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Literatura, Pensamento & Arte IMPRESSO www.jornalpoiesis.com Caixa Postal 110.912 - Bacaxá Saquarema - RJ - CEP 28993-970 [email protected] Ano XVI - nº 173 - agosto de 2010 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro O FEIJÃO E O SONHO Biblioteca comunitária alimenta a esperança de um mundo melhor Camilo Mota José Carlos da Silva iniciou o Projeto Feijão para atender crianças da comunidade de Manoel Correa em Cabo Frio Fé e devoção em Saquarema Imagem de Nossa Senhora de Nazaré de Belém do Pará visita o município no dia 20 de agosto. Página 3. Regina Mota (20/09/2009) Uma ideia na cabeça e um livro na mão. Aliás, muitos livros. A biblioteca comunitária do Projeto Feijão, idealizada pelo comerciante José Carlos da Silva, em Cabo Frio, funciona há três anos, contando com apoio de amigos e agora até de uma universidade. Página 8.

Poiésis 173

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Edição 173, agosto de 2010.

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Page 1: Poiésis 173

Literatura, Pensamento & Arte

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www.jornalpoiesis.comCaixa Postal 110.912 - Bacaxá

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Ano XVI - nº 173 - agosto de 2010 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro

O FEIJÃO E O SONHOBiblioteca comunitária alimenta a esperança de um mundo melhorCamilo Mota

José Carlos da Silva iniciou o Projeto Feijão para atender crianças da comunidade de Manoel Correa em Cabo Frio

Fé e devoção em Saquarema

Imagem de Nossa Senhora de Nazaré de Belém do Pará visita o município no dia 20 de agosto. Página 3.

Regi

na M

ota

(20/

09/2

009)

Uma ideia na cabeça e um livro na mão. Aliás, muitos livros. A biblioteca comunitária do Projeto Feijão, idealizada pelo comerciante José Carlos da Silva, em Cabo Frio, funciona há três anos, contando com apoio de amigos e agora até de uma universidade. Página 8.

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2 nº 173 - agosto de 2010

EXPEDIENTEO Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda.

Editor: Camilo MotaDiretora Comercial: Regina Mota

Conselho Editorial:Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Celso Caciano Brito, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares

Jornalista Responsável:Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb

Diagramação: Camilo Mota

CAIXA POSTAL 110.912BACAXÁ - SAQUAREMA - RJCEP 28993-970

( (22) 2653-3597( (22) 9201-3349 - Editor( (22) 8818-6164 - Comercial( (22) 9982-4039 - Comercial

[email protected]

Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Petrópolis, Teresópolis e Rio de Janeiro.

Fotolito e Impressão:Tribuna de Petrópolis

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, em formato A4, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão de-volvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo do Word (.doc ou .docx). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

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Dimas. Nunca soube por que. Não lhe interessava o étimo. Sabia ape-nas que fora o nome do Bom La-drão, crucificado ao lado de Jesus, no Calvário. Melhor que fosse as-sim, Dimas.

Naquele dia acordara como sem-pre e barbeava no espelho o mesmo homem há mais de sessenta anos. Pensava na aposentadoria iminen-te, o que fazer no táxi, checar os itens, o rol do dia. Dormira com o chuvisco da TV, como sempre. E os sonhos lhe viam iguais, confun-dindo-se com as peças que o desti-no lhe vinha pregando nos últimos tempos.

Doze-sete. Esse par de números o atordoava há um tempo maior que o normal, três anos, talvez. Nas mais insuspeitadas horas, no dra-ma do dia, exames, horários, tudo. Lá irrompia o binário 12-7. Acor-dava sobressaltado, de madrugada: 12h07min. Remédio para o coleste-rol alto: R$12,07. Troca de óleo de caixa: 1207 km. Pressão tirada na farmácia: 12 por 7. Música boa no rádio: 1207 MHz. E tais coincidên-cias se sucediam descontrolada-mente.

Dimas buscou ajuda, quis ouvir oráculos, sortilégios. Procurou um padre, que persignou-se, aspergiu-lhe água benta e recomendou-lhe doze novenas e sete salmos. O cho-fer não arrefeceu. Foi atrás de tem-plos, terreiros, feiticeiros, seitas, rezadeiras, centros, ciganas, char-latães. Nada. Seus dias gotejavam, implacavelmente, os mesmos nu-merais.

