e entidades parceiras, pos-sam interagir, de tal forma que, um possa conhecer as potencialidades e desafi os vivenciados pelo outro e estabelecer diretrizes que venham contribuir para o desenvolvimento da pecuária nordestina e, porque não dizer, brasileira.

É fundamental que todos aque-les que vêm desenvolvendo tecnolo-gias, participem do evento e enviem os resultados dessas experiências. A GIT quer resgatar conhecimentos importantes e, para isso, encoraja a participação de trabalhos nacionais e internacionais realizados recente-mente. No entanto, é preciso enviar o material para a Comissão Organi-zadora da Galeria de Inovações Tec-nológicas. A submissão de trabalhos deverá ser feita até o dia 14 de maio deste ano, através do email [email protected].

PECNORDESTE 2010 terá Galeria de Inovações Tecnológicas

Coordenação da GIT debate ações de 2010

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Senhor Governador,

Tomamos conhecimento das in-vasões das propriedades abaixo no-minadas perpetradas pelo MST, em fl agrante desrespeito ao direito de propriedade, garantido pela Consti-tuição Federal:

- Fazenda Açude Grande - Tam-boril-CE, de propriedade do Senhor Pedro Camelo Timbó, com área de 1.900 ha;

- Fazenda Currais Novos - Boa Viagem-CE, do espólio do Senhor João de Araújo Carneiro, com 1.500 ha;

- Sítio São Jorge - na área urbana de Fortaleza, de propriedade do es-pólio de Eduardo Montenegro, com

580 ha, já loteados, cujo IPTU já vem pagando.

Todos os proprietários já im-petraram ação de reintegração de posse, todas elas já deferidas pela Justiça.

Como é do conhecimento de Vossa Excelência, as invasões foram efetivadas dentro de uma programa-ção de desafi o à autoridade cons-tituída, amplamente divulgada na imprensa nacional, denominada de ABRIL VERMELHO.

A manutenção da lei é, como sabe bem Vossa Excelência, o sus-tentáculo da democracia, razão por que, confi amos que o Governador do nosso Estado, defensor intimorato

PresidenteJosé Ramos Torres de Melo Filho

1º Vice‒PresidenteFlávio Viriato de Saboya Neto

Vice‒Presidente de Administração e Finanças Sebastião Almeida Araújo

Vice‒PresidentesCarlos Bezerra Filho, Expedito Diógenes Filho, Francisco de Assis Vieira Filho, João Ossian Dias, Moacir Gomes de Sousa.

Conselho Fiscal ‒ EfetivosInácio de Carvalho Parente, Normando da Silva Soares, Paulo Helder de Alencar Braga.

SuplentesExpedito José do Nascimento, Francisco Francivaldo Cruz, José Beroaldo Dutra de Oliveira

Chefe de Gabinete Gerardo Angelim de Albuquerque

Editora e Redatora Silvana Frota / MTB 432

EstagiárioJailson Silva

RevisãoGerardo Angelim de Albuquerque

Editoração Eletrônica e Impressão Expressão Gráfi ca

Tiragem 1.000 exemplares

União Rural ‒ Informativo FAEC/SENARAno 16 ‒ Nº 173 ‒ Abril de 2010Publicação Mensal da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR‒CE)

Endereço Rua Edite Braga, 50Jardim América ‒ Fortaleza ‒ CE CEP 60425‒100Fone: (85) 3535 8000Fax: (85) 3535 8001E‒mail: [email protected] Site: www.faec.org.br

Composição da Diretoria

Expediente

Alerta Vermelho Presidente da FAEC dirige carta ao Governador do Estado

Ato público pela paz no campo reúne 2 mil produtores rurais na Esplanada dos Ministérios

Dois mil produtores rurais, todos trajando roupas brancas, oriundos de diversos pontos do Brasil reuniram-se do dia 28 de abril, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para pedir paz no campo. “Não somos contra a refor-ma agrária. Somos contra a invasão, a baderna e esbulho possessório”, disse a presidente da Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil (CNA), senado-ra Kátia Abreu, que liderou a manifesta-ção. A ação faz parte da campanha “Va-mos tirar o Brasil do vermelho ‒ Invasão é Crime”, lançada neste mês pela CNA em defesa do Direito de Propriedade, da segurança jurídica e, principalmente, da paz no campo.

As ações da manifestação dos pro-dutores rurais começaram com a cele-bração de uma missa de Ação de Graças na Catedral Metropolitana da Capital Federal. Na seqüência, os produtores sa-íram em caminhada pelo gramado cen-tral da Esplanada dos Ministérios. Em frente ao Congresso Nacional foi des-cerrada uma bandeira gigante (2.500 metros quadrados de área e 800 qui-los) com a mensagem “Queremos paz no campo ‒ Não às Invasões”, a qual recebeu as assinaturas de todos os pre-sentes. Logo após, os produtores rurais posicionaram-se em volta da bandeira, simbolizando um grande abraço a todo o Congresso Nacional e, assim, reforça-ram o pedido de apoio à paz no mundo rural brasileiro. A estimativa de presen-ça de 2 mil produtores no evento foi fei-ta pela Polícia Militar do Distrito Federal.

Em frente ao Congresso Nacional, os produtores rurais e os líderes do se-tor manifestaram o apoio à criação do “Plano Nacional de Combate às Inva-sões”, conforme proposta encaminhada pela senadora Kátia Abreu ao minis-tro da Justiça, Luiz Barreto, em 13 de abril. “Há 13 anos agüentamos o abril vermelho. Esses são os únicos crimino-sos que não vão para a cadeia. Invadem terras, promovem o escárnio e não são punidos. Chega de porteira aberta para

esse movimento criminoso”, disse Kátia Abreu, após o descerramento da bandei-ra com mensagem pela paz no campo.

Apoio do presidente do CongressoTodas as atividades foram acom-

panhadas pelos presidentes das Federa-ções de Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedro-zo; da Bahia (FAEB), João Martins da Sil-va Júnior, do Ceará (FAEC) José Ramos Torres de Melo Filho; do Espírito Santo (FAES), Júlio da Silva Rocha Júnior; de Goiás (FAEG), José Mário Schreiner; da Paraíba (FAEPA), Mário Borba; do Distri-to Federal (FAPE-DF), Renato Simplício; e presidentes de sindicatos rurais. Esses líderes, juntamente com a presidente da CNA, entregaram ao presidente do Congresso Nacional, senador José Sar-ney (PMDB/AP), documento solicitando apoio na criação do “Plano Nacional de Combate às Invasões”.