Na milésima-segunda noite, Di-mas acordou leve. Sem razão apa-rente. Saiu para a praça. Nada de

clientes. Rumou para o Jardim Bo-tânico, muitas clínicas. Passou em frente ao Jockey. Parou e entrou pelas populares. Estranhamente, uma névoa incomum tomou conta de tudo. O chofer notou as pessoas diferentes: cabelos, roupas, modos. Um maço de cigarro extinto há mui-to e um rasgo de jornal, no chão, estampava: ”Estão de volta do Mé-xico os heróis do Tri!” Dimas em-palideceu. O que se passava? Uma fresta no tempo? Outro sonho? Em sonhos há palpites para jogos que não falham. Nada sabia de turfe, mas lembrou-se dos números oni-presentes e resolveu arriscar. Che-gou ao guichê e disse “doze-sete”. Jogou a féria fraca do dia. Não teve paciência para assistir ao páreo. Re-solveu acabar com aquela bobagem e voltar para o táxi e ao seu tempo. À saída, porém, viu uma pequena família de imigrantes; conversou com eles, recém-chegados da Itália. Vieram tentar a vida no paese del sole, no ramo do pastifício. Início difícil, precisavam de ajuda. Dimas apiedou-se dos paisanos, acariciou a cabeça do menorzinho e deu-lhe a pule. A criança tinha os olhos mais azuis que ele jamais vira. Enquanto saía do hipódromo, o alarido não o chamou a atenção, nem o fez per-ceber que cruzavam o disco os zai-nos 12 e 7. Pagaram uma pequena fortuna, mas Dimas já estava sob o volante e virava a bandeira, no seu século.

Semanas depois, entrou no táxi um sujeito ainda jovem, sério e bem-apessoado, terno e gravata. Disse-lhe apenas com um sotaque apaulistado: “avenida Rio Branco, por favor.” O chofer respondeu: “que altura?”. “Quando estiver per-to, eu aviso”, disse-lhe o homem,

sem fitá-lo. Seguiram pelo Aterro, Dimas controlando, discreto, seus gestos poucos pelo espelho; o pas-sageiro, impassível, atrás de um jor-nal de outro país, aberto. O motoris-ta, por hábito, pensou em puxar um assunto ordinário: meteorologia, uma anedota tola, política, futebol, mas desistiu. Assim que cruzaram a Presidente Vargas o cliente bai-xou o tablóide e decretou: “ali, na frente, depois do ponto de ônibus, por obséquio”. Dimas deu a seta, conferiu pelo retrovisor e parou de-fronte a um prédio antigo, comer-cial, descuidado. Av. Rio Branco, 1207. “Fique com o troco”. Dimas, lívido, não chegou a ver o maço de dinheiro, sequer olhou para o velho taxímetro a corda. Ao deixar o car-ro, o antigo chofer, ainda aturdido, pôde ver, embaçadamente, o porte de seu passageiro, os cabelos cla-ros, os passos lépidos e vigorosos, o ar sisudo e arrogante. Mal pôs os pés na calçada, evitando uma poça, talvez, o homem recuou súbito, no instante em que Dimas arrancava; com um baque surdo, o táxi lançou o pedestre à direita, sobre o capô. Na queda, um ônibus colheu-o de frente, matando-o na hora. Tentou socorrê-lo, em vão. “Esse aí não é o Christiano Dacroce, aquele mag-nata do macarrão?”, ouviu de um curioso que se acercou. Dimas não teve tempo de associar nada, mas tirou-lhe os óculos escuros e viu os olhos mais azuis de toda a sua vida. Fechou-os com a concha das mãos. Estupefato, baixou a bandeira e ru-mou para casa, no Méier. Era doze de julho.

Marcelo J. Fernandes é professor, mestre em Literatura Brasileira

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3nº 173 - agosto de 2010

ELABORAÇÃOTerapias e Cursos

Direção Técnica: João Carvalho Neto

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Coordenação: Regina Alves

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Escolas municipais melhoram no índice do IDEBA Escola Municipal Clotilde de

Oliveira Rodrigues, em Sampaio Correa, 3º distrito de Saquarema, se destacou na classificação IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação), medido pelo MEC, em 2009, apresentando uma melhora significativa na avaliação de seus re-sultados.

O colégio deu um belo exemplo de trabalho e superação ao reverter o índice de 1,4 de aproveitamento, ob-tido em 2007. Em apenas dois anos, a escola saltou para a média 4,3, considerada satisfatória em todo o país. Também nas turmas do 6º ao 9º ano, a unidade escolar se sobres-saiu e aumentou seu índice de 3,1

Reunião debate meio ambienteSaquarema vai receber a ima-

gem peregrina de Nossa Senho-ra de Nazareth pela segunda vez. A Santa, de Belém do Pará, chegará à cidade às 19hs do dia 20 de agosto. Depois da missa celebrada pelo Arcebispo de Ni-terói Dom Alano Maria O. Pena na Igreja Matriz , Nossa Senho-ra poderá ser louvada por seus devotos até às 7 do dia seguinte, quando seguirá em peregrina-ção.

Berço da devoção à Santa e lo-cal onde foi realizado o primeiro Círio de Nazareth no Brasil, Sa-quarema deverá ser tornar Santu-ário nos próximos anos, conforme vem trabalhando a Arquidiocese de Niterói. Belém do Pará e Sa-quarema também assinaram um protocolo de intenções no ano passado para se tornarem cidades irmãs, devido o culto a Nossa Se-nhora. (Marcia Montojos)

Regina Mota (20/09/2009)

para 4,3.Para conseguir dar a volta por

cima, a direção do colégio se pla-nejou, traçou metas e arregaçou as mangas. Algumas das medidas to-madas foram o acompanhamento rigoroso quanto a frequência dos alunos, a utilização de aulas de re-forço no contraturno, aplicação de avaliações globalizadas elaboradas pela equipe pedagógica e a inserção de atividades de leitura na proposta curricular da escola.

Outras duas escolas do município também fizeram bonito nesse últi-mo IDEB. O C.M. Gustavo Campos da Silveira e o C.M.E. Padre Manuel obtiveram médias acima das apre-

sentadas no país e no Estado. “Esta-mos atingindo metas, mas continu-amos com a proposta de chegarmos aos índices máximos buscando um ensino cada vez melhor”, avaliou a Secretária Municipal de Educação Ana Paula Giri, acrescentando que de modo geral as escolas de Saqua-rema obtiveram um bom índice de aproveitamento.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é uma avaliação aplicada pelo MEC, utilizado como critérios: Índice de aprovação, repro-vação, evasão dos alunos no ano, atra-vés do Censo da Educação e aplicação de Provas de Língua Portuguesa e Matemática no 5º ano e no 9º ano.

Curso de Respiração (pranayamas)

O Elaboração – Terapias e Cursos estará promovendo o Curso de Respiração (pranaya-mas) no dia 18 de agosto de 9 às 17 horas. A coordenação estará a cargo da Instrutora de Yôga Suza-na Waldeck, filiada à Associação Nacional de Yôga Integral. O uso correto da respiração previne do-enças, equilibra os sentidos e as emoções, e favorece as conquistas espirituais. As inscrições já estão abertas pelo telefone 2653-3087. Valor de adesão é R$ 80,00. As vagas são limitadas.

Camilo Mota

Camilo Mota

A Assembleia Permanen-te em Defesa do Meio Am-biente (APEDEMA-RJ) promoveu reunião no dia 24 de julho em Saquarema para discutir temas relacio-nados à área ambiental no município. O evento con-

tou com presença do enge-nheiro f lorestal Markus S. W. Budzynkz (dir .) e par-ticipação de representan-tes da Agenda 21 local e da comissão de meio ambiente da 51ª Seção da OAB - Sa-quarema.

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4 nº 173 - agosto de 2010

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A MOÇA E O SOLFernando Py

Ao sair do banho, a moça Clê olha-se rapidamente ao espelho e se enrola na toalha felpuda. Entra no seu quarto, enxuga-se com demora e prazer, acariciando-se com o olhar, e passa os dedos delicadamente pelo busto, umbigo, quadris e coxas. Admira suas formas, sorrindo de leve. Atira a toalha a um canto. Em silêncio, abre o armário, contempla-se no espelho de corpo inteiro e passa as mãos pelo ventre, pelas nádegas. Puxa, sou linda mesmo - murmura sorrindo. - Dezesseis anos e ainda virgem. - Ri baixinho. - Que desperdício! - Pensativa, continua a se olhar, toda despida, e não se preocupa em pôr uma roupa. Deita-se na cama, estira as pernas. - Se me vissem agora... bem, estou sozinha aqui, tanto faz estar pelada ou vestida. - Fica pensando nos pais ausentes, tão bons e benévolos com ela, a filha única, sempre atentos para suas necessidades desde a infância, tão compreensivos com seus desejos de adolescente. E continua a se contemplar em silêncio, amorosamente, enrolando-se nos lençóis de linho. O contato do tecido lhe dá um arrepio gostoso como um beijo.