Kátia Abreu ressaltou ao senador Sarney que o Instituto Nacional de Co-lonização e Reforma Agrária (INCRA) tem 87 milhões de hectares de terras já disponíveis para realizar novos as-

sentamentos. “Então qual é o motivo do abril vermelho? Eles não querem terras, não querem a reforma agrária. Querem acabar com a democracia”, criticou a presidente da CNA. “Esse movimento, que pede a paz no campo, não pode ter resistência de nenhum presidente, de nenhum brasileiro”, disse José Sarney, manifestando apoio à ação dos produ-tores rurais.

A idéia de que seja estabelecido um plano nacional para evitar as invasões de propriedades rurais foi encaminha-da pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, ao Ministério da Justiça, no lançamento da campanha “Vamos Tirar o Brasil do Vermelho ‒ In-vasão é Crime”, em 13 de abril. Análise realizada pelo “Observatório das Insegu-ranças Jurídicas” da CNA indica que as 86 invasões registradas até agora pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) durante o ‘abril ver-melho’ podem provocar uma perda de R$ 208 milhões no faturamento bruto da agropecuária nacional e colocam em risco mais de mil empregos no campo.

do estado de direito, não vacilará em determinar o imediato cumprimento da execução da sentença judicial.

Certos da atenção de Vossa Excelência, subscrevemo-nos mui atenciosamente,

José Ramos Torres de Melo Filho, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará ‒ FAEC

Produtores rurais e a senadora Kátia Abreu em frente ao Congresso Nacional

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Araújo

Editorial

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Pelo estágio das obras em anda-mento e o cronograma em execução, as águas da Transposição do Rio São Francisco para as bacias hidrográfi -cas do Nordeste Setentrional só de-vem chegar aos Estados do Ceará e Rio Grande Norte que fazem parte do Eixo Norte, em 2012. Quem informa é o coordenador de Revitalização do São Francisco, junto ao Ministério da Integração Nacional, José Luis de Sousa, que esteve em Fortaleza dia 20 de abril, fazendo uma explanação sobre o tema no Pacto de Cooperação da Agropecuária - Agropacto, coorde-nado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará - FAEC. A reunião contou com a participação de diversos representantes do segmento do agronegócio, Adece, Banco do Bra-sil, Embrapa, Assembléia Legislativa, SDA, BNB, Senar, Universidades e do DNOCS. O presidente da FAEC, José Ramos Torres de Melo Filho, observou na ocasião que o tema da Transposi-ção já foi exposto no Agropacto e no Pecnordeste - Seminário Nordestino de Pecuária do ano passado, justi-fi cando nova explanação para que todos os produtores tomem conheci-mento do atual estágio em que se en-contra a obra.

Segundo José Luis, o Eixo Leste que compreende ações nos Estados da Paraíba e Pernambuco, está com 100% dos projetos em andamento e alguns trechos já fi nalizados. A pre-visão é que até dezembro de 2010 o mesmo seja inaugurado, benefi ciando 7,9 milhões de pessoas. Neste eixo, o canal vai captar 10 m³ por segun-do, em 200km de extensão, podendo chegar a transportar até 28m³ por se-

gundo, em de 287 km, atingindo 168 municípios, em seis lotes de obras e duas Vilas Produtivas Rurais (VPRS). Já no Eixo Norte, serão 16 m³ por segundo, em 426 km de canal, que podem transportar até 99 m³ por se-gundo, passando por 212 municípios, dos quais 24 municípios cearenses, 10 lotes de obras e 16 Vilas Produti-vas Rurais. O projeto deve reassentar cerca de 700 famílias nestas vilas.

Para um projeto tão complexo, que envolve diversos tipos de ações complementares de engenharia civil, hidrográfi ca, elétrica, e de gestão em várias áreas José Luis garante que os atrasos são considerados normais. O projeto envolverá 391 municípios que

serão drenados pela bacia do Rio São Francisco, envol-vendo 11.682.70 habitantes. O projeto foi orçado em 5 bilhões de reais e já contra-tou cerca de R$ 2 bilhões e meio. A Codesvasf - Compa-nhia de Desenvolvimento do Rio São Francisco é quem está executando o projeto de revitalização.

No Ceará, as bacias hi-drográfi cas benefi ciadas com as águas do velho Chico são as dos Rios Salgado e Jaguaribe, à montante do Açude Castanhão, en-volvendo 24 municípios, uma popu-lação de 754.965 habitantes, com uma demanda de captação de 1.56 m³ por segundo. O coordenador do São Francisco fez questão de enfati-zar que os dois canais (Leste e Norte) irão disponibilizar 26m³ por segun-do, o que equivale a apenas 1,4% da vazão, “isso desmistifi ca a história de que o rio vai secar, é conversa de quem não tem argumentos para con-tribuir com esta grande obra”, disse. A água que será regulada pela Agência Nacional da Água - Anel, será usada basicamente para consumo humano e animal e só será liberada para outros usos quando houver necessidade nos açudes receptores e na barragem do Sobradinho, quando a mesma estiver com alerta cheia, até o limite de 127 m³ por segundos. O Sobradinho libera hoje 1.800 m³/segundo.

José Luis informou ainda que o Ministério da Integração Nacional já encaminhou para análise junto à Casa Civil da Presidência da República, a criação de uma operadora federal,

que se denominará Águas Integradas do Nordeste Setentrional - Agnes, cuja função será coordenar e operar direta e indiretamente as obras hidráulicas e seus equipamentos eletro - mecânicos dos eixos Norte e Leste, bem como do desenvolvimento de estudos e ações que tem como base a melhoria da qua-lidade de vida da população atingida.

Participação do DNOCSO engenheiro hidráulico e ex-di-

retor regional do DNOCS, engo. Cassio Borges cobrou da cooordenação do Projeto de Transposição do Rio São FRANCISCO, a inclusão do òrgão nes-ta grande obra. “Parece até que nos ultimos anos, se esqueceu tudo o que o DNOCS fez pelo Nordeste, quando construiu e implantou as mais impor-tantes obras de açudagem e hidrolo-gia da Região, e que através delas é que será possível armazenar parte das águas que virão do São Francisco para cá”, reclamou Borges que teve a ini-ciativa de convidar grupo de servido-res do DNOCS para tomarem parte da reunião do Agropacto.

O agrônomo Francisco Zuza de Oliveira, um paraibano de 61 anos, novo presidente da Agência de De-senvolvimento Econômico do Estado do Ceará (Adece), disse em entrevista a editora do Jornal União Rural, que sua missão é dar continuidade aos projetos já viabilizados pela Agência na gestão do presidente Antônio Ba-lhman e perseguir novos empreendi-mentos citando entre eles a algicul-tura (cultivo de algas), que terá sete pólos de produção, anunciando ainda que o Ceará exportará suco de laranja.