Manhã, dez horas. Pela janela entreaberta, um raio de sol convida o corpo de Clê a desfrutar a quentura cariciosa. A moça desenrola-se dos lençóis e, nua como está, estende-se de costas no chão coberto por um tapete;

rola de bruços no ponto onde o raio de sol é mais intenso. Em breve sente a bunda ardendo - ah se eu deixasse que me comessem por aí... - Sorri. Clê, Clê, que pensamentos são esses? Clê adora o apelido que traz desde pequena. Detesta o nome de batismo, tem horror que a chamem de Clementina. Um dia ainda vou trocar meu nome...

Volta a olhar o corpo demoradamente. Apalpa-se de novo, curva por curva, o dedinho gracioso percorrendo a pele aquecida pelo sol, e sente a umidade que lhe escorre das entranhas e lhe dá uma esquisita sensação de prazer. Como se eu estivesse sendo possuída e gozasse... Clê se vira e revira sobre o tapete; não há ninguém para vê-la, contemplar aquele corpo que se oferta ao raio de sol, pronto para se entregar a um homem. Clê sonha um dia exibir seu corpo nu a um homem, o seu. Um dia será desse homem e de ninguém mais. Devaneia sob o raio de sol que penetra por uma fresta e aos poucos uma dormência calorosa a invade. Despida ao sol, acaba cochilando. Sonha com o homem a quem há de entregar seu corpo e deixar de ser donzela. Sorri dormindo. Seus lábios se abrem murmurando um nome - será o escolhido? Clê dorme e sonha, e uma réstia de sol continua a aquecer suas carnes deliciosas.

Petrópolis, março 2010

Apenas perguntas ‘deja vu’Antonio Claudio Gomes

Por que o ponto de chegada é o mesmo da partida?Existe morte depois da vida?Melhor viver a morte do que matar a vida?Você já viu este filme antes?Que tal um cineminha?

Antonio Claudio Gomes é colonista politico no jornal Diá-rio de Petrópolis

A POESIA É OUTRO DIA

Camilo Mota

A poesia é outro dia. Hoje ou amanhã. Os caminhos é que a desvelam. Porteira aberta esse mundo de tempos. Escrevo com a luz para guardar o que vi ontem.

Camilo Mota

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5nº 173 - agosto de 2010

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ARTES NÃO CORRESPONDIDASGerson Valle

Leio, sem a integração de meus ossos,alguma poesia feita por aí.Passa por mime continua a se afligir nos outros.Escorregam livros de minhas mãoscheios de palavras soltassem que meus olhos me tragama indecifrável razãode ver tantas palavras encarceradas assim. Ouço também técnica em música amestradae pensada sem utilidade de existir. Estarei mal habituado pelo passadoquando se escrevia a essência de um amor em mim correspondido?

Sei que neste raciocínio ilógicomuitos hão de declararnão ter as artes outra essência que a aleatoriedade da existência.

Mas, nas certezas adjetivasde outras paragens e esperaseu me achava e me viasem a aborrecida questãodas palavras e sons excessivosvindos só para preenchero espaço vago de um domingo cego, abandonado.

Gerson Valle é membro do conselho editorial do Jornal Poiésis e membro titular da Academia Brasileira de Poesia.

SUSSURROSIdalina de Carvalho

Querer-me coesa, conexa, édesconsiderar o mistério do meu feminino,a poesia que habita em mim.

Sou caos, da lua a oculta facederramando olhar cariciososobre ti.

Corpo, coração, o que carregaessa fluidez, essa magia,essa luz que atravessa o silêncioque eu sou?