Outro segmento importante, a pe-cuária de leite que será incrementada no Estado por um grupo do Paraná. Segundo Zuza, o leite no Ceará, tem um potencial muito grande. Hoje, são mais de 2 mil hectares nos perímetros irrigados de Tabuleiros de Russas e do Baixo Acaraú que se fossem diri-gidos para a pecuária de leite de alta intensidade, poderíamos ter 400 mil litros de leite por dia a mais no Ceará. Isso daria segurança a uma indústria de processamento de leite em pó. “O governador Cid Gomes já se compro-meteu com o setor do agronegócio do leite a participar da instalação de

uma fábrica desse tamanho, grande e moderna”, disse Zuza. Para ele, quan-do se tem uma fábrica de leite em pó, nunca mais falta leite porque o mer-cado do leite “in natura”, estiver ruim por algum motivo, você tem como benefi ciá-lo.

Sobre o parque de energia eóli-ca que faz parte de uma tecnologia de ponta, nós cearenses, mais do que ninguém, temos a matéria-prima para ser transformada em riqueza. Há uns 15 anos atrás, a energia era só um bem de consumo na indústria da pro-dução. Atualmente, ela é uma ativi-dade econômica do Ceará. Dentro de pouco tempo o Ceará vai começar a produzir e vender energia solar. E por causa disso, o futuro do Estado será de fabricar painéis solares, de pás, de naceles, de geradores e de torres para a geração de energia eólica. Ou seja, “o Ceará passará de consumidor para gerador de riquezas”, completa Zuza.

Sobre a algicultura, o novo pre-sidente da Adece disse que ´cultivo de macroalgas marinhas ao longo do nosso extenso litoral é um negocio que está sendo prospectado. Dessas algas pretendemos extrair a maioria

dos componentes da indústria farma-cêutica, alimentícia e de cosméticos. A “carreganana” está no iorgute e no sorvete, por exemplo. Serão sete pólos de produção de algas: em camocim, Acaraú, Trairi, paracuru, São Gonçalo do Amarante, Aracati e Icapuí. Vamos selecionar mil agricultores que cons-tituirão inicialmente, 20 condomínios cada um, com 50 agricultores. Cada agricultor terá três balsas, nas quais serão penduradas redes que recebe-rão as mudas de algas.

Zuza anunciou ainda que podere-mos ter aqui no Ceará, nos próximos anos, 10 a 15 mil hectares de citros para industrializar sucos e mandar para o exterior. Podemos exportar, só com suco de laranja, o equivalente a US$ 100 milhões. Esse projeto está sendo articulado pela Adece com um grupo de empresários de São Paulo, todos produtores e exportadores. Eles têm problemas em São Paulo, falta-lhes a terra para a expansão dos seus laranjais, além do que o preço da terra lá é altíssimo. Além disso, as pragas e a concorrência estão tirando as possi-bilidades de aumentar a produção de laranja na terra dos bandeirantes.

Zuza assume Adece e anuncia novos emprendimentos

Transposição: águas só chegam ao Ceará em 2012

O Rio São Francisco em Números503 municípios em bacias de 7 Unidades da Federação:

• Bahia( 48%)• Minas Gerais( 36,8 %)• PE( 10,9%)• AL (2,3%)• SE( 1,3%)• GO(0,5%)• Distrito Federal (0,5%)

umSzidvdqtáNbaO Rio São Francisco em Números

Transposição deve benefi ciar 7,9 milhões de pessoas, diz José Luís

Zuza de Oliveira, novo presidente da ADECE

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Contra os preconceitos Principais trechos da entrevista

da Senadora Kátia Abreu, Presiden-te da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil ‒ CNA, nas Pá-ginas Amarelas da Revista Veja, na edição do dia 28 de abril deste ano. Instada a comentar sobre a imagem que os brasileiros têm dos produ-tores, disse: “A ideia prevalente, é errada, é que o agronegócio expor-ta tudo o que produz, cabendo aos pequenos produtores abastecer o mercado interno. Pequenos, médios e grandes produtores destinam ao mercado interno 70% de tudo o que colhem ou criam. Também é muito forte e igualmente errada a noção de que fazendeiro vive de destruir a natureza e escravizar trabalhado-res. Obviamente, como em qualquer atividade, ocorrem alguns abusos no campo. Mas o jogo duro de nos-sos adversários isolou os produto-res do debate e espalhou essa ideia terrorista sobre a nossa atividade. Esses preconceitos precisam ser desfeitos”.

Insistindo, ainda, na resposta, à pergunta anterior. “Mostrando na prática que não somos escravocra-tas e que não destruímos o meio ambiente. Nós te-mos um projeto em parceria com a Embrapa dedicado a pesquisar e di-fundir boas práti-cas que permitam unir produção ru-ral e proteção do ambiente. Essa his-tória de trabalho escravo também precisa ser abordada com ações que produzam respostas práticas. Nós treinamos 200 instrutores para inspecionar fazendas pelo Brasil e avaliar as condições de vida dos empregados. Já visitamos mais de 1.000 fazendas. O que se vê é uma imensa boa vontade da maioria dos proprietários de cumprir tudo o que a lei manda e seguir direito as normas reguladoras. Ocorre que a norma que rege o trabalho no campo, a NR-31, tem 252 itens. Em qualquer atividade, cumprir 252 critérios é muito difícil. Nas fazen-das, isso é uma exorbitância. Até em uma fazenda-modelo um fi scal vai encontrar pelo menos um item dos 252 que não está de acordo com a norma”.