Incógnita presençacontraditória, transcendentee inexplicável presençaa arrancar-te sussurros

Idalina de Carvalho é natural de Catagua-ses-MG, foi editora da revista Pensaminto de 1995 a 2000.

www.bahai.org.br“Não há paraíso mais admirável para qualquer alma do que ser

exposto à influência do Manifestante de Deus

em Seu Dia.”Escrituras Bahá’ís

A um neopoetaMarcelo J. Fernandes

Rente à subitaneidade da net,Digita no estéril teclado frio,Deleta adjuntos, apura o estiloE discreto, despreza um verbete.

Enquanto visita um site distanteQual um romântico byroniano,Copia,e cola, e faz, ano a anoSua antologia virtual e amante.

Porque evita o cinzel e o burilJá que agita o mouse e ao redor,Em pleno turbilhão de qual Brasil,

Nas raves, happenings e performancesDesconstrói Bilac, Vicente, sem dóTangendo a neolira sob vis romances.

Marcelo J Fernandes é membro do conselho editorial do Jornal Poiésis

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Page 7: Poiésis 173

rança. Mas, o pessimismo parecia agravar-se quando, mesmo os mais chegados, talvez transmitissem reflexos da teoria da inferio-ridade dos negros, dominante então, de Go-bineau e de muitos chamados “cientistas”... Para ele, mesmo se atingisse a glória da “imortalidade acadêmica”, sempre alguém o veria como o “negrinho” muito esforçado, exceção respeitosa de uma “triste herança”... Por aí eu posso compreender a renúncia por

ter filhos num mundo cruel (ele também não os teve na vida real). Mas, o notável Ma-chado, que perpassa com seu sorriso supe-rior as leis do tempo, torna-se, se estou cer-to nesta visão, muito condicionado a sua própria situação. Ah, a questão da renúncia me confunde!

A minha herança cultural valorizava sempre o consumo, e, por séculos, de um machismo, na utiliza-ção do tempo, de for-

ma indiscriminada, fosse para o bem ou para o mal. O homem afirmava-se com violência, brigando, bebendo, fumando... Aqui e ali, antigamente, apareciam mulheres que rei-vindicavam tratamentos iguais, não só para a construção social no trabalho, mas também para o lazer, as horas vagas preenchidas com a bebida, por exemplo. Depois, a igualdade se generalizando, homens e mulheres passa-ram a beber e fumar em todo canto. Só aí, me parece, começou um retrocesso, uma vez que tais hábitos deixaram de ser afirmação do sexo. Há umas décadas atrás, era incon-cebível entrar-se num bar sem se pedir logo uma bebida alcoólica e acender-se um cigar-ro. Assim que um avião subia, grande parte dos passageiros acendia um cigarro e pedia algo como uísque ou campari... Conta-se que um embaixador brasileiro, ao chegar à terra de sua embaixada, rolou da escada do avião, entregando as credenciais ao chão, bêbado. E disto se achava graça. Hoje não se fuma mais

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ABSTINÊNCIA E MACHADOGerson Valle

Quando fui convidado a assistir uma reu-nião comemorativa de Alcoólicos Anônimos (um conhecido recebia ficha por um ano de sobriedade), notei que todos os depoimentos começavam igual: “Sou Fulano (sem dizer o sobrenome, para não abrir de todo o ano-nimato), doente alcoólatra que por 24 horas não bebe coisa alguma contendo álcool”. Era dito com certo orgulho. Compreensivo para quem se diz doente e não cedeu à tentação mental de sua doença. Porém, em minha santa ignorância, não pude deixar de criticar algo que me parecia contraditório. Como alguém pode se orgulhar da abstenção? Em minha visão consumista, a inteligência nos leva sempre a querer completar o vazio do ser, preenchendo todos os momentos da vida, seja com literatura, música, trabalho, bebida... Abster-se significa desprover seu instante com algum elemento cultural, es-sência de nossas reflexões, estímulo das sen-sações, integração mística universal.

Lembrei-me de imediato da frase final de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatu-ra o legado da nossa miséria”. Confesso que esta negação por uma possibilidade existencial sempre me incomodou. Renúncia, seja ao que for, trás em si a idéia de inferioridade de po-sição, desistência de aprendizado, evolução, participação, ganho intelectual, material, espi-ritual... Ao menos na minha formação de um tempo bastante machista. Na minha mocidade o homem tinha sempre como vantajosa a con-quista de mulheres, mesmo quando não con-dignas. Toda e qualquer renúncia seria equi-valente à desistência de uma conquista sexual. Uma vergonha, nos parâmetros antigos. Todo e qualquer sacrifício seria válido para manter-mos a “vela acesa”. Apagá-la seria morrer! A renúncia era, assim, a morte para o mundo.