No que concerne à indagação “um produtor pode ser acusado de manter trabalho escravo apenas por descumprir detalhes como es-ses? Esclareceu a Senadora: “Sim. A Organização Internacional do Trabalho defi ne o trabalho forçado como aquele feito sob armas, com proibição de ir e vir ou sem salá-rio. Isso, sim, é trabalho escravo, e quem o pratica deve ir para a ca-deia. O problema é que, pelas nor-mas em vigor no Brasil, um beliche fora do padrão exigido pode levar

o fazendeiro a respon-der por maus-tratos aos empregados. A NR-31 é uma punição à existência em si da propriedade privada no campo. Não estou fazendo a defesa dos que maltratam fun-cionários ou dos que lançam mão de traba-lho infantil. Essa gen-te tem de ser punida mesmo. Ponto. Estou chamando atenção para o absurdo. Ima-gine a seguinte situa-ção: é hora do almoço, o trabalhador desce do trator, pega a mar-mita e decide comer sob uma árvore. Um fi scal pode enquadrar o fazendeiro por manter trabalho escravo simplesmente porque não providenciou uma tenda para o al-moço do tratorista. Isso é bem di-ferente de chegar a uma fazenda e encontrar o pessoal todo comendo sob o sol inclemente. São duas si-tuações diferentes. Mas elas pro-

vocam as mesmas punições. Isso confunde o pesso-al do campo, que passa a se sentir sempre um fora da lei. Meu ponto de vista é que deveria prevalecer o bom senso. Nas minhas palestras, eu reco-mendo aos produ-

tores rurais que avaliem a comida, o banheiro e o alojamento dos em-pregados por um critério simples: se eles forem bons o bastante para seus próprios fi lhos e netos, então eles são adequados também para os empregados”.

Sobre a pergunta, “o que há de errado no Censo Agropecuário do IBGE? Explicou que “a melhor defi nição de agricultura familiar, utilizada até pelo Banco Central, é baseada em três princípios. Primei-ro, o tamanho da terra, que deve ser de, no máximo, quatro módulos rurais. Segundo, que utilize mão de obra predominantemente familiar. Terceiro, que a maior parte do fa-turamento da família venha dessa propriedade. O que o IBGE fez neste governo? Matou os critérios de mão de obra e de renda da propriedade. Com isso, todos os proprietários com até quatro módulos entraram na categoria agricultura familiar. Qual o objetivo disso? Desmoralizar o agronegócio, a grande empresa e a propriedade privada”.

O que mais atrapalha os negó-cios no campo, pergunta o jornalis-ta da Veja.“A insegurança jurídica. Se não há estabilidade nem confi an-ça, as plantas e a produção de carne recusam-se a prosperar. Nas empre-

sas urbanas é a mesma coisa. Não se podem utilizar bandeiras sociais ou ambientais para ferir a seguran-ça jurídica. Não vejo problema em dar terras aos índios, aos quilombo-las ou aos sem-terra. Mas tudo isso precisa ser feito em concordância com o direito de propriedade. Nes-te mês, apresentei uma proposta ao Ministério da Justiça para estabe-lecer um Plano Nacional de Com-bate às Invasões. Existem planos do governo para coibir o tráfi co de drogas, a venda ilegal de animais silvestres e a pirataria. Por que não combater também o crime organi-zado no campo?” e, sobre a refor-ma agrária, se é contra, afi rmou: “Não. Sou contra a invasão. Sou contra tomar a terra com um índice de produtividade imbecil, que não é compatível com a atualidade da gestão do empresariado brasileiro. Hoje, os saudosistas de esquerda destroem pé de laranja e invadem órgãos de pesquisa porque o latifúndio improdutivo não existe mais. Os ra-dicais não se con-formam com isso. Há quarenta anos, éramos um dos maiores importa-dores de comida do mundo. Atualmente, não só somos autossufi cientes como nos torna-mos o segundo maior exportador de alimentos”.

Quanto ao que o produtor ru-ral quer do próximo Presidente, assim se expressou: “Precisamos que o próximo presidente entenda que dividir o país entre pequenos e grandes é uma visão simplista e ruinosa. É necessário que ele saiba que existe uma classe média rural que não tem a escala das grandes empresas agrícolas, mas que tam-bém não se enquadra na agricultura familiar. Essa classe média rural é vulnerável às oscilações de preços e de clima, mas não tem condições de se proteger sozinha disso. Nesse

ponto, o estado pode ajudar. Mas a primeira pergunta que faremos aos candidatos será: o que eles pensam a respeito da propriedade privada”?

No que tange “que medidas po-dem servir a todos esses três extra-tos sociais da agricultura”, respon-deu: “A medida universal é investir na infraestrutura. Se a movimenta-ção nos portos continuar crescendo à taxa atual, de 12% ao ano, em oito anos nós precisaremos de um outro Brasil portuário. A ironia é que o Brasil tem uma das leis de portos mais avançadas do mundo. Mas, em 2008, o governo aprovou um decre-to que vem impedindo novos inves-timentos privados na construção de portos. O decreto interessa basica-mente a empresários que participa-ram da privatização dos portos pú-blicos, sendo Daniel Dantas o maior deles, e que não querem a abertura da concorrência. Isso faria cair as tarifas, e os portos fi cariam mais

efi cientes. Para re-sumir, temos uma lei que garante o investimento e um decreto que o cer-ceia. Só encontro duas explicações possíveis: o pre-conceito contra a empresa privada

ou a proteção a um cartel existente” e, fi nalmente, se a Senadora sonha em ser candidata a Vice-Presidente na chapa de José Serra, declarou: “Preciso deixar que a decisão par-tidária prevaleça. Ninguém pode querer ser vice de alguém. As pes-soas querem ser o personagem principal, aquele que terá a caneta na mão para implementar as suas decisões, ideais e planos. O vice é apenas um coadjuvante. Mas fi co orgulhosa quando meu nome é ci-tado por eu ser de um estado novo, o Tocantins, por ser mulher e por representar o setor agropecuário, que nunca teve muito espaço nas chapas majoritárias e na política nacional”.

...destroem pé de laranja e invadem órgãos de pesquisa porque o latifúndio improdutivo não existe mais.

...em oito anos nós precisaremos de um outro Brasil

portuário.

Senadora ruralista afi rma que latifúndio improdutivo não existe mais

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Ru-ral ‒ Administração Regional do Ceará (SE-NAR-AR/CE) realizou no dia 22, no Barbra’s Buff et, a entrega do Prêmio Maiores Contri-buintes de 2009. “O prêmio é um reconheci-mento ao espírito de cidadania dos dirigentes e à responsabilidade tributária e social das empresas que foram, no exercício de 2009, as dez maiores contribuintes para este Ser-viço”, explica o presidente do Conselho de Administração do Senar-CE e presidente da FAEC, José Ramos Torres de Melo Filho.

“Esse é um projeto vitorioso que se ini-ciou em 2004 graças a parceria do Sistema FAEC/Senar com a Receita Federal, Conselho Regional de Contabilidade, Sindicont e INSS”, disse Torres de Melo, na abertura da soleni-dade. Ele fez questão de destacar que desde o início houve uma preocupação em fomen-tar a cidadania no campo, fazendo chegar a correta orientação ao contribuinte. “O núcleo responsável pela arrecadação tem procura-do alcançar a um número cada vez maior de contribuintes e trabalhado com os segmentos mais expressivos do agronegócio cearense, o que tem gerado um animador crescimento da arrecadação do Senar”, disse Torres de Melo.