Quando li todo Machado de Assis na ado-lescência, ouvi de adultos mais intelectualiza-dos e maduros, que eu não estava preparado para aquela leitura. Devia deixá-la para mais tarde, que me traria um sabor com compreen-são bem superior. Não me pareceu. E ainda hoje não me parece – sobretudo que sempre o releio com gosto, como a primeira leitura

foi deliciosa. Sua ironia meio inglesa, os fatos sendo colocados com subentendidos e frases que resvalam metáforas, tudo isto me abria o apetite de ler mais e mais Machado. Sozinho, compreendi, por exemplo, que o não escla-recimento se Capitu traiu ou não, faz parte de seu estilo de não contar tudo, porque na vida não se conhece nunca inteiramente uma pessoa ou as situações dos outros. Ouvi e li, depois, diversos argumentos idiotas pelo que me parece tão evidente! Percebi, sim, que o tema abordado no romance é o ciúme, que consiste na dú-vida, indecisão, inseguran-ça, e se houver certeza da traição ou não traição, de-saparece a incerteza, e, por conseguinte, o elemento ciúme posto dentro da nar-rativa (não como história, mas como sua essência)*. Discutir se houve ou não a traição me pareceu, desde a adolescência, uma incom-preensão da genialidade de Machado. Mas a desis-tência de ter filho do Brás Cubas, parece-me, até hoje, complicada. Isto porque a vejo com olhos não simbólicos, mas de realismo da condi-ção existencial do autor. Machado era mulato numa sociedade escravagista. Um pouco do pessimismo de sua visão de mundo está na mediocridade vencendo os valores maiores, a necessidade de ser-se cínico para triunfar na sociedade de hipócritas, vendilhões, puxa-sa-cos da “Teoria do Medalhão”. O próprio Brás Cubas passa a vida sem trabalhar, por ter for-tuna de família, ao largo de toda miséria social de um país ainda insipiente, preocupado por besteiras e em gozar de situações de prestígio e boas mulheres... Um cínico. Talvez o típico burguês brasileiro daquele tempo. E era dos que tinham melhor possibilidade de forma-ção. O que se esperar de tal sociedade? Ele, Machado, veio de camadas mais humildes, e sua instrução foi inegavelmente primorosa. E convivia com admiradores e amigos que também transcendiam o nível da mediocrida-de dominante. Portanto, era possível a espe-

em lugar fechado. Entra-se numa churrasca-ria e vêem-se mais refrigerantes e refrescos sobre as mesas que cervejas. A diminuição do consumo alcoólico deve muito à lei seca no trânsito. Por ela também se ficou sabendo que basta um pouco de álcool no sangue, identi-ficado no bafômetro, que a coordenação se atrapalha, o cérebro comandando ações atra-palhadas, causando acidentes.

Por outro lado, o consumo das drogas pe-sadas tem aumentado. O ser humano parece não esgotar a idéia de ser o homo fabro, em-preendedor sempre ativo, seja para construir cidades e artes, pesquisar cientificamente, guerrear, ou preencher o tempo com algum vício. Para quê? É como se fosse bobo aque-le que se entrega à meditação, não age para o bem ou para o mal, encontra o lazer em formas simples... Precisaríamos de um novo Machado de Assis para ironizar nosso con-sumismo guloso. E com isto, de repente, eu compreendi o alcoólatra que se vangloria de não ter ingerido bebida alcoólica por 24 ho-ras. Talvez isto leve seu dia a posturas mais espiritualizadas (sem trocadilho). Amen.

Nota* Facilitou tal compreensão o fato de eu já conhecer o Otelo de Shakespeare, e pratica-mente de cor o de Verdi, cujo libreto genial de Arrigo Boito, por necessidade de síntese para ser musicado, evidencia a questão de a dúvida formar o ciúme. A prova, que vai ser definitiva no lenço de Desdêmona nas mãos de Cássio, é colocada como a divisória entre o amor ciumento e o julgamento inflexível e sem amor. Há, inclusive, os versos de ritmo marcial da personalidade do Otelo – com a graça de uma bem encontrada rima interna –, pedindo a Iago “Mi trova una prova secu-ra / che Desdemona è impura”. A ópera de Verdi é de 1887. Dom Casmurro é de 1899. Quem sabe, não foram Verdi/Boito, conhe-cendo-se o interesse de Machado pela ópera italiana, que o inspiraram na idéia da des-crição do ciúme como a desconfiança do que não se tem prova? Daí o mistério, dissimu-lação ou ambiguidade, nos olhos de ressaca, aparentando uma paixão vivida, e ao mesmo tempo apenas uma característica fisionômica da Capitu...?