Ele agradeceu a todos os parceiros em especial aos contabilistas cearenses, afi rman-do que “esta solenidade coincide com a Se-mana do Contador, e foi com o CRC que nós iniciamos este projeto “o Cidadania Rural”. O superintendente do Senar-Ce, Flávio Viriato de Saboya Neto, disse que este foi o primeiro ano do evento, que se realizava, anteriormen-te, em conjunto com o Programa Agrinho, mas por decisão do Sistema resolveram fazer uma homenagem especial aos maiores con-tribuintes, o que não deixa de ser uma ho-menagem extensiva a todos que contribuem para o Senar o que viabiliza levar mais infor-mação e cidadania ao homem do campo.

Na sequência, a coordenadora de arre-cadação do Senar-AR/CE, Ivonisa Holanda, fez uma exposição sobre o projeto Cidadania Rural classifi cando o evento como uma “festa vitoriosa da parceria”. Ivonisa também desta-cou o apoio que o Senar vem recebendo das instituições parceiras. “Esse apoio é funda-mental para fazer do Cidadania Rural o mais bem sucedido programa de educação previ-denciária na área rural do Ceará”, completa.

Na solenidade foram homenageados os instrutores do Projeto Cidadania Rural, os

auditores fi scais da Receita Federal, Gilson Fernando Ferreira de Menezes, Durval Aires Matos Júnior e Paulo Régis Arcanjo Paulino e o ex-presidente do CRC-CE, professor Osório Cavalcante Araújo, um entusiasta do Projeto.

Entre as autoridades presentes, o supe-rintendente da Receita Federal, Moacir Mon-dardo; secretária executiva da Secitece, Tere-za Lenice Mota; presidente da Adece, Francis-co Zuza de Oliveira; presidente do Instituto Agropólos, Marcelo Sousa; diretor técnico do Sebrae/Ce, Alci Porto Gurgel Júnior e o dire-tor fi nanceiro, Airton Gonçalves; deputado Hermínio Rezende; presidente da OCB/CE, João Nicédio Nogueira; Omar Hennnemann, Assessor Especial da Presidência da CNA.

Receita e AçõesA principal receita do SENAR é prove-

niente de recolhimentos compulsórios feitos à Secretaria da Receita Federal do Brasil, por produtores rurais, pessoas físicas e jurídi-cas, agroindústrias e empresas adquirentes - sejam cooperativas, consumidoras ou con-signatárias - de produção rural, de produ-tor pessoa física na condição de substituta tributária, além de sindicatos, federações e confederação patronal rural. A responsável pelo Departamento de Arrecadação , Ivoi-nisa Holanda destaca que do total dos re-cursos arrecadados, obrigatoriamente, 80% devem ser aplicados na missão do Serviço, com foco na realização das ações de Qualifi -cação Profi ssional RURAL (FPR) e Promoção Social (PS), para os pequenos produtores, trabalhadores rurais e suas famílias.

O SENAR executa, ainda, Programas es-peciais, que ela, entre outros, destacam: o Agrinho, que envolve um universo de mais de 175.000 crianças e adolescentes, do 2º ao 9º ano, do Ensino Fundamental, em 1.214 escolas da rede pública na zona rural, de 42 municípios do Estado, com a partici-pação de 8.941 professores, que trabalham de forma transversal os temas cidadania, meio ambiente e saúde; na área da saúde, o Útero é Vida que leva a ambiência rural a prevenção do câncer de colo uterino e infor-mações de como evitar doenças sexualmen-te transmissíveis e na gestão dos negócios, o Programa Empreendedor Rural desenvol-ve capacidades empreendedoras e prepara lideranças para ações sociais, políticas e econômicas sustentáveis no agronegócio.

Senar - AR/CE homenageia Maiores Contribuintes de 2009

Ivonisa Holanda, do SENAR, professor Osório Cavalcante, Braz Pimentel, Paulo Régis, Torres de Melo e Gilson Fernando Torres de Melo entrega o Troféu SENAR a Rafael Carneiro, da Cialne

Assessor especial da Presidência da CNA, Omar Hennemann e a superintendente da Cascaju, Anneth Castro

Superintendente da Receita Federal, da 3ª Região Fiscal, Moacir Mondardo entrega Troféu SENAR a Paulo Telles gerente de planejamento da Ypióca

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Delfi no Pontes, representante da CBL

O Senar que atua na área de capacitação rural sa-berá utilizar estes recursos. Para nós este reconhecimento é um estímulo para continuar contri-buindo. Além disso, é um inves-timento para a cadeia produtiva do leite.

Adriana do Pra-do, representante da Itaueira

Com este reco-nhecimento que mais empresas se sintam estimuladas a partici-par, porque o trabalho do Senar está sendo muito bonito no in-terior. Estamos acompanhando os resultados das capacitações, a exemplo, do curso de tratoris-tas e pessoas que trabalham com pulverização. Os funcionários se sentem gratifi cados em receber este ‘plus’ de treinamento, com isso aumento o estímulo dos fun-cionários que tem incentivado os fi lhos a estudar. Tudo isso é mui-to interessante.

Orion Maurício Gomes, engº da Iracema Industria e Comércio

Se você tem uma empresa rural com todos os mecanismos fun-cionando e o produtor está capa-citado, fazendo uma boa gestão

da propriedade, a consequência disso é a indústria receber um produto de ótima qualidade.

Antônio Xavier, gerente de ma-téria-prima da Amêndoas do Brasil

Em primeiro lugar, a indústria direta ou indiretamente é mui-to responsável pelos incentivos. Caso as empresas se unissem com os governos estaduais e federal, isso iria proporcionar maiores incentivos e com certeza teríamos uma produção melhor e safras menos sacrifi cadas.

Rafael Carneiro, diretor da Cialne

Essa contribuição volta para nós

convertida em treinamentos e essas pessoas que recebem a qualifi cação poderão vir a traba-lhar com a gente ou, então, com outras empresas do setor.

Nilton Pereira, representante da Nutrilite

Sabemos da im-portância do resultado social e esse é um ponto que valorizamos na empresa como um todo. Acre-ditamos que uma empresa não vive só dos resultados fi nancei-ros e econômicos.

Homenageados destacam parceria com o Senar-AR/CE

Senar - AR/CE homenageia Maiores Contribuintes de 2009(Continuação pág. 5)

Superintendente do SENAR - AR/CE, Flávio Saboya e Nilton Pereira, gerente da NutriliteAirton Gonçalves, do SEBRAE, e o diretor da Resibrás, Evilázio Marques

Secretária da SECITECE, Tereza Mota e o representante da Pecém Agroindustrial, Paulo Telles

Presidente da ADECE, Zuza de Oliveira e Orion Maurício, gerente agrícola da Iracema Indústria

Paulo Alvin, SEBRAE Nacional e o representante da Amêndoas, Antônio Xavier

Maurício Cleber, do BB, e o representante da CBL, Delfi no Pontes

Expedito Nascimento, representante da APRECE, entrega Troféu a Adriana do Prado, diretora da Itaueira

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Sinrurais e seus presidentesMUNICÍPIO PRESIDENTE FONE

ACOPIARA FCO CHAGAS DE CARVALHO NETO (88) 9908.9299

ALCÂNTARA JOSÉ OSMAR LOPES (88) 9281.2471

ALTANEIRA RAIMUNDO NOGUEIRA SOARES (88) 9934.3543

AMONTADA HUMBERTO ALBANO DE MENEZES (88) 9955.1178

ARACATI NORMANDO DA SILVA SOARES (88) 8813.9837

ARACOIABA GERARDO ALVES DE MELO (85) 9989.4365

AURORA FRANCISCO TARCISO LEITE (88) 8897.0650

BANABUIÚ JOSÉ ERNANDO DE OLIVEIRA (88) 9965.0181

BARREIRA ELENEIDE TORRES B. DE OLIVEIRA (85) 9207-8450

BATURITÉ FRANCISCO INÁCIO DA SILVEIRA (85) 8681.1243

BEBERIBE SEBASTIÃO FILGUEIRAS BASTOS (85) 9628.8767

BOA VIAGEM FRANCISCO DE ASSIS LIMA (88) 9975.7266

BREJO SANTO FRANCISCO VALMIR DE LUCENA (88) 9964.1518

CARNAUBAL JOSÉ AUGUSTO TAVARES (88) 3650.1449

CASCAVEL PAULO HELDER DE ALENCAR BRAGA (85) 9981.4357

CATUNDA JOÃO BRANDÃO DE FARIAS (88) 9225.2691

CAUCAIA HENRIQUE MATIAS DE PAULA NETO (85) 8126.5243

CEDRO JOSÉ FERREIRA LIMA (88) 3564.0155

COREAÚ JOSÉ PINTO DE ALBUQUERQUE (88) 9928.0245

CRATEÚS ANTONIO NARCELIO DE O. GOMES (88) 9291.4881

CRATO FRANCISCO FERREIRA FERNANDES (88) 9969.6011

GRANJA PEDRO FONTENELE DE SOUSA (88) 9635.8512

GUAIÚBA HAROLDO MOURA SALES (85) 9904.9823

GUARACIABA DO NORTE JULIÃO FERREIRA SOARES (88) 9904.7336

IBARETAMA CARLOS BEZERRA FILHO (88) 9968.1218

IGUATU JOSÉ BESERRA MODESTO (88) 9967.2590

INDEPENDÊNCIA MOACIR GOMES DE SOUSA (88) 9919.3654

IPU FCO DAS CHAGAS PERES MARTINS (88) 9916.0679

ITAPAJÉ JOSÉ BEROALDO DUTRA DE OLIVEIRA (85) 9188.9505

JAGUARETAMA EXPEDITO DIÓGENES FILHO (85) 8124.6940

JAGUARIBE MARIA ZIMAR PINHEIRO DIÓGENES (88) 9218.1412

LIMOEIRO DO NORTE LUIZ MENDES DE SOUSA ANDRADE (88) 9958.8000

MARANGUAPE FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA FILHO (85) 8739.2598

MARCO ALEXANDRE MAGNUM LEORNE PONTES (88) 9928.1092

MASSAPÊ JOSÉ T. VASCONCELOS JÚNIOR (88) 9955.6915

MILAGRES FRANCISCO WILTON FURTADO ALVES (88) 9952.5760

MISSÃO VELHA FRANCISCO FRANCIVALDO CRUZ (88) 8833.4008

MONSENHOR TABOSA FCO DAS CHAGAS FROTA ALMEIDA (88) 3696.1254

MORADA NOVA FCO EDUARDO B. DE LIMA JUNIOR (88) 9921.7979

MORAÚJO MARCOS AURÉLIO ARAÚJO (88) 3642.1016

MORRINHOS JOÃO OSSIAN DIAS (88) 9910.5699

MOMBAÇA FRANCISCO DANÚBIO DE ALENCAR (88) 8806.8846

NOVA RUSSAS EUGÊNIO MENDES MARTINS (88) 3672.1231

PIQUET CARNEIRO EXPEDITO JOSÉ DO NASCIMENTO (88) 9964.3118

QUIXADÁ FCO FAUSTO NOBRE FERNANDES (88) 9969.2392

QUIXERAMOBIM JOSÉ MAURO MAIA RICARTE (88) 8818.0090

QUIXERÉ VALDIR GONÇALVES LIMA (88) 3423.6955

RUSSAS PEDRO MAIA ROCHA JUNIOR (88) 3411.0136

SANTANA DO ACARAÚ FRANCISCO HELDER LOPES (88) 9967.8554

SANTANA DO CARIRI JOSÉ CIDADE NUVENS (88) 3545.1456

SENADOR POMPEU JOSIEL BARRETO DA SILVA (85) 9986.4789

SOBRAL HIRAM ALFREDO CAVALCANTE (88) 9171.1032

TABULEIRO DO NORTE EDNARD FERNANDES DE A. FEITOSA (88) 9913.7270

TAMBORIL FRANCISCO EDMILSON SOARES (88) 3617.1160

TAUÁ JOSÉ LÚCIO DO NASCIMENTO FILHO (88) 3437.1431

TIANGUÁ FERNANDO ANTO. V. MOITA (88) 9602.9046

TRAIRI JOÃO ALVES FREIRE (85) 9646.2040

UBAJARA INÁCIO DE CARVALHO PARENTE (88) 9953.5382

VIÇOSA DO CEARÁ WILLAME REIS MAPURUNGA (88) 9955.8643

SINDICATO PRESIDENTE FONESINDICATO DOS PRODUTORES

DE LEITE - SPLJOSÉ DOS SANTOS SOBRINHO (85) 9997-3506

COORDENADOR REGIONAL

COORDENADOR REGIÃO FONE

INÁCIO DE CARVALHO PARENTE REGIÃO DA IBIAPABA (UBAJARA) (88) 9953-5382

Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marco alerta que falta de informações imperram o associativismo local