Page 8: Poiésis 173

8 nº 173 - agosto de 2010

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Enquanto a visão econômica leva muitos a discutirem a aposentado-ria dos livros impressos por con-ta do avanço dos leitores digitais (e-readers), uma iniciativa de um homem simples mostra que temos que ter um enfoque mais humano sobre as coisas, procurando, pri-meiro, fazer o bem a quem está próximo de nós e dar oportunidade de melhoria de vida e de educação para quem carece de quase tudo. É o que está acontecendo no bairro Manoel Correia, um dos mais po-bres e com altos índices de violên-cia no município de Cabo Frio. Ali, o comerciante José Carlos da Silva abriu, ao lado de sua pequena mer-cearia, uma biblioteca comunitária. Batizado de Projeto Feijão, o espa-ço de 30 metros quadrados está em atividade desde 2007 e a partir de 2010 iniciou uma proveitosa parce-ria com a Universidade Estácio de Sá – Campus Cabo Frio, através do suporte fornecido pela bibliotecá-ria Roberta Freitas, pelo professor Marcos Silva e alunas voluntárias do curso de Pedagogia.

A ideia da biblioteca surgiu de uma maneira natural. A filha de José Carlos precisava fazer uma pesquisa para a escola. Não encontrando o

Uma biblioteca que faz acreditar nos sonhos

que procurava na biblioteca muni-cipal e nem em estabelecimentos de ensino superior da cidade, ele partiu para a criação de uma biblio-teca própria, para atender às crian-ças do bairro. Assim, de início, ele reduziu o espaço de seu comércio para colocar as primeiras pratelei-ras e receber os livros. Foi chamado de maluco por alguns moradores. Como alguém pode abrir mão das vendas para encher paredes com livros? E ele não parou por aí. Em pouco tempo, os amigos começa-ram a trazer doações e a biblioteca cresceu, vindo a ocupar todo o cô-

modo, obrigando-o a transferir seu comércio para a sala ao lado. “Você tem que sonhar, e o sonho você tem que ir em busca dele e não pode de-sistir”, filosofa José Carlos.

A imagem do feijão, que dá nome ao projeto, é significativa. Segundo José Carlos, a escolha está ligada ao processo de crescimento do ve-getal. Ao plantar um grão, a germi-nação vai levar ao surgimento de uma vagem, representando assim a ideia de crescimento, desenvol-vimento e expansão. “O intuito é que o projeto cresça e não perma-neça só aqui; que possam sair da-

qui vários feijõezinhos”, diz ele. “Eu me alegro quando vejo uma pessoa pegar um livro. Hoje um livro pra mim é como se fosse um diamante”, complementa. E finaliza, com sa-bedoria e esperança: “É necessário você educar as crianças. O livro tem essa importância e valia. As crian-ças precisam colocar na sua mente que o estudar é uma ponte para o futuro. Quem quer alcançar alguma coisa precisa passar por essa ponte que é a educação”.

A parceria do Projeto Feijão com a Universidade Estácio de Sá está auxiliando na organização do acer-vo e também em seu crescimento. “Nós implantamos um sistema de empréstimo, através de fichário e com a ajuda das alunas do curso de Pedagogia estamos fazendo uma catalogação prévia dos livros”, in-formou Roberta Freitas. Contando com cerca de dois mil livros, a bi-blioteca comunitária está aberta a novas doações. Os interessados em ajudar, podem entrar em contato com Roberta no Campus da Está-cio em Cabo Frio (Rodovia General Alfredo Bruno Gomes Martins, s/nº - lote 19, Bairro Braga – Tel. (22) 2646-2100 ramal 2115). Para co-nhecer mais sobre o projeto acesse o blog Projeto Feijão Biblioteca Co-munitária (http://bit.ly/aoIM23).

Fotos: Camilo Mota

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