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marco, Alexandre Magnum Leorne Pon-tes, explica para a equipe do Jor-nal União Rural que para abrir a porteira para novos horizontes é preciso ter voz. Para isso, é preci-so estar atento aos problemas da agricultura local, diz ele. Confi ra a entrevista.União Rural. O que o levou

a ser Presidente de um Sindicato Patronal Rural?Alexandre Leorne. Unifi car

a nossa classe atuando em um sindicato livre e capaz de gerar e desenvolver mecanismos que garantam os direitos a serem conquistados por nós produto-res e ainda trabalhar no sentido de alcançar as condições mais fa-voráveis aos produtores, da mi-nha região, que são hoje a parte hipossufi ciente da relação no to-cante à produção.U. R. Não obstante o pouco

tempo exercido na presidência do Sindicato, os seus objetivos foram alcançados?A. L. Sim, pois é notório a di-

ferença ao fazer parte do Sindica-to Rural é ter voz ativa na agricul-tura local, participando das deci-sões que infl uenciam a todos os agropecuaristas de nosso municí-pio, hoje tenho o apoio e o sub-sídio necessário para estar atu-alizado no que tange aos nossos direitos de produtor, enfi m é abrir a porteira para novos horizontes.U. R. O Sindicato do qual é

Presidente, funciona a conten-to? É correspondente as suas expectativas?A. L. Muito já foi conquistado,

mas minhas pretensões em razão dos nossos interesses há muito a se conquistar, pois é de forma gradativa que construímos ações fortes e efi cazes. Hoje conquista-mos uma parceria sólida entre o Sindicato e o Governo Municipal

de Marco, onde juntos buscamos promover o desenvolvimento do agronegócio local. U. R. O município de Marco

ressentia-se da ausência de um Sindicato Rural Patronal? Por que?A. L. Ainda hoje faz parte do

cotidiano do produtor a ausência de informação, isso se caracteri-za na resistência do produtor de se agrupar para gerar força, cau-sa esta que persistiu por vários anos até entrarmos em consenso e decidir encontrar a solução, so-lução esta que foi a reativação do Sindicato Rural Patronal.U. R. Qual a atividade predo-

minante em seu município?A. L. Temos o privilegio do

Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú abranger o município de Marco, desta forma através da fruticultura irrigada estamos produzindo dezenas de varieda-des de frutas tropicais.U. R. Como você imagina um

bom funcionamento de um Sindi-cato Rural?A. L. É quando se desenvolve

a dinâmica de um estado demo-crático de direito, valorizando ações de dissídio para que, a par-tir dele, sejam encontradas as so-luções capazes de proporcionar vida digna para todos. U. R. Quais as suas expecta-

tivas sobre a administração da atual Diretoria da FAEC?A. L. A FAEC é hoje esta ins-

tituição forte e creditada de con-fi ança e respeito, devido aqueles que se doam para assim ela se confi gure. A Diretoria está de pa-rabéns por sua administração. U. R. O atual Presidente da

FAEC já exerce o seu sétimo man-dato. Como você vê a decisão do seu dirigente maior, em deixar o cargo no fi nal deste mandato, em novembro próximo?A. L. Meus sentimentos são

de descontentamento, devido ao término de seu mandato. E em um segundo momento meus sen-timentos são de felicidades, pois foi cumprida a missão de um

Alexandre Leorne, presidente do Sinrural de Marco

homem que combateu um bom combate, marcado por uma luta constante e de vitórias plausíveis que fi zeram a diferença no agro-negócio cearense. U. R. Em que o Sindicato Ru-

ral de Marco tentou inovar nas suas atribuições?A. L. Nosso plano de ação

está voltado à capacitação do produtor, tornando-o mais apto

para este mercado tão seleto que vem se mostrando. Nosso Sindicato, pela segunda vez, re-alizou o Programa Empreende-dor Rural, despertando no pro-dutor a sua aptidão para gerir seu negocio de forma segura e profi ssional. U. R. Embora iniciando suas

atividades, como considera seu relacionamento com as demais Unidades Sindicais?A. L. Estou sempre aberto

para o diálogo e a parceria sa-dia, mas sempre defenderei, incansavelmente, os interesses de nossa classe nos momentos oportunos.

faz parte do cotidiano do

produtor a ausência de informação,

defenderei, incansavelmente, os interesses de nossa

classe

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Produtores transformam fazendas em empresas rurais

Três jovens produtores, com idade entre 21 a 23 anos, foram os vencedores do concurso estadual dos Melhores Projetos do Programa Empreendedor Rural ‒ PER 2009, executado pelo Sistema FAEC/Senar em conjunto com o Sebrae-CE e pre-feituras municipais. Foram eles, Gre-gório Mateus da Penha, do município de Fortim que apresentou o projeto “Produção de Camarão em Viveiros”; a dupla Jorge Kleber de Oliveira Gomes e Célia Maria Almeida Cos-ta, de Independência com o projeto “Produção de Hortaliças Orgânicas” e Lívia Israel Barreto Silva, de Jagua-ribara, que elaborou um projeto com vistas ao benefi ciamento de pele de tilápia. Os três vão concorrer agora ao prêmio nacional onde pelo menos 20 municípios participam. A exem-plo da pecuarista cearense Ademár-cia Temoteo, produtora de Crateús, que ganhou o prêmio nacional no ano passado, e com isso, a oportu-nidade de conhecer as fazendas de produção de ovinos no Chile, além de conferir a produção de frutas verme-lhas e uvas orgânicas daquele País. Em 2010, a escolha dos projetos foi feita por uma Comissão Julgadora, composta por representantes do BNB, UFC, BB, Secitece, Adece, CREA, AEAC, Sebrae, Ematerce e Agropolos.

A solenidade estadual de encer-ramento do Programa Empreendedor Rural foi realizada no dia 23 de abril, no auditório do Sebrae-Ce. O Pro-grama contou com a participação de mais de 1000 alunos que receberam a capacitação em 30 municípios cea-renses, com um total de 136h/a, em quatro meses e 15 dias de curso. Nes-te ano, já foram realizadas dez Semi-nários Regionais de Empreendedores Rurais, no período de 17 de março a 15 de abril, nos municípios de Inde-pendência, Tamboril, Aracati, Jagua-ribe, Limoeiro do Norte, Iguatu, Qui-xeramobim, Quixadá, Marco e Trairí.

“A parceria com o Sebrae-CE foi fundamental para a concretização dos nossos projetos de capacitar me-lhor o homem do campo, uma das metas do nosso trabalho à frente da FAEC”, disse Torres de Melo. “Com 20 anos de Casa, causou-me espécie as mudanças signifi cativas àqueles

que participaram deste curso do PER, tanto na área emocional, como comportamental.O mais importante é porque o curso tira da cabeça o ar-caico, e põe em pratica tudo que há de novo e que possa melhorar a vida no campo”, ressalta.

Para o diretor de agronegócios do Sebrae Nacional, Paulo Alvim, ”o desafi o de hoje não é um país mais moderno como Juscelino Kubitschek sonhou para Brasília há 50 anos, mas de um país justo e equânime e a agricultura se insere nesse contex-to, porque é uma atividade que gera emprego e renda, que transforma o meio rural”. Ele lembrou que a ativi-

dade agropecuária representa 33% do PIB, 37% das exportações e que 70% dos alimentos são produzidos pelo pequeno agricultor.

Paulo Alvin destacou ainda que até bem pouco tempo não se falava em empreendedor rural, o conceito é um olhar diferenciado do Sebrae e do seu presidente Paulo Okamoto, que sabe que precisamos chegar ao meio rural em parceria, pela necessi-dade de recuperar o tempo perdido. Ele anunciou que o órgão pretende criar o “Perzinho” dentro de uma li-nha menor do PER, e o GER- Gestão do Empresário Rural, que visa dar apoio de consultoria para que possa se praticar no meio rural as melho-res práticas de gestão.

“Há oito anos o SEBRAE não ti-nha familiaridade com o segmento rural, concentrava suas ações mais no microempresário urbano”, disse

Alci Porto Gurgel, diretor técnico do Sebrae-CE. “Através da parceria com a FAEC e o Senar que nos ensinaram a lidar com este novo segmento e agora estamos trabalhando para vá-rios projetos na área rural, de tal for-ma que, a soma dos demais projetos (industria, comércio e serviços), está quase equiparada”, diz Alci. Ele con-feriu pessoalmente com o presidente da Faec, o Programa Empreendedor Rural em vários municípios e pode constatar o esforço das entidades parceiras e dos prefeitos, visando elevar o nível das pessoas que estão trabalhando nas secretarias munici-pais de agricultura. “Essa é a revolu-ção do conhecimento, vocês adquiri-ram um instrumento que agora de-verão ser utilizados, ampliando suas possibilidades de inclusão”.

ProjetosProdução de Camarão em Viveiros

Há dez anos trabalhando com o pai, na Fazenda Pirangi, no distrito de Guajiru, localizada no município de Fortim, Gregório Martins da Pe-nha, 21 anos, disse que a atividade de criatório de camarão passou por momentos de alta e baixas, queda do dólar, enchentes, problemas ambien-tais, levando muita gente a desistir do negócio, “mas nós continuamos trabalhando”disse.

“Antes de realizar o curso do Programa Empreendedor Rural ti-

nha uma visão distorcida do lucro, da despesa, e pensava num horizon-te muito pequeno. Foi importante ter feito o curso, porque aprendi a lidar com recursos, a enxergar as tendências do momento em relação ao consumo de camarão no Brasil, abertura de novos mercados e dife-rença do produto para a melhoria do preço. De acordo com o planejamen-to estratégico elaborado pelo partici-pante, ele estima um crescimento de 30% do que produz atualmente que é 4 mil toneladas por cultivo, que acontece a cada quatro meses.

Produção de hortaliças orgânicasNa Fazenda Firmamento, no

município de Independência, que só produzia ovinos e caprinos, Jorge Kleber e Maria Almeida Costa se uni-ram e após a realização do curso do PER, perceberam a sub-utilização da

Criado em setembro de 2003, no Paraná, o Programa Empreen-dedor Rural chegou ao Ceará em setembro de 2007, para tornar mais competitivo o setor do agronegócio cearense que responde por 33% da mão-de-obra e detém 6,1% do PIB do Estado. O curso tem como base conteúdos focados na gestão do co-nhecimento e do desenvolvimento humano. Ao fi nal da capacitação, a expectativa de que os agricultores participantes passem a ter uma vi-são empresarial do meio rural, fa-zendo com que, independentemente de plantar uva ou criar cabra, este-jam capacitados a montar um pro-jeto. O Programa possui cinco fases ‒ diagnóstico, planejamento estraté-gico, estudo de mercado, engenharia de projetos e avaliações ‒ onde são tratados módulos encadeados de forma a dar suporte teórico e práti-co aos produtores. Ao todo, são 15 módulos específi cos e direcionados para cada fase do projeto com abor-dagens nas áreas do conhecimento técnico e desenvolvimento humano.

propriedade que necessitava de uma intervenção para torná-la realmente produtiva. Auxiliados pelo instrutor descobriram o potencial do mercado para hortaliças orgânicas, devido ao ciclo de produção ser mais curto e um nicho de mercado ainda a ser ex-plorado. Com a atividade eles espe-ram produzir 15.360 pés de alface, 36.000 molhos de coentro e 12.800 molhos de cebolinha por ano. Além disso, pretendem associar o criatório de galinha e ovos caipira e o cultivo de tilápia, diversifi cando assim as atividades produtivas da proprieda-de, gerando mais emprego e renda.Benefi ciamento de pele de tilápia

Lívia Israel Barreto Silva, é for-mada em Biologia, com curso técni-co em Biologia sustentável, cursando ainda a Faculdade de Agronegócio. Com todo seu embasamento técnico, ao saber da oferta do curso do PER e das potencialidades da Região, com a estrutura hídrica dos Açudes do Castanhão e Orós não hesitou e par-tiu para a elaboração de um projeto de implantação de uma unidade de benefi ciamento de pele de tilápia. O objetivo é capacitar 200 famílias para trabalhar com o benefi ciamen-to da pele do peixe. Estudou o mer-cado interno e externo e contatou a demanda por peles exóticas na Áfri-ca e na França. Com fornecedores em potencial, demanda de mercado e mão-de-obra ela pretende produzir 5 mil peles por semana, ao invés das 800 hoje produzidas por uma Uni-dade já existente em Jaguaribara. Ela fez questão de destacar que este projeto surgiu a partir de um curso ofertado pelo Senar-CE.

O que é Empreendedor Rural

Jovens empresários e o presidente do Conselho Administrativo do SENAR, Torres de Melo

Encerramento estadual do Programa Empreendedor Rural de 2009, no auditório da Superintendência do SEBRAE/CE, contou com a presença dos participantes de 30 municípios

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